Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ETICA
ETICA
1. Introdução.................................................................................................................. 3
2. Metodologia .............................................................................................................. 3
3. Ética........................................................................................................................... 4
6. Conclusão ................................................................................................................ 12
7. Bibliografia.............................................................................................................. 13
3
1. Introdução
1.1.Objectivos:
1.1.1. Geral:
Saber sobre o significado de etica nas organizacoes e o perfil etico de uma
organizacao.
1.1.2. Específicos:
Identificar o Perfil Ético de uma Organização;
Descrever o Comportamento Ético Organizacional.
2. Metodologia
A metodologia usada para a realização do presente trabalho foi a da consulta
bibliográfica, que consistiu na leitura e análise das informações de diversas obras que se
debruçam acerca do tema acima citado e também em consultas na internet.
4
3. Ética
Ética para os Gregos, significa uma sociedade bem ordenada, uma boa sociedade.
Indica os comportamentos que numa sociedade, na sua sabedoria e experiência, considera
positivos para a ordem social, para o progresso e o aumento do bem-estar de todos. Tais
comportamentos são precisamente “éticos” ou seja, eticamente honestos (Martini, 1993).
A palavra ética é usada em sentido absoluto, isto é: ético não é apenas aquilo que se
costuma fazer numa sociedade identificada como boa, mas sobretudo aquilo que é bom em si
mesmo; o que deve ser feito ou evitado, independentemente das vantagens pessoais,
organizacionais ou sociais que daí possam advir, o que é digno do Homem, ou o que se lhe
opõe, o que não se pode discutir nem transigir (Martini, 1993).
Podemos fazer uma reflexão da ética mais filosófica sobre os comportamentos
humanos e sobre o sentido último, onde a existência de condutas superiores não tem preço
porque ultrapassa o prazer, o lucro e o interesse de qualquer motivação.
Chiavenato (2005) comenta que carácter difere de personalidade e diz respeito à nossa
maturidade moral: que é a disposição para fazer a coisa certa, mesmo quando o preço para
fazê-la é superior ao que estamos dispostos a pagar, ou seja, o autor ressalta que quando a
firmeza moral próspera, a mesma é significado de vitória até que ela se torne um hábito e
ressalta que “O difícil é fazer a coisa certa mesmo quando não temos vontade.” E conclui:
Carácter é nossa força moral e ética, aquilo que guia nosso comportamento de acordo
com os valores e princípios adequados – o que explica por que a liderança pode ser definida
como “carácter em acção”. Os líderes procuram fazer a coisa certa. (Srour, 2013).
Em síntese, podemos, numa primeira análise, entender ética como o pressuposto que
conduz a acção dos homens, sendo o fio invisível que condiciona a sua conduta, o seu carácter
e o seu comportamento, podendo-se estabelecer num conjunto de regras comuns, mais ou
menos formalizadas e mais ou menos universais (dentro de uma sociedade), que vão ditar que
acções são corretas e que acções que são erradas, distinguindo o “bem” do “mal”, o “moral”
do “imoral”, o “ético” do “não ético”. A ética é na verdade como a educação de nosso
carácter, temperamento ou vontade pela razão, em busca de uma vida justa, bela e feliz, que
estamos destinados por natureza.
5
Organizações que não têm práticas éticas como base obrigatória de sua estrutura
corporativa e cultura corporativa geralmente falham devido à falta de ética nos negócios. As
quedas corporativas incluem, escândalos, punições, transacções contáveis questionáveis, entre
muitos outros efeitos negativos.
Após toda a abordagem sobre a importância da ética nas organizações, a questão que
surge é, como então criar um ambiente ou perfil ético de uma organização, por formas a
prevenir eventuais situações menos boas para a reputação da empresa?
Criar uma cultura ética suscita, portanto, pensar na ética não apenas como um problema
de crença, mas também como um problema estrutural. Apontaremos quatro características
críticas que precisam ser abordadas ao criar uma cultura ética:
Os colaboradores por sua vez, devem ser capazes de ver de maneira óbvia, como os
princípios éticos influenciam as práticas de uma organização. É possível que os colaboradores
se comportem de maneira diferente se acreditarem que a organização é caracterizada por mais
líderes humanos do que líderes gananciosos. um estudo descobriu que os colaboradores estão
mais comprometidos com as metas organizacionais se forem vistos como contribuindo para a
sociedade do que se estiverem a perseguir metas financeiras, mesmo no mesmo cenário de
remuneração semelhante.
Idem A missão da empresa deve ser clara, concisa, alcançável e capaz de evocar emoções
de forma expressiva. Actualmente a Missão das empresas são longas de mais para serem
lembradas, óbvias demais, e definidas por quem está distante da realidade ou do quotidiano da
organização a ponto de orientar os funcionários de forma significativa.
A missão deve estar apenas no papel, além das estratégias da empresa ela deve estar
implícita nas políticas de recrutamento, promoções, projecção de carreira, por formas a ter
princípios éticos bem arraigados em toda a organização (Osório e Rodriguez, 2018).
Por exemplo, uma organização cuja missão está relacionada com “proporcionar a melhor
experiência de atendimento ao cliente”, e a organização preocupa-se frequentemente com a
medição dos tempos de espera, bons resultados em questionários de satisfação e fidelização
de clientes, missões como estas ajudam a manter os valores de uma organização claros na
mente dos funcionários.
