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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES / CFP


UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS / UAL
LITERATURA PORTUGUESA I
2º PERÍODO / TURNO MATUTINO / 2013.2
PROFESSORA: LÍGIA CALADO

LUCAS CÉSAR DE OLIVEIRA

FICHAMENTO DE CITAÇÃO
OBRA: VERSOS, SONS, RITMOS; AUTORA: NORMA GOLDSTEIN.

CAJAZEIRAS-PB
DEZEMBRO/2013
LUCAS CÉSAR DE OLIVEIRA

VERSOS, SONS, RITMOS.


NORMA GOLDSTEIN.

Trabalho apresentado à disciplina Teoria


da Literatura I, sob a coordenação da
Prof.ª Lígia Calado, do curso de Letras
UFCG/CFP, como requisito teórico-
metodológico adotado para cumprimento
dos objetivos e atividades estabelecidos
na disciplina.

CAJAZEIRAS-PB
DEZEMBRO/2013
GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons, ritmos. 13ª ed. – 3ª imp. – São Paulo: Editora Ática.
80p.

Página Citação Comentário

5 “[...] o poema tem uma unidade, O poema se traduz como gênero textual
fruto de características que lhe são norteado por características específicas,
próprias.” cuja finalidade específica se pauta pelo
despertar dos sentimentos, pelo provocar
de emoções.

5 “[...] o discurso literário é um O discurso literário apresenta uma


discurso específico, em que a seleção linguagem conotativa, ou seja, são usadas
e a combinação das palavras se várias figuras de linguagem nela,
fazem não apenas pela significação, possibilitando mais de uma interpretação.
mas também por outros critérios, um As escolhas de palavras também são
dos quais, o sonoro”. feitas pelo critério de sons, justamente
pelo seu caráter de oralidade.

5 “[...] o texto literário adquire certo A ambiguidade, como foi dito, é


grau de tensão ou ambiguidade, caracterizado pelos múltiplos sentidos.
produzindo mais de um sentido.” Daí a plurissignificação do texto literário.

6 “Ao analisar, é mais simples Iniciar pelos aspectos do poema que


começar pelos aspectos mais saltam os olhos ou os ouvidos, que nos
palpáveis do poema [...] é preciso chamam a atenção. Depois “juntar as
estabelecer relações entre os diversos peças” para interpretar o texto literário.
aspectos do texto para tentar
interpretá-lo”.

6 “Não há ‘receitas’ para analisar e Não há um esquema padrão, um manual


interpretar textos, nem isto seria para compreender o texto literário, pois
possível, dado o caráter particular e ela é uma arte, e como tal, tem
específico de cada criação de arte.” características próprias e particulares.

7 “A poesia te um caráter de oralidade, Que a poesia, desde a sua origem, tem o


muito importante: ela é feita para ser registo da oralidade já não é nenhuma
falada, recitada.” novidade, pois desde os primórdios
poéticos, música e canto acompanham os
poemas. Na literatura portuguesa, a
existência das cantigas e a dos
cancioneiros nos prova isso.

8 “A musicalidade (sugestão de música Como na letra da canção “A Banda” de


e ritmo) pode partir do título, Chico Buarque de Holanda, que sugere
algumas vezes.” uma festa, multidão. Daí percebemos a
ligação do título ao ritmo da canção.

9 “Além do jogo da alternância entre Sílabas fortes são as que entoamos com
sílabas fortes e fracas [...] há outros mais força na hora de ler o poema, e as
efeitos sonoros. A repetição de letras, fracas o oposto; além desse recurso que
por exemplo [...].” provoca certo ritmo no texto, há também
a repetição de letras, como a assonância
e a aliteração, conceitos na qual a autora
vai mostrar nos próximos capítulos do
livro.

10 “A anáfora é valorizada pelo eco que A anáfora é a repetição de uma palavra,


a mesma sílaba faz no interior de na mesma posição, em versos diferentes.
outras palavras [no poema de José,
de Carlos Drummond de Andrade].”

