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Indice
0. Introdução............................................................................................................................2
1. Integração de texto “Ma-bathu” no cacifo dos géneros textuais literários..........................3
1.1. Biografia e bibliografia de Aníbal Alcunha........................................................................4
1.2. Enquadramento periodológico de obra-autor segundo a perspectiva de Fátima Mendonça
e Pires Laranjeira..........................................................................................................................4
2. O cano realista nas literaturas africanas de língua portuguesa: Estratégia discursivas,
retórico e filosóficas e quadros de personagens de “Ma-bathu”.................................................5
3. A questão da “Moçambicanidade literária “ versus “literatura colonial”.............................6
3.1. Conceito de Moçambicanidade literária e literatura colonial...........................................7
3.2. Elementos instanciadores da Moçambicanidade literária em “Ma-bathu” de Aníbal
Aleluia..........................................................................................................................................9
3.2.1. Peculiaridades do quadro de personagens de “Ma-bathu”........................................10
3.2.3. A intriga (argumento), intriga central, dimensão social, ética e ideológica................11
3.2.4.1. Utilização da variação dos níveis de língua na narrativa moçambicana (em Mia
Couto, outros autores)...............................................................................................................13
3.2.4.2. A fala das personagens (níveis de língua no conto Ma-bathu)...............................14
Referencias Bibliográficas..........................................................................................................15
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0. Introdução
O presente mini ensaio académico surge no âmbito da cadeira de Estudos Literários II,
que visa analisar as formulações teóricas, a serem observados no obra literária “Ma-
bathu” presente na Obra “Mbelele e outros contos” de Aníbal Aleluia.
Pois a obra “Ma-bathu” retrata uma história de um casal que sofre pelo desemprego e
fome, casal que este que vem posteriormente a perder ser filho de nome bathu, obra está
que quanto ao aspecto temporal nos remete a época colonial, a acção desenrola -se em
diferentes espaços mas principalmente o clímax do conto ocorre no chapa, onde o filho
perde a vida, não colo da sua mãe.
Irei debruçar assuntos linguísticos e literários, que são presentes na obra, que visam dar
gosto ao leitor, que são qualidades do autor presentes na obra que podem ser analisados
neste mini ensaio.
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Segundo Ceia (2009) O gênero narrativo (anteriormente chamado de épico): narra uma
história com personagens, situados em um tempo e um espaço, por exemplo, um
romance.
O gênero narrativo é um gênero literário moderno escrito em prosa, que tem como
intuito narrar uma história. Para um texto ser considerado narrativo, ele precisa conter
esses elementos:
Em sua origem, o gênero narrativo era chamado de gênero épico, pois incluía as
narrativas histórico-literárias de grandes acontecimentos, chamadas de epopeias. E o
texto Ma-bathu é um texto narrativo que narra uma história de uma casal assolado pelo
desemprego.
Gênero textual é a forma de classificação dos textos literários, agrupados por qualidades
formais e conceptuais em categorias fixadas e descritas por códigos estéticos, por
exemplo o género imitativo ou mimético, se incluem a tragédia.
Foi Jornalista e ficcionista moçambicano, Henrique Aníbal Aleluia, por vezes com os
pseudónimos Roberto Amado, Augusto António e Bin Adam.
Escreveu Mbelele e Outros Contos (1987), O Gajo e os Outros (1993) e, ainda por
publicar, Contos Avulsos, Contos do Fantástico Litorâneo e Perfis Coloniais.
A partir daí, estava instaurada uma aceitabilidade para a livre criatividade da palavra, a
abordagem de temas tabus como o da convivência das raças e mistura de culturas, por
vezes parecendo antagónicas e carregadas de disputas (indianos vs. negros ou brancos).
(LARANJEIRA, 1995a, p. 262).
O autor aventa a hipótese de que esses ecos são também estilhaços de uma propensão
estética advinda do natural multiculturalismo de base étnica dessas novas nações e
sociedades.” (LARANJEIRA, 2001, p. 192).
Segundo Noa (1999) Entende-se por literatura colonial aquele que pretende contar as
reações do branco perante o meio ambiente do negro, isto é: a toda essa espécie de
descrição mais ou menos ficcionista que nos introduz perante as pessoas
imaginariamente vindas de ambientes culturais desenvolvidos, civilizados, para meios
ambientes primitivos.
Num desenvolvimento posterior, Edward Said, uma das vozes mais autorizadas do
nosso tempo na teorização sobre a literatura colonial, considera que esta literatura
“efectivamente silencia o Outro, reconstitui a diferença como identidade, regula e
representa espaços dominados por forças de ocupação, e não por habitantes inactivos.”
