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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de educação a Distância- Cuamba

Campos de aplicação da Cartografia Digital

Mauera Da Paz Jemusse

Código – 708224678

Curso: Ensino de Geografia

Cadeira: Cartografia Digital

Ano de frequência: 2o Ano

Tutora:

Cuamba, Maio de 2023


Instituto de Educação à Distância-Cuamba

Universidade Católica de Moçambique

Licenciatura em Ensino de Geografia

Campos de aplicação da Cartografia Digital

Mauera Da Paz Jemusse

Código – 708224678

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em Ensino
de Geografia para fins avaliativos orientado pelo
tutor: dr.

Cuamba, Maio de 2023


I. Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota do
Pontuação tutor Subtotal
máxima

 Capa 0.5
 
Índice 0.5
 
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  
Discussão 0.5

 
Conclusão 0.5
 
Bibliografia 0.5
 
Contextualização (Indicação
clara do problema) 1.0

Introdução
 
Descrição dos objectivos 1.0

 
Metodologia adequada ao
objecto do trabalho 2.0

 
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo
(expressão escrita cuidada, 2.0
coerência / coesão textual)
Análise e
 
Revisão bibliográfica
discussão nacional e internacionais
relevantes na área de estudo 2.

 Exploração dos dados 2.0


 
Contributos teóricos práticos
Conclusão 2.0

 
Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos letra, paragrafo, espaçamento 1.0
Formatação
gerais entre linhas
Normas APA 6ª  
edição em Rigor e coerência das
Referências
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 2

1.1. Metodologia de Trabalho....................................................................................... 3

1.1.1. Objectivos da pesquisa ....................................................................................... 3

1.1.2. Objectivo geral: .................................................................................................. 3

1.1.3. Objectivos específicos: ...................................................................................... 3

1.2. Estrutura do trabalho ............................................................................................. 3

2. Fundamentação teórica .............................................................................................. 4

2.1. Conceito de cartografia digital e os SIG’s ............................................................. 4

2.2. Funções de um Sistema de Cartografia Digital (CD) ............................................ 6

2.3. Modelos de Processamento da Cartografia digital ................................................ 7

2.4. Campo da Aplicação da cartografia digital ......................................................... 10

3. Conclusão ................................................................................................................ 12

4. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 13


1. Introdução

A Cartografia Digital é um conjunto de ferramentas cartográficas em formato digital, que


inclui equipamentos, softwares, hardware para edição, manipulação e armazenamento e de
visualização de dados geoespaciais e tem como ênfase a produção final de mapas que dão
representações precisas de uma determinada área, detalhando os principais eixos rodoviários e
outros pontos de interesse além de rateamento entre locais.

Ao longo deste trabalho de campo da cadeira de cartografia Geral, iremos abordar conteúdos
relacionados com a Cartografia Digital e o seu contributo na área da Cartografia. Daremos o
conceito de Cartografia Digital, Fotogrametria e a Detecção Remota, Sistema de Informações
Geográficas (SIG), funções do SIG’s e outros aspectos achados importantes sobre o tema.

O trabalho está geralmente estruturado em índice, introdução, desenvolvimento, uma breve


conclusão e finalmente a referência bibliográfica de todos autores citados ao longo do mesmo.

Tratando-se do 2º ano, este trabalho do campo, pode apresentar uma qualidade insatisfatória
no que diz respeito a regras de elaboração de trabalhos científicos da UCM, portanto, toda
opinião proveniente do tutor em geral e do leitor em particular atinente a melhoria da
qualidade do conteúdo do mesmo será de grande importância para a melhoria dos próximos
trabalhos da autora.

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1.1.Metodologia de Trabalho

Barreto & Honorato (1998) entendem:

A metodologia da pesquisa deve ser entendida como um conjunto detalhado e


sequenciado de métodos e técnicas científicas a serem executados ao longo da
pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos previamente traçados.
Assim, o autor considera metodologia como sendo: Processos usados para atingir um
fim, ou todos procedimentos levados a cabo para adquirirmos o conhecimento
desejado de maneira racional e eficiente com maior confiabilidade de informação
(p.12).