11 “O ritmo é formado pela sucessão, Como foi dito anteriormente, o recurso de


no verso, de unidades rítmicas sílabas fortes (acentuadas) e fracas (não
resultantes da alternância de sílabas acentuadas) provoca um ritmo ao poema.
acentuadas e não acentuadas [...].”

12 “A métrica [...] é exterior ao poema. É denominada métrica a medida do verso


Ao compor, o poeta vai decidir se de uma poesia. Ao estudo da medida de
vai, ou não, obedecer as leis métricas cada verso é dado o nome de
que seriam um suporte [...] de metrificação, e, à prática das contagem
apoio.” das sílabas poéticas é chamada de
escansão, que ocorre de forma auditiva,
diferente do sistema praticado na escrita
gráfica, onde impera a contagem simples
das sílabas.
13 “O ritmo, componente do poema, Um exemplo disso é que no século XIX,
[...] [tem] alguma relação com a e nos anteriores, a vida das pessoas era
época ou a situação em que é mais padronizada, calma. Neste período
produzido.” consequentemente, o ritmo era simétrico
e regular. A partir da segunda década do
século XX, a vida se tornou mais liberta
de padrões e imprevisível. E o ritmo
acompanhou esse processo: se tornou
mais solto, mais livre e menos simétrico.

14 “Escandir significa dividir o verso O poeta não conta as sílabas como impera
em sílabas poéticas.” a gramática; esta manda considerar duas
sílabas o ditongo crescente, e uma o
ditongo decrescente, ao passo que o poeta
não se prende a isso. Todo o
agrupamento de vogais, cuja pronúncia
possa se efetuar de um só impulso de voz,
o poeta pode considerar uma única sílaba,
coisa que em gramática não se dá.
Também não se contam as sílabas que
vêm depois da 'última sílaba' tônica do
verso; essa é a razão por que se diz que a
sílaba gramatical difere da sílaba poética.

16 “A partir das primeiras décadas do Com o Modernismo, podemos perceber


nosso século, o ritmo dos poemas essa diferença. É fácil perceber isso em
começa a ser cada vez mais solto e poemas de Mário de Andrade, Oswald de
distanciado das regras da métrica Andrade e outros poetas modernistas.
tradicional.”

17 “[...] não basta analisar o ritmo, Temos que “ligar” tudo para a
apenas. É preciso sempre associá-lo interpretação do poema, não atentar
aos demais aspectos do texto.” apenas para o ritmo, mas também para o
seu contexto sociocultural em que foi
produzida, por exemplo. Como já foi
dito, os poemas caracterizam um modo
de vida na época em que foi produzido,
podendo ter um caráter de historicidade.
18 “Para metrificar, ou ‘medir’ versos, A unidade de tempo seria a sílaba longa,
existe mais de um tipo de representada pelo sinal / -- /, e a sílaba
versificação. Entre os gregos e os breve corresponde à metade de uma
latinos da Antiguidade Clássica, sílaba longa / U /.
havia o sistema quantitativo:
considerava-se a alternância entre
sílabas longas e sílabas breves.”

19 “Em português, nosso sistema é o da Chamamos de sílabas métricas ou sílabas


contagem de sílabas métricas, ou poéticas cada uma das sílabas que
seja, o sistema silábico-acentual.” compõem os versos de um poema. A
contagem delas ocorre auditivamente.
Quando fazemos isso, dizemos que
estamos escandindo os versos. A partir
dessa escansão é que podemos classificá-
los.

20 “[...] a cesura [...] [é a] pausa que Ela é uma pausa de duração mínima ou
geralmente, divide o verso em partes descanso de voz no interior de um verso
ou segmentos rítmicos.” normalmente longo, como o
endecassílabo (onze sílabas) ou o
alexandrino (doze sílabas).

23 “[...] a tensão rítmica [...] resulta da Tensão rítmica é a dupla possibilidade de


dupla possibilidade de leitura. [...] À ler um poema, em relação à sílaba forte e
tensão rítmica acrescenta-se a tensão fraca; elas podem ser lidas de maneiras
semântica.” diferentes de acordo com cada um. O
interessante é que essa diferença de
leitura pode causar uma mudança no
sentido do verso e do poema.

