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Nampula, 2022
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Ancha Ali
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução..............................................................................................................................................4
1. Legislação sobre Água...................................................................................................................5
1.1. Lei de Águas...............................................................................................................................5
1.2. A Política de Águas....................................................................................................................7
1.3. Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos.................................................................7
1.4. Requisitos legais de descarte......................................................................................................8
1.4.1. Objectivos principais..............................................................................................................8
1.4.2. Políticas..................................................................................................................................8
2. Legislação impacto ambiental......................................................................................................11
3.1. Avaliação do Impacto Ambiental.............................................................................................11
3.2. Padrões de Qualidade...............................................................................................................12
3.3. Reassentamento........................................................................................................................12
4. Lei do Ambiente...........................................................................................................................12
5. À poluição do ambiente................................................................................................................13
6. Legislação sobre Ruído................................................................................................................13
3. Leis a destacar sobre a Atmosfera................................................................................................14
4. Leis a destacar sobre Solo Contaminado......................................................................................14
Conclusão.............................................................................................................................................16
Bibliografia..........................................................................................................................................18
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Introdução
Este presente trabalho tem como tema: requisitos legais a destacar sobre água, e tem como
objectivo identificar e descrever os principias requisitos legais/leis a destacar sobre água,
atmosfera, ambiente, poluição, ruído e solo contaminado quanto a estrutura, o trabalho possui
uma introdução, o desenvolvimento, a conclusão e a bibliografia.
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1. Legislação sobre Água
Foi aprovada a Lei de Águas1, devido a importância dos recursos hídrico em todos os sectores
da vida tem originado um aumento cada vez maior de necessidade da sua utilização e porque
à água constitui uma necessidade biológica do ser humano, visto que sem à água não
sobrevivem o homem e todo e qualquer ser vivo parte da natureza, ela é utilizada para
diversos fins consoante as necessidades e as quantidades que cada utente entender e
estabelece mecanismos de distribuição ou fornecimento, na medida das necessidades de cada
um, sem prejuízo de outros.
Por via desta lei, encontra-se reconhecido o direito de uso das águas do domínio público em
regime de uso livre, autorizações de uso ou de concessões de aproveitamento84 . Quanto a
prevenção e controlo da contaminação das águas, a lei estabelece que “toda a actividade
susceptível de provocar a contaminação ou degradação do domínio público hídrico e em
particular o despejo de águas residuais, dejectos ou outras substâncias nas águas do domínio
público fica dependente de autorização especial pelas administrações regionais de água e
pagamento de uma taxa”.
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Lei no 16/91 de 3 de Agosto.
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Este instrumento e os respectivos regulamentos neste domínio têm como base o princípio do
domínio público hídrico, a gestão da água com base nas bacias hidrográficas, princípio do
utilizador pagador e do poluidor pagador, regime de concessões de licenças para uso da água
e salvaguarda do equilíbrio ecológico e do meio ambiente.
