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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Aplicação de Sistema de Informação Geográfica na Monitório de Recursos Naturais


Victória Passinguice Waheia - 708217187

Curso: Gestão Ambiental


Disciplina: Sistema de
Informação Geográfica SIG
Ano de Frequência: 2º

Cuamba, outubro, 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Aplicação de Sistema de Informação Geográfica na Monitório de Recursos Naturais


Victória Passinguice Waheia - 708217187

Curso: Gestão Ambiental


Disciplina: Sistema de
Informação Geográfica SIG
Ano de Frequência: 2º

Tutor: Domingos Januário Mateus Uane

Cuamba, outubro, 2022


Índice
1. Introdução .................................................................................................................. 3

1.1. Objectivos:.......................................................................................................... 3

1.1.1. Geral: ........................................................................................................... 3

1.1.2. Específicos: ................................................................................................. 3

2. Metodologia ............................................................................................................... 3

3. Aplicação de Sistema de Informação Geográfica na Monitório de Recursos


Naturais ............................................................................................................................. 4

3.1. Áreas de aplicação de sistema de informação geográfica na gestão ambiental . 5

3.2. Aplicações Sistema de Informação Geográfica na Gestão dos Resíduos........... 6

3.3. Importância dos Sistema de Informação Geográfica na Gestão de Resíduos .... 6

3.4. Estratégias de gestão de recursos naturais no âmbito da aplicação de SIG ........ 7

3.5. Aplicação de sistema de informação geográfica como ferramenta de controlo e


gestão ambiental ............................................................................................................ 7

3.5.1. Mapeamento ................................................................................................ 7

3.5.2. Análise de acidentes e análise de Hot Spot ................................................. 8

3.5.3. Planeamento Urbano ................................................................................... 8

3.5.4. Análise de Impacto Ambiental .................................................................... 8

3.5.5. Aplicações Agrícolas .................................................................................. 8

3.5.6. Gestão e Mitigação de Desastres................................................................. 9

3.5.7. Determinar as alterações de uso da terra / cobertura da terra ..................... 9

3.5.8. Planeamento e Desenvolvimento Comunitário ........................................... 9

3.5.9. Turismo ....................................................................................................... 9

3.5.10. Desmatamento ........................................................................................... 10

3.5.11. Negócios .................................................................................................... 10

3.5.12. Desenvolvimento de infra-estruturas públicas .......................................... 10

3.5.13. Saúde Pública ............................................................................................ 10

3.5.14. Meio Ambiente.......................................................................................... 11


3.5.15. Análise da criminalidade ........................................................................... 11

3.6. Importância do uso de SIG para o desenvolvimento económico de


Moçambique ................................................................................................................ 11

4. Conclusão................................................................................................................. 13

5. Referencia Bibliográfica .......................................................................................... 14


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1. Introdução
Sistemas de Informação Geográfica (SIG) surgiram na década de 60, no Canadá, como
parte de um programa governamental que visava à criação de um inventário de recursos
naturais. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) só a partir de meados de 1960 é
que começaram a evoluir de forma distinta, dependendo dos locais e objectivos dos seus
utilizadores. O SIG ganhou maior eficácia com o progresso tecnológico, devido ao
desenvolvimento da informática e a generalização do acesso a computadores pela
população em geral, tornando os SIG instrumentos capazes de resolver qualquer
problema geográfico, desde os mais simples aos mais complexos. O Sistema de
Informações Geográficas (SIG) é, provavelmente, dentre as ferramentas de suporte à
decisão, aquela que mais se adequa a este enfoque sistémico de gerenciamento de
recursos naturais, dada as suas características de integração e manipulação de grandes
quantidades de dados espaciais e alfanuméricos. É nesse sentido que os Sistemas de
Informação Geográfica (SIG) assumem papel cada vez mais importante na sociedade
moderna, caracterizada pela valorização de informações geradas a partir do
processamento e análise de dados geográficos.

1.1.Objectivos:

1.1.1. Geral:
 Saber sobre os Sistema de Informação Geográfica na Monitório de Recursos
Naturais.

1.1.2. Específicos:
 Identificar as Áreas de aplicação de sistema de informação geográfica na gestão
ambiental;
 Descrever a Importância do uso de SIG para o desenvolvimento económico de
Moçambique.