24 “O verso de cinco sílabas, ou Na Idade Média, os poetas portugueses


pentassílabo, chama-se redondilha usavam muito nas “cantigas de amor e de
menor.” amigo”. Atualmente Cecília Meireles o
retoma, bem como aos demais versos
“curtos” (de uma a seis sílabas).
27 “O verso de sete sílabas, Ele é o verso predominante nas
heptassílabo, ou redondilha maior, é quadrinhas e canções populares. E já era
o mais simples, do ponto de vista das presente nas cantigas medievais.
leis métricas.”

29 “O verso de dez sílabas, ou Aparece nos sonetos da época e também


decassílabo, foi um dos versos nos de todas as outras épocas. Ele é um
preferidos pelos poetas clássicos do verso musical de grande efeito.
século XVI.”

32 “O verso de doze sílabas, ou Ele é menos frequente em outras épocas.


alexandrino, é um verso longo e
muito querido dos poetas clássicos e
dos parnasianos.”

33 “Tudo o que foi dito aqui [no A autora nos chama a atenção afirmando
capítulo 4] refere-se apenas aos que todas as descrições de versos se
versos regulares, aqueles que referem apenas ao regulares, aos que
obedecem às regras tradicionais de obedecem às regras clássicas
acentuação métrica. Quando os estabelecidas pela métrica.
versos não forem regulares, o ritmo é
outro [...]”.

34 “Os versos regulares [...] são os que Versos regulares são quando em um
obedecem às regras clássicas poema há o agrupamento de versos de
estabelecidas pela métrica, mesmo número de sílabas poéticas.
determinando a posição das sílabas
acentuadas em cada tipo de verso.”

34 “Quando os versos obedecem às Eles, apesar de seguirem as regras da


métricas de versificação ou métrica, não possuíam rimas. Desde o
acentuação, mas não apresentam século XVIII temos como exemplo o
rimas, chamam-se versos brancos.” poema "Uruguai" (1769) de Basílio da
Gama e no século seguinte os românticos
também o empregaram como Álvares de
Azevedo e Fagundes Varela.
36 “[Polimétricos] Esse é o nome que se Versos polimétricos, poli = muito metro
dá a um conjunto de versos regulares = tamanho, são um conjunto de versos
de tamanhos diferentes.” que variam de tamanho, isto é, variam as
sílabas poéticas; todavia nunca mudando
as sílabas fortes já definidas nas regras
tradicionais. Assim como as rimas devem
- com mais ou menos rigidez - seguir as
regras clássicas.

36,37 “Os versos livres não obedecem a Esse tipo de verso vem sendo muito
nenhuma regra pré-estabelecida usado a partir da segunda década do
quanto ao metro, à posição das século XX, com o Modernismo. Neste
sílabas fortes, nem à presença ou tipo de poema, cada verso pode ser de
regularidade de rimas.” tamanho diferente, a sílaba acentuada não
é fixa, variando conforme a leitura que se
fizer.

37 “O verso livre é muito mais difícil Pode parecer o contrário, mas é verdade,
que o regular, embora possa dar a pois neste verso, como diz Manuel
impressão contrária [...].” Bandeira em “Poesia e verso”, o poeta
tem que criar seu ritmo sem auxílio de
fora, ou seja, ele precisará de muito mais
criatividade.

38 “A diferença entre os tipos de verso A autora nos dá essa observação


[regulares e livres] é somente de relatando que há vários poemas em
estrutura, e não de qualidade.” versos regulares belíssimos, como
também em versos livres.

39 “Estrofe é o conjunto de versos. Uma Ela é definida, na poesia moderna, como


linha em branco vem antes, e outra, cada uma das seções que constituem um
depois da estrofe, separando-a das poema, ou seja, cada agrupamento de
demais partes do poema e marcando versos, rimados ou não, com unidade de
a sua unidade.” conteúdo e de ritmo. Na mancha do
poema, aparecem separadas por espaços
em branco. Tal configuração retrata a
pausa rítmica e lógica.
40 “Após a liberação rítmica Antes as estrofes predominantes eram os
modernista, as composições em tercetos (três versos), os quartetos (quatro
verso passaram a apresentar todo o versos), as quintilhas (cinco versos), as
tipo de estrofe e verso.” sextilhas (seis versos), as oitavas (oito
versos) e as décimas (dez versos).

