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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)

Daniel Estermo Rassul

Código: 708233195

Curso: Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Introdução a Filosofia
Docente: Oweni Esmael M Elias
Frequência: 2o ano

Quelimane, Abril de 2024


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Índice
Introdução........................................................................................................................................5

1.1. Objectivos.........................................................................................................................6

1.1.1. Objectivo Geral.............................................................................................................6

1.1.2. Objectivos Específicos..................................................................................................6

2. Metodologia..........................................................................................................................6

3. Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana).................................................................7

3.1. Conceitos de Pessoa como Sujeito Moral.........................................................................7

4. Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana).................................................................8

4.1. Características da pessoa e suas descrições..........................................................................9

4.2. Natureza e do papel da pessoa na sociedade e no universo............................................10

4.3. Desenvolvimento da Moral.............................................................................................11

4.4. Desenvolvimento da consciência moral.............................................................................11

5. Conclusão...........................................................................................................................12

6. Referência Bibliográfica.....................................................................................................13
Introdução
O trabalho apresenta uma abordagem contextual sobre a Pessoa como Sujeito
Moral (A Pessoa Humana), aborda aspectos relacionados com a pessoa como sujeito
moral, a distinção da ética e moral, o conceito de pessoa e suas características da
pessoa e suas descrições.
A pessoa como sujeito moral, ou seja, a pessoa humana vista como um agente
moral dotado de capacidade de tomar decisões éticas e de agir de acordo com valores
e princípios morais, é um conceito fundamental na filosofia moral e na ética. A ideia
de que os seres humanos são sujeitos morais implica que têm a capacidade de
distinguir entre o que é certo e o que é errado, de assumir responsabilidade por suas
acções e de serem julgados com base nessas acções.

Existem diversas correntes filosóficas que abordam a natureza da pessoa como


sujeito moral. Por exemplo, o humanismo enfatiza a dignidade e o valor intrínseco de
cada ser humano, argumentando que todas as pessoas merecem respeito e
consideração moral. O existencialismo destaca a liberdade e a responsabilidade
individuais, sugerindo que os seres humanos têm o poder de criar seus próprios
valores e significados em um mundo aparentemente sem sentido.

Além disso, diversas tradições éticas, como o utilitarismo, o deontologismo e a


ética das virtudes, oferecem diferentes perspectivas sobre como as pessoas devem
tomar decisões morais e agir em conformidade com seus princípios. Em resumo, a
ideia da pessoa como sujeito moral reconhece a singularidade e a complexidade dos
seres humanos enquanto agentes éticos, destacando sua capacidade de reflexão,
julgamento e ação no contexto das questões morais e éticas.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender a Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana).
1.1.2. Objectivos Específicos
 Reflectir sobre as características das pessoas;

 Apresentar os conceitos da pessoa;

 Identificar Desenvolvimento da consciência moral.


2. Metodologia
Esta secção objectiva caracterizar a pesquisa, apresentar os métodos de pesquisa e
as técnicas de colecta de dados, De acordo com Minayo (2007) “a metodologia é a
discussão epistemológica sobre o caminho do pensamento que o tema ou o objecto de
investigação requer ”. Nesta ordem, compreende-se a metodologia como sendo a
selecção de instrumentos que vão possibilitar que o investigador possa utilizar na
pesquisa para perceber um determinado fenómeno.
3. Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)
3.1. Conceitos de Pessoa como Sujeito Moral
Segundo Santos (2020) apresenta conceito de Pessoa nas várias perspectivas
(Jurídica, Psicológica, Ética, Personalista, Social, Metafísica):

