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Inocência Jacinto - Etica Profissional
Inocência Jacinto - Etica Profissional
Código: 708212824
Ano de frequência: 40
3 Conclusão ................................................................................................................................ 9
Hoje em dia, com a concorrência cerrada existente, como ser um empresário agressivo sem
deixar de lado a ética? Como ser um profissional super-motivado sem se esquecer da moral e
normas de conduta? Nestes tempos de globalização e reestruturação competitiva, as empresas
que se preocupam com a ética e conseguem converter as suas preocupações em práticas
efectivas, mostram-se mais capazes de competir com o sucesso e conseguem obter não apenas a
satisfação e a motivação dos seus profissionais, mas também resultados compensadores nos seus
negócios. Ética, enquanto filosofia e consciência moral, é essencial à vida em todos os seus
aspectos, seja pessoal, familiar, social ou profissional. Assim, enquanto profissionais e pessoas,
dependendo de como se comportam, por exemplo, nas relações de trabalho, podem estar a
colocar seriamente em risco a sua reputação, a sua empresa e o sucesso nos seus negócios.
1.2 Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
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2 Revisao de literatura
De acordo com Arantes (2012), Ética é, segundo o dicionário, o domínio da filosofia que procura
determinar a finalidade humana e os meios de a alcançar; ou a ciência que tem por objecto o
juízo de apreciação com vista à distinção entre o bem e o mal. Arantes (2012), Ética também
pode ser entendido como a moral, ou a ciência da moral.
Para Arantes (2012), Mas, na verdade ética é a parte da Filosofia que menos atrai a atenção da
sociedade, já que trata de moral - normalmente entendida como uma preocupação secundária.
Para Freitas (2020), De uma forma geral, ética, como disciplina ou campo de conhecimento
humano, refere-se à teoria ou aos estudos sistemáticos sobre a prática moral. Para Freitas
(2020),A ética analisa e critica os fundamentos e os princípios que orientam ou justificam
determinados sistemas e conjuntos de valores morais, Por outras palavras, ética é a ciência da
conduta, a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade.
Segundo Freitas (2020), Ética é o processo consciente ou intuitivo que nos ajuda a escolher entre
vícios e virtudes, entre o bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e
firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem.
Para Silva et al. (2020), Ser ético é, portanto, procurar sempre o bem, combater vícios e
fraquezas, cultivar virtudes, proteger e preservar a vida e a natureza. Segundo Silva et al. (2020),
Também abrange toda a reflexão que fazemos sobre o nosso agir e sobre o sentido ou missão da
nossa vida, bem como sobre os valores e os princípios que inspiram e orientam a nossa conduta,
procurando a verdade, a prática de virtudes e a felicidade.
De acordo com Silva et al. (2020), Não devemos confundir ética e moral. A ética não cria a
moral nem estabelece os seus princípios, normas ou regras. Segundo Silva et al. (2020), Ela já
encontra, numa dada sociedade ou grupo, a realidade moral vigente e parte dessa realidade para
entender as suas origens, a sua essência, as condições objectivas e subjectivas dos actos morais e
os critérios ou parâmetros que justificam os juízos e os princípios que regem as mudanças e
sucessão de diferentes sistemas morais (Silva et al., 2020).
Para Silva et al. (2020), A ética também estuda e trata a responsabilidade do comportamento
moral. A decisão de agir numa dada situação concreta é um problema prático moral; verificar se
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a pessoa podia ou não ter escolhido e agido de acordo com a decisão que tomou é um problema
ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo ao qual os nossos actos estão sujeitos, Se o
determinismo é total e vem de fora para dentro (normas de conduta pré-estabelecidas que
devemos seguir) não há qualquer espaço para a liberdade, para a autodeterminação e, portanto,
para a ética (Freitas, 2020).
Para Silva et al. (2020), Ética profissional é, segundo muitos autores, um conjunto de normas de
conduta que devem ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Segundo Silva et al.
(2020), É a acção reguladora da ética, agindo no desempenho das profissões, que faz com que o
profissional respeite o seu semelhante quando no exercício da sua profissão.
Para Santos (2022), A ética profissional estuda e regula o relacionamento do profissional com os
clientes, visando a dignidade humana e a construção de bem-estar no contexto sócio-cultural
onde este exerce a sua profissão.
Segundo Santos (2022), A ética atinge todas as profissões e quando falamos de ética profissional
estamos a referir-nos ao carácter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão
a partir de estatutos e códigos específicos. Freitas (2020), Desta forma temos o código de ética
dos médicos, dos advogados, dos engenheiros, etc.
