Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho de Introducao A Filosofia
Trabalho de Introducao A Filosofia
Ano: 2021
Turma: G
To
i
Folha de Feedback
Classificação
Resultado obtido
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
ii
Índice
Parte I ................................................................................................................................ 1
iv
Parte I
1. Introdução e Contextualização
Com as palavras acima citadas, de acordo com o mesmo filósofo Descartes (1995:
108) diz que o estudo de filosofia aconselha o comprometimento da reflexão, da pesquisa e da
busca incessante pela informação que explica os factos existentes no âmbito das relações
moldadas com a natureza, com outros homens e consigo mesmo. Este conhecimento é
abrangido em toda a acção humana.
Segundo Marçal (2009) a filosofia resulta de uma ruptura do saber já existente com o
saber a ser adquirido, haja vista ela problematizar e convidar à discussão. O estudo de
filosofia é essencial porque oferece as condições teóricas para o desenvolvimento da
consciência crítica pela qual a experiência vivida é transformada em experiência
compreendida.
1
1.1.Objectivos do Trabalho
“É o primeiro passo de todo o trabalho científico. Este tipo de pesquisa tem por finalidade,
especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, oferecer maiores informações sobre
determinado assunto, facilitar a delimitação de uma temática de estudo, definir os objectivos ou
formular as hipóteses de uma pesquisa ou, ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que
se pretende realizar” (Silva & Schappo, 2002, p. 54).
2
Parte II - Revisão de Literatura
2. A Introdução à Filosofia
Segundo Chauí (2000, p. 5-9) a Filosofia é uma disciplina que está presente em todos
os tempos e lugares. Desde a antiguidade foi considerada a mãe de todas as ciências, pois ela
busca a verdade na sua totalidade.
De acordo com Mondin (1997:7) diz que o termo “filosofia” é composto de dois
termos gregos: phílos, que significa amigo de, amante de, afeiçoado a, que gosta de, que tem
gosto em, que se compraz em, que busca com afã, que anseia, etc., e sophía, que significa
sabedoria, saber, ciência, conhecimento, etc. Assim pois, etimologicamente, o termo filosofia
significa: amor à sabedoria, gosto pelo saber.
Filósofo é aquele que ama o saber, tem gosto pela sabedoria, conhecimento e busca
incansavelmente os conhecimentos de forma radical, profunda e total (Mondin 1997:7).
3
Segundo o mesmo autor a filosofia nasceu na Grécia no século VI a.C., com os
filósofos que antecederam a Sócrates, chamados pré-socráticos. A passagem da consciência
mítica e religiosa para a racional e filosófica não foi feita de um salto. Esses dois tipos de
consciência coexistiram na sociedade grega, assim como, dentro de certos limites, coexistem
na nossa.
O poeta grego Hesíodo no século VIII a.C., relatou o mito da origem do mundo,
segundo o qual Gaia (terra) surgiu do Caos inicial e, depois, pelo processo de separação,
gerou Úrano (céu) e Pontós (mar). Gaia uniu-se, então, a Úrano e deu início às gerações
divinas. Nos mitos gregos, terra, céu e mar não são apenas seres da natureza, mas divindades
De frisar que tudo começou com Tales. O grego Tales de Mileto (624-546 a.C.) é
considerado o marco inicial da história da Filosofia. Ele se encontra entre os chamados
filósofos pré-socráticos (os que viveram antes de Sócrates). A preocupação principal destes
pensadores originais e originantes era a de desvendar para estes gregos os segredos do
universo, compreender a natureza num sentido amplo, a physis. Por isso, dizemos que a
Filosofia primeira era cosmológica (estudo do cosmos).
Tales inaugura uma nova atitude do homem em relação ao mundo. Conforme Pacheco
e Nesi (2007, p. 20) começou a questionar racionalmente a natureza com perguntas como
essas:
“Por que uma planta cresce? Por que ela se desenvolve e morre? Por
que os seres vivos nascem, desenvolvem-se e morrem? O que
garante a vida dos seres vivos? Qual o princípio (arkhé) que origina
todos os seres?”.