40 “Às vezes, um grupo de versos de Ele facilita a memorização nas canções.


repete ao longo do poema. Trata-se O mesmo tem um papel importantíssimo
do refrão.” em todas as épocas.

43 “Quadrinha é o poema de quatro É muito usado por Carlos Drummond de


versos que, geralmente, desenvolve Andrade.
um conceito relativo à filosofia
popular.”

44 “Rima é nome que se dá à repetição Elas podem se classificar em rima interna


de sons semelhantes, ora no final de e externa: interna quando puder haver
versos diferentes, ora no interior do rima entre a palavra final de um verso e
mesmo verso, ora em posições outra no interior do verso seguinte; e
variadas, criando um parentesco externa quando ocorre a semelhança de
fônico entre palavras presentes em sons no final de versos diferentes. Além
dois ou mais versos.” disso, podem ser também dividas em
rima consoante e toante: consoante
quando apresenta semelhança de
consoantes e vogais; e toante quando só
apresenta semelhança na vogal tônica.

46 “Conforme o modo como as se rimas Cruzadas: ABAB; Emparelhadas: AA;


distribuem ao longo do poema, elas Interpoladas: ABBA; Misturadas: Se as
podem ser cruzadas (ou alternadas), rimas tiverem outro tipo de organização.
emparelhadas, interpoladas ou
misturadas.”

47 “Quanto à posição do acento tônico, Rimas como (“paixÃO” / ”vÃO”) são


a rima coincide com a palavra final agudas (oxítonas), (“curiosidADE” /
do verso: rimas agudas, formadas por “irrealidADE”) são graves (paroxítonas),
palavras agudas ou oxítonas; rimas e (“dardÂNICO” / “titÂNICO”) são
graves, formadas por palavras graves
ou paroxítonas; rimas esdrúxulas, exdrúxulas (proparoxítonas).
formadas por palavras esdrúxulas ou
proparoxítonas.”

47 “São dois os modos de conceituar Gramaticalmente falando, a rima pobre


rima rica e rima pobre: o primeiro acontece entre palavras da mesma
critério é gramatical; o segundo, categoria gramatical. E a rima rica se dá
fônico.” entre os termos que pertencem a
diferentes categorias. Em relação ao
critério fônico, ela é pobre ou rica em
relação aos sons que se assemelham; na
rima pobre, se igualam as letras a partir
da vogal tônica; na rica, a identificação
começa antes da vogal tônica.

50 “Aliteração é a repetição da mesma Vejamos um exemplo: “O Rato Roeu a


consoante ao longo do poema.” Roupa do Rei da Rússia”. Podemos
perceber a repetição da consoante “R”
nesta frase.

51 “Assonância é o nome que se dá à Vejamos um exemplo: “JOãO fOi para


repetição da mesma vogal no Os EstadOs UnidOs”. Podemos perceber
poema.” a assonância em “O” nesta frase.

52 “A repetição de palavras é um Vejamos um exemplo de anáfora, ou


recurso muito frequente. Quando repetição de palavras:
acontece na mesma posição (início,
meio ou final de vários versos), “Amor é fogo que arde sem se ver.
recebe o nome de anáfora.” É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.”

Neste famoso soneto de Camões, a


repetição da forma verbal "É", no início
de cada verso, permite facilmente
identificar a série de definições com que
o poeta procura exprimir o carácter
contraditório do amor.

“Chama-se onomatopeia a figura em


54 que o som da letra que se repete Vejamos um exemplo de onomatopeia:
lembra o som do objeto nomeado.”
“E era tudo silêncio na saleta de costura;
não se ouvia mais que o plic-plic-plic-
plic da agulha no pano.”
(Machado de Assis).

55 “Algumas composições em verso Como o soneto, que é um poema de


têm um padrão fixo determinante de forma fixa.
sua estrutura.”

