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Índice

1. Introdução..................................................................................................................2
1.1 Objectivo.....................................................................................................................2
1.1.2 Objectivo Geral........................................................................................................2
1.1.3 Objectivo Especifico................................................................................................2
1.1.4 Metodologia..............................................................................................................2
2. Mia Couto...................................................................................................................3
3. Rui de Noronha..........................................................................................................6
4. Ungulani Ba Ka Khosa...............................................................................................7
5. Marcelino dos Santos.................................................................................................8
6. Armando Artur...........................................................................................................9
7. Orlando Mendes.........................................................................................................9
8. Paulina Chiziane.......................................................................................................10
9. Rui de Noronha........................................................................................................13
10. José Craveirinha...................................................................................................14
11. Luís Carlos Patraquim..........................................................................................15
12. Marcelo Panguana................................................................................................16
13. Albino Magaia......................................................................................................17
14. Calane da Silva.....................................................................................................18
15. Suleiman Cassamo................................................................................................19
16. Glória de Sant'Anna..............................................................................................19
17. Lília Momplé........................................................................................................20
18. Nelson Saúte.........................................................................................................21
19. Noémia de Sousa..................................................................................................22
20. Leite de Vasconcelos............................................................................................22
21. Conclusão.............................................................................................................24
22. Referência Bibliográfica.......................................................................................25
1. Introdução

Neste presente trabalho de pesquisa com tema Escritores Moçambicanos e suas


obras, falando dos escritores moçambicanos devemos tomar em consideração que um
pais precisa muitos dos escritores, porque eles relata historial de uma determinada
assuntos, com forma de poesia, conto, romace etc, falando pouco de Mia Couto onde em
muitas obras suas, Couto dá um contributo significativo de recriar a língua portuguesa,
incorporando vocabulário e estruturas específicas de Moçambique, portanto produzindo
um novo modelo para a narrativa africana. Estilisticamente, a sua escrita é influenciada
do realismo mágico, um movimento popular nas literaturas latino-americanas modernas.
Contudo, por sua literatura ser africana, o termo "mágico" não aplica, sendo classificada
como Realismo Animista. O seu uso de linguagem faz lembrar o escritor brasileiro João
Guimarães Rosa, mas também é influenciado pelo escritor Jorge Amado. É conhecido
por criar provérbios, às vezes conhecidas como "improvérbios", nas suas obras de
ficção, assim como enigmas, lendas, e metáforas, dando uma dimensão poética
sobretudo

1.1 Objectivo

1.1.2 Objectivo Geral


 Conhecer os escritores Moçambicanos.
1.1.3 Objectivo Especifico
 Mencionar os Escritores Moçambicanos.
 Mencionar as obras de cada escritores.

1.1.4 Metodologia

Para o desenvolvimento do presente trabalho, a recolha de informação ou de dados


recorreu á seguida da análise da informação para a sua harmonização e posteriormente a
sua compilação. Ou seja a recolha de informações baseou-se na utilização de
informação já existente em documento anteriormente elaborado com o objectivo de
obter dados relevante para responder as questões de investigação do conteúdo.
2. Mia Couto

Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto Com SE (Beira, 5 de


Julho de 1955), é um escritor e biólogo moçambicano.
Dentre os muitos prémios literários com os quais foi galardoado está o Prémio Neustadt,
tido como o Nobel Americano. Couto e João Cabral de Melo Neto são os únicos
escritores de língua portuguesa que receberam esta honraria.
Biografia
Mia Couto nasceu e estudou na Beira, cidade capital da província de Sofala,
em Moçambique. Adotou o pseudónimo de Mia Couto porque tinha uma paixão por
gatos. Com 14 anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal "Notícias da
Beira" e três anos depois, em 1971, mudou-se para a cidade capital de Lourenço
Marques, Moçambique (agora Maputo). Iniciou os estudos universitários em medicina,
mas abandonou esta área no princípio do terceiro ano, passando a exercer a profissão de
jornalista depois do 25 de Abril de 1974. Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas
instalações em Setembro de 1975, por colonos que se opunham à independência. Foi
nomeado diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações
de correspondentes entre as províncias moçambicanas durante o tempo da guerra de
libertação. A seguir trabalhou como diretor da revista Tempo até 1981 e continuou a
carreira no jornal Notícias até 1985. Em 1983, publicou o seu primeiro livro de
poesia, Raiz de Orvalho, que, segundo algumas interpretações, inclui poemas contra a
propaganda marxista militante. Dois anos depois, demitiu-se da posição de diretor para
continuar os estudos universitários na área de biologia.
Além de considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique, é o escritor
moçambicano mais traduzido. Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta recriar a
língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias
regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Terra Sonâmbula, o
seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da
Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos dez
melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do
Zimbabué. A 25 de Novembro de 1998 foi feito Comendador da Ordem Militar de
Sant'Iago da Espada. Em 2007, foi entrevistado pela revista Isto É. Foi fundador de uma
empresa de estudos ambientais da qual é colaborador.
Obras
Mia Couto tem uma obra literária extensa e diversificada, incluindo poesia, contos,
romance e crónicas, e é considerado como um dos escritores mais importantes de
Moçambique. As suas obras são publicados em mais de 22 países e traduzidas
em alemão, francês, castelhano, catalão, inglês e italiano.
Em muitas obras suas, Couto dá um contributo significativo de recriar a língua
portuguesa, incorporando vocabulário e estruturas específicas de Moçambique, portanto
produzindo um novo modelo para a narrativa africana. Estilisticamente, a sua escrita é
influenciada do realismo mágico, um movimento popular nas literaturas latino-
americanas modernas. Contudo, por sua literatura ser africana, o termo "mágico" não
aplica, sendo classificada como Realismo Animista. O seu uso de linguagem faz
lembrar o escritor brasileiro João Guimarães Rosa, mas também é influenciado pelo
escritor Jorge Amado. É conhecido por criar provérbios, às vezes conhecidas como
"improvérbios", nas suas obras de ficção, assim como enigmas, lendas, e metáforas,
dando uma dimensão poética sobretudo.
Mia Couto escreve tanto para adultos como para crianças.
Poesia
Estreou-se no prelo com um livro de poesia, Raiz de Orvalho, publicado em 1983. Este
livro revela o mesmo comportamento literário de estreita relação com a tradição e
memória cultural africanas que evidenciam a orientação regionalista, marcante em toda
a sua criação literária. A poesia “Sotaque da terra” aborda sentimentos impostos por
condições históricas diretamente ligados à realidade do povo africano: a língua, a terra e
a tradição.
No entanto, antes tinha sido antologiado por outro dos grandes poetas
moçambicanos, Orlando Mendes (outro biólogo), em 1980, numa edição do Instituto
Nacional do Livro e do Disco, resultante duma palestra na Organização Nacional dos
Jornalistas (actual Sindicato), intitulada "Sobre Literatura Moçambicana".
Em 1999, a Editorial Caminho (que publica as obras de Mia Couto em Portugal)
relançou Raiz de Orvalho e outros poemas que teve sua 3ª edição em 2001.
A mesma editora dá ao prelo em 2011 o seu segundo livro de poesia, "Tradutor de
Chuvas".
Contos
Nos meados dos anos 80, Mia Couto estreou-se nos contos e numa nova maneira de
falar - ou "falinventar" - português, que continua a ser o seu "ex-libris". Nesta categoria
de contos publicou:
 Vozes Anoitecidas (1ª ed. da Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1986; 1ª
ed. Caminho, em 1987; 8ª ed. em 2006; Grande Prémio da Ficção Narrativa em
1990, ex aequo)
 Cada Homem é uma Raça (1ª ed. da Caminho em 1990; 9ª ed., 2005)
 Estórias Abensonhadas (1ª ed. da Caminho, em 1994; 7ª ed. em 2003)
 Contos do Nascer da Terra (1ª ed. da Caminho, em 1997; 5ª ed. em 2002)
 Na Berma de Nenhuma Estrada (1ª ed. da Caminho em 2001; 3ª ed. em 2003)
 O Fio das Missangas (1ª ed. da Caminho em 2004; 4ª ed. em 2004)
Crónicas
Para além disso, publicou em livros algumas das suas crónicas, que continuam a ser
coluna num dos semanários publicados em Maputo, capital de Moçambique:
 Cronicando (1ª ed. em 1988; 1ª ed. da Caminho em 1991; 7ª ed. em 2003; Prémio
Nacional de Jornalismo Areosa Pena, em 1989)
 O País do Queixa Andar (2003)
 Pensatempos. Textos de Opinião (1ª e 2ª ed. da Caminho em 2005)
 E se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções (1ª ed. da Caminho em 2009)
Romances
E, naturalmente, não deixou de lado o género romance, tendo publicado as obras:
 Terra Sonâmbula (1ª ed. da Caminho em 1992; 8ª ed. em 2004; Prémio Nacional de
Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995; considerado por um
juri na Feira Internacional do Zimbabwe um dos doze melhores
livros africanos do século XX)
 A Varanda do Frangipani (1ª ed. da Caminho em 1996; 7ª ed. em 2003)
 Mar Me Quer (1ª ed. Parque EXPO/NJIRA em 1998, como contribuição para o
pavilhão de Moçambique na Exposição Mundial EXPO '98 em Lisboa; 1ª ed. da
Caminho em 2000; 8ª ed. em 2004)
 Vinte e Zinco (1ª ed. da Caminho em 1999; 2ª ed. em 2004)
 O Último Voo do Flamingo (1ª ed. da Caminho em 2000; 4ª ed. em 2004; Prémio
Mário António de Ficção em 2001)
 O Gato e o Escuro, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (1ª ed. da Caminho
em 2001; 2ª ed. em 2003), com ilustrações de Marilda Castanha (1ª ed. brasileira, da
Cia. das Letrinhas, em 2008)
 Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra (1ª ed. da Caminho em 2002;
3ª ed. em 2004; rodado em filme pelo português José Carlos Oliveira)
 A Chuva Pasmada, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (1ª ed. da Njira em
2004)
 O Outro Pé da Sereia (1ª ed. da Caminho em 2006)
 O beijo da palavrinha, com ilustrações de Malangatana (1ª ed. da Língua Geral em
2006)Editora Caminho.
 Venenos de Deus, Remédios do Diabo (2008)
 Jesusalém [no Brasil, o livro tem como título Antes de nascer o mundo] (2009)
 Pensageiro frequente (2010)
 A Confissão da Leoa (2012)
 Mulheres de cinzas (primeiro volume da trilogia As Areias do Imperador) (2015)
 A Espada e a Azagaia (segundo volume da trilogia As Areias do Imperador")
(2016)
 O Bebedor de Horizontes (terceiro volume da trilogia "As Areias do Imperador")
(2017)
 O Mapeador de Ausências (2020)

