Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
i
ii
Universidade Católica de Moçambique
iv
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
v
Índice
Introdução...................................................................................................................................6
1. Conceito da historiografia...................................................................................................7
2. Cosmogonia.........................................................................................................................8
3. Mitologia.............................................................................................................................9
4. Historiografia antiga..........................................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................16
Referências bibliográficas.........................................................................................................17
vi
Introdução
Segundo Marc Bloch, a história é uma ciência que estuda os homens no tempo; (p.55) “Uma
ciência dos homens no tempo”(p.67);
Historiografia - É uma disciplina preocupada com a pesquisa histórica em si, em como fazer a
colecta de dados.
É o estudo de como a história é escrita e como nossa compreensão histórica muda com o
tempo (Juliana Bezerra).
Segundo Marc Bloch, a história é uma ciência que estuda os homens no tempo; (p.55) “Uma
ciência dos homens no tempo”(p.67);
Historiografia - É uma disciplina preocupada com a pesquisa histórica em si, em como fazer a
colecta de dados.
É o estudo de como a história é escrita e como nossa compreensão histórica muda com o
tempo (Juliana Bezerra).
Esse estudo considera as abordagens usadas pelos historiadores que procuram entender como
e por que suas teorias e interpretações diferem. Enquanto o passado em si nunca muda, a
escrita da história esta sempre evoluindo. Novos historiadores exploram e interpretam o
passado. Eles desenvolvem novas teorias e conclusões que podem mudar a maneira como
entendemos o passado. A historiografia reconhece e discute esse processo de mudança.
A historia é o que está escrito sobre o passado, com o objectivo de torna-lo o mais próximo
possível do que aconteceu.
7
2. Cosmogonia
O termo cosmogonia tem origem de duas palavras gregas: cosmos que quer dizer universo, e
gignomai, quer dizer o nascimento do universo. Trata-se de um relato que explica a criação e
a ordem do mundo e, ao mesmo tempo, o surgimento dos seres humanos. A cosmogonia
reflecte a cultura e o momento histórico.
De acordo com a mitologia, dos antigos egípcios, no inicio do mundo não havia céu nem
terra, havia apenas um oceano infinito que continha todos os elementos do universo. O
espírito do mundo se encontrava disperso no caos, mas esse mesmo espírito tomou
consciência e assim nasceu, o deus do céu e do sol. Por causa de sua forca criou tudo o que
existe no mundo.
Para os antigos maias o universo era formado por duas realidades: o céu e o submundo.
Para esta civilização, o mundo se encontrava em absoluto repouso e sem vida, mas seis
divindades cobertas de plumagens verdes e que descansavam nas profundezas das águas,
decidiram criar a terra e tudo o que existe nela. A partir desse momento a terra tinha seus
próprios ou coração. Nela crescia uma seiva cuja raiz atingia o submundo a suas folhas
alcançavam níveis diferentes no seu. Em seguida, nasceram as plantas, os animais, e por
ultimo, os seres humanos.
Os cosmos maia apresentavam três níveis: caan ou céu, caab ou terra e xibalba ou submundo,
paralelamente, o o universo esta organizado por critérios geométricos.
Em seguida nasceu o Deus cronos, pai do tempo, que se casou com Rea. Da união de cronos e
Rea nasceu Zeus, o Deus que acabou dominando o Olimpo dos deuses.
As várias cosmogonias surgiram num período em que não havia nenhuma ciência. Desde
Copérnico e Galileu a astronomia ê a ciência que explica a ordem do universo. Neste sentido
as explicações astronómicas equivalem as histórias da cosmogonia do mundo antigo.
3. Mitologia
8
A mitologia é um sistema de crenças composta por uma serie de narrativas chamadas de mito.
Essas histórias buscam explicar tudo o que existe e é importante para uma sociedade. Os
mitos são histórias que explicam a existência de diversos elementos da natureza, assim, como
ensinam sobre o comportamento humano. Essas narrativas e lendas compõem o imaginário
colectivo de um determinado povo.
Formam uma tradição oral, suas histórias são contadas de geração a geração. Esses relatos
fabulosos se transformam na história das coisas e em uma crença comum compartilha a um
grupo de pessoas.
A palavra Mito, possui sua origem no termo grego mitos que significa “narrativa”. Assim, a
mitologia pode ser compreendida como um conhecimento oral que visa explicar o mundo. O
mito é história contada oralmente composta de seres fantásticos: Heróis, deuses e criaturas
mitológicas. Essas são repletas de ensinamento e formam um tipo de conhecimento.
O significado mito actualmente, ao longo da história, o termo mito passou a designar eventos
ou personagens que parecem romper com lógica. Quando utilizado para pessoas, a palavra
mito assume o sentido de identificar aquela pessoa a um herói, algo que está acima das
pessoas comuns.
Entretanto quando é utilizado para definir eventos do passado, os mitos significam algo
possivelmente falso, sem confirmação, mas que algumas pessoas acreditam.
