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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de ensino


e aprendizagem na Didáctica de Geografia

Narcicia Norberto Paulo Assamo e código do estudante 708220152

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia


Cadeira de Didáctica de Geografia II
3º Ano

Pemba, Abril, 2024

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Classificação
Pontuação Nota do Subtotal
Categorias Indicadores Padrões Máxima tutor
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização
(Indicação clara do 1,0
Introdução problema)
Descrição dos objectivos 1,0

Metodologia adequada ao 2,0


Conteúdo
objecto do trabalho
Articulação e domínio do 2,0
discurso
Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
Análise e
relevantes na área de
discussão
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho
Gerais de letra, paragrafo, 1,0
espaçamento entre linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações/referências 4,0
citações e bibliograficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser Preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5
Objectivos ........................................................................................................................................ 5
Metodologia ..................................................................................................................................... 5
1. O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de ensino e
aprendizagem na Didáctica de Geografia ........................................................................................ 6
1.1. O papel metodológico da subjectividade na melhoria do processo de ensino e aprendizagem
na Didáctica de Geografia ............................................................................................................... 7
1.2. O papel metodológico da identidade na melhoria do processo de ensino e aprendizagem na
Didáctica de Geografia .................................................................................................................... 8
Conclusão ...................................................................................................................................... 10
Bibliografia .................................................................................................................................... 11

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Introdução
O processo de ensino‐aprendizagem da geografia escolar está repleto de saberes e de práticas
confusas, caracterizadores do saber institucionalizado. Essa manifestação, na modernidade,
assegura uma expressão mnemônica ao processo educativo, cuja utilidade prática não existe na
vida dos indivíduos. Herança do Século XVII, esse escopo vem dissimulando uma perspectiva
fragmentária, funcionalista e organicista nas diversas esferas da sociedade e do seu
conhecimento. Assim, urge que se reflita essa teia imaginária, através das produções subjectivas e
identitárias inerentes aos sujeitos em aprendizagem, ou seja, por meio das representações sociais
constituídas na relação com o espaço vivido, na comunicabilidade estabelecida, devido à
necessidade de interlocução, reflexão e análise dos perigos e das possibilidades que essa
realidade nos traz para um efectivo entendimento da lógica da territorialidade dos lugares, dos
homens e de sua acção.
Neste contexto, a presente trabalho da cadeira de Didáctica de Geografia II onde visa abordar
sobre: O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de ensino e
aprendizagem na Didáctica de Geografia.

Objectivos
O presente trabalho traz com sigo os seguintes objectivos:
 Objectivo Geral: analisar o papel metodológico da subjectividade e identidade na
melhoria do processo de ensino e aprendizagem na Didáctica de Geografia.
 Objectivos específicos:
 Identificar o papel metodológico da subjectividade e identidade na
melhoria do processo de ensino e aprendizagem na Didáctica de Geografia;
 Caracterizar com exemplos concretos, o papel da Geografia escolar na
formação das condutas humanas;
 Explicar o papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria
do processo de ensino e aprendizagem em Geografia
Metodologia

