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Grupo 5
Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Universidade Rovuma
Nampula
2020
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
Grito Negro………………………………………………………………………………….12
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 13
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 14
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INTRODUÇÃO
Em Moçambique a literatura sempre desempenhou um papel extremamente importante em todos
os períodos desde o de insipiência até aos nossos dias actuais. Portanto, para perceber-se melhor
sobre a literatura moçambicana fez-se uma pesquisa do presente trabalho que esta dividido em
duas partes principais sendo que a primeira contem: as características da literatura oitocentista em
língua portuguesa, o papel desempenhado pela imprensa e o ensino no estabelecimento da
literatura africana, resumo dos períodos da literatura moçambicana, autores ligados a narrativa e
poesia com suas respetivas obras. E a segunda parte, faz-se análise dos poemas: “O pescador de
Moçambique, Sangue negro e Grito negro”, que contribuíram de alguma forma para a construção
da nossa moçambicanidade.
Este tema é de grande importância uma vez que remonta os episódios mais importantes do trabalho
literário feito durante e depois da ocupação colonial portuguesa em África em geral e Moçambique
em particular. De salientar que para a materialização deste presente trabalho, foi necessário o uso
de referencia bibliográfica que se encontra na última pagina do trabalho.
As populações negras das colonias portuguesas quase não liam jornais e muito menos literatura.
Os textos literários efetivamente ligados eram quase só aqueles a que os assimilados tinham acesso
na escolarização, sem continuidade literária que pudesse significar sequer um publico leitor de
textos europeus.
Em geral, os textos literários designados como de ‘cor local’ (para utilizar uma expressão muito
significativa) versavam sobre temas da colonização, em que as figuras dos brancos ou de negros
estereotipados (estes vistos como coisas ou seres inferiores) eram predominantes, raro surgindo
uma figura de africano humanizado, um tem ou uma perspectiva que lhe mostrassem uma
consideração profunda por uma realidade alheia a esquemas europeus. Nessa literatura portuguesa
de africa, incluíam-se, por vezes certos textos que preludiavam uma fuga ao exotismo e à
superficialidade da analise literária da realidade, como nga mutú ri, De Trone, em Angola, ou os
poemas do complexo da cor, do São Tomense, Costa Alegre.
Como nos outros países, surge também em Moçambique um número significativo de escritores
cuja obra literária é conscientemente produzida tendo em conta o fator da nacionalidade. São eles
que forjam a consciência do que é ser moçambicano no contexto, primeiro, da África e, depois, do
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mundo. Entre os principais autores dessa literatura encontram-se: Noémia de Souza, José
Craveirinha, Jorge Viegas, Sebastião Alba, Ungulani Ba Ka Khosa e Mia Couto.
As populações negras das colonias portuguesas quase não liam jornais e muito menos literatura.
Os textos literários efetivamente ligados eram quase só aqueles a que os assimilados tinham acesso
na escolarização, sem continuidade literária que pudesse significar sequer um publico leitor de
textos europeus.
Em geral, os textos literários designados como de ‘cor local’ (para utilizar uma expressão muito
significativa) versavam sobre temas da colonização, em que as figuras dos brancos ou de negros
estereotipados (estes vistos como coisas ou seres inferiores) eram predominantes, raro surgindo
uma figura de africano humanizado, um tem ou uma perspectiva que lhe mostrassem uma
consideração profunda por uma realidade alheia a esquemas europeus.
Nessa literatura portuguesa de africa, incluíam-se, por vezes certos textos que preludiavam uma
fuga ao exotismo e à superficialidade da analise literária da realidade, como nga mutú ri, De Trone,
em Angola, ou os poemas do complexo da cor, do São Tomense, Costa Alegre.
movimentos nacionalista, e logo depois do inicio da luta de libertação armada, foram instalados
estudos gerais de nível superior universitário, a partir de 1963, nas cidades angolanas de Luanda,
Sá da Bandeira e Nova Lisboa, e na capital moçambicana, ate hoje os únicos territórios que deles
beneficiaram.
b) Imprensa
No caso de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, a imprensa contribui decisivamente para o
incentivo à criação literária, no quadro de limitação insular. […] no século XIX foi intensa e
brilhante a actividade jornalística em Angola. Depois da criação do Boletim Oficial (1845), surge
A Aurora (1855), jornal recreativo e literário. De 1860 a 1900, sugere cerca de meia centena de
títulos de jornais, artesanais e episódios, mas de grande importância para o fenómeno de actividade
intelectual e literária. Mas foi o contrario para Moçambique, porque foi menos importante no
estabelecimento da literatura em Moçambique do que seria de supor devido a repressão. O
Semanário O Progresso (1868), de Moçambique, religioso, instrutivo, comercial e agrícola, teve
apenas um, numero, porque, dois dias depois, era obrigado a ir a censura previa, que o proibiu. Os
principais jornais e ou revistas ate aí publicados são: O Africano (1909-1918); O Brado Africano
(1918) e O Itinerário (1919).