2. Metodologia
A metodologia usada para a realização do presente trabalho foi a da consulta
bibliográfica, que consistiu na leitura e análise das informações de diversas obras que
falam acerca do tema acima citado e também em consultas na internet.
4

3. Aplicação de Sistema de Informação Geográfica na Monitório de Recursos


Naturais
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são instrumentos computacionais
do Geoprocessamento que permitem a realização de análises complexas ao integrar
dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados e, ainda, tornam
possível a automatização da produção de documentos cartográfico (Cãmara &
Medeiros, 1998).
Um SIG é composto por um conjunto de "ferramentas" especializadas em
adquirir, armazenar, recuperar e transformar dados geográficos em informações, sendo
elas:
Interface com usuário, que inclui ferramentas para saídas
cartográficas; entrada e integração de dados; funções de
processamento gráfico e de imagens, tais como
visualização e pilotagem; e armazenamento e recuperação
de dados organizados sob a forma de um banco de dados
geográficos (Câmara & Ortiz, 1998).
Os sistemas de informações geográficas foram idealizados e desenvolvidos
como uma tecnologia voltada a gestão da informação que faz uso de entidades
distribuídas geograficamente em grandes extensões territoriais.
Segundo Oliveira (2013), os sistemas de informações geográficas podem ajudar
no aprimoramento dos processos de tomada de decisão a partir da representação das
informações disponibilizadas na base de informações, apresentada em mapas
geográficos temáticos. Essa compreensão sobre as funcionalidades de SIG's permite que
o processo de observação de problemática, o pesquisador possa elencar questões
relevantes na concepção de hipóteses. O benefício proposto pela utilização de SIG traz
em sua raiz a utilização de metodologia de análise embutida nas regras de negócio do
programa. Ou seja, a combinação de variáveis, em experimentação, pode levar o
pesquisador a ratificar ou refutar uma hipótese pré-estabelecida.
Essas características tornam os sistemas de informação georreferenciadas um
novo instrumento para a gestão ambiental e o manejo de recursos naturais. Um SIG
pode ser alimentado por informações de diversas fontes, empregando tecnologias como
digitalização de mapas, aerofogrametria, sensoriamento remoto, levantamento de campo
e outros (Rodrigues, 1990).
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Para Costa (2012) um Sistema de Informações Geográficas (SIG) pode ser


utilizado como poderosa ferramenta de armazenamento de dados para a "análise de
risco, análise de distribuição de fenómenos e de planeamento espacial". No mesmo
entendimento o SIG pode actuar no processo de tomada de decisões onde as decisões
devem ser tomadas a partir da adequação de factores segundo o contexto analisado.
Esses factores podem ser ambientais, políticos e socioeconómicos, os mesmos podem
ser agregados a um banco de dados consistente e por meio dele torna-se possível o
processo de análise da problemática em questão.
Para Davis & Câmara (2001) O SIG é um sistema que realiza o tratamento
computacional de dados geográficos, que além de dados de características
alfanuméricas, também através da localização geográfica oferece ao gestor a
possibilidade de inter-relacionar as mais variadas informações associadas a uma
localização geográfica. Marcelino (2003) retrata a evolução a qual as geotecnologias
(SIG, GPS, sensor remoto) vêm sofrendo ao longo dos últimos anos, principalmente no
mapeamento de áreas de risco das grandes e médias cidades. Essa evolução é baseada
na colecta de dados das características físicas e sociais das áreas de ocorrências de
acidentes ou de risco que agregada em um banco de dados georreferenciado proporciona
melhor cenário para o planeamento urbano.

3.1.Áreas de aplicação de sistema de informação geográfica na gestão


ambiental
A utilização de SIG em actividades relacionadas à produção agro-pecuária teve
início com sua participação no desenvolvimento da agricultura de precisão.
A agricultura de precisão aplica o conceito da espacialização ou da análise da
variabilidade espacial dos factores que influenciam a produção agro-pecuária. Desta
forma, a AP é bastante dependente de instrumentos que auxiliam na aquisição,
tratamento e transmissão dos dados nos campos agrícolas, transformando-os em
informações úteis para o manejo sítio específico (Naime et al, 2011).
O Sistema de Informação Geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que
realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam informações
não apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através de sua
localização espacial. Para o usuário todas as informações disponíveis sobre um
determinado assunto estão interrelacionadas por meio da localização geográfica. Para
que isso seja possível, a geometria e os atributos dos dados num SIG devem estar
6

