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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Surgimento da literatura nas colonias africanas da expressão portuguesa e do


seu ensino no período colonial

Alelina Osório-708205898

Docente: Carlos Fernando Lino

Licenciatura em ensino de
Português
Literatura Africana em língua
portuguesa II
4º Ano

Nampula, Março de 2023

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problema)
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Introdução 1.0
objectivos
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domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
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Análise e
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discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
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dados
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Conclusão 2.0
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gerais
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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índice
1 Introdução ................................................................................................................................ 5

1.1 Objectivo geral: ................................................................................................................. 5

1.2 Objectivos específicos:...................................................................................................... 5

1.3 Metodologias .................................................................................................................... 5

2 Literatura .................................................................................................................................. 6

2.1 Conceito da literatura ....................................................................................................... 6

3 Literatura Moçambicanaʺ ........................................................................................................ 6

4 Surgimento da literatura nas colónias africanas de expressão portuguesa ............................ 8

4.1 O ensino no período colonial da literatura nas colónias africanas de expressão


portuguesa................................................................................................................................. 10

5 Conclusão ............................................................................................................................... 13

6 Referências bibliográficas ...................................................................................................... 14

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1 Introdução

O presente trabalho, da cadeira de Literaturas africanas em língua Portuguesa II, tem como
tema: Literatura Moçambicana. Nesta vertente, este trabalho visa debruça-se especificamente
sobre o processo de formação da literatura moçambicano, se compararmos com o de outras
colónias portuguesas.

O conceito de literaturas emergentes surgiu nas últimas décadas como consequência das
chamadas teorias pós-coloniais e alargou-se, por influência da poderosa academia norte-
americana, tanto às denominadas literaturas de minorias (étnicas, de género, de orientação
sexual), como às literaturas formadas no interior dos processos de colonização e descolonização,
independentemente das características destes. Portanto, o trabalho tem os seguintes:

1.1 Objectivo geral:

 Reconhecer os percursores da literatura moçambicana nas diferentes fases da sua história.

1.2 Objectivos específicos:

 Conceituar a literatura;

 Adquirir conhecimentos básicos sobre o surgimento da literatura moçambicana; e

 Identificar em textos dados as marcas da poesia de combate.

1.3 Metodologias

Para a produção do presente trabalho, recorreu-se o método bibliográfico, que baseou-se na


busca, leitura e posterior selecção das obras para o enriquecimento dos temas em estudo nesta
pesquisa.

Contudo, o trabalho encontra-se estruturado por uma introdução, desenvolvimento, conclusão e


as respectivas referências bibliográficas.

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2 Literatura

2.1 Conceito da literatura

Para Condido (1995), define a literatura como sendo:

“um processo histórico, de natureza estética, que se define pela inter-relação das pessoas que a
praticam, que criam certa mentalidade e estabelecem certa tradição.” (p.8).

3 Literatura Moçambicanaʺ

De acordo com as pesquisas, a literatura moçambicana é incipiente, em relação à literatura


angolana e de Cabo Verde. No entanto, “não será arriscar demasiado dizer que a actividade
cultural de Moçambique naquele período deve ter sido sobretudo orientada para o jornalismo”.
Mas para perceberes melhor este assunto, vais estudar profundamente, nesta unidade didáctica, os
marcos importantes que estiveram na origem desta jovem literatura (Covane, s/d,p.19).

Para Covane (s/d),diz que:

o processo de formação da literatura de Moçambique segue os mesmos trâmites que o de Angola.


A formação, sobretudo nas zonas urbanas da Beira e Lourenço Marques (agora, Maputo), de uma
elite de alguns negros, mestiços e brancos que se apoderou, aos poucos, dos canais e centros de
administração e poder, é factor preponderante na emergência de uma literatura que passa pelas
mesmas fases para Angola: pré-colonial e colonial, afro-Centrica e luso-tropicalista, nacional e
pós-colonial.

Em termos de precursores desta literatura, há que referir Rui de Noronha, João Dias e Augusto
Conrado. Entre eles merece realce Rui de Noronha, cujo livro de Sonetos foi publicado seis anos
após a sua morte. A sua poesia reveste-se de algum pioneirismo, não pela forma, mas pelo
conteúdo, uma vez que alguns dos sonetos mostram sensibilidade para a situação dos mestiços e
negros, o que constitui a primeira chamada de atenção para os problemas resultantes do domínio
colonial. Rui de Noronha representa também uma das primeiras tentativas de sistematizar, em
termos poéticos, o legado da tradição oral africana. Sirva, como exemplo, o poema carregado de
imagens do mundo mítico africano,intitulado "Quenguelequêze!

