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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA-CUAMBA

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das nações

Autora: Inocência Jacinto

Código: 708212824

Ano de frequência: 40

Cuamba, Abril de 2024


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA-CUAMBA

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das nações

Trabalho científico de carácter avaliativo a ser


submetido no Instituto de Educação à Distância,
no curso de licenciatura em Ensino da Língua
Portuguesa, na Disciplina: Técnicas e
Metodologias em Geografia Humana.

Cuamba, Abril de 2024


Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuação Nota do Subrogai


máxima Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Introdução 0.5
Estrutura
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara dos Objectivos) 1.0
Introdução Descrição dos Objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
Conteúdo
objecto de trabalho

Análise e Articulação do domínio do 2.0


Discussão discurso académico
(Expressão, escrita cuidada,
coerência/ coesão/textual)

Revisão bibliográfica 2.0


nacional e internacionais
relevantes na área de estudo

Exploração de dados 2.0


Conclusão Contributos Teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho da 1.0
gerais letra, paragrafa, espaçamento
entre linhas

Referências Norma APA 6ª Rigor e coerência das 4.0


Bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia
Índice

1 Introdução................................................................................................................................. 1

1.1.1 Objectivo Geral.......................................................................................................... 1

1.1.2 Objectivos específicos ............................................................................................... 1

1.2 Metodologia ...................................................................................................................... 1

2 Revisão de Literatura ............................................................................................................... 2

2.1 Potencialidades da Integração Regional ........................................................................... 2

2.1.1 Ampliação do Mercado ............................................................................................. 2

2.1.2 Cooperação em Infra-estrutura e Desenvolvimento .................................................. 2

2.1.3 Fortalecimento da Cooperação Política e Diplomática ............................................. 3

2.2 Desafios da Integração Regional ...................................................................................... 3

2.2.1 Divergências Económicas e Sociais .......................................................................... 3

2.2.2 Soberania e Identidade Nacional ............................................................................... 4

2.2.3 Vulnerabilidade a Choques Externos ........................................................................ 4

3 Conclusão ................................................................................................................................. 6

4 Referências ............................................................................................................................... 7
1 Introdução

A integração regional tem sido uma estratégia crucial adoptada por muitas nações em todo o
mundo para promover o desenvolvimento económico, político e social. Ao unir esforços e
recursos, os países podem alcançar uma maior eficiência e competitividade nos mercados globais
(Baldwin, 2016). No entanto, essa abordagem não está isenta de desafios e obstáculos que podem
limitar seu sucesso. Neste trabalho, exploraremos as potencialidades e desafios da integração
regional para o desenvolvimento das nações, utilizando exemplos concretos e analisando o
impacto desses processos na economia, na política e na sociedade.

1.1.1 Objectivo Geral

 Falar sobre o Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento


das nações.

1.1.2 Objectivos específicos

 Debruçar sobre o Potencialidades da Integração Regional;


 Analisar a Cooperação em Infra-estrutura e Desenvolvimento;
 Descrever o Potencialidades e desafios da integração regional para o desenvolvimento das
nações.

1.2 Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.

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2 Revisão de Literatura

2.1 Potencialidades da Integração Regional

2.1.1 Ampliação do Mercado

Segundo Frankel (1997), Uma das principais potencialidades da integração regional é a


ampliação do mercado para os países membros. Ao eliminar barreiras comerciais, como tarifas e
quotas, e facilitar o livre comércio entre si, os países podem acessar um mercado maior para seus
produtos e serviços. Isso pode levar a um aumento significativo nas exportações e no crescimento
económico (Frankel, 1997).

De acordo com Baumann & Buss (2009), A integração regional cria um mercado mais amplo
para os países membros, aumentando as oportunidades de comércio e investimento, Por exemplo,
a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) facilita o comércio entre seus membros,
promovendo um crescimento económico mais robusto na região.