georreferenciados, isto é, localizados na superfície terrestre e representados numa


projecção cartográfica (Câmara & Monteiro, 2003).
3.2.Aplicações Sistema de Informação Geográfica na Gestão dos Resíduos
Para Johanson et al., (2006), As aplicações de SIG no âmbito da gestão dos
resíduos, são fundamentais no apoio à optimização de todo o processo de recolha e
aproveitamento dos resíduos, desde o planeamento dos percursos ao menor custo e
distância de forma mais eficiente e eficaz, tendo em conta uma maior selecção dos
resíduos no âmbito do reaproveitamento ou reciclagem ou deposição de forma
adequada, tendo em conta a garantia da saúde ambiental e a qualidade de vida de todos
os ecossistemas envolventes numa comunidade.
A aplicação de SIG utilizada na recolha de resíduos urbanos inclui a localização
de ecopontos, a definição das especificações para o serviço de recolha (tipologia de
resíduos, freguesia, capacidade, aquisição, registo operacional de serviços realizado
tempos, ecopontos, quantidades, tipologia e pessoal do serviço que realizam num dado
percurso.
Segundo (Johanson et al., 2006), também é possível a actualização de sistemas
de bases de dados em tempo real a partir dos níveis de enchimento ou de carga de
contentores posicionados na via pública por via remota, tendo em conta impedimentos
viários (obras, congestionamentos ou acidentes), permitindo a reconfiguração das rotas
e adequando-as às necessidades de serviço.
3.3.Importância dos Sistema de Informação Geográfica na Gestão de Resíduos
Segundo Marcelino (2003) Os SIG actualmente constituem uma ferramenta
fundamental em todas as áreas de gestão municipal, no âmbito das competências que os
municípios enfrentam. Em áreas como a construção, a conservação e reabilitação do
edificado, dos equipamentos colectivos, do espaço público, das infra-estruturas e de
outros espaços de utilização colectiva, a gestão do trânsito e transportes, a salvaguarda
dos interesses das populações no domínio do ambiente, a gestão dos resíduos, o
saneamento básico, a energia, a protecção civil, o ordenamento do território e
urbanismo, tendo como objectivo garantir e melhorar a qualidade de vida da populações
com base ao desenvolvimento económico sustentado.
Idem As funcionalidades e capacidades de análise dos SIG, permitem dar
respostas a desafios que deverão enquadrar as suas orientações estratégias para a gestão,
desde o ambiente à acção, e suportar a definição e execução de políticas públicas
inovadoras exigidas no âmbito do desenvolvimento e sustentabilidade territorial, tendo
7

como objectivo resolver situações face às necessidades, da população, agentes e meio


ambiente envolvente.
A informação geográfica, nas suas diferentes componentes, põe à disposição do
político, do decisor, do técnico e do cidadão, os dados essenciais para apoiar políticas e
medidas concretas de gestão de recursos e de actividades, nos mais diversos âmbitos de
aplicação.
3.4.Estratégias de gestão de recursos naturais no âmbito da aplicação de SIG
No âmbito da gestão dos resíduos permite “com as suas capacidades de
integração de dados e análise espacial, os SIG são hoje considerados como uma
ferramenta transversal de aplicação multidisciplinar, de suporte às actividades de gestão
e de apoio à decisão e acção (Bessa, et. al., 2015). A utilização de ferramentas SIG é já
reconhecida como indispensáveis no apoio e suporte nas áreas do planeamento e gestão
territorial, tanto à escala nacional, regional ou local, relativamente às exigências do
presente e expansível a todas as áreas.
No âmbito gestão municipal de resíduos por se tratar de uma tarefa que
operacionalmente apresenta alguma complexidade, os SIG permitem também a
interacção de um conjunto de serviços municipais, desde os administrativos
(informação, operação, pagamento, recibos), aos operacionais, fiscalização, cidadãos,
empresas, prestadores de serviços.

3.5.Aplicação de sistema de informação geográfica como ferramenta de


controlo e gestão ambiental
Os sistemas de informações geográficas (SIG) são uma importante ferramenta, e
podem contribuir com diferentes sectores.