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a de consulta bibliográfica de variadas
obras, artigos e trabalhos científicos, neste contexto os autores da referida obra estão devidamente
citados dentro do trabalho assim como na bibliografia final.
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1. O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de ensino e
aprendizagem na Didáctica de Geografia
O processo de ensino‐aprendizagem poderia ser estabelecido por três tipos de conhecimento:
aqueles ditos científicos ou produzidos pelos pesquisadores; os dos programas escolares e os
ditos dos factos quotidianos divulgados pela televisão, pelos livros, literatura, viagens, contactos,
entre outros (Laurin, 1999).
Esses conhecimentos circulam na sociedade e se renovam nas gerações. Destarte, se o ensino da
geografia tem por objetivo educar para o entendimento do espaço, que vai do próximo ao
distante, do simples ao complexo, num cotejamento permanente entre essas instâncias (Almeida e
Passini, 2006), torna‐se urgente entender o mundo, a sociedade, a ciência e os sujeitos. O
conhecimento geográfico transita pelo viés do quotidiano e, através dele, mantém relações
espaciais mais amplas e complexas sendo apreendido e difundido, sobretudo, no seio da família,
da escola e da sociedade.
Nesse movimento, convém que a geografia escolar transcenda o enfoque centralizador da
organização espacial em sua dimensão “macro‐estrutural”, que lhe é característico, dando
significação particular às micropolíticas de subjectivação espacial (re) produzida pelos sujeitos no
seu entorno. Essa apreensão aufere a valorização da subjetividade do sujeito na (re) produção do
espaço vivido, pois permite a comunicabilidade geográfica dos elementos constitutivos do
tempo/espaço vivido.
Todo lugar é reconhecido segundo valores sociais e espaciais. Esses são reflexos das práticas e
das aspirações humanas. Portanto, a identificação e o conhecimento do lugar, enquanto
materialidade humana construída, pressupõem um adentramento nessas representações para
servir como base para a construção de uma identidade e consciência territorial. Nesse sentido, as
interações vivenciadas pelos alunos com o seu ambiente (espacial, social, temporal e cultural)
podem ser levadas em consideração, a fim de permitir uma aprendizagem significativa (Moura,
1999). As experiências originadas dessas interações constituem o percebido e vivido, que é
reconstruído em imagens pelas leituras produzidas na vivência com o ambiente. As experiências
decorrem da manifestação das representações imaginárias dos indivíduos, as quais constituem as
ideias, os conceitos, os símbolos e são mentalmente elaboradas num contexto ideológico
particular e projectadas pelo pensamento. Elas são basilares para as aprendizagens escolares.

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Logo, considerá‐las no processo de ensino‐aprendizagem da geografia escolar conduzirá ao
aprofundamento de ideias e de conceitos, a fim de se desenvolver outro olhar sobre o mundo
(Harlen, 1994).
Essa consideração possibilita o desenvolvimento de uma metodologia de ensino‐aprendizagem
específico na apreensão efectiva dos conhecimentos sócio‐espaciais em suas contradições e
interesses. A geografia pontuaria pedagogicamente as relações entre os meios físicos e humanos
por meio das práticas efetivas do cotidiano dos alunos (Bailly,1999).
As representações sociais, como produto e processo, são construídas com base nessas práticas
(ABRIC, 1994; 1996) e podem iniciar o processo de ensino-aprendizagem, enquanto teorização
na/da didática, a fim de melhorar os conteúdos e de contribuir com o desenvolvimento
intelectual, social e afectivo dos alunos.

1.1. O papel metodológico da subjectividade na melhoria do processo de ensino e


aprendizagem na Didáctica de Geografia
Na didáctica de geografia, o papel da subjetividade pode desempenhar um papel importante na
melhoria do processo de ensino e aprendizagem. A subjetividade refere-se às experiências
individuais, perspectivas e interpretações pessoais que os alunos trazem para a sala de aula. Ao
considerar a subjectividade dos alunos, os professores podem adaptar suas abordagens de ensino
para criar um ambiente mais inclusivo e engajador. Segundo Soja (2008) aqui estão alguns
aspectos do papel metodológico da subjectividade na didáctica de geografia:
 Contextualização: reconhecer e valorizar as experiências e conhecimentos prévios dos
alunos em relação à geografia, permitindo que eles se conectem com os conteúdos de
forma mais significativa.
 Inclusão de múltiplas perspectivas: ao incorporar diferentes pontos de vista e experiências
pessoais na abordagem do ensino da geografia, os professores podem enriquecer as
discussões em sala de aula e promover uma compreensão mais ampla e crítica do mundo.
 Empatia e sensibilidade cultural: ao considerar a diversidade cultural e experiências
individuais dos alunos, os professores podem criar um ambiente que promova a
sensibilidade cultural e a compreensão intercultural, aspectos fundamentais no estudo da
geografia.

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 Estímulo ao pensamento crítico: ao encorajar os alunos a expressar suas opiniões e
perspectivas pessoais sobre questões geográficas, os professores podem promover o
desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade analítica.
Portanto, ao reconhecer e integrar a subjetividade dos alunos no processo de ensino-
aprendizagem, os professores podem contribuir para uma educação geográfica mais rica,
relevante e inclusiva.

