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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Analogia, Homologia e Convergência dos órgãos

Mira Luís Basílio, 708194635

Curso: Ensino de Biologia

Disciplina: Botânica Sistemática

Ano de Frequência: 2º Ano

Quelimane, Junho, 2020


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do problema)
 Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
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adequada ao
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objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução .................................................................................................................................. 1

Homologia e Analogia ............................................................................................................... 2

Homologia.................................................................................................................................. 2

Homologia e Irradiação Adaptativa ........................................................................................... 2

Analogia ..................................................................................................................................... 3

Analogia e Convergência Adaptativa ........................................................................................ 4

Convergência dos órgãos ........................................................................................................... 4

Conclusão................................................................................................................................... 6

Bibliografia ................................................................................................................................ 7

iv
Introdução

Homologia diz respeito a análise das semelhanças biológicas observadas entre organismos de
espécies diferentes, mas que apresentam um mesmo ancestral comum.

A homologia pode ser entendida como uma consequência da evolução divergente, também
chamada de irradiação adaptativa que é o processo evolutivo que resulta no surgimento de
espécies diferentes a partir de um mesmo ancestral comum.

Portanto o presente trabalho da disciplina de botânica Sistemática tem como tema Analogia,
Homologia e Convergência dos órgãos, com o objectivo geral de distinguir a analogia da
Homologia e conhecer a convergência dos órgãos,

Para a materialização do trabalho recorreu – se a revisão bibliográfica como metodologia


para a cientificidade do trabalho.

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Homologia e Analogia
Homologia

Homologia diz respeito a análise das semelhanças biológicas observadas entre organismos de
espécies diferentes, mas que apresentam um mesmo ancestral comum.

A homologia é uma forte evidência evolutiva, pois permite estabelecer ancestralidade comum
entre organismos diferentes com base nas suas semelhanças anatómicas, morfológicas e
fisiológicas e seus órgãos reconhecidos como semelhantes, são chamados de órgãos
homólogos.

Os órgãos homólogos possuem como característica principal a mesma origem embrionária


(descendem de um mesmo folheto germinativo), se desenvolvendo de forma semelhante em
diferentes espécies. Apesar de possuírem as mesmas origens embrionárias, esses órgãos não
necessariamente precisam desempenhar a mesma função.

Um exemplo de órgãos homólogos é com relação aos ossos das patas dianteiras de diversos
vertebrados. Embora possuam funções diferentes como a asa de uma ave, a nadadeira de uma
baleia e a mão de um ser humano, a estrutura óssea desses membros são semelhantes e
possuem uma mesma origem embrionária.

Homologia entre os membros superiores de alguns vertebrados. Cores semelhantes indicam


ossos semelhantes embriologicamente e estruturalmente.

De uma forma geral, entende-se a homologia entre duas ou mais espécies como a presença de
órgãos e estruturas que possuem uma mesma origem embrionária, evidenciando um
parentesco entre as duas ou mais espécies, mesmo que esses órgãos não compartilhem a
mesma função.

Homologia e Irradiação Adaptativa

A homologia pode ser entendida como uma consequência da evolução divergente, também
chamada de irradiação adaptativa que é o processo evolutivo que resulta no surgimento de
espécies diferentes a partir de um mesmo ancestral comum. O processo inicia-se com a
colonização de um determinado grupo em um novo ambiente, sendo, portanto, submetido a

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novas condições ambientais que seleccionará os mais aptos a sobreviverem naquele
determinado ambiente.

A irradiação adaptativa é caracterizada pela formação de espécies em um curto período de


tempo, após a separação de grupos dentro de uma mesma população que, com o tempo, passa
a ocupar nichos ecológicos diferentes e passando por processos adaptativos para
sobreviverem nesse novo nicho.

A Irradiação evolutiva desencadeia a homologia entre espécies, isto é, gera organismos que
compartilham semelhanças entre suas estruturas, mesmo que essas estruturas não possuam a
mesma função, mas apenas a mesma origem embrionária.

Analogia

A analogia, por outro lado, relaciona estruturas biológicas observadas entre organismos de
espécies diferentes que possuem a mesma função ou se assemelham morfologicamente, mas
que não possuem a mesma origem embrionária.

Duas estruturas são consideradas análogas quando possuem a mesma função ou se


assemelham morfologicamente, mas não estão relacionadas evolutivamente. Indivíduos
portadores de estruturas análogas não possuem grau de parentesco nem um ancestral comum
próximo e suas estruturas análogas são formadas a partir de processos adaptativos
relacionados a imposição de condições ambientais semelhantes para as duas espécies.

Um exemplo de estruturas análogas é a semelhança de função entre a asa de uma Ave e a asa
de um Artrópode. Embora ambas as estruturas garantam a capacidade de voo nas duas
espécies, elas possuem origens embrionárias diferentes.

É importante reconhecer que uma estrutura pode ser homóloga e análoga ao mesmo tempo,
dependendo do referencial evolutivo em que se está analisando.

Por exemplo: a asa de um ancestral como o Pterodactyl, a asa de um morcego e a asa de uma
ave. Ambas as estruturas são análogas enquanto asas, ou seja, embora a função seja a mesma,
elas possuem origens embrionárias diferentes. Porém são homólogas enquanto membros
superiores.

