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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

CLEBERSON PEREIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO

ALTA FLORETA
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

CLEBERSON PEREIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Licenciatura em
FILOSOFIA.

ALTA FLORESTA
2023
2
A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO.

Cleberson Pereira da Silva1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- As ideias sobre a vida e o mundo estão em constante mudança, causando conflitos. A
educação em particular, enfrenta novos desafios que são essenciais para estabelecer os seus objetivos e
práticas. O presente trabalho tem como objetivo de pesquisa evidenciar a importância da filosofia para a
educação, inserida logo no início do percurso escolar. Além disso, durante o decorrer da leitura será
encontrada definições e opiniões de grandes autores da área de filosofia, no qual, escolhidos
criteriosamente por dissertarem a respeito dos temas descritos nesta pesquisa. Utilizou-se como
metodologia a pesquisa bibliográfica, que possibilitou o acesso de informações precisas, levando a
reflexões sobre a temática do estudo. A Filosofia requer que estejamos aptos na procura do novo
demarcar nos conceitos em relação a educação. Nesta perspectiva, ficamos desafiados, na atualidade, a
como ensinar filosofia nas escolas. De modo geral, os professores de filosofia devem organizar, um
ensino que busque atingir o aluno no seu interior provendo a sensibilização e problematização, fazendo
com que o discente seja parte da experiência. Para isso é fundamental que o professor busque aflorar em
seu alunos os principais conceitos que envolvem a filosofia que são a reflexão e critica.

PALAVRAS-CHAVE: Filosofia. Ensino. Educação.

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E-mail: cleberson0077@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO

No que tange a educação escolar, cada disciplina tem o objetivo de garantir o


acesso de saberes construído socialmente, pois são considerados, como instrumentos
para o desenvolvimento, a socialização, o exercício cidadão, atuando na ação de
reformular os conhecimentos, imposições de crenças e valores.
Nesta linha de raciocínio, é através da educação, que estamos tratando do ato
de educar, orientar, acompanhar, nortear, más também trazer de “dentro para fora” a
potência do indivíduo (GASPARELLO, 1986). Dialogar sobre o ensino da filosofia, a sua
importância, da luta pela a autonomia, é de certa maneira, pensar numa mudança
cultural, as mudanças nas formas do “pensar” em relação ao mundo, e dos paradigmas
encontrado nele.
Praticar a filosofia dentro do âmbito escolar é proporcionar aos alunos a
capacidade de amadurecer suas ideias, preparando-os para um possível confronto de
ideias. Neste sentido, a Filosofia consiste na experiência como conceito, é importante
que o estudante tenha a experiência do pensar e não apenas fazer meramente
reproduções sobre o conceito. Sendo assim, abrir espaços para educar através da
educação filosófica é, acima de tudo, buscar novos posicionamentos diante da nossa
realidade, saindo do senso comum, atingindo a consciência crítica. Vale ressaltar que,
isso não está a cargo somente do ensino da Filosofia, pois não será somente ela por si
só, que irá despertar no aluno mudanças de atitudes perante a sociedade, ou que fará
agir como sujeito responsável de sua história. É da essência, e do seu lazer, alcançar
tais finalidades, quando ensinada e vivenciada junto com as demais disciplinas
(GADOTTI, 1979).
As concepções e experiências vividas por outros tendo como base a tradição de
pensamentos filosóficos. Já que, os filósofos convivem conosco. Assim, caso haja
mudança na linha de raciocínio filosófica ou na mentalidade, na forma de pensar, com a
educação obtemos uma mudança política. Neste sentido, o caminho da mudança pela
educação filosófica se esclarece e se consolida na intima afinidade dos saberes,
poderes, culturas e transformações. Ou seja, passa pelo crescimento do indivíduo.
(SCARIOTTO, 2007)