3. Rui de Noronha

.
António Rui de Noronha (Lourenço Marques, 28 de outubro de 1909 - Lourenço
Marques, 25 de dezembro de 1943) foi um poeta moçambicano, sendo considerado o
precursor da poesia moderna moçambicana.
Biografia
António Rui de Noronha nasceu na então Lourenço Marques, atual Maputo,
Moçambique a 28 de Outubro de 1909. Mestiço, de pai indiano, de origem brâmane, e
de mãe negra, foi funcionário público (Serviço de Portos e Caminho de Ferro)
e jornalista. O autor colaborou na imprensa escrita de Moçambique, notadamente em O
Brado Africano, com apenas 17 anos de idade. Esta produção inicial, que se reduziram
apenas a três contos, e que correspondem ainda a uma fase de afirmação literária, virá a
ser prosseguida a partir de 1932, com uma intervenção mais activa na vida do jornal,
chegando mesmo a integrar o seu corpo directivo.
Uma desilusão amorosa, causada talvez pelo preconceito racial, fez, segundo os seus
amigos, com que o escritor se deixasse morrer no hospital da capital de Moçambique,
com 34 anos, no dia 25 de Dezembro de 1943.
Sua obra completa está reunida em Os meus versos, publicada em 2006, com
organização, notas e comentários de Fátima Mendonça.
Desde logo mostrou e deixou transparecer, na sua vida e na sua escrita, um
temperamento recolhido, uma personalidade introvertida e amargurada. Foi, sem
dúvida, um homem infeliz. Nunca chegou a concretizar, em vida, o grande sonho de
publicar o seu livro de poemas. No entanto, seu professor de francês, Dr. Domingos
Reis Costa reuniu, seleccionou e revisou 60 poemas para a edição póstuma intitulada
Sonetos (1946), editado pela tipografia Minerva Central.
Incluído em inúmeras antologias estrangeiras – na Rússia, na República Checa, na
Holanda, na Itália, nos EUA, na França, na Argélia, na Suécia, no Brasil e em Portugal -
Rui de Noronha é considerado o precursor (mais jovem) da poesia moderna
Moçambicana.
Obras publicadas
 Sonetos (1946), editado pela tipografia Minerva Central.
 Os Meus Versos, Texto Editores, 2006 (Organização, Notas e Comentários de
Fátima Mendonça)
 Ao mata-bicho: Textos publicados no semanário «O Brado Africano» Pesquisa e
Organização de António Sopa, Calane da Silva e Olga Iglésias Neves. Maputo,
Texto Editores, 2007

4. Ungulani Ba Ka Khosa

Ungulani Ba Ka Khosa (pseudónimo de Francisco Esaú Cossa), (Inhaminga, 1 de


Agosto de 1957) é um escritor e professor de Moçambique [1].
Carreira profissional
Khosa fez o ensino primário na província de Sofala e o ensino secundário, parte
em Lourenço Marques e parte na Zambézia. Em Maputo tira o bacharelato em História
e Geografia na Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane e exerceu a
função de professor do ensino secundário.
Em 1982 trabalha para o Ministério da Educação durante um ano e meio. Seis meses
depois de ter saído do Ministério da Educação é convidado para trabalhar na Associação
dos Escritores Moçambicanos (AEMO), da qual é membro.
Iniciou a sua carreira como escritor com a publicação de vários contos e participou na
fundação da revista Charrua da AEMO.
Foi a realidade vivida em Niassa e Cabo Delgado, onde existiam as zonas de campos de
reeducação que eram mal organizadas, que o fez inclinar mais para a literatura e, por
isso, sentiu a necessidade de escrever para falar e expor essa realidade para as pessoas.
Obras publicadas
 Ualalapi, 1987 (Romance; ganhou o grande prémio de ficção Moçambicana
em 1990) [2][3];
 Orgia dos Loucos, 1990 (edição da Associação dos Escritores Moçambicanos);
 Histórias de Amor e Espanto, 1999;
 No Reino dos Abutres, 2002;
 Os sobreviventes da noite, 2007;
 Choriro, 2009;
 Entre as Memórias Silenciadas, 2013.
 O Rei Mocho, 2016, Brasil. Editora Kapulana;
 Orgia dos Loucos, 2016, Brasil. Editora Kapulana;
 Cartas de Inhaminga, 2017.
 Gungunhana , 2018, Porto Editora;

5. Marcelino dos Santos

Marcelino dos Santos (Lumbo, 20 de maio de 1929 - 11 de fevereiro de 2020) foi


um político e poeta moçambicano e membro fundador da Frente de Libertação de
Moçambique, onde chegou a vice-presidente. Depois da independência de Moçambique,
Marcelino dos Santos foi o primeiro Ministro da Planificação e Desenvolvimento, cargo
que deixou em 1977 com a constituição do primeiro parlamento do país (nessa altura
designado “Assembleia Popular”), do qual foi presidente até à realização das primeiras
eleições multipartidárias, em 1994.
Com os pseudónimos Kalungano e Lilinho Micaia tem poemas seus publicados
no Brado Africano e em duas antologias publicadas pela Casa dos Estudantes do
Império, em Lisboa. Com o seu nome oficial, tem um único livro publicado
pela Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1987, intitulado “Canto do Amor
Natural".

6. Armando Artur
Armando Artur (ou Armando Artur João) (Alto Molócuè, Zambézia, 28 de
Dezembro de 1962) é um poeta moçambicano.
Biografia
Nascido em Alto Molócuè, fez ali os estudos primários. Realizou os estudos
secundários em Lichinga e Beira. Estudou e abandonou o Instituto Industrial de
Maputo.[1]
Obras
 Espelho dos Dias (1986);
 O Hábito das Manhãs (1990);
 Estrangeiros de Nós Próprios (1996);
 Os Dias em Riste (2002) – prémio Consagração FUNDAC;
 A Quintessência do Ser (2004) – Prémio José Craveirinha de Literatura;
 No Coração da Noite (2007);
 Felizes as Águas (antologia de poemas de amor);
 As Falas do Poeta;
 A Reinvenção do Ser e a dor da pedra (2018);
 Muery – Elegia em Si maior (2019);
 O Rosto e o Tempo (antologia - 2021);
 Outras Noites, Outras Madrugadas (2021);
 Minhas Leituras e Outros Olhares (2021)

