24/10/2021 14:00 Palavras...palabras...parole...verba...words...λόγια...словы...言葉...话...: Versos, Sons, Ritmos.

Norma Goldstein (Resumo)

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acolher ideias, opiniões e discussões sobre o universo fascinante das Letras.Sejam bem vindos, a casa também é de
vocês.

Versos, Sons, Ritmos. Norma Goldstein (Resumo) TRANSLATE

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O
livro objeto do presente fichamento esta subdividido em 13 (treze) capítulos,
dos Powered by Tradutor
quais, 11 (onze) abordam de forma pormenorizada a maneira como se compõem
os
poemas, suas características próprias (quem
o escreveu?; quando foi escrito?; qual sua
TARDE DE AUTÓGRAFOS.
finalidade?;a mesma leitura de hoje
é a do passado?) sua correta interpretação sonora,
rítmica, métrica,
metafórica, das figuras de linguagem e dos níveis de análise. Os dois
FÁBULAS INDIANAS
últimos
capítulos expõem respectivamente os vocabulários críticos e a bibliografia
comentada.

Trata-se
de uma obra que permite ao leitor estudar e adquirir ótima base para
compreensão de obras mais complexas.

O
fichamento abaixo apresentado respeita a abordagem feita por capítulos e assim
apresentará o livro em forma de citação e conteúdo.
Maria da Graça Tesheiner/ Marienne Erps
Fleming/ Maria Valíria Aderson de Mello
Vargas
 1. A unidade do poema

RUBEM BRAGA
O
poema possui características próprias, que o diferencia de outras obras não
literárias, neste ponto, cumpre diferenciar o texto literário do não literário,
que nas
melhores palavras da autora, podem assim ser definidos:

“Nos
textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras
geralmente pela sua significância. Na elaboração do texto literário, ocorre uma
operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de
palavras se
fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o
discurso literário é um
discurso específico, em que a seleção e a combinação
das palavras se fazem não
apenas pela significação, mas também por outros
critérios, um dos quais, o sonoro. Exposição: O Fazendeiro do Ar.
Como resultado, o texto literário adquire
certo grau de tensão ou ambigüidade, Comemoração do Centenário de Braga,
produzindo mais de um sentido. Daí a
plurissignificação do texto literário.” (p. 05) provido pelo Museu da Língua Portuguesa.
Grifos nossos.

PÁGINAS
Realmente
o texto literário se caracteriza pela combinação de significação, ritmo,
sonoridade e sintaxe o que não é observado no texto não literário. Estudos & Projetos Acadêmicos
Análise de Coesão e Coerência
Fatores de Coesão
Por
outro lado interpretar e analisar um poema “não
tem receita”, requer a sua
Análise do discurso (iniciação científica)
leitura e releitura e a observância de algumas
questões como: o texto e contexto (observar
Normas para elaboração de Artigos
em que realidade o poeta criou a obra), quem o escreveu, qual a sua
finalidade, quando científicos/acadêmicos
foi escrito e a forma como pode ser lido. Dificilmente o
poema possui uma única Análise comparativa: Cesário Verde & João
Cabral de Melo Neto
interpretação, de sorte que só podemos afirmar se uma
análise esta adequada ou
Análise comparativa Aluísio Azevedo &
inadequada. Miguel Torga

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Versos, Sons, Ritmos. Norma Goldstein
Não
obstante o conceito trazido pela autora sobre plurissignificação, o certo é que
o (Resumo)

texto literário possui uma equilibrada dicotomia entre forma e conteúdo, que
são Intervenção em produção de texto. Aluna
da 7ª série. Fund II
abordados nos capítulos seguintes por meio de exercícios de escansão e
analise de outros
Análise de Material Didático. Língua
artifícios, senão vejamos Portuguesa. FUND II
Análise de Livro Didático. L.E: Keep in
Mind. 9º Ano
2. O ritmo do poema Proposta de Atividade Prática do Livro
Didático de LE: Keep in Mind
Projeto de Intervensão L. Portuguesa.
Na
realidade o ritmo esta presente em tudo o que se refere à comunicação do Ensino Médio. Literatura de Cordel
homem
(fala, sentimentos, música, etc.), na poesia, em especial, é visível por seu
caráter Projeto de Intervenção L. Inglesa. Ensino
oral, musical, sonoro, pois, como foi criada para ser recitada, nossa
audição capta a Médio. Copa do Mundo