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Uma parte significativa da produção literária moçambicana deve-se aos poetas da "literatura
europeia" ou seja, aqueles que, sendo brancos, centram toda, ou quase toda a sua temática nos
problemas de Moçambique; foram eles que contribuíram decisivamente para a formação da
identidade nacional moçambicana. Merecem especial realce: Alberto de Lacerda , Reinaldo
Ferreira, Rui Knopfli, Glória Sant'Anna, Sebastião Alba, Luis Carlos Patraquim e António
Quadros. Alguns destes poetas escrevem poesia de carácter mais pessoal, enquanto os outros
estão virados para o aspecto "social".

Por exemplo, Reinaldo Ferreira e Rui Knopfli são poetas cuja obra se debruça fundamentalmente
sobre a África, a "Mãe África" e o povo que vive e sofre as consequências do colonialismo. Por
muita desta poesia perpassa também a centelha da esperança da libertação. São estes autores que
contribuíram de um modo decisivo para a emergência da literatura da "moçambicanidade". Em
muitos destes poetas podemos detectar a alienação em que se encontram perante a sociedade
africana a que pertencem.

A poesia política e de combate em Moçambique foi cultivada sobretudo por escritores que
militavam na Frelimo. Entre eles, destaque para Marcelino dos Santos, Rui Nogar e Orlando
Mendes.

Este tipo de poesia preocupa-se sobretudo com comunicar uma mensagem de cunho político e,
algumas vezes , partidário. Como literatura, e salvo raras excepções (como é o caso de Rui
Nogar, com alguns belos poemas de carácter intimista, no seu livro Silêncio escancarado, de
1982), esta poesia é pouco ou nada inovadora Como nos outros países, surge também em
Moçambique um número de escritores cuja obra poética é conscientemente produzida tendo em
conta o factor da nacionalidade, anterior, como é evidente, à realidade do país que mais tarde se
concretiza. São eles que forjam a consciência do que é ser moçambicano no contexto, primeiro da
África e, depois, do mundo. Entre os principais autores deste tipo de poesia, encontram-se
Noémia de Sousa, José Craveirinha, Jorge Viegas, Sebastião Alba, Mia Couto e Luís Carlos
Patraquim.

A figura de maior destaque na poesia da moçambicanidade, e referência obrigatória em toda a


literatura africana, é José Craveirinha. De facto, a poesia de Craveirinha engloba todas as fases ou
etapas da poesia moçambicana, desde os anos 40 até praticamente aos nossos dias. Em
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Craveirinha vamos encontrar uma poesia tipo realista, uma poesia da negritude, cultural, social,
política; há uma poesia de prisão; existe uma poesia carregada de marcas da tradição oral, bem
como muito poema com grande pendor lírico e intimista.

Uma breve referência faz-se à poesia do período pós-independência

. Os poetas desta geração (é evidente que não me refiro aos "grandes" de antes de 1975, como
Reinaldo Ferreira , Knopfli e Sebastião Alba) desviaram-se da poesia de cariz colectivo,
preferindo o individual e o intimista com que relatam a sua experiência pós-colonial. Entre estes
poetas , é obrigatória a referência a Mia Couto, mas sobretudo a Luis Carlos Patraquim.

São dois grandes construtores da palavra, preocupados com a linguagem poética. No caso de Mia
Couto, penso que ele acaba por transferir todo o seu potencial poético para a ficção. Luís Carlos
Patraquim revela influências de Craveirinha e Knopfli, sobretudo nos seus poemas de maior
pendor pessoal e lírico, a sua poesia revela-se de certo modo, caótica, sensual e, por vezes,
surrealista.

Patraquim desenvolve uma poesia que, em parte, é inovadora, focalizada sobretudo no amor e no
erotismo. Nota-se também uma grande preocupação de ligar a sua experiência ao mundo
universal dos poetas para além das fronteiras africanas. Autor de três livros (Monção, A inadiável
viagem; e Vinte e tal Formulações e Uma Elegia Carnívora) , Luís Carlos Patraquim representa a
fusão entre as duas grandes vertentes da poesia moçambicana: a da moçambicanidade e a da
linguagem lírica e sensual do "estar em Moçambique".

4 Surgimento da literatura nas colónias africanas de expressão portuguesa

A literatura africana de língua portuguesa é formada pelas literaturas produzidas em: Angola,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, nos quais a língua portuguesa é
idioma oficial e cuja produção literária é vista como autónoma, de expressão particular, única e
não-portuguesa, ainda assim, não é qualquer obra produzida nesses países que deverá ser
estudada.