7. Orlando Mendes

Orlando Marques de Almeida Mendes (Ilha de Moçambique, 4 de


Agosto de 1916 — Maputo, 11 de janeiro de 1990) foi um biólogo
e escritor moçambicano.
Biografia
Licenciou-se em biologia pela Universidade de Coimbra, onde trabalhou como
assistente de botânica. De volta a Moçambique, foi fitopatologista e atuou no Ministério
da Agricultura como pesquisador de medicina tradicional.
Estreou na literatura sob a influência do neorrealismo e do movimento Presença.
Promoveu a literatura moçambicana, à frente da Associação dos Escritores de
Moçambique e também com seu trabalho de editor.
Ganhou o Prêmio Fialho de Almeida, o prêmio dos Jogos Florais da Universidade de
Coimbra (1946) e o Prêmio de Poesia no concurso literário da Câmara Municipal de
Lourenço Marques.
Obra
Poesia
 Trajectórias, Coimbra, 1940
 Clima, Coimbra, edição do autor, 1959
 Depois do 7º Dia, Lourenço Marques, Publicações Tribuna, 1963
 Portanto Eu vos Escrevo, Viseu/Portugal, edição do autor, 1964
 Véspera Confiada, Lourenço Marques, Livraria Académica, 1968
 Adeus de Gutucumbui, Lourenço Marques, Académica, 1974
 A Fome das Larvas, Lourenço Marques, Académica, 1975
 País Emerso I, Lourenço Marques, Empresa Moderna, 1975
 País Emerso II, Maputo, edição do autor, 1976
 Produção Com que Aprendo, Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1978
 As faces visitadas, Maputo, AEMO, 1985
 Lume Florindo na Forja, Maputo, INLD, 1980
Romance
 Portagem, Beira, Notícias da Beira, 1966
Teatro
 Um Minuto de Silêncio, Teatro, Beira, Notícias da Beira, 1970
Ensaios
 Sobre literatura moçambicana, Maputo, INLD, 1982
Infantil
 Papá Operário Mais Seis Histórias, Maputo, INLD, 1980, 2ª ed., 1983
 O menino que não crescia, Maputo, INLD, 1986.

8. Paulina Chiziane
Algumas imagens de documentário sobre Paulina, com falas realizadas quando esteve
em Florianópolis.
Paulina Chiziane (Manjacaze, Gaza, 4 de junho de 1955) é
uma escritora moçambicana.
Biografia
Paulina Chiziane cresceu nos subúrbios da cidade de Maputo, anteriormente
chamada Lourenço Marques. Nasceu numa família protestante onde se falavam as
línguas Chope e Ronga. Aprendeu a língua portuguesa na escola de uma
missão católica. Começou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo
Mondlane sem ter concluído o curso.
Participou ativamente na cena política de Moçambique como membro
da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), na qual militou durante a
juventude. A escritora declarou, numa entrevista, ter apreendido a arte da militância na
Frelimo. Deixou, todavia, de se envolver na política para se dedicar à escrita e
publicação das suas obras. Entre as razões da sua escolha estava a desilusão com as
directivas políticas do partido Frelimo pós-independência, sobretudo em termos de
políticas filo-ocidentais e ambivalências ideológicas internas do partido, quer pelo que
diz respeito às políticas de mono e poligamia, quer pelas posições de economia
política marxista-leninista, ou ainda pelo que via como suas hipocrisias em relação à
liberdade económica da mulher.
É a primeira mulher que publicou um romance em Moçambique.[3] Iniciou a sua
atividade literária em 1984, com contos publicados na imprensa moçambicana. As suas
escritas vem gerando discussões polémicas sobre assuntos sociais, tal como a prática de
poligamia no país. Com o seu primeiro livro, Balada de Amor ao Vento (1990), a autora
discute a poligamia no sul de Moçambique durante o período colonial. Devido à sua
participação ativa nas políticas da Frelimo, a sua narrativa reflete o mal-estar social de
um país devastado pela guerra de libertação e os conflitos civis que aconteceram após a
independência.
Paulina vive e trabalha na Zambézia. O seu romance Niketche: Uma História de
Poligamia ganhou o Prémio José Craveirinha em 2003.[4]
Em 2016, anunciou que decidiu abandonar a escrita porque está cansada das lutas
travadas ao longo da sua carreira.
Em 2021, tornou-se a primeira mulher africana a ser distinguida com o Prémio Camões,
a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos
de Brasil e Portugal.[6] Sobre o inédito reconhecimento, declarou Paulina: "Não contava
com isso. Recebi a notícia e disse: 'Meu Deus! Eu já não contava com essas coisas
bonitas!' É muito bom. Esse prêmio é resultado de muita luta. Não foi fácil começar a
publicar sendo mulher e negra. Depois de tantas lutas, quando achei que já estava tudo
acabado, vem esse prêmio. O que eu posso dizer? É uma grande alegria."[7]
Obras Seleccionadas
Entre as suas obras encontram-se:
Romance
 Balada de Amor ao Vento:
o 1.ª edição, 1990.
o Lisboa: Caminho, 2003. ISBN 9789722115575.
 Ventos do Apocalipse:
o Maputo: edição do autor, 1993.
o Lisboa: Caminho, 1999. ISBN 9789722112628.
 O Sétimo Juramento. Lisboa: Caminho, 2000. ISBN 9789722113298.
 Niketche: Uma História de Poligamia:
o Lisboa: Caminho, 2002. ISBN 9789722114769.
o São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
o Maputo: Ndjira, 2009, 6ª edição. ISBN 9789024796281.
 As Andorinhas, 2009 1ª Edição, Indico Editores
 O Alegre Canto da Perdiz. Lisboa: Caminho, 2008. ISBN 9789722119764.
 Na mão de Deus, 2013
 Por Quem Vibram os Tambores do Além, 2013, com Rasta Pita
 Ngoma Yethu: O curandeiro e o Novo Testamento, 2015.
 O Canto dos Escravizados, 2017.
Outras obras
 Eu, mulher… por uma nova visão do mundo (Testemunho, em 1992 e publicado em
1994)
Obras sobre Paulina Chiziane
 MARTINS, Ana Margarida Dias. The Whip of Love: Decolonising the Imposition of
Authority in Paulina Chiziane’s Niketche: Uma História de Poligamia. in The
Journal of Pan African Studies, vol. 1, n.º 3, março de 2006.
 PEREIRA, Ianá de Souza. Vozes Femininas de Moçambique. Dissertação de
mestrado apresentada ao departamento de Letras da Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2012. Trata-se de uma análise comparativa dos romances Ventos do
Apocalipse (1999) e Niketche: uma história de poligamia (2004), na qual se
discutem as representações e o papel social da mulher em romances que se pautam
na intensa força das relações sociais que informam a maneira de agir de homens e
de mulheres em Moçambique.
 SILVA, Érica, Paulina Chiziane e a voz feminina moçambicana através do texto
literário (2019), Revista Darandina.
 TEDESCO, Maria do Carmo Ferraz. Narrativas da Moçambicanidade: Os
Romances de Paulina Chiziane e Mia Couto e a Reconfiguração da Identidade
Nacional. Tese apresentada ao Departamento de História da Universidade de
Brasília. Brasília, novembro de 2008.

