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Coletânea

Escolas Sustentáveis:
quais os caminhos?
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Projetos que representaram a Bahia na


IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
“Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis”.

Bahia - 2016
B151 Bahia, Secretaria da Educação.
Escolas sustentáveis: quais os caminhos? Salvador, SEC, 2016.
296 p.
Projetos que representam a Bahia na IV Conferencia Nacional
Infantojuvenil pelo Meio Ambiente "Vamos cuidar do Brasil com
Escolas Sustentáveis".

1. Educação Ambiental. 2. Sustentabilidade - Projetos


Escola. 3. Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente. I. Título.

CDD 340

Elaborada pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares/SEC


Rui Costa Governador do Estado da Bahia

Walter de Freitas Pinheiro Secretário da Educação do Estado da Bahia

Nildon Carlos Santos Pitombo Subsecretário da Educação do Estado da Bahia

Cláudio Santos Silva Chefe de Gabinete

Ney Jorge Campello Superintendente de Políticas para Educação Básica - SUPED

Edileuza Nunes Neris Diretora da Educação Básica - DIREB

Fabio Fernandes Barbosa Coordenador de Educação Ambiental e Saúde - CEAS

EQUIPE TÉCNICA CEAS Altair dos Santos Cerqueira


Ana Rita Santana de Jesus
Anderson Maciel França
Duwillami Embirassu de Arruda
José Silva Lima Junior
Liv Ferreira Lira de Lima
Maria José Caribé de Azevedo
Rosa Maria Pereira Gaspar
Talita Dádiva Leitão dos Santos
Vidalma Sonia Ferreira de Souza

REVISÃO DE TEXTO Geovane Santos Pinto


Lorena Vaz Gonçalves
Maria de Lourdes Mendes de Santana
Simone Carvalho de Santana

SUPERVISÃO TÉCNICA DA COLETÂNEA Ana Rita Santana de Jesus


Fabio Fernandes Barbosa

PROJETO GRÁFICO KDA Design


A todos (as),
Educadores, educadoras, gestores e gestoras das unidades
escolares que participaram da II Conferência Estadual
Infantojuvenil pelo Meio Ambiente - Vamos Cuidar da Bahia com
Escolas Sustentáveis.
As Diretorias Regionais de Educação (Direc) atualmente Núcleo
Regional de Educação (NRE), às Secretarias Municipais de
Educação e todas as Instituições e seus representantes que
participaram da Comissão Organizadora Estadual (COE - Bahia).
A Coordenação de Projetos Intersetorias pela cessão das imagens
das obras do projeto artes visuais estudantis (AVE) e obras de
tempo de arte literárias (TAL).
E, principalmente aos estudantes que participaram ativamente
na elaboração e apresentação dos planos de ação em prol da
sustentabilidade socioambiental nas escolas.

Os 27 projetos que integram a coletânea “Escolas Sustentáveis: quais os Caminhos?” foram elaborados
pelos estudantes do Ensino Fundamental II (6º a 9º ano) das redes de ensino estadual, municipais e
privada, com orientação dos educadores/educadoras. Assim, os conteúdos aqui publicados são da
responsabilidade dos seus autores.
A P R E S E N TA Ç Ã O

A Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Em 2013, foi realizada sua IV edição, com o tema
Ambiente (CNIJMA) é uma iniciativa do Órgão "Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis".
Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental A partir da I Conferência, formaram-se em todo o
(PNEA), órgão interministerial que agrega o Minis- país os Coletivos Jovens (CJ) de Meio Ambiente e as
tério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério da escolas foram incentivadas na criação de Comis-
Educação (MEC). A Conferência Infantojuvenil sur- sões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-
giu de um processo que se iniciou em 2003, no VIDA), constituindo-se grupos de estudantes
âmbito da Conferência Nacional do Meio Ambi- responsá-veis por desencadear ações de cuidado e
ente, promovida pelo Ministério do Meio Ambien- melhoria na qualidade de vida dentro de suas
te, quando foi apontada a necessidade do envolvi- escolas. As COM-VIDAS integram o Programa
mento de adolescentes e jovens no debate de Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas – MEC, que
políticas públicas de meio ambiente. Assim, foi também teve origem na I Conferência Infantoju-
concebida a versão Infantojuvenil, que envolveu venil pelo Meio Ambiente.
escolas do segundo segmento, do Ensino Funda-
Neste contexto e em sintonia com a IV Conferência
mental de todo o país.
Nacional, a II Conferência Estadual Infantojuvenil
Sua primeira edição, em 2003, envolveu 15.452 pelo Meio Ambiente (II CEIJMA), teve como tema
escolas e mobilizou 5,6 milhões de pessoas em central “Vamos Cuidar da Bahia com Escolas
3.461 municípios em todo o país; a II Conferência, Sustentáveis”, tendo como referência os três eixos
em 2005/2006 atingiu 11.475 escolas e comu- da escola sustentável: GESTÃO, CURRÍCULO E
nidades e 3,8 milhões de pessoas em 2.865 ESPAÇO FÍSICO.
municípios. A III CNIJMA, em 2008/2009, aconteceu
Para o desenvolvimento da temática proposta, os
em 11.631 escolas, envolvendo mais de 3,7 milhões
estudantes foram convidados a elaborar propostas
de participantes em 2.828 municípios em todo país,
de intervenção na escola, a partir dos subtemas
debatendo o tema das “Mudanças Ambientais
Terra, Água, Fogo e Ar, sempre articulados com o
Globais e assumindo responsabilidades”.
tema central acima citado, dentro do contexto da
Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio sustentabilidade ambiental no qual os 4 elementos
Ambiente (CNIJMA) é um processo dinâmico de adquirem uma nova dimensão: Terra e escola
dialógos e encontros voltado para o fortaleci- sustentável; Água e escola sustentável; Fogo e
mento da cidadania ambiental nas escolas e escola sustentável e Ar e escola sustentável.
comunidades, a partir de uma educação crítica,
A segunda participação da Bahia, na Conferência
participativa, democrática e transformadora.
Nacional, foi publicada no Diario Ocial do Estado,
do dia 5 de setembro de 2013, Decreto Nº 14.733 e representando um marco na política de Educação
seu objetivo foi potencializar a Educação Ambien- Ambiental do país.
tal nos sistemas de ensino, promovendo atitudes Nas conferências, estudantes e professores se
positivas e comprometidas com as questões reuniram para dialogar sobre como transformar
socioambientais de natureza local e global. sua escola em um espaço sustentável. Participaram
A II CEIJMA constitui-se em um processo pedagó- do evento alunos do Ensino Fundamental II (6º e 9º
gico que traz a dimensão política da questão ambi- ano), das redes estadual, municipal e privada de
ental para os debates nas escolas e comunidades, na ensino, no período de 16 a 18 de outubro de 2013.
construção coletiva do conhecimento e no empe- Foram elaborados 862 projetos com o subtema
nho na resolução dos problemas socioambientais Terra, 70 projetos com o subtema Fogo, 697
por meio dos projetos de ação das escolas, valori- projetos com o subtema Água e 99 projetos com o
zando o protagonismo de adolescentes e jovens. subtema Ar, de acordo com as orientações do
Todo o processo de organização e execução dos Ministério da Educação (MEC). O estado da Bahia
trabalhos no estado da Bahia relativos à II com um total de 1.728 escolas participantes foi o
Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio segundo do país em número de unidades de
Ambiente foi planejado pela Comissão Organiza- ensino que realizaram a Conferência Infantojuvenil
dora Estadual (COE) e Comissões Organizadoras pelo Meio Ambiente.
Regionais (COR) e/ou Comissões Organizadoras É Importante destacar que antes de chegar à IV
Municipais (COM), foram executadas pelas escolas Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
participantes, sob a supervisão da Secretaria da Ambiente, foi preciso cumprir algumas etapas.
Educação do Estado da Bahia (SEC), através da Após as conferências escolares, nas quais foram
Coordenação de Educação Ambiental e Saúde elaborados e apresentados os projetos de ação,
(CEAS) com o apoio das Diretorias Regionais (DIREC) alguns municípios realizaram suas Conferências
atuais Núcleos Regionais de Educação (NRE). Municipais. Na etapa seguinte, aconteceram as
A Comissão Organizadora Estadual (COE) é com- Conferências Regionais, realizadas pelas DIREC,
posta por instituições governamentais e não nas quais os estudantes elegeram os projetos e
governamentais que atuam na área de educação, seus respectivos delegados que representaram a
meio ambiente, direitos humanos e diversidade. regional, no período de 16 a 18 de outubro, na
A Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente etapa estadual.
foi realizada por adesão espontânea das escolas A nalidade dos projetos de ação é transformar a
do segundo segmento, do Ensino Fundamental escola em um espaço educador sustentável. Na
etapa estadual os projetos mais relevantes e Nesse contexto, surgiu a ideia da elaboração da
transformadores foram escolhidos com seus coletânea “Escolas Sustentáveis: quais os Cami-
respectivos delegados (as), para representar o nhos?” integrando os 27 projetos que represen-
Estado, na etapa nacional, em Brasília, no período taram a Bahia, na IV Conferência Nacional
de 25 a 29/11/2013. Infantojuvenil pelo Meio Ambiente: “Vamos Cuidar
A conferência veio fortalecer a Educação Ambien- do Brasil com Escolas Sustentáveis”. Esta publi-
tal nas escolas, estimulando a implantação de cação representa o registro e o coroamento de
espaços educadores sustentáveis em nosso estado todo um processo de mobilização, de sensibili-
e incentivando a criação da Comissão de Meio zação, de trabalho das instituições e parceiros
Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA), envolvidos, mas principalmente, ao apoio e ao
instrumento criado para possibilitar o diálogo com entusiasmo de professores e estudantes que
a comunidade escolar, favorecendo a busca de atendendo ao chamado, realizaram as conferên-
parcerias e contribuindo assim, para uma gestão cias nas escolas, colocando o estado da Bahia, no
escolar participativa e democrática. 2º lugar, em participação no âmbito nacional.

Delegados que representaram a Bahia


na IV Conferência Nacional Infantojuvenil
pelo Meio Ambiente: “Vamos Cuidar
do Brasil com Escolas Sustentáveis”
SUMÁRIO

Patrulha Ambiental 13
Terra na Escola Sustentável - Plantando uma semente 18
Jardim Didático 23
TEMA TERRA
Alô meu Santo Amaro, quero te puricar 29
A reciclagem do papel por um ambiente melhor 35
Escolimpa - Escola limpa, ambiente saudável 40
Pra renascer e reviver é preciso preservar o manguezal de São Braz 44
Projeto hortas de quintais 49
Juntos por uma Escola sustentável: “Revitalizar para evitar a
poluição do meio ambiente” 56
Vamos Cuidar da Arte Com Ações Sutentáveis!Lixo Não É Só Lixo! 58
Agroecologia - Sustentabilidade ambiental na educação escolar
indígena, responsabilidade de todos 62
Jardinagem: valorizando o meio ambiente escolar 65

TEMA FOGO
Luz natural, as clarabóias 74
Projeto nossa praça nossa vida 77
Escola, comunidade e ambientes sustentáveis e conscientização
sobre o desmatamento e queimadas 81
Da Realidade a Sustentabilidade 87
SUMÁRIO

TEMA ÁGUA
Reaproveitamento da água da pia da cantina da Instituição de
Ensino Senhor Francisco de Castro Alves 94
Reutilização da água da chuva para ns não potáveis no Colégio
Estadual Sesquicentenário 97
Projeto Recicle Art's 100
Reaproveitando a água: matando a sede, irrigando a vida 104
Canteiro sustentável construindo agroecologia na escola 110
Uso das Tecnologias no Combate à Dengue 119

Projeto plante árvore, plante ar, plante vida! 126


Lixão: problema com solução? 132
Projeto brincar 136
TEMA
AR

Asa: arborizar, sentir e aprender 140


Projeto controle da qualidade do Ar 144

Considerações Finais 147


Anexos 148
TEMA TERRA
Cata-me
Autor: Luiz Santos Santana Filho
Colégio Estadual Norberto Fernandes
NRE 13 – Caculé/BA Cata-me e limpe a natureza
Cata-me, cate as minhas riquezas
Cata-me e alimente bocas sedentas de fome! Eu, lixo, que para alguns não sirvo,
Por um lado posso ser tão nojento, Para outros dou comida e abrigo
Mas faça de mim um instrumento.
Cata-me, suga-me.
Cata-me, usa-me como a sua fonte de sustento. Ajude a natureza, ajude o ambiente.
Liberte o seu pensamento Não deixe que a minha riqueza se torne poluente.
E faça de mim um monumento. Papéis? Vidros? Plásticos? Cata-me.

Cata-me, despercebidos homens Cata-me, a garrafa pet que jogas fora hoje,
Eu gero emprego, dignidade e renda. Varrerás o seu chão amanhã.
Se tu me jogas fora hoje, a natureza te condena. Cata-me!
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

NRE 01
Obra: Terra seca
Autor: Benedito Dias Souza
Município: Barro Alto
Colégio Estadual Necy Novaes

12
TEMA TERRA

Projeto Patrulha Ambiental

Colégio Estadual de Buritirama Com a temática "Vamos Cuidar do Brasil com Escolas
Município de Buritirama - NRE 11 Sustentáveis" a IV Conferência Infantojuvenil,
procurou ouvir os jovens e os adolescentes, já que
Pedro Henrique dos Santos Marques
estes são o futuro do país. Propondo a busca de
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
problemas que os rodeia e a indicação das soluções
para os mesmos, surgiu este projeto; pelo olhar dos
Eliana Pereira Costa
adolescentes de nossa escola com o apoio dos
Professora Orientadora
professores e equipe escolar...
Colaboradores do Projeto:
Loiane Henrique de Souza O Projeto “PATRULHA AMBIENTAL” tem como
Luis Ramos Carneiro de Oliveira propósito principal sensibilizar a comunidade para a
Mariane de Almeida Jacobina questão do lixo. Como tratá-lo, o que pode e deve
Milena dos Santos Lopes aproveitar? E se cada morador, cada casa ao menos,
uma pessoa de cada casa entender de mudar os

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Soiama Oliveira de Ramos
hábitos quanto a essa questão, seremos vitoriosos e
nosso projeto terá sido um sucesso, pois o mesmo
tem como beneciados os moradores locais
Apresentação cuidando do meio no qual vivemos e com certeza
Este projeto é resultado do trabalho desenvolvido no viveremos melhor e teremos qualidade de vida.
Colégio Estadual de Buritirama, no ano de 2013,
estimulado pelas diretrizes da Conferência Nacional Justificativa
do Meio Ambiente e atendendo ao chamado para
Após algumas visitas no bairro, nas adjacências da
questões tão urgentes como a ambiental. Profes-
escola, podemos observar a quantidade de lixo
sores, alunos e direção empenharam-se em buscar
deixado pelos moradores na entrada do brejo,
soluções para problemas do dia-a-dia e muitas ideias,
ecossistema que deu origem à cidade e chegamos a
muitas sugestões, entre tantas, uma destacou-se por
conclusão de que caberia à escola desenvolver ações
ser simples e ao mesmo tempo tão signicativa, pois
com o intuito de conscientizar a população local da
a questão do lixo é indiscutivelmente urgente, já que
gravidade da situação e juntamente com eles resolver
estamos produzindo-o a todo instante.
ou pelo menos amenizar o problema. Com base na

13
TEMA TERRA

coletânea elaborada pelos Ministérios na questão enfrentam problemas de infraestrutura e assistem ao


que mobiliza o mundo pela preservação do meio crescimento dos lhos de maneira passiva, pois os
ambiente e nas observações realizadas, resolvemos mesmos nada podem fazer já que a cidade não ofere-
focar no problema do lixo jogado sem nenhuma ce opções de lazer e cultura. As ações nele propostas
restrição pelos moradores no brejo e proximidades da serão desempenhadas pela equipe escolar: mentores
escola, com isso, organizamos e estamos desenvol- do projeto, demais alunos, professores, direção, pes-
vendo o projeto a seguir, que tem como eixo norte- soal de apóio. E como nada se faz sozinho a comuni-
ador a melhoria da qualidade de vida. dade será convocada juntamente com o poder públi-
co municipal, secretarias e prefeitura para que cada
Objetivos entidade coopere, assumindo a responsabilidade que
lhe cabe, pois problemas ambientais atingem o mun-
Socializar para a comunidade local, os problemas
do. E ao adquirirmos a consciência de que para me-
relacionados ao lixo no entorno da escola;
lhorar o mundo temos que começar pelo nosso quin-
Conscientizar e reeducar a população local tal, onde cada um fazendo sua parte chegaremos ao
através de vários mecanismos; nosso objetivo que é mostrar e conscientizar a comu-
Mudar os hábitos poluentes das pessoas, levando nidade que juntos podemos e fazemos a diferença.
a comunidade a uma melhoria ambiental, social e
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

educacional; Metodologia
Criar alternativas corretas para o lixo jogado nas A metodologia utilizada para efetivação do projeto
entradas do brejo; será através do diálogo, da convocação e promoção
Desenvolver parceria com o poder público e a de encontros. A comissão COM-VIDA será a grande
comunidade local. mobilizadora e promoverá a articulação entre os
demais seguimentos envolvidos no projeto e após
Envolver os diferentes segmentos da comunidade
levantamento da situação e estruturação do projeto
escolar com o bom aproveitamento da água da
convocaremos a comunidade:
chuva e a utilização de produtos recicláveis
Projeto “PATRULHA AMBIENTAL”. Primeiro Passo: apresentação para a comunidade
local, fazendo uso de fotograas cartazes sobre a
problemática do lixo no brejo local e arredores da
Público Alvo
escola; distribuição de panetos informativos; pales-
O Projeto Patrulha Ambiental tem como público alvo tras e convocação da comunidade para efetivação
a comunidade em torno da Escola, comunidade essa, das etapas do projeto (rmar parcerias) e agenda-
composta por famílias de baixa renda, que são na sua mento das etapas seguintes.
grande maioria beneciários dos programas sociais e

14
TEMA TERRA

Segundo Passo: realização do(s) mutirão(ões) de Referencial Teórico


limpeza e coleta de materiais recicláveis:
O PROJETO PATRULHA AMBIENTAL tem como refe-
Terceiro Passo: ocinas para transformação (produ- rencial teórico a coletânea produzida pelos Minis-
ção) com os materiais recicláveis coletados; térios da Educação e do Meio Ambiente. Mudanças
Quarto Passo: implantação da horta na escola, apro- ambientais globais: PENSAR e AGIR na escola e na
veitando o adubo (produzido com material orgânico comunidade. Trazendo para a discussão os elementos
da própria escola) e garrafas pet recolhidas para indispensáveis à nossa vida: TERRA, AR, FOGO e
criação de canteiros e jardins em frente à escola. ÁGUA; levou-nos a reetir, observar como nos relaci-
onamos com os mesmos, como extraímos a nossa
Quinto Passo: avaliação das atividades desenvol-
sobrevivência e ainda como preservar para o futuro.
vidas e elaboração das etapas seguintes: vigilância e
manutenção do PROJETO. Com base nas atividades propostas pelos cadernos e
sugestões dos alunos foram realizadas visitas e
analisando a situação encontrada chegamos ao
projeto em questão.
“Perto da cidade pode haver uma área muito visitada
pela população, por suas qualidades ecológicas. Mas

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


que esteja descuidada, porque visitantes jogam lixo
por toda parte, colhem plantas e assim por diante. Dá
para pesquisar o problema e planejar as saídas para
minimizá-lo. Alguém poderá se lembrar de criar uma
campanha para sensibilizar quem frequenta o local.”
Foto do lixo acumulado na entrada do brejo (Caderno Terra; p 24)

Considerações Finais
Esperamos com este projeto a sensibilização da
comunidade para a questão em debate, anal se
cada um de nós não zer a sua parte, quem irá fazer?
E no futuro, o que teremos? O que deixaremos para
nossos descendentes? A proposta da Conferência é
justamente para ouvir quem pode e deve fazer.

Escolha dos delegados

15
TEMA TERRA

“Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis", pois atividades, sugestões de envolvimento da comunidade
sabemos que só através da educação, conseguiremos até a execução do projeto e ainda sua vigência, pois
tornar o mundo em que vivemos um pouco melhor. esperamos que a própria comunidade se torne patru-
Desde as primeiras mobilizações para o trabalho, vi- lheira dos seus hábitos, proporcionando melhores
mos em nossos adolescentes o entusiasmo em poder condições ambientais para todos e consequentemente
estar propondo mudanças. A realização das pesquisas, para nossa cidade e o mundo.
os debates, a busca de informações, proposição das

Cronograma de Execução
ATIVIDADES | PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Levantamento de literatura X
Estudos e preparação do material X
Sensibilização dos alunos X
Estudos e Pesquisa de campo X X
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Elaboração dos pré projetos em grupos


X X
nas salas de aula
Apresentação no pátio e escolha do projeto
X
para representar a escola
Montagem do Projeto Escolhido X
Organização (preparação) para apresentação
X X
do projeto à comunidade
Apresentação à comunidade: Primeiro passo X X
Organização (divisão das tarefas da etapa seguinte) X X X
Realização do Segundo Passo X X
Organização (divisão das tarefas da etapa seguinte) X X X
Realização do Terceiro Passo X X
Organização (divisão das tarefas da etapa seguinte) X X
Realização do Quarto Passo X X
Organização (divisão das tarefas da etapa seguinte) X X X
Realização do Quinto Passo X X

16
TEMA TERRA

Referências
TERRA / Silva Czapski, - Brasília: Ministério da
Educação, Secad: Ministério do Meio Ambiente,
Saic.2008. (Mudanças ambientais globais. Pensar
+agir na escola e na comunidade).
AR / Silva Czapski, - Brasília: Ministério da Educação,
Secad: Ministério do Meio Ambiente, Saic.2008.
(Mudanças ambientais globais. Pensar+agir na
escola e na comunidade).
ÁGUA / Silva Czapski, - Brasília: Ministério da
Educação, Secad: Ministério do Meio Ambiente,
Saic.2008. (Mudanças ambientais globais. Pensar
+agir na escola e na comunidade).
FOGO / Silva Czapski, - Brasília: Ministério da
Educação, Secad: Ministério do Meio Ambiente,
Saic.2008. (Mudanças ambientais globais. Pensar

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


+agir na escola e na comunidade).
SARAIVA. Dicionário da Língua Portuguesa. Ilustra-
do. De tipo 3 6º ao 9º ano. 1ª edição. 1ª tiragem.
Editora Saraiva.
AURÉLIO. Buarque de Holanda Ferreira. Dicionário
Escolar da língua Portuguesa. 2ª edição. Editora
Positivo.
SOUZA. Maurício. Turma da Monica. Um Plano Para
Salvar o Planeta. Disponível em:
<www.youtube.com/watch?v=zjqcwkEX-ao>.
Acesso em 29 de Agosto de 2013

17
TEMA TERRA

Te r r a n a E s c o l a S u s t e n t á v e l
Projeto Plantando uma Semente
Centro Educacional Santo Antônio Para atingirmos esses objetivos, mais do que
Município de Caturama - NRE 12 trabalhar com informações e conceitos é preciso que
a escola trabalhe também com a formação de valores
Letícia Silva Martins Oliveira e atitudes.
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis Nessa perspectiva, a Escola elaborou seu projeto
“Plantando uma Semente” que tem como objetivo
Ilza Guedes Silva
despertar os alunos para que possam, não apenas
Professora Orientadora
agir corretamente no processo de preservação do
Colaboradores do Projeto:
meio ambiente, como também colaborar com o
Vitória Rocha Silva
despertar dessa consciência junto às suas famílias e à
Bianca Duarte dos Santos
comunidade.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Justificativa
Apresentação A Escola Centro Educacional Santo Antônio, em sua
metodologia, tem a preocupação de contemplar
Durante toda nossa vida nos beneciamos do meio
questões relacionadas ao meio em que o aluno está
ambiente sem preocupação de preservar os recursos
inserido de forma participativa, sendo capaz de
que ele nos oferece e devido a esse uso indiscrimi-
estabelecer relações, interagir, transformar, reela-
nado, muito já foi destruído, causando sérios danos e
borar e agir no meio em que vive e em outras
diminuindo a qualidade de vida do ser humano. Faz-
realidades. Diante disso, a escola realiza a Pesquisa
se necessário que a escola proponha novos caminhos
Participante, através de visitas a toda comunidade
e uma nova relação do homem com o meio ambiente.
escolar investigando suas preocupações, sonhos
A principal função do trabalho com o tema “Meio
e anseios. Destacam-se as relacionadas com o caráter
Ambiente” é contribuir para a formação de cidadãos
e dignidade, a importância da escola na formação
conscientes, aptos a decidirem e atuarem na
do cidadão, sem esquecer, nunca, que o sustento vem
realidade socioambiental de um modo comprome-
da terra.
tido com a vida, com o bem-estar de cada um e da
Portanto, sentiu-se a necessidade de mostrar que o
sociedade, local e global.
equilíbrio da natureza é essencial para a vida na terra.

18
TEMA TERRA

Atualmente, a preocupação com a degradação do Objetivos Específicos


planeta ocupa atenção da sociedade local e mundial, Participar da construção de um futuro sustentável
onde a escola se engaja com os ambientalistas na para nossa comunidade, nosso município, nossa
busca de soluções para preservar o meio ambiente. região, para o Brasil e o planeta;
Partindo do princípio que a educação ambiental é um Descobrir e incentivar uma nova geração que se
processo longo e contínuo, devemos primeiro mudar empenhe em contribuir para a solução dos
nossos hábitos e atitudes, uma vez que a mudança problemas sociais e ambientais;
deve ser espontânea e vir de dentro para que ela possa
Desenvolver atitudes diárias de respeito ao
de fato ocorrer. Muitas situações estão distantes
ambiente e à sustentabilidade, apoiadas nos
sicamente, mas que inuenciam na manutenção dos
conteúdos trabalhados em sala de aula;
seres vivos. Por isso, a importância de pequenos atos
em nossas casas e escolas. Ampliar o interesse por projetos ambientais e se
integrar em sua organização e implantação;
A Educação Ambiental é muito mais do que
conscientizar sobre o lixo, reciclagem e datas Adotar posturas pessoais e comportamento
comemorativas, é trabalhar situações que possibi- sociais construtivos, baseados na prática das
litem a comunidade escolar pensar propostas de virtudes, colaborando para a construção de uma
intervenção na realidade que os cercam. Ela será o elo sociedade justa, em um ambiente saudável;

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


entre todas as disciplinas e preencherá uma lacuna na Sensibilizar a comunidade escolar que o trabalho
área da educação, que é a valorização da vida e, em conjunto leva ao bem comum;
portanto, do meio ambiente. Construir e zelar o meio ambiente escolar;
Este projeto faz-se necessário para colocar em prática Estabelecer diferença entre separar, reciclar e
no dia-a-dia, através de pequenos atos, que darão reutilizar;
início as grandes transformações que devem ser
Observar de perto os problemas ambientais da
assumidas por todos neste século XXI.
nossa comunidade;
Elaborar cartazes que informem a comunidade
Objetivos
sobre a importância da preservação do meio
Objetivo Geral natural;
Desenvolver, acompanhar e assumir a Educação Criar e fortalecer espaços de debate na escola
Ambiental na escola de forma permanente, envol- sobre os problemas sociais e ambientais da
vendo a comunidade escolar e seu entorno para comunidade e perceber como eles se relacionam
pensar nas soluções dos problemas atuais e na com o mundo;
construção do futuro desejado por todos.

19
TEMA TERRA

Estimular a mudança na prática de atitudes e


formação de novos hábitos com relação à
utilização dos recursos naturais.
Promoção de palestras envolvendo especialistas da
Público Alvo Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricul-
tura. Os estudantes participaram, não só como
Comunidade escolar e local.
ouvintes, mas também se envolvendo em dinâmicas
que possibilitaram uma interação entre palestrante e
Metodologia alunos, bem como uma reexão sobre o assunto
Inicialmente será realizada uma análise da realidade discutido. Não só a questão do lixo será analisada e
ambiental na comunidade na qual a escola está modicada, mas também o desperdício dos recursos
inserida feita por meio de pesquisas de campo, naturais: água, energia elétrica, papel, vidro, garrafas
entrevistas e coletas de dados pelos próprios alunos pet, restos de materiais de construção e demais
com integrantes de sua família. Um dos problemas materiais recicláveis e reaproveitáveis que hoje têm
que será identicado será em relação ao resíduo alternativas de utilização a partir da transformação,
sólido: lixo. Para trabalhar essa questão, a escola reaproveitamento e customização dos mesmos.
mobilizará várias estratégias, dentre elas, envolverem Para desenvolver essas questões, o enfoque dado
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

os alunos em leituras de bibliograas especícas, deverá ser interdisciplinar, percebendo o meio


promovendo em seguida debates para que se ambiente, como um tema transversal que permeia as
estabeleçam as relações entre esses dois universos: o várias disciplinas. A partir de então, podemos
que se lê e o que se vê, refletindo no dia-a-dia, nas elaborar etapas de atitudes concretas a ser colocada
atitudes de cada cidadão. em prática pela comunidade escolar.

Cronograma de Execução
ATIVIDADES | MÊS maio junho julho agosto setembro 2013 a 2014

Montagem do projeto X
Coleta de dados X X
Tratamento dos dados X X
Elaboração do relatório final X
Revisão do texto X
Entrega do trabalho X
Execução do projeto X

20
TEMA TERRA

Ações Usar telhas para produzir imagens como forma de


pintura;
Promover passeatas e caminhadas para a
divulgação do projeto e alertando a comunidade Substituir brita por vidro em construção de casa,
sobre as degradações e problemas ambientais da muros, etc.;
própria comunidade (Data: 05/06/2013); Utilizar restos de tintas para obras de artes em
Organizar passeios que possam contribuir para telhas, em placas de gesso, móveis, lâmpadas, etc.;
uma melhor observação da situação ambiental Evitar o desperdício de energia elétrica, dando
local (Data: 09/07/2013); preferência à iluminação natural;
Organizar mutirões que envolva escola e Alertar os agricultores locais sobre a importância
comunidade para limpar o rio e a lagoa (Data 18, da não utilização de agrotóxicos na lavoura bem
19/07/2013); como produzir adubos com o lixo orgânico
Arborizar o jardim interno e externo da escola, separado na escola através de rodas de conversa;
bem como cultivar hortas orgânicas na escola Criar uma política sustentável que abranja não só
(Data: 08 e 09/08/2013); a realidade da escola mais que incentivar hábitos
Construção ecológica de cestos de lixo seletivo permanentes;
para trabalhar as diferenças entre separar, reciclar Produção de mudas nativas ou importadas a m de

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


e reutilizar (Data: 26/07/2013); recuperar áreas degredadas (aroeiras, baraúnas,
Criar ocinas nas aulas de arte para realização de umburana, umbuzeiros, ninho, leu cena, etc.);
artesanatos alternativos utilizando como Planejar atitudes sustentáveis no programa de
matérias-primas matérias recicláveis. Bem como, alimentação escolar:
inserir na disciplina de arte trabalhos com Separação do lixo orgânico; Evitar desperdício;
reciclagem e customização de materiais Reutilizar a água usada para lavar a louça em
reutilizáveis (Data: 22 e 23/08/2013); outras utilidades; Utilizar as verduras e legumes
Reutilizar o óleo de cozinha para fazer sabão produzidos na horta da escola; Utilizar as
caseiro nas aulas de Ciências (Data: 30/08/2013); embalagens e sacolas como sacos de lixo.
Reutilização de restos de materiais de construção
na produção artesanal em ocinas; Atitudes
Reutilizar restos de materiais de construção em Dentre as principais atitudes e valores que serão
novas construções; vivenciadas durante a realização das ações do
Usar canos de PVC para suportes de computador, projeto, destacaremos:
televisão e para fazer quadro;

21
TEMA TERRA

Sensibilização e dedicação pela causa ambiental; comunidade saudável. Anal, proteger o meio
O interesse e participação na proposição e ambiente é um ato de amor.
desenvolvimento das ações;
O comprometimento, iniciativa, autonomia, Referências
responsabilidade e empenho no planejamento e http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Projeto-
realização das ações propostas. Preserva%C3%A7%C3%A3o-e-
Valoriza%C3%A7%C3%A3o-Do-Meio/198728.html
Recursos http://brincandodeaprender.wikispaces.com/.../PROJ
ETO%20MEIO%20AMBI...
Humanos: professores, alunos, funcionários e
comunidade. http://escolaperpetuosocorro.blogspot.com.br/2007
/04/projeto-meio-mbiente.html
Materiais: materiais recicláveis, materiais reutilizáveis,
http://www.sagradomarilia.com.br/arqdownloads/p
adubos, sementes e mudas de hortaliças, mudas de
rojeto_meio_ambiente.pdf
árvores e plantas, soda cáustica, detergente, álcool,
http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/proj
tinta, pincéis, restos de materiais de construção,
eto-escola-sustentavel-44933.shtml
papelão, cola, cartazes, garrafas pet, cestos, vídeos,
http://laranjeiras.linuspauling.com.br/infantil/BILHET
retroprojetor, caixa de som, tesouras, etc.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

E-REUNIAO-DE-PAIS-PANFLETO-ENS-FUNDAMENAL-
1.pdfle:///C:/Users/Jussara/Downloads/1493.pdf
Avaliação http://www.campgo.org.br/Projeto%20-
A avaliação acontecerá ao longo do desenvolvimento %20Reciclagem.pdf
do projeto através da observação do desempenho e
interesse dos alunos e comunidades no desenvolvi-
mento das tarefas propostas.

