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Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução ........................................................................................................................... 5
1.1 Objectivos..................................................................................................................... 5
2 Resolução ............................................................................................................................ 6
2.2 3. Com Mia Couto, a literatura moçambicana ganhou novo impacto e novos paradigmas
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2.3 4. Em que circunstancias a obra de Luandino Viera, escritor angolano se pode confundir
com a de Mia Couto? .............................................................................................................. 9
3 Conclusão ......................................................................................................................... 11
4 Bibliografia ....................................................................................................................... 12
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1 Introdução
1.1 Objectivos
1.2 Metodologia
Para que este estudo fosse factível, o presente trabalho assenta particularmente no método de
pesquisa bibliográfica, assim como a consulta a informação electrónica, e também alguns artigos
ligados a Literatura Africana em Língua Portuguesa II, e finalmente o dialogo com alguns
professores que de alguma forma são possuidores de algum conhecimento credível do tema em
estudo.
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2 Resolução
Ervedosa (1979, p. 18) refere que “foi na primeira metade do século XIX que surgiram as primeiras
publicações angolanas que proporcionaram as condições necessárias para a manifestação do
fenómeno literário que teria lugar em Angola durante os últimos anos do século XIX”.
Uma das publicações pertencentes a este período é o livro de poemas de José da Silva Maia
Ferreira, Espontaneidades da Minha Alma, que foi impresso em Luanda em 1849 e possivelmente
constitui até hoje o primeiro volume de poemas publicados em todos os países africanos de língua
oficial portuguesa.
Segundo Soares (2001, p. 23), “José da Silva Maia Ferreira é, sem sombra de dúvida, elemento
importante no estudo do surgimento da literatura em Angola, ele foi o primeiro poeta angolano a
publicar uma obra lírica em verso e, ao mesmo tempo, a primeira obra impressa em Angola”.
José da Silva Maia Ferreira teria recebido influências da sociedade brasileira onde viveu alguns
anos até 1845, altura em que regressou para Angola. Da vasta leitura que fazia, figuravam
sobretudo obras de origem brasileira e portuguesa. Assim, ao contribuir para a formação da
literatura em Angola, fê-lo trazendo consigo elementos tanto da literatura portuguesa como da
brasileira.
O Almanach de Lembranças foi um dos principais meios de difusão dos novos escritores das
colónias portuguesas em África, que era acessível tanto àqueles que se dedicavam exclusivamente
à literatura, como aos amadores e principiantes em literatura. Trazia informações úteis, mas que
continham entre os mesmos trechos de leitura amena.
A maioria dos africanos que colaboravam nesta revista pertencia à burguesia. Essa colaboração
demonstrava o quanto eles estavam interessados e envolvidos com a literatura, demonstrava ainda
quanto eles gostavam de ler e de escrever textos literários (Moser, 1993, p. 17).
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2. Caracterize a periodização da literatura angolana
Conforme sustenta Laranjeira (1995, p. 85), a periodização da literatura angolana pode ser dividida
em sete períodos:
1.º período, das origens até 1848, a que chamamos de Incipiência. A literatura angolana
começou, pelo menos, com o livro de Maia Ferreira, em 1849, que a introdução do prelo em
Angola possibilitou a publicação da 1ª obra literária.
2.º período, que vai da publicação dos poemas Espontaneidades da minha alma, de José da Silva
Maia Ferreira, em 1849, até 1902. Período dos Primórdios, que engloba uma produção poética
remanescente do romanismo, com raros tentames realistas, dos quais se destaca a noveleta Nga
mutúri (1882).
De acordo com Ferreira (1977, p. 27), “a literatura colonial estende as suas milhares de páginas aos
leitores europeus de novidades tarzanísticas. Vigoram as temáticas da colonização, dos safaris, da
aventura nas selvas e savanas, numa panóplia de atracção exótica”.
4.° Período, entre 1948 e 1960, fulcral na Formação da literatura, enquanto componente
imprescindível da consciência africana e nacional. Época decisiva, considerada unanimemente
como a da organização literária da nação, com base em movimentos como o MNIA, o da Cultura
e o da CEI, além de outros contributos, como o das Edições Imbondeiro (de Sá da Bandeira).
O primeiro é constituído por aqueles que escreviam no país colonial (Arnaldo Santos, Jorge
Macedo, o trânsfuga futuro Cândido da Velha – e, na opinião de Venâncio, João Abel);
O segundo é constituído por aqueles que compunham fora do país (e de que Manuel Rui,
também ficcionista, constitui o principal exemplo, residindo em Portugal – sendo Lara Filho
um meio-exemplo, porque escreveu em Portugal e em Angola);
O terceiro é constituído por aqueles que viviam nas zonas de guerrilha e está praticamente
só representado por Pepetela (outro escritor oriundo de Benguela, de seu nome completo
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos).
6.º Período, de 1972 a 1980, o da Independência, repartido por dois curtos períodos, de 1972-74 e
de 1975-80, relativos, respectivamente, a uma mudança estética acentuada, de uma modernidade
acertada pelo relógio dos grandes centros mundiais, e, por outro lado, após a independência, a uma
intensa exaltação patriótica e natural apologia do novo poder.