Desse modo, para a concretização do presente trabalho académico, a autora aplicou várias
metodologias e métodos de pesquisa para a colecta dos dados, com maior destaque para a
metodologia de Pesquisa bibliográfica com vista a alcançar os objectivos previamente
traçados.

1.1.1. Objectivos da pesquisa


O objectivo de uma pesquisa tem a intenção de esclarecer aquilo que o pesquisador pretende
desenvolver, desde os caminhos teóricos até os resultados a serem alcançados. Dessa forma, o
percurso investigativo torna-se mais fácil. Portanto, para a materialização desta pesquisa, a
autora delimitou os seguintes objectivos:

1.1.2. Objectivo geral:


 Compreender a Cartografia Digital e o seu campo de aplicação.

1.1.3. Objectivos específicos:


 Conceituar a cartografia Digital e os SIG’s segundo alguns autores;
 Identificar os campos da aplicação da Cartografia Digital;
 Explicar o contributo da cartografia digital na área de Cartografia.

1.2.Estrutura do trabalho
Em termos estruturais, o trabalho, está estruturado em capítulos, e composto por uma página
introdutória, desenvolvimento, conclusão, e as referências bibliográficas.

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2. Fundamentação teórica

Nesta parte do trabalho, irei apresentar efectivamente o desenvolvimento do trabalho, onde


serão apresentados os principais conceitos teóricos necessários para fundamentar a presente
pesquisa segundo alguns autores que falam sobre o tema.

2.1.Conceito de cartografia digital e os SIG’s

2.1.1. A cartografia

Cartografia, é uma área muito fundamental no estudo da geografia, e ela ajuda bastante e
consiste no estudo e interpretação de mapas Definição tradicional (aprovada em 1967, pela
Associação Cartográfica Internacional, e publicada em 1973): “Conjunto dos estudos e
operações científicas, técnicas e artísticas que intervêm a partir dos resultados das
observações directas ou da exploração de documentação variada, com vista à elaboração e
obtenção de mapas, plantas e outros de expressão, assim como da sua utilização.” (DIAS
2007, p. 27).

Definição recente proposta pela (International Cartographic Association, 2003, p. 17), destaca
o facto que “ a habilidade singular para a criação e manipulação de representações, visuais ou
virtuais, do espaço geográfico – mapas – permitindo a exploração, análise, compreensão e
comunicação de informação acerca desse espaço”. Uma abordagem mais profunda nos é
trazida por Robinson et al, (1987, p. 3).

Num sentido amplo, a Cartografia inclui qualquer actividade em que a representação e


utilização de mapas tenha um interesse básico. Isso inclui o ensino da habilidade na utilização
dos mapas; o estudo da história da Cartografia; a manutenção de colecções de mapas com as
actividades associadas de catalogação e bibliografia e recolha, comparação e manipulação dos
dados e o desenho e preparação de mapas, cartas, plantas e atlas. Apesar de cada uma destas
actividades poder implicar procedimentos altamente especializados e requerer um treino
especial, todas elas se relacionam com os mapas; e é o carácter único destes, como objecto
intelectual central, o que aglutina os cartógrafos que trabalham com eles.

2.1.2. Cartografia Digital

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A cartografia digital, é um campo bastante da geografia bastante usado nos dias actuais, e
possui mecanismos bastante modernizados e usados para vários aspectos atinentes a vida
humana. A Cartografia Digital ou Cartografia Assistida por Computador é vista não apenas
como um processo de automação de métodos manuais, mas sim como um meio para se buscar
ou explorar novas maneiras de lidar com dados espaciais (TAYLOR, 1991).
Um sistema de Cartografia Digital (CD) pode ser compreendido como um conjunto de
ferramentas, incluindo programas e equipamentos, orientado para a conversão para o meio
digital, armazenamento e visualização de dados espaciais.

