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1. Introdução..................................................................................................................2
1.1 Objectivo.....................................................................................................................2
1.1.2 Objectivo Geral........................................................................................................2
1.1.3 Objectivo Especifico................................................................................................2
1.1.4 Metodologia..............................................................................................................2
2. Mia Couto...................................................................................................................3
3. Rui de Noronha..........................................................................................................6
4. Ungulani Ba Ka Khosa...............................................................................................7
5. Marcelino dos Santos.................................................................................................8
6. Armando Artur...........................................................................................................9
7. Orlando Mendes.........................................................................................................9
8. Paulina Chiziane.......................................................................................................10
9. Rui de Noronha........................................................................................................13
10. José Craveirinha...................................................................................................14
11. Luís Carlos Patraquim..........................................................................................15
12. Marcelo Panguana................................................................................................16
13. Albino Magaia......................................................................................................17
14. Calane da Silva.....................................................................................................18
15. Suleiman Cassamo................................................................................................19
16. Glória de Sant'Anna..............................................................................................19
17. Lília Momplé........................................................................................................20
18. Nelson Saúte.........................................................................................................21
19. Noémia de Sousa..................................................................................................22
20. Leite de Vasconcelos............................................................................................22
21. Conclusão.............................................................................................................24
22. Referência Bibliográfica.......................................................................................25
1. Introdução
1.1 Objectivo
1.1.4 Metodologia
3. Rui de Noronha
.
António Rui de Noronha (Lourenço Marques, 28 de outubro de 1909 - Lourenço
Marques, 25 de dezembro de 1943) foi um poeta moçambicano, sendo considerado o
precursor da poesia moderna moçambicana.
Biografia
António Rui de Noronha nasceu na então Lourenço Marques, atual Maputo,
Moçambique a 28 de Outubro de 1909. Mestiço, de pai indiano, de origem brâmane, e
de mãe negra, foi funcionário público (Serviço de Portos e Caminho de Ferro)
e jornalista. O autor colaborou na imprensa escrita de Moçambique, notadamente em O
Brado Africano, com apenas 17 anos de idade. Esta produção inicial, que se reduziram
apenas a três contos, e que correspondem ainda a uma fase de afirmação literária, virá a
ser prosseguida a partir de 1932, com uma intervenção mais activa na vida do jornal,
chegando mesmo a integrar o seu corpo directivo.
Uma desilusão amorosa, causada talvez pelo preconceito racial, fez, segundo os seus
amigos, com que o escritor se deixasse morrer no hospital da capital de Moçambique,
com 34 anos, no dia 25 de Dezembro de 1943.
Sua obra completa está reunida em Os meus versos, publicada em 2006, com
organização, notas e comentários de Fátima Mendonça.
Desde logo mostrou e deixou transparecer, na sua vida e na sua escrita, um
temperamento recolhido, uma personalidade introvertida e amargurada. Foi, sem
dúvida, um homem infeliz. Nunca chegou a concretizar, em vida, o grande sonho de
publicar o seu livro de poemas. No entanto, seu professor de francês, Dr. Domingos
Reis Costa reuniu, seleccionou e revisou 60 poemas para a edição póstuma intitulada
Sonetos (1946), editado pela tipografia Minerva Central.
Incluído em inúmeras antologias estrangeiras – na Rússia, na República Checa, na
Holanda, na Itália, nos EUA, na França, na Argélia, na Suécia, no Brasil e em Portugal -
Rui de Noronha é considerado o precursor (mais jovem) da poesia moderna
Moçambicana.
Obras publicadas
Sonetos (1946), editado pela tipografia Minerva Central.
Os Meus Versos, Texto Editores, 2006 (Organização, Notas e Comentários de
Fátima Mendonça)
Ao mata-bicho: Textos publicados no semanário «O Brado Africano» Pesquisa e
Organização de António Sopa, Calane da Silva e Olga Iglésias Neves. Maputo,
Texto Editores, 2007
4. Ungulani Ba Ka Khosa
6. Armando Artur
Armando Artur (ou Armando Artur João) (Alto Molócuè, Zambézia, 28 de
Dezembro de 1962) é um poeta moçambicano.