Designação: incipiência.
ii. 2o Período:
Designação: Prelúdio.
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Obras e Autores: Sonetos, de Rui de Noronha; Cancão fraterna, de Noémia de Sousa; Cinco
poesias do Mar Índico, de Orlando Mendes e inéditos vários contos, publicados em livro
pela CEI, em 1952; saiu o número único do jornal Msaho (1952), de João Dias.
iii. 3º Período:
Designação: Formação.
Obras e Autores: Sangue Negro, de Noémia de Sousa; inéditos vários contos, publicados em livro
pela CEI, em 1952; saiu o número único do jornal Msaho (1952), de João Dias e uma antologia
de Poesia em Moçambique, de Luís Polanah, Orlando de Albuquerque e Vítor Evaristo.
José Craveirinha sobressai, nesta década, de uma plêiade que congrega, além de Noémia de Sousa,
Rui Nogar, Rui Knopfli, Virgílio de Lemos, Rui Guerra, Fonseca Amaral, Orlando Mendes, entre
outros.
iv. 4º Período:
Designação: Desenvolvimento.
Obras e Autores: Nós matámos o cão tinhoso, de Luís Bernardo Honwana; Chigubo, e Karingana
ua Karingana, de José Craveirinha; Portagem, de Orlando Mendes;
v. 5º Período
Designação: Consolidação.
Obras e Autores: Silêncio escancarado, de Rui Nogar; Raiz de orvalho, e Terra sonâmbula de
Mia Couto;
Mia Couto: Terra Sonâmbula, vinte e zinco, O último voo do flamengo, o outro pé
da seria, Jesusalém, A Confissão da leoa, etc.;
Ungulani ba ka Khosa: Ualalapi, Orgia dos loucos, os sobreviventes da noite,
entre as memórias silenciadas, história de Amor e Espanto;
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FICHA DE TRABALHO 2
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O poema O pescador de Moçambique, está divido em seis (6) estrofes, com oito (8) versos cada.
b) Temática
O autor, numa tentativa literária, busca eleger um herói que possa representar poeticamente os
valores do povo moçambicano. Visto que na época, para a metrópole, a imagem que se insistia em
guardar dos africanos era a de uma gente que quando não feita a uma selvageria, facilmente se
submetia às ordens senhorias do colonizador, visão que não ofereceria a existência de um herói
indígena (Moçambicano).
O poema Sangue negro está divido em cinco (5) estrofes, onde a primeira estrofe, é uma oitava, a
segunda e a terceira são tercetos, a quarta e quinta são quadras.
b) Temática
No poema Sangue negro, podemos notar que se dá referencia ao feminismo, a voz poética da
autora, a condição politica de Moçambique e a representação de uma nação em direção a um
despertar.
Na Sangue negro, a autora questiona a estrutura social de repressão sobre a mulher e o processo,
de independência de Moçambique.
O poema Eu sou carvão encontra-se dividido em cinco (5) estrofes, sendo que:
A primeira é terceto, a segunda é uma quadra, a terceira é um terceto, a quarta é uma quintilha
e quinta estrofe é uma quadra.
b) Temática
A poesia fala-nos da escravatura, e o carvão é uma figura de estilo pela sua característica da cor e
pelas suas ações, então o carvão neste caso estamos a falar de negro moçambicano que esta a ser
escravizado pelo patrão, que é o homem branco o português colonizador.
No poema Eu sou carvão, José Craveirinha ressalta a importância da cultura e história do país,
permitindo o povo ver que a sua cultura não está sendo valorizada e respeitada, levando-os a lutar
pela sua independência.
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CONCLUSÃO
A literatura pode ser considerada como uma das fontes que impulsionou vários países africanos
em destaque os da língua portuguesa em Africa em geral e Moçambique em particular. A literatura
aborda questões de interesse geral tais como aspectos socioculturais, opressão e políticos.
Destaca-se como exemplo os poemas “o pescador de Moçambique, Sangue negro, Grito negro,
entre outros” que abordam questões de opressão, exaltação da cultura e da raça negra, e problemas
contemporâneos. E para finalizar, importa salientar que a negritude também fortaleceu e alavancou
o espírito negro a nível social pois ela ajudou a reivindicar a identidade e a cultura negra, embora
não tenha sido debruçada ao longo deste trabalho.
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BIBLIOGRAFIA
LARANJEIRA, Pires. Literatura Africanas de Expressão Portuguesa. 2ª ed. 2º v. Universidade
Aberta, Lisboa, 1995.