Segundo Freitas (2020), Sendo a ética inerente à vida humana, a sua importância é bastante
acentuada na vida profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e
responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que delas beneficiam.
Segundo Fraga (2018), O indivíduo não deve esquecer a sua situação profissional; quanto mais
importante e elevada for a actividade desempenhada, mais ela será projectada eticamente sobre o
profissional, impondo-lhe uma conduta que não o prejudique como trabalhador, nem prejudique
a profissão que exerce. Para Fraga (2018), Quanto mais transcendente e influente for a profissão,
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maior será o nível de exigência sob o ponto de vista ético, e maiores deveres imporá ao
indivíduo.
De acordo com Fraga (2018), Sendo assim, antes de exercer determinada profissão ou antes de
ingressar numa faculdade, o estudante deve fazer uma opção profissional consciente. Feita a
escolha, este deve preparar-se consciente e convenientemente para o exercício da futura
actividade. Para Fraga (2018), Os bons profissionais são aqueles que, ao ingressar numa
actividade, o façam em consciência, com dignidade e não apenas com o objectivo de obter lucro
e realização fácil. Na verdade, todas as profissões e, com elas, toda a sociedade, sofrerão quando
exercidas por indivíduos inaptos, desajustados e sem nível ético condigno.
Segundo Silva et al. (2022), Não obstante os deveres de um profissional, os quais são
obrigatórios, devem ser levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o
enriquecimento da actuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.
Para Silva et al. (2022), Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa
vontade, aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer da sua actividade
profissional, consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos
deveres profissionais.
Segundo Clauss Moller, citado por Silva et al. (2022), a associação entre as virtudes lealdade,
responsabilidade e iniciativa são fundamentais para a formação de recursos humanos. O futuro
de uma carreira depende dessas virtudes.
Para Rego & Cunha (2015), A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a
empregabilidade. Para Rego & Cunha (2015), Um funcionário leal sente-se feliz quando a
organização ou o seu departamento é bem sucedido, defende a organização, tomando medidas
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concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho em fazer parte da organização, fala positivamente
sobre ela e defende-a contra críticas.
De acordo com Rego & Cunha (2015), Lealdade significa fazer críticas construtivas, mas
mantendo-as dentro do âmbito da organização. Significa agir com a convicção de que o seu
comportamento vai promover os legítimos interesses da organização.
Para Rego & Cunha (2015), As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por
uma terceira, a iniciativa, capaz de colocá-las em movimento.
De acordo com Freitas (2020), Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização
significa ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pela organização. Num contexto de
empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projecto no interesse da
organização ou da equipa, mas também assumir responsabilidade pela sua complementação e
implementação (Silva et al., 2020).
Para Rego & Cunha (2015), Para além destas pode-se acrescentar outras qualidades importantes
no exercício de uma profissão:
Honestidade;
Sigilo;
Competência;
Prudência;
Coragem;
Perseverança;
Compreensão;
Humildade;
Imparcialidade;
Optimismo (Rego & Cunha, 2015)
Segundo Arantes (2012), Um código de ética é um acordo explícito entre os membros dum grupo
social: uma categoria profissional, um partido político, uma associação civil etc. Arantes (2012),
O seu objectivo é explicitar como aquele grupo social, que o constitui, pensa e define a sua
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própria identidade política e social; e como aquele grupo social se compromete a realizar os seus
objectivos particulares de um modo compatível com os princípios universais da ética.
Para Silva et al. (2020), Um código de ética começa pela definição dos princípios que o
fundamentam e articula-se em torno de dois eixos de normas: direitos e deveres.
Silva et al. (2020), Ao definir direitos, o código de ética cumpre a função de delimitar o perfil do
seu grupo. Ao definir deveres, abre o grupo à universalidade. Esta é a função principal de um
código de ética. Silva et al. (2020), A definição de deveres deve ser tal que, por seu
cumprimento, cada membro daquele grupo social realize o ideal de ser humano.
Para Santos (2022), A ética empresarial atinge as empresas e organizações em geral. A empresa
necessita de se desenvolver de tal forma que a ética, a conduta ética dos seus integrantes, bem
como, os valores e convicções primários da organização, tornam-se parte da sua cultura.
Segundo Karl Marx citado por Santos (2022), a ética é uma expressão das relações económicas.