7.º Período, (1981-1993), de Renovação, que começa com a formação, em 1981, da Brigada Jovem
de Literatura. Num primeiro momento, a Brigada, dependente sempre do apoio estatal, partiu em
busca de certa autonomia decisória e estética, mas revelou-se herdeira do realismo social. O
objectivo fundamental era preparar alguns jovens para o trabalho literário, tanto mais que, após a
escolarização secundária, não tinham, no país, estudos superiores de literatura desenvolvidos.
A partir de uma certa altura foi possível começar a publicação de obras consideradas incómodas
para o poder político, como o romance Mayombe, de Pepetela, escrito ainda durante a guerrilha.
Variadas tendências estéticas e ideológicas ganharam espaço e impuseram as suas obras.
Soares (2001, p. 207), salienta que “a literatura angolana derivou para a tendência de contestar,
finalmente, a tradição realista, engagée, documentalista e ideo-política, sem que, todavia, isso
significasse o abandono desse filão que a própria realidade histórica e política e a condição social
e cultural do escritor continuavam a suscitar”.
2.2 3. Com Mia Couto, a literatura moçambicana ganhou novo impacto e novos
paradigmas
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2.2.1 Descreve as características principais das escrevências de Mia Couto desde publicação
do seu primeiro livro a contemporaneidade
Leite (2012, p. 41), refere que “Mía Couto usa a língua como um meio para “recuperar a
mundividência mítica, as marcas culturais da oralidade da sociedade tradicional, o onirismo e a
simbólica a ela ligadas, numa palavra, a relação empática entre o homem, a natureza e a
comunidade”.
Segundo Venancio (1992, p. 90), Mia Couto “provou que, na actualidade, são a simplicidade e o
maravilhoso que cativam as sensibilidades, demonstrou que o ser humano, se calhar, está sedento
de qualquer coisa menos abstracta e mais natural, que o aproxime da sua própria humanidade”.
Mia Couto revelou o mundo de sonho que habita em todos os povos de todas as nações, aliando a
sua mensagem à de Luandino Vieira, que não deixa de ser, noutro tempo histórico e noutra situação,
igualmente, genial. De facto, há um cruzamento entre as obras dos dois autores, no âmbito da
estética e do manejo da palavra. O enraizamento e a procura da identidade através da memória
colectiva, assim como o hino constante aos elementos da Natureza, são os fios condutores de duas
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cosmovisões assentes na consciencialização profunda da necessidade de ressurreição das culturas
ao serviço da construção do futuro.
A presença de Luandino Vieira na obra de Mia Couto parece ser uma inevitabilidade. Os dois
partilham ideais, visões, sonhos, língua e esperanças. Mas, partilham mais do que tudo o amor que
sentem pelas suas pátrias e pelos povos.
2.4.1 Convergências
As literaturas africanas escritas em língua portuguesa coincidem na flexibilidade das narrativas,
fazendo, assim, conviver o antigo com o novo; a escrita com a oralidade; em um discurso mesclado
(Oliveira, 1997).
Para Leite (2012, p. 43), mesmo enquadrando cinco literaturas nacionais diferentes, ou seja, as
literaturas de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, as
literaturas africanas de expressão portuguesa não se recusam a seguir as características das
literaturas africanas modernas que sempre trazem tematizações relacionadas as tradições culturais
africanas.
2.4.2 Divergências
Ressalte-se que as diferenças entre as literaturas africanas resultam não só das diferenças étnicas
existentes entre as nações desse continente, mas sobretudo, devido às diferenças linguístico
culturais (LEITE, 2012).
Essas diferenças são percebidas nos textos literários, uma vez que o autor desses textos traz a sua
identidade cultural para sua obra.
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3 Conclusão
Feito o trabalho chegou-se a conclusão de que a literatura angolana surgiu nos finais da primeira
metade do século XX quando um grupo de intelectuais decidiu rejeitar a influência europeia e ir à
busca dos elementos culturais africanos que servissem de base para essa nova literatura. Numa
época em se intensificava o regime colonial português em Angola, um grupo de jovens lançou-se
ao desafio de descobrir Angola. Essa tomada de consciência por parte dos africanos acerca da sua
própria identidade, originou um novo movimento intelectual literário que teve como modelo a
literatura brasileira. Sendo uma literatura de contestação feita na clandestinidade e na guerrilha, as
obras literárias expressavam o desejo de liberdade, denunciavam os maus-tratos sofridos e a
discriminação, incentivando os africanos a lutarem contra o regime colonial.
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4 Bibliografia
(s.d.). Fonte: http://www.uc.pt/litafro/bibliog.html
Ervedosa, C. (1979). Roteiro da Literatura Angolana (2 ed.). Luanda: Uniao dos Escritores
Angolanos.
Leite, A. M. (2012). Oralidades e Escritas pós-coloniais: estudos sobre literaturas africanas. Rio
de Janeiro: edUERJ.
Venancio, J. C. (1992). Literatura e poder na África Lusófona, Lisboa. Lisboa: Instituto de Cultura
e Língua Portuguesa.
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