Considerações Finais
Levando em consideração todo o estudo realizado
sobre o meio ambiente, dando ênfase ao tema, Terra
na escola sustentável, espera-se que os estudantes
tenham adquirido o hábito de proteger o ambiente
em que vive. Conscientizado do seu dever de
conservar a terra para futuras plantações, pois os
alimentos colhidos será a garantia de uma

22
TEMA TERRA

Projeto Jardim Didático


Centro Integrado de Educação
existe um conteúdo único, mas sim, vários,
Assis Chateubriand
dependendo das faixas etárias a que se destinam e
Município de Feira de Santana - NRE 19
dos contextos educacionais em que se processam as
Lucy Rodrigues Ribeiro atividades. A própria escola, com os seus problemas
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio ambientais especícos, pode fornecer elementos de
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
estudo, de debates e fazer surgir ideias para a solução
Marcia Cristina B. dos S. Santana de muitos deles, envolvendo os alunos e a comuni-
Professora Orientadora dade na manutenção da mesma.
Colaboradores do Projeto:
Sabemos da importância da educação ambiental,
Givaldo Pereira Lima Júnior
todavia, muitas vezes, dentro das próprias escolas
Matheus Aislam A. Silva Mota
não há uma prática efetiva. Falta vivência, hábito e
Samuel da Silva Marinho
rotina o que faz toda diferença. Por isso, a
necessidade de efetivar a vivência de uma prática

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


ambiental dentro do espaço escolar. Para tal, a escola
Apresentação precisa ser organizada de maneira coerente com as
Segundo os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) discussões e debates construídos. Somente na
no que se refere à área ambiental, há muitas prática o aluno poderá perceber que é integrante
informações, valores e procedimentos que são dependente e agente transformador do meio
socializados com os alunos pelo que se faz e diz em humano, contribuindo para melhorá-lo, além de
casa e na escola. Por isso, o tema transversal “Meio sentir a importância individual e coletiva na
Ambiente” deve ser trabalhado de forma implícita preservação do meio ambiente como meio de vida.
nas questões diárias do contexto escolar. O papel da Dentro de uma prática transdisciplinar, a escola no
escola e do professor frente à educação ambiental é momento de elaboração de seu planejamento
levar ao aluno de várias formas as situações de ensino seguindo orientações da Secretária de Educação do
e de aprendizagem sobre Ciências Naturais, Estado da Bahia elaborou um roteiro de trabalho para
Educação Ambiental, Ecologia, Educação Física e ser desenvolvido junto aos alunos.
demais disciplinas integradas a ela. Tudo que foi desenvolvido partiu da necessidade que
A educação ambiental não deve estar baseada na surgiu de dentro da própria sala de aula elencada
transmissão de conteúdos especícos já que não pelos alunos, depois de vários debates, chegou à

23
TEMA TERRA

conclusão de que os alunos queriam dar um novo natural, pois o trabalho com a realidade local e com o
visual aos espaços de convivência da escola. Logo, a ambiente vivenciado possui a qualidade de oferecer
ideia do Jardim Didático foi criada, mas apenas criar um universo acessível e conhecido por isso, passível
um jardim? Não. Os professores juntos com os alunos de ser campo de aplicação do conhecimento.
foram além. Pesquisou-se sobre a ora da região do “Grande parte dos assuntos mais signicativos para
semiárido, na qual estamos inseridos, e seguiu-se os alunos estão circunscritos à realidade mais
com a seleção das plantas e uma criação de horto próxima, ou seja, sua comunidade, sua região”.
com plantas nativas. Nas áreas externas dos Módulos (PCNs, 2011).
de estudo, criou-se espaços batizados com temáticas Com o objetivo de construir posturas na escola que
diversas e neles criou-se jardins de cactos, bromélias, possibilitem interações construtivas, o projeto
suculentas e outras. pretende aproveitar os espaços nas áreas internas e
Após todas as etapas programadas e cumpridas, externas dos módulos da escola, onde há alguns
alguns alunos se destacaram e foram representar a canteiros com plantas mal cuidadas ou secas e, para
escola na II Conferência Estadual do Meio Ambiente. isso, contamos com a colaboração da DIREÇÃO,
O destaque de uma aluna, na Conferência foi tão PROFESSORES, ALUNOS E AMIGOS DA ESCOLA, no
bom que a convidaram para representar o Estado, que diz respeito ao preparo da terra, no plantio, na
junto com outros alunos de algumas Unidades doação de mudas de plantas, de pedras ornamentais,
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Escolares do Estado em uma Conferência Nacional de materiais de plantio e no próprio plantio.


em Brasília. Dentre as propostas feitas para o aproveitamento
Tudo que aqui está sendo apresentado foi coroado dessas áreas estão inseridos: horta sustentável, um
com êxito, desde sua criação até a execução e depois banco de sementes e mudas da Caatinga, pois este é
dela ver os alunos, professores, funcionários, gestão um bioma exclusivamente brasileiro, o principal da
e comunidade escolar feliz com a beleza instalada na região nordeste que trata de um tipo de vegetação
escola, foi extasiante. que tem fauna e ora com grande diversidade de
espécie e que se congura como um dos mais
Justificativa vulneráveis às mudanças climáticas e a exploração
pelo homem de forma desordenada e insustentável.
O Projeto Jardim Didático nasceu da necessidade de
Assim, buscamos mobilizar a comunidade escolar,
desenvolver nos alunos valores como: respeito ao
contando com o trabalho dos alunos na conscien-
meio ambiente, solidariedade, responsabilidade,
tização, organização e mobilização para que toda a
união, felicidade, bem como tornar o ambiente
comunidade envolvida participe de forma ativa e
escolar mais agradável e acolhedor a comunidade
dinâmica na realização do projeto.
escolar abrangendo a todos que aprecia a beleza
Propomos uma metodologia para coleta seletiva,

24
TEMA TERRA

organização e beneciamento do lixo e de outros Público Alvo


recursos sustentáveis, sensibilizando a comunidade
Alunos dos Ensinos Fundamentais e Médios da
dos problemas causados pelo excesso de resíduos
escola, inicialmente serão mobilizados e em seguida
sólidos que jogamos no meio ambiente.
ter a participação de toda comunidade que frequenta
Ao envolver os educandos na execução desse projeto a escola.
pioneiro e inédito dentro de uma escola, servindo de
referência para o mundo, objetiva-se a construção de
Metodologia
uma consciência coletiva e sustentável, quanto à
preservação e cuidados que deve ter com o meio am- O trabalho com a questão ambiental sustentável é de
biente, a m de que se perceba a sua relevância para a extrema importância e deve ser desenvolvido com a
qualidade de vida, para a saúde, para a fauna e ora. possibilidade de ajudar os alunos a construírem uma
consciência global das questões relativas ao meio
ambiente sustentável e que possam assumir posturas
Objetivos
com valores referentes à melhoria e proteção. E esse
Objetivo Geral signicado se estabelece, ou melhor, se constrói na
relação entre o que aprende e a sua realidade
Disseminar nos educandos a consciência sustentável
cotidiana, por isso organizamos a vivência do projeto
de que o meio ambiente adequado à nossa sobrevi-

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


da seguinte forma:
vência requer compromisso, responsabilidade e o
envolvimento da comunidade, compreendendo a demarcação dos espaços;
necessidade de preservá-lo, para a melhoria da distribuição por turma;
qualidade de vida dos seres vivos. limpeza dos espaços;

Objetivos Específicos busca de doações de materiais (caixas de leite


tetra pak, garrafas pets e pneus) para o jardim;
Produzir um banco de sementes e mudas da
CAATINGA em paralelo ao JARDIM DIDÁTICO: quebrar a dormência das sementes das plantas da
caatinga;
Produzir as mudas para o jardim didático;
possibilitar fornecê-las à sociedade; coleta e doação de diversas mudas pelos próprios
alunos;
reorestar as margens de nascentes e lagoas de
feira de santana e região; preparação da terra pra o plantio;
preservar o patrimônio do semiárido; plantio das sementes e mudas;
criar uma horta sustentável que forneça alimen- elaboração do cronograma para conservação do
tos para a merenda escolar. jardim, horta e bancos de sementes.

25
TEMA TERRA

Cronograma de Execução

MESES FASES DO PROJETO ATIVIDADES

Fazer as medidas e elaborar um croqui mostrando o local


que será o jardim da escola; pintar de amarelo as áreas do
1ª Fase: Trabalho de campo e pesquisa no
Maio croqui que recebem sol e de verde as áreas que são
Laboratório de Informática.
predominantemente sombreadas e pesquisar na sala de
informática as plantas adequadas.

2ª Fase: Preparo do solo e plantio Com o material adequado, disponibilizados pela escola e
Maio de mudas nos canteiros internos com as mudas doadas pela comunidade, iniciar o processo
do Módulo II do Colégio. de limpeza, preparo do solo e plantio.

Coletar matérias recicláveis para a cerca (pneus e garrafas


3ª Fase: Criação e montagem das
Junho pets). Construir as cercas e montar as mesmas nos jardins
cercas sustentáveis.
limpos na 2ª Fase.

4ª Fase: Limpeza, preparo do solo e Com o material adequado, disponibilizados pela escola e
Julho plantio dos canteiros externos com as mudas doadas pela comunidade, iniciar o processo
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

do módulo II. de limpeza, preparo do solo e plantio

5ª Fase: Coleta de materiais recicláveis Coletar materiais recicláveis (pneus, garrafas pets e caixas
para o mini-horto (banco de sementes), tetra pak). Limpar, cortar e furar as caixas tetra pak.
Agosto limpeza, preparo do solo e plantio Preparar a terra com adubo e colocar nas caixas. Limpar a
dos canteiros externos (lado esquerdo) área externa a esquerda do módulo administrativo, o qual
do módulo administrativo. servirá de estufa para o mini-horto.

Com o material adequado, disponibilizados pela escola, e


6ª Fase: Limpeza, preparo do solo e plantio com as mudas doadas pela comunidade, iniciar os
Agosto
dos canteiros externos do módulo I processos de limpeza, preparo do solo e plantio.

7ª Fase: Poda de árvores nas áreas internas


e externas dos módulos e mutirão Podar todas as árvores nas áreas internas e externas dos
Agosto
de limpeza do módulo II e do módulos e lavar os módulos.
administrativo.

Continua...

26
TEMA TERRA

MESES FASES DO PROJETO ATIVIDADES

1º Momento (10/08/2013)
Planejar a conferência com os alunos do Ensino
Médio no Módulo II.
Palestra sobre a importância da preservação do meio
ambiente com apresentação de vídeos no auditório
Marcus Moraes, para os alunos-delegados do Ensino
Fundamental II.

8ª Fase: Culminância da II Conferência 2º Momento (17/08/25013)


Agosto
InfantoJuvenil do Meio Ambiente. Reunir os alunos do Ensino Médio para planejar as
ações da Conferência.
Confeccionar cartazes com os alunos do Ensino
Fundamental II.

3º Momento (23/08/2013)
Culminância da Conferência:
Palestra, mesa redonda, ocinas temáticas, etc.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Coletar pneus. Limpar a área para a construção da
9ª Fase: Construção do Jardim
Setembro mandala que fará parte do jardim. Retirar e plantar as
Temático da Caatinga.
mudas da caatinga existentes nos telhados dos módulos.

10ª Fase: Limpeza, preparo do solo e Com o material adequado, disponibilizados pela escola e
Setembro plantio dos canteiros internos com as mudas doadas pela comunidade, iniciar os
do módulo I. processos de limpeza, preparo do solo e plantio.

Criar um espaço de convivência sustentável.


11ª Fase: Revitalização do canteiro,
Outubro Gratar os muros da escola com temas relacionados ao
lado esquerdo do módulo
administrativo. meio ambiente, principalmente a Caatinga

12ª Fase: Projeto Ciências Palestras de Preservação da Natureza | Ocinas Temáticas.


Novembro
Mais que Divertida

Festival de Música Temático (apenas com músicas relacionadas


Dezembro 13ª Fase: Finalização do Projeto
ao meio Ambiente).

27
TEMA TERRA

Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente:
saúde / Ministério da Educação.
Secretaria da Educação Fundamental, 3ª ed.
Brasília: A Secretaria, 2011.
Disponível na Internet via:
http://www.ul.pt/portal/page?_pageid=418,139136
3&_dad=portal&_schema=PORTAL Arquivo
capturado em agosto de 2003.
Disponível na Internet via:
http://www.lpv.esalq.usp.br/lpv672/5%20-
%20referencia%203%20-
%20regeneracao%20de%20areas%20degradadas.p
df Arquivo capturado em agosto de 2003.
Disponível na Internet via:
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

http://www.revista.ufpe.br/revistageograa/index.p Aração das áreas externas dos Módulos de aula


hp/revista/article/viewFile/278/201
Arquivo capturado em agosto de 2003.

28
TEMA TERRA

Projeto Alô Meu Santo Amaro,


Q u e r o Te P u r i fi c a r
Centro Educacional Municipal São José
Município de Santo Amaro - NRE 21
Apresentação
Bruna da Anunciação Aleluia
O projeto intitulado “Alô meu Santo Amaro quero te
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis puricar” traz em seu bojo um estudo sistemático
acerca dos resíduos sólidos industriais que permeia
Professores Orientadores: todo o solo santamarense, bem como as consequên-
Iracema P. Costa cias deste à saúde da população.
Jurânia Coutinho Oliveira Selecionados para participar da II Conferência
Consuelo Silva Santos Nacional Infantojuvenil Pelo Meio Ambiente, optamos
Roberta de Jesus Cerqueira pelo eixo temático “terra” por entendermos oportuno
Tibério César Marques Bandeira e relevante proceder aos estudos partindo da nossa

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


realidade, pois nossa unidade de ensino situa-se em
Colaboradores do Projeto: área próxima à industria Plumbum (antiga COBRAC)
Sabrina Barbosa Xavier dos Reis bem como nossos alunos que residem em bairros
Samanta Santos de Jesus afetados com alto índice de contaminação.
Rafaela Pinheiro de Almeida
Assim, veio o despertar em nosso alunado pelo tema
Vitória Elen Prado Pereira
o que aprofundou a coleta de dados, entrevistas,
Hillary Souza Passos
participação em palestras e mudança de conduta em
Laila Gabriela dos Santos de Jesus
sala de aula. Após interagir com esta problemática
Allana Daniele Santos de Jesus
que compromete a vida do cidadão santamarense,
Fabiane Passos Souza
surgiram os questionamentos dos alunos como:
Igor das Dores Marques
o que poderá ser feito? Como despoluir toda a
Amiklas Caetano dos Santos
cidade? Será que pode escavar o solo e retirar esses
Milena Teixeira Lima de Oliveira
resíduos? Partindo dessas indagações percebemos a
Gisela de Jesus Santana
relevância da reexão/ação e tomamos como meta o
Gerlaine Caroline Assis Barreto
trabalho de conscientização sobre áreas de risco, uso
Vitória Gabriela Pereira Ribeiro
da terra para plantio, criação de animais, através de
Ailton José Portella Costa Júnior

29
TEMA TERRA

propostas corpo a corpo, panetos e palestras com o Considerando, no entanto, que a relação do homem
objetivo de alertar a população como evitar maiores com a natureza tem provocado sérias transformações
contaminações e garantir melhor qualidade de vida. ambientais, resultando inevitavelmente em
Logo, as ações pertinentes neste projeto, vai das desequilíbrio ecológico, pondo em risco a
investigações, à atuação junto à comunidade escolar e sobrevivência humana e comprometendo a
familiares no intuito de minimizar as mazelas herdadas qualidade de vida.
pela implantação dessa industria no nosso município Na historiograa de Santo Amaro, destacamos como
aspecto relevante a indústria COBRAC (Companhia
Justificativa Brasileira de Aço e Chumbo), pelas mazelas causadas
por esta ao meio ambiente e à comunidade devido ao
“A busca de propostas individuais e coletivos
mau gerenciamento e destinação dos resíduos sólidos
que levam ao estabelecimento de relações
industriais. A COBRAC (Companhia Brasileira de Aço e
econômicas, sociais e culturais cada vez mais
Chumbo) foi a segunda indústria implantada no
adequadas à promoção de uma boa qualidade
município, encontra-se atualmente extinta em
de vida para todos exige profundas mudanças
produção e ativa em grau de contaminação, fato esse
na visão que ainda prevalece sobre as relações
que se expandiu por todo o solo santamarense, atin-
estabelecidas entre sociedade humana e seu
gindo os manguezais e comprometendo a criação de
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

ambiente de vida. (Parâmetros Curriculares


gado leiteiro, hortaliças, e nos seres humanos, onde os
Nacionais – PCN)”
níveis de contaminação de chumbo tem ocasionado
O presente projeto é um dos subtemas que constitui a doenças graves como anemia, câncer, deformidades
temática geral do ano letivo, intitulada História de do feto, deformidades das funções psicológicas,
Santo Amaro, que norteia a prática pedagógica do siológicas e anatômicas. Após a realização da
Centro Educacional Municipal São José em 2014. pesquisa, a primeira ação aconteceu em 19 de maio de
Compreendendo que a educação ambiental, 2013, quando a unidade escolar participou da palestra
enquanto prática educativa não deve se resumir realizada pela AVICA (Associação das Vítimas da
apenas a comemorações de datas, mas também ao Contaminação de Chumbo, Cádmio, Mercúrio e
desenvolvimento de atividades de longa duração por outros elementos químicos).
parte da comunidade escolar, acreditamos que ao A pesquisa explicitou a situação do município no
adotar uma linha de conduta positiva e contínua em tocante ao manejo dos resíduos sólidos industriais e a
relação ao meio ambiente, alcançaremos alguma total inadequação dos procedimentos que foram
correção de rota no comportamento do ser humano, utilizados no gerenciamento dessa questão com
enfatizando as crianças e jovens, fazendo germinar a signicativo comprometimento das condições
semente da cidadania e da responsabilidade. ambientais em nossa cidade.

30
TEMA TERRA

Simultaneamente aos estudos em sala de aula, foi 2. Contribuir para a educação ambiental da
realizada, no espaço escolar, a Primeira Conferência sociedade.
de Meio Ambiente, enriquecida de palestras com 3. Compreender o histórico do chumbo em Santo
técnicos ambientais, exposição de estandes, cartazes Amaro.
e apresentação teatral. 4. Por em prática ações de melhoria da qualidade de
As abordagens da real situação no contexto ambiental vida da comunidade.
em Santo Amaro tem sido uma constante em sala de 5. Buscar possíveis ações em instâncias de reparação
aula, além das atividades extraclasse e de campo no ambiental.
intuito de aprofundar a pesquisa e oferecer à comu- 6. Promover atividades voltadas à conscientização
nidade informações acerca das áreas contaminadas. sobre o nível de contaminação.
No contexto prático, o referido projeto desencadeou 7. Adotar medidas de precaução para evitar a
uma série de ações difusoras dos riscos de contami- contaminação.
nação como textos informativos, tabelas, panetos,
composição musical, divulgação corpo a corpo, dentre Público Alvo
outras. Necessitando do aparato de técnicos da saúde,
Este projeto tem como público alvo a comunidade
agentes comunitários e biólogos para consolidar os
escolar São José (alunos, pais, educadores e funci-
trabalhos através de ocinas com os alunos desta

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


onários), os quais são sujeitos históricos ativos por
unidade de ensino.
estarem inseridos no contexto; familiares e população
santamarense. Por entendermos como princípio
Objetivos norteador da prática educativa que a real função da
escola se consolida no momento em que esta adota
Objetivo Geral
um caráter social e coloca-se a serviço da comunidade.
Analisar as inter-relações entre homem e meio
Por m, transformando o conhecimento em ações
ambiente, explicitando os prejuízos consequentes do
concretas e utilizando-se de metodologias interativas
mau uso do lixo industrial, bem como estimular o
por meio de distribuição de panetos de orientação e
educando à construção de valores políticos, éticos,
palestras como estímulo à conscientização e
sociais e de ações necessárias à convivência com a
prevenção contra a contaminação, bem como
natureza abrangendo as dimensões socioeducacional,
orientações de conduta alimentar. Em momento
cultural, econômica e física.
especíco também será realizada palestra e
Objetivos Específicos exposição de dados no interior da escola, inicial-
mente com a comunidade escolar e numa segunda
1. Valorizar e difundir as iniciativas em defesa do
etapa com comunidade local e familiares quando os
meio ambiente.
alunos farão abordagens sobre o assunto.

31
TEMA TERRA

Metodologia teoria e prática, consolidando os conhecimentos


teóricos apreendidos aos conhecimentos reais.
O projeto será desenvolvido com os alunos do ensino
fundamental II num período de 9 meses consecutivos.
Como estratégia para a discussão e maior envol- Fundamentação Teórica
vimento dos alunos, as pesquisas serão divididas em As abordagens desse projeto fundamentaram-se em
blocos de estudos. Como ponto de partida, alunos e textos de autores ambientalistas, legislações,
professores se apropriarão do signicado dos resíduos periódicos, jornais, ONGs como (AVICA) e principal-
sólidos tóxicos; em seguida, partindo para a coleta de mente a investigação severa da realidade da
textos e levantamento de obras literárias, as quais população santamarense, através de entrevistas com
serão apresentadas em sala de aula. ex-trabalhadores afetados, a qual enriquece profun-
Num segundo momento faremos um passeio pela damente a nossa pesquisa e consolidou na prática os
história de implantação da Plumbum, reconheci- argumentos teóricos estudados durante o percurso.
mento da área com registros fotográcos e Os PCNS foi um referencial imprescindível que
investigação quanto ao destino dos dejetos dessa permeou todo este trabalho de pesquisa partindo do
industria e suas consequências à saúde. pressuposto que:
Ação seguinte, os alunos conduzidos à sede da AVICA “O ensino deve ser organizado de forma a
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

(Associação das vítimas da contaminação por proporcionar oportunidades para que os alunos
chumbo cádmio, mercúrio e outros) onde possa utilizar o conhecimento sobre M. A. para
participarão, de uma palestra e os dados coletados compreender a sua realidade e atuar nela, por
deverão ser apresentados no pátio da escola através meio do exercício da participação e diferentes
de dramatização e mostra de grácos, tendo como instâncias; nas atividades dentro da própria
público alvo neste momento, familiares dos alunos e escola e da comunidade. É essencial resgatar os
comunidade próxima ao entorno da escola. vínculos individuais e coletivos com o espaço
Num estudo sistemático, a aquisição do conheci- em que os alunos vivem para que se construam
mento foi adquirida passo a passo, através de essas iniciativas, essa realização e envolvimento
pesquisas, entrevistas, promoção de ocinas, para solucionar problemas. (PCNS pg.190)”.
dramatizações, produção textual, mostra de vídeos Pautados no princípio que rege a lei nº 9.795 em seu
entre outros. artigo 2º arma: “A educação ambiental é um
Das ações realizadas, a entrevista com moradores componente essencial e permanente da educação
residentes no entorno da indústria COBRAC, na nacional, devendo estar presente de forma articulada
maioria ex-trabalhadores dessa empresa e que em todos os níveis e modalidades do processo
trazem sequelas físicas e psicológicas, conjugou educativo, em caráter formal e não-formal”. Nessa

32
TEMA TERRA

perspectiva busca-se despertar alunos e todos os homem, assegurando-lhe direitos de cidadão como:
envolvidos nesse trabalho, a consciência de que o ser moradia, água, luz, saúde e educação. Todavia esse
humano é parte do meio ambiente e dele depende o desenvolvimento não explicita os interesses de grupo
homem. que direta ou indiretamente acarreta danos ambien-
O artigo nº 225 da Constituição Federal aborda: tais, bem como a deterioração da vida do planeta,
conforme VALLE assegura:
“Todos têm direito ao Meio Ambiente ecologi-
camente equilibrado, bem de uso comum do “Os resíduos sólidos perigosos são os resíduos
povo e essencial à qualidade de vida, impondo- ou misturas que em razão de suas caracterís-
se como poder público e à coletividade o dever ticas, podem apresentar risco à saúde pública
de difundi-lo e preservá-lo para as presentes e provocando ou contribuindo para um aumento
futuras gerações. BRASIL (1988)”. da mortalidade ou incidência de doenças, e
ainda trazer efeitos adversos ao meio ambiente
Diante dessa abordagem, também buscamos reetir
quando manuseados ou dispostos de forma
as ações humanas, a qual dia a dia tem sido o agente
inadequada. (VALLE, 2002, pg.53)”.
com maior potencial destruidor da natureza, o que nos
impulsiona a um despertar emergente em prol do É, pois essa uma fatalidade que persiste no solo
Meio Ambiente, visto que a ausência de consciência santamarense, herança de uma indústria que por falta
de planejamento para o gerenciamento do destino

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


nesse contexto resulta em graves prejuízos para as
gerações atuais e vindouras. dos dejetos, encontra-se hoje inativa em produção e
ativa em contaminação.
Compreende-se que o desenvolvimento industrial
contribui signicativamente para a dignidade do

33
TEMA TERRA

Considerações Finais fundição de chumbo no Brasil. Revista


As propostas preescritas neste projeto é de suma Panamericana de Salud Pública, vol.13, nº1,
importância na Educação dos indivíduos para que Washington, jan. 2003. Disponível em:
adquiram o conhecimento necessário sobre as http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1020498
questões ambientais e a adoção de posturas éticas, 92003000100003&script=sci_arttext
críticas e social diante das problemáticas ambientais MACHADO, S. L.; PORTELLA R. B.; CESANA, E.;
que permeiam nossa realidade. RABELO,T. S. Estudo da inuência na contaminação
Acreditamos este projeto ser a veia condutora de do solo por metais pesados derivada das emissões
incentivo na formação do aluno pesquisador o qual atmosféricas de uma metalúrgica desativada no
investigou, aprendeu, questionou e buscou ações município de Santo Amaro - BA.
positivas em prol do meio ambiente. Nesse ínterim o MACHADO, S. L.; RIBEIRO, L. D.; KIPERSTOK, A.;
aluno foi autor, co-autor e protagonista de sua BOTELHO, M. A. B.; CARVALHO, M. de F..
própria história fato bastante signicativo e Diagnóstico da Contaminação por Metais Pesados
graticante à produção do conhecimento. em Santo Amaro - Bahia. In: Engenharia Sanitária e
Ambiental, v. 9 – n. 2, abr-jun 2004, p.140-155.
Disponível em:
Referências
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

https://www.abesdn.org.br/publicacoes/engenharia/
GUERRA, R.T., GUSMÃO, C.R.C. A implantação da
resaonline/v9n2/p140a155.pdf
Educação Ambiental numa Escola Pública de Ensino
NIEMEYER, J. C.; SILVA, E. M.; SOUZA,J.P.
Fundamental. Teoria e Prática. 2000.
Desenvolvimento de um esquema para a avaliação
ALCÂNTARA, M. M.C. Diálogos & Ciência, Ano IV, nº
de risco ecológico em ambientes tropicais. Estudo
12, p. 107 -118, mar. 2010. Disponível em:
de caso da contaminação por metais em Santo
http://dialogos.ftc.br/index.php?option=com_conte
Amaro da Puricação, Bahia, Brasil Jornal da
nt&task=view&id=213&Itemid=1
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia, v 2,n.3 2007
ANJOS, J. A. S. A. dos. Cobrac, Plumbum, Trevisan - p.263-267
Estudo do passivo ambiental. In: Seminário sobre a
SÁNCHEZ, L. E. . A necessidade de uma política
contaminação por metais pesados em Santo Amaro
pública para áreas contaminadas no Brasil. In:
da Puricação - BA, 2001.
Seminário Contaminação por Metais Pesados em
CARVALHO, F. M.; SILVANY NETO, A. M.; TAVARES, Santo Amaro da Puricação, 2001, p. 9-36.
T. M.; COSTA, A. C. A.; CHAVES, C. d´El R.;
VALLE, Cyro Eyer do qualidade ambiental: ISSO
NASCIMENTO, L. D.; REIS, M. de A. Chumbo no
14000/Cyro Eyer do Valle. – São Paulo: Editora
sangue de crianças e passivo ambiental de uma
Senac São Paulo, 2002

34
TEMA TERRA

Projeto A Reciclagem do Papel


por um Ambiente Melhor
Centro Educacional de Itacaré
do ar, dos rios, além de doenças degenerativas, cau-
Município de Itacaré - NRE 05
sadas pela falta do conhecimento de causa.
Raul Lázaro Moreira Fernandes Conscientes, visto que segundo pesquisas, estima-se
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
que cerca da metade das orestas do planeta já
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
foram devastadas e que nos últimos trinta anos, o lixo
Elania Soares de Gois do mundo multiplicou-se por três. A reciclagem e a
Professora Orientadora
reutilização de papel, além de ajudar a solucionar o
Colaboradora do Projeto:
problema do acúmulo de lixo e também diminui a
Laís Caroline Souza Atanásio
devastação orestal.
Dados nos revelam que “cada tonelada de papel
reciclado economiza de 17 a 20 árvores (eucaliptos

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


com sete anos de idade) ou uma área plantada de 100
Apresentação a 350 m², diminui aproximadamente 400 kilowats/
A comunidade escolar vem demonstrando grande hora em relação ao papel virgem, reduz a poluição do
preocupação com os problemas ambientais e diante ar e o consumo de água”, (Projeto Vida-Educação
disto, busca alternativas de inclusão do Centro Ambiental).
Educacional de Itacaré como escola sustentável. Neste Diante dessas informações e ciente que o papel
intuito, criou-se um projeto estruturante de reciclagem reciclado pode ter inúmeras utilidades, segundo
de papel no meio ambiente escolar. Uma maneira de experiência vivenciada. A proposta de reciclagem
educar economizando e também de sensibilizar toda a será desenvolvida com todo tipo de papel utilizado
comunidade da importância da reciclagem do próprio na escola, nas atividades pedagógicas, dentro do
material utilizado, para evitar a disseminação dos próprio Centro de Educação.
resíduos sólidos nos ambientes externos, agravando
ainda mais os problemas ambientais.
Justificativa
Estamos vivendo momentos cruciais, os noticiários
O Centro Educacional passou a ocupar um espaço de
denunciam a possível falta de água potável, crise
fundamental importância na sensibilização dos
energética, desmatamento desordenado, poluição
problemas ambientais e na busca de soluções.

35
TEMA TERRA

Diante disso, observamos que a escola e os alunos devendo ser expandido e trabalhado com todas as
utilizam uma diversidade de papéis e em grande turmas e turnos.
quantidade para o desenvolvimento do trabalho Vale salientar que a participação da sociedade é de
pedagógico. Após o sistema avaliativo chegamos à grande importância, a exemplo da serraria do
conclusão de que é possível diminuir os custos e Ronaldo, “Monte Sião”, localizada no Km2 - Itacaré,
prejuízo do meio ambiente escolar. que fez a doação das molduras para a experiência da
Propomo-nos a desenvolver um projeto de Educação reciclagem de papel.
Ambiental para esta escola a partir da reciclagem e
reutilização de papel, uma vez que entendemos que
Metodologia
estes mecanismos são saídas ecologicamente corretas
Os alunos da 5ª A, turno matutino, tiveram a ideia de
de preservação ambiental, pois assim estaremos
recolher os papéis que não têm mais utilidade como:
combatendo o desperdício e criando mecanismos que
cartolinas usadas, folhas de ocio utilizadas na
possam assegurar um mundo habitável para as
confecção de convites para eventos, avaliações
gerações futuras.
antigas e folhas de cadernos que alunos costumam
Pensando na solução desses problemas supracitados
jogar na lixeira.
elaboramos este projeto.
À medida que o material reciclável for recolhido e
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

armazenado em grande quantidade será iniciado o


Objetivos processo de reciclagem.
O projeto, “A Reciclagem do Papel por um Ambiente Faz-se necessário, ressaltar a observância do espaço
Melhor”, tem como objetivo: apropriado e equipamentos adequados para a
melhorar o ambiente escolar conscientizando realização de cada procedimento.
alunos, professores e funcionários do Centro Primeiro os papeis serão cortados em pequenos
Educacional de Itacaré sobre a importância de pedaços e colocados em bacias com água e
preservar o espaço em que trabalham e convivem desinfetante por um período de 24 horas. Em seguida,
através da reciclagem de papel, acreditando na os papéis serão batidos no liquidicador com água e
redução do lixo produzido na escola e na redução um pouco de cola; se desejar pode acrescentar
de custos. pigmentos de anilina para colorir as folhas.
A pasta será derramada em recipientes contendo
Público Alvo bastante água. Após misturar é preciso mergulhar a
Este projeto terá como facilitadores professores e moldura (em diversos tamanhos) com a rede para
alunos da 5ª A, do Centro Educacional de Itacaré- Ba, cima, no sentido de criar uma película sobre a tela.

36
TEMA TERRA

Depois, deve desenformar o papel reciclado ainda individuais representa na destruição do planeta,
molhado sob as pranchas de madeira ou em folhas de portanto, se faz necessário na adoção de:
jornal deixando secar em uma sala com fácil “Novos comportamentos de todos os setores
ventilação. E logo, estarão prontos para uso. da sociedade para garantir que os resíduos
sejam produzidos em menos quantidade já na
fonte geradora. Isso implica mudanças nas
formas gerenciais, com novas prioridades, que
passam do modelo unidirecional e mecanicista
para um sistema holístico e ecológico que
garanta, a longo prazo, a estabilização da
demanda dos recursos naturais e do volume
nal de resíduos a serem dispostos,
minimizando o processo de degradação
ambiental.” (ZANIN; MANCINI, 2004, p.36).
Vale ressaltar que o papel demora aproximadamente
de 2 a 4 semanas para se decompor na natureza. É um
material biodegradável e orgânico, porém, em aterros

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


com pouca umidade o processo de degradação se
torna lento, chega a demorar de 3 meses a 100 anos,
porque não há contato suciente com o ar e a água.
Referencial Teórico Segundo o CEMPRE (2007), a produção do papel
Os danos causados ao meio ambiente pelo reciclado é aplicada em 80% para embalagens; 18%
consumismo exacerbado carecem de reavaliação do para ns sanitários; 2% para impressão. Esse papel é
comportamento da Atualmente e a sociedade vem oriundo 86% do comércio e indústria; 10% de
demonstrando preocupação com a ação antrópica e residências, instituições e escolas e 4% outras fontes.
com a escassez dos recursos naturais. Cada tonelada de papel reciclado poupa cerca de 60
eucaliptos adultos; 2,5 barris de petróleo; 50% da
Entende-se que é preciso criar novos mecanismos
água usada na fabricação normal do papel (ou
visando a sustentabilidade do planeta. A situação
30.000 litros); evita um volume de resíduo de cerca de
exige a adoção de comportamentos diferenciados,
3m² nos lixões e aterros; gera menos poluição da
tanto na esfera pública quanto privada, com relação
água (65%) e do ar (26%) do que a fabricação a partir
na produção / sociedade, de maneira que venha a
da celulose virgem. Cerca de 40% do resíduo urbano
perceber os impactos que cada uma de suas escolhas
é composto de papel.

37
TEMA TERRA

Na reciclagem manual o papel é produzido a partir do programa é quanticar e qualicar os diversos


das aparas, ação que ajuda na disseminação da resíduos gerados na UEM (campus sede e
cultura da reciclagem. extensões). O programa baseia-se nas normas
Dentre vários projetos de reciclagem nas Universi- versadas pelo Plano de Descarte dos Resíduos
dades brasileiras, apresentamos dois casos a título de Perigosos gerados na instituição. Quanto às
ilustração: aparas de papel descartadas pela UEM,
representam um montante de aproximadamente
O Projeto “Reciclagem de Papel: Educar
500 quilos/dia. O montante anual de receita
Economizando” trabalha com material reciclado
gerada varia em torno de R$ 36.960,00 para as
no Campus III, conta com a participação da
aparas mistas e R$ 81.840,00 para as de papel
comunidade universitária. É um projeto de
branco. A Universidade possui uma Ocina de
educação ambiental voltado para as escolas
Reciclagem de papel que produz material
públicas e outras entidades do brejo paraibano,
artesanal, o qual é comercializado junto à
região que compreende vários bairros. A
comunidade interna e externa, bem como
reciclagem e reutilização de papel, apresenta-se
apresentado em exposições, feiras e eventos. O
como uma engrenagem ecologicamente correta
público envolvido no projeto é: alunos,
de preservação ambiental, assegurando o
funcionários e professores da instituição.
combate ao desperdício e criando mecanismos
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

que passam a assegurar um mundo habitável para


gerações futuras. A instituição mantém ainda Cronograma De Execução
uma “Ocina Artesanal de Reciclagem de Papel”, Este projeto terá duração de 12 meses, a partir do
com a participação dos alunos, o trabalho é início do ano letivo, como “Projeto Piloto”, devendo
desenvolvido a partir da coleta seletiva de papel fazer parte dos projetos estruturantes da escola.
no campus. A experiência com os resíduos iniciou
no ano de 1993, objetivando incentivar a
comunidade a combater o desperdício e a
colaborar efetivamente para a preservação
ambiental.
E o UEM – Universidade Estadual de Maringá
O Programa de Gerenciamento de Resíduos –
PRO-RESÍDUOS UEM - criado em 2004, abrange as
áreas de resíduos biológicos; químicos agressivos
líquidos; químicos agressivos sólidos. O objetivo

38
TEMA TERRA

Referências
FERRAZ, José Maria Gusman. O papel nosso de cada
dia. EMBRAPA. Disponível em:
http://www.cnpma.embrapa.br/down_hp/408.pdf.
Acesso em: 19 set. 2013.
MOURA, L.A.A. (2000) - Qualidade e Gestão
Ambiental. 2ª .ed. São Paulo: Juarez de Oliveira.
MUÇOUÇAH, P.S. (1993) - Coleta Seletiva de Lixo.
São Paulo: Instituto Polis.
ROSA, Bruna Nogueira. ENEGEP. A importância da
reciclagem do papel na melhoria da qualidade do
meio ambiente. ABEPRO. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2005_
Enegep1004_1116.pdf. . Acesso em:19 set. 2013.
SILVA, José Izaquiel Santos da. – UFPB. Reduzir,
Reutilizar e Reciclar- Proposta de Educação

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Ambiental para o Brejo Paraibano. UFMG.
Disponível em:
https://www.ufmg.br/congrext/Meio/Meio20.pdf.
Acesso em: 19 set. 2013.