Um sistema de Cartografia Digital tem como ênfase a produção final de mapas. (Stefanovic et
al. apud Taylor, 1991), destaca o facto de que tendo em mente que os mapas são o centro para
todos os sistemas de informação geográficas digital, e envolvem muito mais a elaboração de
mapas digitais, mas verdadeiramente a habilidade de analisar dados com referência espacial.
Taylor (1991). "A cartografia digital, visa a representação gráfica da realidade geográfica
através da computação, fornecendo informações para produção de mapas digitais". DELOU
(2007), apresenta-nos uma definição que descreve a cartografia digital como sendo um
modelo de representação de dados para os processos que ocorrem no espaço geográfico,
visando o desenvolvimento de materiais, equipamentos e metodologias para a produção de
moldes cartográficos digitais, vejamos abaixo o esquema de como este sistema é delineado.

A cartografia digital ou assistida por computador deve ser vista não apenas como um processo
de automação de métodos manuais, mais sim como um meio para se buscar e explorar novas
maneiras de lidar com dados espaciais (Taylor, 1991).

Portanto, um sistema de cartografia digital deve ser compreendido como sendo um conjunto
de ferramentas que incluem programas e equipamentos orientado para a conversão para o
meio digital, armazenamento e visualização de dados espaciais.

Ainda sobre o conceito de cartografia digital Blachford e Rhind (1989, in Taylor 1991),
explicam que ela pode ser entendida como sendo uma parte de um sistema de informações
geográficas (SIG), que tendo em mente os mapas são o centro de todos os SIG’s.

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Fig. 01 – Foto de um exemplo de cartografia digital. Fonte: Internet

Assim, todos os SIG’s têm componentes de cartografia digital (CD), mas nem todos os
sistemas de (CD) têm componentes de um SIG, visto que os SIG’s envolvem muito mais que
a elaboração de Mapas digitais, mas verdadeiramente a habilidade de analisar dados de
referência espacial.

2.2.Funções de um Sistema de Cartografia Digital (CD)

Um sistema de Cartografia Digital deve ser capaz de manipular elementos na forma de ponto,
linha, áreas em conjunto com os seus rótulos. Alguns desses elementos são: linhas, poli-
linhas, polígonos fechados, formas complexas, elipses, círculos, arcos, e textos (MGE-PC,
1992).

Assim, o sistema de Cartografia Digital tem varias funções, algumas delas passo a descrever
abaixo:

 Entrada de dados, edição e manipulação;


 Operações básicas de desenho;
 Visualização de diagramas;
 Visualizações de feições pontuais e lineares;
 Programa de apuramento de áreas;
 Programa de desenho de contornos ou isolinhas;
 Suporte para projecções cartográficas, incluindo transformações de coordenadas e
medidas de distancias entre dois pontos considerando a curvatura da terra;
 Apresentação de cartogramas variados;
 Facilidade para cópias em papel;
 Cálculo de área em perímetro; etc.

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Fig. 02 – Componentes dos SIG’s, imagem adaptada pela autora da pesquisa

2.3.Modelos de Processamento da Cartografia digital

O armazenamento da cartografia em suporte digital processa-se mediante dois grandes


modelos: O modelo matricial (informação sob a forma raster) e o modelo vectorial.

O modelo matricial consiste na conversão da informação gráfica ou analógica para a forma


numérica ou digital, por sistemas de varrimento como é o caso do scanner de forma a ser
manipulada e guardada em computador. Na realidade, as imagens obtidas desta conversão
ganham um formato matricial, ou seja, células dispostas de forma regular em que cada
elemento (pixel) fica referenciado por um par de coordenadas i, j (linha, coluna) (MATOS,
2001).

Este modelo matricial apresenta algumas desvantagens, pois cria imagens demasiado
“pesadas”, exigindo muito espaço em disco, e ainda pelo facto de não ter a capacidade de
separar os vários objectos pelos seus atributos ou classificação.