3.5.1. Mapeamento

Mapeamento é uma função central do SIG, que fornecem uma interpretação


visual dos dados. SIG's armazenam os dados em banco de dados e, em seguida, os
representam visualmente em formato de mapas. Pessoas de diferentes profissões usam
mapas para se comunicar. Não é necessário ser um cartógrafo experiente para criar
mapas. Google maps e Bing maps são exemplo de webmap baseados em solução SIG
(Marcelino, 2003).
8

3.5.2. Análise de acidentes e análise de Hot Spot

O SIG pode ser utilizado como uma ferramenta chave para minimizar o risco de
acidentes nas estradas, a rede rodoviária existente tem de ser optimizada e as medidas
de segurança rodoviária têm de ser melhoradas. Isto pode ser conseguido através da
gestão adequada do tráfego. Ao identificar os locais dos acidentes, as administrações
locais podem planejar medidas de reparação para minimizar os acidentes em diferentes
partes do mundo.

3.5.3. Planeamento Urbano

Para Bessa, et. al., (2015). A tecnologia SIG é utilizada para analisar o
crescimento urbano, sua direcção de expansão e encontrar locais adequados para o
desenvolvimento urbano. A fim de identificar os locais adequados para o crescimento
urbano, alguns factores têm que ser considerados: acessibilidade adequada, áreas mais
ou menos plana, baixo valor de uso e ter boa oferta de água.

3.5.4. Análise de Impacto Ambiental

Idem O EIA/RIMA é um importante instrumento legal para conservar os


recursos naturais e o meio ambiente. Muitas actividades humanas produzem efeitos
ambientais adversos potenciais, que incluem a construção e operação de rodovias,
estradas ferroviárias, gasodutos, aeroportos, descarte de resíduos e muito mais.
Normalmente, os EIA/RIMA's devem conter informações específicas sobre a magnitude
e as características do impacto ambiental. O EIA/RIMA pode ser realizado de forma
eficiente com a ajuda do SIG, através da integração de várias camadas, a avaliação de
características naturais podem ser realizadas.

3.5.5. Aplicações Agrícolas

De acordo com Câmara e Monteiro, (2003). O SIG pode ser usado para criar
técnicas agrícolas mais eficazes e eficientes. Ele também pode analisar dados do solo e
determinar: quais são as melhores culturas para plantar, onde elas devem ser plantadas e
como manter os níveis de nutrição para melhor benefício do cultivo. Ele é totalmente
integrado e amplamente aceito para ajudar as agências governamentais a gerenciar
programas que apoiem os agricultores e protejam o meio ambiente.
9

3.5.6. Gestão e Mitigação de Desastres

Idem Um SIG bem desenvolvido pode ser usado para proteger o meio ambiente
e tornar-se uma ferramenta integradora. Bem desenvolvido, um SIG pode ser bem-
sucedido na gestão e mitigação de desastres. O SIG pode ajudar no gerenciamento e na
análise de riscos, mostrando quais áreas provavelmente serão propensas a desastres
naturais ou causados pelo homem. Quando tais desastres são identificados, as medidas
preventivas podem ser desenvolvidas.

3.5.7. Determinar as alterações de uso da terra / cobertura da terra

Cobertura de terra significa a característica que está cobrindo a superfície estéril.


Uso de terra significa a área na superfície utilizada para uso particular. O papel da
tecnologia SIG nas aplicações de uso da terra e cobertura da terra é que podemos
determinar mudanças de uso da terra / cobertura da terra nas diferentes áreas. Também
pode detectar e estimar as mudanças no padrão de uso / cobertura da terra dentro do
tempo. Ele permite descobrir mudanças súbitas no uso da terra e cobertura da terra, seja
por forças naturais ou por outras actividades como o desmatamento (Câmara &
Monteiro, 2003).

3.5.8. Planeamento e Desenvolvimento Comunitário

O SIG nos ajuda a entender melhor o nosso mundo para que possamos enfrentar
os desafios globais. Hoje a tecnologia SIG está avançando rapidamente, fornecendo
novas capacidades e inovações no planeamento. Aplicando conhecimento científico e
SIG para desenvolver soluções, que ajudem a melhorar a qualidade de vida e alcançar
um futuro melhor. Criar e aplicar as ferramentas e os conhecimentos do SIG nos
permitem integrar a inteligência geográfica em como pensamos e nos comportamos.

