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Inocência Jacinto-Geografia Regional
Inocência Jacinto-Geografia Regional
Código: 708212824
Ano de frequência: 40
1 Introdução................................................................................................................................. 1
3 Conclusão ................................................................................................................................. 6
4 Referências ............................................................................................................................... 7
1 Introdução
1.2 Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
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2 Revisao de literature
De acordo com Arnstein (2020), Nos últimos anos a economia de Moçambique tem atravessado
diferentes transformações estruturais e sectoriais resultantes, principalmente, de entrada de
grandes volumes de investimento (aproximadamente 18.600,00 milhões de USD no período
compreendido entre 2001 e 2013, apenas para o investimento directo estrangeiro, (BOLETIM
ESTATÍSTICO, 2010-2013). Portanto, é importante analisar de que forma estes se distribuem
pelos sectores da economia e o impacto dos mesmos na qualidade de vida da população.
Para Arnstein (2020), Verifica-se uma concentração do investimento aprovado em dois sectores
da economia, ou seja, aproximadamente 50% do investimento aprovado no período em análise
distribui-se entre o sector da agricultura e o sector extractivo (recursos minerais e energia). De
acordo com os dados do CPI4 o investimento aprovado entre 2001 e 2010 concentra-se num
número reduzido de grandes projectos, sendo que 90% do valor dos investimentos aprovados
(não necessariamente realizados) concentra-se em aproximadamente 6.7% dos projectos
(Arnstein, 2020). Os seguintes projectos destacam-se: (1) Ferro e aço de Maputo; (2) expansão da
Mozal; (3) Pemba Bay (projecto no sector do turismo); (4) Vale de Moçambique; (5) Portucel
Moçambique (florestas); e, (6) Lúrio Green Resources (florestas) (Arnstein, 2020).
Mosca, Abbas e Bruna citados por Chichava (2018), referem que existe uma grande injecção de
recursos, sobretudo externos e em grandes investimentos, sobretudo o investimento directo
estrangeiro. Para Chichava (2018), A entrada destes grandes volumes de capital estrangeiro
reflecte uma política expansionista que resulta num incremento das exportações e o aumento do
emprego, embora os grandes projectos sejam pouco geradores de emprego e mais intensivos em
capital pela própria natureza do negócio. Portanto, para Chichava (2018), estes grandes projectos
aplicam-se principalmente à produção virada para a exportação com menor desenvolvimento do
mercado interno e baixas ligações intersectoriais.
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2.1 Variações Económicas em Moçambique
Segundo IFRC (2020), Moçambique é propenso a desastres naturais, como ciclones tropicais e
inundações, que causam danos significativos à infraestrutura e à agricultura, afetando
negativamente o crescimento económico e aumentando a vulnerabilidade do país.
Para Hanlon (2019), O país enfrentou desafios relacionados à gestão da dívida, especialmente
após a revelação da chamada "dívida oculta" em 2016, que levou a uma crise financeira e à
suspensão da assistência internacional.
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volatilidade nos preços dessas commodities no mercado internacional tem impacto direto na
receita do país e na estabilidade económica. Por exemplo, quedas nos preços das commodities
podem resultar em déficits orçamentários e desequilíbrios na balança comercial (Hanlon, 2019).
De acordo com IFRC (2020), Moçambique é suscetível a choques externos, como desastres
naturais, flutuações nos preços das commodities e crises económicas globais, Estes eventos
podem desestabilizar a economia do país e comprometer os esforços de desenvolvimento. Por
exemplo, o ciclone Idai em 2019 causou danos significativos à infraestrutura e à agricultura,
exacerbando os desafios económicos existentes (IFRC, 2020).
Segundo Arnstein (2020), Variações económicas significativas muitas vezes contribuem para a
instabilidade política e social em Moçambique, a deterioração das condições económicas pode
levar a protestos, agitação civil e insatisfação popular, colocando pressão sobre o governo e
ameaçando a coesão social.
Para Chichava (2018), A volatilidade económica pode minar os esforços do governo para
implementar políticas públicas eficazes. A capacidade de financiar programas sociais e de
desenvolvimento é comprometida durante períodos de crise económica, limitando o alcance e a
eficácia das políticas destinadas a promover o crescimento inclusivo e a redução da pobreza
(Chichava, 2018).
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2.2.4 Desigualdade e Pobreza
Segundo UNDP (2021), a volatilidade económica torna desafiador para Moçambique alcançar os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente aqueles relacionados à
erradicação da pobreza, saúde e bem-estar, educação de qualidade e trabalho decente e
crescimento económico (UNDP, 2021).
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3 Conclusão
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4 Referências
Hanlon, J. (2019). The hidden debt and lessons from Mozambique. Development and Change,
50(2), 351-372.