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Para Macedo (2010) indica o valor estético das obras como critério principal que guia a crítica e
os estudos da literatura africana no Brasil, sem que se deixe de evidenciar sua complexidade, ao
considerar-se sua dupla natureza de literatura produzida pelo colonizado no idioma do
colonizador.

Além disso, a composição do cânone também gera indagações, pois ainda “é encarado
como um processo aberto e inacabado, passível de numerosas e constantes revisitações”
(Macedo, 2010,p.282) que evolui conforme os estudos sobre a literatura africana de língua
portuguesa se desenvolvem, dada a juventude das nações às quais pertencem essas obras, cujas
instituições legitimadoras da produção literária ainda estão em processo de consolidação.

Após considerar a questão do cânone da literatura africana lusófona, é interessante traçar um


breve histórico da sua evolução, para compreender sua ligação com a literatura brasileira e como
essas obras podem servir como instrumento para o aprendizado sobre a história e a cultura dos
países africanos lusófonos e para a construção de uma nova imagem da África e de seus povos,
desvinculada do discurso imperialista de colonização, escravidão e atraso:

a) O primeiro momento da formação da literatura colonial na África lusófona pode ser


chamado de período de alienação (1850-1900).

Segundo Ferreira (1987), nesse estágio da produção literária:

“o escritor africano encontra-se em estado quase absoluto de alienação, incapaz de se libertar


dos modelos europeus” (p.33).

b) No segundo momento (1900-1930), ocorre o surgimento do sentimento nacional,


desponta a consciência de pertença à África, com a ideia de negritude, os textos passam a
abordar as características do ambiente da colónia, da terra natal, a alienação é substituída
por uma “percepção de um certo regionalismo e o discurso acusa já alguma influência do
meio social, geográfico e cultural em que estão inseridos e a enunciação vive já os
primeiros sinais de sentimento nacional” (Ferreira, 1987, p. 33).

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c) No terceiro momento (1930-1950), ocorre o rompimento com a alienação; os autores
adquirem a consciência de sua condição de colonizados e a consciência política surge nos
textos, que expressam o desejo de independência para a nação e de liberdade para os
africanos. A literatura africana “cria a sua razão de ser na expressão das raízes profundas
da realidade social nacional entendida dialecticamente” (Ferreira, 1987, p. 33).

d) Finalmente, no quarto momento (1950-2000), a literatura do período de independência


reflecte o processo de reconstrução da identidade das ex-colónias diante de sua nova
realidade. O nacionalismo aflora e consolida uma realidade em que “é de todo eliminada
a dependência dos escritores africanos e restituída a sua plena individualidade” (Ferreira,
1987, p.33).

Portanto, este último é o momento do resgate dos valores tradicionais ancestrais, combinando os
aos valores adquiridos no período colonial, já que é impossível reverter os efeitos da colonização.
De indivíduo despersonalizado e coisificado, possuidor de profundo complexo de inferioridade
em relação à sua cultura, o africano passa a indivíduo que se reencontra com suas raízes, que
elabora uma nova identidade cultural, reconstrói a sociedade e a cultura africanas incorporando
os elementos de diferentes origens que agora a compõem.

As tradições ancestrais são revalorizadas e as contribuições da cultura da antiga metrópole


são incorporadas a elas, reorganizando e reorientando a diversidade para regenerar a cultura e o
povo africano.

4.1 O ensino no período colonial da literatura nas colónias africanas de expressão


portuguesa

A educação nas colónias portuguesas registava, ainda a entrada dos anos 60, níveis
baixíssimos. O analfabetismo atingia, em Angola, quase 97%; em Moçambique, quase 98%; na
Guiné-Bissau, perto dos 100 %; só em Cabo Verde o nível era mais elevado, rondando os 78,5%.
O analfabetismo devia-se à política portuguesa de criar uma elite muito restrita de assimilados
para servirem no sector terciário, ao mesmo tempo que deixava as populações entregues a si
próprias, sem permitir o seu autodesenvolvimento ou, no pior dos casos, usando-as como mão-
de-obra escrava ou barata (Pires,1995).
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Como escreveu o poeta angolano António Jacinto, em «Carta dum contratado» (1950):

Mas ah meu amor, eu não sei compreender


por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler

e eu — Oh! Desespero! — não sei escrever também!