Tales não se satisfaz com as respostas dadas pela mitologia, que atribuía a realidade e
o sentido de todas as coisas à ação dos deuses e a fenômenos inexplicáveis. “Ele procurava
4
investigar, compreender o mundo de modo racional” (questionando). Conforme Pacheco e
Nesi (2007, p. 21) Tales:
“Acredita que há razões, motivos, em função dos quais uma planta, por
exemplo, nasce, cresce e morre. Fundamenta a investigação de Tales a
concepção de que o nascimento, o crescimento e a morte são efeitos que
podemos perceber, mas que existe uma causa que originou esta mudança.
Esta relação de causa e efeito, o princípio da causalidade”.
5
2.1.3. Conceito da Filosofia
6
“Ela não é contemplação, pois as contemplações são as coisas elas mesmas enquanto vistas na
criação de seus próprios conceitos. Ela não é reflexão, por que ninguém precisa de filosofia
para refletir sobre o que quer que seja: acredita-se que dar muito à filosofia fazendo dela a arte
da reflexão, mas retira-se tudo dela, pois os matemáticos como tais não esperaram jamais os
filósofos para refletir sobre a matemática, nem os artistas sobre a pintura ou a música; dizer
que eles se tornam então filósofos é uma brincadeira de mau gosto, já que sua reflexão pertence
à sua criação respectiva. E a filosofia não encontra nenhum refúgio último na comunicação,
que trabalha em potência a não ser de opiniões, para criar o “consenso” e não o conceito”
(Deleuze & Guatarri, 1992, p.14).
A visão universalista dos factos assume um carácter transcendental, que se abre para
uma perspectiva de conjunto. Pode-se ler isto na obra A República de Platão (sd:180). Ali, o
filósofo apresenta uma reflexão acerca da natureza, das exigências e do sentido da existência
humana (Lorieri e Rios, 2001) ou para um olhar da Coruja da Minerva (Castiano, citado por
Ngoenha, 2004).
É nesta perspectiva que Kant (citado por Alves e Carvalho, 1999:51) considerou o
filosofar como um processo recriador, mostrando que não se pode resumir a filosofia a um
7
conjunto de teses que se aprendem, mas também não pode dispensar o seu conhecimento,
resumindo essa ideia nos seguintes termos:
No Contexto 1, Universalidade da Filosofia - Quer dizer, que todos os homens são filósofos;
este sentido radica no facto de todo o homem ter razão. Tal universalidade conduziu à distinção
entre um filosofar espontâneo, presente, em todo o homem, e um filosofar sistemático,
específico dos filósofos. Em Contexto 2, Mais Clássico, a Universalidade da Filosofia
Significa - A ciência do universal e do ser. Como afirma Santo Tomás de Aquino: “a filosofia
é sabedoria no sentido em que, conhecendo o universal, ela conhece, através dele, todos os
singulares que revelam desse universal”. Em Contexto 3, a Universalidade da Filosofia pode
ser Entendida como a Construção de um Sistema de Verdades Universais - Foi este o
projecto de Descartes que procurou encontrar um fundamento, evidente e indubitável, a partir
do qual dedutivamente construiu um sistema filosófico. Em Contexto 4, pode-se Falar da
Universalidade da Filosofia porque alguns de seus Problemas são Universais, isto é,
Referem-Se à Existência do Homem - Tais problemas, apesar de serem formulados por um
filósofo exprimem inquietações e esperanças que são próprias da humanidade. O filósofo, ao
transmutar o vivido para o plano do pensado, universaliza uma dada situação e enuncia-a como
problema. Como diz Paul Ricoeur: A obra filosófica dá forma à questão de onde ela procede;
ora, a forma universal da questão é o problema. O filósofo ao pôr universalmente em forma de
problema, exprime dificuldade que lhe é própria.
