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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância - IED

A Geografia na actualidade

Cacupale Rapulane Ossofo - 708200127

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Didáctica de Geografia II

Ano de frequencia: 3º Ano, Turma: B

Docente: MA. Gessy José Carangueza

Nampula, Julho de 2022


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Índice 0.5

Introdução 0.5

Estrutura Aspectos Discussão 0.5


organizacionais
Conclusão 0.5

Bibliografia 0.5

Contextualização (Indicação 1.0


clara do problema)

Descrição dos objectivos 1.0


Introdução
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho

Articulação e domínio do 2.0


Conteúdo discurso académico (expressão
escrita cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão
Revisão bibliográfica nacional 2.0
e internacionais relevantes na
área de estudo

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Paginação, tipo e tamanho de 1.0


gerais letra, paragrafo, espaçamento
Formatação entre linhas

Referências Normas APA 6 Rigor e coerência das 4.0


Bibliográ ª edição em citações/referências bibliográ
ficas citações e ficas
bibliografia
Folha para recomendações para a melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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III
Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 5

2. A Geografia na actualidade .................................................................................................... 6

3. O Fenómeno da interdisciplinaridade e a globalização: Conceitos e relações ....................... 7

3.1. Conceito de interdisciplinaridade ........................................................................................ 7

3.2. Conceito de Globalização e sua relação com a interdisciplinaridade .................................. 8

3.3. Interdisciplinaridade no ceio escolar ................................................................................... 9

3.4. A Interdisciplinaridade no Ensino da Geografia ............................................................... 10

3.5. A interdisciplinaridade para o desenvolvimento da globalização ..................................... 11

3.6. Fenómeno da globalização em relação a geografia escolar ............................................... 12

4. Conclusão ............................................................................................................................. 13

5. Referências bibliográficas .................................................................................................... 14

IV
1. Introdução

Este trabalho é da cadeira de Didáctica de Geografia II, onde vamos abordar sobre a geografia
na actualidade. Diante o seu desenvolvimento vai falar do fenómeno da interdisciplinaridade e
a globalização, Interdisciplinaridade no ceio escolar, a interdisciplinaridade no ensino de
geografia, a interdisciplinaridade para o desenvolvimento da globalização e finalmente sobre
Fenómeno da globalização em relação a geografia escolar.

O objectivo Geral deste trabalho é de Analisar os Processos geográficos da actualidade. E os


objectivos específicos são:

Dar as noções de interdisciplinaridade e globalização;

Descrever a relação entre interdisciplinaridade e a globalização no ceio escolar e do ensino de


geografia; e

Explicar a importância da interdisciplinaridades no ensino da geografia.

O trabalho está estruturado em três partes, que são: Introdução, desenvolvimento e conclusão,
para além dos elementos pré e pós-textuais que o compõe.

Na elaboração do presente trabalho beneficiou-se o privilégio de ir ao encontro das obras


bibliográficas, que se encontram alistadas nas referências bibliográficas da página final do
trabalho.

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2. A Geografia na actualidade

A Geografia é um campo do conhecimento que virou, nas últimas décadas, a página dos
paradigmas. Não é mais uma forma de conhecimento descritivo e informativo, o repasse de
informações. Hoje não faz mais sentido certas preocupações, como saber por exemplo; qual o
maior rio da Terra, se é o Amazonas, o Nilo ou o Missourimississipi. (Vieira, 2012).

Segundo esse autor, não importava tanto saber a funcionalidade de cada um deles, suas bacias
hidrográficas, as conexões com os ambientes naturais e a interacção com a geovida que neles
se desenvolvia. Era importante saber as capitais dos países, a altura das montanhas ou o
número de habitantes de uma determinada cidade. A Geografia era tida como disciplina
decorativa e se tornava desinteressante para os alunos. Em momento transicional percorreu
abordagens ideológicas, com flagrantes desvios de finalidade, levando a perda de impulso no
contexto académico.