39
TEMA TERRA

Projeto Escolimpa - Escola Limpa,


Ambiente Saudável

Colégio Estadual Maria José Bastos Silva


em assembleia a proposta do Projeto 2 – Lixo:
Município de Alagoinhas - NRE 18
Escolimpa – Escola Limpa, Ambiente Saudável.
Matheus Lucas Coelho Pinheiro
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Justificativa
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas sustentáveis
Um dos grandes problemas ambientais do mundo
Professores Orientadores:
moderno é o lixo. O homem é levado por um
Elisabete Schramm Pereira
consumo irracional, sem se preocupar com a
Maria da Conceição Ramos da Costa
sustentabilidade, causando uma grande produção de
Marilene Bispo de Cristo
lixo, tendo consequência na liberação de gases que
promove o efeito estufa, a poluição das águas
subterrâneas e superciais, o solo e o aumento da
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Apresentação
quantidade de lixo. Esse fenômeno ocorre devido à
Todos nós já temos consciência de que cada pessoa industrialização e a concentração da população nas
produz muito “LIXO” e que não há espaço para grandes cidades, a intensicação do modelo
disposição desses resíduos, o que faz com que seja consumista, o uso constante de produtos descartá-
necessário tomar determinadas medidas de controle. veis, além do modismo, pois existe uma “necessi-
Propostas apresentadas para a IV Conferência dade” de se adquirir objetos mais modernos.
Infantojuvenil pelo Meio Ambiente:
Projeto_1: Horta Escolar – “Solo Bom, Alimento Objetivos
Saúdavel”
Objetivo Geral
Projeto_2: Lixo – Escolimpa - “Escola Limpa, Vida
Saúdavel” Conscientizar a comunidade escolar da importância da
preservação e conservação do meio ambiente,
Projeto_3: Energia – “Energia Move o Mundo”
entendendo da necessidade da coleta seletiva, como
Projeto_4: Água – “Água, Fonte de Vida” forma de diminuir a produção de lixo, deixando o
Após a apresentação de todas as propostas, os alunos nosso ambiente mais saudável.
do Colégio Estadual Maria José Bastos Silva, aclamaram

40
TEMA TERRA

Objetivos Específicos dos ao longe o desenvolvimento deste projeto


deverão ser capazes de reconhecer, identicar,
Compreender que as propagandas publicitárias orientar e colaborar com a população no sentindo de
incentivam o consumo exacerbado. Vericar o
conscientizá-la sobre como o lixo pode afetar a vida
consumo e a produção de lixo dos alunos, utilizando
de todos nós.
o método entrevista;
Conscientizar a comunidade local sobre a importân-
cia da coleta seletiva e ainda conhecer como a Considerações Finais
educação ambiental pode auxiliar o nosso município O homem tem sido responsável por grandes e rápidas
na implantação da coleta seletiva, a m de iniciar um
transformações que aconteceram no nosso planeta,
processo de reciclagem. No âmbito escolar o nosso
principalmente a partir da crescente urbanização
objetivo é tornar a escola mais agradável, limpa,
ocorrida, após a Segunda Guerra Mundial. Essa
saudável e bonita.
urbanização foi mais intensa no momento que o
Identicar os problemas ambientais existentes na
homem da zona rural mudou para a zona urbana e
escola;
exigiu um aumento no abastecimento de alimentos e
Relacionar texto ao seu contexto, criando uma
bens de consumo. Isso foi possível devido aos
proposta sobre a coleta seletiva;
avanços tecnológicos proporcionados pela revolução
Postar no blog da escola as atividades desen-

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


industrial a partir do século XVlll. Então surgiram
volvidas;
novos tipos de resíduos, os industriais, e os produtos
Montar painel explicando as etapas do processo
comprados, usados e descartados. Hoje as inovações
de reciclagem;
tecnológicas permitiram a produção de bens de
Produzir material a partir de objetos recicláveis.
consumo, em enorme quantidade, a fabricação de
embalagens, cada vez melhor, com intuito de
Público Alvo garantirem um transporte seguro e uma durabilidade
Comunidade Escolar desses bens. São várias produções descartáveis, tem
pouco tempo de uso, como é o caso das embalagens
Gestão, alunos, professores, funcionários e parceiros.
plásticas e de pilhas: logo se transformam em lixo.
O projeto foi elaborado através de observações feitas
Metodologia sobre o comportamento inadequado da maioria dos
Sensibilização e modernização dos agentes e ALUNOS no horário de intervalo, em sala de aula.
denição dos critérios, espaços e limites de Onde o lixo, por eles descartados, era jogado
participação de cada segmento. O tema será diretamente no chão sem preocupação em cuidar da
trabalhado com os alunos por etapas; na sala de aula, limpeza da escola.
laboratório de informática e biblioteca. Os educan-

41
TEMA TERRA

Ações Construir poemas, raps, paródia, ou outros tipos


de texto envolvendo os temas trabalhados;
Visitas e palestras sobre reciclagem e destino do
lixo na cidade. Expor os trabalhos elaborados nas ocinas de
artesanatos e reutilização;
Leitura e discussão de textos envolvendo como
tema: lixo, reciclagem, consumismo, desperdício Realização de um mutirão da limpeza escolar.
e desenvolvimento sustentável.
Ocinas de reutilização e artesanato como:
bolsas, arranjos de decoração utilizando palhas,
garrafas, vidros, papéis, plásticos e metais.
Projeto “MINUTO DA LIMPEZA” onde aluno
conscientizará outros sobre a alta produção de
lixo no ambiente escolar;
Implantar o projeto COLETA CELETIVA' dentro da
escola;
Elaborar cartazes com alertas, trazer informações
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

atuais sobre reutilização e outros assuntos que


dizem respeito à diminuição do lixo na escola;
Confecção de lixeiras em ocinas

Cronograma de Execução
PERÍODOS
ATIVIDADES
Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Sensibilização e leitura de textos X X
Montagem do Projeto X X
Coleta de dados X X X
Tratamento dos dados coletados X X
Elaboração das Ocinas X X
Montagem e execução da conferência X X
Elaboração do relatório nal X
Execução de ações propostas X X
Analise e avaliação do projeto X X

42
TEMA TERRA

Referências Material Extra - Paródia


Vamos cuidar do Brasil. 4ª Conferência Nacional do PREPARA
Meio Ambiente – Resíduos Sólidos. 2013. REIS, paródia – Show das Poderosas / Juuh Souza - 8M3)
Cleber Cabral.
Prepara que agora é hora da nossa conferência./
O lixo nosso de cada dia. Bio, nº 54, p. 28 – 32, jan aqui na escola vamos participar... Do planeta
2010 BARROS, Carlos Ciências - O meio ambiente 6º cuidar não perca mais tempo,
ano 2012
Levante e vem com a gente.
CONSUMO SUSTENTÁVEL: Manual de educação.
Prepara terra, água, fogo e ar vamos conhecer com
Brasília: Consumers International/
mudanças ambientais vamos melhor viver. Agir na
MMA/MEC/IDEC,2005.160p
escola e na comunidade o nosso objetivo é vencer.
Vem! Pra um compromisso e ações. Todos nós
buscamos transformações. Vem junto com a gente
fazer um diferente.
Se eu começar, muitos me seguirá. O planeta é
nosso, vamos todos cuidar/ Buscar soluções para

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


melhor viver.
Tá na hora de acordar, vamor juntos vem!
Vamos juntos do planeta cuidar / Vem junto com a
gente fazer um diferente...
Vem com a genteeeee, prepara.

Alunos em coleta de lixo na atividade minuto da limpeza Abertura da conferencia do meio ambiente, feita pelos alunos

43
TEMA TERRA

Projeto Pra Renascer e Reviver


é Preciso Preservar o
Manguezal de São Braz

Centro Educacional Municipal Professora O Mangue


Ana Judite de Araújo Melo Roberto P. Acruche
Município de Santo Amaro - NRE 21
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Beleza que surpreende o imaginário,

Luiza Oliveira dos Prazeres Frondosas árvores, a tudo sombreando,


Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Folhas que caem, seguindo o seu fadário
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
Bandos de pássaros, aninhando e gorjeando.
Willian da Paixão
Sobre um tapete, macio, escurecido,
Professor Orientador
Colaboradores do Projeto: Aonde o sol chega brando e sereno,
Luciene dos Santos Oliveira Caminham os crustáceos, em merecido
Inocência do Carmo Braz Passeio, pelo ensoberbecido terreno.
Altair Max da Silva Souza
A natureza, criadora e esplendorosa,
Cleiton Luis do Sacramento
Surpreendentemente primorosa
Ediciane Souza Saturno
Tamires Neri Ribeiro Improvisa a pluralização da existência.

Lívia Oliveira Tifany Saturno Ramos Translada para o mangue o berço


Raimundo Neri Mateus Bispo de Jesus Proporcionando a vida todo apreço
Ana Lúcia Pinheiro Cleonici da Silva Suplantando a criação e a magnicência.

44
TEMA TERRA

Justificativa contar com o apoio da nossa comunidade, das Asso-


ciações dos Quilombolas e dos Pequenos Pescadores e
Ao longo dos tempos, o nosso manguezal vem sendo
Marisqueiras de algumas entidades locais e, acima de
tratado de forma inadequada não sendo valorizado de
tudo do compromisso de nossos governantes. Com
forma correta. Manguezal este que muito vem
isso, conseguiremos juntos salvar o nosso manguezal
sustentando famílias, garantindo o sustento,
que está sendo destruído, através de atitudes inade-
ajudando marisqueiras e pescadores a formar seus
quadas que afeta acima de tudo, toda uma sociedade
lhos e acima de tudo, nos dando alimentos como:
carente, que sobrevive basicamente da pesca e da
mariscos, crustáceos, caranguejos e diversas varie-
coleta dos mariscos e da venda dos caranguejos e siris.
dades de peixes. Tal sofrimento causado pela poluição
nos esgotos domésticos, esgotamento nas ruas pelos
lixos e acima de tudo a destruição da fauna e da ora Objetivos
do Manguezal que vem deixando de nos oferecer
alimentos que serve de reprodução para várias Objetivo Geral
espécies de peixes em suas raízes. Com isso, não Desenvolver um pensamento crítico e reexivo dentro
podemos deixar de relacionar que o manguezal de São da comunidade Remanescente de Quilombolas que o
Braz é uma das maiores fontes de economia e nosso manguezal é nossa maior fonte de sobrevivência
sobrevivência de nosso povo. Em nossa realidade e que sem ele estaremos destruindo um legando

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


pesqueira, a maior fonte de sobrevivência é o nosso histórico, cultural e ambiental existente.
manguezal, mais se não observamos com o mesmo
Objetivos Específicos
carinho e respeito, não teremos no futuro um bioma
maravilhoso e sim um totalmente destruído, deixando Analisar o quanto as ações do homem vem
assim centenas de famílias sem ter o pão de cada dia e afetando o bioma de São Braz;
as heranças da pesca e da coleta de mariscos carão Vericar quais soluções podemos tomar para
esquecidas no tempo e não é isso que queremos para ajudar a sanar os problemas existente em questão
nossos remanescentes quilombolas jovens. Precisamos da destruição e poluição do Manguezal da
é preparar, ensinar e trabalhar com os mesmos, na comunidade São Braz;
preservação do que temos de melhor em nossa comu- Debater perante a órgão locais o que irá acontecer
nidade que vem a ser o nosso manguezal, por isso com o manguezal da comunidade de São Braz,
nosso projeto tem como principal nalidade plantar caso os mesmos não se conscientizem em
proteger o bioma local;
uma sementinha nas mentes da população para
valorizar nosso maravilhoso berço de reprodução e de Esclarecer frente à Comunidade Remanescente de
Quilombola o quanto o nosso Manguezal é
fonte de sustento. Para que possamos alcançar o
importante para a sobrevivência de nossa
nosso objetivo “Salvar o Manguezal” precisamos

45
TEMA TERRA

comunidade seja em herança cultural em questão Criação de um Núcleo de Preservação do Man-


da pesca, seja em questão ambiental na guezal (NPM), que visa buscar ações armativas
valorização e preservação da maior fonte de para ajudar o ecossistema de São Braz frente
riqueza e sobrevivência da comunidade. órgãos governamentais e não governamentais.

Publico Alvo
Alunos do Fundamental II e EJA I e II

Metodologia
Realização de Conferência Ambiental dentro do
Núcleo Escolar;
Criar parcerias frente a Embasa para mostra à
comunidade a questão de como se destinar
corretamente o esgoto domestico;
Buscar analise de técnicos ambientais para avaliar
a atual condição do manguezal;
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Realizar palestras e ocinas de conscientização


sobre a preservação do Manguezal perante a
nossa comunidade;
Colocar em prática a Caminhada Verde em prol da
preservação da ora e da fauna do manguezal
com exposição de fotos e distribuição de
panetos informativos;
Organizar um mutirão de limpeza com recolhi- Fundamentação Teórica
mento de lixos nas beiradas do manguezal com As abordagens desse projeto fundamentaram-se em
aplicação de placas de sinalização e preservação; textos de autores ambientalistas, legislações,
Aplicar na comunidade a divulgação de um periódicos, jornais, ONGs do Distrito de São Braz
documentário sobre o manguezal atual e como sobre as marisqueiras atingidas e a população no
queremos o mesmo no futuro, mostrando para a geral a qual enriquece profundamente a nossa
comunidade suas consequências; pesquisa e consolida na prática os argumentos
teóricos estudados durante o percurso.

46
TEMA TERRA

Os PCNS foi um referencial imprescindível que maior potencial destruidor da natureza, o que nos
permeou todo este trabalho de pesquisa partindo que: impulsiona um despertar emergente em prol do M.
“O ensino deve ser organizado de forma a Ambiente, visto que a ausência de consciência nesse
proporcionar oportunidades para que os contexto resulta em graves prejuízos para as gerações
alunos possam utilizar o conhecimento sobre atuais e vindouras.
M. A. para compreender a sua realidade e Compreende-se que o desenvolvimento industrial
atuar nela, por meio do exercício da contribui signicativamente para a dignidade do
participação e diferentes instâncias; nas homem, assegurando-lhe direitos de cidadão como
atividades dentro da própria escola e da moradia, água, luz, saúde, educação. Todavia, esse
comunidade. É essencial resgatar os vínculos desenvolvimento não explicita os interesses de grupo
individuais e coletivos com o espaço em que os que direta ou indiretamente acarreta danos ambien-
alunos vivem para que se construam essas tais, bem como a deterioração da vida do planeta.
iniciativas, realizações e envolvimento para
solucionar problemas.” (PCNS pg.190). “Os resíduos sólidos perigosos são os resíduos
ou misturas que em razão de suas
Pautados no princípio que rege a lei nº 9.795 em seu
características, podem apresentar risco à
artigo 2º arma que: “A educação ambiental é um
saúde pública provocando ou contribuindo
componente essencial e permanente da educação
para um aumento da mortalidade ou

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


nacional, devendo estar presente de forma articulada
incidência de doenças, e ainda trazer efeitos
em todos os níveis e modalidades do processo
adversos ao meio ambiente quando
educativo, em caráter formal e não-formal”. Nessa
manuseados ou dispostos de forma
perspectiva, busca-se despertar alunos e todos os
inadequada.” (VALLE, 2002, pg.53).
envolvidos nesse trabalho, a consciência de que o ser
humano é parte do meio ambiente e dele depende o E por essa fatalidade que persiste no solo
homem. Santamarense, herança de uma indústria que por
O artigo nº 225 da Constituição Federal aborda: falta de planejamento para o gerenciamento do
destino dos dejetos, encontra-se hoje inativa em
“Todos têm direito ao M. A. ecologicamente
produção e ativa em contaminação.
equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à qualidade de vida, impondo-se
como poder público e à coletividade o dever de
difundi-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.” BRASIL (1988).
Diante dessa abordagem, também buscamos reetir
as ações humanas no dia a dia como agente com

47
TEMA TERRA

Considerações Finais Referências


As propostas prescritas nesse projeto é de suma Copyright 2009 - Roberto Pinheiro Acruche
importância na Educação dos indivíduos e para que Parâmetros Curriculares Nacionais
adquiram um conhecimento necessário sobre as
Quilombol.doc: Documentário sobre a vivência da
questões ambientais, e a doação de posturas éticas,
Comunidade Remanescente de Quilombolas
críticas e social diante das problemáticas ambientais
que permeiam a nossa realidade local e mundial. www.eventick.com.br/manguezal-demo

Acreditamos que este projeto vem sendo o caminho www.escolakids.com/manguezal.


condutor de incentivos na formação do aluno www.terraconsult.com.br/mangue.
pesquisador o qual investigou, aprendeu, questionou
e buscou ações positivas em prol da economia local e
mundial em benefício do meio ambiente. Nesse
ínterim o aluno foi autor, co-autor e protagonista de
sua própria história de remanescentes quilombolas,
fato bastante signicativo e graticante à produção
do conhecimento.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Cronograma de Execução
ATIVIDADES | MÊS Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Coleta de Dados X
Socialização do Projeto X
Atuação do Projeto X X X X X X X X
Conferência na Escola X
Conferência Municipal X
Execução do Projeto X X X X X X X X

Se todos nos lutamos juntos em prol do mesmo objetivo venceremos nossas lutas”.
Salve o nosso Manguezal!

48
TEMA TERRA

Projeto Hortas de Quintais


Escola Municipal da Palestina
Município de Salvador - NRE 26 século XX, um personagem de caráter fundamental
neste circulo continuo de reaproveitamento, como
Mateus Jesus Santos Maciel
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
teoriza Lavoisier: 'Na Natureza nada se cria, nada se
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis perde, tudo se transforma'. O Catador é um sujeito
que, historicamente, tira do lixo o seu sustento, seja
Sérgio Luís Marques dos Santos
através da prática da coleta seletiva junto a alguns
Professor Orientador parceiros que doam o seu lixo ou, melhor ainda, seus
recicláveis selecionados na fonte; seja caçando
Apresentação recicláveis pelas ruas e lixões, sacando os recicláveis
do lixo misturado que o gerador não teve a decência
Em função da demanda do desenvolvimento
de separar e colocou no mesmo saco o que pode e o
tecnológico surge a necessidade do reaprovei-
que não pode ser reaproveitado. Com esse
tamento de resíduos produzidos pelo consumo,
“trabalho” a companhia de limpeza urbana deixa de

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


como discorre Dias:
pegar inúmeros quilos que seriam coletados e
“A questão principal é que qualquer mobili- dispostos em aterro ou lixão. Na pior das hipóteses é
zação que ocorrer deverá ser feita com uma economia e um serviço.
intenção planejada, “[...] mas, a partir da
O fato de instigar uma consciência ecologicamente
escola, levando à população o posicionamento
correta, em uma comunidade estudantil, na qual uma
em relação a fenômenos ou circunstâncias do
parte das famílias integrantes tem no reaprovei-
ambiente”. (DIAS, 1998 p. 331).
tamento de resíduos uma forma de complementação
No inicio da revolução industrial e em função do da renda, requer um cuidado maior, pois estaremos
consumo excessivo da matéria prima retirada do evidenciando procedimentos que não são encarados
ambiente sem um planejamento prévio, gerou-se um como trabalho e ação ecológica ou social, mais sim
grande volume de resíduos que impactou o meio vergonha e desprezo da comunidade na qual o aluno
ambiente em diversos aspectos, como: inundações, está inserido. Requer desta forma, primeiro uma
terremotos, desmatamento, deslizamento, descon- educação de valores e posteriormente ação prática no
trole do clima e a poluição dos lençóis freáticos. processo de coleta seletiva, para que possibilite um
A necessidade do reaproveitamento da matéria resultado condizente com a proposta da Educação
prima, que já foi utilizada pela indústria, faz surgir no Ambiental.

49
TEMA TERRA

Os PCNs (Paramentos Curriculares Nacionais) nos Para atender o reaproveitamento dos resíduos
instigam a tal fenômeno quando cita: “A questão industriais devemos desenvolver na população de
ambiental também representa uma síntese dos consumo, do século XXI, o hábito de reciclar os
impasses que o atual modelo de civilização acarreta. recursos que já foram retirados da natureza, incutir
Aquilo a que se assiste, no nal do século XX, não é só no discente um novo padrão de desenvolvimento
uma crise ambiental, mas uma crise civilizatória.” sustentável, onde a relação entre o homem e
(PCNs, 1997, p.22). ecossistema seja de integração e não de destruição.
Então, para tal modelo de prática pedagógica, Assim, conforme Chiavenato:
resultou-se primeiro a necessidade de resgate de “Esse processo sedimentou-se durante
valores pessoais, auto-armação do grupo proposto milênios. O homem, porém, não é um ser
na participação do projeto, o qual não se limitaria um passivo. É ele quem faz a história. É, ao mesmo
seguimento da Unidade Escolar e sim a todo um tempo, vítima e agente. Não cabe aqui nos
contexto de grupo, pois mesmo os que não queriam determos nesse problema. Mas, nesse
participar de forma direta do processo estariam desenvolvimento histórico, no que diz respeito
participando com o respeito aos voluntários ao meio ambiente do homem, chegamos
coletores de refugos industriais. progressivamente a uma situação trágica: pela
primeira vez, na vida da Terra, corremos o risco
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

de não sobreviver. Mais: de destruirmos o nosso


Justificativa
próprio planeta.” (CHIAVENATO, 1994, p. 9).
Todo esse trabalho reetiu-se na Constituição Federal
Focar os alunos a reaproveitar o refugo do alumínio
de 1988, que expõe: “Art.225 - todos têm direito ao
muito utilizado nas embalagens de bebidas e
meio ambiente ecológico/equilibrado, bem de uso
canalizando os recursos gerados pela venda da sucata
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
de alumínio para aquisição de tecnologia de ponta que
impondo-se ao Poder Público e à coletividade, o dever
assessore o discente, no processo ensino
de defendê-lo e preservá-lo para o presente e futuras
aprendizagem, buscando um direcionamento à
gerações.
inserção do aluno em ambientes ao qual o seu poder
§ 1° - Para assegurar a efetividade desse direito, aquisitivo não possibilita, desta forma, linkar as
incumbe ao Poder Público: oportunidades de passeios com os recursos do projeto
VI - promover a educação ambiental em todos a uma visão de novos espaços para que tal presença
os níveis de ensino e a conscientização pública traga à baila, a necessidade do conhecimento, para
para a preservação do meio ambiente.” que desta forma vinculem um olhar diferenciado na
A partir de tal dispositivo cada estado estabeleceu mudança social, em função do conhecimento
sua Constituição Estadual. (PETERS, & PIRES, 2000, p. 26) adquirido no âmbito escolar e fora dela.

50
TEMA TERRA

Redimensionar novos conceitos como desenvol- Objetivos


vimento sustentável, inclusão digital e social traz,
para a comunidade escolar, uma perspectiva de Objetivo Geral
saberes que transcende os limites da sala de aula e os Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças
colocam no verdadeiro patamar da vida, a qual cobra e diferenças entre diversos ambientes, identicando a
de forma voraz a manutenção dos temas propostos presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor,
nesta prática pedagógica para que sejam inseridos solo e características especícas dos ambientes
como cidadãos do mundo, da informação e desta diferentes; revivendo neles a necessidade de produzir
forma pleitea WOLF: de forma sustentável com o auxilio de novas técnicas
“Enm, a prática da Educação Ambiental nas que permita o prolongamento da vida útil do solo,
escolas, responderá às necessidades e reaproveitando rejeitos industriais para a confecção
contribuirá para a solução dos problemas dos variados modelos de hortas, para os diversos tipos
ambientais, a partir do momento em que de solos presentes no bairro.
houver a consciência da urgência destas
Objetivos Específicos
questões pelos agentes que nela atuam. Temos
conhecimento, que nesse sentido, os órgãos Tomar o conhecimento como ferramenta funda-
governamentais que administram o sistema mental para a mudança do elemento social, tendo

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


educacional tem buscado, a partir do que reza a nele o principal suporte na geração de renda e
Lei 9.795/99, em seu artigo 9°, oferecer formação de membros de uma sociedade critica e
documentos e eventos que capacitem os atuante.
professores a formarem alunos com consciência Observar os diversos modelos de conservação do
e atitudes ambientalmente corretas.” (WOLF, solo e como se produz alimentos de forma
2007, p. 206). sustentável.
Quanto ao fato da inclusão social nos remetemos aos Criar habilidades teóricas e práticas para o manejo
estamentos sociais que não mais se agregam e o cultivo das diversas hortaliças compatível com
simplesmente ao valor econômico da família em o tipo de solo do bairro.
questão, porém ao acumulo de conhecimento que a
Vincular o conceito de sustentabilidade a uma
escola e a família possibilitem ao discente, agregar
prática inerente a preservação do meio.
durante a sua carreira estudantil. Essa é a ferramenta
Reconhecer processos e etapas de transformação
mais poderosa do século XXI que conduz o individuo
de materiais em objetos.
a novos espaços, carreiras e uxos dentro da
pirâmide social que agrega o novo milênio.

51
TEMA TERRA

Cronograma de Execução

DISCILINA UNIDADE CONTEÚDO TURMAS

Manejo do solo 5º Ano


Técnicas de hidropônia 6º Ano
Ciências I, II, III, IV Analise do solo 7º Ano
Naturais Hortas suspensas 8º Ano
Seres decompositores 9º Ano

5º Ano
Horizontes do solo
6º Ano
I, II, III, IV Tipos de solo
Geograa 7º Ano
Desgaste do solo
8º Ano
Solos férteis dos continentes
9º Ano

5º Ano
Dados estatísticos da produção de 6º Ano
Matemática II, III, IV hortaliça no Brasil 7º Ano
Áreas de solo fértil nos continentes 8º Ano
9º Ano
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

5º Ano
6º Ano
II, III Montagem dos suportes das
Artes 7º Ano
hortas suspensas
8º Ano
9º Ano

Inglês III Tradução de textos 9º Ano

Português II Relatórios técnicos 9º Ano

Ervas Medicinais nos grupos étnico:


História III 9º Ano
indígenas, quilombolas e negros

52
TEMA TERRA

Etapas do Processo
AULA DE HIDROPONIA - CIÊNCIAS NATURAIS 7º ANO HORTAS SUSPENSAS - 4º ANO e 5º ANO
Objetiva desenvolver hortas sem a presença de solo, Tem na sua objetividade o reaproveitamento dos
tal situação se deve ao fato de alguns quintais de espaços aéreos da unidade escolar, como também a
alunos participantes do projeto não possuírem área utilização das garrafas pet, subproduto da industrial
com solo fértil ou apresentar espaço revestido por de bebidas, que causa danos irreversíveis ao bioma
concreto. As possibilidades devem ser abertas a marinho e terrestre. Leva em tono de 40 a 50 anos
todos os grupos inerentes as diculdades. para se degradar no ambiente

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


53
TEMA TERRA

DIMENSIONAMENTO DE ÁREA PARA PLANTIO ANÁLISE DO SOLO CIÊNCIAS NATURAIS - 9º ANO


MATEMÁTICA 6º ANO e 7º ANO Ação destinada a identicar os principais nutrientes
Dividindo os espaços de forma simétrica para o maior presentes no solo e tem como fundamentação os
aproveitamento da área disponível presente na conteúdos de: Tabela periódica, elementos da tabela
Unidade Escolar e tendo como foco a preparação do periódica, reações químicas e práticas de laboratório
solo recorrendo ao plantio. A fundamentação teórica como amblagem e cromatograa destinadas à
das aulas teve como ferramenta a internet, aulas identicação dos elementos químicos presentes no
ministradas no laboratório de informática da escola solo. Tal resultado levou a reestruturação da camada
pelos professores Wueldon e Georgina com as turmas de humífera que revestia o solo destinado ao plantio,
6º, 7º e 8º anos. pois apresentava uma baixa quantidade de NPK
(Nitrogênio, Fósforo e Potássio) elementos identica-
dos na prática. Foi imprescindível a utilização do
recurso do minilabe material fornecido pela
matendora (Laboratório móvel de Ciências Naturais).
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

54
TEMA TERRA

ERVAS MEDICINAIS NEGROS/QUILOMBOLAS e Referências


INDIGENAS TURMAS 7º ANO e 8º ANO - HISTÓRIA
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental.
Redescobrindo como os afrodescendentes utilizavam Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos
as ervas medicinais para tratar da saúde da comuni- Parâmetros Curriculares Nacionais / Secretaria de
dade e como o indígena dá valor sagrado às ervas e Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997.
seus poderes de cura, geravam ritos e cultos sagrados.
CHIAVENATO, J. J. O massacre da natureza. São
Paulo: Moderna, 1994.
DIAS, GENEBALDO FREIRE. Educação ambiental:
princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1998.
PETERS, E. L. PIRES, P. T. L. Manual de Direito
Ambiental. Curitiba: Juruá, 2000.
WOLF, R. A.P. Educação Ambiental: a educação
indispensável na formação de professores. In:
Maciel, Margareth de Fátima. [et all]. Educação e
Alteridade. Guarapuava/Irati: Unicentro, 2007

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro
e quarto ciclo: apresentação dos temas transversais:
GEOGRAFIA 6° ANO e 9° ANO - ESTUDOS DOS
Brasília: MEC, 1997.
HORIZONTES DO SOLO
Tem por nalidade vericar o nível de desgaste do solo
e suas camadas subseqüentes, em relação à constante
exploração agropecuária e pelo uso de defensivos
agrícolas nas lavouras.

55
TEMA TERRA

Juntos por uma escola sustentável:


Projeto Revitalizar para evitar a
poluição do meio ambiente
Escola Municipal Maria Nazaré Campos Araújo mesmo. No aspecto sociocultural, estes alunos fazem
Município de Serrinha - NRE 04 parte de um meio que valoriza e divulga a cultura
popular local, com grupos que atuam no povoado e
Stephany Teixeira Leite
em outras comunidades, divulgando sua cultura
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis através das apresentações de samba de roda,
reisados, quadrilhas juninas, cavalgada, vaquejada,
capoeira e outros ritmos mais novos, diversos
artesanatos e comidas típicas que são divulgados e
Apresentação
vendidos nas festas locais e nos eventos da escola,
Localizada na zona rural do município de Serrinha-Ba,
entre outras. Também outros ritmos populares
no povoado do Tanque Grande, a Escola Maria
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

marcantes em nosso estado são valorizados e


Nazaré é uma escola de médio porte que visa a
propagados na comunidade.
construção da aprendizagem de forma signicativa
A comunidade da Escola Maria Nazaré está agraciada
buscando promover ações que integrem as teorias
com um grande tanque (represa de água localizada no
educativas com práticas ecientes de construção de
centro da mesma – por isso o nome do local Tanque
conhecimento, como também, do pleno exercício da
Grande), o qual está com uma grande parte de água,
cidadania.
hoje poluído. Relatos de membros da comunidade
Os estudantes, na maioria, têm um nível socioeco-
enfatizam que essa aguada já serviu de fonte de renda
nômico “baixo”, pois as opções de emprego na
através da pesca de camarões e peixes, como também
comunidade são pouquíssimas e as existentes
como fonte de lazer e entretenimento.
oferecem baixa remuneração, fato que incentiva a
Porém, atualmente, essa represa de água (o tanque
saída dos jovens, principalmente os rapazes, mesmo
grande como assim é conhecido) não está
na adolescência, sem completarem o Ensino Médio
beneciando a comunidade, além de estar sendo
ou mesmo o Fundamental, em busca de oportuni-
alvo de poluição ambiental, principalmente por estar
dade de emprego, que, muitas vezes, não é
sendo alvo de despejo de fossas sanitárias de
concretizada pelo fato de terem deixado sua
membros da própria comunidade.
comunidade sem estudo ou sem a conclusão do

56
TEMA TERRA

Objetivos Desenvolvimento
Objetivo Geral O projeto será desenvolvido tanto pelos estudantes
Implantar ações de revitalização do pequeno lago como pela comunidade local. Caberá realizar um
situado na comunidade de Tanque Grande, bem trabalho de conscientização dos estudantes quanto a
como a conscientização da comunidade para deixar tomarem medidas que visem a promoção de uma
de poluí-lo e aproveitá-lo como fonte de renda e escola preocupada com a conservação do meio
sustentabilidade; ambiente. Para tanto, iremos desenvolver ações de
coleta seletiva utilizando a reexão de textos e as
lixeiras coletoras da coleta seletiva para que o lixo
Objetivos Específicos
produzido pelos próprios estudantes seja enviado
Sensibilizar as pessoas a construir fossas sanitárias
para a reciclagem.
adequadas em suas residências.
As pessoas da comunidade serão convocadas para
Realizar o reorestamento ao redor do pequeno
entenderem o seu papel como propagadoras de um
lago, promovendo um ambiente mais agradável
ambiente sem poluição e sobre a importância de
com o ar mais puro contribuindo para a saúde de
construção de fossas adequadas em suas residências.
toda a comunidade local.
O poder público será acionado para fazer as ações
Utilizar técnicas apropriadas para restabeleci-

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


devidas quanto a revitalização do pequeno lago.
mento da água deste “tanque” de forma que
Durante o projeto os estudantes desenvolverão ações
possa ser aproveitado pelos membros do local
de reorestamento ao redor tanto do “tanque” como
tanto como uma fonte de renda, como uma fonte
também próximo à escola, estimulando a termos um
de lazer.
ambiente com ar mais puro e menos poluído.
Conscientizar a comunidade sobre a importância
de manter o pequeno lago sempre limpo, sem
causar-lhe degradação como benecio para a
própria comunidade.

Público Alvo
O s estudantes do 6° ao 9° ano e a comunidade local.

57
TEMA TERRA

Compostagem, reutilizando o lixo orgânico.


Projeto Lixo não é só lixo!
Escola Estadual Rural Taylor-Egídio reduz o uso de pesticidas e a necessidade de utilizar
Município de Itagí - NRE 22 adubos. Ecologicamente falando a prática da
compostagem é muito importante, pois reutilizar o
Leonardo Douglas Menezes de Almeida
lixo orgânico evita que o mesmo seja depositado em
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
lixões, o que gera a produção de gases prejudiciais ao
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
meio ambiente.
Professores Orientadores:
Como visto, a compostagem domiciliar permite
Maria Aparecida de Jesus Santose
diminuir, mesmo que minimamente, os impactos
Paulo Eldebrando Miranda
causados pelo descarte incorreto do lixo orgânico,
Colaboradores do Projeto: além de prover uma terra adubada para cultivo, que
Letícia Coelho obtemos sem nenhum gasto relevante e reaprovei-
Inocência do Carmo Braz tando o que jogaríamos fora.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Desta forma, a partir dos estudos realizados para


preparação da conferência infantojuvenil pelo meio
Objetivo Geral
ambiente pelos alunos do 7º ano, cujo tema foi:
Sensibilizar a comunidade do entorno da escola para Vamos cuidar da ERTE com ações sustentáveis,
o reaproveitamento e reciclagem do lixo orgânico surgiram os seguintes questionamentos: Como a
doméstico, estimulando mudanças de atitudes por escola pode estimular os alunos e comunidade local
meio de práticas sustentáveis de educação ambiental ao reaproveitamento e reciclagem dos resíduos
e ações voltadas à melhoria da qualidade de vida e do orgânicos? Que destino útil poderia dar aos resíduos
meio ambiente. orgânicos produzido pelos moradores do entorno da
escola,visto que o lixo orgânico produzido na própria
Justificativa escola já é utilizado na alimentação dos animais que
A compostagem é um processo biológico que são criados nos viveiros?
transforma matéria orgânica, como restos de Portanto, em sendo a Escola Estadual Rural Taylor-
comida, folhas de papel em um material semelhante Egídio uma unidade de ensino para estudantes do
à terra, o composto. Sua utilização enriquece o solo campo, esta proporciona aos educandos práticas de
com material orgânico, o que melhora a fertilidade, atividades agrícolas e de avicultura, desta forma,

58
TEMA TERRA

para a criação de uma base de compostagem, há III. Confecção de uma Composteira;


necessidade de rmar parceria com as famílias do IV. Coleta dos resíduos orgânicos domésticos dos
bairro que,após serem sensibilizadas sobre os moradores do entorno da escola;
benefícios que o uso de adubo orgânico traz ao solo e
V. Fechamento do Projeto com plantio de mudas e
a nossa saúde, serão convidadas a contribuir com o
doação do composto para os “doadores” e
projeto, separando uma vez por semana o lixo
colaboradores.
orgânico produzido nas suas casas e doando-os aos
“agentes coletores” nos dias pré-estabelecidos. Os
grupos de alunos se revezarão entre a coleta e o revire Recursos
do material composto sob a supervisão e orientação Para a aplicação e desenvolvimento do referido
dos professores. projeto, necessitaremos de um espaço adequado
Desta forma, este projeto visa exercitar a capacidade para a confecção da Composteira; 6 recipientes de
de unir os desaos globais aos locais, denindo res- plástico (baldes) para coleta dos resíduos; Impres-
ponsabilidades pessoais e coletivas entre Escola e sora; 10 a 20 folhas sultes; Fita adesiva ou cola; 5 a
Comunidade, possibilitando ações concretas de 10 vasos médios; Caixa de madeira ou de PVC com
sustentabilidade. capacidade de aproximadamente 7 litros; Restos de
alimentos; Folhas de Jornal; Água; Húmus; terra para
Ao nal do processo, cada colaborador receberá uma

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


plantio.
amostra do fertilizante orgânico como incentivo a
continuar participando e ao mesmo tempo terão
descontos na compra das hortaliças produzidas e Avaliação
vendidas na escola. O colaborador receberá uma A avaliação da aprendizagem deve ser realizada de
carteirinha simbólica que lhe dará direito ao maneira contínua, sistemática e integral durante
desconto nas compras. Encerraremos o Projeto com todo o processo de ensino e aprendizagem. No
plantio de mudas de plantas utilizando o composto processo de avaliação deverão ser observados o
proveniente da composteira com adição de terra. comportamento dos alunos em seus domínios
cognitivos, afetivos e psicomotores através de
Metodologia diferentes técnicas e instrumentos, prevalecendo os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Para
O Projeto será dividido em cinco etapas:
tanto, na avaliação deste projeto deverá ser
I. Apresentação do Projeto e levantamento de
priorizado além do conhecimento, a atenção, o
conhecimentos prévios;
interesse, a habilidade, a responsabilidade, a
II. Sensibilização da comunidade no entorno da participação, a pontualidade e assiduidade na
escola e cadastramento dos colaboradores; realização das tarefas.