a) Perspectiva Jurídica: Na perspectiva jurídica, a pessoa é vista como um


sujeito de direitos e obrigações. No direito, uma pessoa pode ser definida
como um indivíduo dotado de capacidade jurídica, ou seja, apto a adquirir
direitos e contrair obrigações. Isso pode incluir tanto pessoas físicas
(indivíduos) quanto pessoas jurídicas (entidades como empresas e
organizações). A legislação define os direitos e responsabilidades das pessoas,
garantindo a protecção dos seus interesses e a promoção da justiça.
b) Perspectiva Psicológica: Na perspectiva psicológica, a pessoa é estudada
como um ser dotado de cognição, emoções, comportamentos e experiências
individuais. A psicologia explora aspectos como personalidade,
desenvolvimento humano, motivação e saúde mental para entender a
complexidade da pessoa.
c) Perspectiva Ética: Na perspectiva ética, a pessoa é considerada um agente
moral dotado de capacidade para tomar decisões éticas e agir de acordo com
valores e princípios morais. A ética investiga questões como o bem e o mal, a
justiça, a virtude e a responsabilidade moral. A pessoa é vista como
responsável por suas ações e sujeita a julgamento moral com base em critérios
éticos. Diversas correntes éticas, como o utilitarismo, o deontologismo e a
ética das virtudes, oferecem diferentes abordagens para orientar o
comportamento moral da pessoa.
d) Perspectiva Personalista: Na perspectiva personalista, a pessoa é vista como
um ser único e irrepetível, dotado de dignidade intrínseca e valor inalienável.
O personalismo enfatiza a importância do respeito pela pessoa como fim em si
mesma, rejeitando qualquer forma de instrumentalização ou tratamento
desumano. Essa abordagem destaca a dimensão relacional da pessoa,
reconhecendo sua interdependência com outros indivíduos e a sociedade como
um todo.
e) Perspectiva Social: Na perspectiva social, a pessoa é considerada um membro
de uma comunidade ou sociedade, influenciada por normas, valores e
estruturas sociais. A sociologia e outras ciências sociais investigam como
fatores como classe social, gênero, etnia e cultura moldam a identidade e as
experiências das pessoas dentro de contextos sociais específicos. Essa
perspectiva destaca a importância do contexto social na formação e no
comportamento da pessoa.
f) Perspectiva Metafísica: Na perspectiva metafísica, a pessoa é vista em
relação ao seu lugar no universo e à sua natureza ontológica. Questões
metafísicas exploram a natureza da existência, da identidade pessoal e do
sentido da vida. Filósofos e pensadores têm debatido temas como a relação
entre corpo e mente, a continuidade da identidade pessoal ao longo do tempo e
a possibilidade de uma alma ou essência transcendente que define a pessoa.

4. Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)


A atividade moral no âmbito do sujeito é marcada por grandes transformações,
que ocorreram no ciclo histórico da humanidade desde a experiência filosófica, social,
cultural, entre outras experiências vivenciais. No desenvolvimento da humanidade, os
questionamentos sobre vontade, liberdade, atos e consciência foram dotados de
grandes reflexões e direcionados unicamente para o homem e seu entendimento
(Lima, 2019)..
Segundo Mendes (2018) a necessidade de ter uma consciência individual
para obter uma responsável imagem social é também responsabilidade deste
sujeito moral. Uma vez que, suas atitudes, palavras e intenções serão questionadas
e julgadas, garantirão uma ética, fundada em princípios e valores que norteiem o
viver em comunidade.
Dos principais fundamentos da ação moral é a imputabilidade. Entende-se
que imputabilidade do ato moral é atribuída ao homem como o autor e senhor dos
atos. O homem é configurado por meio de suas responsabilidades e leis.
Levando assim, o ser humano a consciência e liberdade que determinam sua
pessoa e a executa. Sabe-se que o homem nunca será dono absoluto destas
propriedades, porém sua personalidade será mais perfeita quanto maior a
consciência, e da mesma forma, será imperfeita quanto menos consciência
possuir em seus atos (Silva, 2021).