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Tendo em vista que, este cenário pode ser entendido, como o porquê da
importância do Filosofia não somente para os educandos, mas também para os
educadores. A chave essencial para a mudança na educação está nos professores.
A metodologia usada no presente trabalho foi uma pesquisa bibliográfica. Foi
utilizada o método dedutivo, onde procedeu-se a análise dos principais pontos
relevantes a temática, visando elucidar as questões descritas.
O presente estudo está dividido em três partes, sendo que a primeiro aborda a
Filosofia como uma ciência que se trata da realidade. A segunda, a transformação do
ser humano por meio da filosofia, ou seja, a mudança do homem diante da filosofia (o
homem que pensa e questiona). Na terceira, retrata o sentido da filosofia para com a
educação desde o início do percurso da criança no espaço escolar, frisando a ideia de
quanto mais cedo os alunos tiverem acesso a Filosofia, mais cedo podemos coloca-los
diante de situações que exijam a reflexão (valores, sendo critico e a opinião própria),
fazendo com que estejam aptos desde pequenos a reinterpretar a vida mesmo sendo
de forma sucinta.

2 O QUE É A FILOSOFIA?

Segundo Aranha (1996), a filosofia tange a realidade em sua totalidade, com o


intuito de entender os problemas como um todo, não apenas ao redor de um único
tema, ou seja, ela observa e analisa todas as possibilidades com um olhar centrado
buscando respostas sobre as coisas a todo o momento, em uma perspectiva óptica de
problematização. Tal atividade de excelência, se da pelas reflexões e analises e
reanalises das estruturas, aos meios e formas que há para se chegar a tais fins, que
geralmente são ignoradas, acreditando ser possível um único caminho.
A filosofia significa ir além do que é, buscando constantemente entender como
deveria ser, julgar o valor da ação, ir na busca do significado. Filosofia propriamente
surge quando um pensar torna-se uma reflexão. (CUNHA,1992).
Neste sentido, podemos conceituar filosofia como uma reflexão sobre os
problemas da realidade que nos rodeia.

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A filosofia não é, de modo algum, uma simples abstração independente da vida.
Ao contrário, ela é a própria manifestação, humana e sua mais alta
expressão(...) A Filosofia traduz, o sentir, o pensar e o agir do homem.
Evidentemente. O homem não se alimenta da Filosofia, mas sem duvida
nenhuma, com a ajuda da Filosofia (BRANGATTI,1993, p,14).

No entanto, quando falamos em filosofia, devemos destacar alguns eixos


fundamentais estudados por ela. A filosofia necessariamente, trata principalmente dos
conceitos como o bem, a beleza, justiça e verdade. Porém é importante destacar que a
Filosofia nem sempre foi assim. No início, na Grécia, a Filosofia abordava todos os
temas, já que em meados do século XIX não havia separação entre a ciência e Filosofia
e assim ela incorporava todo o saber. (ARANHA, 1996, p, 105).
A filosofia inaugura um novo modo de tratar os temas da época, passando a se
dedicar, determinando a mudança na forma do conhecimento do mundo vigente
(ARANHA,1996, p,105).
Neste sentido, observa-se que a filosofia, durante seu trajeto busca solucionar
questões e respostas a cada época a partir de diferentes reflexões que fazem parte de
correntes ou escolas de pensamentos.
Em análises mais especificas Platão (427-347 a. C) e Aristóteles (384-322 a. C),
definem a filosofia com definição mais precisa vendo a Filosofia como um discurso
admirável, ou seja, põe certas perguntas que nos obrigam a pensar e refletir e olhar
para o banal não sendo mais banal.
Sendo assim, a Filosofia é considerada a ferramenta primordial para o entender
algo, ou seja, é a resposta onde desvendamos o banal, fazendo com que, o banal não
seja considerado algo incompreensível. Nesse sentido, o que estamos acostumados
acaba sendo motivo de dúvida, tudo o que é comum e fica sobre o crivo de sentença
embravecida, assim, deixa de aceitar como estávamos acostumados as coisas, até
então, que estávamos acostumados.
Nas maiorias das definições sobre o termo Filosofia, podemos encontrar várias
concepções razoavelmente controversas, com ênfase quando são interessantes e
profundas. Tal posição, deve-se ao fato de que a filosofia alterou de forma radical o seu
âmbito no decorrer da história e de muitas investigações nela originalmente incluídas
terem sido excluídas mais tarde. (ARANHA, 1996, p,106).