Mas de outro lado, os estudos geográficos ganharam força com novas metodologias analíticas,
interpretativas e sistémicas dos fenómenos naturais, dos processos demográficos e do
desenvolvimento a partir dos lugares estratégicos de produção na nova ordem global. Segundo
Vieira (2012):

Todos os fenómenos que modelam a superfície da Terra estão presentes nas actualidades.
Alguns com maior ou menor intensidade, de breve ou longa duração. Mas estão sempre
actuantes. As placas, o termotectonismo, assim como o quimismo natural, a morfologia física e
a geofísica cósmica representam um contínuo de acção. São fenómenos sempre actuantes da
geodinâmica terrestre, transitando formas permanentemente. A perceptibilidade de algumas
mudanças nem sempre é susceptível na breve duração de um tempo tomado como presente,
mas representam continuidades de longa duração geológica e geomorfológica. (p. 37)

Os estudos geográficos físicos, populacionais, económicos e geopolíticos são, actualmente,


abordados por metodologias científicas, produzindo conceitos e interpretações a partir de
análises sobre as causas das realidades geográficas. A relação causa efeito só produzirá
resultado científico se for estabelecida a razão geográfica da realidade em determinadas
escalas regionais e macrorregionais. A territorialidade e as interacções sistémicas com os
ambientes naturais, os processos demográficos e as mudanças geopolíticas nas
transterritorialidades constituem, pois, a razão da ruptura epistémica ocorrida na Geografia
nas últimas décadas.

No campo da Geografia que estuda os processos demográficos há marcos significativos para


novas metodologias analíticas. Há questões de actualidade que só podem ser melhor
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analisadas e interpretadas com a utilização de métodos multidisciplinares. Os ambientes
naturais e suas importâncias na sustentabilidade do geossistema Terra, as políticas de
preservação em nível global e o diferencial demográfico que se inverteu no campo da
população, faixas etárias, são notórios exemplos de problemas mundiais a serem encarados a
partir de estudos multidisciplinares.

Outra mudança significativa é em relação à semântica geográfica. A significação de termos


como cidade, fábrica, território, territorialização, desterritorialização, região, urbanização,
lugar, ecossistema, geovida e tantos outros ou perderam sentido ou mudaram de sentido ou,
ainda, foram introduzidos. (Vieira, 2012).

 Cidade: área urbana, zona urbana, região urbana;


 fábrica: unidades estratégicas de produção e montagem; território: territorialidade
exclusiva, territorialização, transterritorialidade, desterritorialização;
 região: contínua e descontínua, região nacional, região transnacional, macrorregião;
urbanização: articulação espacial, fluxos interactivos, mobilidade e convergência;
 lugar: geoestratégia, lugar local, lugar global, logística;
 ecossistema: conjunto de componentes físicos, químicos e biológicos interagindo em
ambientes naturais;
 geovida: a biodiversidade de origem nos ecossistemas.

3. O Fenómeno da interdisciplinaridade e a globalização: Conceitos e relações


3.1. Conceito de interdisciplinaridade

A palavra interdisciplinaridade data do século XX. No entanto, a origem intelectual do


conceito é mais antiga que as origens da educação interdisciplinar moderna encontrados nos
conceitos de currículos interdisciplinares e integrados; abordagens holística, interdisciplinar e
integrada do conhecimento. (De Oliveira; Arnaud & Silveira, s/d).

A interdisciplinaridade surgiu na França e na Itália em meados da década de 60, num período


marcado pelos movimentos estudantis, que dentre outras coisas, reivindicavam um ensino
mais sintonizado com as grandes questões de ordem social, política e econômica da época. O
trabalho interdisciplinar surge em contrapartida da separação das ciências, a especialização
das mesmas. (De Oliveira; Arnaud & Silveira, s/d).

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Segundo De Oliveira; Arnaud e Silveira (s/d) A palavra interdisciplinaridade é formada pela
união do prefixo inter, que exprime a ideia de "dentro", "entre", "em meio"; com a palavra
"disciplinar", que tem um sentido pedagógico de instruir nas regras e preceitos de alguma
arte.

Assim, a interdisciplinaridade é o movimento (inter) entre as disciplinas, sem a qual a


disciplinaridade se torna vazia; é um ato de reciprocidade e troca, integração e voo,
movimento que acontece entre o espaço e a matéria, a realidade e o sonho, o real e o ideal, a
conquista e o fracasso, a verdade e o erro, na busca da totalidade que transcende a pessoa
humana.