59
TEMA TERRA

Cronograma de Execução

AÇÃO OBJETIVO PERÍODO RESPONSÁVEL

Direção, Coord. e
Apresentação do Projeto e Sensibilizar os educandos em relação outubro a Professores de
levantamento de conhecimentos ao tema proposto. novembro agricultura e
prévios dos educandos. 2013 ciências e alunos
do 7º ano

Iniciar o processo de reutilização do Professores de


Escolha do local onde será instalada outubro a
lixo orgânico, respeitando as agricultura e ciências
a base de compostagem. dezembro
características da área da escola. e alunos do 7º ano
2013

Divulgar o projeto para os moradores Professores de


Socialização da proposta do projeto vizinhos á escola através de conversas fevereiro agricultura e ciências
e distribuição de folders informativos 2014 e alunos do 7º e 8º ano

Criar chas de cadastro dos Professores de


Cadastro das famílias interessadas fevereiro
moradores contendo informações de agricultura e ciências
em contribuir com o projeto 2014
nome, endereço e dia de coleta. e alunos do 7º e 8º ano
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Incentivar as pessoas que


colaborarem com o projeto coma fevereiro a
alunos do
Carteira de colaborador março
entrega de carteiras que darão direito 7º e 8º ano
2014
a descontos na compra das verduras.

Explicar aos participantes que


visitarem a escola como funciona o Quando
alunos do
Troca de experiência processo de compostagem, ocorrer
7º e 8º ano
incentivando-os a construir bases de
compostagem em suas casas

Doar pequenas porções do composto Ao nal


de cada alunos do
Recompensando os colaboradores nal as pessoas que contribuírem
processo de 7º e 8º ano
como projeto
compostagem

Utilizar do composto proveniente da abril a


Fechamento do Projeto com plantio alunos do
composteira com adição de terra para junho
de mudas. 7º e 8º ano
o plantio de mudas 2014

60
TEMA TERRA

Realização da I Conferência Infantojuvenil Pelo Meio Ambiente na Escola Estadual Rural Taylor-egídio (ERTE)

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Escolas
sustentáveis e Com - Vida: processos formativos em
educação ambiental. Ouro Preto: Ufop, 2010

61
TEMA TERRA

Agroecologia
Projeto Sustentabilidade Ambiental
na Educação Escolar Indígena,
R e s p o n s a b i l i d a d e d e To d o s
Escola Estadual Indígena Angelo Pereira Xavier
Para o desenvolvimento do projeto contamos com a
Município de Glória - NRE 24 colaboração da FUNAI e do Instituto Sabiá que nos
Wagner Alexandre Oliveira de Araújo forneceram os subsídios necessários para a
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio implantação da horta e plantação de modas.
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis

Colaboradores do Projeto: Justificativa


Elaine Patrícia de Sousa Oliveira Desde muito tempo os homens vêm buscando
Rozilene Silva Sá
estabelecer estilos de agricultura menos agressivos
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

ao meio ambiente, capazes de proteger os recursos


Apresentação naturais e que sejam duráveis no tempo, tentando
A preocupação com a preservação do meio ambiente, fugir do estilo convencional de agricultura que
nunca esteve tão em evidência como nos últimos passou a ser hegemônico, a partir dos novos
anos por causa da modernização da agricultura que descobrimentos da química agrícola, da biologia e da
vem aplicando prática extremamente prejudicial ao mecânica, ocorridos no início do século XX.
meio ambiente. Neste ambiente de busca e construção de novos
Diante desse fato, a Escola Estadual Indígena Ângelo conhecimentos, nasceu a agroecologia, como um
Pereira Xavier, sentiu a necessidade de buscar formas novo enfoque cientíco, capaz de dar suporte a uma
mais sustentáveis de produção: a agroecologia. O transição a estilos de agriculturas sustentáveis e,
presente projeto tem a nalidade de sensibilizar a portanto, contribuir para o estabelecimento de
comunidade escolar e local da importância de uma processos de desenvolvimento rural sustentável. A
alimentação saudável, através do plantio na escola de partir dos princípios ensinados pela agroecologia
plantas frutíferas, medicinais e de horta escolar passaria a ser estabelecido um novo caminho para a
valorizando o conhecimento indígena pankararé e construção de agriculturas de base ecológica ou
sua relação com a natureza. sustentáveis.

62
TEMA TERRA

Existem várias conceituações para a agroecologia. desempenhado na forma de ensinamento


Entre elas, destacamos que a agroecologia pode ser participativo, vem como um novo método de
entendida como um manejo ecológico dos recursos inserção dos alunos do fundamental II, no contexto
naturais, através de formas de ação social coletiva, da aplicação agroecológica de produção, através da
com propostas de desenvolvimento participativo, construção de hortas escolares, plantas frutíferas e
desde as formas de produção até a circulação medicinais, ocinas de caráter interdisciplinar além
alternativa de seus produtos, estabelecendo relações de estudos que envolvam o meio ambiente.
entre produção e consumo capazes de encarar a crise
ecológica e social. Objetivos
A agroecologia deve ser compreendida em uma
Objetivo Geral
dimensão integral onde as variáveis sociais ocupam
Desenvolver e consolidar sistema produtivo agroeco-
um papel muito relevante. As relações estabelecidas
lógico, valorizando o conhecimento local e cultural.
entre os seres humanos e as instituições que as
regulam constituem na peça chave dos sistemas Objetivos Específicos :
agrários, que dependem do homem para sua
Compreender os conhecimentos, saberes,
manutenção, respeitando ainda os sistemas de
práticas e estratégias do povo Pankararé, no que
conhecimento local e tradicional, onde reside o

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


se refere às experiências agroecológicas;
potencial endógeno que garante a dinamização da
biodiversidade ecológica e sociocultural. Cultivar alimentos e plantas medicinais no espaço
escolar com vista à melhoria da qualidade da
Compreendemos que a agroecologia é um sistema de
alimentação, tornando-a saudável;
produção que procura imitar os processos como
ocorrem na natureza, evitando romper o equilíbrio Respeitar a natureza considerando-se parte dela,
ecológico que dá a estabilidade aos ecossistemas buscando meios para sua valorização e conser-
naturais. É uma tradição fundada em conhecimentos vação, utilizando-se dos meios agroecológicos;
praticados pela maioria das culturas antigas em todo Desenvolver o respeito e o sentimento do trabalho
o mundo e pelas comunidades que vivem em contato coletivo, fortalecendo as responsabilidades e a
mais próximos com a natureza, como é o caso de nós cooperação no projeto agroecológico.
indígenas. Produzir composto orgânico de qualidade para
No âmbito educacional, novas formas de ensino uso nas plantas e hortas;
pedagógico estão surgindo, principalmente aquelas Produzir na escola alimentos de qualidade.
que possuem um papel além da ocupação da sala de
aula como meio de aprendizado escolar. Assim, o
processo de implantação de atividades diferenciadas,

63
TEMA TERRA

Público Alvo Angelo Pereira Xavier, Glória- Ba. As atividades foram


Alunos do Ensino Fundamental II | Professores | realizadas no período matutino e vespertino,
Funcionários de apoio | Comunidade local. atendendo aos alunos que estudavam no período
vespertino. Realizamos aulas teóricas em conjunto
com ocinas práticas com as seguintes abordagens:
Ações
horta escolar, educação ambiental, produção de
Implantação do projeto agroecológico na escola;
mudas e plantio de plantas medicinais e frutíferas.
Plantio de plantas e ervas medicinal no espaço
Na implantação das atividades para a construção da
escolar;
horta e do plantio das mudas na escola, procurou-se
Criação de horta escolar; estabelecer um planejamento de forma a levantar os
Conhecer e aplicar as pratica de cultivo e materiais a serem utilizados e como seria organizada
manutenção da terra segundo a cultura indígena; a mão de obra dos alunos.
Implantação de sistema de gotejamento que
atenda o tamanho da área e a diversidade Referências
existente no plantio; ALTIERI, M. A. Agroecologia: as bases científicas
Criação de mutirão para limpar e cuidar do plantio da agricultura alternativa. Rio deJaneiro:
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

agroecológico. PTA/FASE, 1989.


CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia.
Metodologia Enfoque cientíco e estratégico. Agroecologia e
O trabalho foi implantado e desenvolvido com alunos Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre,
do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual Indígena v. 3, n. 2, p. 13-16, abr./junho. 2002.
GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos
ecológicos em agricultura sustentável. Porto
Alegre: Editora da Universidade
Cronograma de Execução
– UFRGS, 2000.
ATIVIDADES | MÊS Mar Abr Jun Jul Ago Set Out
Agroecologia: processos
1. Levantamento de literatura X
ecológicos em agricultura
2. Montagem do Projeto X sustentável. Porto Alegre:
3. Ocina Teórica X X Editora da UFRGS, 2005.
4. Ocinas Práticas X X
5. Plantio das mudas e horta X
6. Apresentação Final

64
TEMA TERRA

Projeto J a r d i n a g e m : Va l o r i z a n d o
o Meio Ambiente Escolar

Centro Educacional Carneiro Ribeiro


1950) e diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos
Município de Salvador - NRE 26
e Pesquisas Educacionais – 1951-1964), com a nali-
Alexander Santos dade de proporcionar uma educação em tempo
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio integral às crianças e adolescentes da região da
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
Liberdade, bairro popular de Salvador. A revitalização
Bruno Oliveira Cova do espaço no ano de 2002, ressignica o olhar acerca
de sua proposta político-pedagógica, com a criação
Professor Orientador
de novos núcleos e vivências na Escola Parque,
Colaboradores do Projeto: valorizando a interface dos pressupostos anisianos
Lucas Oliveira com as demandas do contexto social atual.
Estenio Enrique Ribeiro de Oliveira
Na atualidade, o Centro oferece ao educando dias
Eliete Ribeiro

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


inteiros em atividades divididos em dois períodos: um
Uiré Lopes Penna
Silvana Carvalho turno seguindo a matriz curricular do núcleo comum
Lucas Oliveira e diversicada, nas Escolas-Classe e no Colégio Álvaro
Alexander Santos Augusto da Silva; em turno oposto, o aluno desen-
Tatiana Sampaio volve atividades da parte diversicada do Currículo,
Fabiana Souza Quintela efetivadas através dos seguintes Núcleos da Escola
Tatiana Sampaio Parque: Informação, Comunicação e Conhecimento;
Maíra Fróes Núcleo de Pluralidade Artística; Núcleo de Pluralidade
Lutgard Macêdo Esportiva; Núcleo de Artes Visuais; Núcleo de
Gedean Ribeiro Jardinagem; Núcleo de Alimentação; e Núcleo de
Projetos Especiais.
Este trabalho trata do Projeto de Ação do Núcleo de
Apresentação Jardinagem do Centro Educacional Carneiro Ribeiro -
O Centro Educacional Carneiro Ribeiro (CECR) foi Escola Parque apresentado na IV Conferência Nacional
idealizado e planejado por Anísio Teixeira, quando Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. O projeto foi
Secretário de Educação do Estado da Bahia (1947- construído a partir do elemento Terra como eixo

65
TEMA TERRA

estruturante enfocando a revitalização das áreas Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais do


verdes no ambiente escolar, com a valorização de Ministério da Educação (BRASIL, 1997), trabalhar o
espécies botânicas nativas brasileiras. A Jardinagem tema meio ambiente é contribuir para a formação de
aqui é desenvolvida como um instrumento para a cidadãos conscientes, críticos e com habilidades para
Educação Ambiental. Manejando os espaços ajardina- atuarem diretamente na realidade socioambiental de
dos da Escola Parque, valorizamos a conservação dos forma comprometida com a vida, tanto em nível local
recursos naturais e a elevação da qualidade de vida da como global.
comunidade escolar. A tomada de consciência frente à Os jovens necessitam modicar sua relação com o
temática ambiental é o que se espera alcançar dos meio ambiente e para tanto é necessário construir
envolvidos neste projeto ao nal do trabalho. conceitos, atitudes e procedimentos onde se valorize
os recursos naturais. Uma questão de sobrevivência
Justificativa está em jogo: Caso esta mudança atitudinal não ocor-
ra, a existência da espécie humana corre sério risco.
Um número considerável de estudantes da rede
pública demonstra uma relação afetiva supercial Frente ao exposto, consideramos de crucial impor-
com o meio ambiente. Infelizmente, seus referenciais tância o desenvolvimento do projeto
culturais são expressos numa visão de mundo “Jardinagem: Valorizando o Meio Ambiente Escolar”.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

utilitarista. Criam o sentimento de “não pertenci- As ações envolverão a prática da jardinagem como
mento” ao meio ambiente, comprometendo o uma proveitosa alternativa de trabalho junto à
equilíbrio de seus componentes e por consequência, comunidade escolar.
sua sobrevivência e a de seus descendentes.
Compreender a crise ambiental na qual estamos Objetivos
inseridos atualmente sob a perspectiva de suas
origens (individualismo, capitalismo, consumismo e Objetivo Geral
desvalorização da natureza), nos confere a possibi- Sensibilizar o estudante a perceber, interagir, cuidar e
lidade de desenvolver uma capacidade crítica de respeitar a natureza através do desenvolvimento de
nossas ações em relação ao ambiente natural habilidades na área da Jardinagem.
(RUSCHEINSKY, 2002).
Objetivos Específicos
Considerando a importância da temática ambiental
dentro de um espaço social como a escola é possível Divulgar a proposta “Jardinagem: Valorizando o
vivenciar meios efetivos para que o cidadão Meio Ambiente Escolar” para outras escolas
compreenda os fenômenos naturais, as ações baianas e brasileiras, através da IV Conferência
humanas e suas consequências para toda Biosfera. Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente;

66
TEMA TERRA

Situar a Jardinagem como instrumento de Uiré Lopes Penna (Núcleo de Jardinagem – Escola
melhoria da qualidade de vida do cidadão; Parque);
Criar condições para a defesa do meio ambiente e Fabiana Souza Quintela (Núcleo de Jardinagem –
a promoção do desenvolvimento sustentável, Escola Parque);
através do manejo das áreas verdes da Escola Maíra Fróes (Núcleo de Jardinagem – Escola
Parque, valorizando a biodiversidade nativa; Parque);
Lutgard Macêdo (Núcleo de Jardinagem – Escola
Relacionar os elementos envolvidos no funciona-
Parque);
mento de Comunidades Biológicas, utilizando a
Silvana Carvalho (Núcleo de Pluralidades
reciclagem e a compostagem como instrumentos
Artísticas – Escola Parque);
de redução de impacto na natureza;
Eliete Ribeiro (Núcleo de Artes Visuais – Escola
Promover o sentimento de cooperação e coleti- Parque);
vidade no manejo das áreas ajardinadas da escola; Tatiana Sampaio (Colégio Estadual Anísio Teixeira)
Reconhecer os equipamentos e materiais utiliza-
dos na Jardinagem para a aplicação das técnicas Metodologia
básicas de manejo e conservação dos jardins.
A proposta deste projeto é desenvolver atividades de

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


manejo das áreas verdes da Escola Parque com
Publico Alvo estudantes do ensino fundamental, matriculados no
Alunos (6° ao 9° ano), professores e funcionários do Centro Educacional Carneiro Ribeiro - Escola Parque e
Centro Educacional Carneiro Ribeiro - Escolas Parque Escola Classe II, além do Colégio Estadual Anísio
e Classe II e Colégio Estadual Anísio Teixeira. Teixeira. A intenção é que este projeto atinja o maior
número possível de pessoas: estudantes, funcio-
Escolas Envolvidas: nários e professores.
Escola Parque;
Escola Classe II;
Colégio Estadual Anísio Teixeira.

Professores Envolvidos:
Gedean Ribeiro (Diretor da Escola Parque)
Estenio Enrique Ribeiro de Oliveira (Núcleo de
Jardinagem – Escola Parque);
Bruno Oliveira Cova (Núcleo de Jardinagem –
Escola Parque);

67
TEMA TERRA

As ações se iniciaram no dia 17 de Agosto de 2013 e As soluções possíveis, tais como, poda, revolvimento
terão duração de um ano com a coordenação do Prof. do solo, eliminação de ervas daninhas, dentre outras,
Estenio Ribeiro e os professores da Ocina de vem sendo efetivadas. O diagnóstico e as soluções
Jardinagem. A culminância deverá ocorrer ao nal de propostas compuseram o Plano de Manejo das Áreas
um ano após o início das atividades. Verdes da Escola Parque.
Inicialmente houve a sensibilização da comunidade I CIJMA da Escola Parque
da Escola Parque através da apresentação da
Durante os dias 27 e 28 de Agosto foi realizada a I
proposta de trabalho, discussão das tarefas a serem
Conferência Infantojuvenil de Meio Ambiente do
realizadas, bem como consultas orientadas em
CECR – Escola Parque. Os estudantes entre 11 e 14
diversas fontes (internet, livros, revistas, jornais),
anos das escolas que compõe o CECR se reuniram na
aulas de campo, exibição de lmes e vídeos.
Escola Parque para debater o plano de ação, dentro
Com o objetivo de conhecer a realidade da paisagem da proposta estadual: “Vamos cuidar da Bahia com
da Escola Parque, o grupo foi dividido em equipes escolas sustentáveis”, com o objetivo de contribuir
que se dirigiram para diferentes zonas previamente para a construção de um futuro sustentável para suas
delimitadas em sua área territorial, sob a tutela de um escolas e comunidades. O projeto foi construído a
professor da Ocina de Jardinagem. As equipes partir dos elementos Terra, Fogo, Água e Ar dentro da
foram formadas por alunos, professores e funcioná-
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

perspectiva “a revitalização das áreas verdes no


rios, que elaboraram um diagnóstico de sua área de ambiente escolar com a valorização de espécies
trabalho para, em seguida, propor soluções. botânicas nativas brasileiras” como principal foco de
atuação do evento.
Zoneamento das Áreas Verdes da Escola Parque
Após a apresentação das propostas de transfor-
mação da escola em um espaço educador
sustentável, foi formada a Comissão de Meio
Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA) do CECR –
Escola Parque. Após as inscrições dos candidatos
ocorreu a eleição do delegado e suplente a
representarem o CECR na I Conferência Regional
Infantojuvenil de Meio Ambiente. Finalizando as
atividades, realizou-se intervenção em uma das áreas
verdes da Escola Parque, com o plantio de espécies
nativas brasileiras como o Pau-Brasil (Caesalpinia
echinata Lam), o Pau-Ferro (Caesalpinia ferrea

68
TEMA TERRA

IV CNIJMA - Escola Parque II Conferência Estadual Infantojuvenil


Delegado: Lucas Oliveira | Suplente: Alexander Santos pelo Meio Ambiente
No dia 16 de Outubro de 2013, foi realizada no
COM-VIDA – Escola Parque:
Instituto Anísio Teixeira, a II Conferência Estadual
Estudantes: Allana Santos|Milena Casaes|Yan Araújo InfantoJuvenil pelo Meio Ambiente onde o suplente
Professores: Bruno Cova| Estenio Enrique de Oliveira| Alexander Santos defendeu o projeto da Escola
Tatiana Sampaio Parque para os representantes das escolas de toda
Bahia classicadas para a etapa estadual do evento.
Apesar de não ter sido selecionado para a defesa do
projeto da Escola Parque na etapa nacional da
Conferência, nossa escola foi convidada a compor a
delegação da Bahia em Brasília/DF.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


IV Conferência Nacional Infantojuvenil
Pelo Meio Ambiente
A IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
I Conferência Regional Infantojuvenil
Ambiente foi realizada em Brasília, no período de 23 a
Pelo Meio Ambiente
28 de novembro de 2013. O suplente da Escola
No dia 04 de Outubro de 2013, foi realizada na Escola
Parque, Alexander Santos compôs a delegação da
Parque, a I Conferência Regional InfantoJuvenil pelo
Bahia, que juntamente com representantes de
Meio Ambiente onde o delegado Lucas Oliveira e o
escolas de todo o país participou de ocinas com
suplente Alexander Santos defenderam o projeto da
diversos temas dentro da proposta da Conferência,
Escola Parque para os representantes das escolas
nalizando as atividades com a elaboração de uma
pertencentes às DIRECs 1A e 1B, sendo classicados
Carta de Responsabilidades, com diretrizes para
para etapa estadual do evento com o projeto mais
nortear a implementação de escolas sustentáveis no
votado pela plenária.
Brasil, entregue ao poder executivo do país.

69
TEMA TERRA

Referencial Teórico As atividades da I Conferência Infantojuvenil de Meio


Ambiente (I CIJMA), do Centro Educacional Carneiro
O ambiente escolar proporciona inúmeras possibili-
Ribeiro (CECR) – Escola Parque se desenvolveram
dades de desenvolvimento ao indivíduo, fundamen-
durante os dias 27 e 28 de Agosto de 2013, como uma
tais para que o sujeito torne-se consciente e capaz de
das etapas da IV Conferência Nacional Infantojuvenil
alterar as condições sociais em que vive. Como ser
de Meio Ambiente. É um evento voltado para o
social, o homem, passa a construir sua história a partir
fortalecimento da cidadania ambiental na escola e na
da apropriação dos objetos culturais construídos pela
comunidade, a partir de uma educação crítica,
humanidade e se constitui como ser humano por meio
participativa, democrática e transformadora. Trata-se
das relações que estabelece com os ambientes sociais
de um processo dinâmico de encontros e diálogos,
em que vive. Desde o nascimento, o indivíduo é social-
para debater os temas propostos, deliberar
mente dependente do outro para que possa entrar em
coletivamente e escolher os representantes que
um processo de desenvolvimento histórico, cultural e
levaram as ideias consensuadas, para as etapas de
social e, consequentemente constituir-se como sujeito
integração entre outras escolas baianas e brasileiras.
social (VYGOTSKY, 1989).
Envolver estudantes, professores, juventude e
Apesar de a educação ambiental ser uma disciplina comunidade no enfrentamento do desao de
relativamente nova, sua importância vem crescendo construirmos juntos, uma sociedade educada e
na mesma proporção em que aumenta a percepção educando ambientalmente para a sustentabilidade, é
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

do público quanto à gravidade da perda da o principal objetivo dessas atividades.


biodiversidade. A denição da educação ambiental é
dada no artigo 1º da Lei nº 9.795/99 como “os
processos por meio dos quais o indivíduo e a Considerações Finais
coletividade constroem valores sociais, conhecimen- As atividades propostas neste projeto tiveram como
tos, habilidades, atitudes e competências voltadas principal culminância a apresentação na IV
para a conservação do meio ambiente, bem de uso Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e Ambiente. É com satisfação que armamos o sucesso
sua sustentabilidade”. inicial da proposta, que ainda foi valorizada para toda
Através deste contexto, a Jardinagem, enquanto Arte e comunidade escolar como uma experiência exitosa.
Ciência, assume seu papel transformador na Estimular o estudante a perceber, interagir, cuidar e
reconstrução de valores sociais e através do respeitar a natureza, através da Jardinagem é um
desenvolvimento das aptidões de seus estudantes na desao que transpõe os muros do ambiente escolar e
área a Ocina de Jardinagem, da Escola Parque, busca deve ser enfrentado de forma contínua. Neste
o desenvolvimento de novas atitudes de valorização contexto, acreditamos que este seja apenas o
do meio ambiente, pautada na proposta da Educação primeiro passo para construção de uma Escola
Ambiental no ambiente escolar (BRASIL, 2007). Parque Sustentável.

70
TEMA TERRA

Cronograma de Execução
ATIVIDADES | MÊS Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
Levantamento de literatura X X X X X X X X X X X X
Montagem do Projeto X X
Socialização do Projeto na Escola X X X
Elaboração Plano de Manejo X X X
I CIJMA - Escola Parque X
I Conferência Regional X
II Conferência Regional X
IV CNIJMA - Conferência Nacional X
Execução Plano de Manejo X X X X X X X X
Elaboração Relatório Final X X X

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Referências
BAHIA. Secretaria do Meio Ambiente. Programa de Soraia Silva de Mello, Rachel Trajber]. – Brasília:
Educação Ambiental do Estado da Bahia: PEABA. Ministério da Educação, Coordenação Geral de
Salvador: EGBA, 2013. 168p. Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente,
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Departamento de Educação Ambiental : UNESCO,
Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 2007. 248 p.
Nacionais: Meio Ambiente e Saúde. Brasília: MEC, ESCOLA PARQUE (site ocial): Extraído de:
Secretaria de Educação Fundamental, 1997. [http://www.escolaparquesalvador.com.br], acesso
BRASIL. Lei n. 9795, de 27de abril de 1999. Dispõe em [Abril de 2014].
sobre a educação ambiental, institui a Política RUSCHEINSKY, Aloísio (Org.). Educação Ambiental:
Nacional de Educação Ambiental e dá outras Abordagens Múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
providências. Brasília: Ministério da Educação. 183 p.
BRASIL. Vamos cuidar do Brasil: Conceitos e Práticas VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São
em Educação Ambiental na escola/ [Coordenação: Paulo: Martins Fontes, 1989.

71
TEMA FOGO
Lágrimas no sertão
Autor: Joabson Amorim Félix
Colégio Estadual Ourolândia
Por causa da tua estupidez De onde veio tanta ganância
NRE 16 – Ourolândia/BA
Acabou-se o tatu e o veado Tanta fome de poder
Vejo meu lar ser destruído O mundo entregue à arte
Essa tarde em minha casa
E tenho que car calado Do consumo e do prazer
Entrou um beija-or
Pousou em minha janela Dos meus olhos Chega de tanto sofrimento
E desse jeito me falou Em vez de lágrimas caem Chega de tanta tristeza
sangue Pois a terra em que vivemos
Ó, poeta do sertão,
E dentro do meu peito É rica por natureza
Tu que brincas com as palavras
A tristeza se esconde
Peço permissão Poeta, termino aqui
Pra entrar em tua morada Pois todo dia tem Contando o nosso lamento
desmatamento Mas será que em teu peito
Eu venho de um lugar
Queimadas e devastação Ainda brota sentimento?
Onde a terra trinca de dura
Enquanto vocês riem
E a sua raça é vista O beija-or sumiu
Caem lágrimas do sertão
Como a pior das criaturas No meio da imensidão
As lágrimas que tocam o chão Pedindo a Deus uma prece
Criatura hipócrita
Regam a caatinga Mande chuva pro sertão.
Sem alma nem coração

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Fazendo brotar tristeza
Que tem ira nos olhos
No corpo da nossa menina
E vingança nas mãos

NRE 05
Obra: Aquecimento Global
Autor: José Ferreira Santos
Município: Almadina
Colégio Estadual Senador
Luis Viana Filho
73
TEMA FOGO

Projeto Luz natural, as Clarabóias


Colégio Estadual Agripino de Barros Justificativa
Município de Caravelas - NRE 07 Clarabóias podem reduzir a necessidade da luz
João Ricardo Ferreira Santos articial dentro do local. Elas também podem ajudar
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio a aquecer as salas nos dias frios por causa da luz do
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis sol que percebe-se em nossos dias.
Iara Janser Soares Delgado A clarabóia é uma ótima opção pelo fato de ser
Professora Orientadora econômica, poupando energia sustentável e ecoló-
gica, pois aproveita os raios solares e reete no
ambiente desejado, podendo ser colocada em quase
todas as partes da escola ou também de uma casa,
empresa ou nos shoppings.
A escola estaria ajudando a Bahia, o Brasil, o Mundo
dando os seus primeiros passos à essa realidade que é
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

uma causa que deve ser abraçada, com certeza à


Apresentação natureza e os futuros habitantes do nosso país.
Este projeto será aplicado no intuito de identicar e Com o dinheiro poupado, outras situações da escola
conscientizar a todos sobre o meio ambiente, poderiam ser resolvidas e melhoradas.
conhecendo o tema geral dado o fogo. O fogo pode
estar relacionado à energia e isso pode estar relacio-
Objetivo
nado ao uso da luz natural: no caso, as clarabóias.
Implantar as clarabóias na escola porque podem
As clarabóias são aberturas existentes na parte
economizar cerca de 50% na energia usada pelas
superior das casas ou edifícios que possibilitam uma
lâmpadas e ajudará o meio ambiente. Elas fornecem
melhor iluminação natural, podem ser de diversos
mais luz natural em uma sala com custos de
tipos e formatos como vidro, plásticos e metais. Pelo
eletricidade zero. Podem poupar dinheiro, além de
uso dos raios solares nessas placas é dado o tema luz
reduzir a necessidade de iluminação elétrica. A sua
natural: as clarabóias.
desvantagem é que quando o dia está chuvoso,
O livro Bahia, Brasil - Espaço, ambiente e cultura con- reete menos luz, o que escurece um pouco
têm informações interessantes referente ao uso da ambiente. Isso não é um problema porque mesmo
clarabóia. Gostamos, pois, dessa forma, concluímos chovendo o ambiente não cará escuro, pois ela
que as clarabóias tem grande eciência. reetirá toda luz que está ao seu redor.

74
TEMA FOGO

Público Alvo decoração de um ambiente bem iluminado.”


Onduline Brasil.
O público atendido são as escolas, casas, comércios,
mais principalmente a nossa escola, pois ajudará “A especificação correta leva em conta muitas
muito por que mesmo de dia é necessário ligar as variáveis. Se a escolha não é feita segundo critérios
lâmpadas por questão da localização das janelas nas técnicos, o desempenho fica comprometido e pode
salas de aula. ficar caro corrigir erros depois que o vidro já foi
instalado, adverte Remy.
Todos os professores, diretores, administração,
coordenação e fundamentalmente os alunos. O vidro mantém sua integridade física e transpa-
rência, mesmo após anos de uso e de exposição às
mais variadas condições climáticas e a produtos
Metodologia
químicos e limpeza. Além disso, seu aspecto estético
Pesquisando, descobrimos que as clarabóias ofere- é nobre e sua versatilidade permite aplicação, sob
cem 30% a mais de iluminação ao um lugar mal ilumi- medida para cada situação”, ressalta Remy.
nado ou mesmo pode aumentar a claridade do lugar.
Além da versatilidade do vidro, a evolução tecno-
Na situação da Escola Estadual Agripiniano de Barros lógica de coberturas as clarabóias são diretamente
é necessario instalar clarabóias nas laterais superior e ligadas à criação de novos pers para acomodação,
que possam ser abertas, pois além da iluminação, estruturação e vedação. A mais avançada tecnologia

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


também necessita de ventilação. do segmento e as coberturas retráteis automatizadas
Sendo benéco nos dois sentidos, arejando o local e possibilitam a abertura de metade ou 2/3 do vão. “A
iluminando-o. abertura é total, sem perfis, ou seja, sem interferência
visual, com acionamento manual ou automatizado”.
Revista Vidro Impresso Edição, Outubro/2010.
Referencial Teórico
Entrevistando Miller Ramon - eletrotécnico local, ele
explicou que não podemos abandonar uma fonte de
energia e car com outra, basta sabermos unir as
duas e utilizálas da forma mais correta e eciente,
usando a luz natural de dia e as lâmpadas à noite.
“Muitas pessoas imaginam que a clarabóia é apenas
uma alternativa para a falta de janelas. No entanto,
poucos sabem que a abertura superior ilumina até
oito vezes mais que uma janela do mesmo tamanho.
Dessa forma, ela pode ser uma grande aliada na
Esquema de uma sala se tivesse a aplicação das clarabóias

75
TEMA FOGO

Considerações Finais
O presente trabalho teve como objetivo a economia mento de coleta de dados, através de entrevista e
de energia. O desenvolvimento deste projeto permi- pesquisa documental.
tiu a aplicação de uma metodologia simples, embora Pesquisando, eu pude concluir ao longo deste
bastante ampla, utilizando as clarabóias para dimi- trabalho que pode ser também aplicado outros
nuir os gastos da escola. métodos, tais como a telha de Eternit transparente e
Para alcançar os objetivos, realizaram pesquisas bibli- a Telha Translúcida Romana Ecologic Lux, da Vasatex,
ográcas e de observação com emprego de instru- que leva plástico pet reciclado.

Cronograma de Execução
PERÍODOS
ATIVIDADES
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1. Levantamento de Literatura X
2. Montagem do Projeto X
3. Coleta de Dados X X
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

4. Tratamento dos Dados X X X


5. Elaboração do Relatório Final X X
6. Revisão do Texto X
7. Entrega do Trabalho X

Apresentação do projeto na II Conferência


Estadual Infantojuvenil do Meio Ambiente
Salvador, Bahia, 2013
Referências
Sites Pessoas
www.faohp.com/benecios-de-claraboias.htm/ Arthur Scoeld - Arquiteto
pt.wkipipedia.org/wiki/clarabóia Miller - Eletrotécnico
http://pt.diyexplore.com/claraboia/vantagens-e-
Livros
desvantagens-de-claraboias-casa
http://www.italinealaquadratta.com.br/blog/clarabo Bahia, Brasil- Espaço, ambiente e cultura
ia.html Dicionário Aurélio

76
TEMA FOGO

Projeto Nossa Praça Nossa Vida


Colégio Estadual Princesa Isabel
Município de Salvador - NRE 26
onde a partir das observações feitas neste logra-
Adélia Alcântara douro, proporão intervenções e atendimento dos
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio poderes públicos, para que a comunidade local e da
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
cidade possam usufruir melhor deste espaço.
Professores Orientadores: Posteriormente, farão observações nesta Unidade
Rafael Gibout Escolar, registrando e propondo soluções.
José Carlos Morais

Colaboradores do Projeto: Justificativa


Alana Gonçalves Baseado em aspectos da Agenda 21, o plano de ação
Bianca Avelino mundial para criar um novo modelo de desenvolvi-
Bruna dos Santos mento econômico, social e ambientalmente
Evelyn Santana sustentável que resulte em melhor qualidade de vida

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Jônatas Dias para a humanidade e atenda às necessidades e
Nandabele Silva aspirações das atuais e futuras gerações dentro do
Projeto Mudanças Ambientais Globais é de grande
importância pensar em agir na escola e para o bem
estar da comunidade.
Apresentação Os professores de Artes e Língua Portuguesa,
O Colégio Estadual Princesa Izabel, esta localizada no respectivamente, José Carlos Moraes e Rafael Gibaut,
bairro da Cidade Nova e tem o intuito de realizar um juntamente com Adélia Alcântara, Alana Gonçalves,
trabalho para a comunidade escolar, objetivando a Bianca Avelino Bruna dos Santos, Evelyn Santana,
formação do cidadão, além das bases curriculares. Jônatas Dias e Nandabele Silva, um grupo de alunos
A instituição propõe atividades extracurriculares e do 9º ano, do Colégio Estadual Princesa Izabel,
interdisciplinares, partindo deste princípio foi uniram-se no propósito de buscar soluções para a
proposto este projeto, que abrange diversas Praça Caldas Barbosa, no bairro da Cidade Nova, com
disciplinas e tem como ponto de partida a Praça o intuito de sensibilizar toda a comunidade,
Caldas Barbosa, local próximo ao Colégio e de conscientizando sobre seu papel como agente de
passagem obrigatória por quase todos os alunos, transformação social.