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Uma das definições afirma que a filosofia consiste em pensar sobre o
pensamento, o que nos permite ressaltar o caráter de segunda ordem, e trata-la como
reflexão sobre os gêneros privados do pensamento – formação de crenças e
conhecimento – sobre o mundo ou porções significativas de mundo (ARANHA, p,106,
1996).
Ainda conforme Aranha (1996) outra definição mais precisa, porém,
incontroversa e abarcante, é que a Filosofia consiste em um pensamento mais
racionalizado e crítico, de modo mais ou menos ordenado, sobre a natureza de mundo
ao todo (metafisica ou teria da existência), a justificativa de crenças (epistemologia ou
mais conhecida como teoria do conhecimento), e por fim, a conduta de vida e a
adaptação (ética).
É importante destacar que, ao ser referir a Filosofia, não podemos deixar de falar
sobre os principais cooperadores na filosofia mais conhecidos depois de Sócrates.
Platão e Aristóteles eram sobre tudo metafísicos que procuravam entender e
estabelecer características essenciais sobre a natureza. Neste sentido ambos tinham o
mesmo objetivo, porém cada um segue uma linha de pesquisa em busca de respostas.
Platão sobre o conhecimento e Aristóteles responsável pelo estudo da lógica (dedutiva),
considerada técnica mais rigorosa para justificar a crenças. Na idade média, a Filosofia
se apoiou nas concepções metafisicas de Platão, e depois na teorias defendida por
Aristóteles. (SCARIOTTO, 2007)
Diante disso, boa parte da filosofia desde a época de Patão e Aristóteles até
hoje, tem sua visão voltada para o modo pelo o qual, nós conhecemos as coisas do que
propriamente para as coisas que conhecemos, sendo essa, uma das razões na qual a
filosofia parece dever conteúdo.
A filosofia fazer jus ao ser valorizada a si própria, e não por suas decorrência
indiretas de ordem pratica. E para que isso aconteça, a dedicação pela busca da
verdade constantemente fazem com que essas decorrências sejam asseguradas,
buscando-a desinteressadamente.

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2.1 O HOMEM POR MEIO DA FILOSOFIA

