Você está na página 1de 17

FACULDADE DE CIÊNCIAS ALIMENTARES E AGRÁRIA

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS ALIMENTARES

REQUISITOS LEGAIS A DESTACAR SOBRE ÁGUA,


(Licenciatura em Ciências Alimentares com habilitações em Segurança Alimentar)

Estudante: Ancha Ali


Docente: MSc. Pórfiro Rosa

Nampula, 2022

i
Ancha Ali

REQUISITOS LEGAIS A DESTACAR SOBRE ÁGUA,

Trabalho de carácter avaliativo, da Cadeira de


Tratamento e Valorização de resíduos e
Efluentes Alimentares, a ser apresentado na
Faculdade de Ciências Alimentares e agraria,
Pós-laboral. Docente: MSc. Porfírio Nunes Rosa

Universidade Rovuma

Nampula

2022

ii
Índice

Introdução..............................................................................................................................................4
1. Legislação sobre Água...................................................................................................................5
1.1. Lei de Águas...............................................................................................................................5
1.2. A Política de Águas....................................................................................................................7
1.3. Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos.................................................................7
1.4. Requisitos legais de descarte......................................................................................................8
1.4.1. Objectivos principais..............................................................................................................8
1.4.2. Políticas..................................................................................................................................8
2. Legislação impacto ambiental......................................................................................................11
3.1. Avaliação do Impacto Ambiental.............................................................................................11
3.2. Padrões de Qualidade...............................................................................................................12
3.3. Reassentamento........................................................................................................................12
4. Lei do Ambiente...........................................................................................................................12
5. À poluição do ambiente................................................................................................................13
6. Legislação sobre Ruído................................................................................................................13
3. Leis a destacar sobre a Atmosfera................................................................................................14
4. Leis a destacar sobre Solo Contaminado......................................................................................14
Conclusão.............................................................................................................................................16
Bibliografia..........................................................................................................................................18

iii
Introdução

Este presente trabalho tem como tema: requisitos legais a destacar sobre água, e tem como
objectivo identificar e descrever os principias requisitos legais/leis a destacar sobre água,
atmosfera, ambiente, poluição, ruído e solo contaminado quanto a estrutura, o trabalho possui
uma introdução, o desenvolvimento, a conclusão e a bibliografia.

4
1. Legislação sobre Água

A satisfação das necessidades básicas humanas em termos de abastecimento de água seguro e


fiável e condições de saneamento adequadas é essencial na batalha contra a pobreza absoluta
e pela promoção do desenvolvimento social. Desde a Independência que têm sido feitos
grandes esforços nesta direcção.

Em 1991 e 1995 com aprovação da Lei de Águas e da Política Nacional de Águas,


respectivamente, foram alcançados progressos significativos tanto em termos de
desenvolvimento de infraestruturas como no quadro institucional e legal para melhorar a
provisão de serviços de água. Contudo, o País está ainda longe duma situação em que estes
serviços básicos sejam fornecidos à maioria da população Moçambicana.

O abastecimento de água será considerado de forma integrada com a provisão de meios de


saneamento, educação sanitária e conservação ambiental.

1.1. Lei de Águas

Foi aprovada a Lei de Águas1, devido a importância dos recursos hídrico em todos os sectores
da vida tem originado um aumento cada vez maior de necessidade da sua utilização e porque
à água constitui uma necessidade biológica do ser humano, visto que sem à água não
sobrevivem o homem e todo e qualquer ser vivo parte da natureza, ela é utilizada para
diversos fins consoante as necessidades e as quantidades que cada utente entender e
estabelece mecanismos de distribuição ou fornecimento, na medida das necessidades de cada
um, sem prejuízo de outros.

Constitui, portanto, um dos objectivos da Lei de Águas o estabelecimento do regime jurídico


geral das actividades de protecção e conservação, inventário, uso e aproveitamento, controlo e
fiscalização dos recursos hídricos.

Por via desta lei, encontra-se reconhecido o direito de uso das águas do domínio público em
regime de uso livre, autorizações de uso ou de concessões de aproveitamento84 . Quanto a
prevenção e controlo da contaminação das águas, a lei estabelece que “toda a actividade
susceptível de provocar a contaminação ou degradação do domínio público hídrico e em
particular o despejo de águas residuais, dejectos ou outras substâncias nas águas do domínio
público fica dependente de autorização especial pelas administrações regionais de água e
pagamento de uma taxa”.