Não fácil nomear as mitologias ou mitos existentes no mundo, todas as mitologias possuem
uma característica comum que é servir de explicação para o surgimento do mundo, para os
elementos de natureza e as relações entre os seres humanos.
Principais exemplos:
Mitologia grega
Mitologia romana
Mitologia egípcia
Mitologia Nordica
Mitologia fenícia
Mitologia loruba
Mitologia Zulo
Mitologia celta
Mitologia maia
9
Mitologia Japonesa
Mitologia Guarani.
Muitas sociedades que possuíam uma consciência mítica foram extintas, outras sofreram um
processo de transformação em que os mitos foram sendo substituídos por outro conhecimento:
A FILOSOFIA E A RELIGIAO.
4. Historiografia antiga
“Definindo Historiografia ”
Não há uma resposta definitiva para nenhuma dessas perguntas, pelo menos no estágio atual
das pesquisas em torno de um conceito de historiografia. Nas palavras do historiador Jurandir
Malerba, “parece faltar um campo de entendimento comum sobre o próprio escrito histórico:
enfim, um conceito operacional de historiografia” (MALERBA, 2006:15). Há autores, porém,
dentre eles o alemão Jörn Rüsen, que possuem uma definição clara de historiografia: o
produto do conhecimento histórico
10
construtivamente, o processo temporal e ativo em que os homens se fizeram (MARTINS,
2002:15).
Neste sentido, historiografia seria a construção narrativa dos resultados da pesquisa histórica,
realizada a partir do controle metódico de investigação empírica e de crítica documental. É ela
que dá forma e feitio histórico aos elementos empíricos (objetivos) da pesquisa, inserindo-os
na vida prática, atribuindo-lhes sentidos e significados. O importante é que, apesar das
tentativas de dissociar objetividade e narratividade, chegando ao extremo de alegar a
diametral oposição entre ambas4, a narratividade histórica apresenta em si mesma “elementos
de objetividade”, tornando possível caracterizá-la como um produto intelectual do historiador.
Não faltam autores que classificam Heródoto e Tucídides como os primeiros historiadores de
que se têm notícia. Apesar de não se enquadrarem na noção de “historiadores profissionais”
típica do século XIX e da história-ciência, o próprio Leopold von Ranke – tido por muitos
como o “metódico” por excelência – é categórico em afirmar que os dois são os “fundadores
de toda a ciência e arte histórica” (RANKE, 2011:252). Tanto Heródoto quanto Tucídides
escreveram a história da Grécia Antiga, limitando-se ao presente ou no máximo ao passado
recente de seu tempo, utilizando-se de testemunhos orais ou registros escritos e da própria
experiência como viajantes, estabelecendo, assim, um “método” de escrita da história que
perdurou ao longo de séculos5. Como, então, compreender as obras históricas por eles
produzidas.
11
A história tradicional distinguia os aptos autênticos dos apócrifos. Mas ‘autêntico’ significava
ser caucionado por uma autoridade, uma instituição ou pessoa (...) Portanto, um texto era
estimado em virtude de garantias externas. Para Mabillon, somente a análise “interna” da
fonte, ou seja, a observação do suporte, da escrita, da tinta, dos títulos e expressões, da
datação, do selo, provava sua autenticidade (...) A autoridade da fonte substituía a autoridade
da tradição. Portanto, o conceito de fonte que conhecemos hoje vem da erudição beneditina
(CADIOU, 2007:60).
disciplina autônoma18. Para ele, é possível pensar o campo em termos normativos, sobretudo
após o chamado giro linguístico que trouxe à tona “essa desconfiança de que o discurso da
história também possui sua historicidade, que está condicionado por um lugar de produção”
(ARAÚJO, 2006:80).
18 Cf.
12
2013:36). Sua solução seria pensar “as condições teóricas de uma história da historiografia”
(ARAÚJO, 2006:79), ou seja, apreender a história da historiografia como algo mais do que
fundamento e aporte teórico aos mais diferentes objetos.
Contudo, a abordagem proposta por Valdei Araújo é estritamente teórica e bastante abstrata, e
parece dissociada da prática. Afinal, é possível separar a história da historiografia de seu
objeto, qual seja, a própria historiografia? No caso positivo, como se dar, na prática, uma
“história da historiografia geral”, que seria desencarnada de objetos e subespecialidades
específicas?
13
O julgamento de uma obra de história deveria ser levado a cabo não pela quantidade e
exatidão de informações que ela fornece. Claro que se deve sempre esperar que as
informações dos livros de história sejam verdadeiras, senão por outro motivo, porque ‘a
exatidão é um dever moral dos historiadores’. Também não se deve julgar a obra histórica
pelo prazer que o livro proporciona, pela excitação ou comoção que provoque; mas
simplesmente por sua historicidade (MALERBA, 2006:16).
