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Didactica Geral
Didactica Geral
Tema do Trabalho
Curso: Biologia
Disciplina: Didáctica Geral
Turma: K
Ano de Frequência: 1˚ano
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Dr: Remigio Orlando Mario Afonso
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
ii
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
iii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução……………….….………………………………………………......………………….3
Objectivo Geral:...............................................................................................................................4
Objectivos Específicos:....................................................................................................................4
Metodologias....................................................................................................................................4
Material e Métodos...........................................................................................................................5
Coleta de dados.................................................................................................................................6
Analise e discussão...........................................................................................................................6
Conclusão.......................................................................................................................................10
Bibliografia.....................................................................................................................................11
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Introdução
Actualmente, a palavra de ordem tem sido, conservar a natureza, os seres vivos e os ecossistemas
onde estes habitam, e, para que se possa alcançar essa ordem é necessário que se determine
prioridades na conservação e criação de planos de maneios (Mota, 2015). A ordem acima
também pode ser alcançada com o auxílio de áreas de proteção, essas áreas são tidas como áreas
que chegam a perfazer 13% do planeta Terra, são áreas de proteção a Biodiversidade global
(Idem).
O Parque Nacional de Mágoè pertence a Categoria II da IUCN que pela definição, segundo
Mucova (2021), parques nacionais são áreas de larga escalas com o objectivo de proteger a
biodiversidade, baseada em estruturas ecológicas e dos processos do meio ambiente, com a
finalidade de promover a educação ambiental, cientifica, turística, desenvolvimento cultural e de
processos de regulação.
Nesse âmbito, e como forma de contribuir para o conhecimento actual do estado de conservação
e gestão, numa primeira fase o presente estudo vem com o objectivo de fazer levantamento da
biodiversidade de répteis e mamíferos, abordando assuntos ligados as ameaças e medidas de
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mitigação para a perda da biodiversidade, e, na segunda fase o estudo teve o objectivo de
identificar como é feita a participação das comunidades na gestão do Parque Nacional de Mágoè.
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos:
Metodologias
Foram procuradas teses, dissertações e artigos completos que abordaram o ensino do conceito
biodiversidade local de maneira explícita em diferentes níveis de ensino, nas seguintes fontes:
Banco de teses, dissertações da CAPES e manuais. Os seguintes critérios foram considerados
para a seleção das pesquisas:
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Material e Métodos
Área de Estudos: Parque Nacional de Mágoè (PNM)
O Parque Nacional de Mágoè (PNM) foi criado através do Decreto 67/2013, de 11 de Novembro,
o primeiro que se localiza na província de Tete, concretamente nos distritos de Magoe e Cahora-
Bassa, sendo que a sua área mais extensa se encontra no primeiro distrito.
A área total do Parque é de cerca de 3.558,520 km2, elevando assim a área total de conservação
dos Parques nacionais do país de 36.173km2 para 39.731,520 km2. Ele localiza-se numa área que
está entre as cinco áreas principais identificadas no país como de relativamente alta riqueza de
espécies faunísticas. Tal como outros Parques, o PNM enfrenta pressão e ameaça à sua
integridade bem como dos ecossistemas nele existentes devido ao crescimento de actividades que
não são compatíveis com os princípios de conservação e desenvolvimento sustentável dos
recursos naturais.
O clima é em geral caracterizado por ser relativamente quente e seco, tornando-se ligeiramente
mais húmido e mais frio onde a altitude é maior. Alguns locais, onde há escassez de florestas, as
temperaturas e evapotranspiração são relativamente elevadas.
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Ocorrem dentro do Parque Nacional de Magoe assentamentos humanos e actividades
antropogénicas, incluindo a criação de gado bovino, que constituem um desafio para a
conservação. As queimadas descontroladas, a caça furtiva e a pesca na Albufeira de Cahora-
Bassa, constituem ameaças à conservação e integridade do PNM.