No entanto tem também vantagens incalculáveis a nível das funcionalidades de cálculo e


análise espacial, uma vez que se adequa bem à modelação de fenómenos com distribuição
contínua e suporta funções de análise espacial com recurso a algoritmos simples, que de
acordo com Matos (2001) se podem agrupar em 4 tipos: funções locais, focais, zonais e
globais.

O modelo vectorial adquirido por estéreo-restituição ou simples “digitalização” manual e


automática, é mais vantajoso a nível da manipulação, tornando a informação muito mais leve
e tendo os objectos todo o dinamismo e susceptibilidade para ser diferenciados por atributos

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ou classes, ganhando a forma de ponto, linha, área ou texto. Estes modelos e as novas técnicas
abordadas, obviamente que conferiram à cartografia um impulso extraordinário.

Novas formas e conceitos de produzir cartografia digital vão surgindo com grande ênfase na
sociedade técnica e tecnológica, como é o caso do Varrimento Aéreo por Laser, também
conhecido como Airborne Laser Scanning (ALS) ou Light Detection and Ranging (LIDAR)
que permite a modelação rápida e precisa da superfície do terreno, através dum sistema laser
de medição de distância, composto por um receptor GPS, um sistema inercial, um emissor e
um sistema de varrimento (scanner) que permite obter uma nuvem muito densa e precisa de
pontos com coordenadas X, Y e Z.

Esta técnica funciona por meio de aeronaves, enquanto em terra conta-se com outra técnica
similar, os aparelhos laser Scanning também designados por Laser Terrestre cujo resultado é a
obtenção de nuvens de pontos que contêm informação muito detalhada e precisa do objecto a
3 dimensões. Outras soluções vão surgindo, impulsionadas pela da internet, nomeadamente, o
Streetview da Google ou o Streetside da Microsoft, mostrando áreas urbanas através de
fotografias que colocam o observador na "rua", com um ângulo de visão à rotação de 360
graus, com as ruas a 3D.

No entanto os mapas de hoje como os de outrora, mantêm as mesmas funções de base, se bem
que, actualmente as novas tecnologias aplicadas à cartografia, permitem uma melhor, mais
rápida e eficiente exploração dessas funções, das quais Rimbert (1995) (citado em Dias, 1995)
indica: função de localização (pelo apoio ao situar objectos e eventos); função documental
(pela informação que oferece quanto aos objectos); função de suporte de análise espacial
(pelas respostas que oferece a questões sobre a natureza dos objectos e as suas relações);
função de simulação (pela aplicação de modelos espaciais que permitam a previsão); e
finalmente a função de comunicação (pelo papel de canal de transmissão entre o
cartógrafo/produtor e o leitor/receptor). O melhor aproveitamento de todas estas funções da
cartografia por associação às novas tecnologias da informação, bem como a necessidade de se
racionalizar recursos e optimizar soluções, estiveram na base do aparecimento dos SIG.

O SIG como qualquer sistema de informação, é constituído por um conjunto de dados que
garante respostas a questões do âmbito da formação desse sistema, com a particularidade dos
dados serem georreferenciados, isto é, permitem a localização geográfica das entidades ou
objectos que fazem parte das respostas (Guedes et al (1995), citado em Dias, 1995.

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A evolução dos SIG começou muito recentemente, se compararmos com a da cartografia, no
entanto já é difícil o consenso sobre a sua história evolutiva quando um diferente faseamento
é apontado por diferentes autores, mas de uma forma geral são unânimes quanto aos grandes
pontos como o pioneirismo atribuído ao CGIS (Canada Geographical Information System) na
década de 60 do século passado, que é criado com o objectivo de gerir os bosques e
superfícies agrícolas marginais do Canadá. Porém, estes sistemas pioneiros ocorrem numa
época de suportes informáticos ainda muito incipientes, o que não permitia aos utilizadores
perceber os benefícios destes sistemas, dificultando a sua promoção, questão que foi
ultrapassada com as inovações de hardware e software (Matos, 2001).