3.5.9. Turismo

O SIG fornece uma valiosa caixa de ferramentas de técnicas e tecnologias de


ampla aplicabilidade para o desenvolvimento do turismo sustentável. O SIG fornece
uma plataforma ideal de ferramentas necessárias para gerar uma melhor compreensão, e
pode servir as necessidades dos turistas. Eles vão ter todas as informações em um
clique, medir distância, encontrar hotéis, restaurante e até mesmo navegar para seus
respectivos destinos. A informação desempenha um papel vital para os turistas no
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planeamento de suas viagens de um lugar para outro. O SIG pode trazer muitas
vantagens para a indústria do turismo.

3.5.10. Desmatamento

Actualmente as áreas florestais estão diminuindo a cada ano, devido a diferentes


actividades. O SIG é usado para indicar o grau de desmatamento, as causas vitais para o
processo de desmatamento e monitora seus principais vectores.

3.5.11. Negócios

Segundo Esmael (2011) O SIG também é usado para gerenciar informações de


negócios com base em sua localização. O SIG pode manter uma Registro de onde os
clientes estão localizados, a localização do negócio, campanhas de marketing e
optimizar locais de vendas e padrões de gastos no varejo. Essa vantagem adicional é
proporcionada pelo SIG para melhorar e tornar as empresas mais competitivas e bem-
sucedidas.

3.5.12. Desenvolvimento de infra-estruturas públicas

Idem O SIG tem muitos usos e vantagens no domínio da gestão de instalações. O


SIG pode ser usado pelos gestores públicos para gerenciamento de instalações e obras,
visualização e planeamento, planeamento e resposta a emergências e desastres. Ele pode
ser usado durante todo o ciclo de vida de uma instalação, desde decidir onde construir
até o planeamento do espaço.

3.5.13. Saúde Pública

O SIG é a ferramenta económica para avaliar intervenções e políticas que podem


afectar os resultados da saúde. As análises com SIG dos dados de saúde ambiental
também são úteis para explicar os padrões de doenças, suas relações com o ambiente
social, institucional, tecnológico e natural. Pode-se entender a complexa relação
temporal espacial entre poluição ambiental e doença, e identificar as exposições a
perigos ambientais. Os SIG's podem agregar valor significativamente aos dados
ambientais e de saúde pública (Esmael, 2011).
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3.5.14. Meio Ambiente

Idem O SIG é utilizado todos os dias para ajudar a proteger o meio ambiente. O
profissional do meio ambiente usa o SIG para produzir mapas, inventariar espécies,
medir o impacto ambiental ou traçar poluentes. As aplicações ambientais para GIS são
quase infinitas. Ele pode ser usado para monitorar o ambiente e analisar suas mudanças.

3.5.15. Análise da criminalidade

Steinbruch , (2005). O SIG é uma ferramenta necessária para o mapeamento do


crime em agências de aplicação da lei em todo o mundo. O mapeamento da
criminalidade é um componente chave da análise da criminalidade. Imagens de satélite
podem exibir informações importantes sobre actividades criminosas. A eficiência e a
velocidade das análises com SIG aumentarão as capacidades de combate ao crime.

3.6.Importância do uso de SIG para o desenvolvimento económico de


Moçambique

Para Steinbruch, (2005). A aplicação dos SIG em Moçambique tem estado a


acompanhar os progressos económicos que o país tem estado a registar depois da guerra
civil, e principalmente na época de reconstrução que estamos a atravessar. Este
crescimento tem estado associado à resolução dos problemas que se foram impondo
nomeadamente, o reassentamento de refugiados, o controle dos assentamentos informais
e a segurança alimentar que se mostraram um imperativo logo depois do fim da guerra.

No período de recuperação económica os SIG foram usados para os dados de


uso e cobertura da terra, o suporte as actividades ligadas e as actividades de
desminagem. A introdução da lei que introduz as autarquias locais e a necessidade de
um cadastro de terras bem como a implementação da política nacional de águas e
saneamento levou a generalização do uso de mapas a escala local. A gestão das
calamidades naturais que têm fustigado o país é outra área que tem suscitado o uso da
geoinformação no sentido do seu monitoramento e mitigação (Steinbruch , 2005).

