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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Classificação dos tecidos


Arlete Ramadane João: 708230582

Curso: Licenciatura em ensino de


Biologia
Disciplina: Zoologia Geral
Ano de Frequência: 1º

Nampula, Setembro de 2023

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Classificação
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Estrutura
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 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
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Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
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tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
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Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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ÍNDICE
Introdução..........................................................................................................................5

1. CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS.............................................................................6

1.1. Conceito dos tecidos..................................................................................................6

1.2. Tecidos conjuntivos....................................................................................................6

1.2.1. Funções gerais dos tecidos conjuntivos...................................................................7

1.2.2. Componentes dos tecidos conjuntivos.....................................................................7

1.3. Tecidos nervosos sanguíneos.....................................................................................8

1.3.1. Funções do tecido nervoso......................................................................................8

1.3.2. Componentes dos tecidos nervosos.........................................................................9

Conclusão........................................................................................................................11

Bibliografia......................................................................................................................12

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Introdução

Tecidos são um conjunto de células que se organizam de maneira coletiva, e que em


conjunto com a matriz extracelular, desempenham funções em comum para a formação
de vários órgãos e sistemas do organismo.

Embora seja dito com frequência que a célula é a unidade funcional básica do
organismo, na verdade são os tecidos, por meio de esforços colaborativos de suas
células individuais, que são responsáveis por manter as funções orgânicas. As células,
dentro dos tecidos, comunicam-se através das junções intercelulares especializadas,
facilitando assim, o esforço de colaboração e permitindo que as células atuem como
uma unidade funcional.

Entretanto, o tema do presente trabalho é classificação dos tecidos. Dentro deste tema,
ir-se-á debruçar sobre os tecidos conjuntivos e nervos sanguíneos.

Objectivo principal

 Classificar os tecidos conjuntivos e nervosos sanguíneos, respectivamente.

Objectivos específicos

1. Conceituar os tecidos;
2. Conceituar e classificar tecidos conjuntivos;
3. Conceituar e classificar tecidos nervosos sanguíneos.

A metodologia utilizada neste trabalho baseou-se em minuciosa pesquisa bibliográfica,


na qual se buscou confrontar a opinião de diversos autores a respeito do tema a ser
retratado, reforçando as ideias originais. E, por último, importa referir que todas as
referências usadas na produção deste trabalho, encontram-se na bibliografia.

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1. CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS

1.1. Conceito dos tecidos

Segundo Alberts, et al (2010, p.45), “os tecidos são agrupamentos de células e matriz
extracelular que, atuando de forma integrada, desempenham funções específicas. Entre
essas funções, as de proteção, absorção, secreção de substâncias, percepção de
sensações, sustentação, locomoção, movimentação de órgãos internos, transmissão de
informações, preenchimento, armazenamento, regeneração, defesa, e transporte de
sustâncias são algumas delas”.

A matriz extracelular é composta por muitos tipos de moléculas, algumas das quais são
altamente organizadas formando estruturas complexas como fibrilas de colágeno e
membranas basais. Atualmente, sabe-se que existe uma intensa interação entre células e
matriz extracelular formando uma entidade contínua que funciona conjuntamente e
responde de modo coordenado às exigências do organismo.

A interação das células com a matriz extracelular ocorre por meio de receptores
presentes na superfície celular que cruzam a membrana plasmática e se conectam a
vários elementos do citoesqueleto. Dessa forma, as células em conjunto com os
componentes da matriz extracelular formam uma unidade para atuarem de maneira
organizada na constituição dos tecidos. Cada um dos tecidos fundamentais é formado
vários tipos de células características e por associações e arranjos característicos entre
células e matriz extracelular, (Alberts, et al 2010).

1.2. Tecidos conjuntivos

Segundo Ross e Ross (2008, p.78), o tecido conjuntivo caracteriza-se pela grande
variedade de células e pela abundância de matriz extracelular. Como sugerido pelo
nome, os tecidos conjuntivos são responsáveis por estabelecer e manter a forma do
organismo, preenchendo espaços e conectando as diferentes células, tecidos, órgãos e
estruturas do corpo, oferecendo-lhes suporte mecânico e garantido seu posicionamento e
fixação no interior do organismo. Além disso, o tecido conjuntivo também atua na troca
de metabólitos e oxigênio entre o sangue e os demais tecidos (é rico em vasos
sanguíneos), na defesa do organismo (barreira física pela matriz extracelular abundante

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e presença de células do sistema imune) e armazenamento de gordura (estoque de
energia), podendo ser encontrado, por exemplo, nos tendões, ligamentos, nas cápsulas
envolvendo órgãos e glândulas, na pele e sob os epitélios de forma geral.