Segundo Baumann & Buss (2009), Um exemplo notável é o Mercosul, formado por Argentina,
Brasil, Paraguai e Uruguai. Ao integrar suas economias, esses países conseguiram criar um
mercado comum que facilita o comércio e o investimento entre eles. Isso resultou em um
aumento do comércio intra-regional e em uma maior competitividade no mercado global
(Baumann & Buss, 2009).

2.1.2 Cooperação em Infra-estrutura e Desenvolvimento

Segundo Estevadeordal et al. (2003), Outra potencialidade da integração regional é a cooperação


em infra-estrutura e desenvolvimento. Baumann & Buss (2009), Os países membros podem unir
esforços para financiar e desenvolver projectos de infra-estrutura, como estradas, ferrovias,
portos e redes de energia. Isso não só melhora a conectividade entre os países, mas também
impulsiona o desenvolvimento económico e social em toda a região (Estevadeordal et al., 2003).

Para Estevadeordal et al. (2003), A integração regional permite que os países membros cooperem
no desenvolvimento de infra-estrutura compartilhada, como estradas e redes de transporte. Para
Estevadeordal et al. (2003), Um exemplo é o Corredor de Desenvolvimento Económico China-
Paquistão (CPEC), que visa melhorar a conectividade entre China e Paquistão, estimulando o
comércio e o desenvolvimento económico.

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Segundo Brautigam (2019), Um exemplo é a Iniciativa do Cinturão e Rota da China, que visa
promover a integração económica e a cooperação em infra-estrutura entre os países da Ásia,
Europa e África. Por meio desse projecto, a China está financiando e construindo uma vasta rede
de infra-estrutura, incluindo estradas, ferrovias, portos e oleodutos, que ligam essas regiões e
estimulam o comércio e o desenvolvimento (Brautigam, 2019).

2.1.3 Fortalecimento da Cooperação Política e Diplomática

De acordo com Malamud & Schirm (2018), Além dos benefícios económicos, a integração
regional também pode fortalecer a cooperação política e diplomática entre os países membros.
Ao trabalharem juntos em questões de interesse comum, como segurança, meio ambiente e
direitos humanos, os países podem aumentar sua influência e capacidade de resolver problemas
regionais de forma eficaz (Malamud & Schirm, 2018).

Segundo Malamud & Schirm (2018), A integração regional fortalece a cooperação política e
diplomática entre os países membros, permitindo que eles abordem questões regionais de forma
colaborativa. Por exemplo, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)
promove a estabilidade política e económica na região, facilitando o diálogo entre seus membros
(Malamud & Schirm, 2018).

Para Schimmelfennig & Sedelmeier (2004), Um exemplo é a União Europeia (UE), que não só
criou um mercado comum, mas também estabeleceu instituições e mecanismos de cooperação
política para promover a paz, a estabilidade e os direitos humanos na região. A UE atua como um
mediador em conflitos regionais, facilita o diálogo entre os países membros e promove a
democracia e o estado de direito (Schimmelfennig & Sedelmeier, 2004).

2.2 Desafios da Integração Regional

2.2.1 Divergências Económicas e Sociais

Para Rodrik (1999), Um dos principais desafios da integração regional é lidar com as
divergências económicas e sociais entre os países membros. Nem todos os países têm o mesmo
nível de desenvolvimento económico, industrialização ou infra-estrutura. Isso pode levar a
disparidades na competitividade e na capacidade de aproveitar os benefícios da integração
(Rodrik, 1999).

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Segundo Rodrik (1999), As diferenças económicas e sociais entre os países membros podem
dificultar a integração regional. Por exemplo, na União Europeia, países como Alemanha e
Grécia têm economias muito diferentes, o que pode levar a tensões e desequilíbrios na
implementação de políticas comuns (Rodrik, 1999).

Para Begg et al. (2016), Por exemplo, na União Europeia, países como Alemanha e França têm
economias avançadas e altamente industrializadas, enquanto países do leste europeu, como
Roménia e Bulgária, ainda estão em processo de desenvolvimento. Essas diferenças podem criar
tensões e desafios na implementação de políticas comuns e na distribuição de recursos
financeiros (Begg et al., 2016).