3.2. Conceito de Globalização e sua relação com a interdisciplinaridade


A globalização é um fato indiscutível, directamente ligado a transformações tecnológicas da
actualidade e à concentração mundial do poder económico. Sua definição etimológica pode
ser traduzida como um “processo de integração entre as economias e sociedades dos vários
países, especialmente no que se refere à produção de mercadorias e serviços, aos mercados
financeiros e, à difusão de informações., (Ferreira,1989) Cit. em Bourguignon (2010, p.35)

De acordo Bourguignon (2010, p.35) a globalização trouxe, em seu bojo, uma amálgama de
informações integralizadas e modernas, mas também, grandes dificuldades de ordem
económica e cultural. Económica, porque ampliou a separação entre os chamados países
desenvolvidos e não desenvolvidos e, cultural, ao ressaltar a supremacia das tradições
comportamentais das grandes potências em detrimento dos países ainda em crescimento.

Em meio a este dinâmico processo de globalização e difusão de conhecimentos, encontra-se a


escola, entendida como espaço onde se processam as actividades de socialização, civilização e
humanização dos sujeitos em formação. Concebendo a aprendizagem neste contexto, ressalta-
se a importância dos meios de comunicação e das redes informatizadas, como sendo dois dos
principais motores desta nova sociedade global, indispensáveis para conectar todos os
sectores da sociedade e suas especificidades. (Bourguignon, 2010, p.36)

Portanto, entender o significado das propostas curriculares integradas, ou da chamada


interdisciplinaridade, obriga-nos a considerar as dimensões globais da sociedade moderna e
do mundo em que vivemos e estar atentos à revolução informativa e social na qual estamos
submetidos.

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A interdisciplinaridade vem desempenhando um importante papel na solução de problemas
sociais, tecnológicos e científicos, contribuindo ao mesmo tempo, de forma decisiva, no
esclarecimento de novos e inviolados problemas, não vislumbrados pelas tradicionais
reflexões disciplinares. (Bourguignon, 2010, p.36)

É uma ideia que, embora não seja recente, actualmente se manifesta a partir da consciência
cada vez mais clara da fragmentação criada e enfrentada pelo homem em geral e pelos
educadores, de forma especial. Em associação a essa fragmentação, Luck (1994), Cit. em
Bourguignon (2010, p.36) trabalha a ideia de que se rompeu o elo da simplicidade e
estabeleceu-se uma crescente complexificação da realidade, fazendo com que o homem se
encontre despreparado para enfrentar os problemas globais que exigem dele, não apenas uma
formação polivalente, mas uma formação orientada para a visão globalizadora.

3.3. Interdisciplinaridade no ceio escolar

Segundo o enfoque pedagógico, disciplina é um termo que se relaciona com uma propagação
de um saber científico. Orientado por um paradigma teórico-metodológico positivista, a
compreensão de seus fundamentos pressupõe uma formação específica e aprofundada de seus
profissionais em determinada área de estudo. Resulta num processo de atomização do
conhecimento, enfatizando informações isoladas que passam a valer por elas mesmas e não
por suas relações, minimizando assim a capacidade de auxiliar o homem em seu processo de
compreensão e modificação da realidade em que vive. (Bourguignon, 2010, p.37)

Outro grande equívoco do postulado conteudista é sua falta de preocupação com o


aprimoramento do senso questionador de nossos educandos, desprezando a apropriação crítica
e reflexiva do conhecimento, centrando na reprodução mecânica do saber assimilado. Em
termos de ensino, o currículo organizado pelas disciplinas tradicionais conduz o aluno a um
acúmulo de pouco valerá em sua vida prática, tanto no âmbito social quanto no profissional.
(Bourguignon, 2010, p.37)

Surge então, a necessidade da busca da unidade em meio à segregação, propiciando ao


homem conectar conhecimentos e informações estanques, de tal modo que possa reencontrar a
identidade do saber. Assim, no campo da Pedagogia, a interdisciplinaridade representa uma
possibilidade de superar a dissociação das práticas escolares entre si, como também delas com
a realidade social e local. Por isso, ser interdisciplinar é conceber o universo como um todo e,
entender que dele fazemos parte. (Bourguignon, 2010, p.37)
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Aprofundando numa análise etmológica da palavra, o prefixo inter, dentre suas várias
conotações, expressa o sentido de troca e reciprocidade, e, disciplina, de ensino, instrução e
ciência. Logo, pode ser compreendida como um ato de troca, de reciprocidade entre as áreas
do conhecimento científico.