9. Rui de Noronha

António Rui de Noronha (Lourenço Marques, 28 de outubro de 1909 - Lourenço


Marques, 25 de dezembro de 1943) foi um poeta moçambicano, sendo considerado o
precursor da poesia moderna moçambicana.
Biografia
António Rui de Noronha nasceu na então Lourenço Marques, atual Maputo,
Moçambique a 28 de Outubro de 1909. Mestiço, de pai indiano, de origem brâmane, e
de mãe negra, foi funcionário público (Serviço de Portos e Caminho de Ferro)
e jornalista. O autor colaborou na imprensa escrita de Moçambique, notadamente em O
Brado Africano, com apenas 17 anos de idade. Esta produção inicial, que se reduziram
apenas a três contos, e que correspondem ainda a uma fase de afirmação literária, virá a
ser prosseguida a partir de 1932, com uma intervenção mais activa na vida do jornal,
chegando mesmo a integrar o seu corpo directivo.
Uma desilusão amorosa, causada talvez pelo preconceito racial, fez, segundo os seus
amigos, com que o escritor se deixasse morrer no hospital da capital de Moçambique,
com 34 anos, no dia 25 de Dezembro de 1943.
Sua obra completa está reunida em Os meus versos, publicada em 2006, com
organização, notas e comentários de Fátima Mendonça.
Desde logo mostrou e deixou transparecer, na sua vida e na sua escrita, um
temperamento recolhido, uma personalidade introvertida e amargurada. Foi, sem
dúvida, um homem infeliz. Nunca chegou a concretizar, em vida, o grande sonho de
publicar o seu livro de poemas. No entanto, seu professor de francês, Dr. Domingos
Reis Costa reuniu, selecionou e revisou 60 poemas para a edição póstuma intitulada
Sonetos (1946), editado pela tipografia Minerva Central.
Incluído em inúmeras antologias estrangeiras – na Rússia, na República Checa, na
Holanda, na Itália, nos EUA, na França, na Argélia, na Suécia, no Brasil e em Portugal -
Rui de Noronha é considerado o precursor (mais jovem) da poesia moderna
Moçambicana.
Obras publicadas
 Sonetos (1946), editado pela tipografia Minerva Central.
 Os Meus Versos, Texto Editores, 2006 (Organização, Notas e Comentários de
Fátima Mendonça)
 Ao mata-bicho: Textos publicados no semanário «O Brado Africano» Pesquisa e
Organização de António Sopa, Calane da Silva e Olga Iglésias Neves. Maputo,
Texto Editores, 2007

10. José Craveirinha

José João Craveirinha Com IH (Lourenço Marques, 28 de


maio de 1922 — Joanesburgo, 6 de fevereiro de 2003) é considerado o poeta
maior de Moçambique. Em 1991, tornou-se o primeiro autor africano galardoado com
o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Biografia
José Craveirinha nasceu no Xipamanine, em Lourenço Marques (atual Maputo), em 28
de maio de 1922, filho de pai algarvio (de Aljezur) e mãe ronga. Viveu com a mãe, pai e
madrasta.
Estudou na escola «Primeiro de Janeiro», pertencente à Maçonaria.
Como jornalista, colaborou nos periódicos moçambicanos O Brado
Africano, Notícias, Tribuna, Notícias da Tarde, Voz de Moçambique, Notícias da
Beira, Diário de Moçambique e Voz Africana. Fez campanha contra o racismo no
Notícias, onde trabalhava, tendo sido o primeiro jornalista oficialmente sindicalizado.
Utilizou os seguintes pseudónimos: Mário Vieira, J.C., J. Cravo, José Cravo, Jesuíno
Cravo e Abílio Cossa. Foi presidente da Associação Africana na década de 1950.
Esteve preso entre 1965 e 1969 por fazer parte de uma célula da 4.ª Região Político-
Militar da Frelimo.
Foi o primeiro presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Escritores
Moçambicanos, entre 1982 e 1987. Em sua homenagem, a Associação dos Escritores
Moçambicanos (AEMO), em parceria com a HCB (Hidroeléctrica de Cahora Bassa),
instituiu em 2003, o Prémio José Craveirinha de Literatura.
Obras
 Xigubo. Lisboa, Casa dos Estudantes do Império, 1964. 2.ª ed. Maputo, Instituto
Nacional do Livro e do Disco, 1980
 Cantico a un dio di Catrame (bilingue português/italiano). Milão, Lerici, 1966 (trad. e
prefácio Joyce Lussu)
 Karingana ua karingana. Lourenço Marques, Académica, 1974. 2.ª ed., Maputo,
Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1982
 Cela 1. Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1980
 Maria. Lisboa, África Literatura Arte e Cultura, 1988
 Izbranoe. Moscovo, Molodoya Gvardiya, 1984 (em língua russa)
 Hamina e outros contos, 1998
 Maria. Vol.2. Maputo: Ndjira, 1998.
 Poemas da Prisão, Lisboa, Texto Editora, 2004.
 Poemas Eróticos. Moçambique Editora/Texto Editores, 2004 ( edição póstuma, sob
responsabilidade de Fátima Mendonça).

