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Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Domínio semântico:.........................................................................................................................5
Variação semântica..........................................................................................................................6
Variação fonético-fonológica..........................................................................................................7
Conclusão........................................................................................................................................9
Bibliografia....................................................................................................................................10
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Introdução
O presente trabalho é inerente a cadeira de: sintaxe semântica e pragmática do português II, e
tem como tema: Fenómenos da variação do Português Moçambicano, no domínio da
sintaxe , semântica, fonética, e fonologia.
Moçambique é um pais multilíngue, sobre tudo, com diversas línguas nativas. E é notório que a
sua língua oficial é o português Europeu. O português europeu é a norma padrão que é usada
como a língua de ensino em diversos âmbitos. Portanto, por influencias de diversas línguas
nacionais “ Nativas”, os Moçambicanos não tem tido um domínio total da língua portuguesa.
Por conseguinte, os falantes tem tido diversos problemas na fala e na escrita.
São diversos fenómenos que ocorrem no PM em comparação com a norma Padrão, o PM.
Importa referir que não são todos Moçambicano, que tem o domínio total da língua portuguesa
não, mas a ,maioria da população por influencia das línguas maternas tem tido défice no âmbito,
sintático, semântico, pragmático, fonético e morfológico.
É notório que as pessoas das zonas recônditas é que têm mostrado essa défice em diversos
âmbito, sobre tudo por estarem inserido em uma sociedade em que o português é visto como a
segunda língua, e normalmente é usada nas escola.
Portanto, são inúmeros fenómenos que ocorrem no PM que entram em contraste com a norma
padrão o PE.
O objectivo deste trabalho, é de explicar de como essas fenómenos e variação acontecem e
diversos âmbitos.
Na qualidade de uma trabalho cientifico, esta estruturado da seguinte Maneira: capa, folha de
rosto, introdução, desenvolvimento, conclusão, e bibliografia.
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muito). Estes são alguns fenómenos que ocorrem no português Moçambicano que em certos
momentos contradizem a norma padrão.
Domínio semântico:
A nível semântico também se registam fenómenos de transposição das LB para o PM, como
ilustra o exemplo que se segue:
(5) Eu não estou a ouvir o cheiro do gás. (PM), (PE: eu não estou a sentir....)
O verbo ouvir foi aqui usado no lugar do verbo sentir e embora sejam ambos verbos cujos
significados estejam ligados aos órgãos sensoriais, no PE são usados em contextos distintos. Tal
como refere Ngunga (2012) "Em bantu parece não existir uma tradução de 'sentir' (abstracto) que
não passe por verbos que traduzem as percepções recebidas através de órgãos sensoriais de
'confiança 'tais como 'ouvir' e 'ver' ".
Os dados acima descritos confirmam que, em determinados domínios gramaticais, há um
processo de transferência de conhecimento linguístico das LB para o PM. Sendo as LB distintas,
isto é, dado que em cada região geográfica e não só, se falam línguas diferentes, a interferência
destas no PM é diferenciada, podendo-se mesmo afirmar que começam a emergir distintas
variedades regionais não-nativas do PM. Estas variedades são construídas com recurso a diversas
estratégias de aprendizagem da língua, caracterizadas por fenómenos como a simplificação,
sobregeneralização de regras e transferência de língua (DIAS, 2009).
Variação sintática.
Para além da variação morfológica que vimos em (2.2), o PM apresenta variação a nível
sintático. Estudos em recentes apresentados numa obra organizada por Dias (2009) mostram que
há vários casos de variação se compararmos com o PE. É importante deixar claro que a
referência para todas as análises é o PE. Vejamos alguns exemplos de Gonçalves (2005a, p.55):
PM: Eles elogiaram a uma pessoa. PE: Eles elogiaram uma pessoa PM: Elogiaram-lhe muito.
PE: Elogiaram-na muito.