57 “O poema de forma fixa mais O soneto é composto de dois quartetos e


encontrado [...] é o soneto.” dois tercetos e apresenta, geralmente,
versos de dez a doze sílabas. Ele costuma
conter uma reflexão sobre um tema
ligado à vida humana.

60 “[...] a linguagem coloquial é mais Esses níveis de linguagem referem-se ao


frequente nos poemas modernos. nível lexical, a seleção de palavras que se
Mas também há poemas modernos escolhe para compor o poema.
em linguagem culta, assim como
poemas tradicionais compostos em
linguagem simples.”

63 “Encadeamento, cavalgamento [...] é Encadeamento ou cavalgamento é


a construção sintática especial que quando um verso continua no seguinte.
liga um verso ao seguinte, para Vejamos um exemplo nos dois versos
completar o seu sentido.” iniciais do canto IV do poema "Minh'
alma é triste" de Casimiro de Abreu:

Minh' alma é triste como o grito agudo


Das arapongas no sertão deserto.

64 “As figuras sonoras, a organização Trata-se aqui o nível semântico.


sintática, o vocabulário, o emprego
das categorias gramaticais só podem
ser analisados tendo-se em vista o
sentido global do texto.”
64 “Comparação [...] é uma figura [de Vejamos um exemplo de comparação:
similaridade] que aproxima dois
termos através da locução conjuntiva “É que teu riso penetra n'alma
‘como’, ‘assim como’, ‘tal’ [...] e Como a harmonia de uma orquestra
outras do mesmo tipo.” santa.” (Castro Alves).

64, 65 “Metáfora [...] [é] como uma Vejamos um exemplo de metáfora:


comparação abreviada, ou seja, da
qual se retirou a expressão ‘como’ ou “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
similar”. (Fernando Pessoa).

65 “Alegoria [...] é conceituada como Um exemplo pode ser extraído do ditado


uma sequência de metáforas, popular: "Água mole em pedra dura,
associando e aproximando tanto bate até que fura”.
elementos, que, normalmente, não
teriam nenhum parentesco”.

65 “Sinestesia: é o recurso que sugere Lendo este trecho de Mario de Andrade


associação de diferentes impressões percebemos a sinestesia, mistura de
sensoriais, ou seja, sugestões ligadas sentidos:
aos cinco sentidos: visão, tato,
audição, olfato, paladar.” “Esta chuvinha de água viva esperneando
luz e ainda com gosto de mato longe,
meio baunilha, meio manacá, meio
alfazema”.

66 “Metonímia: [figura de contiguidade] Vejamos um exemplo de metonímia, que


é o emprego de um termo por outro, é a substituição de um nome por outro em
numa relação de ordem: causa ou virtude de haver entre eles algum
efeito; sinal pela coisa significada; relacionamento. Autor pela obra: “Ler
continente pelo conteúdo [...].” Jorge Amado”. O continente pelo
conteúdo: “Bebi dois copos de leite.”
(Copo está por leite). O lugar pela coisa
ou pelo produto: “Ir ao correio.” (Correio
está para o edifício, onde funciona o
serviço do correio).

“Sinédoque: [figura de contiguidade]


66 emprego de uma palavra por oura, Vejamos exemplos de sinédoque:
numa relação de compreensão: parte
pelo todo; singular pelo plural [...].” “As chaminés forjam a grandeza de São
Paulo.” (a parte: chaminé, pelo todo:
fábrica).
“O homem é mortal (a espécie pelo
gênero).”

66 “Antítese: [figura de oposição] Podemos perceber um exemplo de


consiste na aproximação de ideias antítese em Camões: “[...] é ferida que
contrárias.” dói, e não se sente [...]”. A primeira parte
do poema se opõe à segunda.

67 “Ao concluir e interpretar, deve-se Norma Goldstein a todo o momento nos


ter em mente que geralmente um chamou a atenção para isso. Temos que
poema está enquadrado numa visão saber que o poema tem sua unidade.
de mundo, a do poeta; e que reflete,
direta ou indiretamente, um contexto
histórico-social.”

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