Conforme Aristóteles (384-322), em uma de suas muitas concepções sobre o


homem e a filosofia afirma que, “todos os homens desejam naturalmente saber. Muitos,
contudo, se perdem nesta tarefa ao longo da vida, talvez por desconhecerem um
caminho”. Ou seja, é necessário buscar o conceito de filosofia de forma simples e
existencial.
O homem é um ser que questiona a vida e deve fazer esses questionamentos
frequentemente diante de situações do cotidiano em relação ao seu existencial. Porém,
é preciso que o mesmo tenha a plena certeza que o modo de perguntar é diferente de
homem para homem, mas que o próprio enigma sempre permanecerá. A resposta do
homem ocorre dentro de um determinado contexto histórico (HUSSERL, 1965).
Neste sentido, é importante saber que a filosofia envolve conhecimento teórico e
sabedoria prática. Na verdade, o sucesso na filosofia teórica, não garante que nos
tornemos filósofos no sentido prático ou que parecemos e sentimos corretamente
quando envolvidos numa situação prática particular. A filosofia aparece como uma
forma de compreensão que ao mesmo tempo prevê sua existência. (SCARIOTTO,
2007).
Quando se trata de opinião e dar conselhos sobre como proceder. A filosofia é o
campo da compreensão que, ao adquiri-la, pensamos no cotidiano das pessoas: desde
as coisas mais simples até as mais complexas. Fazer filosofia não é apenas um
processo pessoal más é também, um processo que conta com parceiros sociais.
Colocar-se na posição de existir para seres humanos, criaturas naturais, entre muitos
outros agentes de transformação cósmica, física e biológica. O universo e a filosofia
residem na experiência de campo e no processo de metamorfose constante.
(SCARIOTTO,2007).
Agimos para não agir. Agimos com um propósito específico. Amplo ou limitado.
O propósito mais amplo significa: O sentido da existência, a busca do bem social, a luta
pela libertação. Porque é claro que a vida, oprimida ou não, tem sentido. Se você vive
de acordo com valores dignos e dignificante (HUSSERL, 1965).
Todo mundo tem uma maneira de entender o mundo e ninguém age de acordo
com isso, ou seja, no escuro, sem saber para onde está indo ou por que está indo.
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Neste sentido é preciso entender que só agimos porque temos o esclarecimento do
mundo e da realidade que nos cerca. Todos vivem suas concepções de mundo, agindo
e se comportando de acordo com um significado inconsciente que prestam a vida.
Sendo assim, é muito importante frisar que todo homem é filosofo, pois todos nós
temos uma filosofia de vida. E conforme Husserl, (1965), quando falamos em filosofia
de vida, devemos entender que é um direcionamento diário que pode ocorrer
massificação do senso comum, ou adquirimos e acumulamos espontaneamente.
Portanto, não há vida para quem se conhece sem reflexão. A filosofia olha a
realidade como um todo, sem reflexão ou crítica sobre ela a filosofia corresponderá ao
chamado processo de consciência do tempo e do julgamento (reflexão ou crítica).
Cotrin (1993) diz que, não há um modelo especifico de homem, ou seja, pode
existir um homem considerado padrão, no qual, todos deveriam seguir à risca. O que
existe na verdade é chamado de condição humana, que resulta em um conjunto de
vários relações humana, e de sua vocação como homem. O homem, ao se colocar no
olhar de mundo, estabelece ligações entre o sujeito e objeto ao ser estudado
(conhecido). O sujeito se transforma mediante ao novo saber e quanto ao objeto, ele
também se transforma, pois o conhecimento traz sentido.
O Homem se encontra e se assegura no mundo, não somente como objeto
integrante da realidade total, mas como sujeito dessa realidade. Ao decifrar e
transformar a realidade, o homem se encontra outros envolvidos na mesma tarefa, o
que damos o nome de confrontos de sujeitos. Nesta perspectiva, dar sentido ao mundo
de diálogos das consequências, é simplesmente afirmar o existir plenamente com home
e assim, portanto, existir plenamente como sujeito do processo histórico (HUSSERL,
1965).
Aprender as concepções e as verdades, que fazem parte do processo de
reflexão e ação diante do mundo e da sua existência, faz jus, ao conceito de que a
filosofia transforma o homem, tendo em vista que, o mesmo a partir do conhecimento
dessa área são capazes de pensar e fazer suas próprias escolhas.
Contudo, uma grande parte da Filosofia é direcionada particularmente, ao modo
para o qual conhecemos as coisas, do que necessariamente para as coisas que
conhecemos o que nos remete novamente a entender que a filosofia parece carecer de
conteúdo. No entanto, discutir a despeito desses critérios definitivos verdadeiros
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determinam, na medida em é recomendada a aplicação de um dado critério, quais as
preposições denominamos verdadeiras. (SCARIOTTO, 2007).
Husserl (1965) afirma que a filosofia exerce por mais que não demos a mínima,
uma certa influência indireta na vida por exemplo; de pessoas que nunca se quer ouviu
falar nela. Que aparecem mascarada-mente através dos sermões, na literatura, nos
jornais e na tradição oral por exemplo, onde afeta toda uma perspectiva de mundo. É
importante ressaltar que, grande parte dessa influência fez parte através da religião
Cristã e que de certa maneira, reflete no que ela é hoje. Aos filósofos que originaram
ideias filosóficas, de que nenhum homem pode ser tratado como meio, e que, a
afirmação de um governo depende do aval dos governantes.
Nesta prorrogativa no âmbito político, por sua vez a filosofia tem papeis
importantes. É claro que, quando nos referimos ao termo política, a filosofia pode ser
considerada nefasta: no século XIX, os filósofos, alemães da época, foram
responsáveis pelo nacionalismo exacerbado que assumiu posteriormente formas
deturpadas.
Todavia, sem sombra de dúvidas que essa responsabilidade tem sido
frequentemente exagerada, sendo um pouco complexa sendo difícil de determina-a
exatamente, o que deve-se ao fato dos filósofos antecedentes serem obscuro em
partes, diante do assunto filosofia. Contudo, podemos também compreender que uma
filosofia bem empregada, ou seja de boa qualidade podem fazer com que ocorra o
contrário. Sabemos que não temos como impedir tais influências, porém, uma boa
filosofia, ao influenciar a política favoravelmente pode gerar uma prosperidade incapaz
se der alcançada sob a regime de uma filosofia inferior (HUSSERL,1965).