2.2.2 Soberania e Identidade Nacional

De acordo com Begg et al. (2016), Outro desafio significativo é o equilíbrio entre a integração
regional e a preservação da soberania e identidade nacional dos países membros. Alguns países
podem temer que a integração regional comprometa sua autonomia política, cultural e
económica. Isso pode levar a resistências e conflitos internos sobre questões de soberania e
integração (Begg et al., 2016).

De acordo com Keohane & Nye (2001), A integração regional muitas vezes levanta preocupações
sobre a soberania e identidade nacional dos países membros. Por exemplo, o Brexit demonstrou
as divisões no Reino Unido sobre questões de soberania e integração na União Europeia.

Begg et al. (2016), Por exemplo, o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, foi
motivado em parte pelo desejo de preservar a soberania nacional e recuperar o controle sobre
políticas como imigração e comércio. O processo de integração regional enfrenta o desafio de
conciliar os interesses nacionais com os objectivos colectivos da região (Moravcsik, 1998).

2.2.3 Vulnerabilidade a Choques Externos

De acordo com Baldwin & Venables (2013), A integração regional também pode tornar os países
membros mais vulneráveis a choques externos, como crises económicas globais, mudanças nos
preços das commodities ou conflitos em outras partes do mundo. Baldwin & Venables (2013),
Quando os países dependem fortemente do comércio e dos fluxos de capital dentro da região, eles
podem ser afectados negativamente por eventos externos que perturbam esses fluxos.

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Para Keohane & Nye (2001), Os países membros de uma integração regional podem se tornar
mais vulneráveis a choques externos, como crises económicas globais, Por exemplo, durante a
crise financeira de 2008, os países da Euro zona foram afectados pela instabilidade financeira
global, destacando os riscos associados à interdependência económica.

Segundo Garcia-Herrero & Koivu (2009), Por exemplo, durante a crise financeira global de 2008,
os países membros da União Europeia foram impactados por uma queda na demanda e um
aumento da instabilidade financeira, devido à sua forte integração económica. Isso ressalta a
necessidade de políticas e mecanismos de protecção para mitigar os efeitos adversos de choques
externos na integração regional (Garcia-Herrero & Koivu, 2009).

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3 Conclusão

A integração regional oferece uma série de potencialidades para o desenvolvimento das nações,
incluindo a ampliação do mercado, a cooperação em infra-estrutura e o fortalecimento da
cooperação política. No entanto, também apresenta desafios significativos, como divergências
económicas, questões de soberania e vulnerabilidade a choques externos. Para maximizar os
benefícios e superar os desafios da integração regional, é essencial que os países membros
trabalhem juntos de forma colaborativa e flexível, respeitando as necessidades e preocupações de
todos os envolvidos.

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4 Referências

Baldwin, R. E. (2016). The great convergence: information technology and the new globalization.
Harvard University Press.

Frankel, J. A. (1997). Regional trading blocs in the world economic system. Institute for
International Economics.

Baumann, R., & Buss, T. (2009). Integration in Mercosur. Ashgate Publishing, Ltd.

Estevadeordal, A., Frantz, B., & Sztajerowska, M. (2003). Infrastructure services in Latin
America: the challenge of decentralization (No. 466). IDB.

Brautigam, D. (2019). Will Africa benefit from China’s Belt and Road Initiative? (No. 52).
Global Economy and Development at Brookings.

Malamud, A., & Schirm, S. A. (2018). Integration by stealth: how the European Union promotes
political and economic integration in the Americas. World Politics, 70(2), 163-202.

Rodrik, D. (1999). Where did all the growth go? External shocks, social conflict, and growth
collapses. Journal of Economic Growth, 4(4), 385-412.

Keohane, R. O., & Nye, J. S. (2001). Power and interdependence: World politics in transition.
Little, Brown.

Moravcsik, A. (1998). The choice for Europe: Social purpose and state power from Messina to
Maastricht. UCL Press.

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