Coleta de dados
O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa, com enfoque exploratório e
descritivo. O estudo baseou-se na inventariação da Biodiversidade biológica do Distrito de
Mágoè. Constituíram metodologias para a realização deste estudo a consulta bibliográfica,
trabalho de campo e observação directa; entrevistas (estruturada e semiestruturada)-
A coleta de dados teve a duração de Cinco dias, as amostragens eram feitas no período da manhã,
para os registros de ordens de espécies de répteis e mamíferos, a amostragem consistia em
delimitar transectos e pontos de montagem de armadilhas, onde durante a caminhada ao longo
dos transectos eram feitos levantamentos da biodiversidade de répteis e mamíferos visíveis
durante a trilha, tendo em conta também características como tocas, pegadas, latrinas e qualquer
outro vestígio, sendo este um método não invasivo, para identificação desses rastros foram
usados guias de campo.
Também ao longo dos transectos e pontos eram feitos os levantamentos das principais ameaças a
biodiversidade, como montagem de armadilhas para pequenos mamíferos, uso de terra (abertura
de locais para a prática de agricultura), locais de produção de carvão, corte massivo das árvores,
corte da coifa das árvores para usar na apicultura entre outras ameaças.
Ainda foram feitos inquéritos as populações que vivem ao redor da Sede do parque no mesmo
distrito, onde a população amostral foi de 112 pessoas, com o objectivo de adquirir
conhecimentos acerca das perceções das populações sobre o Parque.
Analise e discussão
Levantamento da Biodiversidade e caracterização dos Habitats
Durante os cinco dias no campo, percorreu-se um total de cerca de 20km, ao longo dos transectos
foram identificados 3 espécies de répteis e 5 espécies e mamíferos, e várias tocas de pequenos
mamíferos e antílopes.
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Tabela 1: Ilustração do levantamento da biodiversidade e caracterização dos Habitats
Caracterização do habitat (Solo e Vegetação) Transecto (Espécies)
Solo seco com detalhes avermelhadas, quanto a vegetação: o Canis audutus
capim é seco e arvores secas e lenhosas como mangueira. Tocas de mamíferos
Solo seco com detalhes acastanhados e próximo a machambas, Tocas de mamíferos
quanto a vegetação é caracterizada pela presença de bambus,
árvores longas e secas;
Solo húmido e argiloso, próximo ao curso de água, quanto a Ictonyx striatus
vegetação: o capim esverdeado, presença de bambus e árvores Lycaon pictus
secas;
Solo húmido e argiloso, quanto a vegetação: o capim esverdeado, Ictonyx striatus
presença de bambus e árvores secas; Lycaon pictus
Solo seco caracterizado pela areia grossa, quanto a vegetação: o Trachylepis varia;
capim é pequeno e seco, árvores longas e secas; presença de Agama mossabica
plantas suculentas de pequeno porte;
Solo seco, quanto a vegetação: o capim é pequeno e seco, árvores Antilopes
longas e secas; vegetação maioritariamente seca e caracterizada
também pela existência de plantas com espinhos;
Solo seco, quanto a vegetação: o capim é pequeno e seco, árvores Kinixya zombensis
longas e secas; presença de árvores longas e secas e algumas Genetta genetta
caracterizadas por serem lenhosas de grande porte.
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construção de casas, uso da técnica cortiço que é retirar a coifa das árvores para usar na
apicultura como gaiola de abelhas.
Estes resultados similares são discutidos no plano de maneio onde afirmam que a população
residente no parque é elevada e ela tem necessidades para garantir a sua sobrevivência optam na
prática da agricultura itinerante que tem como características necessárias de eliminar vastas áreas
para o cultivo, produção de carvão e a caça insustentável dos animais.
Ainda quanto aos aspectos da perda da biodiversidade no PNM, Mucova (2021), suportam que o
parque nacional de Magoe vem enfrentando múltiplos desafios como o desflorestamento,
exploração ilegal, queimadas descontroladas, exploração ilegal dos recursos e a caça, afirmando
ainda que esse conjunto de factores tem potencial para contribuir negativamente na conservação
da biodiversidade.