É mais fácil para a maioria das pessoas distinguir o certo do errado do que levar em
conta os princípios éticos como orientadores ao tomar decisões, podem ocorrer lapsos, mas
são mitigados quando a cultura ética está sempre no centro das atenções (Cortina, 2003).
Por exemplo, podemos até saber que é errado eliminar as chances de um bom
profissional ser contratado, mas não pensar no dano causado aos candidatos qualificados
quando tentamos ajudar um amigo ou familiar a ter emprego. O comportamento normalmente
é ditado por uma decisão imediatista antes de realmente pensarmos na situação, estas decisões
8
são afectadas pelo contexto. No entanto se alguém nos chamar a razão de que ajudar um
amigo ou familiar, necessariamente prejudica as chances de pessoas desconhecida que
realmente esteja qualificada, então se calhar poderíamos pensar duas vezes sobre se seus estão
a fazer o correcto.
4.3.Incentivos
De acordo com Cortina (2003) as pessoas tendem apenas a fazer as coisas lhes
proporcionam prazeres imediatos ou que se sentem motivadas, ou são incentivadas a fazer.
Sendo assim uma boa prática é combinar recompensas com consequências morais. Pode
parecer simples (basta pagar as pessoas por agirem de forma ética), mas o dinheiro só vai até
certo ponto, ou seja, nem sempre os incentivos devem ser necessariamente financeiros, os
programas de incentivo devem oferecer uma variedade de recompensas para serem eficazes.
Por exemplo, a recente experiência com o covid-19 mostrou que os funcionários dos
hospitais estavam mais propensos a observar as regras de segurança contra a doença, se lhes
fosse realçado que caso não as cumprissem poderiam contagiar os seus pacientes do que se
pensassem nas consequências pessoais.
Ainda assim, os gestores podem facilmente ignorar a importância dos incentivos não
financeiros.
4.4.Normas culturais.
Os líderes podem incentivar uma cultura ética, quando destacam as coisas boas que os
colaboradores têm feito. Embora a tendência natural seja focar em contos de advertência ou
“buracos negros éticos”, fazê-lo pode fazer com que acções indesejáveis pareçam mais
comuns do que realmente são, potencialmente aumentando o comportamento antiético. Para
criar normas mais éticas, concentre-se em “balizas éticas” em sua organização: pessoas que
estão a colocar a missão em prática ou se comportando de forma exemplar (Cortina, 2003).
4.5.2. Avaliação
4.5.3. Compensação
Alinhar incentivos financeiros com resultados éticos pode soar fácil em princípio, mas
é complicado na prática. É aqui que a declaração da missão da organização pode ajudar. É
10
bom definir Indicadores de Boa aplicação de Princípios Éticas e o resultado destes destacarão
o quão bem os valores éticos fundamentais se alinham com o sucesso dos negócios, ajuda a
manter a atenção dos funcionários sobre eles e sugere os comportamentos necessários para
realizá-los.
Os líderes podem recompensar acções éticas por mostrar aos colaboradores o impacto
positivo de seu trabalho sobre os outros e reconhecendo suas acções em apresentações e
publicações. Eles também podem criar oportunidades dentro da organização para se
comportar eticamente em relação aos colegas.
O comportamento ético organizacional é algo que merece cada vez mais atenção, pois,
segundo Osório e Rodriguez (2018), “As organizações são a criação mais poderosa do ser
humano e, no entanto, também as mais perigosas, porque podem ser usadas para a busca do
bem comum ou para a realização de fins egoístas”.
Com isso, toda organização está sujeita a julgamentos e dilemas éticos. Conforme
Neves, Garrido e Simões (2015), existem três tipos de organizações, que são: empresas que já
tiveram problemas éticos, as que estão enfrentando um problema ou as que ainda terão
problemas em relação à ética. Cortella (2015), afirma que:
Cortina (2003) defende que “Uma boa ética empresarial também desempenha um
papel substancial no êxito económico, embora essa relação seja frequentemente ignorada”, e
considera a questão de que o que é bom para o mundo não é bom para a empresa e vice-versa,
que existe uma sinergia entre mundo e empresa, de tal forma que o que acontece com um
repercute no outro, positiva ou negativamente.
11
6. Conclusão
Chegando a este ponto conclui-se que ética pode ser compreendida como um ramo da
filosofia que lida com o que é moralmente bem e o mal, certo ou errado. Popularmente a ética
diz respeito aos princípios de conduta que norteiam um indivíduo ou grupo de indivíduos.
Contudo, cabe considerar a origem do termo ethos e seu campo de acção a partir da Filosofia.
Sá (2007) esclarece que a palavra ética derivada do grego ethos, a qual tem como raiz o
significado de costume. A ética se constitui em uma ciência prática que estuda os actos do
homem, sendo compreendida como a ciência da conduta humana perante o ser e seus
semelhantes, envolvendo os estudos de aprovação e desaprovação dos seres humanos
(indivíduos) e os seus valores e princípios ou suas crenças.
13
7. Bibliografia
1. Cortella, Mario Sergio. , (2015). Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre
gestão, liderança e ética 24 ed. Petrópolis: RJ: Vozes.
2. Cortina, Adela. (2003). Construir Confiança: ética da empresa na sociedade da
informação e das comunicações. Madrid: Edições Loyola.