articulação das palavras do texto (ainda que sua leitura seja silenciosa). Modelo de Relatório de Campo. Estágio
Obrigatório. Inglês
Projeto Ler e Escrever. Encontro de
Iniciação à Docência (ENID - Leitura em
Neste
capitulo é exposto à importância do ritmo do poema e das propriedades
Voz Alta pelo Professor)
sonoras,
iniciando-se pela musicalidade (percebendo
o compasso), em que Norma
Projeto de Iniciação Científica. By Thaís
Goldstein utiliza a canção “A banda”, de Chico Buarque de Holanda como exemplo, Bittencourt: A Construção do Ethos de Rosa
Ambrósio, em "As horas nuas", de Lygia
demonstrando o
apelo do texto por conta da harmonização entre todos os seus elementos,
Fagundes Telles
sendo
possível sua percepção através da marcação das sílabas poéticas:

“Es – TA - va à – TO – a – na
-Vi (da),
TEXTOS RECOMENDADOS
Artigo: A CONSTRUÇÃO DO FIADOR:
Relação de Interdependência dos
 
1      2      
3         4       5   
 6      7 Conceitos de Ethos e Cenografia na
Crônica “Recado ao Senhor 903”, de
Rubem Braga.
O – meu –a – MOR – me – cha – MOU,
Artigo: ATOS DE APREENSÃO DO TEXTO:
Os Espaços Vazios e a Reelaboração da
Leitura na Crônica “A revolução de 30”, de
1     
2       3      4      
5         6      7
Rubem Braga.
Contribuições à Estilística Portuguesa
Pra – ver – a – BAN – da – pás – SAR Discurso político, mídias e cenografia: o
“jogo de máscaras” nas capas de Veja. By
Maria Silvia Olivi Louzada
1     
2        3      4      
5         6      7
El Problema de los Géneros Discursivos
Marxismo e Filosofia da Linguagem
Can – tan – do – COI – sas – de a –MOR.”
Os Primórdios da Imprensa no Brasil
Os Problemas de Ethos
1       
2       3        4      
5         6      7                (grifos nossos) Tipos e gêneros de discurso/ Mídium e
Discurso/ A Cena de Enunciação/ O Ethos

Esquema
rítmico: ER7 (2-4-7); Redondilha maior. As sílabas 2, 4, 6 são as mais ARQUIVO DO BLOG
fortes.
O ritmo simples e repetitivo facilita a memorização, além da alternância entre ▼ 
2013
(5)
sílabas fortes e fracas, que é a cadencia do poema. Destarte, existe também
repetição dos ▼ 
Novembro
(2)
sons: “T” (1ª linha), “M” (2º verso), “P” (3º verso) e “Q” (4º
verso) e em todos os versos O primeiro artigo a gente nunca
esquece...
existe a repetição da vogal “a”, tais repetições
remetem ao som das percussões da banda e
Dúvidas sobre Lattes
marca o compasso da marcha, ritmo que
percorre todo o poema.
► 
Junho
(1)

Segundo
a interpretação apresentada pela autora:
“A banda rompe com o ► 
Fevereiro
(2)

quotidiano das pessoas, que se põem a ouvi-la, levadas por

um feitiço irresistível. ► 
2012
(18)
Enquanto ela passa, dura o encantamento, a ilusão.
Depois tudo volta a ser como antes:
Mas para meu desencanto...” (p. 10).
LINKS DE LAZER
Posgraduando
No
poema seguinte, “José”, de Carlos
Drummond de Andrade, a autora aponta
Editora Terracota. Sempre uma ótima
palavra-chave (aliteração em “se”) e jogo de sons (alternância entre sílabas fortes e opção!
fracas). Facebook Alunos de Letras UNICSUL
Blog Cruzeiro das Letras

Por
fim, porém igualmente relevante, está à noção de métrica (medida do verso), Museu de Arte Moderna

nos sistemas: quantitativo (que divide os versos em pés ou segmentos, compostos de Masp