1
Lei no 16/91 de 3 de Agosto.

5
Este instrumento e os respectivos regulamentos neste domínio têm como base o princípio do
domínio público hídrico, a gestão da água com base nas bacias hidrográficas, princípio do
utilizador pagador e do poluidor pagador, regime de concessões de licenças para uso da água
e salvaguarda do equilíbrio ecológico e do meio ambiente.

A Lei de Águas e os respectivos regulamentos, a Política de Águas86 e a Estratégia Nacional


de Gestão de Recursos Hídricos, constituem os instrumentos legais mais importantes na
gestão dos recursos hídricos em Moçambique.

O quadro legal acima citado, reconhece que a gestão de recursos hídricos é um assunto que
envolve transversalmente vários sectores, privilegia a coordenação intersectorial como
essencial na gestão integrada dos recursos hídricos naturais. Deste modo, a questão das águas
harmoniza-se com outras leis relacionadas, nomeadamente a legislação agrária, ambiental,
mineira, do mar, das pescas, da energia, relacionada com administração estatal e outras
relevantes

Importa sublinhar que o Direito material contém uma considerável quantidade de quadro
jurídico-legal que regulam o acesso, uso e a gestão da água pelo Estado e pelos particulares,
nesta senda apontam-se: o Regulamento dos Sistemas Prediais de Distribuição de Água e
Drenagem de Águas Residuais (Aprovada pelo Decreto n°15/2004, de 15 de Julho), o
Regulamento para Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro
(Aprovado pelo Decreto n°45/2006, de 30 de Novembro), o Regulamento de Licenças e
Concessões de Águas, Diploma Ministerial que aprova os Modelos de Licenças e Concessões
de Águas (Aprovado pelo Decreto n°43/2007, de 30 de Outubro), o Regulamento de Pequenas
Barragens (Que aprova o Diploma Ministerial n°7/2010 de 6 de Janeiro), o Despacho de 7 de
Outubro de 2005 do Ministério das Obras Publicas, Habitação Recursos (Aprovado pelo
Decreto n°47/2009, de 7 de Outubro), o Diploma Ministerial n°33/91, de 24 de Abril (Que
aprova medidas estratégicas tendo em vista o aproveitamento da água da chuva), Resolução
n°10/2010, de 21 de Abril (Que aprova o Regulamento de Utilização das Infra-estruturas
Hidroagrícolas), Diploma Ministerial n°180/2004, de 15 de Setembro (Que aprova os
Modelos para a Gestão de Regadios Construídos pelo Estado), o Regulamento sobre
Qualidade das Águas Engarrafadas Destinadas ao Consumo Humano (Que aprova o
Regulamento sobre a Qualidade da Água para o Consumo Humano), o Regulamento sobre o
Processo de Avaliação do Impacto Ambiental que altera o Regulamento sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental (Aprovada pelo Decreto n°39/2006 de 27 de Setembro).

6
1.2. A Política de Águas

A Política de Águas2 tem como objectivos nos termos da alínea a) a satisfação das
necessidades básicas do consumo humano de água potável seguro e fiável, b) melhoramento
do saneamento como ferramenta essencial para a prevenção de doenças de origem hídrica
(malária, cólera e diarreia), melhoria da qualidade de vida e conservação ambiental, c) Água
usada eficientemente para o desenvolvimento económico, d) Água para a conservação
ambienta, e) Redução da vulnerabilidade a cheias e secas através de melhor coordenação e
planeamento, uso de medidas estruturais e não-estruturais, auscultação e preparação de
pessoas, comunidades e instituições em áreas ciclicamente afectadas e f) promoção da paz e
integração regional e garantia de recursos hídricos para o desenvolvimento de Moçambique
através de gestão conjunta da água em bacias hidrográficas compartilhadas, com acordos
abrangentes, implementação efectiva e gestão.

1.3. Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos

A Estratégia Nacional de Gestão de Recursos Hídricos3 tem como objectivo a implementação


efectiva da Política de Águas, cuja meta compreende a satisfação das necessidades básicas de
abastecimento de água para o consumo humano, melhoramento do saneamento, utilização
eficiente da água para o desenvolvimento económico, água para conservação ambiental,
redução da vulnerabilidade a cheias e secas, e promoção da paz e integração regional, bem
como garantir os recursos hídricos para o desenvolvimento de Moçambique.

A presente estratégia aborda todos aspectos naturais dos sistemas de recursos hídricos,
compreendendo, as águas superficiais e subterrâneas, qualidade de água, poluição e protecção
dos ecossistemas, usos da água em todos os sectores da economia nacional, quadro legal e
institucional, capacitação institucional e questões ligadas ao desenvolvimento nacional e
integração regional.

