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Universidade Católica de Moçambique

Instituto da Educação a Distancia

Princípios da Geografia

Deta Manhipane Fernando Cossa


Código: 708200644

Curso: Ensino de Geografia


Disciplina: Técnicas de Metodologia em Geografia Humana
Ano: 3° ano
Docente: dra. Raquel Peter

Maputo, Abril, 2022


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Índice 05
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 05
Conclusão 0.5
Bibliografia 05
Introdução Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao
objectivo do
Conteúdo trabalho
Análise e Articulação e 2.0
discussão domínio do discurso
académico
(expressão escrita
cuidada, coerência/
coesão textual)
Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração de dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação Paginação tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6 Rigor e coerência
Referencias edição em das citações/
Bibliográfica citação e referências 4.0
s bibliografia bibliográficas

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Índice
Capitulo I:...........................................................................................................................3

1.2 Objectivos.........................................................................................................................3

1.2.1 Objectivo geral...........................................................................................................3

1.2.2 Objectivos específicos...............................................................................................3

1.3 Metodologia de pesquisa..................................................................................................3

Capitulo II: Fundamentação Teórica..........................................................................................4

2.1 Os princípios da Geografia...............................................................................................4

2.1.1 Possibilismo...............................................................................................................4

2.1.2 Nova Geografia..........................................................................................................5

2.2 Breve historial do pensamento Geográfico......................................................................5

2.2.1 O Pensamento Geográfico na Antiguidade Clássica.................................................5

2.2.2 O Pensamento Geográfico na Idade Média...............................................................6

2.2.3 O Pensamento Geográfico na Idade Contemporânea................................................7

2.3 Caracter cientifico da geografia........................................................................................8

2.4 Investigação fundamental a investigação aplicada: Geologia..........................................9

2.5 Investigação fundamental a investigação aplicada: Climatologia..................................11

Capitulo III:..............................................................................................................................12

3.1 Conclusão.......................................................................................................................12

3.2 Referências bibliográficas..............................................................................................13

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Capitulo I:

1.1 Introdução

O presente trabalho com o tema proposto pelo tutor da disciplina Técnicas e


Metodologias em Geografia Física, que é a ciência considerada um conjunto de teorias e
modelos que visam o conhecimento, a partir da aplicação de determinada metodologia em
contínuo processo de renovação. Nesta ciência observa-se constante busca de reflexões, sobre
o conhecimento científico e os desafios que se apresentam nas ciências, a partir das
necessidades humanas em constante construção e desconstrução.

1.2 Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

 Falar de forma resumida de unidades propostas para a elaboração do trabalho.

1.2.2 Objectivos específicos

 Mencionar os princípios da geografia;


 Compreender a história da evolução do pensamento geográfico;
 Debruçar a cerca do caracter científico da geografia;
 Debruçar da investigação fundamental aplicada a geologia e a climatologia.

1.3 Metodologia de pesquisa

Para a elaboração deste trabalho usou se, o método de Pesquisa bibliográfica, onde se
fez uma série de recola de informações pertinentes para o efeito do trabalho científico em
abordagem. Que é aquela que pode ser elaborada através de material já existente como livros,
artigos científicos, entre outros meios, seguida de uma pesquisa do tipo discretiva.

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Capitulo II: Fundamentação Teórica

2.1 Os princípios da Geografia

Para MOREIRA (2002) O espaço é o objecto da geografia, o conhecimento da


natureza e leis dos movimentos da formação económico-social é o seu objectivo. O espaço
geográfico é o espaço interdisciplinar da geografia. É a categoria por intermédio da qual se
busca apreender os movimentos do todo: a formação económico-social.

O princípio primordial da geografia seria o estudo dos fenómenos passados na


superfície terrestre, mas como estes tinham sua génese numa escala fenomenológica que
transcendia a epiderme do Planeta, suas dimensões eram cósmicas.

Segundo MORETTI (1993) para compreendermos a geografia produzida hoje é


necessário entender os paradigmas utilizados para a análise de seu objecto. A geografia,
enquanto ciência sistematizada surge no século XIX, no contexto do pleno desenvolvimento
da visão positivista do mundo.

A base dessa geografia é a filosofia de Kant, onde o conhecimento é adquirido através


da percepção pelos sentidos. Temos o conhecimento empírico, onde tempo e espaço são
separados.

Humboldt era botânico, como tal, fez uma série de viagens pelo mundo, procurando
fazer análise das formações vegetais, relacionadas ao solo, clima e relevo. Ritter tinha como
base de formação a história, procurou fazer relações entre a população e o meio natural.

