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Curso: Geografia
Disciplina: Evolução ao Pensamento
Geográfico
Ano de frequência: 1º ano
Introdução
o presente trabalho de pesquisa tem como tema as fases de evolução da geografia. Portanto,
ao longo dos séculos a geografia passou por grandes e importantes transformações,
certamente acompanhando as mudanças ocorridas na sociedade e objectivando suprir os
anseios desta ciência, ao longo dos anos. No entanto cada escola contribuiu de alguma forma
para o desenvolvimento desta ciência, procurando estabelecer novas explicações e parâmetros
para compreender a sociedade e suas relações, também mutantes.
Sendo assim, o principal foco de estudo deste trabalho é a análise das influências da evolução
do pensamento geográfico no desenvolvimento da geografia no intuito de compreender qual
linha do pensamento geográfico os autores de cada época seguiram na construção dos marcos
geográficos, que por sua vez influenciaram e influenciam os alunos e professores que os tem
como apoio.
1.1. Objectivos:
1.1.1. Geral:
Analisar a Evolução da Geografia Enquanto Ciência
1.1.2. Específicos
Descrever os passos da evolução da geografia enquanto ciência;
Caracterizar as grandes correntes geográficas.
1.2. Metodologias
A ciência geográfica era realizada desde o surgimento do ser humano ao formar afinidades
com a natureza com estratégias de sobrevivência e coordenação como povos nómades,
navegadores e agricultores.
As influências de La Blache nas pesquisas desta ciência foram bastante marcantes: seus
seguidores limitaram pequenas áreas de trabalho – regiões – focando na descrição dos
aspectos físicos, sobrepondo os humanos e económicos. Fortalecendo o regionalismo na
geografia, conciliando o físico e o homem. Entretanto, pode-se dizer que “Na realidade não
havia uma integração, mas apenas uma justaposição” (Andrade, 1987 p. 70).
Neste mesmo período, devido às divergências técnicas e conceituais entre a geografia geral e
geografia regional, resultou na fragmentação da geografia. A geografia geral e a geografia
regional objectivavam estudar a distribuição dos fenómenos na superfície da terra.
A geografia crítica analisa e trabalha a região, de modo bem diferente nas escolas geográficas
que a antecedem, rompendo com o naturalismo da geografia clássica. “Na realidade, por todos
os impasses conceituais e metodológicos da dimensão regional dos fenómenos, a região
deixou de ser um problema para uma parte importante da comunidade geográfica” (Castro,
1993 apud Castro, 2002, s.p.).
O modo de produção também exerce influência nas relações sociais de toda humanidade,
alterando a noção de espaço socialmente produzido. “O espaço social é muito mais que o
conjunto dos habitats, graças ao novo tipo de relação cujo âmbito ultrapassou o das
comunidades isoladas, e mesmo dos países, para tornar-se mundial” (Santos, 1996, p.169).
A denominação geografia humanista se deve ao fato dos geógrafos que seguem esta
perspectiva estudarem os sentimentos, valores, significados e propósitos do homem com o
espaço em que vive. Já o lugar é caracterizado como aquele em que o sujeito se familiariza e
integra, ele faz parte do seu mundo e relaciona-se com as afinidades afectivas que a pessoa
possui pelo lugar.
O século XIX foi particularmente rico em transformações políticas e sociais que tiveram
impacto no domínio do pensamento em geral e da Geografia em particular. Entre esses
factores, há a destacar o ambiente económico da época em especial a, Revolução Industrial na
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Europa, cujo impacto pode ser resumido no seguinte: Considerável evolução da sociedade e
da curiosidade científica e intelectual, que estimularam o debate sobre a diferenciação do
espaço e o estudo da relação Homem-Meio.
Todas essas premissas criaram condições para uma nova abordagem da Geografia apoiada por
ciências naturais e sociais, incidindo na perspectiva ecológica e corológica da Geografia. As
principais correntes são: Corrente determinista geográfico, Corrente possibilista geográfico e
Corrente corológica.
A corrente determinista também conhecida por determinismo geográfico, foi fundada por
Frederich Ratzel (1844-1904) pertencente à escola alemã. Os trabalhos de F. Ratzel marcaram
o início de um debate de ideias sobre a Geografia, mais tarde seguidas pela escola francesa,
americana, Círculo de Viena e um pouco por todo lado. De acordo com esta teoria, o objecto
de estudo é o Homem-Meio, numa relação unívoca, por isso acredita-se na submissão do
Homem às leis da Natureza.
O possibilismo nasceu na França, no final do século XIX e início do século XX, com o
pensador Paul Vidal de La Blache. Para ele, o homem (sociedade) consegue adaptar o meio
pela técnica, pelo trabalho. La Blache dedicou-se à ideia de gênero de vida, com base na
relação entre sociedade e espaço. Neste, o ser humano não é um produto do meio, mas, sim, o
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contrário, uma vez que, pela técnica, com o advento das revoluções tecnológicas, o ser
humano consegue transformar o espaço, adaptando o relevo, adaptando-se ao clima,
transformando cursos dos rios, construindo hidrelétricas, por exemplo.
Por outro lado, critica-se no Possibilismo o facto de prestar mais atenção à análise das zonas
rurais em detrimento das cidades numa altura em que a cidade já era o Pólo de
desenvolvimento da humanidade.
As origens desta corrente remontam antiguidade, mas foram revigoradas por Kant no século
XVIII, ao acentuar o carácter regional, descritivo e ideográfico da Geografia e tem Alfred
Hettner seu fundador.
Diante desta realidade, muitos países europeus colocaram o Estado na direcção das
economias, impondo o que se chamou capitalismo monopolista do Estado. O
desenvolvimento implicaria uma nova divisão do trabalho, tornando-se imprescindível uma
planificação regional e urbana.
Havendo situações de crise na Europa e na América era preciso encontrar soluções vindas das
ciências sociais e em particular da Geografia. Entre os principais suportes filosóficos da
corrente corológica podem-se apontar o Neopositivismo ou Positivismo Lógico do Círculo de
Viena, o Existencialismo e a Fenomenologia.
Segundo Wilson (2017), com base nas ideias das referidas ciências, a Geografia passou a ser
uma ciência unificada, recorrendo às ciências exactas e à Lógica. Mais ainda, procura uma
linguagem comum, um raciocínio lógico, nega a divisão das ciências geográficas, dá muita
importância à probabilidade e procura formas de expressão com outras ciências,
particularmente o uso da linguagem Matemática e Estatística, servindo-se da Informática e da
Cibernética.
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4. Conclusão
5. Referências Bibliográfica
Santos, M. (1996) Por uma Geografia Nova: Da Crítica da Geografia a uma Geografia
Crítica. 4 ed. São Paulo: Hucitec.