2.3 A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DESDE O INÍCIO NO


PERCURSO ESCOLAR.

Quando voltamos nosso olhar para a educação, consequentemente observa-se


também que, no modelo atual de educação, em partes, há certas defasagens, pelo fato
de estar preocupada em formar ou instruir nossas crianças e adolescentes desde o
início a serem preparadas para o mercado de trabalho.

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De acordo com Bezerra (2013), a preocupação enquanto, escola, gestores,
educadores é nada mais ou nada menos que o famoso sistema nem sempre está
preocupada no desenvolvimento intelectivo do aluno em sua totalidade de apreensão
mas sim no processo da clientela para o mercado trabalhista. Diante dos fatos
expostos, é importante destacar que, a escola tende a obter a reduzir, escolher e dar
maior assistência a conteúdos que lhes parecem ser pragmáticos, que posteriormente
servirão para esses alunos lá na frente.
A Filosofia ao trazer uma visão reflexiva e crítica, é considerada atividade de
excelência e por esta razão é importante a introdução desta disciplina logo cedo, ou
seja, no início do percurso escolar.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), aliam a tendência e a colocam no
currículo, de forma que, ela possa somar em um conjunto articulado e que abarque
novos assuntos buscando um tratamento didático que contemple a sua complexidade e
sua dinâmica, fazendo com que de a importância das áreas convencionais.
Conforme Gadotti (1965), em muitas das vezes, é notório perceber que a filosofia
para algumas pessoas ainda causa espanto, como algo difícil de lhe dar, mais para
muitos é assuntos de especialistas e por isso desinteressante. Porém, é na escola que
é preciso que esse medo seja trabalhado. É preciso abrir perspectivas que façam com
que sejam despertadas o gosto pela filosofia sem gerar no aluno a aversão à tarefa de
pensar.
Dar espaço para a filosofia dentro do percurso educacional, significa levar a sério
a necessidade de que é preciso fazer com que os jovens tenham a capacidade de
pensar e levantar questionamentos sobre algo, de refletir sobre o próprio pensamento e
sofisticar suas respostas, tendo a chance de explorar assuntos de maior importância
(GADOTTI,1979). Nesse sentido, Luckesi pontua que:

A filosofia é a reflexão sobre o que e como devem ser ou desenvolver estes


jovens e está sociedade. (...) O educando, que é, o que deve ser, qual o seu
papel no mundo; o educador, quem é, qual o seu papel no mundo; a sociedade,
o que é, o que pretende; qual deve será finalidade da ação pedagógica. Estes
são alguns problemas que emergem da ação pedagógica dos povos para a
reflexão filosófica, no sentido de que esta estabeleça pressupostos para aquela
(LUCKESI,1994, p.31-32).