Para o desenvolvimento dos SIG, Figueiredo (2001) aponta quatro fases:

 A fase pioneira: 1960-1073;


 A fase de aplicação (predomínio das aplicações institucionais): 1973-1980;
 A fase de comercialização/vulgarização (predomínio da investigação tecnológica e do
marketing): 1980- 1995; e
 A fase de consolidação (integração tecnologia-utilizador): pós 1995.

E Matos (2001) define cinco fases a saber:

 Pioneirismo: 1950-1970 (aparecimento das possibilidades tecnológicas e despertar


para os problemas relativos à modelação geográfica);
 Consolidação: 1970-1980 (consciencialização de que a modelação geográfica tem
características comuns a vários domínios de aplicação);
 Desenvolvimento e divulgação: 1980-1990 (promoção e venda da tecnologia);
 Reconversão e aquisição de dados: 1990-1995 (aquisição dos dados necessários,
denotando-se ainda uma utilização maioritária por parte das grandes instituições
públicas e das universidades); e
 Vulgarização da aplicação e constituição de uma ciência: Pós 1995 (transição inicial
da tecnologia para organismos públicos e pequenas empresas, e posteriormente para o
cidadão via Internet e outros serviços).

De acordo com Guedes et al, (1995), a implementação de um SIG requer a satisfação de


alguns princípios, como a definição de objectivos, a concepção com as suas duas
componentes principais – as físicas e as funcionais, o próprio hardware e software, as fontes
de informação, a equipa técnica, a recolha, validação e edição da informação, o sistema de
consulta e análise, entre outros.
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As aplicações dos SIG podem ter vários níveis de complexidade, conforme a sua estrutura, os
recursos humanos e materiais, a informação necessária à sua construção e operação, o que
leva Matos (2001) a distingui-los em dois grandes grupos: o SIG de projecto e o SIG de
gestão.

No primeiro caso a actividade incide na recolha de informação e em operações de análise


espacial e interrogação, sendo o seu objectivo a resolução de um problema, sem preocupação
com a posterior utilização e manutenção. Nestes as utilizações prendem-se com a reposição de
informação, a determinação da localização óptima para um dado equipamento, problemas de
zoneamento e modelação. Ao contrário, num SIG de gestão imperam as preocupações com a
segurança, a integridade, a concepção e o desenvolvimento de aplicações específicas de
utilização, distribuição e manutenção dos dados.

A inserção dos SIG na Internet é uma realidade cada vez mais evidente, e é vasto o leque de
utilidades que estes serviços oferecem aos cidadãos, desde a localização de serviços à procura
de melhores roteiros, aceder a bases de dados de organismos públicos, proceder a alguns
serviços ou recorrer simplesmente a impressões cartográficas, realizar análise demográfica,
etc.

O que se espera é uma reconversão dessa profissão, já que apesar da importância da execução
gráfica, maior é a importância da concepção de superfícies de representação dos fenómenos
terrestres. Compete agora ao cartógrafo contemporâneo dominar um conjunto de programas e
de materiais multimédia, e propor a solução óptima para responder a um objectivo científico
ou prático.

2.4.Campo da Aplicação da cartografia digital

A Cartografia tem, nos dias actuais, aplicação em praticamente todas as áreas que lidam com
recursos geograficamente distribuídos e para não tornar estas notas enfadonhas, citaremos
apenas algumas das áreas mais comuns, como Engenharia, Geografia, Geologia, Pedologia,
Agricultura, Arquitetura, Navegação, Transportes, Turismo, Meteorologia, Urbanismo.

Uma abordagem importantíssima, nos é trazida por Monmonier (1982), que segundo ele, a
Cartografia Digital não deve ser encarada apenas como um simples elo entre a cartografia
tradicional e um sofisticado processo de controle de equipamentos, mas sim como uma
mudança de processos e conceitos, os quais permitirão a utilização dos mapas como um

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melhor instrumento de pesquisa, ensino e comunicação de informações, aumentando assim,
consequentemente, o valor de suas informações para tomada de decisões. Portanto, como
contributo, destaca-se o facto de que a cartografia digital, ajudou na alteração de erros
existentes nos mapas analógicos, não obstante a experimentação de novas técnicas de
visualização, e projecções cartográficas e diferentes testes representação de mapas no
contexto digital. Um outro facto muito importante, é o aumento da produtividade que este
sistema trás aos seus utentes, possibilitando a avaliação dos resultados e uma possível
impressão de mapas com detalhes mais nítidos.