Segundo Eliade “[...] a cosmogonia constitui o modelo exemplar de toda situação criadora:
tudo que o homem faz repete, de certa forma, o ‘feito’ por excelência, o gesto arquetípico do
Deus criador: a Criação do Mundo.” (ELIADE, 2006, p. 34). Os mitos cosmogônicos são de
grande importância em seus estudos (cf. 2006, p. 25) sobre mitologia e religião, e isso se dá –
conforme reitera o autor em diversos exemplos6 ao longo de sua obra – pois todos os mitos e
as necessidades do homem arcaico, de certa maneira, se remetem ao mito cosmogônico. O
mito de origem, que conta sobre a origem das coisas (e não do Cosmos) se refere ao mito
cosmogônico não apenas por implicar a existência deste, como também por reproduzir o
próprio ato de criação primordial, conforme a citação acima. Além do próprio mito de origem,
em A Função dos Mitos, Eliade comenta que “De certo ponto de vista, todo mito é
‘cosmogônico’”, pois, em linhas gerais, cria paradigmas para todo o tempo futuro (ELIADE,
1977, p. 15), justamente por “constituir um modelo exemplar”, para todos os mitos e criações
que se seguem.
O mito enquanto história exemplar é uma ideia recorrente nos textos do autor. Tanto o mito
cosmogônico quanto todos os outros que se seguem são tidos como precedentes exemplares
para todas as ações e situações que os retomam (id., ibid., p. 155). Essa exemplaridade do
mito parece referir-se não apenas aos ritos, mas à conduta humana e suas questões morais,
suas ações. Pode-se dizer que essa função do mito é a mais marcante não só pela relevância ao
nosso trabalho, mas por ser a característica que, por excelência, o tornou uma base cultural tão
importante. O modelo e o exemplo mítico é evidente na literatura, para citar apenas um dos
efeitos dessa história exemplar.
Nas etapas finais de nossa leitura, a abordagem que se torna mais interessante para termos em
mente durante o trabalho sobre a mitologia no século XX é aquela que toma o mito como um
elemento constituinte a um nível superior da língua. Em “O Mito, hoje”, de Roland Barthes,
capítulo de Mitologias – uma das obras mais famosas do autor – é feita uma análise do mito a
14
partir de uma visão mais estruturalista7 e pelo viés da semiologia. A definição de mito de
Barthes parte da seguinte ideia: “O que é um mito, hoje? Darei desde já uma primeira
resposta, muito simples, que concorda plenamente com a etimologia: o mito é uma fala.” e,
acrescenta: ele é um sistema de comunicação, uma forma (BARTHES, 2003, p. 199). A partir
disso, o autor passa a fazer uma análise que se utiliza do conceito saussuriano de signo, a
partir de exemplos de fala mítica. O mito aqui é visto como uma estrutura que vai muito além
da mitologia arcaica e clássica, tal como vimos com Eliade. Portanto, o mito pode ser até
mesmo uma propaganda do governo francês: é um deslocamento no sistema signo-
significante-significado, e tudo é passível de ganhar o estatuto de mito. O sistema semiológico
segundo, no qual o mito se constrói, nesta perspectiva, consiste e em linhas gerais, na
transformação do primeiro sistema – o significante e o significado, que aqui não
necessariamente são uma palavra, mas uma fala que, de acordo com Barthes, é uma
mensagem e não está presa à escrita ou à oralidade – em significante do segundo sistema (id.,
ibid., p. 205).
Os relatos míticos dos antigos assumem papel central no ensino e aprendizagem por serem
conhecimentos incorporados, traduzindo-se num modo de relação humano-mundo. As
narrativas míticas repassadas oralmente devem ser compreendidas nessa perspectiva
fenomenológica, isto é relacional corporificada. (GRAMÁTICA ONLINE).
Mito cosmogónico – é aquele que trata da origem e formação do mundo. Mito teológico –
aquele trata do nascimento, das histórias, casamentos e genealogias dos deuses. Mito
antropológico – aquele que trata da origem do homem.
15
Conclusão
É o estudo de como a história é escrita e como nossa compreensão histórica muda com o
tempo (Juliana Bezerra).
Esse estudo considera as abordagens usadas pelos historiadores que procuram entender como
e por que suas teorias e interpretações diferem. Enquanto o passado em si nunca muda, a
escrita da história esta sempre evoluindo. Novos historiadores exploram e interpretam o
passado. Eles desenvolvem novas teorias e conclusões que podem mudar a maneira como
entendemos o passado. A historiografia reconhece e discute esse processo de mudança.
A palavra Mito, possui sua origem no termo grego mitos que significa “narrativa”. Assim, a
mitologia pode ser compreendida como um conhecimento oral que visa explicar o mundo. O
mito é história contada oralmente composta de seres fantásticos: Heróis, deuses e criaturas
mitológicas. Essas são repletas de ensinamento e formam um tipo de conhecimento.
Para o efeito deste trabalho, tivemos o auxílio de algumas obras que mencionaremos nas
fichas bibliográficas.
16
Referências bibliográficas
CECILIA Siqueira Cordeiro, (2015) lugar dos historiadores velhos e novos desafios
Ferry. Luc (2008) A sabedoria dos mitos gregos; Editora Objectiva LTDA: Rio de Janeiro.
17