A palhota é um espaço que denota o tipo de classe que os personagens eram, uma vez
que tratava-se da época colonial os negros eram tratados como índios, os negros nesse
caso. Há uma variedade de espaços tipicamente moçambicanos que retratam o
quotidiano.
O casal foi até a paragem concretamente na baixa da cidade procurar um carro que os
levasse até ao hospital, é sabido que na baixa da cidade é um ponto onde os autocarros
partem até as demais parte da cidade.
espaços, começando fo ‘’cais’’ onde foi a procura de emprego e não fora dado
alegando que naop era estudado.
A intriga central que é muito conhecida como clímax, é quando a narrativa alcança a
tensão máxima. É o ponto culminante do conflito. Trata-se também de uma técnica
muito utilizada para despertar a curiosidade do leitor. O momento de intriga central
dá-se quanto a criança do casal encontrava-se doente e estavam no chapa a caminho
do hospital, encontravam-se discutindo com o cobrador do carro, caracteriza-se um
momento de muita tensão e conflito.
-Como é que você sabe que até o Central não terá 2$00 para
nos dar? Eu não desço. Não-des-ço. Meu filho está doente. Precisa de
ser tratado e de pressa. Temos dinheiro. Se não queres recebê-lo,
então iremos sem pagar.
Não-des-ço!!!
Racy quis ajeitar o ngosse para melhor acomodar o bebé: estava
rígido, morto.
Muitos teóricos pós-coloniais também usaram o termo hibridismo para se referir a novas
formas, práticas, espaços e identidades culturais criadas a partir de uma síntese de
diversos elementos.
Na obra Ma-bathu estão patentes esses fenómenos híbridos linguísticos, onde o autor
Aníbal Aleluia usa muito esa mistura de línguas nacionais e a língua portuguesa,
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buscando as línguas nacionais e misturar com outras. Por exemploa a palavra sicuembo
patento no trecho abaixo é o exemplo do hibridismo linguístico.
Bhabha (1994) definiu este espaço do hibridismo como um «espaço terceiro», em que
significados e identidades culturais mantêm vestígios/traços de outros significados e
outras identidades. Construções de hibridismo têm sido usadas para conceituar novas
formas, práticas e identidades culturais criadas a partir de uma síntese de diversos
elementos. Os estudos pós-coloniais, em particular, reforçaram os aspetos otimistas da
noção e concentraram-se nas consequências positivas da mistura de línguas e culturas.
De acordo com Faraco (2008), o melhor modelo até o momento proposto para descrever
e caracterizar as variedades linguísticas faladas no português de Moçambique, e envolve
três aspectos: o rural-urbano, o de oralidade-letramento e o da monitoração estilística.
Nesse sentido, pode-se classificar a norma culta como a variedade de uso corrente,
comum, entre falantes que vivem em meio urbano, com escolaridade superior
completa em situações relativamente mais monitoradas
Existe uma forte influência das variedades linguísticas hegemônicas na mídia, que são
de uso comum pela parte da população que vive no meio urbano, de classe
social média-alta, que, por isso
A interação verbal entre os sujeitos é possível por meio das palavras e pode ser
realizada por meio da fala e/ou da escrita. Dependendo da situação comunicativa, os
usuários das línguas podem eleger qualquer um dos diferentes níveis de linguagem para
interagir verbalmente com os outros. Isso significa que existem linguagens diferentes
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Podemos interagir e nos comunicar com outras pessoas por meio de diversos níveis de
linguagem: padrão, coloquial, gírias, regionalismos e linguagem vulgar. Os diversos
níveis de linguagem permitem que os falantes comuniquem-se.
-Servico, patrão.
Uma narrativa, o narrador pode apresentar a fala das personagens através do discurso
direto ou do discurso indireto. No discurso direto, conhecemos a personagem através de
suas próprias palavras. Para construir o discurso direto, usamos o travessão e certos
verbos especiais, que chamamos de verbos “de dizer”.
Conclusão.
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É uma literatura pela qual pretende sustentar que o texto literário é um instrumento onde
o escritor recria as coisas da realidade para que estejam ao alcance de todos. Nesse caso,
o trecho ora citado ilustra a possibilidade de apreensão e transformação da realidade
pelo escritor, numa articulação entre a ideologia e a cultura.
A Literatura de Moçambique é um conjunto de género literário escrito, na sua maioria,
em língua portuguesa e por autores maçambicanos, a obra Ma-bathu de Anibal Aleluia é
o exemplo da mocambicanidade literaria.
Referencias Bibliográficas
BHABHA, H. K. (1994). The Location of Culture, London: Routledge