Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução............................................................................................................................... 4
1. POÉTICA......................................................................................................................... 5
2. POEMA............................................................................................................................ 5
2.1. Análise do Poema........................................................................................................ 6
2.2. Nível Fónico................................................................................................................. 6
2.3. Versificação..................................................................................................................6
2.3.1. Rimas....................................................................................................................... 7
2.3.2. Figuras Rítmicas.......................................................................................................7
2.4. Nível Lexical................................................................................................................. 7
2.5. Nível Sintáctico.............................................................................................................7
2.6. Nível Semântico...........................................................................................................7
2.7. Aspecto Formal............................................................................................................ 8
2.8. Ideias e Concepções....................................................................................................8
3. PROSA POÉTICA............................................................................................................ 9
3.1. Prosa Narrativa............................................................................................................9
3.2. Prosa Demonstrativa....................................................................................................9
4. Prosa Poética: Café da Manhã........................................................................................9
4.1. Aspecto formal........................................................................................................... 10
4.2. Análise do Conteúdo..................................................................................................10
Conclusão............................................................................................................................. 12
Referências Bibliográficas.....................................................................................................13
3
Introdução
A prosa e o verso, são, assim, os dois meios de expressão literária da poesia; na
prosa e no verso, o fundo e a forma constituem a mais completa, a mais indestrutível
unidade. Todas as velhas antíteses que opunham o assunto ao poema, a substância
à forma, o pensamento e a expressão, revelaram-se falsas antíteses, na medida em
que deixam de ser simples artifício de estudo para se transformarem em oposições
essenciais (Tavares,1967; Martins,1954).
A poesia não é só fundo, nem só forma; não é apenas substância, nem somente
expressão, não se faz exclusivamente com palavras, nem unicamente com ideias,
ela é fundo e forma, substância e expressão, palavras e ideias, essencial e não
acidental em sua finalidade artística (Martins, 1954), todavia são as intenções
embora ténue, que alimentam as distinções entre a poesia e a prosa, porque o
poema em prosa pode conter, eventualmente, poesia (raramente) e porque o poema
em versos pode ser completamente prosaico.
4
1. POÉTICA
Antes de avançar-se para o estudo de qualquer género manifesto, importa
compreender a disciplina responsável por esta empreitada, a poética. Nas palavras
de Tavares (1967), no sentido amplo é a disciplina que estuda a poesia mediante
ensaios estéticos e filológicos, ou seja, no sentido estrito busca estabelecer um
conjunto de preceitos versificatório e estudos formais dos poemas (Poemática).
Quer o poema ou a prosa são objecto de estudo da poética, posto que esta última é
uma variante da primeira, isto é, poesia não se opõe à prosa como meio de
expressão, mas a rejeita indubitavelmente no seu espírito, na sua finalidade como
arte (Martins,1954).
Assim, poema é toda obra escrita para provocar o prazer poético, quer se trate de
um poema em versos (sentido ordinário da palavra poema), ou de um poema em
prosa (que também podemos denominar de prosa, ou melhor ainda, de prosa
poética).
2. POEMA
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
5
E em mim converte em choro o doce canto.
Mu-dam-seos-tem-pos, mu-dam-seas-von-ta-[des]
Mu-da-seo-ser-mu-da-sea-con-fia-nça:
To-doo-mun-doé-com-pos-to-de-mu-dan-[ça]
To-man-do sem-pre-no-vas-qua-li-da-[des]
6
2.3. Versificação
Os versos do poema em alusão são regulares (acentuação e rimas) e polimetricos
(acentuação, tamanho e rimas). Assim, a primeira e segunda estrofes são quadras
(quatro linhas) e a terceira e quarta estrofes são tercetos (três linhas). Com alguma
variação entre decassílabo (dez sílabas métricas) e hendecassílabo (onze sílabas
métricas).
2.3.1. Rimas
As duas quadras rimam de forma interpolada, obedecendo o seguinte esquema
rimatico: ABBA. As rimas das quadras são pobres (as palavras em rima são de
categorias gramaticais diferentes).
7
Que não se muda já como soía
Antítese: oposição de ideias dentro de uma estrofe, o que faz referencia a alguma
ambiguidade semântica das ideias expostas. Exemplo:
8
Deste modo, o poema em análise trata-se de um soneto italiano, o supra-sumo da
poesia, pela sua forma clássica e refinada, neste caso composto de duas quadras e
dois tercetos. Normalmente de versos eneassílabos até dodecassílabos ou
alexandrinos.