Segundo Miguel (2006, p. 278) no âmbito dos séculos, a Filosofia teve um conjunto de
preocupações, perguntas e interesses que lhe vieram de nascimento na Grécia. Para isso, deve-
se primeiro conhecer os principais períodos da Filosofia grega que definiram os campos de
investigação filosófica na Antiguidade. A história da Grécia costuma ser dividida pelos
historiadores em quatro etapas ou períodos:
Grécia Homérica - Correspondente aos 400 anos narrados pelo poeta Homero, em
seus dois grandes poemas, Ilíada e Odisseia.
8
Grécia Arcaica ou dos Sete Sábios - Do século VII ao século V a. C, quando os
gregos criam cidades como Atenas, Esparta, Tebas, Mégara, Samos, etc., e predomina
a economia urbana, baseada no artesanato e no comércio.
Grécia Clássica, nos Séculos V e IV a. C - Quando a democracia se desenvolve, a
vida intelectual e artística no apogeu e Atenas domina a Grécia com seu império
comercial e militar.
Helenística - A partir do final do século IV a. C., quando a Grécia passa para o
poderio do império de Alexandre da Macedônia e, depois, para as mãos do Império
Romano, terminando a história de existência independente.
“A história da filosofia grega clássica é composta por quatro períodos, são eles: Período pré-
socrático ou cosmológico (do final do século VII ao final do século V a.C.), período em que a
filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações
da natureza. Período socrático ou antropológico (do final do século V e todo o século IV
a.C.), quando a filosofia investiga as questões humanas. Período Sistemático (final do século
IV ao final do século III a.C.) quando a filosofia busca reunir sistematizar tudo quanto foi
pensado pela cosmologia e pelas investigações sobre a ação humana na ética, na política e nas
técnicas. Período helenístico ou greco-romano (do final do século III a.C. até o século IV
d.C.) Nesse longo período, que abrange a época do domínio mundial de Roma e do surgimento
do cristianismo, a filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento
humano e das relações entre homem e a natureza e de ambos com Deus” (Chauí, 2006, p.39).
De acordo com os mesmos autores Chambisse e Cossa (2017) o Homem não só pensa
e comunica com os outros, não só procura compreender e interpretar a ordem do mundo ou
ordenar o “caos cósmico”, como também sabe que pensa e pensa sobre o seu próprio
pensamento, formulando para este princípios e regras que o tornem coerente. O Homem pensa
também no “além”, venerando um ente que não conhece, embora encontrando nele o sentido
da sua existência. O Homem também goza a felicidade e sofre a dor do trabalho, do jogo, da
espera, da descoberta, do desejo, etc. O Homem manifesta-se, com efeito, em planos
diferentes: pensar, sentir e agir. Todos estes planos podem ser agrupados em dois: o teórico e
o prático, circunscrevendo-se neles as funções da Filosofia.
Para além disso, também nos mostra que o Homem é, por um lado, um ser aberto ao
mundo enquanto dotado de sentido e razão, meios pelos quais ele se relaciona com a Natureza
e a sociedade, procurando dar-lhes sentido, transfigurando os, reconstruindo-os, ordenando-os
ou globalizando-os. Por outro lado, o Homem está arrojado para a existência, tanto na
interacção comunicativa com os outros como na coexistência com a Natureza.
Pela etimologia da palavra, a Filosofia satisfaz, nos dois planos, o desejo de saber:
saber pensar (plano teórico) e saber agir (plano prático).
10
opiniões, aos valores, às crenças e aos poderes. A Filosofia é também imprescindível ao
Homem enquanto cidadão, proporcionando-lhe a capacidade de ser tolerante perante as
opiniões e interesses alheios, de trabalhar para a paz, para o bem comum, para a justiça, para o
respeito, para uma ordem pública salutar e para a liberdade e autonomia dos seres humanos
(Chambisse & Cossa 2017).