Em termos de qualidade da água e controle da poluição, o Governo adoptará medidas


necessárias para prevenir e controlar a poluição da água subterrânea e superficial aplicando os
regulamentos existentes, e como acções estratégicas adoptará o Princípio de Poluidor-Pagador
(PPP) com vista a apoiar na implementação dos mecanismos de controlo da poluição nas
respectivas áreas ribeirinhas, promoverá a avaliação do impacto ambiental como uma
necessidade obrigatória para quaisquer iniciativas de desenvolvimento, nos cursos de água,
identificar pontos de poluição concentrada e difusa e tomar medidas apropriadas do controle
2
Aprovada pela Resolução n°46/2007, de 21 de Agosto.
3
8 Aprovada na 22ªSessão do Conselho de Ministros de 21 de Agosto de 2007.

7
da poluição, reforçará as medidas para o monitoramento efectivo da qualidade de água e
introduzirá pagamento de taxas para descargas de efluentes.

1.4. Requisitos legais de descarte

1.4.1. Objectivos principais

Os principais objectivos referentes ao saneamento são

 Aumentar a cobertura em 2015 para aproximadamente 67% nas áreas urbanas,


representando cerca de 8 milhões de pessoas, e cerca de 60% nas áreas rurais,
correspondendo a cerca de 7 milhões de pessoas, de forma a atingir as metas definidas
pelo Governo como as suas Metas de Desenvolvimento do Milénio
 Aumentar a cobertura a longo prazo para se ir aproximando gradualmente da cobertura
universal
 Garantir que a médio prazo as comunidades servidas por um sistema de abastecimento
de água seguro e fiável têm uma infraestrutura de saneamento adequada ao nível de
cada casa
 Garantir a adopção de práticas de higiene adequadas ao nível da família, comunidade e
escolas
 Recuperar os custos da operação, manutenção e gestão nos centros urbanos através de
tarifas e taxas de saneamento e melhorando a gestão dos serviços de saneamento

1.4.2. Políticas

A operação, manutenção e gestão dos sistemas de saneamento em áreas urbanas deve ser feita
por entidades autónomas como um serviço municipal, uma empresa municipal ou através dum
contrato de gestão com uma empresa privada, operando com princípios comerciais, com vista
a criar melhores condições de sustentabilidade.

A sustentabilidade duma tal instituição poderá aumentar pela associação ao nível municipal
com outros serviços tais como a gestão dos resíduos sólidos. Os Municípios e autoridades
locais têm o papel principal no processo de tomada de decisão sobre a provisão de serviços de
saneamento nas suas áreas de jurisdição, com o apoio e sob o quadro geral estabelecido pelo
Governo.

A expansão dos sistemas de saneamento deve estar em consonância com os planos de


desenvolvimento local aprovados. As instituições de regulação ou as autoridades competentes
estabelecerâo uma taxa ou tarifa de saneamento para cobrir os custos de operação,

8
manutenção e gestão dos serviços. Onde se fizerem grandes investimentos e a taxa ou tarifa
de saneamento não cobrir os custos da operação, manutenção e gestão dos serviços, serão
escolhidos modelos de gestão que permitam subsídios até que as taxas cubram esses custos.

Nos sistemas que requerem reabilitação, o Governo e as autoridades locais irão considerar os
subsídios necessários para se atingir pelo menos um nível mínimo de serviço, mantendo
sempre uma gestão autónoma. O Governo é a principal fonte dos grandes investimentos
necessários para a reabilitação e expansão das infraestruturas, canalizando-os tanto para as
grandes cidades como para as cidades pequenas e vilas.

Serão definidos critérios de elegibilidade com ênfase na sustentabilidade dos investimentos.


Nas áreas urbanas, será dada prioridade à melhoria do nível do serviço fornecido, através da
reabilitação e manutenção das infraestruturas existentes.

Para a expansão das infraestruturas para águas residuais e drenagem de águas pluviais, a
prioridade irá para as áreas urbanas onde se estão a seguir os planos de urbanização. Na
ausência de uma estação de tratamento de águas residuais, deverá ser dada prioridade aos
sistemas de tratamento por fossas sépticas e drenos de infiltração quando as condições do solo
o permitam.