As empresas têm como meta o lucro, de modo que para cumprir essa finalidade elas gerem
relações com os empregados, clientes, fornecedores, governo e sociedade, e concorrentes. Desta
forma, como enfrentar a concorrência, cada vez maior, sem recorrer a truques sujos?
Segundo Fraga (2018), Nas empresas, o estrago de uma atitude anti-ética pode ter um impacto
muito grande. Falhas éticas "arranham" a imagem da empresa e levam-nas a perder clientes e
fornecedores importantes, dificultando o estabelecimento de parcerias, pois na hora de dar as
mãos, além de levantar as afinidades culturais e comerciais, as empresas também verificam se
existe compatibilidade ética entre elas (Silva et al., 2022).
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Para Santos (2022), Recuperar a imagem de uma empresa é uma tarefa muito difícil. Quando
uma companhia age correctamente, o tempo de vida desse facto na memória do público é de
cinco minutos, mas a lembrança de uma transgressão à ética pode durar cinquenta anos. Santos
(2022), A percepção do público tem um impacto directo sobre os lucros da empresa e a empresa
que quiser competir com sucesso nos mercados nacional e mundial, terá que manter uma sólida
reputação de comportamento, Santos (2022), Os líderes empresariais descobriram que a ética
passou a ser um factor que agrega valor à imagem da empresa.
Para Arantes (2012), Da mesma forma que o indivíduo é analisado pelos seus actos, as empresas
(que são formadas por indivíduos) passaram a ter a sua conduta mais controlada e analisada,
sobretudo após a edição de leis que visam a defesa de interesses colectivos.
De acordo com Silva et al. (2020), Nessa dimensão ética distinguem-se dois grandes planos de
acção que são propostos como desafio às organizações: de um lado, em termos de projecção dos
seus valores para o exterior, fala-se em empresa cidadã, no sentido de respeito ao meio ambiente,
incentivo ao trabalho voluntário, realização de algum benefício para a comunidade,
responsabilidade social, etc.
Segundo Silva et al. (2020), Por outro lado, sob a perspectiva do seu público mais próximo,
como executivos, empregados, colaboradores, fornecedores, accionistas, fazem-se esforços para
a criação de um sistema que assegure um modo ético de operar, sempre respeitando a filosofia da
organização e os princípios do direito.
Para Freitas (2020), Muitas empresas de respeito empreendem um esforço organizado, a fim de
encorajar a conduta ética entre os seus empregados. Para tal, criam princípios e valores que são
transformados em baluartes da organização. Freitas (2020), Através deles, implantam códigos de
ética, idealizam programas de formação para os seus executivos e empregados, criam comités de
ética, capacitam líderes que percorrem os estabelecimentos da organização incentivando o
desenvolvimento de um clima ético, além de outras acções.
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Nessa perspectiva, para Freitas (2020), as empresas que utilizam todos estes instrumentos,
conquistam um clima muito favorável à assimilação, por parte de todos os seus colaboradores,
daqueles princípios e valores, que pouco a pouco vão-se disseminando por toda a organização.
Adquirem a consciência de que a ética nasce de um imperativo, que emerge de uma convicção
interior, reclamando coerência entre os princípios defendidos e as atitudes tomadas.
De acordo com Rego & Cunha (2015), Com efeito, a empresa que desenvolve programas de
ética, preocupando-se com a criação e desenvolvimento de clima ético no ambiente de trabalho,
terá agregada à sua imagem um excelente factor de competitividade.
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3 Conclusão
Com este artigo pretendeu-se dar uma noção de ética, explicar o que é a ética profissional e sua
importância no exercício de uma profissão, virtudes a cultivar e o que é a ética empresarial e qual
a sua importância para o sucesso da empresa. Pois esta é deveras importante para o sucesso
pessoal. Sem ética não se pode esperar grandes resultados pois, mais cedo ou mais tarde, se
tornará visível aos olhos dos outros a falta de ética, que tornará essa pessoa ou empresa mal vista
aos olhos dos outros, denegrindo de forma drástica a sua imagem
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4 Referências bibliográficas
Rego, A., & Cunha, M. P. (2015). As virtudes nas organizações As virtudes nas organizações.
Analise Psicologica, December. https://doi.org/10.14417/ap.1022
Silva, W. T., Mesquita, E. O., & Ferreira, S. K. C. (2020). Impactos positivos da liderança no
processo produtivo. Revista de Economia, Empresas e Empreendedores Na CPLP, 1, 74–
95.
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