O quadro legal acima citado, reconhece que a gestão de recursos hídricos é um assunto que
envolve transversalmente vários sectores, privilegia a coordenação intersectorial como
essencial na gestão integrada dos recursos hídricos naturais. Deste modo, a questão das águas
harmoniza-se com outras leis relacionadas, nomeadamente a legislação agrária, ambiental,
mineira, do mar, das pescas, da energia, relacionada com administração estatal e outras
relevantes
Importa sublinhar que o Direito material contém uma considerável quantidade de quadro
jurídico-legal que regulam o acesso, uso e a gestão da água pelo Estado e pelos particulares,
nesta senda apontam-se: o Regulamento dos Sistemas Prediais de Distribuição de Água e
Drenagem de Águas Residuais (Aprovada pelo Decreto n°15/2004, de 15 de Julho), o
Regulamento para Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro
(Aprovado pelo Decreto n°45/2006, de 30 de Novembro), o Regulamento de Licenças e
Concessões de Águas, Diploma Ministerial que aprova os Modelos de Licenças e Concessões
de Águas (Aprovado pelo Decreto n°43/2007, de 30 de Outubro), o Regulamento de Pequenas
Barragens (Que aprova o Diploma Ministerial n°7/2010 de 6 de Janeiro), o Despacho de 7 de
Outubro de 2005 do Ministério das Obras Publicas, Habitação Recursos (Aprovado pelo
Decreto n°47/2009, de 7 de Outubro), o Diploma Ministerial n°33/91, de 24 de Abril (Que
aprova medidas estratégicas tendo em vista o aproveitamento da água da chuva), Resolução
n°10/2010, de 21 de Abril (Que aprova o Regulamento de Utilização das Infra-estruturas
Hidroagrícolas), Diploma Ministerial n°180/2004, de 15 de Setembro (Que aprova os
Modelos para a Gestão de Regadios Construídos pelo Estado), o Regulamento sobre
Qualidade das Águas Engarrafadas Destinadas ao Consumo Humano (Que aprova o
Regulamento sobre a Qualidade da Água para o Consumo Humano), o Regulamento sobre o
Processo de Avaliação do Impacto Ambiental que altera o Regulamento sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental (Aprovada pelo Decreto n°39/2006 de 27 de Setembro).
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1.2. A Política de Águas
A Política de Águas2 tem como objectivos nos termos da alínea a) a satisfação das
necessidades básicas do consumo humano de água potável seguro e fiável, b) melhoramento
do saneamento como ferramenta essencial para a prevenção de doenças de origem hídrica
(malária, cólera e diarreia), melhoria da qualidade de vida e conservação ambiental, c) Água
usada eficientemente para o desenvolvimento económico, d) Água para a conservação
ambienta, e) Redução da vulnerabilidade a cheias e secas através de melhor coordenação e
planeamento, uso de medidas estruturais e não-estruturais, auscultação e preparação de
pessoas, comunidades e instituições em áreas ciclicamente afectadas e f) promoção da paz e
integração regional e garantia de recursos hídricos para o desenvolvimento de Moçambique
através de gestão conjunta da água em bacias hidrográficas compartilhadas, com acordos
abrangentes, implementação efectiva e gestão.
A presente estratégia aborda todos aspectos naturais dos sistemas de recursos hídricos,
compreendendo, as águas superficiais e subterrâneas, qualidade de água, poluição e protecção
dos ecossistemas, usos da água em todos os sectores da economia nacional, quadro legal e
institucional, capacitação institucional e questões ligadas ao desenvolvimento nacional e
integração regional.
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da poluição, reforçará as medidas para o monitoramento efectivo da qualidade de água e
introduzirá pagamento de taxas para descargas de efluentes.
1.4.2. Políticas
A operação, manutenção e gestão dos sistemas de saneamento em áreas urbanas deve ser feita
por entidades autónomas como um serviço municipal, uma empresa municipal ou através dum
contrato de gestão com uma empresa privada, operando com princípios comerciais, com vista
a criar melhores condições de sustentabilidade.
A sustentabilidade duma tal instituição poderá aumentar pela associação ao nível municipal
com outros serviços tais como a gestão dos resíduos sólidos. Os Municípios e autoridades
locais têm o papel principal no processo de tomada de decisão sobre a provisão de serviços de
saneamento nas suas áreas de jurisdição, com o apoio e sob o quadro geral estabelecido pelo
Governo.
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manutenção e gestão dos serviços. Onde se fizerem grandes investimentos e a taxa ou tarifa
de saneamento não cobrir os custos da operação, manutenção e gestão dos serviços, serão
escolhidos modelos de gestão que permitam subsídios até que as taxas cubram esses custos.
Nos sistemas que requerem reabilitação, o Governo e as autoridades locais irão considerar os
subsídios necessários para se atingir pelo menos um nível mínimo de serviço, mantendo
sempre uma gestão autónoma. O Governo é a principal fonte dos grandes investimentos
necessários para a reabilitação e expansão das infraestruturas, canalizando-os tanto para as
grandes cidades como para as cidades pequenas e vilas.