11. Luís Carlos Patraquim

Luís Carlos Patraquim (Lourenço Marques, 26 de março de 1953) é um poeta,


autor teatral e jornalista moçambicano.
Refugiado na Suécia em 1973, regressa a Moçambique em 1975, onde vai trabalhar no
jornal A Tribuna. Encerrado o jornal, integra o grupo fundador da Agência de
Informação de Moçambique (AIM) sob a direção de Mia Couto.
De 1977 a 1986 trabalha no Instituto Nacional de Cinema de Moçambique (INC) como
autor de roteiros e de argumentos e como redator do jornal cinematográfico Kuxa
Kanema.
Em conjunto com Calane da Silva e Gulamo Khan, coordenou, entre 1984 e 1986,
a Gazeta de Artes e Letras da revista Tempo.
Reside em Portugal desde 1986.
Colabora na imprensa moçambicana e portuguesa, em roteiros para cinema e escreve
para teatro.
É coordenador redatorial da revista Lusografias.
Obras
 Monção. Lisboa e Maputo. Edições 70 e Instituto Nacional do Livro e do Disco,
1980
 A inadiável viagem. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1985
 Vinte e tal novas formulações e uma elegia carnívora. Lisboa, ALAC, 1992.
Prefácio de Ana Mafalda Leite
 Mariscando luas. Lisboa, Vega, 1992. ISBN 972-699-322-9 Com Chichorro
(ilustrações) e Ana Mafalda Leite
 Lidemburgo blues. Lisboa, Editorial Caminho, 1997. ISBN 972-21-1144-2
 O osso côncavo e outros poemas (1980-2004). Lisboa, Editorial Caminho,
2005. ISBN 972-21-1674-6
 Antologia de poemas dos livros anteriores e poemas novos (Com um texto de Ana
Mafalda Leite: O que sou de sobrepostas vozes)
 Pneuma Lisboa, Editorial Caminho, 2009
 A Canção de Zefanías Sforza (romance) Porto, Porto Editora, 2010
 Antologia Poética. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2011. Coleção Poetas de
Moçambique. ISBN 978-85-7041-910-1
 Antologia de poemas dos livros anteriores e poemas novos. Posfácio de Cíntia
Machado de Campos Almeida : Incursões de um poeta 'nas veias em fúria da
memória'
 Manual para Incendiários e Outras Crónicas, 2012.
 O cão na margem (poesia). São Paulo, Editora Kapulana, 2017. ISBN 978-85-
68846-22-3. Prefácio de Cíntia Machado de Campos Almeida: Das margens: poesia,
ainda.
Peças de teatro
 Karingana
 Vim-te buscar
 D'abalada
 Tremores íntimos anónimos (com António Cabrita)

12. Marcelo Panguana

Marcelo Dias Panguana (Maputo, 30 de Março de 1951) é


um escritor e jornalista moçambicano.
Técnico numa companhia petrolífera, Marcelo Panguana colabora na imprensa, em
jornais como Domingo, Notícias, Tempo e na página literária Diálogo do jornal Notícias
da Beira.
Membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, Marcelo Panguana foi um dos
colaboradores da revista Charrua.
Cronista, poeta, autor de contos reconhecido internacionalmente, Panguana também
escreve histórias infantis.
Recebeu prémios de reconhecimento na Itália (Sicília) e no Brasil (medalha de prata em
concurso da Fundação Mário Marinho - ALAP).
Obras publicadas
 As Vozes que Falam de Verdade. Maputo, Associação dos Escritores
Moçambicanos, 1987.
 A Balada dos Deuses. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1991.
 Fazedores da Alma. 1999.
Com Jorge Oliveira;
Colectânea de entrevistas a personalidades da cultura moçambicana.
 "O Chão das Coisas". 2004
 Os ossos de Ngungunhana, João Kuimba, Chico Ndaenda e outros contos.
2006.
 "Como um louco ao fim da tarde". 2010
 "Conversas do fim do mundo". 2012

13. Albino Magaia

Albino Fragoso Francisco Magaia (Lourenço Marques, actual Maputo, 27 de


Fevereiro de 1947 - 27 de Março de 2010) foi
um jornalista, poeta e escritor moçambicano.
Na sua juventude, foi membro do Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos de
Moçambique (NESAM).
Foi director do semanário Tempo e secretário-geral da Associação dos Escritores
Moçambicanos.
Obras publicadas
 Assim no tempo derrubado. Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1982.
(poesia)[1]
 Yô Mabalane!. Maputo, Cadernos Tempo, 1983. (novela)
o Prefácio de Gilberto Matusse.
 Malungate. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1987. Colecção
Karingana. (novela)
14. Calane da Silva
Raul Alves Calane da Silva (Lourenço Marques, 20 de
Outubro de 1945 — Maputo, 29 de janeiro de 2021) foi
um poeta, escritor e jornalista moçambicano.[1]
Calane da Silva coordenou a Gazeta Artes e Letras da revista Tempo, em 1985, e foi
chefe da redação da Televisão Experimental de Moçambique, em 1987. Foi igualmente
membro da direcção da Associação dos Escritores Moçambicanos. Dirigiu, ainda, o
Centro Cultural Brasil-Moçambique, em Maputo.[2]
Obras publicadas
 Dos meninos da Malanga. Maputo: Cadernos Tempo, 1982.
Poesia
 Xicandarinha na lenha do mundo. Maputo: Associação dos Escritores
Moçambicanos, 1988. Colecção Karingana.
Contos. Capa de Chichorro.
 Olhar Moçambique. Maputo: Centro de Formação Fotográfica, 1994
 Gotas de Sol. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2006.
Vencedor do concurso literário «Prémio 10 de Novembro», organizado
conjuntamente pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo e
pela Associação dos Escritores Moçambicanos quando do aniversário da capital
de Moçambique.
 A Pedagogia do Léxico. O Estiloso Craveirinha. As escolhas leixicais
bantus, os neologismos luso-rongas e a sua função estilística e estético-
nacionalista nas obras Xigubo e Karingana wa Karingana. Maputo:
Imprensa Universitária, 2002.
Publicação da tese de mestrado.
Prefácio de Mário Vilela.
 Gil Vicente: folgazão racista? (O riso e o preconceito racial no retrato de
algumas minorias na obra vicentina). Maputo: Imprensa Universitária, 2002
 Tão bem palavra: estudos de linguística sobre o português em Moçambique com
ênfase na interferência das línguas banto no português e do português no banto.
Maputo: Imprensa Uniersitária, 2003
 Lírica do Imponderável e outros poemas do ser e do estar. Maputo: Imprensa
Universitária, 2004
 Ao mata bicho: Textos publicados no semanário “O brado Africano”. Lisboa:
Texto Editores, 2006
 Nyembêtu ou as Cores da Lágrima. Romance. Lisboa: Texto Editores. 2008.[6]
 Pomar e Machamba ou Palavras. Maputo: Imprensa Universitária, 2009.
 O João à procura da palavra poesia. Maputo: Imprensa Universitária, 2009.
 Do léxico à possibilidade de campos isotópicos literários. Tese de
doutoramento.