4.1. Características da pessoa e suas descrições


Para Santos, (2020), as pessoas apresentam as seguintes características:
 Racionalidade: A pessoa é caracterizada por sua capacidade de raciocinar,
refletir e tomar decisões com base na lógica e no pensamento crítico. Essa
característica permite que a pessoa avalie situações, antecipe consequências e
escolha entre diferentes cursos de acção.
 Autonomia: A pessoa possui autonomia, o que significa que tem liberdade
para agir de acordo com sua própria vontade e para determinar seus próprios
objetivos e valores. A autonomia implica responsabilidade pelas escolhas e
ações tomadas, bem como pela direção de sua própria vida.
 Consciência: A pessoa é consciente de si mesma e do mundo ao seu redor.
Essa consciência inclui a capacidade de perceber, interpretar e responder aos
estímulos internos e externos, bem como de refletir sobre suas próprias
experiências e estados mentais.
 Emoções: A pessoa experimenta uma ampla gama de emoções, incluindo
alegria, tristeza, raiva, medo e amor. As emoções desempenham um papel
importante na vida da pessoa, influenciando seu comportamento, suas relações
interpessoais e sua tomada de decisões.
 Empatia: A pessoa é capaz de se colocar no lugar de outra pessoa,
compreendendo e compartilhando seus sentimentos, pensamentos e
experiências. A empatia promove a conexão emocional e a compaixão pelos
outros, contribuindo para relacionamentos saudáveis e para a cooperação
social.
 Identidade: A pessoa possui uma identidade única, composta por
características físicas, psicológicas, sociais e culturais que a distinguem de
outras pessoas. A identidade pessoal é formada por uma combinação de
fatores biológicos, ambientais e experienciais ao longo da vida.
 Dignidade: A pessoa possui dignidade inerente e valor intrínseco,
independentemente de suas características individuais ou circunstâncias. A
dignidade humana é universal e inviolável, exigindo respeito e consideração
por parte de todos os outros indivíduos e instituições.
 Interdependência: A pessoa está interligada com outras pessoas e com o
meio ambiente, fazendo parte de redes complexas de relações sociais,
económicas, políticas e ecológicas. A interdependência reconhece a influência
mútua e a responsabilidade compartilhada na construção de comunidades
sustentáveis e justas.

Essas características são fundamentais para compreender a natureza e a essência


da pessoa humana, destacando sua singularidade, sua complexidade e sua importância
dentro da sociedade e do universo.

4.2. Natureza e do papel da pessoa na sociedade e no universo


Para Lima (2019) uma compreensão mais completa da natureza e do papel da
pessoa na sociedade e no universo envolve considerar diversos aspectos, tais como:
 Interconexão Social: Reconhecer que a pessoa não existe isoladamente, mas
está inserida em uma teia complexa de relações sociais. A interação com
outras pessoas influencia a formação da identidade, valores, comportamentos e
experiências individuais.
 Responsabilidade Ética: Compreender que a pessoa tem responsabilidade
moral não apenas consigo mesma, mas também em relação aos outros
membros da sociedade e ao meio ambiente. Isso implica agir de maneira ética,
respeitando os direitos e a dignidade de todas as pessoas e contribuindo para o
bem-estar coletivo.
 Impacto Ambiental: Reconhecer que as ações individuais têm um impacto no
meio ambiente e no universo em geral. A pessoa deve considerar as
consequências de suas escolhas e comportamentos em termos de
sustentabilidade e preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
 Busca por Significado: Entender que a pessoa busca constantemente sentido e
propósito em sua vida, tanto a nível pessoal quanto coletivo. Isso pode
envolver a busca por realizações pessoais, conexões significativas com outras
pessoas, contribuições para a sociedade ou a exploração de questões
existenciais mais profundas.
 Desenvolvimento Pessoal e Social: Reconhecer que a pessoa está em
constante processo de desenvolvimento e aprendizado, tanto a nível individual
quanto em interação com o ambiente social. Isso implica a busca pelo
autodesenvolvimento, o cultivo de habilidades e talentos, a adaptação a
mudanças sociais e a contribuição para o progresso da sociedade.
 Consciência Interconectada: Compreender que a pessoa não está separada
do universo, mas é parte integrante dele. Isso pode levar a uma consciência
mais ampla de nossa interdependência com todos os seres vivos e com o
próprio cosmos, promovendo uma maior empatia, respeito e cuidado para com
todas as formas de vida.