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sílabas longas
e sílabas breves) e silábico (que
determina a posição das sílabas fortes em Pinacoteca
cada tipo de verso). Atualmente
se valoriza as unidades rítmicas e
não mais a contagem Museu do Futebol
silábica dos versos. Passou-se também a analisar os versos
livres, inovação dos Museu Segall
modernistas. Teatro Municipal
Casa do Cordel Bosco Maciel
Parque Ecológico Tietê
3. Ritmos
Sesc SP
Fundação Tidesetubal
Segundo a autora, a vida cotidiana dos
séculos passados era mais Catraca Livre
organizada/padronizada, de sorte que os poetas
escreviam segundo um estilo padronizado,
com regras e métricas modelos, com o
passar dos anos, as sociedades se desproveram dos
padrões tornando-se
imprevisível, refletindo na literatura essa liberdade, deixando os
PALAVRA?!
poetas de
seguirem modelos fixos. A seguir, Norma Goldstein, aborda a simetria e “Chega mais perto e contempla as
palavras.

assimetria da escansão dos versos, presentes nos dois períodos.

Cada uma

tem mil faces secretas sob a face neutra

e te pergunta, sem interesse pela

Simétricos são aqueles versos que
possuem a mesma medida, como por exemplo, resposta,

no poema “Remorso”, de Olavo Bilac, todo escrito em versos decassílabos,

observando- pobre ou terrível, que lhe deres:

Trouxeste a chave?”

se, para tanto: a divisão das

sílabas poéticas que terminam na última sílaba tônica,
Carlos Drummond de Andrade

elisão, união por vogais

átonas e silabas tônicas que acentuam o ritmo das sílabas
poéticas.

Quanto aos versos assimétricos, são

aqueles criados no inicio do século XX, soltos
PRAZER, FACEBOOK
e distantes das regras métricas
tradicionais (a autora utiliza o
poema “O poeta come EU SOU Luci Cardoso

amendoim”, de
Mario de Andrade). LUCI!
Criar seu atalho

4. Sistemas de metrificação

Luci Cardoso
A
autora apresenta a marcação de versos, utilizadas por gregos e latinos,
marcação São Paulo,
tradicional e latina, ambas utilizadas para dar ritmo aos versos,
embora com objetivos Leste/SP, Brazil

diferentes, posto que a marcação latina era utilizada para

marcar as falas dos atores nos Apaixonada por
literatura,
teatros gregos, enquanto a marcação tradicional
serve para recitar o poema com um
linguística e
padrão de qualidade elevado. aspectos culturais
da língua
portuguesa.
Na
marcação latina a contagem e o ritmo dos versos são definidos pelo tamanho da Visualizar meu
pronunciação das sílabas das palavras, designada por “pés” (com alguns tipos específicos: perfil completo
pé jâmbico, pé trocaico, pé espondeu, pé
dátilo e pé anaspesto ou anapéstico), já na
marcação tradicional, as
sílabas poéticas são definidas pela tonicidade de certas sílabas,
pela elisão e
pela sílaba tônica da última palavra. Nesta
última marcação, a métrica é
contada de uma a doze e os versos são nomeados da
seguinte forma: monossílabos,
dissílabos, trissílabos, tetrassílabos,
pentassílabos (ou redondilha menor),
hexassílabos (heróico ou quebrado),
heptassílabos (ou redondilha maior),
octassílabos, enassílabos, decassílabos (medida
nova), hendecassílabos,
dodecassílabos (ou
alexandrinos).

5. Versos

A
autora ocupa-se em descrever e exemplificar os diferentes tipos de versos,
separando-os em quatro tipos:

-
Versos Regulares: “são aqueles que
obedecem as regras clássicas, determinando a
posição das sílabas acentuadas em
cada tipo de verso. As rimas aparecem de modo
regular, marcando a semelhança
fônica no final de certos versos”. (p. 35)

-
Versos Brancos: Obedecem as regras métricas, porém, não possuem rimas.

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-
Versos Polimétricos: são os versos regulares de tamanhos diferentes, com
sílabas fortes
localizadas nas posições indicadas pelas regras métricas
tradicionais.

-
Versos livres: “são aqueles que não
obedecem a nenhuma regra já estabelecida, quanto
ao metro, à posição das
sílabas fortes, nem a presença ou regularidade de rimas.” (p.
37).

6. Estrofes

Segundo
a autora “estrofe é um conjunto de
versos, e após uma estrofe há uma
linha, separando-a de outra, determinando
assim cada uma, que em conjunto formarão o
poema.” (p. 38)

As
estrofes são denominadas de acordo com a quantidade de versos: dístico (dois
versos); terceto (três versos); quadra ou quarteto (quatro versos); quinteto ou
quintinha
(cinco versos); sexteto ou sextilha (seis versos); sétima ou septilha
(sete versos); oitava
(oito versos); novena (nove versos); décima (dez versos).