15. Suleiman Cassamo

Suleiman Cassamo (Marracuene, 2 de Novembro de 1962) é


um escritor e professor moçambicano.
Licenciado em Engenharia Mecânica, Suleiman Cassamo é membro da Associação dos
Escritores Moçambicanos, de que foi secretário-geral entre 1997 e 1999.
Publicou contos e crónicas em revistas como a Charrua, Gazeta de Artes e Letras, Eco,
de que foi fundador e membro do Conselho de Redacção, Forja, e no jornal Notícias.
Obras
 O regresso do morto. (Contos)
o Prefácio de Marcelo Panguana.
o Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1989. Colecção Karingana.
o Lisboa, Editorial Caminho, 1997. ISBN 972-21-1098-5
o Tradução para francês com o título Le retour du mort. Paris,
Chandeigne/Unesco, 1994. ISBN 2-906462-13-6
o São Paulo, Editora Kapulana, 2016. ISBN 978-85-68846-11-7
 Amor de Baobá. (Crónicas)
o Lisboa, Editorial Caminho, 1997. ISBN 972-21-1152-3
o Maputo, Ndjira, 1998
 Palestra para Um Morto. (Romance)
o Lisboa, Editorial Caminho, 1999. ISBN 972-21-1292-9
o Maputo, Ndjira, 2000

16. Glória de Sant'Anna


Glória de Sant'Anna, (Lisboa, 26 de maio de 1925 — Válega, 2 de junho de 2009) foi
uma poeta portuguesa. Casou-se em 1949 com o arquitecto Afonso Henriques Manta
Andrade Paes (1924-1987) e viveu em Moçambique de 1951 a 1974,[1] em Porto
Amélia (atualmente Pemba) e Vila Pery (hoje Chimoio).[2]
Obra
Poesia
 Distância (1951)
 Música Ausente (1954)
 Livro de Água (1961)
 Poemas do Tempo Agreste (1964)
 Um Denso Azul Silêncio (1965)
 Desde que o Mundo e 32 poemas de intervalo (1972)
 Amaranto (1983)
 Não eram Aves Marinhas (1988)
 Solamplo (2000)
 Algures no Tempo (2005)
 E nas Mãos Algumas Flores (2007)
 Trinado para a Noite que Avança (2009)
 GRITOACANTO 1970-1974 (2010)

17. Lília Momplé

Lília Maria Clara Carrière Momplé (Ilha de Moçambique, Nampula, 19 de


Março de 1935) é uma escritora moçambicana.
Biografia
Lília Maria Clara Carrièrre Momplé nasceu em Nampula, Moçambique. A sua
descendência familiar é uma mistura de vários elementos étnicos, incluindo macua,
francês, indiano, chinês e mauriciano. Frequentou o Instituto Superior de Serviço Social
de Lisboa e terminou com uma Licenciatura em Serviço social. Em 1995, tornou-se
secretária-geral da Associação Moçambicana de Autores, cargo que desempenhou até
2001. Representou também Moçambique em várias reuniões internacionais como
Membro do Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (2001-2005).[2]
Obras
 Ninguém matou Suhura. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1988,
Colecção Karingana, n.º 7
Cinco contos baseados em factos verídicos da época colonial[4]
 Neighbours. Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1995. 2.ª ed.,
1999. Colecção Karingana, n.º 16 [1]
Ilustração da capa: óleo de Catarina Temporário
 Os olhos da cobra verde. Maputo, Associação dos Escritores
Moçambicanos, 1997. Colecção Karingana, n.º 18

18. Nelson Saúte

Nelson Saúte (Lourenço Marques, 26 de fevereiro de 1967) é um escritor, comentador


político e professor de ciências da comunicação moçambicano.
Biografia
No início da sua vida profissional, em Moçambique, trabalhou na revista Tempo,
no jornal Notícias, na Rádio Moçambique e na Televisão de Moçambique.
Em Portugal, onde se licenciou em Ciências da Comunicação, na Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, foi redator do Jornal de Letras e
do Público. É mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Publicou volumes
de poesia, de ficção e de entrevistas, compilou e organizou antologias de poesia e
de conto. Seus livros estão publicados em Moçambique, Portugal, Brasil, Itália e Cabo
Verde. É atualmente editor da editora Marimbique e curador do Museu dos Caminhos
de Ferro de Moçambique.
Obras
Pessoais
 Ponte de Afecto. Maputo, Edição BJ, 1990
 O apóstolo da desgraça. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1996
 Os Narradores da Sobrevivência. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2000
 Rio dos bons sinais. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2008.
 O homem que não podia olhar para trás. Em coautoria com Roberto
Chichorro.Língua Geral, 2006.
Antologias
 Antologia da Nova Poesia Moçambicana: 1975-1988. Com Fátima Mendonça.
Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 1989
 A Ilha de Moçambique pela voz dos poetas. Com António Sopa. Lisboa, Edições 70,
1992.
 As Mãos dos Pretos. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001
Antologia de contos moçambicanos. O título da antologia é o de um dos textos
de Luís Bernardo Honwana seleccionado para a obra.[1]

19. Noémia de Sousa

Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares (Catembe, 20 de


setembro de 1926 — Cascais, 4 de Dezembro de 2002) foi uma poeta, tradutora,
jornalista e militante política moçambicana. É considerada a “mãe dos poetas
moçambicanos”.[1]
Biografia
Filha de Clara Brüheim Abranches de Sousa, de uma família de comerciantes com
origens germânicas, moçambicanas e goesas, e de António Paulo Abranches de Gama e
Sousa, de ascendência goesa, portuguesa e africana, que era alto funcionário do
Governo colonial, empregado no Banco Ultramarino. Quando Noémia de Sousa tinha 6
anos, a família mudou-se para Lourenço Marques. Depois da morte do pai em 1932,
Noémia de Sousa começou a estudar no curso pós-laboral de comércio na Escola
Técnica e publicou os primeiros poemas no jornal da escola.[2]
Noémia de Sousa estudou no Brasil e começou a publicar no jornal O Brado Africano.
[carece de fontes]