Portanto, Humboldt diz que o princípio da geografia está ligado a geografia chamada
de "física" e Ritter a geografia conhecida como "humana".

A geografia francesa tem como sua base o funcionalismo - positivista, onde a


sociedade é vista como um todo formada por partes, formando um conjunto unitário.

2.1.1 Possibilismo

Este é o alicerce do conhecimento da geografia moderna, de um lado o, Determinismo


e do outro, o Possibilismo, ambas bases filosóficas da geografia clássica; enquadrados em
uma visão de mundo cartesiano-mecanicista, priorizando, ora racionalismo com Ratzel, ora o
empirismo com La Blache.

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O estudo regional tornou-se o centro dos trabalhos geográficos, o homem é "um ser
activo, que sofre influência do meio, porém que actua sobre este, transformando-o"

2.1.2 Nova Geografia

Essa corrente procura dar um carácter científico à geografia, que é acusada de se


preocupar apenas com o passado, utilizando-se no plano metodológico da quantificação dos
modelos e da teoria dos sistemas. Santos apresenta algumas críticas contundentes a esta
tendência na geografia.

Esta geografia encontra-se plenamente de acordo com a necessidade da nova fase de


desenvolvimento do capitalismo mundial, a revolução técnica-científica e a mundialização
econômica.

Temos o desenvolvimento do racionalismo e o domínio na ciência do empiricismo


abstracto, onde ocorre a abstracção da realidade, sendo a quantificação uma concretização
deste domínio na geografia.

2.2 Breve historial do pensamento Geográfico

2.2.1 O Pensamento Geográfico na Antiguidade Clássica

Segundo DANTAS & MEDEIROS (2008) os primeiros indícios de uma preocupação


com a distribuição dos fenómenos surgiram desde os primórdios da humanidade. Nesse
período, o homem pouco modificava a natureza, uma vez que estava muito subordinado às
condições naturais o que, provavelmente, lhe impunha uma condição de nómada. Essa
condição se exprime no constante deslocamento à procura de meios de subsistência ou em
actividades guerreiras e condiciona a uma necessidade de conservar informações sobre os
caminhos percorridos e as suas direcções.

Dessa maneira, surgem os primeiros esboços representando a superfície da Terra, isto


é, os primeiros mapas.

Desde a Antiguidade, a cartografia tem grande importância. O mapa mais antigo de


que se tem notícia data de 2500 a.C. e é uma representação de um rio, provavelmente o
Eufrates, com uma montanha de cada lado desaguando por um delta de três braços. Nesse
período, a concepção existente era de uma Terra plana, com a forma de um disco e constituída
por uma massa flutuante na água, com a abóbada celeste por cima.

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A palavra geografia (descrever a Terra) foi criada pelos gregos, povos que
originalmente vão se preocupar com a sistematização desse conhecimento.

O primeiro mapa grego de que se tem notícia foi elaborado por Anaximandro de
Mileto (650-615 a.C.), O segundo mapa da Antiguidade foi elaborado por Hecateu de Mileto
(560-480 a.C.)

Pensadores gregos e romanos

Erastóstenes (276-194 a.C.) – Além de demonstrar a existência da curvatura da Terra e


calcular suas dimensões com notável precisão, também localizou mares, terras, montanhas,
rios e cidades no primeiro sistema de coordenadas geográficas, no qual estavam presentes as
latitudes e as longitudes

Heródoto (484-425 a.C.) – Filósofo e historiador, considerado o pai da História e da


Geografia, inseriu a história dos povos no contexto geográfico.

Estrabão (64 a.C – 20 d.C) – Grande enciclopedista destaca o carácter filosófico e


transdisciplinar da Geografia. Em sua obra, afirmava que o amplo conhecimento, necessário
ao empreendimento de qualquer trabalho geográfico, deve estar relacionado tanto com as
coisas humanas como divinas, conhecimento que constitui a Filosofia.

Ptolomeu (90 – 168 d.C.) – É o último grande geógrafo da antiguidade, foi também
astrónomo e matemático. Interessou-se pelas técnicas de projecção cartográfica e elaboração
de mapas.

