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INSTITUTO DE ENSINO A DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSOS DE QUELIMANE

A Cartografia Digital e o seu contributo na área da cartografia


Eva Daniel Macario
Código:708214567

Licenciatura em Ensino de
Geografia
2022

Cartografia
Turma Q
2º Ano

Quelimane
Setembro de 2022
INSTITUTO DE ENSINO A DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSOS DE QUELIMANE

A Cartografia Digital e o seu contributo na área da cartografia


Eva Daniel Macario
Código:708214567

Trabalho de carácter avaliativo a


ser entregue ao instituto de ensino
a distância no Centro de recursos
de Quelimane, na cadeira de
Cartografia, lecionada pelo tutor:

PhD. Trindade Filipe Chapare

Quelimane
Setembro de 2022
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Categorias Indicadores Padrões Classificação

Nota
Pontuação do
máxima
tutor Subtotal

Aspectos Capa 0.5


organizacionais
Índice 0.5

Introdução 0.5
Estrutura
Discussão 0.5

Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Conteúdo Introdução Contextualização (Indicação 1.0


clara do problema)
Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objectivo do trabalho
Análise e Discussão Articulação e domínio do 2.0
discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência ∕coesão textual)
Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo
Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos 2.0


práticos

Aspectos Gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho 1.0


de letras, parágrafos,
espaçamento entre linhas
Referências Normas APA 6ᵃ Rigor e coerência das 4.0
citações ∕ referências
Bibliográficas edição em citações e
bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria

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Índice
1. Introdução ..................................................................................................................... 2

2. Objectivos ..................................................................................................................... 3

2.1. Objectivo geral ....................................................................................................... 3

2.2. Objectivos específicos ........................................................................................... 3

3. Metodologia .................................................................................................................. 3

4. A Cartografia Digital e o seu contributo na área da cartografia ................................... 4

4.1. Conceitos ............................................................................................................... 4

4.2. Ferramentas de software usadas em cartografia .................................................... 5

4.2.1. Funções Básicas .............................................................................................. 6

4.2.2. Vantagens e desvantagens de um sistema de CD ............................................ 7

4.3. Etapas do geoprocessamento ................................................................................. 8

4.3.1. Sensoriamento remoto ..................................................................................... 8

4.3.2. Banco de dados geográficos ............................................................................ 8

4.3.3. Formas de representação de dados geoespaciais ............................................. 9

4.4. O contributo da Cartografia Digital na área da cartografia................................... 9

5. Conclusão ................................................................................................................... 11

6. Referências bibliográficas .......................................................................................... 12


1. Introdução

Segundo Burrough (1991), os primeiros levantamentos cartográficos consistiram


basicamente na observação, classificação e mapeamento temático qualitativo.
Descrições quantitativas foram restritas devido à falta desse tipo de observação,
ausência de ferramentas matemáticas que tratassem espacialmente os dados e decorrente
da falta de um recurso apropriado que permitisse a representação de grandes volumes de
dados quantitativos. Dados geoquantitativos são usualmente representados por mapas de
Isso-valores obtidos pelo traçado de isolinhas ou linhas de contorno. Por conseguinte,
para cada tipo de dado é necessária a confecção de uma folha cartográfica, o que leva,
em muitos casos, a geração de uma grande colecção de cartas, dificultando desse modo
uma visão integrada das diferentes variáveis explicativas do modelo de ocorrência de
um fenómeno ou ente espacial. Ainda, uma outra restrição imposta por este tipo de
representação referia-se à dificuldade de actualização de dados de natureza dinâmica,
como no exemplo de cartas climáticas, que necessitam ser alteradas diariamente, o que
se torna impraticável de se fazer manualmente.

Com o advento das novas tecnologias, vindas da revolução industrial, vimos surgir uma
nova forma de cartografia, a cartografia digital.

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2. Objectivos

2.1. Objectivo geral

 Estudar a cartografia digital e o seu contributo na área da cartografia.

2.2. Objectivos específicos

 Conceituar a cartografia digital;


 Descrever as ferramentas e softwares usados na cartografia;
 Identificar as etapas do geoprocessamento;
 Identificar o contributo da cartografia digital.

3. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se ao uso da metodologia de pesquisa


bibliográfica.

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4. A Cartografia Digital e o seu contributo na área da cartografia

4.1. Conceitos
Cartografia

Para a Associação Cartográfica Internacional (ICA, 2003) a Cartografia é definida como


sendo disciplina que envolve a arte, a ciência e a tecnologia de construção e uso de
mapas, favorece a criação e manipulação de representações geoespaciais visuais ou
virtuais, permite a exploração, análise, compreensão e comunicação de informações
sobre aquele recorte espacial. Por sua vez, mapa é definido como uma representação
simbolizada da realidade geográfica, representando feições ou características
seleccionadas, resultante do esforço criativo da execução de escolhas de seu autor, tendo
sido concebido para uso quando as relações espaciais são de relevância primordial.

A cartografia Digital é um conjunto de ferramentas cartográficas em formato digital,


que inclui equipamentos, softwares, hardware para edição, manipulação e
armazenamento e de visualização de dados geoespaciais.

A Cartografia Digital ou Cartografia Assistida por Computador (também chamada de


Geoprocessamento) deve ser vista não apenas como um processo de automação de
métodos manuais, mas sim como um meio para se buscar ou explorar novas maneiras de
lidar com dados espaciais (Taylor, 1991).

Um sistema de Cartografia Digital (CD) pode ser compreendido como um conjunto de


ferramentas, incluindo programas e equipamentos, orientado para a conversão para o
meio digital, armazenamento e visualização de dados espaciais. Um sistema de
Cartografia Digital tem como ênfase a produção final de mapas.

A Cartografia Digital (também chamada de Geoprocessamento) pode ser vista como


uma parte de um Sistema de Informações Geográficas – SIG (Blatchford e Rhind, 1989,
in Taylor, 1991), tendo em mente que os mapas são o centro para todos os SIGs (Fig. 1).
Uma outra visão é que um SiG representa uma superestrutura de um Sistema de
Cartografia Assistida por Computador(Stefanovic et al., in Taylor, 1991. apud FILHO,
2000).

O Geoprocessamento (também chamado de Mapeamento Digital), pode ser basicamente


definido como um processo em que um conjunto de dados originados de informações

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cartográficas, são agrupados, compilados e formatadas por meio de um conjunto de
softwares computacionais específicos, dando origem a uma imagem virtual.

4.2. Ferramentas de software usadas em cartografia


CAD (Computer Aided Design ) - um sistema para CAD é composto por um conjunto
de ferramentas que proporcionam a um usuário realizar operações com dados a partir de
sua detecção por interação visual, com seleção de um ou mais elementos apresentados
numa tela de computador.

Uma indicação da evolução destes sistemas foi adoção de linguagens de programação


que proporcionam a possibilidade de operar dados a partir de sua denominação ou de
alguma propriedade dos dados.

Estes sistemas proporcionam também recursos de entrada de dados, de armazenamento,


de saída de dados, e de apresentação de dados tanto no modo tabular quanto gráfico.

Todos os SIGs têm componentes de CD, mas nem todos os sistemas de CD têm
componentes de um SIG, posto que os SIGs envolvem muito mais que a elaboração de
mapas digitais, mas verdadeiramente a habilidade de analisar dados com referência
espacial (Taylor, 1991 apud FILHO (2000).

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Fig. 1 – Esquema ilustrativo da composição de um Sistema de Informação Geográfica e
seus componentes, incluindo a Cartografia Digital.

Fonte: EASTMAN (1992, apud FILHO (2000).

4.2.1. Funções Básicas

Um sistema de CD pode ser visto como um CAD especializado (Computer Aided


Design), muito embora os CADs tenham sido desenvolvidos, predominantemente por
engenheiros e arquitetos, para lidar com plantas e desenhos.

Portanto, um sistema de CD deve ser capaz de manipular elementos na forma de ponto,


linha, áreas em conjunto com os seu rótulos. Alguns elementos gráficos manipulados
pelo sistema são: Linhas, polilinhas, polígonos fechados, formas complexas, elipses,
círculos, arcos e textos (MGE-PC, 1992, apud FILHO (2000).