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Isso significa que o pterodactyl, morcego e a ave descendem de um mesmo ancestral comum
que possuía membros superiores, mas que a adaptação de voo surgiu de forma independente
em cada espécie.

Analogia entre asas e Homologia entre membros superiores do Pterodactyl, morcego e ave.
As diferenças estruturais nas asas mostram que elas não compartilham a mesma origem
embrionária.

Analogia e Convergência Adaptativa

A analogia é uma consequência da evolução convergente, também chamada de Convergência


adaptativa que é o processo evolutivo em que indivíduos sem grau de parentesco próximo,
mas que vivem em condições ambientais parecidas, passam a apresentar estruturas
morfológicas, fisiológicas e até comportamentais semelhantes.

Esse processo tem como factor principal as condições ambientais e os nichos ecológicos
sobrepostos entre populações diferentes de organismos. Darwin já havia relatado que
condições ambientais seleccionam indivíduos mais adaptados a sobreviverem em
determinados ambientes em detrimento de outros.

Portanto, essas condições ambientais que são semelhantes para todos os indivíduos de um
determinado local, ao seleccionar os indivíduos mais aptos a sobreviverem às determinadas
características ambientais, acaba seleccionando também características chave para a
sobrevivência e, muitas vezes, essas características chaves são semelhantes para os
indivíduos que possuem o mesmo habitat ou hábitos de vida semelhantes, formando assim as
estruturas análogas.

Por se encontrarem no mesmo ambiente e estarem sob as mesmas condições, as plantas


suculentas do género Euphorbia e Astrophytum convergiram para estruturas semelhantes,
mesmo que não possuam um parentesco próximo.

Convergência dos órgãos

A convergência é um fenómeno natural observado em seres vivos quando desenvolvem


características semelhantes de origens diferentes. Ou seja, é quando um carácter semelhante

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evolui independentemente em duas espécies, não tendo encontrado ancestral comum entre
elas. Para a convergência aparecer ambos os animais devem viver sobre situações ecológicas
semelhantes e desenvolvem então a mesma estratégia, ou estrutura.

Supõe-se que esse fenómeno se manifeste quando espécies pouco relacionadas


filogeneticamente, ou seja, pouco aparentadas, sofram pressões selectivas de um mesmo
ambiente ou de ambientes semelhantes. Como resultado dessas pressões seletivas ao longo do
tempo evolutivo características fenotípicas (expressadas pelos genes) similares se
desenvolvem nas espécies pouco aparentadas. Essas características podem ser tanto
morfológicas na forma ou na coloração, quanto fisiológicas no metabolismo; ou mesmo
comportamentais, por exemplo, o canto.

Diversas espécies de aves se alimentam ocasionalmente de anuros, mas não comeriam uma
araponga. Além disso, os predadores dessa ave são principalmente gaviões, que pouco se
alimentam de anuros.

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Conclusão

A homologia é uma forte evidência evolutiva, pois permite estabelecer ancestralidade comum
entre organismos diferentes com base nas suas semelhanças anatómicas, morfológicas e
fisiológicas e seus órgãos reconhecidos como semelhantes, são chamados de órgãos
homólogos.

A analogia, por outro lado, relaciona estruturas biológicas observadas entre organismos de
espécies diferentes que possuem a mesma função ou se assemelham morfologicamente, mas
que não possuem a mesma origem embrionária.

A convergência é um fenómeno natural observado em seres vivos quando desenvolvem


características semelhantes de origens diferentes. Ou seja, é quando um carácter semelhante
evolui independentemente em duas espécies, não tendo encontrado ancestral comum entre
elas. Para a convergência aparecer ambos os animais devem viver sobre situações ecológicas
semelhantes e desenvolvem então a mesma estratégia, ou estrutura.

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Bibliografia

RIVAS-MARTÍNEZ, S. 2005. Avances en Geobotánica – Discurso de Apertura del


Curso Académico de la Real Academia Nacional de Farmacia del año 2005. Real
Academia Nacional de Farmacia. Instituto de España. Madrid 142pp. Disponível no site
http://www.ucm.es/info/cif/

BRAUN-BLANQUET, J. 1979. Fitossociología. Bases para el estúdio de las comunidades


vegetales. Ed. H.Blume. Madrid. 820 pp (BISA)

COSTA, J.C. 2001 Tipos de vegetação e adaptações das plantas do litoral de Portugal
continental. In Albergaria Moreira, M.E., A. Casal Moura, H.M. Granja & F. Noronha
(ed.) Homenagem (in honorio) Professor Doutor Soares de Carvalho: 283-299. Braga.
Universidade do Minho. Disponível no site http://www.isa.utl.pt/

COSTA, J.C., AGUIAR; C., CAPELO, J., LOUSÃ, M. & NETO, C. 1999. Biogeografia de
Portugal Continental. Quercetea 0: 5-56. Disponível no site http://www.isa.utl.pt/

FERNANDEZ-GONZÁLEZ, F. 1997. Bioclimatologia. In: Izco et al. Botánica. MaGraw-


Hill. 607-682.

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