Como resultados, ao longo dos estudos foram anotadas duas principais oportunidades no PNM
que serviriam também como medidas de mitigação, para a diminuição da perda da biodiversidade
e desflorestamento no parque, é o caso de plantio de fruteiras e criação de meios para a prática da
apicultura, de referir que estas duas medidas já estão sendo usadas pela população local, o que
seria de maior ganho o uso do conhecimento local para maior implementação destes projectos.
O grau de uso actual da Área de conservação comunitária de Tchuma Tchato, caracteriza-se pela
existência de operadores turísticos que oferecem pacotes completos para o desenvolvimento da
caça (turismo cinegético), safári e pesca desportiva cujos visitantes, grosso modo, são
provenientes da África do Sul, EUA, Espanha, América Latina e do Norte, Noruega, China,
França entre outros visitantes estes que se deslocam-se para a prática do turismo cinegético e
ecológico que são consideradas principais actividades dos operadores. Refira-se ainda que as
implantações de estâncias turísticas propiciaram a oferta directa e indirecta de emprego
melhorado a qualidade de vida e tendo em conta a sustentabilidade ambiental.
Com vista à gestão dos benefícios provenientes da exploração dos recursos naturais, foram
criados comitês de gestão, constituído por membros da comunidade que trabalham em estreita
coordenação entre os programas comunitários e as empresas de exploração turística da região.
Vale salientar que as comunidades participam nos processos de mediação dos conflitos ligados à
exploração da fauna e também na gestão e definição dos destinos dos rendimentos canalizados
para o seu benefício. Os trabalhos desenvolvidos pelos membros nas comunidades permitem
auscultá-las sobre as modalidades de aplicação das receitas geradas pela exploração dos recursos
naturais representando um grande apoio local e comunitário em relação a sua conservação.
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Conclusão
O Parque Nacional de Mágoè bem como outros Parques Nacionais, a quando da sua
implementação já continha populações residindo no seu interior ou ao seu redor, algumas dessas
populações eram compostas por pessoas deslocadas de guerras ou por outros motivos, acabaram
se instalando no parque.
Vale lembrar que o Parque Nacional de Mágoè realiza diversos serviços ecossistêmicos que
garantem a manutenção do mesmo ecossistema em virtude de se desempenhar funções de habitat
para imensa biodiversidade. Suas áreas destinam-se a reprodução e/ou multiplicação, manutenção
e fluxo de pool genético através de movimentação e/ou dispersão de genes que são os corredores
ecológicos quer a partir de zoocoria, anemocoria, hidrocoria (dispersão de sementes pelos
animais, ventos e águas correntes). Ademais, para além dessas funções, a área do Parque mantém
a conectividade entre as diferentes populações e meta-populações e garantem a permanência das
rotas migratórias.
O Parque Nacional de Mágoè irá contribuir para desenvolver mecanismos de gestão adequados,
mitigação de conflitos e utilização sustentável dos recursos para o benefício das comunidades
locais, do distrito, da província e do país em geral através de medidas assentes no quadro legal e
em outros instrumentos de boa referência. Vai conter a exploração desordenada dos recursos quer
por furtivos quer pelas comunidades locais, e promover acções orientadas para o
desenvolvimento de programas para geração de receitas e desenvolvimento comunitário
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Bibliografia
DCS (Delcam Consultoria e Serviços). (2016). Plano de maneio do Parque Nacional de Mágoè.
Província de Tete. v. I, Maputo,
Gil, Antonio Carlos. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ªed. São Paulo: Atlas.
Gray, C. L. (2016). A biodiversidade local é maior dentro das áreas terrestres protegidas do que
fora das áreas terrestres protegidas em todo o mundo. Nature Communications.
Mucova, S. A. R., (2021). Avaliação das Mudanças no Uso e Cobertura da Terra de 1979 a
2017 e Abordagem de Biodiversidade e Gestão de Terras no Parque Nacional das Quirimbas.
Maputo.
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