Segundo Kay & Levine (1992), destacam o facto de que no estudo da Cartografia, é constante
o uso e o emprego de algoritmos de generalização, estes pois, permitem criar mapas de síntese
regional em um sistema de informação geográfico, possibilitando assim uma maior
quantidade de informação a ser representada (p. 241).

Uma das vantagens que o sistema de cartografia digital trouxe ao estudo da cartografia, é a
derivação de temas ligados a cartografia produzidos a partir do processamento dos mapas
digitais realizado por métodos convencionais e modernos da cartografia digital, a mesma
cartografia digital, proporcionou a automação e criação de bibliotecas de símbolos, pois a
cartografia digital, exige conhecimentos para o deciframento dos referidos símbolos,
requerendo no entanto um pessoal tecnico treinado para tal manipulacao de dados.

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3. Conclusão
Ao longo deste trabalho tratamos de vários assuntos relacionados com a cartografia digital.
Assim, sobre o seu conceito percebemos que um sistema de cartografia digital é um conjunto
de ferramentas que incluem programas e equipamentos orientado para a conversão para o
meio digital, armazenamento e visualização de dados espaciais.

Destacamos o facto de que a cartografia digital, é um tipo de sistema cartográfico, aplicado na


produção de mapas digitais, colecta de informações e organização de base de dados
detalhados sobre os aspectos geográficos de uma dada região. Portanto, devido a evolução da
tecnologia, e da necessidade de facilitar o trabalho da arquitectura e da construção civil, viu-
se a necessidade de criação de softwares apropriados para veicular tal processo, softwares que
pudessem armazenar e ilustrar informações a cerca de plantas, mapas, e dimensões de
terrenos, criou-se portanto, um sistema que pudesse comunicar-se com o satélite e assim a
partir da vista do espaço, puder tirar as coordenadas desejadas, o mesmo softwares, foram
adequados a cartografia, e assim é são usados em estabelecimentos como as migrações,
estabelecimentos geológicos, e mais

O sistema de Cartografia Digital tem várias funções, tais como a Entrada de dados, edição e
manipulação, Operações básicas de desenho, Visualização de diagramas, Visualizações de
feições pontuais e lineares, Programa de apuramento de áreas, Programa de desenho de
contornos ou isolinhas dentre outras.

Enfim, a cartografia digital visa à representação gráfica da realidade geográfica através da


computação, fornecendo mais rapidez e precisão na elaboração dos mapas finais. Nas últimas
décadas, os avanços científicos e tecnológicos contribuíram para larga utilização dessa
técnica.

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4. Referências Bibliográficas

AVELINO, P. H. M. (2004). A trajectória da tecnologia de sistemas de informação


Geográfica (SIG) na pesquisa geográfica. Revista electrónica da associação dos
geógrafos Brasileiros. Três Lagoas, v. 1, n. 1, p. 21-37, Nov.
BARRETO, A.V. P. & HONORATO, C. F. (1998). Manual de sobrevivência na selva
Académica. Rio de Janeiro, RJ: Objecto directo, P. 12.
FITZ, P. R. (2008). Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Oficina de texto.

GASPAR, J. A. (2008). Dicionário de ciências cartográficas. 2. Ed. Lisboa, Porto:

Lidel, C.

MGE-PC-1, (1992). Reference Guide, Huntsvile, USA. Integraph corporation.

ROCHA, C. H. B. (2000). Geoprocessamento: tecnologia transdisciplinar. Juiz de


Fora: Editora do autor.
TAYLOR, D. R. F (1991). Geographical information systems: the microcomputer and
modern cartography. Oxford, England, Pergamon press.

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