Biografia
Nascido em Alto Molócuè, fez ali os estudos primários. Realizou os estudos
secundários em Lichinga e Beira. Estudou e abandonou o Instituto Industrial de
Maputo.[1]
Obras
Espelho dos Dias (1986);
O Hábito das Manhãs (1990);
Estrangeiros de Nós Próprios (1996);
Os Dias em Riste (2002) – prémio Consagração FUNDAC;
A Quintessência do Ser (2004) – Prémio José Craveirinha de Literatura;
No Coração da Noite (2007);
Felizes as Águas (antologia de poemas de amor);
As Falas do Poeta;
A Reinvenção do Ser e a dor da pedra (2018);
Muery – Elegia em Si maior (2019);
O Rosto e o Tempo (antologia - 2021);
Outras Noites, Outras Madrugadas (2021);
Minhas Leituras e Outros Olhares (2021)
7. Orlando Mendes
8. Paulina Chiziane
Algumas imagens de documentário sobre Paulina, com falas realizadas quando esteve
em Florianópolis.
Paulina Chiziane (Manjacaze, Gaza, 4 de junho de 1955) é
uma escritora moçambicana.
Biografia
Paulina Chiziane cresceu nos subúrbios da cidade de Maputo, anteriormente
chamada Lourenço Marques. Nasceu numa família protestante onde se falavam as
línguas Chope e Ronga. Aprendeu a língua portuguesa na escola de uma
missão católica. Começou os estudos de Linguística na Universidade Eduardo
Mondlane sem ter concluído o curso.
Participou ativamente na cena política de Moçambique como membro
da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), na qual militou durante a
juventude. A escritora declarou, numa entrevista, ter apreendido a arte da militância na
Frelimo. Deixou, todavia, de se envolver na política para se dedicar à escrita e
publicação das suas obras. Entre as razões da sua escolha estava a desilusão com as
directivas políticas do partido Frelimo pós-independência, sobretudo em termos de
políticas filo-ocidentais e ambivalências ideológicas internas do partido, quer pelo que
diz respeito às políticas de mono e poligamia, quer pelas posições de economia
política marxista-leninista, ou ainda pelo que via como suas hipocrisias em relação à
liberdade económica da mulher.
É a primeira mulher que publicou um romance em Moçambique.[3] Iniciou a sua
atividade literária em 1984, com contos publicados na imprensa moçambicana. As suas
escritas vem gerando discussões polémicas sobre assuntos sociais, tal como a prática de
poligamia no país. Com o seu primeiro livro, Balada de Amor ao Vento (1990), a autora
discute a poligamia no sul de Moçambique durante o período colonial. Devido à sua
participação ativa nas políticas da Frelimo, a sua narrativa reflete o mal-estar social de
um país devastado pela guerra de libertação e os conflitos civis que aconteceram após a
independência.
Paulina vive e trabalha na Zambézia. O seu romance Niketche: Uma História de
Poligamia ganhou o Prémio José Craveirinha em 2003.[4]
Em 2016, anunciou que decidiu abandonar a escrita porque está cansada das lutas
travadas ao longo da sua carreira.
Em 2021, tornou-se a primeira mulher africana a ser distinguida com o Prémio Camões,
a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos
de Brasil e Portugal.[6] Sobre o inédito reconhecimento, declarou Paulina: "Não contava
com isso. Recebi a notícia e disse: 'Meu Deus! Eu já não contava com essas coisas
bonitas!' É muito bom. Esse prêmio é resultado de muita luta. Não foi fácil começar a
publicar sendo mulher e negra. Depois de tantas lutas, quando achei que já estava tudo
acabado, vem esse prêmio. O que eu posso dizer? É uma grande alegria."[7]
Obras Seleccionadas
Entre as suas obras encontram-se:
Romance
Balada de Amor ao Vento:
o 1.ª edição, 1990.
o Lisboa: Caminho, 2003. ISBN 9789722115575.
Ventos do Apocalipse:
o Maputo: edição do autor, 1993.
o Lisboa: Caminho, 1999. ISBN 9789722112628.
O Sétimo Juramento. Lisboa: Caminho, 2000. ISBN 9789722113298.