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Trabalhar com o ensino filosófico, com as crianças e com os jovens,
especialmente nas modalidades de ensino da educação infantil, do ensino fundamental
e do ensino médio, contribui sem sombra de duvidadas para o despertar critico de
ideias e consequentemente erradicar e fazer com que as concepções atuais de
dominação e opressão presentes no meio social sejam postas fim, ou seja, que essas
ideologias e convenções sociais não existam mais, já que o trabalho com a filosofia,
tende a fazer o processo de despertar no indivíduo, a não ser vítimas do senso comum
de ideias. Sendo assim, a introdução logo no início do percurso escolar, mesmo que,
não seja de tal intensidade, em vista que a faixa etária dos alunos do ensino infantil por
exemplo, não tem sua opinião formada, precisando ser estimulada para o avanço
mesmo que seja gradativo.
Ao introduzir a filosofia com as crianças, pode se perceber que ela tem um
amadurecimento natural na curiosidade, admiração, indagação, discussão e reflexão.
Levando a índices cognitivos de empenho, assim, a criança passa a entender como
funciona as coisas no mundo, como bem defende Gadotti (2000, p. 28):

Uma filosofia para crianças e jovens não estaria preocupada em formar


discípulos para perpetuar um certa corrente filosófica, uma certa visão de
mundo, mas para ajudar a pensar e a transformar o mundo. Conceber a filosofia
como uma especialidade é derrotá-la antes mesmo de iniciar a batalha por ela.

É muito importante a filosofia estar cada vez mais inserida nesse meio. O ensino
filosófico aos jovens é levado através de questionamentos, os conceitos e problemas
filosóficos que aparecem no dia-a-dia. Sendo assim é preciso aperfeiçoar a reflexão
filosófica nos alunos, os valores que os orientam na sociedade, ao ser justo, como é um
bom político, o que é moral, o que dá sentido à vida e para que servem as armas, entre
outros (GADOTTI,1979).
Nesta perspectiva essa experiência filosófica para os jovens é importante, pois
leva a busca das verdades e respostas aumentando a cede por descobertas
preenchendo o espírito inquieto.

Serão as crianças que construirão suas filosofias e seus modos de produzi-las.


Não é mostrando que as crianças podem pensar como adultos que vamos
revogar o desterro de sua voz. Pelo contrário, nesse caso haveremos cooptado,
o que constitui uma outra forma de silenciá-las. Seria mais adequado preparar-
nos para escutar uma voz diferente como expressão de uma filosofia diferente,
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uma razão diferente, uma teoria do conhecimento diferente, uma ética diferente
e uma 26 política diferente: aquela voz historicamente silenciada pelo simples
fato do emanar de pessoas estigmatizadas na categoria de não adultos.
(KOHAN, 1999, p.70).

A filosofia é interdisciplinar, pois está inclusa em todas as disciplinas, por terem


em comum o pensamento crítico que se assemelha a de outras disciplinas
questionando, a autocorreção, a racionalidade e a lógica. O trabalho com a filosofia
pode ser feito da seguinte maneira, como por exemplo: a partir de temas reais e atuais,
como textos orais ou escritos, literário-prosa e verso, jornalismo, musicas, pinturas, mas
acima de tudo o trabalho com textos filosóficos.
Os textos filosóficos é um dos meios mais significativos para aqueles que
buscam conhecimento, uma vez que, é através deles que devemos passar para
conhecer, por exemplo, grandes nomes de filósofos que contribuíram para nossa
história até hoje. Esse tipo de trabalho, faz com que os alunos leiam e fiquem a par das
ideias filosóficas defendidas por eles em épocas passadas, e a partir disso tomem, si
mesmo suas próprias conclusões, sendo favoráveis ou não aos argumento
apresentados pelos filósofos da época. Diante disso, o trabalho da filosofia tem objetivo
de ampliar a compreensão de mundo, descobrindo novos significados para sua
existência, o que promove a capacidade de ser firme em suas escolhas, as suas ações
no convívio humano para com a natureza.
Portanto, diante do pressuposto aqui é inerente deixar claro que é preciso evitar
que as aulas de filosofia se transformem apenas em um ambiente de discussão
polêmica, ou seja, para isso, é importante que os assuntos sejam bem selecionados
para servir com a proposta e ainda para que as habilidades ali sejam contempladas, e
que os mesmos, tenham os objetivos claros e bem definidos. O caminho para conduzir
o aluno deverá ser feito desde a tomada de consciência da sua ingenuidade sobre os
fatos até que a compreensão de trajeto de vida (GADOTTI, 1979).