Segundo Deleuze citado por Vasconcellos (2005) diz que embora a filosofia também
consista em um determinado conteúdo de conhecimentos acumulados durante dois mil e
quinhentos anos, que resultaram em uma multiplicidade de fragmentos e de livros, pode-se
dizer que filosofar é ter uma atitude filosófica. Mesmo que diga-se que “de filósofo e louco
todos têm um pouco”, de facto são poucos os que têm esta atitude, exigindo-se para isso o
conhecimento dos textos da História da Filosofia, mas também a criação do hábito de pensar
de maneira rigorosa e crítica. Fala-se, portanto, aqui da Filosofia que quebra com o nosso
saber prático do dia-a-dia, e que nem sempre agrada, pois à primeira vista parece ser perda de
tempo ou incômodo exagerado com as coisas, deixando-nos, quem sabe, angustiados demais,
para além do conveniente.
Três atitudes fundamentais são consideradas por Jaspers. E, como lembra Bornheim,
podem não ser as únicas possíveis, mas “são encontráveis com certa frequência”: a admiração,
a dúvida e a constatação/sentimento da própria fraqueza e impotência. Essa terceira atitude é
traduzida por Bornheim como insatisfação moral.
A primeira atitude nos vem da Grécia clássica. Platão e Aristóteles pretendiam ver na
admiração o impulso inicial de todo o filosofar. No comportamento admirativo o
homem toma consciência de sua própria ignorância, e esta consciência leva-o a
11
interrogar aquilo que ignora, até atingir a supressão da ignorância, isto é, o
conhecimento.
A segunda atitude Karl Jaspers a encontra na dúvida, podendo-se apontar Descartes
como sendo o seu representante clássico. Neste comportamento, a verdade é atingida
através da suspensão provisória de todo o conhecimento ou de certas modalidades de
conhecimento, que passam a ser consideradas como meramente opinativas. A
distinção grega entre doxa e episteme tem a mesma raiz. A dúvida metódica aguça o
espírito crítico próprio da vida filosófica e nisto reside sua eficácia.
Finalmente, a terceira atitude implica num sentimento de insatisfação moral. Se em
seu comportamento usual o homem é encontrado absorvido no mundo que a cerca, a
filosofia impõe-se como tarefa a partir do momento em que este homem quotidiano cai
em si e pergunta pelo sentido de sua própria existência. O mundo exterior é
abandonado em consequência de um sentido de insatisfação, levando o homem a
tomar consciência de sua própria miséria (Bornheim, 1961, p.23-24).
“Não esgota-se, porém, tudo o que pode ser dito em favor da Filosofia. Pois,
à parte qualquer valor que lhe pertença intrinsecamente acima de seus efeitos,
a Filosofia tem exercido, por mais que ignore-se isso, uma admirável
influência indireta até mesmo sobre a vida de gente que nunca ouviu falar
nela”.
Como foi visto, a Filosofia é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os
acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objecto.
12
Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode
pensar a arte; pode pensar o próprio ser humano em sua vida quotidiana. Entre as áreas de
conhecimento da Filosofia, destacam-se as que seguem.
Ética ou Filosofia Moral - É uma parte da Filosofia que busca refletir sobre o
comportamento humano sob o ponto de vista das noções de bem e de mal, de justo e de
injusto. Sendo assim, ela tem, pelo menos, dois objetivos: elaborar princípios de vida capazes
de orientar o homem para uma ação moralmente correta e refletir sobre os sistemas morais
elaborados pelos homens.
13
denominava Filosofia Primeira, algo parecido ao que hoje se entende por Ontologia (estudo
da origem dos seres).