Os exemplos de Gonçalves apresentados nestes exemplos provêm de um corpus oral, fato que
nos leva a crer que há diferenças entre a escrita e a fala. O que acontece em muitos casos é a
transferência da fala para escrito fato que leva ao distanciamento à norma-padrão. Vejamos
outros exemplos de Gonçalves (2001, p.986).
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pouco avisado pode deixar passar estas frases em redações e em outros textos. Aliás, ser
professor não é sinónimo de ser “especialista em gramática” da LP. Contestar estas frases seria o
mesmo que dizer os “moçambicanos não sabem falar português”.
Variação fonético-fonológica.
É uma característica das diferenças na pronunciação de palavras que variam de língua para
língua, de variante para variante. Pode ser causado por influências de outras línguas. No caso de
Moçambique muitas formas de variação fonético-fonológica são resultado da influência das
línguas maternas de origem bantu espalhadas um pouco pelo país. É através da variação fonética
que percebemos se o falante nasceu no norte ou no sul do país. Vejamos algumas variações:
-A troca de [d] por [t] : dedo=[teto]; dama [tama]; dono [tono]
-A troca de [b] por [p]: bebé, bebe =[pepé]; banana [panana];
bomba [pompa]
-Ditongação da sílaba final: fazer=[fazeri]; lavar=[lavari]; ler [leri]
-Eliminação da consoante final: fazer=[faze]; lavar=[lava]
1.2. Variação morfológica.
A morfologia é uma disciplina que descreve e analisa a estrutura interna das palavras e os
processos morfológicos da variação e de formação das palavras.
Para ilustrar a variação morfológica apresentaremos dois exemplos: um do
PB e outro do PM. No PB falado o pronome pessoal “tu” e “você” podem ser substituídos por
“ocê” ou “cê”. No PM há caso falta de concordância. Exemplo:
Rituais religiosϕ só conheço um. [PM] vs Rituais religiosos só conheço um. [PE]
A diferença que se observa nestas duas frases é a falta de concordância no PM se compararmos
com o PE. O importante a reter é que esta variação está inerente à norma-padrão. Sabe-se que a
fala pode variar segundo a idade, o grau de escolaridade, as redes sociais, local de residência, etc.
Este fenómeno não só acontece em Moçambique, pois estudos de Scherre e Naro (1998, p.1)
mostram que “diferentemente do português de Portugal, o português vernacular do Brasil
apresenta variação sistemática nos processos de concordância de número, exibindo variantes
explícitas e variantes zero (0) de plural em elementos verbais e nominais.” Vejamos outros
exemplos das preposições no PM apresentados por Gonçalves (2001, p.983). As preposições
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destacadas são usadas de forma diferente no PM se compararmos com PE que entendida como a
Norma-Padrão:
(a) Chegou cedo na escola (PE=à)
(b) O pai volta em casa às sete (PE=para)
(c) Visitei no museu de História Natural (PE= o museu)
Conclusão
Assim, são inúmeros fenómenos que ocorrem no PM comprando com o PE. Os Moçambicanos
mostram essas dificuldades na pronúncia e na escrita por causa das línguas nativas que
impulsionam no não domínio da língua portuguesa, e isso cria um grande impacto na
aprendizagem dos alunos, pois os alunos chegam ate ao ensino secundário sem terem o domínio
da língua portuguesa, e isso pode impulsionar no insucesso escolar do aluno, visto que, certos
conteúdos tem uma grande complexidade através dos termos que são usado no mesmo, e se o
aluno não tiver o domínio da sintaxe e semântica, dificilmente terá domínio do conteúdo exposto
pelo professor dentro da sala de aula.
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Bibliografia
MACHUNGO, Estratégias de criação lexical no Português de Moçambique: aspectos da
derivação sufixal Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Moçambique
TIMBANE, A variação linguística do português moçambicano: uma análise sociolinguística da
variedade em uso, Academia de Ciências Policiais – Moçambique Universidade Federal de
Goiás- Brasil.
TIMBANE, A variação linguística e o ensino do português em Moçambique Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho