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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Turma: K

Tema: Implicação Educacionais da Motivação

Nome: Yolanda Miguel

Código: 708220972

Curso: História

Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento

Ano de frequência: 2° ano

Cuamba, Agosto, 2023


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Categorias Indicadores Padrões Classificação Subtotal
Pontuação
Maxima Nota do tutor
Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Estrutura
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização 1.0
Indicação clara do
problema
Descrição dos
Introdução objectivos 1.0
Metodologias
adequadas ao
objecto do trabalho
2.0
Analise e Articulação e
Conteúdo discussão domínio do
2.0
discurso
académico
Revisão
bibliográfica
2.0
nacional e
internacional
Exploração dos
2.0
dados
Conclusão Contributos
2.0
teóricos práticos
Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo de
letra, paragrafo,
espaçamento entre
1.0
linhas

Referências Normas APA 6a Rigor e coerência


bibliográficas edição em citações das citações ou
bibliográficas referência
4.0
bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria a ser preenchida pelo tutor--------------------------------
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 5

1.1. Objectivos .......................................................................................................... 5

1.1.1. Geral ........................................................................................................... 5

1.1.2. Específicos .................................................................................................. 5

2. Metodologia .............................................................................................................. 5

3. Implicações Educacionais da motivação ................................................................... 6

3.1. Implicação Sociais ............................................................................................. 6

3.2. Implicação de Realização .................................................................................. 7

3.3. Implicação Cognitivo ......................................................................................... 8

4. Conclusão ................................................................................................................ 12

5. Referencia Bibliográfica ......................................................................................... 13


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1. Introdução

No contexto educacional, a motivação dos alunos torna-se um relevante desafio, já que


apresenta implicações directas na qualidade do envolvimento com o processo de ensino e
aprendizagem. O aluno motivado procura novos conhecimentos e oportunidades,
evidenciando envolvimento com o processo de aprendizagem, participa das tarefas com
entusiasmo e revela disposição para novos desafios. A motivação, neste sentido, constitui uma
variável relevante do processo ensino e aprendizagem, na medida em que o desempenho
escolar não pode ser explicado somente por conceitos como inteligência, contexto familiar e
condição socioeconómica. A motivação representa um factor interno que dá início, dirige e
integra o comportamento de uma pessoa. Balancho e Coelho (1996) tratam o tema da
motivação como sendo tudo o que desperta, dirige e condiciona a conduta de alguém. Assim,
nota-se a motivação como um elemento fundamental na utilização de recursos do indivíduo,
objectivando alcançar um determinado alvo. Essas características reforçam a importância que
se atribui à motivação na aprendizagem escolar.
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Saber acerca da implicação Educacionais da motivação.
1.1.2. Específicos
 Conhecer a implicação sociais;
 Compreender implicação de realização;
 Descrever a implicação Cognitiva.
2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, usou-se o método de consulta bibliográfica, consistiu na
leitura de algumas obra que abordam sobre o tema em estudo. Portanto, as obras citadas no
desenvolvimento deste trabalho, constam nas referências bibliográficas.
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3. Implicações Educacionais da motivação

Os aspectos e situações que envolvem a motivação no contexto educacional torna-se relevante


já que se trata de um factor interno que incita o aluno a estudar, iniciar as actividades
académicas e prosseguir nos estudos até conclui-los. Sem motivação para aprender, não há
envolvimento, aplicação de esforço, de aptidão e uso do tempo em actividades de
aprendizagem (Neves & Boruchovitch, 2004).
No entanto, os alunos não são os únicos responsáveis pelos problemas motivacionais
relacionados ao processo de ensino e aprendizagem.
Os autores destacam que o objectivo não consiste em controlar o comportamento, o
desenvolvimento cognitivo ou a formulação de um bom currículo, mas antes de tudo, o
crescimento pessoal do aluno. Essa abordagem considera o aluno como pessoa e o ensino
deve facilitar a sua auto-realização, visando à aprendizagem pela pessoa na sua totalidade, que
transcende e engloba as aprendizagens afectiva, cognitiva e psicomotora.

3.1.Implicação Sociais
Segundo Machado (2005), Aponta que o processo ensino e aprendizagem resultam de uma
relação social, de um conjunto de interacções humanas, portanto; não se pode resumir a
simples procedimentos técnicos isolados. Para o autor, esse contíguo de relações humanas, e,
consequentemente, sociais e históricas, pode ser apreendido sob a denominação de relação
pedagógica, que alinha o conjunto de trocas que se estabelecem entre o professor, os alunos e
o conhecimento. Ainda que a relação pedagógica tenda a ser explicada de modo limitado,
levando-se em conta apenas o aspecto da interacção professor-aluno, esse conceito compõe
uma realidade mais abrangente. Envolve outras dimensões do processo de ensino e
aprendizagem que se baseia na complexidade da sala de aula, considerando ainda, as questões
de ensino sob um ponto de vista activo.
O Professor Carlos elucida a necessidade de conhecimento do contexto social do educando,
em que:
A primeira coisa que a gente procura saber é conhecer o perfil da pessoa. Para saber como
motivar essa pessoa. O poder económico é um deles, é, pior ainda. Seguido aí do preconceito,
bullying, essas coisas. A pessoa sofre a situação, então a primeira motivação é procurar saber
o problema da pessoa, ter um diagnóstico, pra saber proceder a uma forma de motivá-lo (Coll,
2004).
E é nessa perspectiva que se apresenta a motivação extrínseca, associada com as condições
externas, as condições sócio ambientais. Basta dizer que nesse tipo de motivação o indivíduo
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relaciona-se com a resposta a uma determinada situação com a qual ele poderá beneficiar-se,
uma recompensa.
As fontes extrínsecas situam-se fora do sujeito. A personalidade do professor
constitui uma motivação extrínseca, suas atitudes devem ser construtivas e estimulantes no
campo físico, moral, intelectual. Portanto, a motivação reside no meio ambiente, nos factores
externos.
Segundo Bock et al (2002) ressaltam que, para que a motivação aconteça, é necessário
considerar os três tipos de fontes: o ambiente (familiar, escolar e meio social); as forças
internas ao indivíduo (necessidade, desejo, vontade, interesse, impulso e instinto); e o objecto
que atrai o indivíduo por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza.
A motivação é aprendida durante as experiências da vida, vinculadas aos pais, irmãos,
professores, colegas e amigos, com as quais a pessoa tece a visão de si mesma (Coll, 2004).
Para efeito ilustrativo, Guimarães, Buzneck, e Sanches (2002) descrevem que a família é a
principal e mais importante fonte social de motivação da criança e a segunda influência social
são os colegas e amigos.
3.2.Implicação de Realização

A teoria da realização, de Bzuneck (2002), é amplamente utilizada para entender


e explicar porque os alunos se envolvem em cenários académicos.
Nesta teoria, foram distinguidos quatro tipos de metas da realização, a saber: aproximação de
domínio, evitação de domínio, aproximação de desempenho e evitação de desempenho.
Quando os alunos perseguem a mera aproximação de domínio, tendem a aumentar
e demonstrar sua competência com compreensão e domínio de material, com a aprendizagem
de algo, ganhando conhecimento ou desenvolvendo uma nova habilidade. Esses alunos
definem competência, baseados em um padrão auto-referenciado em tarefa e, dessa forma,
avaliam seu progresso em relação às tarefas que foram bem realizadas no passado ou de
acordo com a própria tarefa (Bzuneck, 2002).
A partir da meta de evitação de domínio, o aluno tenta direccionar a sua atenção
para evitar o que não foi entendido, para o não-aprender ou o não-dominar a tarefa de
aprendizagem.
Com relação à meta abordagem de desempenho, o aluno tenta parecer competente
quando se compara com outros e tenta ser o melhor de todos ou ser melhor do que alguém na
sala de aula.
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E, finalmente, com a meta evitação de desempenho, um aluno tenta evitar maus julgamentos e
se preservará de parecer inferiorizado quando comparado aos outros. Os alunos que possuem
metas de desempenho usam um padrão interpessoal ou normativo para definir competência,
porque eles avaliam a sua competência comparando-se aos outros (Machado, 2005).
A Teoria de Atribuição complementará a Teoria de Metas de realização, pois nesta teoria de
realização o aluno saberá identificar os sucessos e fracassos de determinados factores a partir
de suas metas. Estas são conceituadas de forma qualitativa e explica o porquê do
comportamento do indivíduo em executar certas tarefas ou buscar certos objectivos de curto
em longo prazo (Machado, 2005).
Segundo Machado (2005), diversos estudos relacionados à meta de realização, mostram que
encontraram outras formas de comportamento do aluno. Desta forma catalogaram: meta
aprender, meta performance que é subdividas em performace- aproximação, meta
performaceevitação e metas de alienação escolar.
Com cerne principal de a meta aprender é que a crença de auto eficácia e os resultados estão
ligados entre si, em outras palavras, os resultados positivos nas tarefas procedem a maior
parte do esforço. Desta forma o aluno que possui esta meta, sempre estará disposto a
desenvolver novas habilidades e competências, tendo um esquema de aprendizagem, acham –
na significativa e a valorizam, esforçando-se para desfrutar dos benefícios esperados. Porém,
mesmo o aluno que não domina tal motivação orientadora, pode revelá-la em uma situação
especifica pelo fato do professor ter provocado o interesse ou tê-lo feito ver a importância do
conteúdo e da habilidade.
Machado (2005) relata que: Os alunos com orientação para essa meta entendem que o
sucesso académico consiste na melhora do desenvolvimento intelectual, resultando da
capacidade ou habilidade de dominar cada vez mais os conteúdos das disciplinas.
3.3.Implicação Cognitivo
Segundo Berne (2005), Os teóricos cognitivistas o desejo de aprender é intrínseco; o aluno
somente estaria motivado quando se interessasse pelo assunto, vendo na aprendizagem a
satisfação de sua necessidade de conhecimento.
Os teóricos cognitivistas enfatizam os chamados "motivos intrínsecos" para aprender. Neste
caso, o "reforço" está em superar seus próprios limites, atingir os próprios objectivos ou
realizar os próprios planos. A motivação intrínseca caracteriza-se pela acção intencional da
pessoa, com o objectivo de informar-se sobre uma determinada circunstância, evento ou
assunto (Berne, 2005).
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Para Berne (2005), Na educação, um dos motivos intrínsecos mais amplamente estudados é o
motivo para a realização. A motivação desencadeia acções intencionais praticadas pelo
próprio sujeito.
Nesta teoria a aprendizagem é concebida como soluções de problemas. Espera-se que o aluno
manifeste seu interesse, como produto dos seus impulsos e das tendências primitivas, portanto
gerando esforço para resolver o problema. Assim, a educação é uma
reconstrução da experiência, entendida como agir sobre o outro corpo e sofrer ele uma acção.
A teoria do desenvolvimento cognitivo mais amplamente aceite e referida na bibliografia é, de
fato, a de Piaget. Para este autor, as crianças não nascem com conhecimento; o
desenvolvimento cognitivo relaciona-se com a maturação e a experiência activa que a criança
desenvolve com o mundo. Cada criança deve construir as suas próprias formas de
conhecimento ao longo do tempo, formulando e reformulando hipóteses numa tentativa de dar
sentido, e de entender o que a rodeia.
Para percebermos a génese e desenvolvimento do conhecimento humano, nada mais do que
observar uma criança que quer compreender o mundo, que constrói hipóteses e tenta gerar
conhecimento. A inteligência nasce da acção da criança sobre o mundo (assimilação) e da
acção do mundo sobre a criança (acomodação). A inteligência é, assim, um equilíbrio entre as
acções do organismo sobre o meio e as acções inversas e o desenvolvimento é uma
equilibração progressiva, uma passagem de estádios de menor equilíbrio a outros de equilíbrio
superior. A equilibração é um mecanismo autorregulador que visa assegurar a passagem de
uma situação de desequilíbrio para uma situação de maior equilíbrio, garantindo uma eficiente
adaptação ao meio (Tavares et al, 2007).
A assimilação corresponde aos esforços do indivíduo para lidar com o ambiente, fazendo-o
ajustar-se às estruturas já existentes no organismo. O processo de acomodação é um
complemento da assimilação. Ocorre, quando as qualidades do ambiente não se ajustam bem
aos conceitos existentes. Assim, estes conceitos são alterados em função das exigências
ambientais (Buzuneck, 2002),
Piaget tentou compreender a mente infantil através do estudo da representação do espaço, da
noção de tempo e de número, da origem da ideia de acaso, do julgamento moral na criança.
Estudou ainda os problemas da conservação, o problema da permanência do objecto ou os
dilemas da intenção moral. Descobriu uma linha condutora e evolutiva nas aquisições da
experiência das crianças e concluiu que todas as crianças passam pelos mesmos estádios e na
mesma ordem e cada estádio envolve uma reorganização do conhecimento já adquirido.
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Assim, o desenvolvimento cognitivo ocorre progressiva e descontinuamente, numa sequência


de quatro estádios.
O primeiro estádio - sensório-motor - caracteriza-se pela predominância de acções motoras
e da sua coordenação no âmbito do funcionamento cognitivo da criança. Neste estádio, a
criança concebe o mundo de uma forma sensório-motor construindo as primeiras formas do
conhecimento, do tempo, espaço, número e causalidade. Uma criança de 12 a 18 meses tem a
capacidade de imaginar um objecto quando ele não está presente, e com esta conquista abre a
possibilidade de novas aquisições.
O segundo estádio - pré-operatório ou intuitivo - caracteriza-se pelo aperfeiçoamento da
linguagem e de outras competências cognitivas, mas ainda sem a noção de conservação. A
criança adquire os conceitos intuitivos de número e causalidade e pode usá-los de forma
prática, mas não ainda de forma lógica. O que mais falta neste estádio de desenvolvimento é o
que a escola de Genebra denominou conceito de reversibilidade. Por exemplo, quando a
forma de um objecto é alterada, como quando se muda a forma de uma bola de plástico, a
criança não capta a ideia de que ela possa retornar ao estado original. Devido a essa carência,
a criança não pode compreender facilmente certas ideias fundamentais em Matemática, como,
por exemplo, a ideia de que a quantidade se conserva mesmo quando se reparte um conjunto
de coisas em subconjuntos. Mesmo se traduzido para a linguagem intuitiva da criança do pré-
escolar é difícil transmitir-lhe esse conceito matemático.
O terceiro estádio - operatório ou das operações concretas -caracteriza-se pelo
aparecimento de três operações lógicas que caracterizam a inteligência operatória: identidade,
negação e reversibilidade. Em contraste com o estádio anterior, que é meramente activo, o
período operatório concreto é operacional. A operação é um tipo de acção que tanto pode ser
executada directamente pela manipulação de objectos, como internamente com manipulação
mental de símbolos que representam coisas e relações. Uma operação é uma acção
interiorizada e reversível. Interiorizada significa que para resolver um problema a criança
pode efectuar o ensaio e erro na sua mente. Reversível significa que uma operação pode ser
compensada pela operação inversa. Existe ainda a necessidade de recorrer a actividades
concretas, pelo que a criança só adquire o conceito em presença de um estímulo concreto.
O quarto estádio - formal ou das operações formais -é aquele em que a criança é capaz de
lidar com problemas que contêm uma multiplicidade de factores, e que exigem raciocínio
hipotético-dedutivo e pensamento perspectivista. No estádio operatório abstracto, a criança
pode raciocinar ao nível das proposições. Os objectos podem ser construídos mentalmente, as
operações podem ser interiorizadas. O matemático, ou o cientista, por exemplo, podem
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progredir sentando-se e pensando, porque as operações podem ser desempenhadas a um nível


meramente abstracto.
O adolescente que atinge o estádio das operações abstractas fica apto a pensar de uma forma
absolutamente lógica, a trabalhar como um cientista, construindo hipóteses, testando-as e
revendo as proposições em função dos resultados da experimentação. A criança torna-se
capaz de pensar como um adulto, atinge a maturidade e o pensamento lógico racional, que é a
forma de pensar mais valorizada na sociedade ocidental(Tavares et al, 2007).
Em suma, inicialmente o bebé toma conhecimento do mundo através dos esquemas de acção
construídos a partir dos reflexos, das suas percepções sensoriais, e das suas acções físicas
sobre o mundo. Cerca de dois anos mais tarde adquire um conhecimento prático, conhece os
objectos no tempo e no espaço, e assim sucessivamente, interiorizando acções ou operações
mentais e entra assim no período simbólico. E se o desenvolvimento se processar
normalmente, passa ao estádio das operações concretas e, finalmente, ao das operações
abstractas. A transição de um estádio para outro envolve uma organização fundamental da
forma como o indivíduo constrói e interpreta o mundo. Equivale isto a dizer que, quando as
crianças passam de um estádio para outro, adquire qualitativamente novas maneiras de
entender o seu mundo.
Para Tavares et al, (2007). A sequência dos estádios é invariável: todas as crianças passam
pelos mesmos estádios e pela mesma ordem. Isto porque cada está estádio está directamente
ligado à realização do estádio anterior, e, simultaneamente, deriva dele. Se é certo que a
ordem dos estádios não varia, há contudo grandes diferenças individuais na velocidade com
que cada criança os atinge e passa por eles. Assim, as idades associadas aos vários estádios
são sempre aproximadas ou médias. Porém, segundo Piaget, quer as estruturas mentais
internas (esquemas), quer os processos que proporcionam a construção do conhecimento,
estão directamente dependentes do estádio de desenvolvimento cognitivo em que o sujeito se
encontra.
A construção do mundo pela criança feita por Piaget provou ser firme e constitui um marco de
referência obrigatório, com enormes implicações para a prática pedagógica da actualidade,
desde a educação pré-escolar até à educação dos adolescentes (Buzuneck, 2002).
Entre essas implicações pedagógicas destaca-se, por um lado, a importância que as escolas
atuais concedem à participação activa dos alunos em actividades de descoberta de situações
novas; por outro lado, a tomada de consciência por parte dos educadores quanto aos limites
dos seus alunos e o consequente recurso a actividades que envolvam conflitos cognitivos cuja
resolução passa pela consecução de novos equilíbrios.
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4. Conclusão
Chegando fim do trabalho conclui-se que a motivação da aprendizagem escolar contribui
consideravelmente para a aprendizagem escolar, pela qual se utiliza de estratégias de ensino e
planeamento quanto à abordagem de conteúdos presentes no currículo da educação básica,
que tem por meta alcançar resultados positivos. Parece que existe um conjunto de situações
que influenciam directamente estes alunos a querer ou não estudar. Sendo que tais situações
podem estar relacionadas a factores internos e externos do aluno, como os interesses pessoais
em buscas da satisfação da necessidade de pertencer; reconhecimento e prestígio. Desta forma
a escola em ambos os casos possui um papel fundamental, tanto para evitar a desistência
destes alunos, quanto na orientação destes alunos de forma motivacional. De salientar que os
professores devem estar sempre atentos em detectar a falta de motivação dos alunos, assim
possam apoiar e incentivá-los a superarem suas dificuldades.
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5. Referencia Bibliográfica
1. Berne, A. C. (2005). O professor como agente na motivação dos alunos. São Paulo:
UDUSF.
2. Bock, A. M. B., et. al. (2002). Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia.
13. ed. SãoPaulo: Editora Saraiva.
3. Bzuneck, Jose A. (2002). A motivação do aluno: aspecto introdutório. A Motivação
do aluno: Contribuições da psicologia contemporânea, Petrópolis- RJ: Editora.
4. Coll, C., et. al. (2004). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da
educação escolar. 2. ed. Porto Alegre: Editora Artmed.
5. Guimarães, S. E. R.; Buzneck, J. A.; Sanches, S. F. (2002). Psicologia educacional
nos cursos de licenciatura: a motivação dos estudantes. Psicologia Escolar e
Educacional.
6. Machado, Osmar A., (2005). Evasão de alunos de cursos superiores: factores
motivacionais e de contexto. Londrina.
7. Neves, E. R. C.; Boruchovitch, E. (2004). A motivação de alunos no contexto da
progressão continuada. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, DF, v.20.
8. Tavares, José et all. (2007). Manual de Psicologia de Desenvolvimento e
Aprendizagem, colecção Nova Cidine1, Porto Editora, Porto.

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