77
TEMA FOGO

Objetivos Ao nal será realizado um relatório e um lme


(slides) com sugestões práticas;
Identicar e analisar elementos ligados ao desen-
volvimento social, econômico e ambientalmente Finalizada esta etapa, as observações e
sustentável; intervenções, ocorrerão nesta Unidade Escolar.

Sensibilizar e educar os alunos e a comunidade


sobre o respeito com o próximo;
Informar a população sobre as consequências de
excessos que colocam em risco saúde e bem estar
público.

Público Alvo
Alunos do 9º ano do Colégio Estadual Princesa Izabel

Metodologia
A partir da identicação dos problemas, os alunos
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

irão propor as estratégias de melhorias, dividindo o Localização da Praça Caldas Barbosa


trabalho em grupos e da seguinte forma:
1º grupo tratará de problemas causados pela má
utilização da ÁGUA; Referencial Teórico
2º grupo focará nos problemas ligados ao AR; Os alunos pesquisarão, nos computadores desta
3º grupo observará questões relativas ao Unidade Escolar, os quatro temas propostos, AR,
consumo de energia (FOGO); FOGO, TERRA e SOLO baseados nas propostas do
4º grupo tratará de questões ligadas ao uso do Projeto Mudanças Ambientais Globais – PENSAR e
solo (TERRA); AGIR na escola e na comunidade;
Os grupos visitarão a Praça Caldas Barbosa, no Farão visitas à Praça Caldas Barbosa, no Bairro da
Bairro da Cidade Nova, fazendo registros, escritos Cidade Nova para lmar em um ângulo de 360º,
e fotográcos, para discussões posteriores; observando os aspectos positivos e negativos
Os grupos irão realizar exposições das imagens existentes nesta localidade. Após a lmagem, tirar
captadas neste logradouro, fazendo as fotos em ângulos de 45º cada trecho da praça, para
intervenções possíveis e dentro daquilo que foi uma melhor visualização dos espaços que sofrerão
pesquisado; alguma intervenção e que atenda aos desejos da

78
TEMA FOGO

comunidade, como: a ampliação da área verde, o relatório e junto com as imagens trabalhadas, esco-
funcionamento correto do comércio informal, a lherá um aluno (a) para apresentar a escola e para os
higienização (tratamento de esgotos e resíduos membros da comunidade e Associação de Moradores;
sólidos) nas áreas de acesso para idosos e decientes Depois desta apresentação e das discussões, os
físicos, aproveitamento eciente da água pluvial alunos enviarão uma solicitação de intervenções para
(captação), sinalização horizontal e vertical e outros os seguintes órgãos:
possíveis problemas enfrentados pela comunidade
SUCOM- Superintendência de Controle e
neste espaço;
Ordenamento do Uso do Solo do Município;
Depois da visita, lançarão no computador as imagens
SUCOP- Superintendência de Conservação e
para serem trabalhadas. Usarão o Photoshop, visua-
Obras Públicas de Salvador;
lizando todos os detalhes, observando como a praça
está e como pode ser transformada para que a TRANSALVADOR - Superintendência de Trânsito e
comunidade, no seu dia a dia, possa usufruir da Transporte de Salvador;
melhor forma desse espaço. Finalizaremos com um LIMPURB- Empresa de Limpeza Urbana de
Salvador.
Com os conhecimentos adquiridos nesta etapa,
faremos observações e intervenções nesta

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Unidade Escolar.

Considerações Finais
A partir das experiências realizadas, esperamos
permitir que os discentes do 9º ano, do Colégio
Princesa Izabel, possam explorar o pensamento
Antes Depois
reexivo crítico sobre o meio ambiente;
sensibilizar para o respeito ao próximo com
aspectos relacionados ao meio ambiente;
contribuir para uma melhor qualidade de vida
da comunidade local e atuar de forma efetiva na
formação e aprimoramento do cidadão.

Antes Depois

Propostas de intervenção na praça desenhadas no photoshop

79
TEMA FOGO

Cronograma de Execução
ATIVIDADES
Mês 1. Formação e Orientação das equipes
Mês 2. Pesquisa Bibliográca sobre os elementos
que serão trabalhados

Mês 3. Observação da estrutura física da Praça


Mês 4. Construção e discussão sobre as
possíveis intervenções

Mês 5. Apresentação dos resultados à comunidade


e autoridades competentes

Referências
Programa de Educação Ambiental do Estado da
Bahia PEA – BA;
Professores: Moraes e Rafael
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Governo do Estado da Bahia Secretaria do Meio


Ambiente SSA/BA, 2013;
Vamos cuidar do Brasil com Escola Sustentáveis p/
pensar e agir em tempos de mudanças sócias e
ambientais globais. Portal MEC
www.mec.gov.br/secadi.Formando Com – Vida;
Comissão do Meio Ambiente e qualidade de vida na
Escola. Construindo Agenda 21 na Escola MEC,
coordenação – Geral de Educação Ambiental. 2012;
Ciranda das Águas – República Federativa do Brasil
Ministério do Meio Ambiente, ;
Política Estadual de Educação Ambiental.Governo
do Estado da Bahia - Secretaria do Meio Ambiente.

Apresentações em sala de aula

80
TEMA FOGO

Escola, comunidade e ambientes sustentáveis

Projeto Conscientização sobre o


Desmatamento e Queimadas

Colégio Municipal Wilson Lins qualidade de vida do ser humano e dos demais seres
Município de Palmas de Monte Alto - NRE 13 vivos. Neste caso, faz-se necessário que a escola
proponha novos caminhos que leve a uma reexão e
Gleison Robi Santana Magalhães nova relação com o meio ambiente.
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
A principal função desse projeto de intervenção com
o subtema fogo é contribuir para a formação de
Professores Orientadores: cidadãos conscientes, capazes de decidirem e
Maria Carmem da Silva Magalhães Teixeira atuarem de forma sustentável e comprometido com
Tatiana Magalhães Batista Mangueira a vida e com a sociedade local.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Colaboradora do Projeto: Diante disso, é preciso que a escola trabalhe a forma-
Andreinna Araújo dos Santos Alves ção de valores e atitudes, desenvolvendo ações de
sensibilização, reorestamento que busca a conserva-
ção e proteção do meio ambiente e dos seres vivos.
Assim, tenta responder os seguintes requisitos básicos:
Apresentação
O quê? Por quê? Para quê? Como? Com quem?
O presente projeto visa sensibilizar a comunidade Quando? Além de buscar uma fundamentação nas leis
escolar a respeito da restauração do ambiente ambientais e autores que tratam dessas questões.
degradado no entorno de nossa escola, para que
possamos utilizá-lo, de forma sustentável, repen-
sando nossas ações do presente olhando para um
Justificativa
futuro melhor, pois durante toda nossa vida nos Pensar em uma escola sustentável, por meio da
beneciamos do meio ambiente sem se preocupar educação ambiental, exige estudo e dedicação por
com a preservação dos recursos que a natureza nos parte de toda a comunidade escolar para criação de
oferece e devido a esse uso sem controle, boa parte uma cultura de sustentabilidade, a partir do
do ambiente já foi destruído, desmatado e fortalecimento de hábitos e comportamentos
incendiado causando sérios danos e diminuindo a sustentáveis na escola, na família e na comunidade.

81
TEMA FOGO

Assim quando recebemos a proposta para um futuro melhor.


desenvolver a Conferência Infantojuvenil pelo Meio As queimadas trazem prejuízos, naturais, econômicos
Ambiente na escola zemos estudos sobre todos os e a saúde humana. Segundo Freitas (2010), após uma
subtemas: água, ar, solo e fogo, contudo percebemos queimada, ca constatada uma perda excessiva de
que o problema maior que assola a comunidade local nutrientes do solo, além de exterminar os micro-
é a questão do desmatamento e queimadas e que as organismos presentes que garantem sua fertilidade, o
outras questões são de escassez da água, poluição e que resulta no empobrecimento do solo.
degradação do solo e poluição do ar é conseqüência
Portanto, numa visão global, as queimadas são
do desmatamento e da queimada.
avaliadas naturais e uma prática cultural, difícil de ser
O uso do fogo como ferramenta agrícola decorre suprida, todavia se forem analisadas as normas para
desde a pré-história. A utilização do fogo de maneira queimadas controladas e a população cooperar,
produtiva foi fundamental para o ser humano adotando mais cuidado ao lidar com fogo as
começar sua trajetória rumo à civilização e embora, estatísticas seriam bem menores.
com o passar dos tempos, este uso passou a ter
Diante disso, iremos desenvolver ações de
consequências danosas para o meio ambiente e ao
sensibilização / conscientização que visam o controle
homem, devido a forma como as pessoas se utilizam
consciente do uso do fogo, a distribuição de
desta ferramenta de manejo sem controle.
sementes e mudas de plantas nativas para a
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Dessa forma, um trabalho de sensibilização, realização do reorestamento das áreas degradadas


conscientização da comunidade a respeito da no entorno da escola e comunidade local.
importância de evitar desmatamento e queimadas,
da necessidade de preservação das matas, resolveria
ou resolverá 70% de todos os problemas ambientais Objetivos
envolvendo todos os subtemas, pois a preservação
Objetivo Geral
das matas está inteiramente ligada à preservação dos
demais recursos naturais. Sensibilizar a comunidade escolar a respeito da
restauração do ambiente degradado no entorno de
Partindo desse princípio, após estudo e discussão
nossa escola, para que possamos utilizá-lo de forma
com toda a comunidade escolar, foi escolhido por
sustentável, repensando nossas ações do presente,
meio de votação, o subtema Fogo na escola
olhando para um futuro melhor.
sustentável, na perspectiva de sensibilizar a comuni-
dade escolar a respeito da restauração do ambiente Objetivos Específicos
degradado no entorno de nossa escola para que
Compreender que o desmatamento e as quei-
possamos utilizá-lo de forma sustentável.
madas aceleram a degradação do meio ambiente
Repensando nossas ações do presente, olhando para
e prejudica a saúde das pessoas;

82
TEMA FOGO

Conhecer e participar de ações de prevenção e Público Alvo


combate ao desmatamento e às queimadas em
As pessoas envolvidas nesse processo serão toda
nossa região;
comunidade escolar: alunos, professores, funcio-
Instruir os alunos a terem uma postura crítica em nários da escola, pais de alunos e voluntários que
relação aos desmatamentos, poluição e aceitem envolver nesse desao.
biodiversidade, bem como as espécies ameaçadas
de extinção;
Metodologia
Conscientizar a comunidade sobre a importância
Principais ações pensadas, apontadas serão:
dos aceiros.
a escola em parceria com a Secretaria de Educação
e Secretaria da Agricultura irá promover palestras,
a m de conscientizar a comunidade escolar sobre
os malefícios causados pelo desma-tamento e
queimadas.
distribuição de sementes e mudas de plantas
nativas em extinção à comunidade para reores-
tar áreas ao redor da escola, do rio e nas casas dos

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


moradores desta comunidade.

Referencial Teórico
Suplente e Delegado
Apesar das leis existentes, as queimadas são os
principais problemas ambientais da contemporanei-
dade são responsáveis pela destruição ou modi-
cação signicativa das matas. Assim, as queimadas
trazem prejuízos para a ora e podem também afetar
a vida dos animais.
Além disso, as queimadas e desmatamentos vêm
sendo banais entre todo o mundo, apesar de não
poder desmatar e muito menos queimar as matas, as
pessoas ainda continuam a fazer isso e infelizmente
as árvores que são derrubadas não voltam para o
lugar. Segundo Ferreira (2006), a destruição da
Professoras orientadoras do projeto

83
TEMA FOGO

vegetação orestal nativa do Brasil, tem ocorrido nos consolidado por meio da Comissão Mundial sobre o
diversos ciclos de implantação de culturas e Meio Ambiente, foram lançadas em 1987,
pastagens sendo o último deles o da monocultura concebidas como o desenvolvimento que satisfaz as
canavieira. necessidades presentes sem comprometer a
Oliveira (2000) assevera que a legislação ambiental capacidade das gerações futuras de suprir suas
brasileira é bastante extensa, mas considerada uma próprias necessidades. A Constituição Federal
das melhores do mundo. O mesmo autor arma que determina ainda que a propriedade rural cumpra a
para a defesa do meio ambiente, existem sua função social, atendendo simultaneamente aos
instrumentos legais em grande quantidade. De fato, seguintes requisitos: aproveitamento racional e
o Brasil possui um conjunto variado de dispositivos e adequado; utilização adequada dos recursos naturais
instrumentos legais que prevê a regulamentação de disponíveis e preservação do meio ambiente;
proteção, controle e gestão ambiental. observância das disposições que regulam as relações
de trabalho e a exploração que favoreça o bem-estar
Lei 10.547/00 dene procedimento, proibições,
dos proprietários e dos trabalhadores (artigo 186).
estabelece regras de execução e medidas de
precaução a serem obedecidas quando do emprego Além disso, de acordo com o Artigo 250, do Código
do fogo em práticas agrícolas, pastoris e orestais e Penal, queimar qualquer coisa em ambiente aberto é
dá outras providencias correlata. considerado crime, além de causar problemas à
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

saúde e uma poluição absurda. O Código Penal


Nesta lei, “Artigo 1º, § 3º – A partir de 09 de julho de
nomeia crimes como as queimadas de “crimes contra
2003, ca proibido o uso do fogo, mesmo sob a
a incolumidade pública”, veja o que o Código Penal
forma de queima controlada para queima de
diz sobre esse assunto: Art. 250: Causar incêndio,
vegetação ou queima de qualquer espécie contida
expondo a perigo a vida, a integridade física ou o
numa faixa de mil metros de aglomerado urbano de
patrimônio de outrem. Pena: reclusão, de 3 (três) a 6
qualquer porte, delimitado a partir do seu centro
(seis) anos, e multa.
urbanizado ou de quinhentos metros, a partir do seu
perímetro urbano, se superior.” Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de 2008,
regulamenta dispositivos da Lei no 11.428, de 22 de
O artigo 225, da Constituição Federal Brasileira,
dezembro de 2006, que dispõe: emitida pelo órgão
assegura a todos os humanos o direito e proteção ao
ambiental competente.
meio ambiente ecologicamente equilibrado como
bem coletivo, indicando ainda o dever de defesa Art. 12. O plantio ou o reorestamento com espécies
deste meio para os presentes e futuras gerações. nativas independem de autorização do órgão
(MILARÉ, 2004, p. 149-150), arma que as bases do ambiental competente.
princípio do desenvolvimento sustentável, conceito Artigo 12 do Decreto nº 6.660, de 21 de Novembro de

84
TEMA FOGO

2008, parágrafo único. O plantio e o reorestamento natureza inevitavelmente tende a ser insustentável
de que trata este artigo para atividades de manejo (PAIVA, 2010).
agroorestal sustentável, poderão ser efetivados de A Declaração Final da Conferência das Nações Unidas
forma consorciada com espécies exóticas. sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 (2012,
Assim, é preciso trabalhar e fazer uso dos recursos parágrafo 3), ressalta o termo desenvolvimento
naturais de forma sustentável, sem agredir o meio sustentável, reconhecendo a importância para a
ambiente, sem colocar em risco a vida do ser humano humanidade.
e dos demais seres vivos. O desenvolvimento Reconhecemos que os povos estão no centro do
sustentável não implica na busca de uma condição de desenvolvimento sustentável e, nesse sentido,
permanente harmonia, mas sim num contínuo trabalhamos por um mundo justo e equitativo para
processo de transformação em que a orientação dos todos, e nos comprometemos a trabalhar juntos, por
investimentos, o desenvolvimento de novas tecnolo- um crescimento econômico sustentável que benecie
gias e a exploração dos recursos estejam de acordo a todos, pelo desenvolvimento social e pela proteção
com as necessidades atuais e futuras da sociedade. do ambiente favorecendo o interesse de todos.
O termo desenvolvimento sustentável foi criado Portanto, as matas têm fundamental importância
no ano de 1987, pela ex-ministra da Noruega, Gro sobre o clima, a água, o ar e o solo. A importância das
Harlem Brundtland, e pode ser denido como:

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


orestas sempre foi compreendida pela sociedade,
“Aquele que atende às necessidades do presente, sem mas apenas nas ultimas décadas que esse assunto
comprometer a possibilidade de as gerações futuras começou a ter mais relevância, devido ao apareci-
atenderem suas próprias necessidades, como mento das consequências negativas que estamos
também é uma forma de otimizar o uso racional dos percebendo em nossa qualidade de vida, devido o
recursos naturais e a garantia de conservação e do desmatamento e queimadas de forma exagerada.
bem estar para as gerações futuras “. (FERNANDES,
2000, p.03).
Considerações Finais
A concepção de desenvolvimento sustentável tem
No decorrer do estudo, discussão e elaboração deste
como questão básica o ser humano, visando suprir
projeto, visamos o desenvolvimento de ações que
suas necessidades e anseios de forma a harmonizar o
possam sanar ou amenizar os danos causados ao
desenvolvimento econômico e a conservação
meio ambiente, especicamente o dano causado
ambiental. Para tanto, é preciso admitir que os
pelas queimadas que durante os últimos anos
recursos naturais sejam nitos, a humanidade
apresentam altos índices aqui em nossa região, nosso
depende desses recursos e, consequentemente, o
município, consequentemente em nosso estado,
modo de produção que não respeita os limites da
devido o desmatamento em função da produção do

85
TEMA FOGO

carvão, apresentando a liberação de poluentes ao Referências


meio ambiente.
Constituição Federal /1988.
Assim, após estudos do subtema fogo, percebemos
DOCUMENTO. Declaração Final da Conferência das
que a realidade aqui está diretamente ligada a essas
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
questões e que é possível o uso de recursos naturais
(RIO+20): O futuro que queremos. Rio de Janeiro,
de forma sustentável, por meio de reexões e ações
2012.
em conjunto, buscando evitar desmatamento,
queimadas e realizando o reorestamento das áreas FERREIRA, D. F. (1996) Análise Multivariada.
ao redor da escola e comunidades locais. Material UFLA. Minas Gerais. Apontes de Aulas.

Portanto, no decorrer do trabalho, analisamos a FREITAS, Eduardo


situação ao redor da escola, notamos como o homem http://www.alunosonline.com.br/geograa/queimad
vem destruindo as matas para produção do carvão e as/ 2013.
pensamos em soluções mais possíveis, a sensi- MILARÉ, E. Direito do Ambiente: doutrina,
bilização / conscientização da comunidade escolar, jurisprudência, glossário. São Paulo: RT, 2004.
distribuição de sementes e mudas nativas e utilizan- Ministério da Educação Ministério do Meio
do as matas de forma sustentáveis sem causar danos Ambiente | CNIJMA - IV Conferência Nacional
ao meio ambiente e fazendo reorestamento.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente.


Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006.
Lei 10.547/00
OLIVEIRA, João Hélvio R. de. Legislação Ambiental
Aplicada às Organizações. Apostila. Doutorado
UFSC – INISC. 2000.
PAIVA, Elizama Cavalcante de. Indicadores sociais e
econômicos do bairro Bom Jardim, periferia de
Fortaleza – CE, 2010.
RIBEIRO, Helena, ASSUNÇÃO, João Vicente. Efeitos
das Queimadas na saúde humana. Estudos
Avançados [online]. 2002, vol.16, n.44, pp 125-
148.ISNN 0103-4014.

86
TEMA FOGO

Q u a t r o e l e m e n t o s : A r, Á g u a , Te r r a e F o g o

Projeto Da realidade à Sustentabilidade

Escola Municipal São Paulo


Município de Luís Eduardo Magalhães - NRE 11 mento sustentável, visando à conservação do meio
Larissa Stefanello ambiente. A busca por novas alternativas precisa ser
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio planejada e ter início o quanto antes, buscando a
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis conscientização das pessoas para esse novo conceito.
As atividades econômicas precisam continuar, os
países precisam crescer economicamente, porém o
Apresentação ideal é que se leve em conta a proposta do
Desenvolvimento sustentável são ações capazes de desenvolvimento sustentável que é a qualidade e não
suprirem as necessidades da geração atual, sem a quantidade, a redução do uso de matérias-primas e

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


comprometer a capacidade de atender às neces- produtos, a reutilização e a reciclagem.
sidades das futuras gerações. São as ações que não
esgotam os recursos naturais para o futuro, ou seja, Justificativa
tem tudo a ver com nosso cotidiano, com as nossas
São grandes os desaos a enfrentar quando se
atitudes e com o nosso comprometimento com o
procura direcionar as ações para a melhoria das
meio ambiente e com o futuro das novas gerações. É
condições de vida no planeta Terra. Um deles é
muito importante estarmos atentos no presente para
relativo à mudança de atitudes na interação com o
que possamos garantir um futuro prospero e feliz
patrimônio básico para a vida humana: O MEIO
para todos.
AMBIENTE.
Para alcançarmos um desenvolvimento sustentável é
O Projeto: “Vamos cuidar do Brasil com Escolas
preciso ter planejamento e consciência de que os
Sustentáveis” justica-se pela necessidade de
recursos naturais são nitos, tudo o que a natureza
mudarmos nossos hábitos e atitudes em relação ao
nos oferece hoje, pode não existir amanhã. Tudo que
meio ambiente onde podemos encontrar e aproveitar
fazemos hoje terá consequência no futuro.
todo o espaço que ele oferece, bem como seus
O desenvolvimento econômico precisa ser visto de recursos que acabam sendo desperdiçados por falta
uma nova forma, a partir do conceito de desenvolvi-

87
TEMA FOGO

de conhecimento e incentivo de como utilizá-los na uma construção conjunta do conhecimento,


íntegra, um exemplo disso é o não uso de talos e apropriando-se ainda de novos saberes.
cascas de legumes e verduras. Torna-se necessário que os alunos vejam na escola um
Nossa escola se localiza na zona rural, e, é privilegiada espaço de lazer e que gostem de estar nela. João
por ter em seu pátio muitos elementos e recursos da Francisco Regis de Morais defende a ideia de que a
natureza que pretendemos aproveitar no desenvolvi- tarefa da educação é “romper o divórcio entre a vida
mento deste projeto. Contamos também com áreas escolar e o prazer” (apudGADOTTI, 1995).
próximas riquíssimas em fatores bióticos e abióticos
que nos auxiliarão na construção e desenvolvimento Objetivos
do projeto.
Objetivo Geral
Assim, através de uma educação contextualizada
Desenvolver, acompanhar e assumir a Educação
buscaremos conscientizar nossos alunos e toda
Ambiental na escola através da sustentabilidade de
comunidade escolar, mediando à construção do
forma permanente envolvendo a comunidade escolar
conhecimento sustentável que gera qualidade de
e o entorno onde vivemos para pensar nas soluções
vida sem ser preciso sair de sua ambiência.
dos problemas atuais e na construção de um futuro
O sucesso desse projeto depende do envolvimento de
desejado por todos.
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

todo o corpo discente e docente da escola municipal


São Paulo, sendo que cada um terá sua parcela de Objetivos Específicos
contribuição e colaboração tornando-se parceiros Manter coerência entre o discurso, os conteúdos e
proativos e representantes das ações a serem a prática, bem como, assumir responsabilidades
desenvolvidas no transcorrer do projeto. pelos impactos causados e buscar compensá-los
com ações corretas e tecnologias adequadas.
Referencial Teórico Ajudar nosso aluno aprender, pensar e agir para
As interrelações colaborativas, desenvolvidas dentro construir o presente e o futuro com criatividade,
e fora do espaço escolar, podem contribuir para o fortalecer e dar apoio às ações jovens, para que os
desenvolvimento de processos cognitivos de seus mesmos se sintam capazes e valorizados nas
participantes e ao mesmo tempo estimular as decisões tomadas.
relações que dizem respeito às diferenças culturais Contribuir para que outras pessoas aprendam
presentes em toda a sociedade. Neste processo, os com nossas experiências, bem como, transformar
alunos ao interagirem de forma colaborativa, fazem a sala de aula em um ambiente vivo, aconche-
negociações, compartilham materiais, produtos, gante, acolhedor, bonito, inclusivo e motivador
observações, conhecimento anterior, desenvolvem de ações e atitudes sintonizadas com a sustenta-

88
TEMA FOGO

bilidade socioambientais. recursos naturais possíveis de serem explorados e


Mobilizar a escola, para que dela surjam frutos usados, para enriquecermos nosso trabalho.
importantes para as políticas públicas em defesa As atividades realizadas terão ações teóricas e
da vida e do planeta terra. práticas, sendo em ambiente externo e interno da
Buscar parceria para tornar o projeto fortalecido escola como: sala de aula, biblioteca, sala de
em suas ações tomadas desenvolvendo atitudes informática, pátio, rua e quintais de casas vizinhas.
voltadas para amenização e solução dos Algumas das atividades que serão aplicadas durante
problemas de acordo com dados coletados. o 2º semestre de 2013 são:
Utilizar materiais alternativos para a construção Assistir documentário “A ilha das Flores” e “Lixo
de minis-robôs nas aulas de robótica. Extraordinário”, em seguida, responder questionário
para levantamentos de dados de como anda o meio
ambiente em nosso entorno.
Cronograma
Pesquisa de campo, bibliográca, internet e outras
O presente projeto terá início no segundo semestre
fontes. (sobre a bacia hidrográca, rios e seus
do ano de 2013, provavelmente no mês de agosto e
auentes onde estamos inseridos).
perdurará por dois anos até a próxima Conferência
Nacional Infantojuvenil Pelo Meio Ambiente-CNIJMA. Visitas de observação da realidade realizada na

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


empresa de reciclagem de Luis Eduardo Magalhães.

Metodologia Palestras com agentes públicos ambientais, jogos,


dinâmicas, produções textuais e confecção de frases,
O desenvolvimento do projeto terá início no 2º
slogan sobre o tema do projeto
semestre do ano de 2013 se estendendo por dois
anos, até a próxima Conferência Nacional Infantoju- Realização de paródias, confecção de cartilhas e
poemas abordando o tema.
venil do Meio Ambiente. No transcorrer do mesmo
poderá ocorrer mudanças e alterações necessárias Criação de caixas de compostagem e minhocário
nas atividades bem como nos seus objetivos, que são para adubação orgânica.
exíveis, podendo assim ser redenidos sempre que
6º ANO: ar - coleta seletiva
preciso for.
Sempre se estudou e muito se falou em coleta seletiva
Os alunos serão divididos em grupos de acordo com
na escola, chegamos a fazer a coleta seletiva, mas na
os subtemas: água, ar, terra e fogo, sendo que cada
hora de dar um destino correto para o lixo, não
grupo irá realizar estudos, fazer diagnósticos e
tínhamos onde entregar os materiais coletados e
levantamento de dados para construir e desenvolver
selecionados.
as ações do subtema escolhido. Usaremos todos os

89
TEMA FOGO

Agora juntamente com a Secretaria do Meio 8º ANO : solo - horta escolar


Ambiente de LEM, podemos tornar possíveis nossas A escola possui um pátio amplo, que comporta a
ações, os alunos e toda a comunidade escolar se construção de uma horta escolar, onde professores e
encarregarão de realizar em sua residência a alunos terão a oportunidade de conciliar teoria e
separação do lixo reaproveitável e quinzenalmente prática desenvolvendo trabalhos na produção de
trazer até a escola para que o mesmo seja recolhido hortaliças e legumes fazendo a manutenção e dando
por uma empresa responsável, dando um destino os devidos cuidados à produção devera ser
correto e adequado para os materiais descartáveis, aproveitada na merenda escolar em parceria com os
essa coleta também visa retorno nanceiro para a responsáveis pela mesma, havendo sobras iremos
escola. E assim deixarão de car espalhado pelas ruas vender as hortaliças e fazer caixa para a escola,
causando poluição e entulhos causadores de aplicando esses recursos na compra de materiais
enchentes, gás metano e outros mais. escolares.

7º ANO: água - produção de mudas de árvores 9º ANO: fogo - produção de geleias


É comum consumirmos os frutos e jogarmos fora as No pátio da escola bem como nos lotes vizinhos,
sementes, de agora em diante nossas ações irão existem várias árvores frutíferas que nem sempre são
mudar, iremos coletar as mesmas, fazer o plantio em aproveitados seus frutos, e seguidamente é preciso
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

viveiros e canteiros sustentáveis, dando o cuidado fazer a poda dessas árvores frutíferas e também de
necessário para que elas germinem e se desenvolvam, sombra, essa poda se transforma em “entulhos”, pois
ai deverão ser transplantadas em tubetes e saquinhos os galhos secos não são aproveitados e acabam
plásticos para serem distribuídas e também sendo queimados para limpar os lotes, queima essa
comercializadas para arrecadarmos dinheiro para a que provoca poluição devido a forte fumaça
escola, vale salientar que serão produzidas também produzida, então a ideia que tivemos e a ação que
mudas de árvores para sombra e reorestamento no vamos desenvolver são a coleta dos frutos, a
entorno da localidade, diminuindo a erosão, as higienização dos mesmos e o preparo para fazermos
enchentes e amenizando o calor excessivo dos raios geleias aproveitando assim toda a fruta que estiver
solares e o efeito estufa. Aproveitaremos as mudas em boa qualidade, usaremos fogões a lenha que será
que nascem naturalmente ao redor das árvores ao oferecida em parcerias com pais ou responsáveis dos
cair suas sementes, e assim poderemos arborizar os alunos. A lenha a ser queimada será dos galhos secos
locais baldios da nossa comunidade, bem como as retirados das podas. As geleias produzidas deverão
margens dos rios vizinhos à nossa comunidade, ter uma boa qualidade sendo orientadas e
tornando o ar mais puro e saudável. inspecionadas pela nutricionista da Prefeitura.
Iremos buscar uma parceria com os responsáveis pela

90
TEMA FOGO

distribuição da merenda escolar se há possibilidade


de servirmos as mesmas no lanche dos alunos,
tornando-o mais saudável e gostoso. Se a produção
for em larga escala faremos a comercialização em
feiras e no comércio local, dentre outros estabeleci-
mentos comerciais, revertendo a verba para melhoria
da nossa escola.

Referências
GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico
Brasileiro, São Paulo, Atila 1995.
MUNIZ, Cristian. PAE Programa de Assistência ao
Estudante – São Paulo Biblioteca Integrada 2010

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


91
TEMA ÁGUA
Rio Agonizante
Autor: Uilian da Rocha Bispo
Colégio Estadual Evandro Brandão
NRE 03
NRE 02 – Caculé/BA Obra: Ser harmonia
Autor: Renê Martins Leite
Nasci por dádiva divina Município Barra da Estiva
Minha missão é gerar vida Colégio Estadual Getúlio Vargas

Mas esse homem imprudente


Me abate e me fragiliza.

Ah!! Sou mais que um rio


Sou o vinho, sou o pão
Sou uma vida que agoniza
Nas “entranhas” do sertão.
Meu destino é natural
Vou em busca do oceano

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


O problema são os venenos
Que aos poucos vão me matando.

Mas insisto em percorrer


Mesmo com tantos descaminhos
As veredas, serras e vales.
Vou cumprindo o meu destino.

Esse é o meu apelo


Contínuo e suplicante
É o grito desse “Velho”
“Velho Chico” viajante!!

93
TEMA ÁGUA

Projeto Re a p r ove i t a m e n t o d a á g u a
da pia da cantina
Colégio Senhor Francisco de Castro Alves mento de escassez de água e isso reete diretamente
Município de Mirante - NRE 20 nas escolas, nos domicílios, no comércio e em toda a
comunidade de modo geral.
Jaqueline Alves de Oliveira
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Um exemplo disso ocorre no colégio onde há
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis constantemente pouca quantidade de água nos
bebedouros. Reconhecendo a importância do
Professoras Orientadoras:
referido recurso o presente projeto aborda um tema
Flávia Araújo
que parece não ser importante aos olhos da
Maria Celina Barros
sociedade, que é a necessidade de reaproveitar a
Ozana Lélia
água. O problema em estudo é “o desperdício de
Colaboradores do Projeto: água na cantina da instituição de ensino Senhor
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Agnailma de Jesus Francisco de Castro Alves”.


Andreia Silva Oliveira
O projeto será desenvolvido pelos estudantes com
Maria Aparecida Oliveira
parceria de comerciantes da cidade, secretaria de
Regiane Maria da Silva
educação, prefeitura municipal e a comunidade.
Renata Barbosa Santos

Justificativa
Escolheu-se esse tema devido ao desperdício de água
Apresentação
que acontece diariamente no Colégio Senhor Fran-
A água é um recurso natural essencial a todas as cisco de Castro Alves bem como a localização da ins-
formas de vida no planeta. A distribuição de água é tituição de ensino no bioma Caatinga que tem nos
bastante irregular, principalmente a quantidade de últimos anos registrado baixos índices de chuva. Este
água doce. Muitas localidades já sofrem com essa problema não só afeta o colégio, como também a
irregularidade na distribuição de água doce e com os comunidade já que a água potável esta diminuindo a
baixos índices pluviométricos. O município de Miran- cada dia. Portanto surgiu a ideia de reaproveita-
te localizado no bioma Caatinga passa por um mo- mento da água que é utilizada na cantina.

94
TEMA ÁGUA

Objetivo Geral
Apresentar à comunidade escolar os benefícios que
o reaproveitamento da água da pia da cantina trará
ao Colégio Municipal Senhor Francisco de Castro
Alves e ao meio ambiente.

Objetivos Específicos
Reduzir o uso de água potável em serviços como
os de limpeza;
Reaproveitar a água que seria desperdiçada na
intenção de tornar o espaço escolar sustentável;
Reduzir os custos com a conta de água da escola.

Fundamentação Teórica
A água é um bem natural composto por hidrogênio e

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


oxigênio, sendo essencial para todas as formas de
vida conhecidas na terra. A molécula da água é
representada pela formula H2O. A água ocupa mais
de ¾ partes da superfície terrestre. Sem a água não
haveria vida, cerca de 65% do corpo humano é
composto por água.
A água pode ser reaproveitada e existem várias
formas de reaproveitamento bem sucedidas; uma
das formas mais conhecidas é o reaproveitamento
Metodologia
da água inservível. Reutilizar a água é de funda-
mental importância para o meio ambiente e para a Uma vez identicado o problema estudado, desta-
economia dos diversos segmentos sociais. cou-se as ações a serem realizadas:
1. pesquisa em sites e livros que aborde o tema;
2. escolha do problema do desperdício da água da
pia da cantina e a proposição da intervenção de
V.
reaproveitar essa água.

95
TEMA ÁGUA

3. Realização de um experimento de teste de Cronograma


reaproveitamento da água;
08 a 22 de Agosto de 2013
4. aquisição de caixa d'água com capacidade de 500
a 1000 litros onde a água após tratamento será Escolha do tema para o projeto, desenvolvimento do
armazenada. projeto, realização do experimento, produção de slides
e produção do projeto escrito.
5. instalação da caixa d'água e instalação dos canos
para distribuição da água. 29 de Agosto de 2013

Processo de tratamento da água da pia para retirar a Apresentação do projeto na conferência.


gordura e outros resíduos da água:
Setembro 2013
I. a água passará por uma rede que retém os resíduos
maiores e por uma camada de britas grossas (cerca Aquisição da caixa d'água e canos PVC.
de uma lata que equivale a 20l) que concentram os
resíduos sólidos que permanecem; Dezembro 2013

II. o trabalho de retenção de poluentes é feita através Caixa d'água instalada, encanamentos e demais
de camadas de britas medias, nas (uma lata 20l) e materiais já xados.

carvão (um pacote de 2kg);


Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

III. a água agora sem resíduos passa por uma camada


de areia (uma lata de 20l);
Referências Bibliográficas
IV. para nalizar, a água já “tratada” passa apenas por
outra camada de algodão (quantidade indeter- http//www.clicrbs.com.br
minada) que ira tirar o excesso de pó por conta da http//www.sua pesquisa. Com / Reusa-agua
camada de areia;
http/www.wicpédia.com
e a água já estará pronta para ser usada em ns já
Livro: Moderna enciclopédia de pesquisar, consultar e
predestinados;
aprender.