Paralelamente a introdução da tecnologia SIG, foi introduzida uma tecnologia de


baixo custo através dos SIG participativos ou SIG comunitários. Com esta tecnologia
foram feitos mapeamentos comunitários com o objectivo de realizar a gestão dos
recursos naturais, investimentos privados, posse de terra e gestão de riscos e neste
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aspecto podem-se destacar como exemplos os trabalhos de Roque & Tengler (2001) e
Steinbruch (2005). Os resultados obtidos por esta metodologia acabaram recebendo uma
cobertura jurídica no âmbito da lei de terras (Steinbruch e outros, 2005)

A segurança alimentar foi a área que mais se beneficiou dos SIG e das imagens
de satélite. Neste contexto foram realizados estudos sobre uso e cobertura do solo no
Vale do Zambeze usando imagens de satélite e SIG. No estudo destaca-se a História do
uso e cobertura do solo desde o período colonial à independência em 1975, as mudanças
geradas com as Empresas Estatais em 1985, os efeitos da guerra até 1992.

SIG desempenham um papel importante em várias áreas funcionais do sector


bancário fornecendo elementos de suporte a tomada de decisão e planeamento
estratégico que ajuda um determinado banco a se tornar líder no mercado financeiro.
Isto advém do facto de ele ser uma importante ferramenta de análise e marketing,
aspectos indispensáveis ao sucesso da indústria financeira. Soluções baseadas em SIG
podem fornecer informações específicas sobre produtos e áreas onde eles podem obter
maior sucesso (Jafrullah, 2003).
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4. Conclusão

Chegando a conclusão deste trabalho pode-se aferir que os Sistemas de


Informações Geográficas fornecem ferramentas que são de grande valia para a gestão de
Unidades de Conservação, e sua utilização deveria ser feita de forma mais ampla pelos
gestores e órgãos federais, estaduais e municipais de meio ambiente.
SIG na gestão de recursos hídricos, vinculado aos instrumentos governamentais de
gestão ambiental, incluindo processos relacionados à captação e uso da água de chuva,
pode ser uma importante ferramenta de auxílio à gestão por permitir o aprimoramento
dos processos de tomada de decisão a partir da representação das informações
disponibilizadas na base de dados, apresentada em mapas geográficos temáticos.
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5. Referencia Bibliográfica

1. Steinbruch, F., Kienberger, S., Zeid, P. E Chissancho, D. M. (2005).


Decentralizing GIS – The Changing Requirements for Geoinformations in
Mozambique.
2. Jafrullah, M (2003), An Integrated approach for Banking GIS. InfoTech
Enterprises Limited,
3. Esmael, Q (2011). Uso de Sistemas de Informação Geográfica na Avaliação de
Acessibilidade a Serviços de Saúde e Educação no Distrito de Dondo. CIS-
UCM, Beira.
4. Bessa, M.J.; Julião, R. (2015): A informação Geográfica e os Sistemas de
Informação
5. Geográfica na Gestão do Património Imóvel Municipal: vantagens e desafios de
uma implementação. In Valores da Geografia.
6. Johansson, (2006) Ola M.,”The effect of dynamic scheduling and routing in a
solid waste management system”, Waste Management.
7. Câmara, G., Ortiz, M.J. (1998). Sistema de informação geográfica para
aplicações
8. Ambientais e cadastrais: uma visão geral. In: Congresso Brasileiro De
Engenharia Agrícola: Cartografia.
9. Câmara, Gilberto; Medeiros, José S. (1998). Princípios básicos em
Geoprocessamento. In: ASSAD, Eduardo D.; SANO, Edson E. Sistemas de
Informações Geográficas. Aplicações na agricultura.
10. Câmara, G.; Monteiro, A.V.M. (2003). Conceitos Básicos em Ciência da
Geoinformação. Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos Campos:
INPE.
11. Costa, F. S. (2011). Sopa de letras geográfica. FOSSGIS, v. 1, n. 1, Março de
2011
12. Davis Clodoveu, Câmara Gilberto. (2001). Introdução à Ciência da
Geoinformação. INPE, São José dos Campos.
13. Marcelino, Emerson Vieira. (2003). Mapeamento de áreas susceptíveis a
escorregamento no município de Caraguatatuba (SP) usando técnicas de
sensoriamento remoto. São José dos Campos.
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14. Oliveira, Josiani Cordova et al. (2013). Modelagem de Dados Geográficos:


Aplicação Na Gestão De Áreas De Preservação Permanente. Revista Geográfica
Académica.
15. Rodrigues, M. (1990). Introdução ao Geoprocessamento. In. Simpósio Brasileiro
De Geoprocessamento, 1., 1990, São Paulo. Anais...São Paulo: USP.

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