3.1.O Conceito de Pessoa nas várias Perspectivas (Jurídica, Psicológica, Ética, Personalista,
Social, Metafísica)
3.1.1. Na Perspetival Jurídica
Uma das maiores criações do ser humano em termos do Direito está o conceito de
pessoa na perspetival jurídica. “O processo de evolução do que hoje se conhece por
personalidade jurídica, passou de certo princípio de universalidade para certo princípio de
unidade” (Vilhena, p.2). No primeiro, era considerado isoladamente o indivíduo que fazia
parte de uma entidade, esta não possuía autonomia, ao passo que no segundo, a entidade já
disfrutava de autonomia patrimonial.
“Existe uma dúvida se o conceito de pessoa jurídica tenha sido de fato encontrado no
direito romano. Retomado na Idade Média, a partir do trabalho de Sinibaldo de Fleshi
(depois pelo papa Inocêncio IV), a construção dogmática atingiu contornos mais ou
menos definidos, com a concepção de que a pessoa jurídica era persona ficta. Tal
14
significativa, segundo a grande maioria da doutrina atual, entendimento totalmente
diverso daquele posteriomente consagrado por Savigni. A ficção desse não é a ficção
dos canonistas e glosadores. Para estes, a fictio significava criação da mente humana
(ou a existência no mundo das ideias); já para os ficcionistas do século XIX, a fictio
da pessoa jurídica estava na sua „falsidade” (Vilhena, p.4).
15
individual de natureza racional). A definição de Boécio parte do conceito de substância
individual especificada pela nota da racionalidade. Por sua vez, Tomás apresentará a
subsistência (esse) e não a racionalidade como característica primordial da pessoa.
A primeira delas foi desenvolvida pelo sociólogo alemão Georg Simmel e põe em
relevo a noção de interacção. Para Simmel (1976) a unidade de análise que permite a
compreensão da realidade social é a “interação”. Presente desde a forma mais elementar de
relação sociológica, isto é, um encontro face a face entre dois indivíduos que recebeu o nome
de “díade” de Simmel- até uma multidão mais ampla na sociedade.
A pessoa na perspetival personalista resume-se que seja uma linha da bioética que
parte da pessoa (persona) como ponto de partida, com finalidade no reconhecimento da
pessoa, de sua identidade e de sua essência. Este reconhecimento tem como desdobramento o
respeito à dignidade da pessoa humana (Ramos, 2002).
16
A pessoa na perspetiva personalista é, enfim, uma reflexão que afronta as questões
éticas referentes à vida humana através de uma perspectiva que reconhece o ser e a dignidade
da pessoa como valores absolutos, e, consequentemente, põe como primum principium o
respeito incondicional de sua inviolabilidade e a tutela de sua livre expressão, a partir dos
direitos humanos (Paula, 2004).
17
seguir esta direcção, as quais deve-se unicamente a Santo Agostinho, pois, encontrou-se em
seus escritos espirituais muitas exposições a respeito do amor como tal.
Deus eu seu supremo amor de Pai e de Criador, acaba sendo o ponto primordial de
partida para o filósofo Agostinho, que afirma em si a trindade obtida na presença de Deus
Todo Poderoso na vida espiritual do homem; com todo efeito, faz-se parte do amor um
amante, um amado e por fim um amor que os une inteiramente e os mantem conectados, de
certa forma, que quando o espírito ama a si mesmo, e o amante é amado, formam assim algo
misto, onde um tem como objetivo completar o outro.
Segundo Stein (1994) A relação do homem com Deus seria talvez a única via para a
superação da angústia e do desespero. Contudo, é marcado pelo paradoxo de ter de
compreender pela fé o que é incompreensível pela razão.
18
“O trabalho é um processo entre o homem e a natureza, um
processo em que o homem, por sua própria ação, media,
regula e controla seu metabolismo com a natureza. Ele
mesmo se defronta com a matéria natural como uma força
natural. Ele põe em movimento as forças naturais
pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e
mão, a fim de apropriar-se da matéria natural numa forma
útil para sua própria vida” (citado por Antunes, 2005, p.
36).