Para a expansão das infraestruturas para águas residuais e drenagem de águas pluviais, a
prioridade irá para as áreas urbanas onde se estão a seguir os planos de urbanização. Na
ausência de uma estação de tratamento de águas residuais, deverá ser dada prioridade aos
sistemas de tratamento por fossas sépticas e drenos de infiltração quando as condições do solo
o permitam.
Nos principais centros urbanos, será dada prioridade a infraestruturas de drenagem pluvial,
para melhorar as situações criticas causadas pelas cheias urbanas e erosão dos solos que estão
a danificar casas e outras infraestruturas. Serão preparados planos directores de drenagem
pluvial, para servirem de guia às intervenções mais urgentes. O enfoque será na reabilitação e
expansão dos sistemas primários existentes, ficando os sistemas secundário e terciário
condicionados pela ocupação do solo e pelo melhoramento da rede de estradas.
Os efluentes que excedem os limites permissíveis para descarga em corpos de água naturais
são tratados na origem. Será dada particular atenção à evacuação de águas residuais e de
drenagem pluvial de centros urbanos localizados em áreas costeiras, de forma a prevenir e
mitigar a poluição e acidentes derivados da erosão.
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diarreia e cólera e zonas com um pobre saneamento ambiental. A provisão de serviços de
saneamento oferecerá opções tecnológicas que estejam de acordo com a capacidade e vontade
de pagar das comunidades.
O custo da latrina melhorada deve ser acessível para as comunidades, incluindo a população
mais pobre. Para estimular a procura e o uso adequado das infraestruturas de saneamento, as
actividades nesta área devem incluir acções e recursos para a promoção da higiene.
O Governo, em consulta com todas as partes interessadas, irá desenhar estratégias e manuais
para guiar uma intervenção coordenada dos vários intervenientes, com uma visão de longo
prazo de garantir saneamento adequado nas áreas peri-urbanas.
O nível mínimo dos serviços de saneamento nas áreas rurais é a latrina melhorada. Serão
consideradas outras opções tecnológicas consoante a capacidade local . Serão promovidas
iniciativas locais através de programas piloto/demonstrações e treino de artesãos locais, para
estimular a demanda nas comunidades rurais e disseminar técnicas de construção e a
utilização de diferentes opções de tecnologia de saneamento.
A educação de pessoas e comunidades para a higiene é fundamental para que a expansão das
infraestruturas de saneamento tenha o máximo impacto positivo. As acções de planeamento e
implementação das actividades de saneamento e promoção de higiene devem ser associadas
com as do abastecimento de água. As mensagens de promoção da higiene serão comuns para
o abastecimento de água e o saneamento, para maior impacto na saúde das comunidades. A
mulher tem um papel relevante na adopção de melhores práticas de higiene a nível da família
e da comunidade. O Governo reconhece esse papel e incentiva a sua participação.
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mecanismos para regular actualização. Todos os investimentos em infraestruturas de
saneamento ião incluir o levantamento e a actualização do cadastro.
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3.2. Padrões de Qualidade
3.3. Reassentamento
4. Lei do Ambiente
Para atingir esse objectivo esta política deve assegurar, entre outros a gestão de recurso
naturais do país e do ambiente em geral para que seja preservada a sua capacidade funcional e
produtiva para as gerações presentes e futuras.
Em 1997 foi aprovada a Lei do Ambiente4 que tem como objectivo a definição de bases legais
para a utilização e gestão correctas do ambiente com vista à implementação de um sistema de
desenvolvimento sustentável no país. Esta lei é aplicável a todas as actividades públicas e
privadas que podem influenciar directa ou indirectamente o ambiente, é nela que encontramos
plasmados os diversos princípios fundamentais do ambiente, os quais norteiam a gestão e
preservação ambiental.
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Lei no 20/97 de 1 de Outubro.
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5. À poluição do ambiente
No que se refere aos resíduos, a Lei do Ambiente proíbe o depósito de poluentes no solo ou
subsolo moçambicano, bem como o seu lançamento na atmosfera ou em corpos de água e,
proíbe ainda a importação para o território nacional de resíduos ou lixos perigosos.