2.2.2 O Pensamento Geográfico na Idade Média

FERREIRA & SIMÔES (1986) consideram que com a queda do império romano e a
difusão do cristianismo iniciou-se um período de regressão no conhecimento científico e, em
consequência, no conhecimento geográfico. Afirmam ainda que Ptolomeu teria sido o último
geógrafo, com a consciência de que a terra era esférica, até o século XV. A concepção de que
lugares lendários não são objecto de uma análise por parte da ciência geográfica responde em
grande parte a insensibilidade dos geógrafos em relação a esse temário.

No período medieval, quando obras importantes como a geografia de Ptolomeu


estiveram em segundo plano, o conhecimento geográfico desenvolveu-se com base em mitos
antigos e explicações religiosas.

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As obras "leigas" e "imaginosas" de Júlio Solino (Collectana rerum memorabilim) e de
Plínio (História Natural) tiveram forte influência sobre a geografia da Idade Média, quer
"cristã" quer "leiga" (GIUCCI, 1992).

A adopção dos conhecimentos geográficos bíblicos tornou-se evidente na cartografia.


Utilizam-se mapas circulares romanos, nos quais introduziram caracteres teológicos, e não
geográficos. Assim, Jerusalém, a Cidade Santa, ocupava o centro do mapa; o Paraíso,
localizado a leste, ocupava a parte superior do mapa; o Mediterrâneo tinha uma posição
mediana. Foi esquecido que a Terra era esférica e reapareceu o conceito de Terra plana: um
disco circundado de água. (FERREIRA, 1990).

2.2.3 O Pensamento Geográfico na Idade Contemporânea

Após a Segunda Guerra, até os dias de hoje, existiram, e continuam atuando no campo
da Geografia três grandes escolas, a saber: Geografia Quantitativa, a Geografia Humanística e
a Geografia Crítica.

A análise destas correntes de pensamento decorre da intenção de aumentar a nossa


perspectiva do que possa ser moderno e pós-moderno na Geografia; deste modo, evitamos
uma discussão bipolar entre modernidade e pós-modernidade na Geografia.

A partir dos anos cinquenta, a visão sistémica, a utilização de modelos e a lógica


matemática denotam a passagem de uma

Geografia Clássica (Tradicional) para uma Geografia Moderna, a necessidade de se


fazer Geografia uma ciência, um conhecimento moderno do mundo. Segundo vários autores,
o objectivo da pesquisa geográfica é a integração entre o conhecimento geográfico e a
metodologia científica.

O estabelecimento de uma Geografia verdadeiramente científica e teórica deve possuir


clareza, simplicidade, generalidade e exactidão. (GOMES, 1996).

A Geografia Crítica surge nos finais dos anos sessenta e procura dar conta através das
análises, de mecanismo que instrumentalizem as questões sociais. Ela contrapõe-se a
Geografia Tradicional, instrumento de dominação da época.

Nessa década a importância de preservação do meio ambiente surge motivada a uma


actividade sustentável que venha proteger o mundo de impactos ambientais e surge com

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intensidade no âmbito da Geografia. Isto se deve, principalmente, aos riscos ambientais
decorrentes da exploração exagerada dos recursos naturais pelo homem.

O pensamento geográfico passa por um processo de actualização. Derruba barreiras


que estimulavam o inútil processo de decoreba. Esta nova visão conduz os geógrafos a uma
nova perspectiva, a uma revisão pautada na crítica, e para se concretizar precisa buscar nas
tendências do passado resposta para que não caia novamente num pensamento que não condiz
com a nova realidade.

2.3 Caracter cientifico da geografia

Segundo FABRINI (1993) A geografia moderna tem início no final do século XIX, no
entanto, já existia um conjunto de conhecimentos geográficos acumulados anterior a esta
época; estes já haviam sido acumulados desde a antiguidade. O início da geografia moderna
esteve marcado pela explicação ou descrição dos fenómenos naturais e comprometida com as
posições políticas de seus fundadores c sob forte influência do positivismo como método de
apreender a realidade.

Devido ao aprofundamento das relações de produção capitalista com a concentração


de capitais e o surgimento de grandes empresas capitalistas houve a necessidade da expansão
colonial e para isso, o acúmulo de um conjunto de conhecimentos geográficos "...os governos
dos países mais comprometidos com a expansão colonial como a Inglaterra, a França, a
Prússia e após 1871 a Alemanha, a Rússia, etc. (ANDRADE, 1987).

O determinismo ambiental foi o paradigma utilizado na geografia, em que as


condições naturais determinariam o comportamento humano e o desenvolvimento estaria
condicionado a estas condições "Os climas temperados são excelentes para a civilização...o
calor excessivo, debilita... e o frio excessivo estupidifica..." (SANTOS, 1986).

