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Tema do trabalho
Código: 708203480
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Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas Rigor e coerência
Referências APA 6ª edição das
4.0
Bibliográficas em citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
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Índice:
.................................................................................................................................................3
Introdução:...............................................................................................................................4
Precursores das literaturas africanas no dominio......................................................................5
A África e sua História de Colonização....................................................................................6
Literatura de Autoafirmação, Resistência e Consolidação da Identidade Negra.......................7
Caminhos históricos.................................................................................................................8
Considerações finais.................................................................................................................9
Referências
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Introdução:
Um belo continente que sempre atraiu o olhar do homem por causa de seus atributos,
segredos e belezas inconfundíveis. A África pode ser vista como um local cheio de
belezas naturais, que sempre oferece um enorme campo para a consumação de
realizações incríveis. Muitos idiomas são falados no Continente Africano, destacando-
se: o francês, inglês e o português.
Com o passar dos tempos, os escritores perceberam que deveriam escrever a partir das
perspectivas locais, com isso seus textos começaram a serem entendidos como os de
Cabo-Verde, Moçambique e Angola. A África é um país continental onde existem
várias culturas e, muitas destas culturas, são desconhecidas no Brasil, apesar de existir
inúmeras igualdades.
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Precursores das literaturas africanas no dominio
A literatura africana é o reflexo da vida social do povo, ela é ligada aos processos de
modernização e urbanização; e pode criar novas formas e estilos. Por consequência do
processo de colonização, a literatura parece ter adquirido um posicionamento especial
na antropologia, criando etnografias sobre como seria o continente e seus habitantes. Tal
processo é diretamente próximo à ocupação colonial.
A literatura colonial seria aquela elaborada por uma produção de textos de origem
etnográfica, biográfica escrita pelos missionários. Os missionários, também, seriam
reguladores de línguas nativas, agora domesticada em gramáticas, dicionários, etc.
(COUTO, 2009; MENDONÇA, 1999). Francisco Noa, em sua análise sobre literatura
colonial, relata que existe uma literatura produzida a respeito da África a partir de um
“olhar externo”, em constante renovação (NOA, 1999).
Conforme Deize Bebiano (2000), o conhecimento africano era passado por intermédio
da literatura oral. Essa forma sofria muito preconceito, contudo, no decorrer do tempo,
conseguiu ter reconhecimento nos veículos culturais. Até hoje, a oralidade e o som
influenciam a literatura africana conforme as palavras de Pires Laranjeira (1992):
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As literaturas africanas escritas em língua portuguesa coincidem na flexibilidade das
narrativas, fazendo, assim, conviver o antigo com o novo; a escrita com a oralidade; em
um discurso mesclado. Também promove uma escrita dinâmica mestiça resultado dos
diálogos entre as formas de textualidade das línguas européias escritas e formas de
textualidade das línguas nativas.
A literatura africana é uma literatura de luta e conflito, ela discute de forma ambígua
com a tradição, a literatura colonial e com seu tempo. Ela é uma literatura de
características modernas, no sentido de ser aquela que surge da possibilidade de um
conjunto de mudanças, que evidencia um número de conflitos e contradições
(HAMILTON, 1999: AUGEL, 2007).
A língua portuguesa é o idioma oficial de cinco países africanos são eles: Angola,
Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial
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(adotou o idioma português recentemente). O português tornou-se o idioma utilizado no
ensino, na imprensa, na administração e nas relações internacionais destes países.
Ao mesmo tempo em que lutavam por liberdade, os autores de obras literárias começam
a aparecer e a espalhar seus ideais através de seus livros e tentar mudar os pensamentos
de seu povo através da literatura e da cultura. Os autores buscam suas inspirações
literárias na terra, nos conflitos regionais e nas belezas naturais da região.
Wole Soyinka: nascido na Nigéria escreveu obras como: O Leão e a Joia; A Quality
of Violence; The Swamp Dewllers; A Dance in the Forests; The Road; King Baabu.