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3 CONCLUSÃO

A Filosofia proporciona um salto para uma vida plena, juntando outras


manifestações de espirito humano, como a arte, literatura e religiões, é um convite a
transcendência (KOHAN,1999).
Este estudo conclui que a filosofia permeia o homem a todo momento. Em seu
cotidiano ao praticar indagações sobre algo, ao se incomodar com certos valores, e até
mesmo quando questiona leis e mandados políticos, fazendo uso da consciência crítica.
E diante disso percebe-se que a filosofia deve-se ser perpassada em sua ligação com o
dia-a-dia, para que o aluno perceba como é permeável a ele, que o acompanha e que é
indispensável em seu cotidiano.
A filosofia contribui no meio educacional a partir de suas especificidades,
promovendo o desenvolvimento e riqueza no que diz respeito às práticas educacionais.
Sendo assim, é preciso que a filosofia tenha espaço desde as series iniciais, pois
quanto mais cedo essa pratica for estimulada, mais cedo nossas crianças terão contato
com a reflexão filosófica, e consequentemente mais críticos irão se tornar podendo
aprender a reinterpretar a vida, abrindo novas perspectivas futuras, sendo mais justas e
generosas para nossa sociedade.
Atualmente a filosofia se faz necessária, pois nos tempos atuais os indivíduos
parecem não perceber os perigos mascarados disponíveis nas tecnologias, da
mecanização de vida e da alienação, sufocando possibilidades de se emancipar e
emancipar outros indivíduos.
Por fim, acredito que diante dos dados apresentados neste trabalho, possa
esclarecer a importância do ensino da filosofia logo no início do percurso escolar em
vista que a filosofia tem como objetivo principal despertar o pensamento crítico e
reflexivo dessas crianças mesmo no início do trajeto escolar, além de visar o
comprometimento e transformação da sociedade e além de tudo um ensino de
qualidade.

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4 REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. 2ª ed., São Paulo:


Moderna,1996.

BRANGATTI, Paulo R. O ensino de filosofia no segundo grau: uma necessidade de


leitura do cotidiano. Piracicaba: Unimep, 1993.

COTRIN, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: ser, saber e fazer. 8ª ed. São Paulo:
Saraiva, 1993.

CUNHA, J. Auri. Filosofia; iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual,


1992.

GADOTTI, Moacir. “Para que serve afinal a filosofia?” Reflexão 4(13): jan./abr.1979.

GASPARELLO, Arlete M. A questão do ensino da Filosofia no 2 grau. Niterói: UFF,


1986. (Dissertação de mestrado).

HUSSERL, Edmund. A filosofia como ciência do rigor. Coimbra: Atlântica, 1965.

KOHAN, Walter O. & WUENSCH, Ana Míriam (orgs.) Filosofia para crianças: a
tentativa pioneira de Matthew Lippman. Petrópolis: Vozes, 2000. (Col. Filosofia na
Escola, vol. 1).

LUCKESI, C.C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez,1991.

SCARIOTTO, V. J. “a importância da filosofia para educação”. São José dos


Campos, SP. 2007.

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