Algumas funções desejadas para um sistema de CD são:

 Entrada de dados, edição e manipulação;


 Operações básicas de desenho;
 Visualização de diagramas;
 Visualização de feições pontuais e lineares;
 Programa de hachuramento de áreas;
 Programa de desenho de contorno ou isolinhas;
 Suporte para projeções cartográficas, incluindo transformações de coordenadas e
medidas de distâncias entre dois pontos, considerando a curvatura da Terra;
 Apresentação de cartogramas variados;
 Facilidade para cópias em papel;
 Cálculo de área e perímetro;
 Ferramentas de limpeza, generalização de linhas e redução da complexidade de
uma linha ou limite de áreas;
 Posicionamento preciso de feições através de entrada de coordenadas pelo
teclado;
 Posicionamento de elementos em níveis lógicos (noção de camadas ou planos de
informação ou layers);

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 Associação de atributos aos elementos cartográficos;
 Manipulação de objetos gráficos, no qual pontos, linhas e áreas podem ser
combinados para representar um único fenômeno ou ente espacial;
 Definição e representação de estilo, peso e cor de um elemento gráfico;
 Facilidade para copiar, rotacionar, transladar espelhar, ampliar e reduzir;
 Elaboração de grade de coordenadas;
 Biblioteca de símbolo.

4.2.2. Vantagens e desvantagens de um sistema de CD

Segundo Monmonier (1982 apud FILHO (2000), a Cartografia Digital não deve ser
encarada apenas como um simples elo entre a cartografia tradicional e um sofisticado
processo de controle de equipamentos, mas sim como uma mudança de processos e
conceitos, os quais permitirão a utilização dos mapas como um melhor instrumento de
pesquisa, ensino e comunicação de informações, aumentando assim, consequentemente,
o valor de suas informações para tomada de decisões.

Como vantagens desse método podemos citar:

 Possibilidade de ressimbolização e fácil alteração;


 Experimentação de novas técnicas de visualização, novas projeções
cartográficas e diferentes testes de representação;
 Aumento da produtividade;
 Ampliar a divulgação e o uso da informação geográfica pela novas mídias
digitais, sobretudo a Internet;
 Emprego de algoritmos de generalização permite criar mapas de síntese
regional; Possibilidade de avaliação dos resultados a priori da impressão;
 Emprego em um SIG;
 Revisão continuada da base de dados;
 Maior quantidade de informação pode ser representada;
 Derivação de outros temas a partir do processamento dos mapas digitais;
 Criar mapas que são difíceis de se realizar por métodos convencionais;
 Automação de rotinas repetitivas e criação de bibliotecas de símbolos.

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Também como toda nova tecnologia, existem desafios e mesmo desvantagens que
devem ser superadas, a citar:

 Escassez de mão de obra treinada;


 Exige pessoal mais qualificado;
 Mudança na rotina de trabalho, implicando em um investimento em treinamento
e adaptação, o que requer um tempo de maturação até que este novo método seja
plenamente adotado;
 Maior investimento inicial, que pode ser superado com a maior produtividade;
 aprendizado continuado, posto que consiste em uma tecnologia em constante
avanço;
 Geração de mapas de baixa qualidade, pois com os computadores muitos se
aventuram em produzir mapas sem que tenham um conhecimento mínimo
necessário de cartografia.

4.3. Etapas do geoprocessamento


O Geoprocessamento consiste em três etapas principais: Coleta de dados
(Sensoriamento Remoto); Armazenamento de dados (Banco de Dados); tratamento e
análise de dados (SIG/GIS).

4.3.1. Sensoriamento remoto

O Sensoriamento remoto é uma tecnologia que nos permite obter imagens e outros tipos
de dados da superfície terrestre, por meio da captação e do registro da energia reflectida
ou emitida pela superfície (FLORENZANO, Teresa 2011). A obtenção dos dados é feita
a distância, ou seja, sem contacto físico entre o objecto e o sensor, por sensores e
satélites artificiais.

4.3.2. Banco de dados geográficos

Os Bancos de Dados Geográficos (também chamados de Banco de dados Espaciais), é


semelhante a um Banco de Dados Relacional comum, na qual os dados são
armazenados em um local físico ou virtual, na forma de tabelas relacionáveis entre si
por meio de campos chaves. Entretanto, os geográficos possuem a capacidade de
suportar feições geométricas em suas tabelas, que oferecem a possibilidade de analisar e

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realizar consultas espaciais. São nesses Bancos de Dados em que são armazenadas as
informações provenientes do Sensoriamento Remoto.