96
TEMA ÁGUA

Projeto Re u t i l i z a ç ã o d a Á g u a d a C h u va
p a ra F i n s N ã o Po t á ve i s

Colégio Estadual Sesquicentenário


Município de Itabuna - NRE 05
Justificativa
Nathalia dos Santos Nunes Para isso, deniu-se o objetivo de propor um projeto
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio com potencial de ajuda no tema, agregando nele a
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis educação ambiental e realização de projetos, dois
Professores Orientadores: dos ramos mais em evidência na área da gestão.
Tiago Nunes Leme Justicado no conceito de “sensibilidade ambiental”,
Rosana Ribeiro Benetton a importância do projeto também traz a tona a
necessidade da elevação de qualidade da gerência
Colaborador do Projeto: educacional, pois onde se formam conceitos através
Gabriel Silva Almeida do estudo teórico deve ser o lugar onde também se

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


ensina através de aplicações práticas do conheci-
mento que se difunde.

Objetivos
Apresentação Propor a implantação de um sistema de
O Projeto de Pesquisa “Reutilização de água da chuva reutilização da água da chuva para ns não
para ns não potáveis no Colégio Estadual potáveis no Colégio Estadual Sesquicentenário,
Sesquicentenário”, inicia-se a partir da crescente bem como promover a redução das despesas da
preocupação com este recurso natural de suma conta de águas ampliando assim a conscien-
importância à vida. Por isso, deniu-se uma situação tização de uma gestão ambiental participativa
problema ligada à escassez deste recurso para uma escola autônoma e sustentável;
juntamente com a demanda em melhoria da gestão Reduzir o consumo e, consequentemente, as
em educação no que tange às medidas de redução de despesas com água na unidade escolar;
custos para gerar a possibilidade de investimentos Promover a conscientização ambiental, no âmbito
em outras áreas. educacional, por meio da implantação de um

97
TEMA ÁGUA

projeto sustentável que possui viabilidade De acordo com o que foi exposto no 6º Simpósio
econômica; Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva,
Utilizar o projeto para difusão da gestão depois de realizadas simulações, concluiu-se que a
ambiental, abordando nas diversas áreas do captação e utilização de água de chuvas para ns não
conhecimento do currículo, principalmente nas potáveis apresentam uma alternativa viável. Nesse
disciplinas de ciências, matemática e geograa. Simpósio foi colocado que uma pessoa pode
consumir, entre 100 a 350 litros de água potável por
dia, a depender da região, desses, cerca de dois litros
Público Alvo
são utilizados realmente para beber.
Professores da área de exatas, mais especicamente
Matemática e Ciências, com a participação de outros Etapas do Projeto
professores (Geograa, História, Produção Textual Estudo Exploratório: a proposta para o projeto de
etc.), articuladores de área, Coordenação Pedagó- pesquisa tem como base metodológica a coleta de
gica, Gestores e os alunos do 9º ano do Ensino dados no ambiente escolar, tais como: o consumo de
Fundamental (8ª série) do Colégio Sesquicentenário. água; a infraestrutura; a existência de eco técnicas
com capacidade de captação de água da chuva; e o
levantamento junto à comunidade que faz uso desse
Metodologia
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

recurso. Paralelo a coleta de dados, foi feita a revisão


O Projeto de Ação: Restauração da Água da Chuva, de literatura com o objetivo de identicar atividades
para Fins Não Potáveis, no Colégio Estadual e métodos utilizados para coleta, ltragem e
Sesquicentenário, terá período de duração de 03 a armazenamento de água da chuva.
12 meses para conclusão das etapas propostas.
Preparação para Coleta Aprofundada de Dados:
Os mananciais utilizados para o abastecimento de no momento da aplicação do projeto proposto, será
água tornam-se insucientes devido ao crescimento necessário um aprofundamento no estudo da
da demanda ou tem sua qualidade comprometida, estrutura a ser construída para a coleta, ltragem e
gerando a necessidade de buscar alternativas armazenamento da água a ser captada do telhado
capazes de reverter o atual estado de uso deste da Escola, fazendo o contato com um Agrônomo e
recurso. Aí surge a possibilidade de ser avaliada a um Engenheiro Civil para realizar um projeto técnico
utilização de água de chuva para uso não potáveis, para o sistema, bem como os custos nais de
reduzindo o consumo da água gasta, no Colégio implantação do mesmo.
Estadual Sesquicentenário, situado na zona urbana Construção da cisterna de armazenamento: Serão
do município de Itabuna que é fornecida pela buscadas parcerias que viabilizem a construção e
Empresa Municipal de Água e Saneamento. implementação da cisterna de armazenamento no
âmbito do Colégio Estadual Sesquicentenário.

98
TEMA ÁGUA

Resultados e Conclusões: Os resultados serão impacto na bacia onde a água é captada (COHIM e
discutidos em aula, nas disciplinas de ciências, KIPERSTOK, 2007).
matemática e geograa, para que então haja um Para FERNANDES e GARRIDO (2002) “A nova política
debate para o estabelecimento de critérios, das para os recursos hídricos no Brasil prevê certa
conclusões nais. Nesta etapa, serão apresentadas as integração entre os três maiores setores usuários e
tabelas de consumo, de possibilidade de captação e competidores dos recursos hídricos, que são a
utilização e uma previsão de custos necessários para geração de energia elétrica, a agricultura irrigada e o
sua aplicação e a possibilidade de retorno do abastecimento urbano.”
investimento, que se dará por meio da economia da
despesa de água. Então, depois de obtidas as Referências Bibliográficas
conclusões nais, as mesmas serão apresentadas
COHIM E KIPERSTOK, A. Racionalização e reuso de
durante a realização da IV Conferência Nacional
água intradomiciliar. Produção limpa e eco-
Infantojuvenil para o Meio Ambiente de 2013. saneamento. In: KIPERSTOK, Asher (Org) Prata da
casa: construindo produção limpa na Bahia.
Referencial Teórico Salvador: 2007.
A redução do consumo doméstico de água é uma FERNANDEZ, José Carrera; GARRIDO, Raymundo
maneira bastante efetiva para a redução da captação José. Economia dos Recursos Hídricos. 1ª Edição.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


das águas naturais, do volume de esgoto e do porte Editora da Universidade da Bahia: Salvador, 2002.
do tratamento. Os benefícios da conservação da água TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de Água de Chuva
incluem a redução dos custos com o abastecimento para Áreas Urbanas e Fins não Potáveis. 2ª Edição.
de água e o esgotamento sanitário além de reduzir o São Paulo: Editora Navegar, 2003.

Cronograma de Execução
PERÍODOS
ATIVIDADES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1. Levantamento de Literatura X
2. Montagem do Projeto X
3. Coleta de Dados X X X
4. Tratamento dos Dados X X X X
5. Elaboração do Relatório Final X X X
6. Revisão do Texto X
7. Entrega do Trabalho X
Foto da Conferência do CES

99
TEMA ÁGUA

Projeto Re c i c l e A r t ' s
Ginásio Agro Industrial de Itapetinga Justificativa
Município de Itapetinga - NRE 08 A água é um bem único, necessário e nito. Ainda
não foi encontrado nenhum outro elemento que
Marcos Vinícius Silva Santos tenha suas propriedades e possa substituí-la,
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio portanto, este bem é extremamente precioso e
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
essencial para toda a vida do planeta.
Rosineide Santana Souza Malta
Há uma necessidade urgente de criar formas para
Professora Orientadora
uma utilização adequada e consciente da água para
que ela não venha a se extinguir, levando à
humanidade a catástrofe.

Apresentação Na antiguidade, os nossos antepassados faziam uso


dos bens da natureza com maior cuidado e respeito e
A utilização da água da chuva, além de trazer o
sempre procuraram utilizar bem dos recursos naturais
benefício da conservação da água e reduzir a
tirando proveito dele, sem causar danos tão nocivos.
Escola Sustentável: quais os caminhos?

dependência excessiva das fontes superciais de


abastecimento, reduz o escoamento supercial, Um bom exemplo do que estamos falando se refere a
minimizando os problemas com enchentes, forma de como o homem aproveitava a água da
buscando garantir a sustentabilidade urbana, que chuva e dela se utilizava para todos os ns. Com o
segundo Dixon, Butler e Fewkes (1999), só será desenvolvimento de cisternas de captação e
possível através da mobilização da sociedade em encanamento essa prática foi por m abandonada.
busca do uso apropriado. Diante de um quadro de desgaste, destruição e mau
O projeto Recicle Art's surgiu dessa necessidade de uso dos recursos naturais, faz-se necessário retornar
reaproveitar a água das chuvas de forma que a às práticas antigas do aproveitamento da água no
comunidade escolar do Ginásio Agro Industrial fosse intuito de preservar aquilo que de mais necessário
beneciada e pudesse passar adiante os existe a sobrevivência humana.
conhecimentos adquiridos. A pretensão foi criar mecanismos da reutilização da
“Água de boa qualidade é exatamente como água após a sua ltragem e mesmo um melhor
a saúde ou a liberdade: só tem valor quando aproveitamento da água da chuva, para utilização
acaba ". João Guimarães Rosa. menos nobre, como regar plantas, lavar calçadas,

100
TEMA ÁGUA

carros, utilização doméstica em geral que mesmo O projeto inicialmente será executado na escola, pois
sendo menos nobre são de extrema necessidade a pretensão é que nos tornemos uma escola
cotidiana. sustentável, levando a educação e instrução sobre
A cidade de Itapetinga está situada no sudoeste sustentabilidade a comunidade escolar e estendendo
baiano, a cerca de 600 km de Salvador. Pela sua a sociedade Itapetinguense.
localização geográca periodicamente é acometida
por períodos de secas climáticas e já sofre com as Objetivos
constantes faltas no abastecimento de água potável.
Objetivo Geral
A degradação ambiental, o assoreamento das
margens do principal rio da cidade, o aumento da Promover a ideia de sustentabilidade na escola e na
demanda de consumo, além do crescimento industrial cidade, estimulando atitudes sustentáveis e ecologi-
que necessita da utilização da água, em larga escala, camente corretas para o bom aproveitamento da
sem ser ainda obrigada, por lei, a fazer essa utilização água da chuva e a utilização de produtos recicláveis.
de forma correta sem causar danos irreversíveis à
Objetivos Específicos
natureza. São os muitos motivos que levaram a criação
do projeto que objetivou iniciar um consumo e Ajudar o meio ambiente com a economia de água
aproveitamento consciente da água na escola e na escola e na comunidade;

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


expandindo essa ideia a comunidade social e política. Utilizar materiais recicláveis colocando em pratica
O Projeto Recicle Art's propõe uma pequena a consciência de que a reutilização é necessária
adaptação que deve ser feita no telhado da escola para a preservação do meio ambiente;
para captação da água da chuva e através da Mudar os hábitos de utilização da água na escola
instalação de uma calha ecológica feita com garrafas expandindo à comunidade;
pets, irá captar a água, direcionando-a a um Esclarecer e instruir a sociedade através de pales-
reservatório devidamente instalado O projeto tras e conferências demonstrando a experiência
inicialmente é simples e de baixo custo por que visa do projeto na escola.
um aproveitamento bruto dessa água sem qualquer
tratamento e com o objetivo de uma utilização mais
Público Alvo
descompromissada, visto que não visa o consumo
humano, no entanto, sabemos que esse projeto pode O projeto Recicle Art's para uso na horta, banheiros e
ser estendido a nível de intervenção técnica da jardins, teve como público alvo professores,
engenharia e através de um tratamento de ltragem funcionários e alunos do Ginásio Agro Industrial,
adequados, essa água passa a fazer parte da assim como toda a comunidade do seu entorno.
utilização doméstica em geral.

101
TEMA ÁGUA

Metodologia ambiental. Por conseqüência disso, já existem países


no continente africano que estão quase sem água
O projeto de construção das calhas de garrafas PET
para a população.
aconteceu em sala de aula e nas dependências da
Escola Ginásio Agro Industrial. Participaram cerca A água é essencial para qualquer forma de vida na
três alunos, juntamente com o professor orientador. terra, desde os primórdios da vida no planeta Terra e
da história da espécie humana. As grandes civilizações
O projeto foi dividido em duas etapas:
do passado e do presente dependeram da água para
1º foi feita uma pesquisa sobre o desperdício de suprir suas necessidades de sobrevivência, desenvolvi-
água em nossa escola e no entorno e como mento cultural e econômico (TUNDISI, 2005).
reaproveitar a água das chuvas;
Todas as formas de vida existentes na Terra dependem
2º iniciou-se a construção do projeto, em como da água. Cada ser humano necessita consumir
utilizar as garrafas PET como calhas, no telhado diariamente vários litros de água doce para manter-se
da escola. vivo (BAIRD, 2002).
De acordo com Trigueiro (2005), num país tropical,
Referencial Teórico onde a incidência de chuvas é maior do que em outras
Tendo como base que a grande problemática regiões do planeta, a maioria dos brasileiros ainda
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

ambiental que têm afetado o planeta Terra é que o não se deu conta do desperdício gerado a cada chuva
homem não impõe limites para se apropriar dos e dias de chuva são associados a trânsito lento, risco
recursos naturais. A água constitui-se num produto de enchentes e outros incômodos. Mas aos poucos a
que sempre teve sua essencialidade para a vida, percepção de que a água da chuva pode ser
referindo-se a qualquer forma de vida que possa aproveitada vai aumentando. Segundo Dias (2005), a
existir, sendo a água responsável pela nutrição das água potável é um recurso natural em escassez, em
plantações, orestas nativas, inclusive atuar na muitas partes do mundo. E o aproveitamento da
permanência da biodiversidade no planeta, ou seja, água da chuva é uma das contribuições para a
para a existência da vida é necessário primeiro a sustentabilidade. A água que é captada através das
existência da água (CARNEIRO, 2003). calhas poderá ser utilizada no período de escassez.
Segundo Mota (2008), entre os recursos naturais “O manejo e o aproveitamento da água de chuva
que o ser humano dispõe a água consta como um para uso doméstico, industrial e agrícola está
dos mais importantes, sendo indispensável para a ganhando ênfase em várias partes do mundo, sendo
sua sobrevivência. considerado um meio simples e ecaz para se atenuar
Martine (1996) relata, que a questão populacional o grave problema ambiental da crescente escassez de
está despontando rapidamente como um dos água para consumo” (MAY, 2004).
maiores campos de batalhas da problemática

102
TEMA ÁGUA

Para Prado e Muller (2007), os componentes de um Referências Bibliográficas


sistema de aproveitamento de água pluvial variam de BAIRD, C.. Química Ambiental. Porto Alegre:
acordo com o uso que se pretende fazer, da Bookmam, 2. ed. 2002.
qualidade da água desejada, do espaço para as CARNEIRO, P. R. F, Dos Pântanos à Escassez: Uso da
instalações existentes e de recursos nanceiros água e Conitos na Baixada dosGoitacazes. São
disponíveis. Paulo. Rio de Janeiro, COPPE / UFRJ. 2003.
DIAS, G. F., 40 Contribuições Pessoais Para a
Sustentabilidade. SP: Gaia, 2005.
Considerações Finais
Goitacazes. São Paulo. Rio de Janeiro, COPPE / UFRJ.
A proposta de construir calhas ecológicas com
2003.
garrafas PET foi muito oportuna, pois a Conferência
GONÇALVES, Ricardo Franci et al. Uso racional da
Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente é um
água em edicações. 1. ed.
evento mobilizador e multiplicador de experiências
MOTA, S. Gestão Ambiental de Recursos Hídricos.
positivas em diferentes localidades do nosso país.
3º edição, atual, e rev. – Rio de Janeiro: ABES,
Desta forma, os objetivos de desenvolver atividades e 2008.PRADO, G. S., MULLER, M. S. K. Sistema de
práticas relacionadas às questões da conservação aproveitamento de água para
ambiental, são muito importantes. edifícios. Revista Téchne, Editora PINI, São Paulo, SP,

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Neste trabalho, buscou-se compreender o funciona- p.77-80, 01 nov. 2007.
mento de sistemas de captação da água da chuva de TRIGUEIRO, A. Mundo Sustentável. Editora Globo,
forma que a mesma possa ser aproveitada nas 2005. 302p.
atividades do dia a dia da Unidade Escolar. TUNDISI, J.G., Água no Século XXI: Enfrentando a
Escassez. São Carlos: Rima, IIE, 2. ed., 2005.

Cronograma de Execução
PERÍODOS
ATIVIDADES
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1. Promover a conscientização ambiental


X X
do corpo docente e discente

2. Palestras X
3. Pesquisa e coleta de dados X X X
4. Planejamento do projeto X X X

5. Apresentação do projeto
X
à comunidade escolar

103
TEMA ÁGUA

Projeto Reaproveitando a Água:


matando a sede, irrigando a vida
Escola Municipal Colbert Martins da Silva os subtemas água, terra, fogo e ar, porém, o subtema
Município de Feira de Santana - NRE 19 água foi o que mais chamou à atenção a região
padece no período de estiagem pela falta da água,
Vitor Manoel Pinheiro E S. Santos
fazendo os alunos voltarem seus olhares para o
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis consumo e desperdício de água na escola.

Laura Ribeiro da Silva Na Conferência da escola vários projetos foram


Professora Orientadora apresentados com este subtema, mas o projeto
escolhido foi “Reaproveitando a água: matando a
Colaboradora do Projeto:
sede, irrigando a vida” tomando como ponto de
Fabiane Carvalho Da Silva
partida a experiência dos alunos em 2012.
Este projeto tem como objetivo geral “Reaproveitar a
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

água residual do bebedouro, da Escola Municipal Dr.


Apresentação Colbert Martins da Silva, para irrigação e ampliação
A partir da experiência de um grupo de alunos que do projeto “horta de verão da escola”, como uma
tentaram em outubro de 2012, fazer uma horta na prática sustentável no semi-árido. As atividades serão
escola que foi mal sucedida, pois as sementes não desenvolvidas com a participação de alunos do 3º ao
germinaram devido ao período e forma de plantio, 9º ano, professores e funcionários.
as professoras de Ciências começaram a questionar O projeto entrou em execução em setembro de 2013.
sobre as suas práticas pedagógicas. Na primeira etapa realizamos o reaproveitamento da
Partindo dessa experiência, as professoras desenvol- água residual do bebedouro escolar para ser utilizada
veram um projeto de horta de verão, que consiste em na horta de verão e na limpeza de alguns espaços da
uma forma de produção de hortaliças com baixo escola; na segunda etapa realizamos a ampliação do
consumo de água, mesmo em períodos quentes que, número de hortas de verão, que deverá ser uma
a princípio era desenvolvida apenas com alunos do atividade de caráter permanente na escola; na
sexto ano, no horário das aulas de Ciências. terceira etapa foi elaborado um projeto paisagístico e
em seguida construímos um jardim na área
Durante a etapa preparatória para a Conferência
degradada da escola a partir desse projeto.
Infantojuvenil pelo Meio Ambiente foram discutidos

104
TEMA ÁGUA

Este projeto se caracterizará pelas atividades irrigação da horta de verão já existente na escola e na
interdisciplinares que envolveram diversas áreas do para a limpeza de determinados espaços da escolar.
conhecimento, deixando de ser exclusividade das Além dessas ações, pensamos em ampliar a horta e
aulas de Ciências, as atividades de horta de verão e transformar a área onde a água é lançada em um
reaproveitamento da água do bebedouro. pequeno jardim, transformando-a num espaço
agradável e prazeroso.
Justificativa Este projeto é de extrema importância uma vez que
propõe o reaproveitamento de água na escola para
A Escola Municipal Colbert Martins da Silva está
regar e ampliar o número de hortas de verão em uma
situada numa região do semiárido baiano, no distrito
região de semiárido, onde a água é um elemento
de Jaguara, no município de Feria de Santana. Esta
escasso e a população sofre com a sua falta, apesar de
região apresenta um clima semi-árido, com tempera-
ter dois rios banhando o distrito. Durante o período
tura média anual de 24,7ºC e com precipitação média
de estiagem toda a vegetação seca, comprometendo
anual de 822,8 mm, gerando deciência hídrica em
a agricultura familiar que é a base da economia local.
todos os meses do ano. Esta região passou
recentemente por um longo período de estiagem que Nesta perspectiva, é possível estudar vários conteú-
afetou gravemente o local, deixando a população dos dos diferentes componentes curriculares de
forma interdisciplinar, além de propiciar outras

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


com baixas condições de sobrevivência. Esta
realidade interfere diretamente no desenvolvimento experiências de aprendizagens, como por exemplo,
das atividades pedagógicas, como também, na práticas de convivência com o semiárido e dissemi-
paisagem da escola. nando esta idéia para a comunidade.
Foi com este olhar que durante a etapa preparatória Dessa forma a escola estará desenvolvendo práticas
para a IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo pedagógicas baseadas na realidade local contem-
Meio Ambiente - Vamos Cuidar do Brasil com Escolas plando as necessidades do dia-a-dia dos educandos,
Sustentáveis, que diagnosticamos uma grande através da discussão de um tema tão importante
produção de água residual advinda do bebedouro quanto à água.
escolar que é lançada em uma pequena área da escola,
deixando-a com um aspecto ruim e pouco acolhedora. Objetivos
Assim surgiram questionamentos como: O que fazer?
Objetivo Geral
Como poderíamos reaproveitar esse recurso?
Reaproveitar a água residual do bebedouro da Escola
Partindo desses questionamentos percebemos a
Municipal Dr. Colbert Martins da Silva para irrigação e
necessidade de fazer o reaproveitamento dessa água,
ampliação do projeto horta de verão da escola como
dando-lhe uma utilização, como por exemplo: na
uma prática sustentável no semi-árido.

105
TEMA ÁGUA

Objetivos Específicos 2013. O mesmo será feito por meio de uma tubulação
Discutir a necessidade do reaproveitamento da especíca que coletará a água desperdiçada durante
água residual na escola. o uso do bebedouro e armazenada em uma pequena
caixa d'água instalada no solo. Concomitantemente,
Ampliar a horta de verão da escola.
será construído um jardim no local.
Subsidiar a merenda escolar com as hortaliças
produzidas na horta.
Disseminar práticas de convivência com o semi-
árido.
Transformar a área de vazão da água residual da
escola em espaço bonito, saudável e agradável.

Público Alvo
Este projeto deverá envolver os educandos do Ensino
Fundamental, do 3º ao 9º anos, da Escola Municipal
Dr. Colbert Martins da Silva, assim como professores,
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

funcionários e gestores.

Metodologia
O projeto Reaproveitando a água: matando a sede,
irrigando a vida se caracteriza por ser uma proposta
interdisciplinar, que a princípio envolve as disci-
plinas: Ciências, Geograa, Matemática e Língua
Portuguesa do Ensino Fundamental. Inicialmente
participaram das atividades alunos voluntários,
funcionários, pessoas da comunidade e professores
das referidas disciplinas. As atividades do projeto,
planejadas em conjunto pelos professores, serão
articuladas aos conteúdos curriculares contem-
plando todos os estudantes.
O projeto de reaproveitamento da água tem caráter IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo o Meio Ambiente
permanente, com previsão de inicio em setembro de Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis

106
TEMA ÁGUA

Plano de Ação

O quê? Com quem? Para quê? Como? Quando? Materiais e Custos

1.REAPROVEITAMENTO DA ÁGUA RESIDUAL DO BEBEDOURO

Captando a água
Alunos com a Para regar a horta residual do Caixa d'água de 100 L,
Medição do cooperação dos de verão da escola. bebedouro e A partir de canos PVC e
volume de água professores
Para a limpeza de armazenando em set/2013 ferramentas
reaproveitada funcionários e da
áreas da escola uma caixa d'água
equipe gestora
no solo

2. AMPLIAÇÃO DO PROJETO HORTA DE VERÃO NA ESCOLA

Visitas de um
Para subsidiar a
Técnico agrícola Comunidade Construção de Ferramentas agrícolas,
merenda escolar
da EBDA escolar e mais leiras e A partir de garrafas PET, lona
e especialista técnico Disseminar no diversidades de set/2013 impermeável, terra
Ocinas para do EBDA semiárido, práticas hortaliças vegetal, sementes
plantio de sementes sustentáveis

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


3. RECUPERAÇÃO DA ÁREA DE VAZÃO DA ÁGUA DO BEBEDOURO

Estudo de
Alunos com a Construindo um
plantas nativas Ferramentas agrícolas,
cooperação dos jardim na área
e Tornar o ambiente A partir de garrafas PET, pneus,
professores degradada pela
Elaboração de mais saudável set/2013 tinta, corantes, terra
funcionários e da água residual do
um projeto de vegetal e sementes
equipe gestora bebedouro
paisagismo

Referencial Teórico Este recurso está presente em nosso cotidiano para


A água é um dos recursos naturais que tem sofrido satisfazer as nossas necessidades básicas, desde
grandes impactos ambientais nos últimos tempos quando, nós seres humanos, éramos nômades.
com o crescimento urbano e industrial desde o nal À medida que os seres humanos foram se estabele-
do século XIII com o advento da Revolução Industrial. cendo em comunidades, as necessidades de
(CZAPSKI, 2008). utilização da água foram aumentando, sem

107
TEMA ÁGUA

nenhuma preocupação com a conservação e domésticos, processos de fabricação, de inltração


preservação desse recurso. de chuvas, lavagem de pavimentos, regas, etc.
A água é utilizada pelos seres humanos, para o uso
doméstico, agrônomo, agropecuária pesca turismo Considerações Finais
e lazer, indústria, geração de energia, entre outras
Por se tratar de um projeto que envolveu uma
utilizações. Todas essas formas de uso da água
discussão ambiental local e global, esperava-se que
geram impactos ambientais e desperdício se não
fosse possível estudar vários conteúdos, dos
forem utilizadas adequadamente.
diferentes componentes curriculares, estabelecendo
Segundo Czapski (2008), o maior problema do uso um diálogo entre o contexto do local e o contexto
doméstico da água é o desperdício que pode ocorrer global, além de propiciar outras experiências de
desde o processo de captação de um manancial, sua aprendizagens, tais como, participar de práticas de
distribuição até o uso em nossas residências. convivência com o semi-árido, visando a valorização
Enquanto que na agricultura e pecuária os do homem do campo, como também, disseminar
problemas são o consumo que chega a 70% da água esta ideia para a comunidade.
doce usada no mundo e a contaminação e
Durante o desenvolvimento do projeto, esperava-se
degradação do solo pelos produtos químicos que
que os educandos se identicassem com as
quando dissolvidos pela irrigação causam também a
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

atividades realizadas, e consequentemente, se


salinização. A autora ressalta que as comunidades
envolvam mais nas aulas, assim como, os professores
ribeirinhas têm sido prejudicadas na pesca artesanal
de diferentes áreas, demonstrasse interesse pelo
devido à degradação dos rios e mares e que se a
projeto planejando atividades interdisciplinares.
atividade de aqüicultura não for realizada de forma
Além do envolvimento pedagógico dos professores e
cuidadosa e sustentável irá extinguir os ecossistemas
alunos, almeja-se que no decorrer do projeto haja
mais frágeis como mangue.
melhor aproveitamento da área verde da escola por
Considerando que água é um bem limitado, a degra-
meio da ampliação do número de hortas de verão e
dação desse recurso e o uso de forma inadequada
construção de um jardim na área degradada, utilizan-
podem levar o planeta a situações críticas de
do a água residual do bebedouro que é desperdiçada.
escassez, portanto devemos lutar contra a qualquer
Para além das atividades dentro da escola, o desejo é
situação de desperdício. Uma das formas de ajudar a
que a Escola Municipal Dr. Colbert Martins participe
combater o desperdício de água é fazer o aproveita-
em todas as etapas da IV Conferência Nacional
mento das águas residuais, que segundo o CETEB
Infantojuvenil pelo Meio Ambiente: Vamos Cuidar do
são “todas as águas descartadas que resultam da
Brasil com Escolas Sustentáveis, elevando a
utilização para diversos processos” como proveni-
autoestima de alunos, comunidade e professores das
entes de banhos, cozinhas, lavagens de pavimentos

108
TEMA ÁGUA

diferentes áreas, contribuindo com o envolvimento e


motivação na implementação e manutenção do
projeto “Reaproveitando a água: matando a sede,
irrigando a vida.”
As atividades desenvolvidas foram avaliadas e
planejadas de forma que, a cada dia, estimule a
comunidade escolar a desenvolver atitudes
respeitosas ao ambiente, contribuindo assim, na
construção de espaço escolar sustentável onde as
pessoas que nele convivem se sintam bem e
percebam a valorização do seu trabalho.

Referências Bibliográficas
ABÍLIO, Francisco José Pegado. Educação
Ambiental: Formação continuada de professores do
Bioma Caatinga. João Pessoa: UFPB, 2010.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


CETESB. Águas
superciais.http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/%C3
%81guas-Superciais/32-Tipos-de-%C3%81guas.
CZAPSKI, Silvia. Água. Ministério da Educação,
Secad: Ministério do Meio Ambiente, Saic, 2008.

IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo o Meio Ambiente


Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis

109
TEMA ÁGUA

Construindo Agroecologia na Escola

Projeto Canteiro Sustentável


Escola Núcleo Municipal Eloi Ferreira intuito de desenvolverem atividades sustentáveis na
Município de Alcobaça - NRE 07 escola, contemplando os elementos Terra e Água.
Dada a importância da proposta desse projeto, em
Ludimila Borel dos Santos
consonância com a nova concepção de educação
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
para a sustentabilidade tão necessária na atualidade,
é preciso conceber o mesmo, em nosso lócus de
Cássio de Souza Santana
atuação, como um instrumento intensicador da
Professor Orientador
identidade da escola e de seus atores que sempre a
construiu com autonomia e participação coletiva, o
que se constata no contexto histórico de resistência e
Apresentação de conquistas do assentamento no qual esta
O Projeto intitulado, Canteiro Sustentável, cujo instituição se insere. Com isso, torna-se possível uma
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

subtema, Construindo Agroecologia na Escola, é uma adesão considerável à ideia da construção do projeto,
atividade interdisciplinar a ser realizada na Escola considerando, desde as turmas participantes da
Núcleo Municipal Eloi Ferreira, situada no conferência local, ao corpo docente, pedagógico,
Assentamento 40/45, (1º Assentamento da Bahia), no administrativo, demais funcionários e até mesmo
município de Alcobaça, com educandos (as) do 8º e 9º parceiros da escola, haja vista, a necessidade da
anos do Ensino Fundamental. O mesmo tem a inclusão de abordagens temáticas como esta no fazer
proposta de atender as demandas apresentadas na IV cotidiano da educação.
Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Um projeto que traz em seu esboço, a produção
Ambiente que trouxe como tema: Vamos Cuidar do orgânica de hortaliças, a construção de calhas para
Brasil com Escolas Sustentáveis, bem como a Ocina, captação de água de chuva e ainda a criação de
também denominada “Canteiro Sustentável”, con- alevinos no âmbito da escola, em torno da
templada no Programa Mais Educação, do Governo sustentabilidade, vem nos rearmar enquanto
Federal, dentro do macro campo, Agroecologia. sujeitos da construção de uma escola e de uma
Partindo de estudos em torno das temáticas dadas, educação do campo, o que precisa estar em
os educandos das turmas citadas anteriormente, harmonia. Diante disso, entendemos que o mesmo
decidiram por elaborarem o presente projeto, no surge como valorização da identidade e autonomia

110
TEMA ÁGUA

da escola no trato com o seu currículo sustentável, que se faz, estende essa idéia, a partir de seu público
contemplado em seu Projeto Político Pedagógico e envolvido, para além do limite escolar, com isso,
torna-se uma oportunidade de viabilizar para a cumpre uma função que é também social, partindo
prática, aquilo que muitas vezes se restringe à do pensar e do agir local, tendo em vista, mudanças
intencionalidade ideológica da escola. Mais do que globais necessárias. Contudo, lidar com a sustenta-
nunca, é preciso a formação de uma nova concepção bilidade na escola, é estar antes de tudo, abertos a
de educação para a sustentabilidade e nesse sentido mudanças drásticas que permeiam o seu interior. São
um dos maiores desaos para a escola, diante do necessários, portanto, uma nova prática de gestão,
contexto de inuências das práticas inorgânicas de uma nova abordagem de currículo, desconstruir
produção é restabelecer a conança de seu público paradigmas, reconstruí valores e atitudes e tudo isso
alvo e que é possível produzir, a partir de princípios intercalado com uma nova organização de espaço
agroecológicos, anal, ainda somos muitas vezes, físico, pois este, como um todo, também precisa
condicionadas pela ideologia do progresso, que estar propício ao ato de educar.
desconsiderou por muito, fatores socioambientais Tomando de maneira mais particular, o projeto
em nome do fator econômico. Entretanto, o processo “Canteiro sustentável” a ser desenvolvido no interior
modernizante da agricultura tem feito sobrar de nossa escola, é possível acreditar que este, vem dar
evidências de que seus efeitos sobre o mundo rural, mais qualidade às relações de aprendizagem que se

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


em particular e sobre a sociedade em geral foram
desastrosos. Os impactos negativos dessa evolução,
nos planos social e ambiental são nítidos e tornam-se
com isso, fatores que comprovam a emergência de
uma nova cultura sustentável.
No entanto, verica-se a partir de atividades como
esta na organização da escola, que vale apena
realizar esforços no sentido de incorporar
metodologias voltadas para favorecer a prática de
uma nova mentalidade de produção, que garanta a
sobrevivência humana em harmonia com os recursos
naturais. É provável que a escola ao desenvolver uma
prática sustentável como essa, torna-se cenário não
só do debate em defesa da vida do planeta, mas
passa a dar mais sentido para o que se ensina e o que
se aprende, dando coerência entre o que se diz e o
Delegada e suplente eleitas na conferência realizada na escola

111
TEMA ÁGUA

estabelece no campo escolar, considerando que ao ambiental reutilizando materiais recicláveis na


construirmos uma escola mais sustentável com o construção de captação de água de chuva, bem como,
desenvolvimento desse projeto, teremos um proces- reutilizando a água dos tanques de criação de alevinos
so educativo continuado para a sustentabilidade, na irrigação da horta que em contrapartida fornecerá
capaz de sensibilizar a coletividade para a constru- também, alimentos para os alevinos, reforçando
ção de conhecimentos, valores, habilidades, atitudes assim, a ideia de sustentabilidade do projeto.
e competências, voltadas para a construção de uma Na execução do mesmo, há espaço para todos os
sociedade ambientalmente mais justa e adequada segmentos da escola pensar e agir, uma vez que uma
também às dimensões social, econômica e cultural, escola sustentável torna-se objeto de reexão e de
motivando o compromisso e a participação efetiva construção de toda uma coletividade envolvida. Como
de professores, gestores, estudantes, seus familiares bem contribuiu o educador Paulo Freire, 1974, p. 93,
e comunidade, decentralizando responsa-bilidades e “neste lugar de encontro não há ignorantes absolutos,
exercícios conscientes de cidadania. nem sábios absolutos; há homens e mulheres que, em
comunhão buscam saber mais”. Com isso, propõe-se
Justificativa que o exercício coletivo de pensar novos hábitos e
culturas na escola conduza a gestão e a comunidade
Este projeto justica-se, principalmente, pelo forte
escolar como um todo, a uma prática criativa de
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

intuito de fornecer atividades sustentáveis nesta


sustentabilidade, que possa modicar saberes e
instituição de ensino, trazendo como proposta
espaços já construídos, alinhando discurso e prática,
desenvolver uma Horta Escolar dentro de princípios
em torno de um bem maior: a educação para a
ecológicos corretos, visando o cultivo de culturas
sobrevivência, partindo de um espaço propício ao
diversicadas de forma orgânica e ainda a criação de
debate e a vivencia, no caso, a escola.
alevinos no âmbito da escola a m de fornecer
alimentos de qualidade para a sua comunidade e Assim, as atividades a serem realizadas com este
subsidiar principalmente, a merenda escolar. projeto, vêm oportunizar as crianças, jovens e adultos,
bem como toda a comunidade escolar, o aprofunda-
Nessa perspectiva, a concretização do projeto
mento de conhecimentos e a vivência sobre temáticas
“Canteiro Sustentável”, servirá também, como um
ambientais em debate, para que os mesmos sintam
laboratório vivo para diferentes atividades pedagó-
sujeitos construtores de uma nova cultura de
gicas de incentivo ao aprendizado teórico e prático
produção e sobrevivência, construindo dessa forma,
voltado para técnicas de produção no campo, de
uma sociedade melhor a partir do fazer sustentável no
maneira saudável e sustentável, que se converterá
espaço escolar.
também em novas aprendizagens e melhores hábitos
de vida, além disso, ajudará a minimizar o impacto

112
TEMA ÁGUA

Objetivos situada no Assentamento 40/45, no Município de


Alcobaça - BA e contemplará um público de 380
Objetivo Geral alunos, compreendendo os Ensinos Infantil,
Implantar e desenvolver uma horta escolar, utilizando Fundamental I e II e Educação de Jovens e Adultos
métodos sustentáveis e agroecoló-gicos para o (EJA). Sendo estes, em sua maioria, lhos de
cultivo de hortaliças e mudas e criação de alevinos. pequenos agricultores que sobrevivem do cultivo da
Fortalecendo dessa forma a merenda escolar e a terra, assentados, acampados ou moradores de
melhorando as condições de saúde dos educandos , pequenas propriedades rurais, circunvizinhos. O
além de aprimorar o seu aprendizado. Projeto terá em sua condução o apoio pedagógico de
todo o corpo docente da escola, permeado pelas
Objetivos Específicos várias disciplinas do currículo. Teremos o apoio
Cultivar hortaliças utilizadas na merenda escolar; administrativo da gestão da mesma, dos demais
Conhecer técnicas para o cultivo de cultura funcionários, bem como, dos monitores do Programa
orgânica e agroecológica; Mais Educação, do Governo federal, especicamente
Reutilizar materiais recicláveis na construção de do macrocampo, Agroecologia. O Projeto ainda
calha para captação de água de chuva no intuito conta com o apoio de outros parceiros da
de minimizar o impacto ambiental; comunidade local, com conhecimento técnico, na

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


área ambiental e agrícola.
Construir tanques para a criação de alevinos no
âmbito escolar;
Sensibilizar os (as) educandos (as) sobre a impor- Metodologia
tância da utilização da água de forma sustentável; Diante da proposta temática da IV Conferência
Fornecer alimentos de qualidade para a merenda Infantojuvenil pelo Meio Ambiente e de sua dinâmica
escolar e para comunidade local; de participação das escolas, foi realizada inicialmente
uma análise e discussão do que se propunha a partir
Compreender a relação entre solo, água e
dos materiais de orientação da própria conferencia.
nutrientes;
Incentivar a comunidade escolar, através do Em seguida, foi feito um levantamento das neces-
trabalho realizado, a desenvolver produções em sidades e possibilidades de trabalho sustentável no
suas propriedades de forma sustentável. âmbito escolar e então a escolha do título “Canteiro
sustentável” e do subtítulo “Construindo agroeco-
Público Alvo logia na Escola” e para a elaboração teórica do
projeto, realizou-se um levantamento da literatura
O Projeto “Canteiro Sustentável” a ser executado no
pertinente à temática, por meio de revistas, sites,
âmbito da Escola Núcleo Municipal Eloi Ferreira,
jornais e livros.

