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LITERATURA
AULA 4
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que você desejar estudar. Sendo assim, a disciplina apresenta as seguintes
etapas:
1. Contextualizando;
2. Algumas formas fixas da lírica;
3. O eu lírico;
4. O processo de escansão;
5. Figuras de sonoridade, pensamento e contiguidade;
TEMA 1 – CONTEXTUALIZANDO
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musical. Tratava-se, pois, de uma espécie de harpa, confeccionada, muitas
vezes, a partir de chifres de bode. Suas cordas provinham de tendões ou tripas
de animais, tais como bois e carneiros. Na Figura 1, é possível observar uma
ilustração que retrata o deus Dionísio tocando a lira:
Fonte: Eroshka/Shutterstock.
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assim, do ponto de vista do modo de apreensão/apreciação, a lírica
grega arcaica era transmitida de uma maneira completamente diversa
do modo como a poesia é publicizada hoje em dia, através da leitura
geralmente silenciosa de um texto.
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por uma perspectiva desenvolvida no Romantismo, em que a interioridade e a
subjetividade se fundamentam como os grandes eixos discursivos:
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nosso envolvimento enquanto leitor, apresentando como única exigência a
nossa paciência para frui-lo sem pressa; a segunda, para nos fazer pensar que
a poesia não está limitada à temática amorosa, sendo um gênero aberto para
expressar diferentes sentimentos com base no eu lírico (da voz do poema). Com
o auxílio da ótica das diferentes contribuições de pesquisadores dos estudos
literários, é possível vislumbrar como o gênero lírico foi também escolhido como
manifestação para versar a respeito da angústia do homem moderno, dos
silêncios impostos por tempos de ditadura, de temas frívolos e rotineiros e, claro,
até mesmo dos limites da própria literatura (bastaríamos pensar nos projetos
poéticos de Charles Baudelaire, Carlos Drummond de Andrade, Ana Cristina
César, Oswald de Andrade etc.).
2.1 Soneto
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Ao dia do juízo
2.2 Rondó
2.3 Epigrama
2.4 Elegia
2.5 Ode
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celebração, a ode é escrita para ser cantada em coro e acompanhada por uma
música. Quanto à estrutura, as estrofes são simétricas.
2.6 Haicai
TEMA 3 – O EU LÍRICO
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Quando escrevemos uma carta de amor para nos declararmos a
alguém, estamos expressando um sentimento pessoal, íntimo, que só
diz respeito a nós mesmos e à pessoa a quem se dirige a carta. Já
quando se escreve um poema de amor, no entanto, a voz que fala no
poema atinge a coletividade, não se limitando a expressar algo pessoal
e singular.
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alta e se ouvir. A escansão está diretamente ligada com a identificação e a
separação das sílabas poéticas, que não são o mesmo que as sílabas que
aprendemos em nosso momento de alfabetização. Para pensar em sílabas
poéticas, é preciso observar cada palavra do ponto de vista de sua sonoridade,
levando em consideração que, por conta da leitura, podemos justapor duas
sílabas em uma, por exemplo. Além disso, na metrificação de um verso, só
contamos até a última sílaba tônica, dispensando as demais sílabas que,
porventura, possam fazer parte da última palavra.
Para que fique claro o processo de escansão, propomos a retomada do
poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Luís de Camões, citado no início
desta aula:
/A/ mor / é / fo/ go/ que ar / de / sem/ se/ ver; 10 sílabas poéticas
/É/ fe/ ri/ da/ que/ dói/ e/ não/ se/ sen/te; 10 sílabas poéticas
/É/ um/ con/ ten/ ta/ men/ to/ des/ con/ten/te; 10 sílabas poéticas
/É/ dor/ que/ de/sa/ti/na/ sem/ do/er; 10 sílabas poéticas
/É/ um/ não/ que/rer/ mais/ que/ bem/ que/rer; 10 sílabas poéticas
/É/ so/li/tá/rio an/dar/ por/ en/tre a /gen/te; 10 sílabas poéticas
/É/ nun/ca/ con/ten/tar/-se/ de/ con/ten/te; 10 sílabas poéticas
/É/ cui/dar/ que/ se/ ga/nha em/ se/ per/der; 10 sílabas poéticas
Ainda sobre o que diz respeito aos versos, é fundamental saber que esses
podem ser classificados em regulares, brancos, polimétricos e livres. Versos
regulares, como é possível inferir, são aqueles que seguem uma regularidade,
um padrão métrico; os brancos são aqueles que não apresentam rimas comuns
entre si, ainda que uma métrica possa existir; os polimétricos representam os
casos em que há métricas distintas para formar um padrão melódico específico;
por último, os livres fazem alusão à liberdade, ao fato de não existir qualquer
padrão métrico (no Modernismo brasileiro, trata-se, inclusive, de um dos
parâmetros adotados para decretar a identidade de uma escola aberta à
inovação e avessa aos paradigmas anteriores).
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atendendo a um interesse específico de cada eu lírico. Neste encontro, estão
destacadas a seguir algumas das figuras de linguagem fundamentais e que
poderão ser vislumbradas por você em futuras leituras críticas:
5.1 Aliteração
5.2 Assonância
5.3 Antítese
5.4 Anáfora
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5.5 Hipérbole
5.6 Hipérbato
5.7 Sinestesia
5.8 Metáfora
5.9 Metonímia
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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ROCHA, R. Lírica grega arcaica e lírica moderna: uma comparação.
Philia&Filia, Porto Alegre, v. 3, n. 2, jul./dez. p.84-97, 2012.
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