7. Rimas

“Rima é o nome que se

dá à repetição de sons semelhantes, ora no final de versos,
ora em posições
variadas, criando um parentesco fônico entre palavras presentes em dois
ou mais
versos” (p. 45). Existem rimas específicas:

-
Rima interna: as sonoridades semelhantes estão presentes no interior dos
versos;

-
Rima externa: as semelhanças vocálicas estão no final de cada verso;

-
Rima consoante: semelhança de sons entre vagais e consoantes;

-
Rima toante: semelhança sonora na vogal tônica das palavras;

-
Rimas cruzadas ou alternadas; emparelhadas ou interpoladas e misturadas:
utilizando
letras para facilitar a exemplificação, numa rima com esquema “ABAB”
nota-se a
alternância; já no esquema “CDDC”, as rimas DD são emparelhadas e as
rimas CC são
interpoladas; por último, as rimas misturadas seguem outro tipo de
organização.

 8. Figuras de efeito sonoro

No
presente capítulo são abordadas as seguintes figuras de sons: Aliteração
(repetição de consoantes); Assonância (repetição de vogais); Paranomásia
(repetição de
um grupo de mesmas consoantes e vogais); Anáfora (repetição de
palavras) e
Onomatopéia (imitação dos sons).

9. Poemas de forma fixa

São
poemas de forma fixa: balada; vilancete,
ode; canção; madrigal; elegia; idílio
(ou écloga, ou pastoral); rondó (ou
rondel); epitalâmio; triolé; sextina; haicai e soneto.

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Todavia, consoante a
própria autora conduz o capítulo, estudaremos o mais expressivo e
conhecido,
qual seja, o soneto.

O
soneto é a forma fixa mais apreciada pelos poetas, leitores e estudiosos
(dentre os
quais se destacaram: Camões e Shakespeare), possui 14 (quatorze)
versos decassílabos
distribuídos em dois quartetos e dois tercetos rimados em
ABBA, ABBA, CDC e DCD.

10. Níveis do poema

Os
níveis do poema são três:

-
Nível lexical: observando-se a categoria gramatical das palavras e o nível de
linguagem,
pode-se ter uma visão geral do poema e melhor interpretá-lo;

-
Nível sintático: observa-se a organização das palavras, ou seja, ocupa-se da
análise
sintática literalmente, como por exemplo: repetição de palavras
(anáfora, polissíndeto,
refrão), ordem indireta (inversão), termos ocultos
(elipse, zeuma, assíndeto),
encadeamento e outras formas de organização que
deixam o contexto do poema mais
abrangente;

-
Nível semântico: deve-se atentar para os significados das palavras e aos
sentidos de
versos e estrofes, sendo rotineira a presença de figuras de
similaridade, como por
exemplo: comparação, metáfora, alegoria, antítese e o
paradoxo, que aproximam o autor
do “eu” lírico e deixam a obra mais complexa
(como já mencionado na plurissignificação
do poema).

 11. Estabelecendo relações

Neste
capitulo a autora dá o devido desfecho a sua obra analisando o poema
“Canção”, de Cecília Meireles, no qual
se observa o esquema rítmico de 6 (seis) sílabas,
sendo as tônicas ou mais
fortes: 3 (três) e 6 (seis) – ER6 (3-6), bem como, o aspecto
sonoro, a
construção sintática e semântica.

Consoante
a própria autora afirma no livro, a análise adequada, complexa e fluente
é
fruto da leitura contínua e exaustiva, “não há receitas”, de sorte que, resta
ao leitor
exercitar sua capacidade de interpretação e aprimoramento.

Bibliografia: GOLDSYEIN, NORMA. Versos, Sons, Ritmos. Série Princípios;

Editora
Ática; 10º edição; São Paulo, 1998.

3 comentários:

Literatura e Poesias Árabes 10 de junho de 2013 16:12

ADOREI SEU BLOG, ELE IRÁ ME AJUDAR PARA A PROVA DE AMANHÃ, MUITO
BOM EU RECOMENDO.
Responder

Respostas

Luci Cardoso 12 de junho de 2013 00:22

O objetivo é contribuir com meus colegas de letras. Em breve tentarei
retomar e atualizar a página.

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