FABRINI (1993) argumenta que para rebater o determinismo ambiental, surge na


França o paradigma do possibilismo, em que admitia que o meio exercia influência sobre o
homem, mas dependendo do desenvolvimento de suas técnicas e disponibilidade de capital, o
homem poderia modificar o meio. Esta geografia esteve ligada ao Estado e às classes
conservadoras, já que era uma geografia institucionalizada e ligada ao poder público. Sua
grande preocupação foi a descrição do meio e suas formas de utilização resultado da noção de
género de vida.

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Para FABRINI (1993) outro paradigma da ciência geográfica que surge, também
chamado de crítico, ou radical, mas que apresentava-se como crítico ao paradigma
quantitativista e neopositivista visto acima. SANTOS denomina essa nova vertente como
geografia nova em seu livro "Por uma Geografia Nova", considerado como geografia de
combate e trata da crítica à geografia a uma geografia crítica.

Segundo CAPEL (1977) um dos aspectos característicos das ciências sociais nos
nossos dias é a consciência generalizada de crise, em particular, a crise das divisões
disciplinares existentes, e o carácter insatisfatório dos limites reconhecidos entre as distintas
especialidades científicas. E cada vez mais evidente que se impõe uma reorganização dos
campos do saber, e dos limites entre os distintos ramos especializados da ciência.

2.4 Investigação fundamental a investigação aplicada: Geologia

Segundo MENEGAT & FERNANDES (1994) Num primeiro momento, parte-se do


esgotamento da visão clássica da Geologia do século XIX e da fragmentação epistemológica a
que chegou nas décadas de 30 a 60, de modo a reconhecer que as diferentes soluções
metodológicas apresentadas deram-se no sentido de enfatizar uma suposta "particularidade"
da Geologia em relação às demais Ciências.

Para se estudar e conhecer a Terra e a sua história é necessário mapear a superfície


rochosa do planeta separando as diversas formações por seus contactos e dai se compreende o
que aconteceu no passado e o que vai acontecer no futuro. Este trabalho é desenvolvido em
duas fases distintas:

 Mapeamento regional e mapeamento de detalhes.

Em Superfície

O Mapeamento Regional

Também pode ser chamado de mapeamento global ou mapeamento estratigráfico ou


ainda mapeamento histórico. É o mapeamento das formações geológicas e sua distribuição
geográfica e espacial. Só pode ser feito em escalas reduzidas. A finalidade do mapeamento é
separar as diversas formações geológicas e determinar as suas vocações económicas para a
pesquisa de minérios e minerais, combustíveis e qualquer outra riqueza relacionada ao
desenvolvimento e o progresso de qualquer povo que as possua.
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O Mapeamento de Detalhe

Este tipo de mapeamento só pode ser realizado após o mapeamento estratigráfico. A


razão mais forte que concorre para que os mapas actuais estejam errados, é a tendência de se
fazer primeiro os mapas de detalhes e com eles compor os mapas regionais, invertendo o
processo técnico de como se fazem mapas.

Em Subsuperfície

Para investigar e avaliar a subsuperfície temos somente um método, tanto para


petróleo como para minerais: a perfuração de poços. Minérios e minerais preciosos, que forem
encontrados em superfície, há que se construir galerias, bancadas etc, assunto tratado pela
engenharia de minas, fugindo ao escopo da geologia.

Os métodos auxiliares como a Paleontologia, perfilagem elétrica, sísmica de refracção


e/ou de reflexão, e a gravimetria não tem aplicação confiável e sendo métodos muito caros, os
benefícios deles advindos, não valem a pena ser usados.

Perfis eléctricos

Este método, muito usado especialmente na exploração de petróleo, tem sua base na
resistividade eléctrica que apresenta uma formação em subsuperfície e outras características
físicas da mesma.

Perfuração de Poços

A perfuração do poço é o método em si mesmo. O estudo das amostras e testemunhos


da rocha penetrada pelas brocas ou coroas, os cuidados tomados durante a perfuração para
controlo dos danos causados pelos fluidos usados na perfuração, o estudo da profundidade dos
níveis importantes (topo dos níveis mineralizados, de reservatórios de petróleo, contacto de
formações geológicas), alargamentos das paredes, etc, constituem os próprios meios da
exploração.