[…] No começo do século XIX, os padres e párocos eram escassos nas colónias. Com o
liberalismo, o ensino passou, em 1834, para o domínio do Estado, tomando-se laico. A partir de
1869, voltou a ser apoiado nas Missões. Todavia, o seu progresso foi lentíssimo.

Para Pires (1995), diz que em Angola, os grandes centros populacionais tinham escolas
oficiais e particulares para brancos e nas zonas rurais havia as missões para negros. O ensino
manteve-se, durante muitos séculos, exclusivamente a nível primário.

Três anos depois da instauração da República, deu-se a separação da Igreja e do Estado,


substituindo-se as missões religiosas por laicas, para, seis anos mais tarde, as missões católicas
serem auxiliadas financeiramente pelo Estado, altura em que, em Luanda, foi fundado o Liceu
Salvador Correia. Em 1926, as «missões civilizadoras» foram abolidas devido ao seu fracasso no
terreno.

A língua usada nas escolas e fora delas, por professores, missionários e auxiliares, era a
portuguesa, que, com as línguas nativas, servia para o ensino da religião. Mas, até II Guerra
Mundial, o objectivo da assimilação, perseguido em teoria pelas autoridades, não teve expressão.
Após 1945, a política governamental procurou acelerar a assimilação, fazendo um esforço para
generalizar o ensino primário, desenvolver o secundário, sobretudo técnico, a educação agrícola e
criando instituições para a formação de professores. Todavia, o ensino superior, ao contrário de
outras colónias, inglesas ou francesas, apenas estava ao alcance de um número muito reduzido de
estudantes, sobretudo brancos e mestiços. Com a fundação e a pressão exercida pelos
movimentos nacionalistas, e logo depois do início da luta de libertação nacional armada (Luanda,
1961), foram instalados os Estudos Gerais, de nível universitário, a partir de 1963, nas cidades

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angolanas de Luanda, Sá da Bandeira e Nova Lisboa, e na capital moçambicana, até hoje os
únicos territórios que deles beneficiaram.

Os próprios movimentos de libertação nacional, de que resultariam os partidos no poder, após


1975, criaram o seu ensino e alfabetização, que não tiveram um verdadeiro alcance de
massificação, devido a apenas atingirem os escassos milhares de militantes na clandestinidade e
faixas de população que os apoiavam. O MPLA, FNLA e UNITA (Angola), o PAIGC (Guiné-
Bissau e Cabo Verde) e a FRELIMO (Moçambique) não tiveram tempo nem meios para, antes da
independência, poderem substituir a escola colonial. MPLA (1956), PAIGC (1956) e FRELIMO
(1962) tinham essencialmente preocupações políticas e militares, mas dedicavam uma atenção
especial às questões culturais. Os outros movimentos, nascidos de dissensões, nunca tiveram
qualquer preocupação nesse sentido. O MLSTP (de São Tomé e Príncipe) nasceu pouco antes da
independência.

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5 Conclusão

Chegado ao final de mais uma caminhada rumo ao conhecimento, sobre a literatura


moçambicana, chegamos a conclusão que esta cadeira é incipiente, em relação à literatura
angolana e de Cabo Verde. No entanto, não será arriscar demasiado dizer que a actividade
cultural de Moçambique naquele período deve ter sido sobretudo orientada para o jornalismo.

A literatura moçambicana segue os mesmos carris tais como seguiu a angolana: pré-colonial e
colonial, afro-Centrica e luso-tropicalista, nacional e pós-colonial.

A educação nas colónias portuguesas registava, ainda a entrada dos anos 60, níveis
baixíssimos. O analfabetismo atingia, em Angola, quase 97%; em Moçambique, quase 98%; na
Guiné-Bissau, perto dos 100 %; só em Cabo Verde o nível era mais elevado, rondando os 78,5%.
O analfabetismo devia-se à política portuguesa de criar uma elite muito restrita de assimilados
para servirem no sector terciário, ao mesmo tempo que deixava as populações entregues a si
próprias, sem permitir o seu autodesenvolvimento ou, no pior dos casos, usando-as como mão-
de-obra escrava ou barata.

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6 Referências bibliográficas

Covane, Lourenço A. (s/d).Literatura aficas de língua Portuguesa II. Moçambique. Beira

Ferreira, Manuel (1987). Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. São Paulo: Editora

Ática.

Macedo, Tânia (2010). O Ensino das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa no Brasil:

Algumas Questões. In: SECCO, Carmen Tindó (Org.). África, escritas literárias: Angola.
Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe.2ª ed. Rio de Janeiro. UFRJ

Pires Laranjeira.(1995). Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa (vol. 64), Lisboa,

Universidade Aberta

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