O tecido conjuntivo estabelece continuidade entre o tecido epitelial e os demais tipos de


tecidos (muscular e nervoso), compreendendo um grupo diversificado com propriedades
especiais desempenhando várias funções. Ele é constituído por diferentes tipos de
células imersas num abundante material intercelular, denominado matriz extracelular.
Didaticamente, pode-se estruturar uma classificação geral dos tipos de tecidos
conjuntivos: tecido conjuntivo propriamente dito e tecidos conjuntivos especiais
(tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido sanguíneo e tecido hematopoiético),
(Junqueira e Carneiro, 2008).

1.2.1. Funções gerais dos tecidos conjuntivos

(Alberts, et al 2010, p.50), o tecido conjuntivo foi assim denominado porque une
tecidos, servindo para conexão, sustentação e preenchimento. A composição
diferenciada da sua matriz extracelular faz com que absorva impactos, resista à tração
ou tenha elasticidade. Pode ser especializado em armazenar gordura, que é utilizada na
produção de energia ou calor, ou em armazenar íons, como o Ca2+, importante em
vários processos metabólicos. Ele é ainda responsável pela defesa do organismo, pela
coagulação sanguínea, pela cicatrização e pelo transporte de gases, nutrientes e
catabólitos.

1.2.2. Componentes dos tecidos conjuntivos

O tecido conjuntivo é composto por três tipos principais de células, que são
morfologicamente e funcionalmente distintas: (Alberts, et al 2010, p.50).

- Os fibroblastos - tipo celular mais abundante, responsáveis pela produção das fibras
proteicas e substância fundamental amorfa da matriz extracelular abundante, estando
ainda ligados à produção de fatores de crescimento e diferenciação celular.

- Os leucócitos - consistindo em diferentes células de defesa (sistema imune). Tais


células também irão fagocitar corpos estanhos, como bactérias, por exemplo, e ainda
poderão desencadear reações alérgicas e inflamatórias.

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- As células adiposas (adipócitos) - encontradas isoladas ou em pequenos
aglomerados, caracterizadas por estocarem lipídios, que servirá de reserva energética ou
auxiliará na produção de calor. Em alguns casos se aglomeram em grupos maiores
formando um tecido específico que será visto mais adiante, o Tecido Adiposo, como um
tipo especial de tecido conjuntivo.

De acordo com sua constituição e função, o tecido conjuntivo pode ser classificado em
tecido conjuntivo propriamente dito, e ainda em tecido adiposo, tecido cartilaginoso e
tecido ósseo, que são tecidos conjuntivos com propriedades especiais e que serão
abordados mais adiante.

O tecido conjuntivo propriamente dito ou comum tem como principais funções a


estruturação e o suporte de tecidos e órgãos, e pode ser classificado como frouxo ou
denso, de acordo com quantidade relativa das fibras colágenas.

1.3. Tecidos nervosos sanguíneos

Na perspectiva de Junqueira e Carneiro (2008), o tecido nervoso encontra-se distribuído


pelo organismo, mas está interligado, resultando no sistema nervoso. Forma órgãos
como o encéfalo e a medula espinal, que compõem o sistema nervoso central (SNC). O
tecido nervoso localizado além do sistema nervoso central é denominado sistema
nervoso periférico (SNP) e é constituído por aglomerados de neurônios, os gânglios
nervosos, e por feixes de prolongamentos dos neurônios, os nervos.

O tecido nervoso é composto principalmente por: neurônios, células geralmente com


longos prolongamentos, e vários tipos de células da glia ou neuróglias, que sustentam os
neurônios e participam de outras funções importantes.

1.3.1. Funções do tecido nervoso

O tecido nervoso recebe informações do meio ambiente através dos sentidos (visão,
audição, olfato, gosto e tato) e do meio interno, como temperatura, estiramento e níveis
de substâncias. Processa essas informações e elabora uma resposta que pode resultar em
ações, como a contração muscular e a secreção de glândulas, em sensações, como dor e
prazer, ou em informações cognitivas, como o pensamento, o aprendizado e a
criatividade. Ele é ainda capaz de armazenar essas informações para uso posterior: é a
memória, (Ross & Ross, 2008, p.80).

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Composto por células especializadas em gerar e conduzir impulsos nervosos
eletroquímicos, o tecido nervoso é o responsável pela troca de informações rápidas nos
animais, captando estímulos ambientais (externos) ou do próprio corpo (internos),
integrando e interpretando tais múltiplos estímulos recebidos e enviando ordens motoras
para a coordenação das funções dos órgãos. Além disso, é responsável pelo
comportamento e pela memória.