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Antônio Agostinho Neto: nascido na Angola, escreveu obras como: Quatro Poemas
de Agostinho Neto; Póvoa do Varzim; Casa dos Estudantes do Império; Sagrada
Esperança; Sá da Costa; A Renúncia Impossível; Luanda.
Nadine Gordimer: nascida na África do Sul escreveu obras como: A Arma da
Casa; The Lying Days; A World of Strangers; Face to Face; A Soldier´s Embrace;
Loot.
Naguib Mahfuz: nascido no Egito escreveu, obras como: Miramar; Trilogia do
Cairo; A Taberna do Gato Preto; Os filhos do Nosso Bairro; Noites das Mil e Uma
Noites.
Mia Couto: nascida em Moçambique, escreveu obras como: Antes de Nascer o
Mundo; Vozes Anoitecidas; Estórias Abensonhadas; O Fio das Missangas; Terra
Sonambula; O Gato e o Escuro; A Confissão da Leoa.
José Eduardo Agualusa: nascido em Angola, escreveu obras como: A Conjura; A
Feira dos Assombrados; Estação das Chuvas; Nação Crioula; Um Estranho em Goa;
O vendedor de Passados; Teoria Geral do Esquecimento.
José Luandino Vieira: nascido em Angola, escreveu obras como: A Cidade e a
Infância; Luanda; A vida Verdadeira de Domingos Xavier; Nosso Musseque; O
Livro dos Rios;
Paulina Chiziane: nascida em Moçambique, escreveu obras como: Niketche; Uma
História de Poligamia; Balada de Amor ao Vento; O Alegre Canto de Perdiz; Na
Mao de Deus;
Artur Carlos Mauricio Pestana dos Santos (Pepetela) nascido em Angola,
escreveu obras como: O Planalto e a Estepe; As Aventuras de Ngunga; O Cão e os
Caluandas; Geração de Utopias; Mayombe;
Caminhos históricos
A ligação entre portugueses e africanos foi pactuada no século XV, as relações eram
pelas feitorias de captura de escravos que eram destinados às economias de plantations
na América em principal o Brasil. Com o término do tráfico e a independência
brasileira, os colonizadores começam a pensar na necessidade de criar um novo império.
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Considerações finais:
A literatura africana em língua portuguesa teve uma importância muito grande na
construção cultural e histórica das ex-colônias portuguesas na África. Utilizando a
linguagem dos colonizadores, os escritores de maneira criativa e inovadora, construíram
nas últimas décadas uma tradição literária que se evidencia de forma própria em cada
nação.
Os autores africanos conseguiram passar em suas obras a forma de pensar de seu povo,
sua cultura, sua terra e, principalmente, expressar de forma clara seus sentimentos e
emoções. Os escritores procuraram afastar os horrores vividos pelo povo no período
colonial e, também, na época das guerras.
Uma das maiores lições que os autores deixaram em seus livros, foi o pensamento de
que a África negra não pode, nem deve ser considerado um estorvo para o mundo, deve-
se pensar nela como um pequeno desafio não somente na parte literária, mas, em toda
forma de expressão humana, busca-se contribuir com a África de forma honesta e levar
esperança ao seu povo.
Com o poder da educação e argumentação pode-se lutar por mudanças e conseguir ter
um mundo melhor. No momento atual, percebe-se que a literatura africana encantou o
mundo, com seus grandes autores expressando de maneira natural seus sonhos e anseios
para com sua terra.
A literatura africana em língua portuguesa passou por diversas etapas para construir sua
identidade cultural. As manifestações artísticas e culturais que antes eram oprimidas
pelos governos tiranos, hoje são mostradas ao mundo e tornaram-se muito interessantes.
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Referências:
AUGEL, M. (2007). O Desafio do Escombro: Nação, identidades e pós-colonialismo na
literatura da Guiné-Bissau. Rio de Janeiro: Garamond.
COUTO, M. (2009a). A última antena do último insecto - vida e obra de Henri Junod.
In E se Obama Fosse Africano? E Outras Interinvenções (pp. 155-171). Lisboa:
Caminho.
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