113
TEMA ÁGUA

De posse do material literário embasador do projeto, a escola deverá sempre buscar mecanismos para
deu-se o trabalho de construção teórica do mesmo. manter a dinâmica do mesmo, seja considerando as
A partir disso, foi feita uma revisão sob observação atividades práticas, seja buscando recursos para a sua
do professor orientador. manutenção, uma vez que as despesas também serão
O passo seguinte é a sua apresentação a toda a continuas e inevitáveis.
comunidade escolar, por meio da conferência de nível
local, a partir da exposição feita por educandos das Referencial Teórico
turmas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, A escola tem sido cada vez mais um espaço onde se
utilizando de recursos como, data show, tela de reete os conitos vividos pela sociedade e para a
projeção, caixa amplicada, microfone, entre outros, mesma tem sido colocado o desao do debate e da
onde haverá a oportunidade de participação busca por caminhos que possam amenizar
democrática nas discussões condizentes à essência do problemas de diferentes naturezas. Em meio a essa
projeto e para a eleição do(a) delegado(a) e suplente problemática eclode como emergente, as questões
am de representar a escola nas demais etapas da ambientais e com isso, a necessidade de fazer da
conferencia, por meio do projeto a ser escolhido. escola um espaço educador para a sustentabilidade.
Para a concretização desse projeto, visando o alcan- Partindo dessa premissa, desenvolver um projeto de
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

ce das metas propostas, inicialmente, será feita a sustentabilidade no contexto da escola, trata-se
aquisição de materiais para as aulas práticas e então de dar sentido na prática àquilo que a muito
teóricas, por meio da caixa Executora Escolar, a partir vem sido abordado, os impactos ambientais
de licitações e execução da compra. Nesta ação, causados pelo modo de agir do ser humano, já tão
serão adquiridos os seguintes itens necessários: sentidos, por meio dos seus diversos efeitos.
enxada, enxadão, rastelo, prego, martelo, pá, carro Nesse sentido, trazer a prática do cuidado com o
de mão, grampo, equipamentos para irrigação e etc. ambiente, na atualidade, deixa de ser algo
Em sequência, como segunda ação a ser realizada, extraordinário e passa a ser uma necessidade vital.
será feito o preparo da terra para execução da Horta Sobre a necessidade do cuidado,
Escolar, partindo de mobilização das comunidades Boff, 1999, aborda que para cuidar do planeta,
interna e externa, através de ocinas práticas com os precisamos todos passar por uma alfabetização
alunos do Programa Mais Educação, bem como da ecológica e rever nossos hábitos de consumo e que
Disciplina Horticultura, presente no currículo da importa desenvolver uma ética do cuidado. Portanto,
escola e sob orientação de professores de Horticul- conduzir um trabalho de prática sustentável na
tura, Monitor do Programa Mais Educação e de escola, é também colaborar com a construção dessa
técnico agrícola da comunidade, como colaborador ética necessária à manutenção da vida. Ainda sobre o

114
TEMA ÁGUA

cuidado, enfatizou muito bem, o documento ético, buscando a participação efetiva dos diferentes
elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o segmentos da comunidade, desenvolvendo procedi-
Meio Ambiente (PNUMA), o Fundo Mundial para a mentos metodológicos adequados à inclusão das
Natureza (WWF) e a União Internacional para a diversas possibilidades de vivencia de produção
Conservação da Natureza (UICN), sob o título: sustentável, bem como dividindo responsabilidades
“Cuidando do Planeta Terra” (Caring for the Earth com outros prossionais e setores necessários ao
1991),“a ética de cuidados se aplica tanto a nível desenvolvimento dessa prática.
internacional como a níveis nacional e individual; Contudo, a escola enquanto mediadora do desen-
nenhuma nação é auto-suciente; todos lucrarão volvimento de tais competências, por meio de um
com a sustentabilidade mundial e todos estarão projeto como este, é merecedora de instrumentos
ameaçados se não conseguimos atingi-la”. É esta que de apoio nesta função.
ética do cuidado que nos levará a uma nova postura e
Nessa perspectiva a elaboração deste projeto vem
a um novo paradigma de convivência ao nos
como tentativa de rediscutir os mecanismos de
relacionarmos com a natureza diante do
efetivação de produção, sobretudo, perante o
compromisso pelo respeito e preservação de tudo o
desao permanente de produzir para o desenvolvi-
que existe e vive. Como contribui Freire (2000, p. 56)
mento sócio-econômico, sem colocar em detrimento
“O futuro não nos faz. Nós é que nos refazemos na
os recursos naturais e, dessa forma, impulsionar a

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


luta para fazê-lo”.
escola quanto ao que lhe compete nessa busca de
Não é possível acreditar na construção dessa ética do superação de uma formação humana que muitas
cuidado, apenas com o discurso, ou tampouco, que vezes não contempla necessidades reais de
essa se dar de maneira espontânea, é preciso sim, um formação, perdendo de vista que não se concebe
trabalho pedagógico de formação e de sensibilização uma cidadania integral sem dar pleno sentido ao que
subsidiado pela consciência e pela crença de que é se ensina.
possível fazê-la, embora seja um desao.
Não é possível despertar para a prática da vivência
sustentável, sem considerar também, que é preciso
Considerações Finais continuar satisfazendo necessidades humanas e que
Formar cidadãos aptos ao exercício da sustentabili- para isso é necessário uma estrutura na geração de
dade constitui um grande desao de nossos tempos e renda. Nenhuma criança ou jovem se sentirá atraído
para isso a escola não pode abraçar sozinha uma pela sua identidade cultural de sujeito do campo,
causa que não é só dela. apenas por uma sustentabilidade ecológica, é preciso
que esta cumpra também objetivos sociais, culturais
No entanto, é preciso aceitar esse desao e se
e econômicos.
comprometer com o desenvolvimento de tal valor

115
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

116
TEMA
ÁGUA
TEMA ÁGUA

Plano de Ação

O QUÊ? COMO? QUANDO? OBSERVAÇÕES MATERIAIS E CUSTOS

A partir da realização da
Apresentação do Nesta conferência serão eleitos
Conferência Vamos Cuidar Data show; Notebook;
Projeto “Canteiro o(a) delegado(a) e suplente,
do Brasil com Escolas 27/08/13 Tela de projeção; Caixa
Sustentável” pelas para representar a escola nas
Sustentáveis, com a amplicada; Microfone;
turmas envolvidas próximas etapas
comunidade escolar e local

Enxada, Enxadão,
Aquisição
Rastelo, Prego, Martelo,
dos materiais A partir de licitações e
30/08/13 Tela, Pá, Carro de mão,
para as aulas execução da compra
Grampo, Equipamentos
práticas e teóricas para irrigação, Etc.

Ocinas práticas com os


Enxada, Enxadão,
Preparo da área alunos do Programa mais
Rastelo, Prego, Martelo,
para a execução Educação e da Disciplina
09/0913 Tela, Pá, Carro de mão,
da Horta Escolar de horticultura; orientação
Grampo, Equipamentos

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


de técnico agrícola da
para irrigação, Etc.
comunidade

Construção dos
tanques para A escola buscará parceria com Enxada, Enxadão, Pá,
Através de mutirão
criação de alevinos e empresas privadas para a Carro de mão, Brita,
Comunidade escolar e 16/09/13
reservatório de água execução dessa ação por não cimento, bloco, Areia,
para ser usada na comunidade local dispor de recursos sucientes Barro
irrigação da horta

Confecção e Através de mutirão Garrafas PETI, coletadas nas


instalação de vala
Comunidade escolar e 23/0913 residências dos próprios Garrafas PET e Resina
para captação
comunidade local educandos.
da água da chuva

Plantio das Sementes, adubos


Ocinas práticas com os
culturas diversas 10 a orgânicos, Ferramentas,
alunos nas ocinas do
e inicio da 14/03/2014 Peixe “Tilapia”, Ração
Programa mais Educação
criação dos alevinos para peixe, Etc.

117
TEMA ÁGUA

Referências Bibliográficas
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar. Ética do humano -
compaixão pela terra. Editora Vozes Petrópolis, Rio
de Janeiro, 1999. Pág. 199.
FREIRE, Paulo. Pedagógica da Indignação: Cartas
Pedagógicas e Outros Escritos. São Paulo: Unesp,
2000.
www.mma.gov.br/estruturas/agenda21./Cadernode
Debates10.pdf
Cuidando do Planeta Terra (Caring for the Earth
1991).
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

118
TEMA ÁGUA

Projeto U s o d a s Te c n o l o g i a s n o
Combate à Dengue
Colégio Estadual Professora Georgina comunidade na qual fazemos parte. Já vivenciamos
Ramos da Silva a experiência de termos foco da dengue e não
Município de Salvador - NRE 26 queremos manter esse quadro que hoje mais do que
nunca, sabemos dos problemas sobre a realidade da
Leonardo Davi Ramos De Souza
escassez da água no nosso planeta e do quanto o
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
homem tem contribuído para esse evento. Não
podemos deixar de lado a responsabilidade dos
Regina Célia Santos Rocha poderes públicos, mas precisamos fazer a nossa
Professora Orientadora parte. Quanto maior for a nossa conscientização,
Colaborador do Projeto:
melhores serão os resultados para nossas vidas.
Marizélia Caetano
Objetivos

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Objetivo Geral
Realizar ações que possam desenvolver atitudes para
Justificativa uma melhoria da qualidade de vida da comunidade
Entre os vários problemas apresentados em nossa escolar, por meio do conhecimento dos benefícios e
comunidade escolar, tais como: saneamento básico prejuízos da utilização da água, visando reduzir os
precário, acúmulo de lixo nas ruas, violência riscos de infestações por insetos e as contaminações.
generalizada, entre outros, nesse ano de 2012, um
vêm tendo destaque, que é a alta incidência de Objetivos Específicos
pessoas contaminadas pelo o vírus da dengue. Pelo Realizar palestras de esclarecimentos sobre a
fato desse fenômeno ter tido uma alta visibilidade e dengue junto à comunidade escolar.
por ser o Ano Internacional da Água a unidade Desenvolver projetos que visem à redução dos
escolar propõe o desenvolvimento do Projeto “Uso riscos de infestações pelo vírus da dengue.
das Tecnologias no Combate à Dengue”, como forma
Fazer uso da tecnologia como instrumento de
de cumprir o papel social da escola que é orientar,
divulgação da informação e conhecimento sobre
informar e auxiliar no que pode ser melhor para a
o combate da dengue.

119
TEMA ÁGUA

Público Alvo ainda segundo a reportagem, em Salvador, os bairros


com maiores índices registrados, são Liberdade, São
Esse trabalho de pesquisa será desenvolvido junto à
Caetano, Valéria, Cabula, Tancredo Neves, Pau da
comunidade escolar do Colégio Estadual Prof.ª
Lima e o Subúrbio Ferroviário. Em nossa comunidade
Georgina Ramos da Silva, tendo como atores sociais
escolar, através de observações in loco e conver-
principais alunos e professores da 6ª Série (5º Ano).
sas informais com técnicos de saúde da prefeitura
de Salvador e nos postos de saúde foi detectado
Metodologia um grande número de pessoas infectadas pelo vírus,
Tendo como referência o método qualitativo na pes- provocando afastamento temporário de pais e
quisa, utilizaremos como princípios metodológicos: mães de família dos seus trabalhos, ausência de
1. observação in loco; professores, discentes e funcionários da nossa
unidade escolar.
2. conversas informais com os moradores, técnicos
de saúde; Portanto, faz-se necessário a realização de ações que
contribuam para a redução desses índices, como:
3. visitas ao Posto de Saúde local;
Ações de sensibilização através de dinâmicas e
4. entrevista;
palestras para pais, alunos e professores; visita
5. pesquisas em diferentes sites. técnica a EMBASA; palestra com técnicos da EMBASA
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

na unidade escolar; palestra com técnicos do Posto


Referencial Teórico de Saúde local; utilização de ferramentas
tecnológicas para apresentação da temática –
Segundo pesquisa sobre a DENGUE realizada no site
apresentações em Power point; internet como ponto
http://www.combateadengue.com.br/o-que-e-
de apoio para comunicação e informação; criação de
dengue/#ixzz2gW3ZFHoE vericamos que ela é uma
blog, uso do facebook; palestra com técnico da
doença infecciosa e febril aguda causada por um
Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola –
vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil,
EBDA; criação de músicas e paródias envolvendo o
através do mosquito Aedes aegypti, também
tema da dengue; elaboração de cartilha com
infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é
prevenção e tratamento da dengue; apresentação de
considerada um dos principais problemas de saúde
dramatizações com a temática proposta; realizar a
pública de todo o mundo.
coleta seletiva do lixo que ca no muro da escola;
De acordo com o G1 Bahia 26/02/2012, Salvador e melhorar a relação de limpeza no horário da merenda
outras nove cidades estavam em estado de alerta por evitando a proliferação de insetos; organizar com os
conta da dengue, sendo que, Itabuna, no sul do professores e alunos um mural sobre a dengue;
estado apresentou o terceiro maior índice do Brasil, confeccionar mosquiteiros com material reciclável;

120
TEMA ÁGUA

confeccionar banners e camisas para divulgar o Avaliação


movimento; visita técnica a COELBA; realizar reuniões
As ações serão avaliadas através da participação dos
periódicas para organizar as próximas ações;
alunos e algumas deles deverão permanecer na
participar de Ocinas sobre a Dengue e demais temas
escola a exemplo dos vasilhames para coleta seletiva,
ans; cuidar do desperdício da água (vericar
além da horta suspensa, construção dos materiais,
torneiras, construir o chuveirinho).
registro do Diário de Bordo, apresentação de
Materiais necessários para o desenvolvimento das seminário pelos alunos, como forma de contribuir
ações: garrafas pet, terra vegetal, sementes, pá, para a melhoria da qualidade do ambiente escolar e
baldes, sacos de lixo, vasilhames para coleta seletiva, da comunidade.
máquina lmadora, papel ofício, projetor multimí-
dia, tecido, tinta para tecido, luvas, arame, pregos,
Considerações Finais
camisas, banners, vedantes, papel metro, hidrocor,
revistas usadas, papelão, cordão, computador, Ao ndar nosso projeto reconhecemos a complexi-
impressora, tinta para recarga de cartucho, pneus dade da temática e a necessidade de prosseguirmos
usados. nessa luta contra a dengue, que tornou-se uma
ameaça à saúde pública, entretanto, esperamos no
Cuidados e prevenções:
momento, dá nossa contribuição para a divulgação da

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


a ação mais simples para prevenção da dengue é informação e do conhecimento através da tecnologia.
evitar o nascimento do mosquito, já que não Enm, o nosso objetivo principal é a redução dos
existem vacinas ou medicamentos que combatam índices de contaminação em nossa comunidade.
a contaminação.
manter recipientes, como caixas d’água, barris,
tambores tanques e cisternas, devidamente
fechados.
não deixar água parada em locais como: vidros,
potes, pratos e vasos de plantas ou ores, gar-
rafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados,
bandejas, bacias, drenos de escoamento,
canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério,
folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de
árvores, além de outros locais em que a água da
chuva é coletada ou armazenada.

Exemplos da reutilização de objetos que iam para o lixo

121
TEMA ÁGUA

Cronograma de Execução
PERÍODOS
ATIVIDADES
semana 1 semana 2 semana 3 semana 4 semana 5

1. Levantamento de Literatura X
2. Montagem do Projeto X
3. Coleta de Dados X X
4. Tratamento dos Dados X
5. Elaboração do Relatório Final X
6. Revisão do Texto X
7. Entrega do Trabalho X

Referências
http://www.combateadengue.com.br/o-
que-e-dengue/#ixzz2gW3ZFHoE
http://www.combateadengue.com.br/prev
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

encao-dadengue/#ixzz2gWEZEMsM
globo.com. G1/bahia/noticias – 26/12/2013.

Canditados à delegados

122
TEMA AR
O Futuro da Nação
Autor: amires de L. Santos
Colégio Estadual Lomanto Junior
NRE 10 – Juazeiro/BA

Agora vou lhes contar


Cum grande satisfação
A história de um caipira
No meio da confusão
Por causa de um assunto
Chamado preservação.

O seu nome? Zé das Cabrita


O nome que falo aqui
Mas porque o meu cumpade
Eu também nunca entendi
Era chamado assim
Pois cabrita eu nunca vi

Mas vortando à história


Com o que acontecia
O Zé estava confuso NRE 03
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

O escarcéu tava formado Obra: Aquecimento Global


Valei-me, Virge Maria
Mas que grande confusão! Autor: Uilians Marques Rodrigues
No meio de tanto matuto
Até a vó Juventina Município: Ibicoara
Era aquela gritaria Colégio Estadual Democrático de Ibicoara
Com o vô Sebastião
É que ele tinha falado Correram feito uma bala
Que o mundo tava no m Parecendo um tufão.
Pra sua vaca Mimosa Vamos ver o que aconteceu
Começaram a dizer
Que tava cumeno capim Deve ser o pai que vem
A causa é um furacão
Mas a dona Generosa ouviu Com o facão João Dirceu
Outros diziam: é nada!
E foi logo dizendo assim: E esse aquecimento global
Parece que é um vulcão
- Corre, dona Filomena Mas será que bicho é esse
Parece que é pior
Tu que parece um avestruz Que abre um buraco no chão?
Pois vai derreter o gelo
Vai dizê lá na novena Todim de uma vez só
A mocinha que namorava
Rezem pra ter uma luz Vai alagar nossa nação
Atrás da igreja, correu
Pra correrem, se esconderem Matando gente sem dó
Dizendo: – Vem amorzinho,
O mundo se acaba em cruz

124
Até parece também Perguntou com insistência: E daqui a pouco tempo
Que o ar vai se acabar - É Jesus pra nos sarvá? Os nossos rios vão secar
Então como é que nós tudo E até as nossas casas
Vamo podê respirar? O Zé cou irritado As enxurradas vão levar
Gritava João da janela - Não é nada disso não!
Com uma voz de arrepiar Peço que agora ouçam A água é muito boa
E prestem bastante atenção Está em todo lugar
- E água purinha Pois o assunto é muito sério Mas com esse desperdício
Num vai ter mais pra beber É sobre o futuro da nação Vai mesmo se acabá
Antes tinha em todo lugar Por isso cuidem bem dela
E agora como vai ser Todos sabem quem eu sou Pra vida continuá
Pra lavar roupa e fazer comida Num precisa me apresentá
Pros nosso bicho comer? Então, vou logo dizer Até a minha vaquinha
Para vocês explicar Que dá leite pra beber
Filomena espalhou Tudo que na minha garganta Vai morrer de fome
O fato num instantinho Estava a engasgar Sem ter capim pra comer
E como vocês estão vendo E todos os nossos bichos
Aumentou só um pouquinho Esse lugar de tanto encanto Não vão sobreviver
A história verdadeira Por nós tudo abandonado
Que o Zé disse baixinho Não sei em que estão pensando Ninguém mais se atreveu
Nosso mundo está largado Depois daquele sermão
Ouvindo tudo aquilo Pois com o nosso bem maior A deixar de plantar

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Zé das Cabrita a pensar Está faltando cuidado E nem jogar lixo no chão
- Esse é o momento certo Passaram a todo dia
Prá esse povo se ligá Na natureza hoje em dia Pensar em conservação
Aprender a dar valor Tem muita devastação
E parar de desperdiçá Pois pessoas matam as árvores Então, tudo deu certo
E matam por diversão Fazendo um nal feliz
Então, ele subiu no pé Num sabem que estão acabando E eu espero que vocês
De uma mangueira e falou Com o bem dessa nação Escutem o que Zé nos diz
- Junto com todos vocês Seja João, Chico ou Maria
Minha gente agora estou! Quantas vezes as pessoas É só isso que se quis.
E nem terminou de falar Falam em conservação
Que uma senhora não deixou Fazendo vários projetos Também pensem em cidadania
Visando à preservação Vamos desse mundo cuidar
Lhe tomando a palavra Mas depois em um lugar perto É necessário harmonia
Não o deixou continuar Jogam lixo nesse chão Pra poder continuar
Com os olhos esbugalhados E a regra desse jogo
Como se fossem pular É necessário atenção É apenas preservar.
Mas ninguém pensa em cuidar

125
TEMA AR

Projeto P l a n t e Á r v o r e , P l a n t e A r,
Plante Vida!

Escola São José


Município de Barreiras - NRE 11
Laís de Oliveira Silva
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis

Andréia Schüler e Indira Souza Oliveira


Professoras Orientadoras
Colaboradores do Projeto:
Thaís da Silva Figueirêdo
Bruno de Jesus dos Anjos
Giulia Costa
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Lorena C. Leite de Oliveira


Roberta Cardozo Nakamura

126
TEMA AR

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Árvores de grande porte no centro antigo da cidade A maioria das ruas da cidade de Barreiras é como esta avenida:
sem arborização e com temperaturas muito elevadas

127
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

128
TEMA
AR
TEMA
AR

129
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?
TEMA AR
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Cronograma de Execução
ATIVIDADE PRAZO DE EXECUÇÃO
1. Diagnosticar áreas degradadas que necessitam de arborização (praças, ruas e parques). Março
2. Agendamento de uma entrevista com Engenheiro agrônomo e/ou
Março
pesquisa sobre o assunto em livros e sites;
3. Visita ao Viveiro da UNEB para sugestões e viabilização das mudas. Abril

4. Pedir autorização a prefeitura para o plantio de árvores nativas nos locais solicitados. Abril
5. Organizar junto com a coordenadora, professoras as atividades pedagógicas
Maio|Junho|Julho|Agosto
junto aos alunos do turno vespertino
6. Através de uma comunidade no facebook1 para motivar os alunos e professores
Setembro
do Ensino Fundamental à participarem do dia “D” plantar e cuidar das mudas

7. Plantar as árvores nativas e tirar fotos dos alunos e comunidade2 Outubro

8. Construção do mural de fotos e entrega do Green Book aos alunos Outubro

1. https://www.facebook.com/projetoplantevida?hc_location=stream
2. O mês escolhido para o plantio é outubro, pois iniciará a época de chuvas.
130
TEMA AR

Considerações Finais Referências


Para a realização do presente projeto contaremos LAYRARGUES, Phipippe Pomier. A empresa “verde”
com o apoio e participação de alunos e professores no Brasil: mudança ou apropriação ideológica?
da Escola São José, bem como comunidade, órgãos e Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v.27, n.158, p.56-59,
instituições públicas (Prefeitura Municipal de Barrei- 2000.
ras, Secretária do Meio Ambiente, UNEB- Universi- LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo; LAYRARGUES,
dade do Estado da Bahia ). Philippe Pomier; CASTRO, Ronaldo Souza de (orgs).
A partir deste trabalho, esperamos que surjam outras Educação Ambiental: repensando o espaço da
propostas viáveis com propósitos ambientais e que cidadania. 5 ed. São Paulo: Cortez,2011.
mais pessoas possam juntar forças e lutar por uma Ministério da Educação, Coordenação Geral de
melhor qualidade de vida em nosso planeta de forma Educação Ambiental. Vamos cuidar do Brasil:
espontânea, integrada e sem ns lucrativos. conceitos e práticas em educação ambiental na
Nosso planeta agradece! E nós também! escola. In: Educação ambiental: participação para
Todos nós somos responsáveis pelo Meio Ambiente! além dos muros da escola. GUIMARAES, Mauro.
Brasília: 2007.
Ministério da Educação, Coordenação Geral de

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Educação Ambiental. Vamos cuidar do Brasil:
conceitos e práticas em educação ambiental na
escola. In: Educação Ambiental na escola: ta na lei...
LAVRARGUES, Philippe P., LIPAI, Eneida M., PEDRO,
Viviane V. Brasília: 2007.
Secretaria da Educação do Estado da Bahia.
Programa de educação Ambiental do Sistema
Educaciona da Bahia. PROEASE – ROCHA, Solange
A. N (coord.geral), Salvador,Bahia.
Secretaria do Estado da Bahia. Secretaria do Meio
Ambiente. Programa de Educação Ambiental do
Estado da Bahia, Salvador, 2013.
MORAN, E. Ciência com consciência. RJ: Bertrand
Brasil, 1997.

131
TEMA AR

Projeto Lixão: problema com solução?

Colégio Estadual Duque de Caxias Apresentação


Município de Licínio de Almeida - NRE 20 A partir do tema da II Conferência Estadual do Meio
Ambiente do estado da Bahia “Vamos Cuidar da Bahia
Luana Júlia dos Santos com Escolas Sustentáveis” foi proposto para nossa
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio turma desenvolver um projeto que contemplem
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis quatro subtemas: terra, água, fogo e ar buscando
Eliene Maria de Jesus Borges alternativas que nos levem a desenvolver ações
Professora Orientadora voltadas para o subtema Ar, elaborando e
Colaboradores do Projeto: implementando ações como também nos preparando
Daiane de Souza Carvalho para a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo meio
Daiane Dias Pereira ambiente – CNIJMA em Brasília.
Danielly Thainá dos Santos Silva
Gabriel Assis Oliveira
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Justificativa
Gabriela Silva Carvalho
O lixo é um dos grandes problemas encontrados nas
Giseli Silva Carvalho cidades, sendo essa acumulação de dejetos sem
Guilherme Xavier dos Santos destino e tratamento adequados resultado de uma
Jamile Pereira Baleeiro sociedade que consome, cada vez mais e consequen-
Josiel Rodrigues da Silva temente transforma esse consumo em lixo. Inclusive,
Luana Leal Xavier de Souza tal problema ambiental afeta os moradores da cidade
Luiza Viviane da Silva Xavier de Licínio de Almeida-BA.
Marcleide de Souza Oliveira
Em virtude disso, o lixo despejado no lixão da
Maria Santa Teixeira da Silva comunidade Liciniense, em que os dejetos cam
Mateus Franco Moreira expostos a céu aberto, ocasiona impactos ambientais
Mayara de Jesus Silva ao ar causando problemas na saúde, dispersão de
Milene Souza Dias insetos e pequenos animais hospedeiros de doenças
Monica Rodrigues Caixeta como dengue, leptospirose e peste bubônica, além,
Sâmara Kelly Pereira Santana disso, produz um líquido chamado chorume, de cheiro
Thais Saraiva de Souza desagradável que atinge as águas subterrâneas.
Washington Pereira da Silva

132
TEMA AR

Assim, com base na percepção de que o lixão Liciniense, COM-VIDA; a Secretaria Municipal de
ocasiona sérias consequências ambientais, higiênicas Agricultura e Meio Ambiente, a Secretaria Municipal
e de saúde aos moradores Licinienses, sobretudo aos de Ação Social; a Prefeitura Municipal de Licínio de
que residem próximo a tais reservatórios inadequa- Almeida; Sindicato dos trabalhadores Rurais; Artistas
dos de lixo, se enseja conscientizar a comunidade locais, etc.
local acerca da preservação do meio ambiente em
que vivemos, a m de incentivar os seus moradores a Metodologia
adquirirem atitudes éticas e a consciência de que
Fizemos o mapeamento dos lixões que a comunidade
reciclar, além de preciso, é melhorar a qualidade do ar
possui, realizaremos palestras educativas ministradas
e as condições de vida.
na feira semanal, na câmara municipal e no Colégio
Objetivos Estadual Duque de Caxias sobre os impactos
ambientais dos lixões ao ar, a saúde e aos lençóis
Objetivo Geral subterrâneos, organizamos campanhas educativas
Estimular a comunidade escolar e comunidade local a para mobilizar sobre a redução de lixo, iniciando no
realizar a coleta seletiva e conseqüentemente a meio ambiente escolar e uma gincana pedagógica
reciclagem do lixo. tendo como tema: ética. Uma das provas foi o
recolhimento de garrafas PET'S, por equipe escolar

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Objetivos Específicos em todo o município. Foram coletadas 10.875
Entender o que os lixões impactam na qualidade garrafas, as quais foram encaminhadas para a
do ar e da água, prejudicando a ação humana; Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente,
para produção de vassouras. Organizamos também a
Analisar os impactos que os reservatórios
produção artesanal durante as aulas de artes de
inadequados de lixo vêm causando na comuni-
objetos como bolsas, sacolas, pochetes.
dade Liciniense;
Instituição da coleta seletiva a partir da coleta
Conhecer e praticar a coleta seletiva e a técnica de
domiciliar de lixo e criação de um centro de
reciclagem.
reciclagem pelo município.
O grupo teve a preocupação de realizar ocinas
Público Alvo
mensais com os moradores do entorno da
Participaram da elaboração do projeto os alunos da comunidade escolar para produzirem materiais
7ª A, do Colégio Estadual Duque de Caxias e serão reciclados, a partir do que foi recolhido na gincana e o
envolvidos na execução do mesmo todos os alunos acompanhamento das ações da COM-VIDA.
do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, pais,
funcionários da escola e moradores da comunidade

133
TEMA AR

Cronograma de Execução
ATIVIDADES DATA FASES DO PROJETO

Mapeamento dos lixões que a comunidade possui. 4 a 7 de nov. Pais, funcionários da escola e
2013 moradores da comunidade liciniense

Palestras educativas ministradas na feira semanal, na Sindicato dos Trabalhadores Rurais |


câmara municipal e no Colégio Estadual Duque de Caxias 11 a 14 de nov.
Secretaria Municipal de Agricultura
sobre os impactos ambientais dos lixões ao ar, a saúde e aos 2013
e Meio Ambiente

Campanhas educativas para mobilizar sobre a redução de 18 a 19 de nov. Professores | Com-Vida |


lixo, iniciando no meio ambiente escolar. 2013 Direção da escola

Gincana pedagógica tendo como tema: ética. Uma das


provas foi o recolhimento de garrafas PET'S por equipe escolar
6 a 8 de ago. Pais | Funcionários da escola |
em todo o município. Foram coletadas 10.875 garrafas, as
2013 Comunidade local
quais foram encaminhadas para a Secretaria Municipal de
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Agricultura e Meio Ambiente para produção de vassouras.

Produção artesanal durante as aulas de artes de objetos 20/11/2013 a Artistas locais | Secretaria de Ação Social |
como bolsas, sacolas, pochetes, 11/12/ 2013 Sec. Mun. de Agricultura e Meio Ambiente

Instituição da coleta seletiva a partir da coleta domiciliar de 3/1/2013 a PMLA | Sec. Mun. de Agricultura
lixo e criação de um centro de reciclagem pelo município. 14/8/2014 e Meio Ambiente.

Realização de ocinas mensais com os moradores do entorno


da comunidade escolar para produzirem materiais reciclados, 20/02/2014 a Secretaria Municipal de
a partir do que foi recolhido na gincana e o acompanhamento 20/08/2014 Agricultura e Meio Ambiente.
das ações da COM-VIDA.

134
TEMA AR

Referências
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso
futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, CMMAD, 1988.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO.
Agenda 21. Rio de Janeiro: Nações
Unidas,Ministério do Meio Ambiente, 1992.
Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/index.php?ido=c
Realização da etapa escolar
onteudo.monta&idEstrutura=18&idConteu
do=575>.
TRIGUEIRO, A. (Coord.). Meio ambiente no
século 21. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Ações em andamento

135
TEMA AR

Projeto brincAR

Escola Santa Ângela


Município de Ilhéus - NRE 05 sustentável e a qualidade de vida. O ar está presente
em todo lugar sobre a superfície da Terra e ocupa
Anthony Jackson Sá praticamente todo o espaço próximo e ao redor da
Delegado na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Terra que não esteja preenchido por líquido, sólido ou
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
outros gases, por isso é muito importante para a
Professoras Orientadoras: manutenção da maioria das formas de vidas, tanto
Sebastiana Menezes Santana animal quanto vegetal. Portanto para entender as
Ângela Nunes Sena Santos propriedades e características do ar através da
Noslene Almeida Dias Gouvêia ludicidade é que se justica o presente projeto, além
Luciana Oliveira Nascimento de educar para o consumo consciente e a
Vania Lucia Gilla Nogueira sustentabilidade.
Fabianne Santana Costa Andrade Por ser uma estratégia ecaz, que amplia o potencial
de alcance de iniciativas ao sensibilizar sobre a
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

Colaboradores do Projeto:
Alisson Mendes da Silva importância das escolhas de consumo de uma
maneira mais leve e divertida o projeto será
João Gabriel S. da Silva
desenvolvido numa perspectiva interdisciplinar com
Paulo Cesar Santos da Silva
alunos do Ensino Fundamental do 9º ano, com a
Ronildo Pontes Oliveira
nalidade de despertar a curiosidade pela iniciação
Thiago Almeida Castro
cientíca, através da confecção de brinquedos nos
Rodrigo Santos de Jesus
quais serão demonstradas as propriedades do ar
estudadas em sala de aula.

Apresentação
O presente projeto tem como objetivo produzir e
Justificativa
divulgar conhecimentos, atitudes, comportamentos e O ar está presente em todo lugar sobre a superfície da
valores para fortalecer o vínculo com a escola e a Terra e ocupa praticamente todo o espaço próximo e
comunidade, favorecendo a participação nas políticas ao redor da Terra que não esteja preenchido por
públicas de educação ambiental (12056/ 2011) e de líquido, sólido ou outros gases, por isso é muito
meio ambiente em favor da sustentabilidade, importante para a manutenção da maioria das
contribuindo ativamente para o desenvolvimento formas de vidas, tanto animal quanto vegetal.