1.3.2. Componentes dos tecidos nervosos

O tecido nervoso apresenta abundância e variedade de células, mas é pobre em matriz


extracelular. Os neurônios são responsáveis pela transmissão da informação através da
diferença de potencial elétrico na sua membrana, enquanto as demais células, as células
da neuróglia (ou glia), sustentam-nos e podem participar da atividade neuronal ou da
defesa. No SNC, essas células são os astrócitos, os oligodendrócitos, as células da
micróglia e as células ependimárias. No SNP, são as células-satélites e as células de
Schwann, (Junqueira & Carneiro, 2008).
Este tecido é distribuído pelo organismo e interliga-se formando uma complexa rede de
comunicações que constituem o sistema nervoso, o qual é dividido anatomicamente em:

- Sistema Nervoso Central (SNC): formado pelo encéfalo e medula espinhal;


-Sistema Nervoso Periférico (SNP): formado pelos gânglios nervosos (pequenos
agregados de células nervosas) e nervos.
A célula neural (neurônio) tem como principais funções detectar /receber estímulos
sensoriais internos ou externos, conduzir, integrar e associar tais estímulos e
transmitir /enviar respostas / ordens motoras, que atuarão sobre os músculos, órgãos e
glândulas, atuando na adaptação às variações do meio. Os neurônios podem ser
divididos em três partes distintas:

Pericário ou Corpo celular: composto pelo núcleo e diversas organelas celulares e


mitocôndrias, que serão responsáveis por produzir substâncias úteis e energia para o
funcionamento correto da célula.

Dendritos: ramificações partindo do corpo celular (prolongamentos da membrana


plasmática; dendron, do grego, galho), que aumentam a superfície disponível para
estabelecer mais conexões com outros neurônios, captando de sinais elétricos a ser
retransmitidos pelo axônio para outros neurônios (redes neurais).
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Axônio: é uma extensão única do corpo celular que se conectará a outros neurônios ou
células de outros tecidos (músculos, glândulas, etc).

Ross & Ross (2008, p.70), afirmam que o tecido nervoso possui, além dos neurônios,
células auxiliares que darão suporte ao funcionamento do sistema nervoso. Também
chamadas células neuróglias, as células da glia atuam na manutenção do ambiente
bioquímico, tornando-o propício para a produção dos impulsos eletroquímicos. Além
disso, também operam na proteção e no suporte nutricional e mecânico aos neurônios
para seu funcionamento adequado. Tais células diferem em distribuição e na forma e
função, desempenhando diferentes papéis na estrutura e funcionamento do tecido
nervoso.

Quanto à disposição destas células, os neurônios são os únicos presentes em ambos os


SNC e SNP. Os astrócitos, microglias e células do epêndima são componentes
principalmente da substância cinzenta do SNC, associados aos corpos dos neurônios, já
os oligodendrócitos são o principal componente, junto as axônios dos neurônios, da
substância branca do SNC. Já no SNP, existem além dos neurônios, outras células da
glia que são as células de Schwann e satélite (com funções equivalentes aos astrócitos e
oligodendrócitos do SNC, respectivamente), e que se organizam constituindo os nervos
e os gânglios nervosos. Essas células e estruturas serão abordadas mais adiante no SNP,
(Junqueira & Carneiro, 2008).

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Conclusão

Os tecidos são agrupamentos de células e matriz extracelular que, atuando de forma


integrada, desempenham funções específicas. Entre essas funções, as de proteção,
absorção, secreção de substâncias, percepção de sensações, sustentação, locomoção,
movimentação de órgãos internos, transmissão de informações, preenchimento,
armazenamento, regeneração, defesa, e transporte de sustâncias são algumas delas.

Cada um dos tecidos fundamentais é formado por vários tipos de células características
daquele tecido e por associações e arranjos característicos entre células e matriz
extracelular. Estas associações são, geralmente, muito peculiares e facilitam o
reconhecimento dos muitos subtipos de tecidos pelos estudantes. Por outro lado,
analisando agora um nível de organização acima dos tecidos, que é a organização dos
órgãos, observamos que estes são quase sempre formados por uma associação muito
precisa de vários tecidos. Esta associação de tecidos resulta no funcionamento adequado
de cada órgão e do organismo como um todo.

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Bibliografia

Alberts, Bruce et al. (2010). Biologia Molecular da Célula. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed.

Junqueira, Luiz Carlos, & Carneiro, José. (2008). Histologia Básica. 11ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan.

Ross, Michael H. Ross, (2008). Histologia – Texto e atlas. 5ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.

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