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Nampula, Abril/2023
Universidade Católica de Moçambique
Nampula, Abril/2023
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Índice
Introdução..........................................................................................................................5
2.1 A Imprensa................................................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................13
Referência bibliográfica..................................................................................................14
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Introdução
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1 – Surgimento da literatura nas colónias africanas de expressão portuguesa e do
ensino no período colonial
A formação sobretudo nas zonas urbanas da Beira e Lourenço Marques actual Maputo
de uma elite de alguns negros, mestiços e brancos se apoderou, aos poucos, dos canais e
centros de administração e poder, fases para Angola: pré – colonial e colonial, afro –
cêntrica e luso – tropicalista, nacional e pós – colonial.
Nos percursos desta literatura, a que referir do Rui de Noronha, João Dias e Augusto
Conrado. entre eles merece realce Rui de Noronha, cujo livro de sonetos foi publicado
seis anos após a sua morte. A sua poesia sevestre – se de alguns pioneirismos, não pela
forma, mas pelo conteúdo, uma vez que alguns dos sonetos mostram sensibilidade para
a situação dos mestiços e negros, o que contribui a primeira chamada de atenção para os
problemas resultantes do domínio colonial.
Por Exemplo Reinaldo Ferreira e Rui Knopfli Filipe, são poetas cuja obra se debruça
fundamentalmente sobre a Africa “A mãe da Africa” E o povo que vive e sofre as
consequências do colonialismo. São estes autores que contribuíram de um mode
decisivo para a emergência da literatura de Moçambique.
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Rui Nogar e Orlando Mendes. Este tipo de poesia preocupa-se sobretudo em comunicar
uma mensagem de cunho político e algumas vezes partidários literatura.
Como nos outros países, surge também em Moçambique um número de escritores cuja
obra poética é conscientemente produzida tendo em conta o factor de nacionalidade,
anterior como é evidente, a realidade do país que mais tarde se concretiza. São eles que
forjam a consciência é ser Moçambique no contexto. Entre os principais autores deste
tipo de poesia encontram-se: Noémia de Sousa, José Craveirinha e Mia Coito.
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pessoais. Há uma denúncia em moldes alusivos, expositivos, em linguagem
descarnada, contida, não propriamente contundente. Por outro lado, a composição do
tema, a imagética, porque voltadas para uma finalidade unívoca, baseadas em meios
simples, apresentam-se sem grande elaboração, denunciando uma fase cronológica
ainda algo incipiente, privilegiando a mensagem sobre os meios expressivos.
2.ª fase: Negritude - expressa com nitidez em Chigubo (1964) e Cântico (1966). Os
poemas têm versos de média ou mais extensa medida. Os predicadores e os
predicatários e predicatados, em geral, são negros. A revolta e a denúncia agressiva
pontificam. O «Manifesto» ou o «Grito negro» mostram como a cor e a raça
negras (isto é, o grupo étnico) comandam a visão dos predicadores, que se enaltecem e
têm orgulho nas suas raízes negras, africanas.
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reconhece e define nos seguintes períodos e organizados de seguinte modo: um
primeiro e um segundo períodos que ele chama de preparação, um terceiro período
que ela chama de formação, um quarto período de desenvolvimento, e um quinto
período, de consolidação.
O 4.° período, que vai de 1964 até 1975, ou seja, do início d a luta armada de
libertação nacional à independência do país (a publicação de livros fundamentais
coincide com estas datas políticas), é denominado “período de Desenvolvimento
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da literatura”, e se caracteriza pela coexistência de maciça actividade cultural e
literária no hinterland, no ghetto, apresentando textos cuja feição não explicita
carácter marcadamente político (em que pontificavam intelectuais, escritores e
artistas como Eugénio Lisboa, Rui Knopfli, o português António Quadros, entre
outros) e, por outro lado, poemas anti-colonialistas que incitavam à revolução e
tematizavam a luta armada.
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chamado Carvalho e Silva fundou quatro jornais, todos fechados, o último dos
quais foi assaltado, a tipografia destruída e o director agredido, de que resultou sua
morte. De facto, a história da imprensa não oficial de Moçambique foi geralmente
de oposição aos governos, da colónia e de Lisboa.
2.1 A Imprensa
A educação nas colónias portuguesas registava, ainda a entrada dos anos 60, níveis
baixíssimos. O analfabetismo atingia, em Angola, quase 97%; em Moçambique,
quase 98%; na Guiné-Bissau, perto dos 100 %; só em Cabo Verde o nível era mais
elevado, rondando os 78,5%. O analfabetismo devia-se à política portuguesa de criar
uma elite muito restrita de assimilados para servirem no sector terciário, ao mesmo
tempo que deixava as populações entregues a si próprias, sem permitir o seu auto-
desenvolvimento ou, no pior dos casos, usando-as como mão-de-obra escrava ou
barata.
No começo do século XIX, os padres e párocos eram escassos nas colónias. Com o
liberalismo, o ensino passou, em 1834, para o domínio do Estado, tomando-se
laico. A partir de 1869, voltou a ser apoiado nas Missões. Todavia, o seu progresso foi
lentíssimo.
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A língua usada nas escolas e fora delas, por professores, missionários e
auxiliares, era a portuguesa, que, com as línguas nativas, servia para o ensino da
religião. Mas, até II Guerra Mundial, o objectivo da assimilação, perseguido em
teoria pelas autoridades, não teve expressão. Após 1945, a política governamental
procurou acelerar a assimilação, fazendo um esforço para generalizar o ensino
primário, desenvolver o secundário, sobretudo técnico, a educação agrícola e
criando instituições para a formação de professores. Todavia, o ensino superior, ao
contrário de outras colónias, inglesas ou francesas, apenas estava ao alcance de
um número muito reduzido de estudantes, sobretudo brancos e mestiços. Com a
fundação e a pressão exercida pelos movimentos nacionalistas, e logo depois do início
da luta de libertação nacional armada (Luanda, 1961), foram instalados os Estudos
Gerais, de nível universitário, a partir de 1963, nas cidades angolanas de Luanda,
Sá da Bandeira e Nova Lisboa, e na capital moçambicana, até hoje os únicos
territórios que deles beneficiaram.
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Conclusão
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Referência bibliográfica
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