Métodos Geofísicos na Geologia

A abordagem será baseada na obra de Sousa & Gandolfo que defendem que os
métodos geofísicos possibilitam a avaliação qualitativa, e em muitos casos, quantitativa, da
natureza dos terrenos investigados. Dos parâmetros definidos, destacam-se: o grau de
alteração, a presença de estruturas geológicas, a espessura dos estratos sedimentares, a

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identificação de contactos geológicos, dentre outros, características estas fundamentais para o
desenvolvimento de qualquer projecto em geotecnia.

2.5 Investigação fundamental a investigação aplicada: Climatologia

Metodologias de Investigação em Climatogeografia

A Climatologia possui dois métodos principais para os seus estudos, nomeadamente a


Climatologia Separatista e a Climatologia Sintética. (ZAVATTINI, 2009).

A Climatologia Separativa

(MONTEIRO, 1962), a Climatologia Separativa tem suas bases na Meteorologia


Tradicional e apoia-se no conceito que Hann atribuiu ao clima. No método analítico-
separatista cada elemento do clima (temperatura, pressão atmosférica, humidade,
precipitações, vento, insolação, nebulosidade, dentre outros) é considerado de forma isolada e,
com base nas observações meteorológicas realizadas, calculam-se médias que são utilizadas
para a elaboração de cartas e gráficos.

Este método, apesar de amplamente empregado nos estudos do clima de diversas


regiões do globo, ao separar os elementos climáticos, isolando-os entre si e transformando-os
em médias aritméticas, acaba por dissolver a realidade, que é constituída pelo conjunto de
elementos actuantes, uns através dos outros.

A Climatologia Sintética

A Climatologia Sintética está directamente ligada à Meteorologia Dinâmica, que


analisa o complexo atmosférico em porções individualizadas, isto é, as massas de ar
actuantes, preocupando-se, ainda, com os seus conflitos, ou seja, com os mecanismos
frontológicos que elas próprias engendram (MONTEIRO, 1962).

O mais importante no estudo da realidade climática é compreender a maneira como o


complexo se manifesta, assim como o quadro que ele compõe e a acção fisiológica que ele
exerce. Além disso, são também muito significativas as condições que determinam esse
complexo: a origem da massa de ar, quanto tempo ela permaneceu sobre um determinado
lugar, qual trajectória seguiu, quais propriedades físicas ela levou consigo e quais
transformações ela sofreu antes de atingir o ponto de observação (PÉDELABORDE, 1970).

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Capitulo III:

3.1 Conclusão

Após o fim do trabalho conclui-se que os fenómenos atmosféricos fossem plenamente


explicados as atenções deveriam estar voltadas para o ritmo, pois ele é a essência do fato
climático. Porém, os estudos de uma esfera tão dinâmica como a atmosfera, nem sempre
buscaram alcançar o equilíbrio entre a forma tradicional de abordagem (analítico separativa) e
aquela sintética.

Sobre a investigação geológica em superfície (mapeamento regional e de detalhes) e


em subsuperficie (perfis eléctricos e perfuração de poços). Em seguida abordamos os métodos
geofísicos aplicados na superfície terrestre (incluindo poços).

E por fim conclui-se que, a geografia por se apresentar como uma ciência de síntese
desenvolveu no seu seio a dicotomia entre o estudo de fenómenos naturais (Geografia Física)
e Socioeconómicos (Geografia Humana), bem como a delimitação da análise Geográfica em
âmbito Regional ou Geral.

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3.2 Referências bibliográficas

ANDRADE, V. (1987). Insucesso Escolar: Dificuldades de Aprendizagem. Lisboa:


Âncora.

DANTAS, C. & MEDEIROS, A. D. (2008). Estudos geográficos contemporâneos.


Santa Maria: Ed. UFSM.

FABRINI, J. W. (1993). Learning Disabilities: Theories, Diagnosis and Teaching


Strategies. Boston: Houghton Mifflin Company.

FERREIRA, G. & SIMÔES, R (1986).Geografia humana. 7.ed. Rio de Janeiro:


Elsevier.

FERREIRA, S. (1990). O Pensamento Geográfico. Porto Alegre: Artmed.

GIUCCI, (1992). Metodologias de Investigação em Climatogeografia. Rio Tinto:


Edições ASA.

MOREIRA, A. (2002). Introdução a geografia (6th ed.). São Paulo: Elsevier.

MORETTI (1993). Geografia e geomorfologia (10 ed.). Porto alegre: Artmed.

MONTEIRO, M. (1962). Os princípios da geografia. Lisboa: Dinalivro.

SANTOS, M. (1986). Relação geografia e a ciência. Porto: Porto Editora.

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