Niketche: Uma História de Poligamia:
o Lisboa: Caminho, 2002. ISBN 9789722114769.
o São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
o Maputo: Ndjira, 2009, 6ª edição. ISBN 9789024796281.
As Andorinhas, 2009 1ª Edição, Indico Editores
O Alegre Canto da Perdiz. Lisboa: Caminho, 2008. ISBN 9789722119764.
Na mão de Deus, 2013
Por Quem Vibram os Tambores do Além, 2013, com Rasta Pita
Ngoma Yethu: O curandeiro e o Novo Testamento, 2015.
O Canto dos Escravizados, 2017.
Outras obras
Eu, mulher… por uma nova visão do mundo (Testemunho, em 1992 e publicado em
1994)
Obras sobre Paulina Chiziane
MARTINS, Ana Margarida Dias. The Whip of Love: Decolonising the Imposition of
Authority in Paulina Chiziane’s Niketche: Uma História de Poligamia. in The
Journal of Pan African Studies, vol. 1, n.º 3, março de 2006.
PEREIRA, Ianá de Souza. Vozes Femininas de Moçambique. Dissertação de
mestrado apresentada ao departamento de Letras da Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2012. Trata-se de uma análise comparativa dos romances Ventos do
Apocalipse (1999) e Niketche: uma história de poligamia (2004), na qual se
discutem as representações e o papel social da mulher em romances que se pautam
na intensa força das relações sociais que informam a maneira de agir de homens e
de mulheres em Moçambique.
SILVA, Érica, Paulina Chiziane e a voz feminina moçambicana através do texto
literário (2019), Revista Darandina.
TEDESCO, Maria do Carmo Ferraz. Narrativas da Moçambicanidade: Os
Romances de Paulina Chiziane e Mia Couto e a Reconfiguração da Identidade
Nacional. Tese apresentada ao Departamento de História da Universidade de
Brasília. Brasília, novembro de 2008.
9. Rui de Noronha
1. ↑ Ir para:a b
«Mia Couto distinguido com prémio internacional de literatura
Neustadt». Público.pt. Consultado em 24 de agosto de 2014
2. ↑ Ir para:a b «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.cienciahoje.pt
3. ↑ «Mia Couto distinguido com prémio internacional de literatura Neustadt».
Público.pt. Consultado em 8 de agosto de 2017
4. ↑ Chabal, Patrick. ‘’Vozes Moçambicanas’’. Vega: Lisboa, 1994. (274-291)
5. ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da
busca de "António Emílio Leite Couto". Presidência da República Portuguesa.
Consultado em 2 de dezembro de 2014
6. ↑ Furtado, Jonas (26 de setembro de 2007). «Entrevista a Mia
Couto». Revista Isto É. Editora Três. Consultado em 1 de dezembro de 2009
7. ↑ «Mia Couto Biografia». editora-ndjira6.blogspot.com[ligação inativa]
8. ↑ «Mia Couto partilha Prémio Camões com a gente anónima de Moçambique
Ler mais: expresso.sapo.pt/mia-couto-partilha-premio-camoes-com-a-gente-
anonima-de-mocambique=f813155#ixzz2VrYKGyuo». Expresso. Consultado
em 11 de junho de 2013
9. ↑ Nogueira, Pablo (7 de junho de 2022). «Mia Couto recebe hoje título de
Doutor Honoris Causa pela Unesp». Jornal da Unesp. Consultado em 18 de
outubro de 2022
10. ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.ionline.pt
Chabal, Patrick. The Post-Colonial Literature of Lusophone Africa. London: Hurst
& Company, 1996. Print.
Chabal, Patrick. Vozes Moçambicanas literatura e nacionalidade. Lisboa: Vega,
1994. Print.
Khosa, Ungulani Ba Ka. Ualalapi. 2nd ed. Lisboa: Editoral Caminho, 1990. Print.
Laranjeira, Pires. Literaturas africanas de expressao portuguesa. Lisboa:
Universidade Aberta, 1995. Print.
Leite, Ana Mafalda. Oralidades e Escritas nas Literaturas Africanas: Ualalapi,
Ungulani Ba Ka Kosa. Lisboa: Colibri, 1998. Print.