Parte IV
4. Considerações Finais
O homem vive no mundo, é o seu mundo. No mundo e com o mundo, faz da vida
quotidiana objecto de reflexão, compreendendo-a, escolhendo-a, assimilando-a,
transformando-a. O pensamento filosófico, sempre que se afasta da experiência quotidiana,
não o faz com a intenção de negá-la, mas de estar mais presente nela, percebendo-a em toda a
sua amplitude.
19
transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um facto
tipicamente grego.
De uma forma sintética a Filosofia nos lembra de que fomos feitos para sermos
sujeitos, condutores dos nossos projetos e caminhos. E, por nenhum motivo, podemos abrir
mão do direito e do dever de exercer a humanidade em todos os seus aspectos e
potencialidades.
5. Literatura Citada
Antunes, Ricardo. (2005). A dialética do trabalho: escritos de Marx e Engels. (2ª. ed.),
Editora Expressão Popular. São Paulo.
Bornheim, Gerd. (1961). Motivação básica e atitude originante do filosofar. Porto Alegre:
Editora Meridional.
Chambisse, Ernesto Daniel; Cossa, José Francisco. (2017). Fil11 - filosofia 11ª classe. (2ª
edição.). Texto Editores, Maputo.
Chauí, Marilena. (1995). Convite à filosofia. (3ª. ed.). São Paulo: Ática.
Chauí, Marilena. (2000). Introdução à história da filosofia. (Vol. 1). São Paulo: Companhia
das Letras.
Carvalho, Marcos. (2003). O que é natureza. (2ª. ed.). Editora Brasiliense: Coleção Primeiros
Passos. São Paulo.
Cooley, C. (1976). O significado da comunicação para a vida social. In: Cardoso, Fernando;
Ianni, Octavio (1976). Homem e sociedade. São Paulo, Companhia Editora Nacional.
20
Deleuze, Gilles; Guattari, Félix. (1992). O que é a filosofia? Tradução Bento Prado Jr. E
Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34.
Eduardo C.B. Bittar & Guilherme Assis de Almeida. (2008). Curso de filosofia do direito. (6ª.
ed.). Atlas, São Paulo, 2008.
Ewing, A. C. (1984). O que é filosofia e por que vale a pena estudá-la. In:. As questões
fundamentais da Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, p. 11-25. Disponível em:
<http://www.cfh.ufsc.br/~mafkfil/ewing. htm>. Acesso em: 19 Abril. 2023.
Fernandes, Cláudia Alves; Junior, Ricardo de Oliveira Fernandes. (2009). A história antiga e
a formação do pensamento ocidental. Juiz de Fora.
http://gephisnop.weebly.com/uploads/2/3/9/6/23969914/a_historia_da_filosofia_antig
a_e_a_formacao_do_pensamento_ocidental.pdf acesso em: 19 Abril. 2023.
Jairo, Marçal. (2009). Antologia de textos filosóficos. SEED – Paraná: – Curitiba. Disponível
em:http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_pedagogicos/cad
erno_filo.pdf. Acesso em: 19 Abril. 2023.
Martins Filho, Ives Gandra.(1997). Manual esquemático de história da filosofia. São Paulo:
Editora LTR.
Paula IC. (2004). Il concetto di persona e sua rilevanza assiologica: i principi della bioetica
personalista. Med Morale, (2):265-78.
Ramos DLP. (2002). Fundamentos e princípios da bioética. Notandum V (9). Disponível em:
URL: www.hottopos.com/notand9/dalton.htm. Acesso em: 19 Abril. 2023.
Simmel, G. (1976). O individuo e a díade. In Cardoso, F.; Ianni, O. Homem e Sociedade. São
Paulo: Companhia Editora Nacional.
21
Sgreccia E. (2002). Manual de bioética I: fundamentos e ética biomédica. (2ª. ed.). São Paulo:
Loyola.
Spinelli, Miguel. (2006). Questões fundamentais da filosofia grega. São Paulo. Loyola, p.
278ss.
22