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Classificação
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do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Articulação e
Conteúdo domínio do
discurso académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
Análise e
/ coesão textual)
discussão
Revisão
bibliográfica
nacional e 2.
internacionais
relevantes na área
ii
de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
iii
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 1
1 Literatura de Moçambique....................................................................................................... 2
3 Conclusão ................................................................................................................................ 6
0
Introdução
Esse trabalho tem como objectivo fazer uma reflexão sobre a memória, a
partir de contos e crónicas do escritor moçambicano Rui de Noronha. Nessa reflexão, duas
figuras emblemáticas foram focalizadas com especial relevo: o velho e a criança.
Essas figuras refletem as circunstâncias históricas de Moçambique, do período
colonial à contemporaneidade.
Se fosse preciso dizer sobre o que escreve Mia Couto, a resposta seria breve e
clara: sobre Moçambique. Entretanto, se descobrir o tema principal de sua obra não é
tão complicado, delimitar os caminhos escolhidos pelo autor não é fácil. A memória é
mediadora nos caminhos para se pensar nas identidades cultural e nacional.
É importante perceber o contexto histórico e geográfico de Moçambique — é
um país que pertence ao continente africano, banhado pelo oceano Índico e formado
por diversas culturas, 1 tendo sido colonizado por Portugal.
1
1 Literatura de Moçambique
Mais tarde surgem as revistas Itinerário (1941–1955) e, sobretudo, Msaho (1952), preocupada
com a ―moçambicanidade‖, com número único, em cujas páginas foi publicado o que era
essencial na poesia da época. Neste período, antes da independência, há pelo menos três poetas
que devem ser salientados: Noémia de Sousa (Sangue Negro, caderno policopiado), José
Craveirinha, o ―poeta nacional‖, com obra nos jornais, revistas e gavetas (Xigubo, 1964,
Karingana ua Karingana, 1974, Cela 1, 1980, e Maria, 1988) e Rui Knopfli (Mangas Verdes
com Sal, 1969). Na prosa destaca-se Luís Bernardo Honwana (Nós Matámos o Cão Tinhoso,
1964) e Orlando Mendes, o autor do primeiro romance moçambicano (Portagem, 1966).
Em 1971–1972 saem ainda os cadernos Caliban sob a direção de António Quadros, Eugénio
Lisboa e Rui Knopfli, de caráter cosmopolita, não vinculado à luta pela libertação, onde são
publicados autores portugueses ao lado de moçambicanos.
Após a independência, aparece a revista Charrua (1984), em que se revelam os novos autores
como Ungulani Ba Ka Khosa, e Gazeta de Artes e Letras (da revista Tempo), dirigida por Luís
Carlos Patraquim, um dos maiores nomes da poesia contemporânea (Monção, 1980). Entre os
autores contemporâneos, mundialmente conhecidos e traduzidos, destacam-se Mia Couto e
Paulina Chiziane.
2
RUI DE NORONHA
NOÉMIA DE SOUSA
(1926–2003), poetisa, cujo caderno Sangue Negro (1961?) pode ser considerado um dos
mais acabados exemplos da poética negritudinista, a porta-voz dos marginalizados e
menosprezados pela cor da pele. Com os seus poemas deu um impulso a outros poetas
seus contemporâneos.
NEGRA
Gentes estranhas com seus olhos cheios doutros mundos
quiseram cantar teus encantos
3
para eles só de mistérios profundos,
de delírios e feitiçarias ...
Teus encantos profundos de África.
Mas não puderam.
Em seus formais e rendilhados cantos,
ausentes de emoção e sinceridade,
quedaste-te longínqua, inatingível,
virgem de contactos mais fundos.
E te mascararam de esfinge de ébano, amante sensual,
jarra etrusca, exotismo tropical,
demência, atracção, crueldade,
animalidade, magia...
e não sabemos quantas outras palavras vistosas e vazias.
Em seus formais cantos rendilhados
foste tudo, negra...
menos tu.
E ainda bem.
Ainda bem que nos deixaram a nós,
Do mesmo sangue, mesmos nervos, carne, alma,
sofrimento,
a glória única e sentida de te cantar
com emoção verdadeira e radical,
a glória comovida de cantar, toda amassada,
moldada, vazada nesta sílaba imensa e luminosa: MÃE
Esse mapeamento deve nos levar em direcção a um corpus privilegiado dessa produção que são
as coletâneas Poesia de combate I (1979) e Poesia de combate II (1977), a partir do qual
procederemos análises de poemas específicos que poderão nos fornecer um pequeno repertório de
4
tópicas correntes que nos permitem traçar um perfil estético do que, a partir do debate literário
acerca do função da literatura no ambiente revolucionário de Moçambique, seria considerado, a
propósito, de ―poesia revolucionária‖.
5
3 Conclusão
Os caminhos pelos quais a literatura moçambicana tem trilhado podem ter a ver com as várias
formas de construção da própria Nação. O fato de esse processo de construção ser recente,
prevalecem até aos nossos dias preconceitos do tempo colonial e do marxista leninista entre os
moçambicanos e as suas instituições. Outrossim, com base nesse desiderato, uma Nação jovem
de dimensões vastas como Moçambique precisa esperar durante longo tempo para que o sistema
literário e cultural iniciado nos finais do século XVIII faça coincidir a sua configuração com as
suas fronteiras e limites geográficos. Falando com mais rigor, podemos afirmar que nem hoje, em
pleno século XXI, apesar dos diversos meios de comunicação, também literários (a mídia, rádio,
cinema, televisão, celular, internet, disco), podemos diagnosticar semelhante ajustamento.
Portanto, reiteradamente, a literatura moçambicana está caminhando para a sua consolidação,
enquanto sistema