136
TEMA AR

Portanto para entender as propriedades e caracterís- Provar, por meio de brinquedos, a existência do ar;
ticas do ar, através da ludicidade é que se justica o Analisar as características e as propriedades do ar;
presente projeto, além de educar para o consumo
Confeccionar brinquedos sustentáveis;
consciente e a sustentabilidade.
Brincar, expor e se divertir com os brinquedos.
É uma estratégia ecaz, que amplia o potencial de
iniciativas ao sensibilizar sobre a importância das
escolhas de consumo de uma maneira mais leve e Público Alvo
divertida. O projeto será desenvolvido numa perspec- O presente projeto tem como alcance a comunidade
tiva interdisciplinar com alunos do Ensino Fundamen-
escolar e destacando os discentes como autores e
tal do 9º ano, com a nalidade de despertar a
docentes como instrumentos no direcionamento dos
curiosidade pela iniciação cientíca, através da
saberes.
confecção de brinquedos nos quais serão demons-
tradas as propriedades do ar estudadas em sala de
Metodologia
aula, fortalecendo o vínculo da escola com a comuni-
dade e favorecendo a participação nas políticas locais
pela sustentabilidade socioambiental prevista nas
Metas do Milênio.

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Objetivos

Objetivo Geral
Produzir e divulgar conhecimentos, atitudes,
comportamentos e valores para fortalecer o vínculo
com a escola e a comunidade, favorecendo a
participação nas políticas públicas de educação
ambiental (12056/2011) e de meio ambiente em favor Gerador eólico
da sustentabilidade, contribuindo ativamente para o
Assistimos ao vídeo “como fazer um gerador eólico
desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida.
1.0” no youtube, que mostra como fazer um gerador
Objetivos Específicos : utilizando um carrinho de brinquedo, mas este
Desenvolver atividades práticas a partir do gerador só gerava 1volt e a lâmpada do carrinho não
conhecimento cientíco e das atividades acendeu, nem um led. As tentativas para a construção
desenvolvidas em sala de aula. do gerador não deram certo. Na segunda versão do
vídeo “com fazer um gerador eólico 2.0”, não

137
TEMA AR

apresentava novidade em relação ao primeiro vídeo, Realizar ocinas de aprendizado de brinquedos;


a única diferença era adaptar um motor de um Promover ocina de brinquedos para a comuni-
aparelho de DVD ao gerador, realizou-se nova versão dade escolar;
2.0, gerando apenas 4 volts, acendendo apenas 2
leds, mas o objetivo era que acendesse as 6 leds, do Montagem de slides pelos alunos com imagens e
carrinho. Testando e pesquisando, encontramos um comentários do projeto para apresentação na
vídeo que ensinava a fazer um gerador utilizando o conferência;
motor de uma impressora, que gerava 18 volts. Após Confecção de logotipo para o projeto Brincar;
outras tentativas, o objetivo foi alcançado com Confecção de cartazes e frases alusivos ao tema;
sucesso.
Descrever com detalhes como foram realizadas as
Foram utilizados os seguintes materiais:
observações, as coletas de dados e as pesquisas
1 motor de impressora; bibliográcas.
1 capacitor de eletrolítico de 2200uf 63volts;
5 leds de alto brilho, sendo que 01 com duas cores Referencial Teórico
diferentes;
Hoje em dia, descartamos um grande número de
1 garra de jacaré vermelha (+);
embalagens sem que faça qualquer tipo de separa-
1 garra de jacaré preta (-);
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

ção. Mas, graças a muitas pessoas conscientes, o lixo


1 díodo de 1n4007;
reciclável (plástico, vidro, metal e papel), está sendo
4 metros de o vermelho (+); separado e enviado a indústria que transforma esse
4 metros de o preto (-); lixo em outros materiais.
2 cantoneiras de partilheira;
Em plena Era do Aquecimento Global, a reciclagem de
1 carrinho de brinquedo; lixo é um quesito fundamental para preservar a
1 ventilador usado para girar a hélice; qualidade de vida. Os aterros sanitários estão sobrecar-
1 hélice de ventilador usado para gerar energia ao regados de resíduos que podem ser reaproveitados.
gerador eólico.
O trabalho com materiais recicláveis transforma
sucata em brinquedos e contribui com a formação de
Ações pequenos cidadãos, que passam a ter uma visão
Pesquisas: sustentabilidade, aerodinâmica, ecologicamente correta do mundo.
Energia eólica, Brinquedos recicláveis. Há também pessoas que usam sua criatividade para
Divisão dos alunos por grupos de trabalho; confeccionar brinquedos com os materiais que iriam
para o lixo. Basta colocar a imaginação e a criativi-
Confecção de brinquedos que funcionam com a
dade para funcionar.
ação do ar;

138
TEMA AR

Considerações Finais O projeto serviu como base para uma visita a


Universidade de Santa Cruz para uma aula expositiva
O projeto foi realizado com sucesso e com o
com o Professor Doutor Júlis Soares e para nos
envolvimento de um grande contingente de alunos
esclarecer sobre o processo de produção da energia
que se empenharam e produziram diversos
eólica que nos conduziu ao laboratório de Física da
brinquedos utilizando como fonte de energia o ar.
referida Universidade para demonstração e experi-
Foram confeccionados brinquedos das mais diversas
mentação de todo o processo.
complexidades, desde um cata-vento até a produção
de um gerador eólico para abastecer um carinho de Esperamos ter outras oportunidades como esta, pois
brinquedo e fazê-lo ascender as lâmpadas de LED. tivemos uma excelente oportunidade para pesquisa e
experimentação.

Cronograma de Execução
PERÍODOS
ATIVIDADES
1 2 3 4 5 6 7 8
1. Levantamento de literatura X X
2. Montagem do Projeto X X

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


3. Coleta de dados X
4. Tratamento dos dados X
5. Elaboração do Relatório Final X
6. Revisão do texto X
7. Entrega do trabalho X

Referências
IACZINSKI SOBRINHO, Antônio. Elaboração e http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-
execução de projetos.Florianópolis:UFSC/ a-6-anos/aviao-papel-pipa-cata-vento-outros-
brinquedos-voadores-613128.shtml
http://www.akatu.org.br/Temas/Consumo-
Consciente/Posts/Brinquedos-sustentaveis-para- http/www.feiradeciências.com.br
ensinar-educacao-ambiental http://youtube.com/watch?v=iH1fdwKTSMs
http://www.parquedaciencia.com.br/sitemm/roteiro
s/ar.pdf

139
TEMA AR

Projeto ASA: Arborizar, Sentir e Aprender

Colégio Antônio Carlos Magalhães Várias ações políticas, sociais e não governamentais
Município de Paramirim - NRE 12 tentam criar estratégias que possam melhorar o
desempenho e os resultados escolares de crianças e
Andressa Silva Ferreira jovens brasileiros.
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio
Entre milhares de aspectos de suma importância na
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis
inuência destes resultados e, observando que
Ana Paula Belchior Alvarenga Medrado segundo pesquisas realizadas nas escolas públicas
Professora Orientadora
com os próprios alunos, o seu bem-estar proporcio-
nado por mais conforto e limpeza num ambiente no
Apresentação qual passam mais de quatro horas diárias, e que, sem
dúvidas, expressa como aspecto fundamental para
O “Arborizar, Sentir e Aprender” é um projeto criado a
que tenham um bom desenvolvimento cognitivo e
partir da necessidade de um ambiente escolar mais
sócio-formativo.
agradável e sustentável que proporcione melhoria na
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

qualidade do ar em todas as áreas da escola. Para Paramirim é uma cidade de 21000 habitantes (censo
isso, teve-se a ideia de plantar nas áreas internas do 2010), situada no sudoeste do estado da Bahia, com
colégio, árvores de espécies que promovam sombra baixo índice pluviométrico (média anual de 57
às salas de aula, mais umidade no ar e temperaturas mm/mês), de temperatura média acima dos 30°C e
mais agradáveis. muito baixa umidade relativa do ar.
O projeto foi eleito na Conferência do nosso colégio, Nosso colégio e de médio porte, com aproximada-
por apresentar uma proposta que oferece o bem mente 30 alunos por sala, não possui nenhuma área
estar aos alunos em seu ambiente escolar pois esse é verde nas dependências internas do prédio, o que faz
um fator fundamental para o bom desenvolvimento e com que a temperatura dentro das salas chegue a
convivência sadia da comunidade escolar durante as atingir os 40°C, devido às radiações solares muito
horas diárias que precisam-se cumprir no local. intensas que invadem todo o interior das salas,
principalmente no turno vespertino.

Justificativa Além do sol excessivo, a falta de plantas torna piores


os índices de umidade do ar, afetando a respiração e
Nos últimos anos, entre as maiores preocupações de
consequentemente a saúde dos alunos, o rendi-
várias entidades governamentais e da própria
mento escolar e a qualidade de vida.
sociedade está a qualidade do ensino no Brasil.

140
TEMA AR

A arborização nas dependências do nosso colégio Demonstrar através de ações práticas o compro-
amenizará signicativamente estes efeitos que, por misso com a sustentabilidade ambiental;
características típicas do clima de nossa região, se Acompanhar as descobertas cientícas divulga-
agravam ainda mais em certas épocas do ano. das pelos meios de comunicação e avaliar os
Plantando árvores no ambiente escolar, acreditamos aspectos éticos dessas descobertas;
nos benefícios que da presença de vegetação, fará Aplicar os conhecimentos adquiridos de forma
com que os jovens percebam na prática a impor- responsável, de modo a contribuir para a melhoria
tância de reorestar, preservar, valorizar e respeitar o a qualidade de vida;
meio ambiente, agindo localmente e pensando
globalmente. Ler e interpretar dados apresentados de maneira
organizada;
Reconhecer a importância do homem na trans-
Objetivos
formação do meio em que vive, assim como as
Objetivo Geral causas e consequências de sua intervenção ;
Proporcionar experiências educativas fundamentadas Desenvolver a prática de atitudes e a formação de
em bases cientícas tecnológicas que desenvolva no novos hábitos em relação à utilização dos recursos
estudante a compreensão crítica-reexiva dos naturais e a busca de possíveis soluções para as

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


fenômenos físicos, ambientais e socioculturais, esti- questões socioambientais.
mulando a curiosidade, a criatividade, a capacidade de
raciocínio e o espírito de cooperação permitindo-lhe
Público Alvo
intervir na realidade.
A execução do projeto, desde as pesquisas iniciais até
Objetivos Específicos a manutenção dos plantios, terá como público alvo
Incentivar a participação dos adolescentes nos os alunos das séries nais, do ensino fundamental,
debates sobre as questões sociais e ambientais, na mas como toda escola será beneciada.
escola e na comunidade;
Assumir responsabilidades e ações, que contri- Metodologia
buam para as transformações e a construção de As atividades serão desenvolvidas de forma
um futuro sustentável; interdisciplinar, valorizando os diferentes saberes,
Identicar os prejuízos das ações antrópicas no estimulando a curiosidade, a criatividade, a cons-
meio ambiente; ciência crítica, o senso investigativo e o protagonis-
mo juvenil na busca de resolução e enfrentamento
Relacionar ações que promovam a sustentabili-
dos problemas do mundo, tendo como foco principal
dade ambiental;
as questões ambientais.

141
TEMA AR

Os alunos dos anos nais do ensino fundamental término das aulas. Durante o recesso escolar, estas
participarão desde a pesquisa sobre qual espécie é a tarefas serão realizadas pelos colaboradores da
mais indicada, da aquisição das mudas, do plantio e própria equipe da Unidade Escolar.
da manutenção das plantas.
O prazo de execução é de um trimestre, em duas Resultados Esperados
fases. A primeira fase será de pesquisa sobre a espécie
Espera-se que ação educativa promova mudanças
mais indicada a ser plantada na área disponível, que
comportamentais signicativas com relação às
possa atingir os objetivos supracitados e que não
questões ambientais, e que haja produção e
coloque em risco a segurança das pessoas e da
transformação de conhecimento para a formação de
edicação. Para esta etapa, contaremos com a
indivíduos colaborativos, reexivos, capazes de
colaboração da Secretaria Municipal de Agricultura,
intervir no meio em que vivem em favor de uma
da EBDA - Empresa Baiana de Desenvolvimento
sociedade sustentável.
Agrícola -, de professores e alunos da Escola Família
Agrícola e até com a Experiência de agricultores e
lavradores da nossa cidade. Esta etapa deverá ser Considerações Finais
feita entre os meses de outubro e novembro. As atividades experimentais devem propiciar aos
A segunda fase é o preparo das áreas onde serão estudantes a exploração da capacidade de compre-
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

plantadas as mudas. Estas áreas cam situadas ender e avaliar modelos e teorias, bem como devem
paralelamente às salas de aula, nas quais há espaços
especícos com terra e disponibilidade de
água. O preparo constituirá de limpeza,
adubagem, irrigação e aeração da terra, tudo
executado pelos próprios alunos que se
organizarão em grupos por área e monitora-
dos por membros dos órgãos colabora-dores e
por professores.
O período para a realização das ações de
plantio deverá ser na primeira quinzena de
dezembro, período em que se iniciam as
chuvas, proporcionando assim, maiores
chances de sucesso na germinação das mudas.
A manutenção e preservação serão realizadas
por grupos de alunos que se revezarão até o Imagens da Conferência Realizada no Colégio Estadual Governador
Antônio Carlos Magalhães de Paramirim - BA

142
TEMA AR

oferecer estímulos adequados para que ocorram o


desenvolvimento e a mudança.
Espera-se que haja um efeito positivo no processo
ensino-aprendizagem, onde os estudantes melho-
rem seus desempenhos, despertem o interesse pela
ciência e estejam motivados a participar sempre.

Cronograma de Execução
ATIVIDADES | MÊS 9 10 11 12
1. Pesqusa de literaturas X
2. Montagem do Projeto X
3. Pesquisa sobre mudas e plantas X
4. Preparo da área para o plantio X
5. Plantio das mudas e horta X

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


Referências
BOFF, L. Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres -
Rio de Janeiro, 2004.
EFFTING, T. R Educação Ambiental nas escolas
públicas: Realidade e desaos, 2007– Monograa
Curso de Especialização “Planejamento para o
Desenvolvimento sustentável”, da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, Campus Marechal
Cândido.
LEÃO, A. L. Carneiro; SILVA, L. M. Alves. Fazendo
educação ambiental. Recife: CPRH, 1995.

143
TEMA AR

Projeto Controle da Qualidade do Ar

Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição Efeitos da poluição atmosférica: na saúde humana
Município de Carinhanha - NRE 02 atacam os pulmões e o trato respiratório, causa
asxia, quando em grandes quantidades, causa
Raniele Silva Neves câncer no pulmão, câncer no nariz e pode provocar
Delegada na IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio transtornos nas pessoas; no desenvolvimento de suas
Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis atividades comuns do dia a dia, tais como: limpeza da
casa, secagem da roupa, etc.
Agravantes da poluição atmosférica: Inversão
térmica, a renovação natural do ar acontece, através
de um fenômeno chamada convecção. A radiação
Apresentação emitida pelo solo que atravessa a atmosfera aquece a
Analisando o contexto social e econômico, ao qual a crosta terrestre por irradiação. O solo aquecido emite
comunidade de Agrovila XV está inserida, a escola calor radiante, que aquece por condução o ar acima,
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

procurou desenvolver um projeto que alcançasse desde o ar aquecido expande-se, diminuindo sua
diretamente melhorias na qualidade do ar. tensidade, o que o eleva para regiões mais baixas,
criando correntes de convecção que renova o ar junto
Tomando em consideração as muitas queixas dos
ao solo, onde estas se aquecerão novamente e
habitantes, e depois de uma análise da situação
tornarão alimentar o ciclo.
ambiental feita juntamente com a “Com Vida”,
chegou-se a conclusão de que algo precisava ser feito O que tem se observado na comunidade, é que a
para diminuir a poluição atmosférica, provocada pela maioria das pessoas optam por fazer a queima do lixo
queima irregular do lixo domiciliar. doméstico no próprio quintal. Essa queima
geralmente é feita nos horários mais impróprios,
quando não há inversão térmica, o que agrava o
Justificativa
problema, pois a fumaça produzida não consegue se
A poluição do ar é um fenômeno decorrente da dispersar.
atividade humana em vários aspectos, dentre os
Um homem adulto respira 10.000 litros de ar por dia,
quais, destacamos o crescimento populacional,
consumindo em média 400 litros de oxigênio. Em
econômico e os hábitos da população, pois onde há
geral, não é necessário, nem possível, corrigir a
concentração de pessoas, também existe alteração
composição do ar que respiramos e essa é a principal
dos recursos ambientais.

144
TEMA AR

diferença entre o consumo de ar e de água. A água fazer com que todos descubram a importância da
passa por um tratamento prévio, que a torna um adoção de medidas simples, que visam diminuir
produto industrial, o ar, ao contrário, deve ser os efeitos da queima aleatória dos resíduos
consumido inatural. sólidos.
Sendo assim, é de fundamental importância, ao mesmo tempo, espera-se que todos se
medidas de preservação da qualidade do ar devem envolvam nesse processo, reconhecendo suas
ser tomadas por toda a sociedade. responsabilidades como ser humano, assumindo
O ser humano interage com o meio ambiente e cada um a sua função diária, como protetores da
produz resíduos, parte dos quais causam problemas natureza.
de poluição do ar.
Etapas Previstas
Objetivos 1ª ETAPA: discutir com os alunos sobre a importância
O que se espera alcançar com a aplicação desse da qualidade do ar para o nosso organismo e o meio
trabalho é: em que vivemos. Cada classe deverá apresentar suas
promover a conscientização da comunidade, ideias e possíveis soluções para o problema.
levando as pessoas a reetirem sobre a problemá- 2ª ETAPA: as ideias anteriormente trabalhadas nas

Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?


tica que afeta diretamente a todos. classes deverão ser compartilhadas no auditório da
conferência. Esse é o momento de maior discussão
que também envolve a participação da comunidade e
todo o corpo escolar.
3ª ETAPA: é o momento de consolidação do trabalho.
Esse momento compreende: gincana, confecção de
cartazes, faixas, panetos e placas que serão usadas
como material de preparação das ações.
4ª ETAPA: os alunos visitarão os domicílios, levando
as informações a cada morador, distribuindo
panetos e apelando para o senso de cada um.
Nessa etapa, foi feito uma mobilização utilizando
carros de som que percorrerá todas as ruas da
comunidade. E nesse momento, os moradores
conhecerão as experiências que pode contribuir
signicativamente para reduzir a queima do lixo
sintético e evitar a do lixo orgânico.

145
TEMA AR

Conclusão
Assim, pretende-se que ao nal desse processo haja
resultados como: redução dos resíduos, destinação
Escolas Sustentáveis: quais os caminhos?

adequada e aproveitamento da matéria orgânica,


contribuindo para a redução de emissão de fumaça,
gerada pela combustão desses materiais e com isso
favorecendo e contribuindo com melhorias na
qualidade do ar.

Referências
BRASIL, Ministério da Educação, Parâmetros
Curriculares Nacionais: Meio Ambiente.
Secretaria de Educação Ambiental – 3 ED – Brasília:
A Secretaria/ 2001.
CASSIANO, F. Educação Ambiental Dias, G.F.
Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 7 ED.
São Paulo: Gaia, 2001.

146
Considerações Finais

A escola é um espaço privilegiado para criar Convém ressaltar, de antemão, que esta coletânea
condições e possibilidades com alternativas que cumpriu o papel de, minimamente, evidenciar os
estimulem os educandos a terem concepções e 27 projetos dos estudantes delegados. Não
posturas cidadãs, cientes de suas responsabilidades podemos deixar de registrar que 24.248 profes-
com o planeta. Neste sentido é que foi organizada a sores/professoras participaram deste processo no
presente Coletânea com a nalidade de socializar os Estado da Bahia, envolvendo 66.184 pessoas das
projetos que foram elaborados e desenvolvidos nas comunidades, segundo dados do Relatório Final da
escolas da Bahia, protagonizado pelos estudantes IV Conferencia Nacional Infantojuvenil pelo Meio
com a orientação dos educadores. Ambiente, evidenciando uma grande mobilização
Esperamos que ela seja um instrumento de incen- no Estado.
tivo e motivação para que educandos e educa- A Educação Ambiental trabalhada de forma
dores desenvolvam ações de Educação Ambiental interdisciplinar e transversal nas escolas constitui
em sala de aula, e fora dela, em consonância com um exercício enriquecedor, devendo fazer parte do
os princípios das Políticas Nacional e Estadual de currículo escolar, onde os educadores e educandos
Educação Ambiental – Lei nº 9795/1999 e possam reetir sobre o modo de ver o mundo,
12.056/2011, respectivamente, e das diretrizes do desenvolvendo ações em prol da sustentabilidade
Programa de Educação Ambiental do Sistema socioambientais de forma a transformar a escola
Educacional – ProEASE, na perspectiva de termos em um Espaço de Educador Sustentável.
uma sociedade mais justa e sustentável. Além disso, considerando a vivência em todo o
É importante destacar que diversas são as estraté- processo, é possível armar que investir em ações
gias de implementação da Educação Ambiental que estimulam a compreensão do ambiente e suas
nas unidades escolares. No âmbito da Secretaria da complexas relações - não apenas avaliando os
Educação do Estado da Bahia- SEC/BA, destacamos aspectos da natureza, mas também – e principal-
o Projeto Estruturante Juventude em Ação: mente – das relações entre os seres humanos, e
construindo da Agenda 21 nas Escolas – o JA, que destes com o ambiente em que estão inseridos é,
tem como objetivo promover a formação de efetivamente, promissor no que diz respeito às
Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida estratégias que asseguram envolvimento e
– COM-VIDA e elaboração da Agenda 21, através participação social por meio de uma educação
de ações de mobilização, articulação e organização ambiental critica, transformadora e emancipatória
da comunidade escolar, promovendo, em e em consonância com o PACTO PELA EDUCAÇÃO –
particular, o protagonismo juvenil em consonância EDUCAR PARA TRANSFORMAR.
com as políticas públicas do Estado.

147
ANEXOS
ANEXOS

DECRETO Nº 14.733 DE 04 DE SETEMBRO DE 2013

Convoca a II Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio V. estimular a inclusão de propostas de sustentabi-lidade
Ambiente "Vamos Cuidar da Bahia com Escolas Sustentáveis" socioambiental no Projeto Político Pedagó-gico, a partir da
e dá outras providências. Gestão, do Currículo e do Espaço Físico;
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso das VI. criar e fortalecer as Comissões de Meio Ambiente e
atribuições que lhe são conferidas pelo art. 105, inciso V, da Qualidade de Vida, nas escolas como espaços de debates
Constituição Estadual, e à vista do disposto nos arts. 6º, sobre questões sociais e ambientais na escola e na
inciso XV, 62 e 68 da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de comunidade;
2006, D E C R E T A VII. contribuir com a implementação da Resolução nº 2, de
Art. 1º Fica convocada a II Conferência Estadual Infantojuvenil 15 de junho de 2012, do Conselho Nacional de Educação,
pelo Meio Ambiente II CEIJMA, a realizar-se no mês de outubro que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
de 2013, sob a coordenação da Secretaria da Educação. 12/09/2016 Casa Civil Legislação Estadual
Art. 2º A II CEIJMA desenvolverá os seus trabalhos a partir do http://www.legislabahia.ba. gov.br/2/2 Educação
tema "Vamos Cuidar da Bahia com Escolas Sustentáveis" Ambiental
inserindo a educação ambiental no Currículo Escolar e VIII . contribuir com a efetivação dos objetivos da
mobilizando a comunidade para a transformação de valores em Organização das Nações Unidas ONU, no âmbito dos
prol da sustentabilidade ambiental. Programas " Década da Educação para o Desenvolvimento
Art. 3º A II Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Sustentável" e "Metas do Milênio";
Ambiente II CEIJMA tem por objetivos: IX. estimular a participação dos jovens na implementação
I. promover a cultura da atitude responsável e das Políticas Nacional e Estadual de Educação Ambiental,
comprometida da comunidade escolar com as questões incentivando os a contribuir com a solução dos problemas
socioambientais, locais e globais, com ênfase na socioambientais do Estado.
participação social e nos processos de melhoria da relação Art. 4º A II Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio
de ensino e aprendizagem; Ambiente será presidida pelo Secretário da Educação e, na sua
II . fortalecer a educação ambiental nos Sistemas de Ensino ausência ou impedimento, pelo titular da Superintendência de
do Estado da Bahia; Desenvolvimento da Educação Básica.

III . fomentar a participação da comunidade escolar na Art. 5º A Secretaria da Eduação, através de Portaria, designará a
construção de políticas públicas de educação e de meio Comissão Organizadora Estadual COE, bem como aprovará o
ambiente; seu Regimento Interno, que xará suas normas de
funcionamento, as atividades a serem desenvolvidas e o
IV. apoiar as escolas na transição para a sustenta-bilidade,
processo democrático de escolha de seus delegados.
contribuindo para que se constituam em Espaços
Educadores Sustentáveis a partir da articulação de Gestão, § 1º Compete, dentre outras atribuições, à Comissão
Currículo e Espaço Físico; Organizadora Estadual planejar, acom-panhar, avaliar e

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ANEXOS

mobilizar as unidades escolares das redes federal, estadual, PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 04 de
municipal e privada para participarem das etapas da II setembro de 2013.
CEIJMA "Vamos Cuidar da Bahia com Escolas Sustentáveis" e
da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio JAQUES WAGNER
Ambiente. Governador
§ 2º A Coordenação da Comissão Organizadora Estadual Rui Costa
caberá à Secretaria da Educação, por meio da Coordenação Secretário da Casa Civil
de Educação Ambiental e Saúde.
Osvaldo Barreto Filho
Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Secretário da Educação

PORTARIA N° 5825/2013.

Aprova o Regimento, designa a Comissão Organizadora Art. 3° Esta Portaria entra em vigor quando na data da
Estadual (COE-BA ) da II Conferencia Estadual Infantojuvenil publicação, 13 de setembro de 2013. OSVALDO SILVA BARRETO
pelo Meio Ambiente “ Vamos cuidar da Bahia com Escolas FILHO – Secretaria da Educação.
Sustentáveis” e dá outras providências.
ANEXO ÚNICO
O SECRETARIO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições,
Regimeto interno da Comissão Organizadora Estadual (COE-
considerando o dispositivo no Decreto n° 14.733, de
BA) da II Conferencia Estadual Infantojuvenil pelo meio
04/09/2013, publicado no DOE em 5 de setembro de 2013,
ambiente
que assinalou a forma de designação da Comissão
Organizadora Estadual (COE) e aprovação do seu CAPITULO I – DA FINALIDADE
Regimento, RESOLVE:
Art. 1° A Comissão Organizadora Estadual (COE-BA), instituída
Art. 1° aprovar na forma de anexo . O Regimento da Comissão no Estado pelo decreto n° 14.733, de 04/09/2013, publicado no
Organizadora Estadual (COE-BA ) da II Conferência Estadual DOE em 05 de setembro de 2013, que tem como contribuições:
Infantojuvenil pelo Meio Ambiente – Vamos cuidar da Bahia
I. Planejar, acompanhar e validar a execução dos trabalhos
com Escolas Sustentáveis.
da II Conferencia Estadual InfantoJuvenil pelo Meio
Art. 2°. Ficam os membros da COES obrigados a divulgar este Ambiente e a participação das unidades escolares na IV
regimento, que dever ser disponibilizado em lugar de fácil Conferência Nacional InfantoJuvenil pelo meio ambiente;
acesso para consulta das instituições envolvidas.
II. Articular-se com as instituições e municípios , com vistas a
participação e apoio a diversas etapa da Conferência.

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ANEXOS

CAPITULO II – DA COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO CAPITULO III – DAS COMPETENCIAS


Art. 2° São membros da Comissão os representantes dos Sessão I | Da Coordenação
seguintes órgãos indicadores, juntamente com seus respectivos Art. 3° A Coordenação da Comissão Organizadora Estadual
suplentes: (COE) cara a cargo da Secretaria do Estado da Educação,
I. Secretaria Estadual da Educação; através da Coordenação de Educação Ambiental e Saúde
II. Secretaria Estadual do Meio Ambiente; (CEAS). Art. 4° Compete à Coordenação:

III.Secretaria Estadual de Planejamento; I. Convocar e presidir as reuniões da Comissão;

IV. Secretaria Estadual de Ciências e tecnologia; II. Representar externamente a Comissão;

V. Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Integração III. Designar um dos membros para elaborar as memórias
Regional; das reuniões da Comissão;

VI. Secretaria Estadual de Relações Institucionais; IV. Convidar representantes de órgãos e entidades públicas e
privadas para participarem de reuniões da Comissão;
VII. Secretaria Estadual da Promoção da Igualdade Racial
do Estado da Bahia; V. Solicitar aos órgãos da administração direta ou indireta,
sempre que necessário, apoio em pessoal e outros meios,
VIII. Universidade Estadual de Feira de Santana;
para consecução dos objetivos da Conferencia Estadual;
IX. Unidade Estadual de Santa Cruz;
VI. Decidir “ad referendum” sobre medidas de urgência,
X. Unidade Estadual do Sudoeste da Bahia; necessárias ao regular andamento dos trabalhos;
XI. Universidade Federal da Bahia; VII. Denir os assuntos que devam ser submetidos a
XII. Instituto Federal Baiano (IF Baiano); apreciação e aprovação do Plenário;
XIII. Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e VIII. Elaborar relatórios periódicos das atividades
Lazer de Salvador; desenvolvidas;
XIV. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; IX. Indicar substituto, quando necessários ao cumprimento
XV. União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação; das atribuições da Comissão.

XVI. União dos Municípios da Bahia; Seção II | Dos Membros


XVII. Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente; Art. 5° Aos membros da Comissão compete:
XVIII. Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental; I. Participar das discussões e deliberações assuntos
XIX. Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas submetidos ao Plenário;
do Estado da Bahia Serviço; II. Expor e emitir parecer sobre os assuntos de que sejam
XX. Nacional de Aprendizagem Rural-BA/SENAR; designados relatores;
XXI. Federação das Indústrias do Estado da Bahia – III. Assinar as memórias de cada reunião;
FIEB/SESI. IV. Prestar informações á Coordenação sobre as atividades
de seus órgãos representados, relacionadas a estudos e
trabalhos da Comissão;

151
ANEXOS

V. Propor matérias para deliberação do Plenário; Sessão II – Dos Membros


VI. Propor ao Plenário o convite a autoridades e técnicos de Art. 7° São atribuições gerais:
reconhecida capacidade prossional para participaram de I. Comprometer-se com a continuidade das metas da
reuniões da Comissão; Conferencia, oferecendo suporte e acompanhamento
VII. Propor ao Plenário o planejamento da execução dos técnico;
trabalhos; II. Determinar a liberação de seu(s) representante(s) na
VIII. Desempenhar outras atribuições que lhes forem COE/BA, integrante de seu quadro de pessoal, para
outorgadas pelo Plenário. participação em atividades da Conferência as etapas da
Conferencia Estadual InfantoJuvenil pelo Meio Ambiente;
CAPÍTULO IV – DAS ATRIBUIÇÕES III. Acompanhar as etapas da IV Conferência Nacional
Seção I | Da Coordenação InfantoJuvenil pelo Meio Ambiente no Estado.
Art. 6° São atribuições da Coordenação da COE: Art. 8° São atribuições especicas:
I. Comprometer-se com a continuidade das metas da Confe- I. União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME):
rência, em mobilizar as escolas do 6° ao 9° ano (5ª a 8ªsérie)
a) Mobilizar, através das Secretarias Municipais, todas as
das redes municipais, estaduais, federal e privadas do Esta-
escolas do 6° ao 9° ano (5ª à 8ª série) do Ensino
do, bem como as escolas das comunidades indígenas, de
Fundamental, bem como coordenar a comunicação com
remanescentes de quilombos assentados rurais, conside-
as mesmas, para participação nas diferentes atividades /
rando suas decorrências institucionais e políticas, bem como
etapas da Conferência;
assegurar condições para o desenvolvimento dos trabalhos.
b) Manter comunicação permanente com a Secretaria
II. Solicitar às demais instituições parceiras, por meios de
Educação Estadual de Educação, para trabalho
representantes da COE, liberação de seus serviços para parti-
conjunto.
ciparem das diferentes atividades e etapas da Conferência;
II. União dos Municípios da Bahia (UPB): Mobilizar, através
III. Oferecer orientações e acompanhamento técnico e peda-
das prefeituras, Secretariais Municipais de Educação,
gógico na realização das atividades e etapas da Conferência;
considerando suas decorrências institucionais e políticas.
IV. Acompanhar e colaborar, quando necessário, no cadas-
III. Coletivo Jovem pelo Meio Ambiente (CJ): Incentivar a
tramento das unidades no site especico da Conferência;
implementação das Comissões de Meio Ambiente e
V. Administrar os recursos para a realização da Conferencia Qualidade de Vida – Com-vida – nas escolas e acompanhar o
Estadual InfantoJuvenil pelo Meio Ambiente; processo de construção das Agendas 21 Escolares.
VI. Oferecer suporte organizacional para as Comissões IV. Movimento Unido dos Povos e Organizações do Estado
Organizadoras Estaduais e Municipais; da Bahia (MUPOIBA): Articular o processo de mobilização,
VII – Articular as instituições interessadas e divulgar as em especial das escolas indígenas, em parceria com a
informações da Conferência; VII – Distribuir os materiais Coordenação de Educação Indígena da Secretaria Estadual
disponibilizados pela CGEA/SECADI/MEC para as diferentes da Educação.
atividades da Conferência.

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ANEXOS

CAPITULO V- DO FUNCIONAMENTO DAS REUNIÕES Art. 12. Anunciado pela coordenação o encerramento da
Art. 9° A comissão iniciara seus trabalhos com a presença de, no discussão, a matéria será submetida à votação.
mínimo ¼ (um quarto) de seus membros. Art. 13. As decisões do Plenário serão tomadas por voto da
Art. 10. O plenário da Comissão se reunirá por convocação da maioria simples dos membros presentes. Parágrafo Único –
Coordenação: Caberá à Coordenação alem do voto institucional, o voto de
qualidade.
I. Em sessão ordinária , com periodicidade mensal ou a ser
determinada, mediante convocação com antecedência CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
mínima de 03 (três) dias úteis, acompanhada da pauta dos
Art. 14. As despesas de transporte, diárias ou de outra natureza,
assuntos a serem discutidos, conforme o calendário
dos membros da Comissão, serão custeadas pelos órgãos que
proposto pela coordenação;
os representam.
II. Em sessão extraordinário, mediante convocação com
Art. 15. Qualquer conduta de algum membro da Comissão que
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas,
ra a ética ou comprometa o bom desenvolvimento dos
acompanhada da pauta dos assuntos a serem discutidos:
trabalhos, implicará em solicitação de substituição pela
§ 1° A convocação de sessão extraordinária dar-se-à Coordenação ou demais membros da COE.
pedido da maioria dos membros da Comissão.
Art. 16. Os casos não previstos neste Regulamento serão
§ 2° As reuniões do Plenário da Comissão serão resolvidos pelo Plenário.
realizadas em local a ser determinado pela Coordenação
Art. 17. Este Regimento interno foi aprovado pelo Plenário da
e terão suas deliberações registradas em ata, que devera
Comissão em sua Reunião Ordinária de 11 de dezembro de
ser lida, aprovada e assinada pelos presidentes.
2012, e somente por ela poderá ser alterado.
Art. 11. A condução dos trabalhos das reuniões observara a
seguinte ordem:
I. instalação dos trabalhos pela Coordenação;
II. Assinatura da lista de presença;
III. Vericação de quorum;
IV. Leitura, discussão e votação da memória de reunião
anterior;
V. Leitura da pauta da reunião, discussão e votação de
assuntos constantes;
VI. Apreciação de matéria em regime de urgência, quando
aprovada pelo Plenário a sua inclusão na pauta;
VII. Assuntos de ordem geral não incluem pauta;
VII. Encerramento dos trabalhos;

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