9
3. PROSA POÉTICA
São textos que narram alguma coisa, ou seja, possuem personagens, ambientação
das acções Assim, a prosa narrativa apresenta duas categorias: a histórica,
que pretende narrar fatos e eventos com base em relatos historiográficos. E
a ficcional, que cria personagens e um universo próprio.
A prosa literária é classificada como textos narrativos ficcionais. Por
exemplo: romances, contos, crónicas, novelas. Assim, a prosa narrativa histórica
também é chamado prosa não literária.
Lá se vão os anos, e a vida ganha uma camada de permanência que contrasta com
a impaciência de certas vontades que não se cala. Este extracto deixa transparecer
uma ansiedade latente, em consonância com as cortinas agitadas. A inquietude,
porém, acaba submetida às sentinelas solitárias e à companhia do pão, do café e do
leite – novamente o sujeito submetido às amarras da rotina. Na intimidade do
homem maduro, curvado diante das evidências, ressoa uma recomendação
silenciosa: “ – Sossega coração”.
11
Ao final, a paisagem imóvel que ele vê, fora da casa, acaba por predominar e selar a
situação, emoldurando-a num sentimento de impotência e condicionamento.
A paisagem não se move, o mar contrasta com a cidade... Nada mais resta ao olhar
senão declinar-se sobre a linha dos prédios e o maciço das montanhas.
Nenhum sinal de vento, nenhum transeunte ou nada que lembre uma “força moral
pesada como a tempestade”.
Todos esses sentimentos, no entanto, surgiram a partir do apelo presente nas coisas
da mesa, da sala e das lonjuras. É sobre elas que o sujeito se inclina e abre espaço
de reflexão. Já a partir do início, com a expressão “lá se vão os anos”, fica
evidenciado o carácter intimista do texto, claramente associado a um balanço de
vida.
Mas nem sempre os objectos ou fatos observados serão fonte de percepções tão
nítidas como as registadas pelo sujeito, ou seja, o pendor reflexivo desdobra-se num
leque de muitas faces, podendo mesmo prescindir da centralidade do sujeito lírico,
articulando um ponto de vista que se entremostra oculto sob um fluxo de frases
impessoais.
12
Conclusão
Quer o poema quanto a prosa são manifestações literárias no estrito sensu, todavia
reina um conflito permanente sobre as linhas que separam uma da outra, mas esta
deve ser feita entre o verso e a prosa, e não poesia e prosa como erradamente ter m
sido recorrente, uma vez que quer o verso e a prosa são duas formas semelhantes
de expressão literária e não se distinguem entre si a não ser por aspectos
secundários (Martins, 1954; Paixão, 2012).
13
Referências Bibliográficas
Bandeira, M. (1960). A versificação em língua portuguesa. Recuperado de
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4235766/mod_resource/content/1/
Manuel%20Bandeira.%20A%20versificação%20em%20língua
%20portuguesa.pdf.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo, Brasil:
Editora Atlas, S. A.
Marconi, M. A. De & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica
(5ª ed.). São Paulo, Brasil: Editora Atlas, S. A.
Martins, W. (1954). Poesia e prosa: distinção histórico dessa distinção. Recuperado
de https://www. https://revistas.ufpr.br.
Ourique, J. L. P. (s. d). Introdução aos estudos literários. Recuperado de
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/17120/Curso_Let-Esp-
Lit_Introducao-Estudos-Literários.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Paixão, F. (2012). Poema em prosa: poética da pequena reflexão. ESTUDOS
AVANÇADOS, 26 (76), 273- 285. Recuperado de
https://www.scielo.br/j/ea/a/t9d8DRjxVmR7c6yxs3HhLKt/?format=pdf&lang=pt.
Tavares, H. (1967). Teoria Literária. São Paulo, Brasil: Editora Bernardo Álvares S.
A.
_____________________(s. d). Roteiro de análise de poemas: normas Goldenstein,
versos, sons e ritmo. Recuperado de https://www.
https://letrasufpr.files.wordpress.com/2016/08/goldstein-norma.pdf.
14