1.2. O papel metodológico da identidade na melhoria do processo de ensino e aprendizagem


na Didáctica de Geografia
Na didáctica de geografia, a identidade dos alunos desempenha um papel crucial no processo de
ensino e aprendizagem. Segundo Silva (2001) a identidade refere-se à forma como os alunos se
veem, como se identificam em termos de sua cultura, origem, experiências e valores. Considerar
a identidade dos alunos na prática educativa pode enriquecer significativamente o processo de
ensino e aprendizagem. Aqui estão alguns pontos que destacam o papel metodológico da
identidade na didática de geografia segundo Mombeig (2003) são:
 Relevância cultural: ao incorporar elementos da identidade dos alunos em atividades e
conteúdos de geografia, os professores podem tornar o aprendizado mais relevante e
significativo para os estudantes, conectando os conceitos geográficos com suas próprias
experiências e referências culturais.
 Inclusão e diversidade: considerar a diversidade de identidades na sala de aula, incluindo
diferentes origens étnicas, culturais, sociais e pessoais, pode promover um ambiente
inclusivo que valoriza a pluralidade de perspectivas e experiências.
 Empoderamento dos alunos: ao reconhecer e respeitar a identidade dos alunos, os
professores podem promover o empoderamento dos estudantes, incentivando-os a
explorar e compartilhar suas próprias narrativas geográficas, contribuindo assim para um
ambiente educacional mais democrático e participativo.
 Desconstrução de estereótipos: ao abordar questões relacionadas à identidade na educação
geográfica, os professores podem ajudar os alunos a desconstruir estereótipos e
preconceitos, promovendo uma compreensão mais crítica e reflexiva do mundo ao seu
redor.

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Portanto, ao considerar a identidade dos alunos como parte integrante do processo educativo em
geografia, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem mais inclusivo, significativo
e enriquecedor.

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Conclusão
O presente trabalho conclui que contemporaneidade, e pelas demais disciplinas se caracteriza
como centralizador do saber e do fazer. Esse escopo, herdeiro de uma perspectiva fragmentária,
dicotômica, tecnocrática, pragmática e positivista, vem sendo veiculado desde o surgimento das
ciências e, em especial, no ensino de geografia. Mesmo após o movimento de Renovação da
Geografia Crítica, na década de 70, notamos que pouco foi modificado no tratamento dado ao
objetivo do estudo dessa disciplina na sala de aula.
Essas heranças longínquas, face às mudanças contemporâneas, afectam professores, alunos e
todas as famílias, pois conformam uma determinada concepção de homem, de sociedade e de
mundo, desvelando uma ineficácia metodológica no trabalho geográfico, no tocante à função
social do seu ensino, qual seja: contribuir para a formação do cidadão que reconheça o mundo em
que vive, que se compreenda como indivíduo social, capaz de construir a sua história, a sua
sociedade, o seu espaço e que consiga ter os mecanismos para tanto.
Existem várias significações subjetivas atribuídas ao espaço, que influenciam o imaginário dos
alunos na elaboração cognitiva que eles fazem do seu lugar conseguinte, experienciar o espaço
com base nos sentidos e nas ações individuais e colectivas intrínsecas a ele intensifica a tensão
socio espacial, marcada pelos aspectos positivos e negativos, em que as práticas de socialização,
de valorização e de pertença assumem lugar. Elas reforçam mais a relação entre as estruturas
sociais e espaciais, mostrando que os alunos são portadores de experiências, de ideias e de
conhecimentos subjetivamente enraizados no espaço vivido. Portanto, apreender o espaço, nas
dimensões estéticas, afetivas e sócio‐simbólicas, é mais um acto de investimento e um ato de
interpretação de um dado espaço. Esses investimentos e interpretações podem servir como base
de conhecimentos significativos e pertinentes a fim de melhorar a geografia escolar.

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Bibliografia
Almeida, R. D. e Passini, E. Y. (2006). O espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo:
Contexto.
Bailly, A. (1999). Voyage en géographie. Paris: Anthropos‐econômica.
Harlen, H. (1994). Enseñanza y apprendizaje de las ciencias. Madrid: Morata.
Laurin, S. (1999). La géographie au tableau: problématique de l’école québécoise. Les cahiers
de géographie du Québec. Canada.
Mombeig, P. (2003). Novos estudos da geografia humana. São Paulo: Difusão do Livro.
Moura, G. R. S. (1999). Mudança conceitual: uma abordagem de ensino. São Paulo: Revista
ciência geográfica.
Silva, A. C. (2001). Fenomenologia e geografia. São Paulo: USP.
Soja, E. W. (2008). Geografias pós‐modernas: a reafirmação do espaço na teoria social crítica.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

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