Ao considerar esses aspectos, é possível ter uma visão mais abrangente do papel
da pessoa na sociedade e no universo, reconhecendo sua capacidade de influenciar e
ser influenciada pelo ambiente que a cerca, bem como sua responsabilidade em
contribuir para um mundo mais justo, sustentável e significativo.
4.3. Desenvolvimento da Moral
Nos seus estudos, Piaget (1977) concluiu que a moralidade se desenvolve a
medida que a inteligência humana se vai desenvolvendo, seguindo o processo
delineado por 3 etapas fundamentais:
 1ª etapa(entre 2 – 6 nos)- encontramos na criança a moral de obrigação e
heteronomia, onde ela vive numa atitude unilateral de respeito absoluto para
com os mais velhos e as normas são totalmente exteriores a sí.
 2ª Etapa (entre 7-11 anos) – verifica se no adolescente a moral da
solidariedade, entre iguais. O respeito nnilateral é substituído pelo respeito
mútuoe começa a desenvolver-se a noção de igualdade entre todos e as normas
de conduta humana são aplicadas de uma forma rigorosa.
 3ª Etapa ( dos 12 anos em diante)- encontramos no jovem ou no adulto a moral
de equidade ou autonomia.

4.4. Desenvolvimento da consciência moral


Para Lawrence Kohlberg (1981) considera que a consciência moral se torna num
processo de conhecimento que decorre de fases de aprendizagem social. Para ele
existem três níveis de desenvolvimento moral:
 1º Nível (pré-convencional) – as pessoas respeitam as normas sociais, mas
receiam o castigo se não as cumprirem ou esperam uma recompensa pelo seu
cumprimento.
 2º Nível (convensional) – determina que as pessoas respeitam as normas
sociais porque consideram importante que cada um desempenhe o seu papel
numa sociedade moralmente organizada;
 3º Nível (pós- convencional) – estabelece que as pessoas se preocupam com
um juízo autónomo e com o estabelecimento de princípios morais universais.
5. Conclusão
Em suma, a pessoa como sujeito moral ocupa um lugar central na sociedade e no
universo, sendo responsável por suas acções e influenciando o ambiente ao seu redor
com base em seus valores e princípios éticos. O desenvolvimento da moral e da
consciência moral é essencial para a evolução pessoal e para a construção de uma
sociedade mais ética e justa.
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está
associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento
humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções
estabelecidas por cada sociedade.

A pessoa é reconhecida como um ser dotado de capacidade moral, apto a


discernir entre o certo e o errado e a agir conforme princípios éticos. Essa habilidade
de tomada de decisão moral é uma característica fundamental que define a pessoa
como sujeito moral. Ao explorarmos as características da pessoa, como racionalidade,
autonomia, consciência, emoções, empatia, identidade e dignidade, podemos
compreender melhor sua complexidade e singularidade como sujeito moral. Esses
traços moldam a forma como a pessoa interage com o mundo e com os outros,
influenciando seu comportamento ético e moral.

Na sociedade e no universo, a pessoa desempenha um papel crucial como agente


moral e social. Sua capacidade de fazer escolhas éticas e agir de acordo com valores
morais contribui para a construção de comunidades justas e sustentáveis. Além disso,
sua interdependência com outros seres humanos e com o meio ambiente destaca a
importância de promover relações éticas e cuidados ambientais.
6. Referência Bibliográfica
Kohlberg, L. (1981). The Philosophy of Moral Development: Moral Stages and the
Idea of Justice. San Francisco: Harper & Row.
Lima, F. G. (2019). A Dignidade Humana e os Desafios Morais na Sociedade
Contemporânea. Belo Horizonte: Editora Consciência.
Mendes, C. D. (2018). Aspectos Psicológicos da Moralidade Humana. Rio de Janeiro:
Editora Psique.
Minayo, A. C; (2007). Como elaborar projectos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas.
Piaget, J. (1977). The Development of Thought: Equilibration of Cognitive Structures.
New York: Viking Press.
Santos, A. B. (2020). A Pessoa Humana: Uma Análise Ética. São Paulo: Editora
Ética.
Silva, H. M. (2021). A Ética da Autonomia: Reflexões sobre o Papel da Pessoa como
Sujeito Moral. Brasília: Editora Cidadania.

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