Na década de 1940 viveu numa casa de madeira e zinco no bairro da Mafalala, em


Maputo. Ali escreveu poemas que se tornariam símbolos nacionalistas africanos como
"Deixa passar o meu povo". Só saiu do bairro por motivos políticos, em 1949.[3]
Entre 1951 e 1964 viveu em Lisboa, onde trabalhou como tradutora, mas, em
consequência da sua posição política de oposição ao Estado Novo teve de exilar-
se em Paris, onde trabalhou no consulado de Marrocos. Começa nesta altura a adoptar o
pseudónimo de Vera Micaia.
Obras
 Sangue Negro, Maputo, Associação dos Escritores Moçambicanos, 2001.
 Sangue Negro, Maputo, Marimbique, 2011.
 Sangue Negro, São Paulo, Kapulana, 2016, ISBN 978-85-68846-17-9

20. Leite de Vasconcelos


José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de
Vasconcellos (Ucanha, 7 de julho de 1858 – Lisboa, 17 de maio de 1941), foi
um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português.
Biografia
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo nasceu no seio de uma família aristocrata na
aldeia vinhateira de Ucanha do concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Era filho de
José Leite Cardoso Pereira de Melo e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcellos
Pereira de Melo.
A infância e a adolescência foram passadas num meio rural rico em testemunhos
históricos, que desde cedo despertaram o seu interesse pela observação das tradições e
dos costumes locais, anotando as suas experiências em pequenos cadernos. Deixou
a Beira aos 18 anos para trabalhar no Porto, num liceu e num colégio, assim ajudando
ao sustento da família e assegurando os seus estudos no Colégio de São Carlos e, mais
tarde, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Obras
A lista de obras de Leite de Vasconcellos é bastante extensa, citando-se alguns dos seus
trabalhos:
 Estudo Ethnographico (1881)
 O Dialecto Mirandez (1882)
 Revista Lusitana (primeira série: 1887-1943; 39 volumes)
 Religiões da Lusitania (1897-1913; em três volumes)
 Estudos de Philologia Mirandesa (1900 e 1901; dois volumes)
 Textos Archaicos (antologia, 1903)
 Livro de Esopo (1906)
 O Doutor Storck e a litteratura portuguesa (1910)
 Lições de Philologia Portuguesa (1911)
 A Barba em Portugal - Estudo de Etnografia Comparativa (1925)
 Antroponímia Portuguesa (1928)
 Signum Salomonis, A figa e A barba em Portugal (1918)-(1925)
 Opúsculos (1928-1938 e 1985, póstumo, sete volumes) «Disponíveis em instituto-
camoes.pt». em formato PDF
 Etnografia Portuguesa (1933-?, em dez volumes)[20]
 Filologia Barranquenha - apontamentos para o seu estudo (1940, ed. 1955)
 Romanceiro Português (ed. 1958, em dois volumes)
 Contos Populares e Lendas (ed. 1964, em dois volumes)
 Teatro Popular Português (1974-1979)
21. Conclusão

Ao finalizar com presente trabalho de pesquisa concluímos que os escritores


moçambicanos, tem contribuído significativamente no nosso pais para o crescimento
dos moçambicanos, porque há muitas obras que relata o historial no nosso pais. Mia
Couto na área da poesia Estreou-se no prelo com um livro de poesia, Raiz de Orvalho,
publicado em 1983. Este livro revela o mesmo comportamento literário de estreita
relação com a tradição e memória cultural africanas que evidenciam a orientação
regionalista, marcante em toda a sua criação literária. A poesia “Sotaque da terra”
aborda sentimentos impostos por condições históricas diretamente ligados à realidade
do povo africano: a língua, a terra e a tradição
22. Referência Bibliográfica

1. ↑ Ir para:a b
«Mia Couto distinguido com prémio internacional de literatura
Neustadt». Público.pt. Consultado em 24 de agosto de 2014
2. ↑ Ir para:a b «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.cienciahoje.pt
3. ↑ «Mia Couto distinguido com prémio internacional de literatura Neustadt».
Público.pt. Consultado em 8 de agosto de 2017
4. ↑ Chabal, Patrick. ‘’Vozes Moçambicanas’’. Vega: Lisboa, 1994. (274-291)
5. ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da
busca de "António Emílio Leite Couto". Presidência da República Portuguesa.
Consultado em 2 de dezembro de 2014
6. ↑ Furtado, Jonas (26 de setembro de 2007). «Entrevista a Mia
Couto». Revista Isto É. Editora Três. Consultado em 1 de dezembro de 2009
7. ↑ «Mia Couto Biografia». editora-ndjira6.blogspot.com[ligação inativa]
8. ↑ «Mia Couto partilha Prémio Camões com a gente anónima de Moçambique
Ler mais: expresso.sapo.pt/mia-couto-partilha-premio-camoes-com-a-gente-
anonima-de-mocambique=f813155#ixzz2VrYKGyuo». Expresso. Consultado
em 11 de junho de 2013
9. ↑ Nogueira, Pablo (7 de junho de 2022). «Mia Couto recebe hoje título de
Doutor Honoris Causa pela Unesp». Jornal da Unesp. Consultado em 18 de
outubro de 2022
10. ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.ionline.pt
Chabal, Patrick. The Post-Colonial Literature of Lusophone Africa. London: Hurst
& Company, 1996. Print.
Chabal, Patrick. Vozes Moçambicanas literatura e nacionalidade. Lisboa: Vega,
1994. Print.
Khosa, Ungulani Ba Ka. Ualalapi. 2nd ed. Lisboa: Editoral Caminho, 1990. Print.
Laranjeira, Pires. Literaturas africanas de expressao portuguesa. Lisboa:
Universidade Aberta, 1995. Print.
Leite, Ana Mafalda. Oralidades e Escritas nas Literaturas Africanas: Ualalapi,
Ungulani Ba Ka Kosa. Lisboa: Colibri, 1998. Print.

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