4.3.3. Formas de representação de dados geoespaciais

A representação de cada entidade ou fenómeno observado na superfície da Terra é feita,


em meio digital, por dois tipos de dados geoespaciais, comumente denominados de
vectoriais e matriciais.

No modelo de representação vectorial, os elementos e fenómenos geográficos são


descritos por meio de pontos, linhas e/ou polígonos. Neste modelo o ponto é a estrutura
básica, uma linha é uma união de pontos e o polígono uma linha fechada (vértice inicial
igual ao final), ou uma união de linhas. Por apresentar limites espaciais bem definidos,
este tipo de representação é mais utilizado para descrever fenómenos espaciais
discretos, como por exemplo um campo de futebol ou uma edificação.

No modelo matricial os elementos e fenômenos geográficos são representados por


matrizes composta por células, cuja a estrutura básica é o pixel (termo derivado da
junção das palavras em inglês picture elements). As variações observadas no espaço são
representadas por variações nos valores das células. A faixa de variação nos valores das
células define a “profundidade” da imagem, ou quantidade de bits. Imagens que
apresentam variações com dois valores possíveis apresentam profundidade de 1bit (21),
enquanto que aquelas que apresentam 256 valores possíveis correspondem as imagens
de 8bits (28). Outras faixas de valores usuais são 11 e 16bits.

Neste modelo cada pixel apresenta uma relação com a superfície do terreno
representada pelo mesmo, a qual define sua resolução espacial. Esta resolução pode ou
não apresentar relação com a escala

4.4. O contributo da Cartografia Digital na área da cartografia


Segundo Farias et al (2016), A cartografia digital visa à representação gráfica da
realidade geográfica através da computação, fornecendo mais rapidez e precisão na
elaboração dos mapas finais. Nas ultimas décadas, os avanços científicos e tecnológicos

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contribuíram para larga utilização dessa técnica. As aplicações nas geociências têm
como objecto de estudo o espaço e os fenómenos a ele relacionados.

Segundo o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) a


evolução da informática permitiu não só a criação novos mapas, mais precisos e bem
construídos, mas também integrar vários dados e mapas e analisá-los em conjunto,
possibilitando a realização de estudos complexos e a criação de bancos de dados
georreferenciados. Através do Geoprocessamento é possível analisar características
como relevo, fauna, flora, rotas comerciais e limites políticos, simultaneamente.

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5. Conclusão

Após a elaboração do presente trabalho, pude perceber que durante as décadas de 60 e


70, novas tendências sugiram na maneira de se lidar com os dados cartográficos. O
mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia está presente c ou
indirectamente em actividades bastante comuns, Com o passar do tempo foram
desenvolvidas técnicas para apresentar o espaço por meio de representações que se
aproximassem mais fielmente da realidade. Então com o advento das navegações e do
avanço científico, a partir da formulação destas primeiras representações espaciais,
caracterizou-se a evolução do mapa que ao longo do tempo e precisamente há poucas
décadas, tornou-se cada vez mais aprimorado devido ao avanço tecnológico e
informacional.

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6. Referências bibliográficas

FILHO, Britaldo Silveira Soares. (2000). Cartografia assistida por computador -


conceitos e métodos. Curso de especialização em Geoprocessamento. Departamento de
Cartografia Centro de Sensoriamente Remoto, UFMG.

FARIAS, Fabiano Fontenele et al. (2016). O uso da técnica de cartografia digital para
o estudo do espaço geográfico. Encontros Universitários da UFC. Fortaleza, v. 1.

FLORENZANO, Teresa Galotti. ( 2011). Iniciação em Sensoriamento Remoto. 2


edição. São Paulo:Oficina de Textos 2011. Oficina de Textos.

ICA. (1973). Multilingual dictionary of technical terms in Cartography, Steiner Weiga


Den. (traduzido)

Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Paraná. (2016). Cartografia


digital e Geoprocessamento. Londrina.

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