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e não propaguem som ou ruído em limites de volume e intensidade perturbadora da
comodidade auditiva da comunidade
É evidente que a poluição do ar e água têm impactes negativos na saúde humana e tem levado
à tomada de decisão. Já a contaminação do solo e os efeitos na saúde humana e ambiente têm
por vezes um perfil menos conhecido e compreendido; e, adicionalmente, os aspetos
científicos, técnicos, regulamentares, financeiros e operacionais envolvidos são complexos.
Ao contrário de outros riscos, como um acidente de carro ou uma explosão, em que parte dos
seus efeitos graves são evidentes, a contaminação de solos pode ir ocorrendo ao longo de
vários anos e os seus efeitos só se tornarem patentes mais tarde ou se produzirem em locais
mais afastados, devido à migração de poluentes.
Num contexto em que a contaminação dos solos ocorreu, ainda ocorre e cria riscos para a
saúde humana e o ambiente, importa enquadrar a compreensão dos riscos. Estes riscos, no
limite serão conhecidos ou visualizados, mas muitas vezes não são ou são apenas
parcialmente (daí a expressão no título do capítulo de riscos invisíveis), sendo que muitas
vezes só se consegue identificar quando os seus efeitos se tornam evidente ou não aceitáveis.
A contaminação de solos é um problema complexo, dado que a relação de causa e efeito pode
exigir uma análise mais aprofundada.
A Lei do Ambiente estabelece uma série de princípios, entre as quais os seguintes: “Princípio
da Precaução”: em acções de gestão ambiental, deve ser priorizada a prevenção de actos
lesivos ao ambiente, independentemente da existência de certeza científica sobre a ocorrência
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de tais impactos6 ; “Princípio do poluidor-pagador”: a lei determina que aqueles que
poluírem ou, de alguma forma, degradarem o ambiente, incorrem na obrigação de reabilitação
ou de compensação pelos danos daí decorrentes;
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Conclusão
A falta de cuidado e atenção da sociedade tem-se a tendência de aumentar mais ainda essa
problemática. No entanto, somente após a verificação do alto índice de poluição que os
cuidados irão iniciar. Logo, a grande parte da água que esta apta a ser consumida e utilizada
esta diminuindo cada vez mais. Ademais, os níveis de captação não estão mais suportando a
demanda.
Além disso, a população deve pensar nas consequências que a poluição causa para a saúde
dos seres humanos, podendo até levar a morte. As preocupações já deveriam ter iniciado, mas
são poucos que pensam na degradação desse bem público, a água. Ademais, se todos os
indivíduos fizessem a sua parte o equilíbrio ambiental estaria controlado, porém não é assim
que acontece.
O Poder Público tem o dever de promover políticas públicas que visem à educação ambiental
conforme a localidade. Estas políticas visam conscientizar os seres humanos do mal que estão
ocasionando aos recursos hídricos passiveis de consumo e utilização. Com isso, a colaboração
da população torna-se fundamental para preservar e solucionar os problemas existentes. Tanto
o Poder Público como a coletividade tem o dever de preservar a água da melhor maneira
possível.
Lei que dispõe sobre o Saneamento Básico sob o n° 11.445/2007. A água é um bem público e
limitada, onde o uso inadequado de determinada água que esteja contaminada poderá gerar
algumas consequências devastadoras para os seres humanos.
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Nesse sentido, torna-se necessário a conscientização e a colaboração do Poder Público
juntamente com a coletividade de que à água deve ser usada adequadamente e preservada para
as presentes e futuras gerações.
Bibliografia
Braga, Benedito. (2005). Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall. p. 208-213.
Fiorillo, Celso António Pacheco. (2011); Curso de direito ambiental brasileiro. 12. ed. rev.,
atual. e ampl. São Paulo: Saraiva. p. 311-326..
Sirvinskas, Luís Paulo. (2011); Manual de direito ambiental. 9 ed. rev., atual. E ampl. – São
Paulo: Saraiva. Pag. 328
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