Segundo Bourguignon (2010, p.37) o caminho interdisciplinar é longo e aponta para uma
realidade que precisa ser redefinida e ampliada. Tal assertiva revela a necessidade de
professores e alunos se unirem, para que possam vivenciar, assim, uma acção educativa mais
plena e produtiva. É fundamental, no avanço construtivo de seu educando, que o professor
exerça o papel de mediador, e através de sua intervenção, possa envolver esse aluno
modificando-lhe atitudes e pensamentos.

3.4. A Interdisciplinaridade no Ensino da Geografia

Segundo Cavalcanti (2010, p. 02) a geografia é tida como uma disciplina que se aprende
decorando conteúdos, dos quais grande parte dos alunos não consegue correlacionar àquilo
que o professor explicou em sala de aula com o meio em que vive. Na abordagem
interdisciplinar, os conceitos geográficos, como espaço, lugar e paisagem, são
contextualizados no viés de outras disciplinas de forma com que o aluno perceba as mudanças
ocorridas no espaço geográfico, despertando assim, o sentimento de buscar alternativas
sustentáveis para contribuir para um mundo melhor.

Outro aspecto a considerar é a necessidade de reconhecer as vinculações da espacialidade das


crianças, de sua cultura, com o currículo escolar, com os conteúdos das disciplinas, com os
conteúdos da Geografia, com o quotidiano da sala de aula e de todo o espaço escolar. Alguns
projectos inovam porque partem do pressuposto de que não basta manter as crianças e os
jovens dentro dos muros da escola; é necessário que ali eles possam vivencia seu processo de
identificação, individual e em grupos, e que sejam respeitados nesse processo. (Cavalcanti
2010, p. 02)

Dessa maneira, o trabalho interdisciplinar somente terá condições de ser efectivo se


trabalhado de forma conjunta. A aprendizagem é um processo contínuo e pessoal, entende-se
que resulta da construção de cada indivíduo através de seu conhecimento. O ensino de
geografia fazendo parte das nossas vidas, é importante desenvolver o interesse para a
compreensão das acções naturais e as transformações que nela ocorrem.

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Para se trabalhar a interdisciplinaridade na disciplina de geografia, é preciso encontrar quais
os pontos do tema que serão abordados e que se tem em comum com outras disciplinas. É
preciso fazer uma ponte de ligação entre as áreas que serão trabalhadas, até porque nem
sempre vão estar ligadas sob um mesmo ponto de vista. Assim sendo, torna-se necessário o
desenvolvimento de novas práticas e alternativas, como a inserção da interdisciplinaridade,
que se baseia na autonomia dos alunos, pois requer uma acção democrática, permitindo assim
a participação e despertando o interesse dos alunos, que são os construtores do seu próprio
conhecimento. (Cavalcanti 2010, p. 02)

3.5. A interdisciplinaridade para o desenvolvimento da globalização

No contexto actual, marcado por uma rápida evolução nos campos político, social,
económico, ambiental e tecnológico, a Geografia do Séc. XXI deve, como defende Tormo
(2009), Cit. em Simplício (s/d), reforçar o seu papel de ciência útil para a sociedade e
assegurar o suporte estruturante do ordenamento do espaço geográfico.

É por isso que esta nova Geografia não pode deixar de ter em conta os conceitos que marcam,
desde os finais do século passado, a organização das sociedades. A designada revolução da
tecnologia da informação constitui um desses importantes conceitos, já que se reflecte, no
campo de actuação da Geografia, tanto na quantidade e qualidade da informação que é
possível recolher, tratar e disponibilizar, como nos métodos e procedimentos que suportam
esses processos; a massificação do uso do computador e da Internet, os sistemas de
posicionamento global, as imagens de satélite e a detecção remota são algumas das
tecnologias que se enquadram nesse conceito e que conduzem a novos enquadramentos em
que assenta a Geografia do Séc. XXI.

Inseridas no âmbito da revolução tecnológica, assumem particular relevância as


funcionalidades proporcionadas pelos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), desde logo
por constituírem excelentes ferramentas para armazenar, gerir, analisar e disponibilizar os
dados e a informação que apresentem uma componente geográfica (Laming, 2005) Cit. em
Simplício (s/d). O recurso aos SIG permite o uso de métodos e tecnologias geográficas para
fundamentar e apoiar a tomada de decisões em áreas como o planeamento e gestão territorial,
a protecção do ambiente e recursos naturais, as intervenções em situação de emergência, a
educação e investigação, a análise de risco e os negócios. Por isso, Claudino (2005),Ci. em

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Simplício (s/d), defende que, sobretudo na sua intervenção sobre o território, os geógrafos
devem recorrer às potencialidades dos SIG.

