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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CAMPUS IV


CURSO DE LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS
Componente curricular: Estudos Teóricos do Texto Literário
Docente: Adriano Menezes
Discente: Camila Jordão Sampaio

Fichamento de Citação

PROENÇA FILHO, Domício. Características do discurso literário. In: Proença Filho,


Domício. A linguagem literária. 8.ed São Paulo: Ática, 2007. P. 41-79.

Leitura e especificidade.
“[…] Se literatura é uma arte, Nessa condição ela é um meio de comunicação de tipo
especial e envolve uma linguagem também especial parece também especial […]”
“[…] identificar, entretanto, certos peculiares do discurso literário tem sido possível; O
que ainda não conseguiu definir, mesmo a luz desses traços, É o índice da chamada
literariedade, busca mobilizadora sobretudo da crítica formalista e estruturalista.[…]”
p.41.
Complexidade.
“[…] O discurso da literatura se caracteriza por sua complexidade. Há um
relacionamento imediato com o referente; Caracteriza-se, na maioria dos casos, a
significação singular dos signos, como vimos na frase-exemplo “Uma flor nasceu no
chão da minha rua.” Já o que dependemos do texto literário ultrapassa, como já foi
assinalado, os limites da simples reprodução. […]”p.42.
Multissignificação.
“[…]A multissignificação ou polissemia não é marca exclusiva do texto de literatura.
Pode configurar-se em qualquer outra manifestação verbal. As diferentes interpretações
das leis, por exemplo, que frequentam o discurso jurídico o evidenciam. No texto não-
literário a ambiguidade dela decorrente prende-se necessariamente "a uma preocupação
de imediata e utilitária funcionalidade […]”. P.43
Predomínio da conotação.
“[…]” A linguagem literária é eminentemente conotativa. O texto literário resulta de
uma criação, feita de palavras. E do arranjo especial das palavras nessa modalidade de
discurso que emerge o sentido múltiplo que a caracteriza.[…]”.p.45
Liberdade na criação.
“[…]A literatura se abre, então, plenamente, à criatividade do artista. Em seu
percurso, ela envolve a constante invenção de novos meios de expressão ou uma
nova utilização dos recursos vigentes em determinada época. Mesmo nos momentos
em que a obediência a determinados princípios pareceu regular os procedimentos
literários, a literatura, por sua própria natureza, levou à abertura de caminhos
renovadores.[…]”. P.46
Ênfase no significante.
“[…] texto literário tem o seu sentido apoiado no significado e no significante, com
especial relevo concedido a este último […]”. P.47
Viarabilidade.
“[…]A literatura traz a marca de uma variabilidade específica, seja em relação aos
discursos individuais, seja em termos de representatividade cultural. E não nos
esqueçamos de que, na base da literatura, está a permanente invenção. “[…]” p.50.
As visões da narrativa.
“[…] Segundo os moldes consagrados pela tradição, a narração pode ser
conduzida por um narrador não participante ou por um personagem que convive com os
outros na história narrada. Isso nos leva ao modo como esta última se apresenta e se
constrói: o ângulo de visão, ponto de vista, foco ou enfoque narrativo, também
conhecidos como visão da narrativa.[…]”.P 51.
A ação.
“[…]A narrativa, que integra ação e narração, caracteriza uma sequência, simples ou
complexa, de conflitos ou tensões que se resolvem ou não. A ação se situa, assim, no
nível da trama, intriga ou enredo, que envolve oque ocorre com os personagens, o
conjunto de seus atos ou reações. […]” p 56.
O tratamento do tempo.
“[…]A literatura moderna busca exprimir não apenas a irreversibilidade do tempo que
se escoa mas ainda uma distância interior, um tempo subjetivo […]”. P.58
O ambiente.
“[…] Também chamado meio, localização, envolve as
condições materiais
ou espirituais em que se movimentam os personagens e se desenrolam os
acontecimentos.[…]”. P.59
O estilo.
“[…] se percebe que, no caso do texto literário, se vincula a uma organização
específica: o estilo, no caso, passa a integrar um objeto estético e assume dimensão
relevante nesse âmbito.
O mais se situa no espaço de muitos problemas ainda não resolvidos plenamente na área
dos estudos da linguagem e da literatura. […]” p.59
Manifestações em verso.
“[…]Por verso entende-se, tradicionalmente, como registra Mattoso Câmara, "a frase
ou o segmento frasal em que há um ritmo nítido e sistemático".
Se nos limitarmos apenas à área fônica, podemos dizer, como Todorov, que um verso é
formado por uma sequência métrica de sílabas.[…]” p.63
O metro.
“[…]O metro apóia-se na repetição de três fatos linguísticos: a sílaba, o
acento, a quantidade.[…]” p.63
A rima.
“[…]rima é outro elemento que contribui para o ritmo do verso.
Rima é a coincidência de fonemas em determinados lugares do verso.
Tradicionalmente essa coincidência se dá no final do verso, mas pode aparecer também
no meio ou no início.[…]”p.67
As forma físicas.
“[…] No âmbito das formas fixas chama-se estrofe a sucessão de dois ou mais versos.
Tais formas resultam da combinação de estrofes, que nos levam a exemplos como o
soneto, a balada, a lira etc.[…]” p.69
Versos, prosas e gêneros literários. “[…] As manifestações em verso envolvem
dimensões líricas, épicas e dramáticas, no sentido que lhes confere o crítico Emil
Staiger. Já o
romance, a novela e o conto são manifestações literárias em que predomina o épico. Essa
lembrança nos leva a um
dos mais complexos problemas da teoria literária, objeto de controvérsias e múltiplas
interpretações: os gêneros literários. […]” p.70
Intertextualidade.
“[…] As palavras de um enunciado estariam assim carregadas de significação vinculada
a inúmeros contextos vividos, e toda comunicação envolveria a interação de um falante,
um destinatário e um "personagem" (de que se fala), envoltos por um horizonte comum
que possibilita a compreensão dos elementos ditos e não-ditos.[…]” p.75
Fechamento.
“[…]O texto literário se caracterizaria por um começo, um meio e um fim. Seria,
portanto, marcado por um fecho. A questão, porém, é outra, longe de ser pacífica.[…]”
p.78

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