Outro processo que marca a Geografia do Séc. XXI e que influencia toda a sociedade, numa
escala quase universal, é a globalização, que ganhou, a partir do final do século passado,
maior expressão em resultado dos avanços nos sectores dos transportes e comunicações, da
expansão do comércio livre e da revolução tecnológica, com destaque para a Internet.

3.6. Fenómeno da globalização em relação a geografia escolar

Um aspecto importante para os estudos geográficos actuais diz respeito às migrações em


todos os continentes. (Vieira, 2012).

Essa é uma temática complexa que afecta a vida social, a estrutura económica, a condição
cultural e o equilíbrio entre territorialidade e população. As migrações em larga escala estão
muitas vezes ligadas a antigas relações de conquista e domínios coloniais. Mas é preciso
considerar, também, as que ocorrem por força da nova ordem económica mundial, que
globalizou a produção e criou, consequentemente, uma nova divisão internacional do
trabalho. Há, ainda, o factor da intelectualidade global, activando a mobilidade da população
mais jovem.

A geopolítica, por sua vez, vem alterando o mapa das nacionalidades, isoladamente ou em
blocos. Desmembramentos de países com formações étnicas conflituantes, desmoronamentos
de megablocos políticos e ideológicos, uniões de países em torno de objectivos comuns mas
resguardando as nacionalidades de origem são realidades as serem analisadas no quadro da
geopolítica actual. Trata-se de uma realidade instável, susceptível de alteração rapidamente.
(Vieira, 2012).

Esta é a Geografia actual. A Geografia do movimento das estruturas físicas, dos processos
demográficos, da geopolítica e dos signos de progresso sob variáveis ambientais. O território,
dependendo de sua extensão e posição geográfica, forma ecossistemas, naturais e urbanos, nos
quais se identificam particularidades de geovida. No conjunto da territorialidade está
caracterizada a biodiversidade e a geodiversidade em nível interactivo

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4. Conclusão

A interdisciplinaridade surgiu no século XX, como um esforço de superar a especialização da


ciência, além de superar a fragmentação do conhecimento em diversas áreas do estudo e
pesquisa. Em síntese, pode-se dizer que a interdisciplinaridade é a integração de duas ou mais
áreas curriculares com o objectivo de gerar conhecimento, formulando assim um saber crítico-
reflexivo no processo de ensino e aprendizagem. E por sua vez a globalização é um fato
indiscutível, directamente ligado a transformações tecnológicas da actualidade e à
concentração mundial do poder económico. Sua definição etimológica pode ser traduzida
como um “processo de integração entre as economias e sociedades dos vários países,
especialmente no que se refere à produção de mercadorias e serviços, aos mercados
financeiros e, à difusão de informações. Com estas definições podemos concluir que a
interdisciplinaridade no ensino de geografia olhando o contexto de globalização que se
vivencia nos momentos actuais é indispensável para uma boa assimilação de aprendizagem
por parte dos alunos, já que traduz-se que o aluno aprende a matéria da geografia decorando
os conteúdos e sem fazer a correlação daquilo que vive no seu meio. Então com a
interdisciplinaridade o aluno será capaz de perceber na prática o mundo da geografia.

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5. Referências bibliográficas

Bourguignon, J. R. (2010). Interdisciplinaridade e Globalização: Desafios e conquistas. Belo


Horizonte, v. 2.

Cavalcanti, L. S. (2010). A Geografia e a realidade escolar contemporânea: avanços,


caminhos, alternativas. Anais do I Seminário Nacional: Currículo em Movimento –
Perspectivas atua. Belo Horizonte.

De Oliveira, L. A. A.; Arnaud, A. P. A. R. e Silveira, P. M. F. (s/d). A Interdisciplinaridade e


o Ensino de Geografia. V Conedu: Congresso Nacional de Educação.

Simplício, D. (s/d). A Geografia no Contexto Actual: Uma Breve Reflexão. ISSN: 0872-6825-
20.

Vieira E. F. (2012). A Geografia Actual. Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do


Sul: IHGRGS.

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