Nos principais centros urbanos, será dada prioridade a infraestruturas de drenagem pluvial,
para melhorar as situações criticas causadas pelas cheias urbanas e erosão dos solos que estão
a danificar casas e outras infraestruturas. Serão preparados planos directores de drenagem
pluvial, para servirem de guia às intervenções mais urgentes. O enfoque será na reabilitação e
expansão dos sistemas primários existentes, ficando os sistemas secundário e terciário
condicionados pela ocupação do solo e pelo melhoramento da rede de estradas.

Os efluentes industriais a serem descarregados em corpos de água receptores serão analisados


individualmente para evitar situações de contaminação de solos e água devido a esses
efluentes.

Os efluentes que excedem os limites permissíveis para descarga em corpos de água naturais
são tratados na origem. Será dada particular atenção à evacuação de águas residuais e de
drenagem pluvial de centros urbanos localizados em áreas costeiras, de forma a prevenir e
mitigar a poluição e acidentes derivados da erosão.

Nas áreas peri-urbanas, as actividades de saneamento serão principalmente dirigidas às


famílias e comunidades para garantir um nível mínimo de serviços de saneamento, a latrina
melhorada. Será dada atenção especial a famílias pobres, a áreas com alta incidência de

9
diarreia e cólera e zonas com um pobre saneamento ambiental. A provisão de serviços de
saneamento oferecerá opções tecnológicas que estejam de acordo com a capacidade e vontade
de pagar das comunidades.

O custo da latrina melhorada deve ser acessível para as comunidades, incluindo a população
mais pobre. Para estimular a procura e o uso adequado das infraestruturas de saneamento, as
actividades nesta área devem incluir acções e recursos para a promoção da higiene.

O Governo, em consulta com todas as partes interessadas, irá desenhar estratégias e manuais
para guiar uma intervenção coordenada dos vários intervenientes, com uma visão de longo
prazo de garantir saneamento adequado nas áreas peri-urbanas.

A provisão de serviços nas áreas peri-urbanas será orientada para o envolvimento de


iniciativas locais, incluindo pequenos privados e organizações comunitárias. O Governo
incentiva a promoção do envolvimento.

Para o saneamento rural, as actividades de saneamento serão principalmente dirigidas às


famílias e comunidades para promover a adopção de práticas seguras de higiene e a
construção de latrinas maximizando o uso de materiais locais para acelerar o aumento dos
níveis de cobertura. As actividades nesta área irão dispor de recursos para promover a
educação para a higiene.

O nível mínimo dos serviços de saneamento nas áreas rurais é a latrina melhorada. Serão
consideradas outras opções tecnológicas consoante a capacidade local . Serão promovidas
iniciativas locais através de programas piloto/demonstrações e treino de artesãos locais, para
estimular a demanda nas comunidades rurais e disseminar técnicas de construção e a
utilização de diferentes opções de tecnologia de saneamento.

A educação de pessoas e comunidades para a higiene é fundamental para que a expansão das
infraestruturas de saneamento tenha o máximo impacto positivo. As acções de planeamento e
implementação das actividades de saneamento e promoção de higiene devem ser associadas
com as do abastecimento de água. As mensagens de promoção da higiene serão comuns para
o abastecimento de água e o saneamento, para maior impacto na saúde das comunidades. A
mulher tem um papel relevante na adopção de melhores práticas de higiene a nível da família
e da comunidade. O Governo reconhece esse papel e incentiva a sua participação.

Uma das prioridades a curto prazo é o levantamento e organização de um cadastro das


infraestruturas de saneamento existentes nos principais centros urbanos do país, com

10
mecanismos para regular actualização. Todos os investimentos em infraestruturas de
saneamento ião incluir o levantamento e a actualização do cadastro.

2. Legislação impacto ambiental

Moçambique dispõe, presentemente, de um quadro jurídico-legal que se pode considerar


actual, significativo, abrangente, adequado em muitos aspectos e diversificado, focando
variados aspectos na problemática ambiental. Este quadro assenta fundamentalmente na
Constituição da República de Moçambique (de 2004), na Lei do Ambiente (Lei n.º 20/97, de
1 de Outubro), e nos respectivos regulamentos, aprovados por Decreto do Conselho de
Ministros (Biofund, 2012).

3.1. Avaliação do Impacto Ambiental

 Decreto nº 54/2015: Regulamento sobre o Processo de Avaliação do Impacto


Ambiental
 Diploma Ministerial nº 129/2006: Directiva Geral para a Elaboração de Estudos de
Impacto Ambiental
 Diploma Ministerial nº 130/2006: Directiva Geral sobre o Processo de Participação
Pública
 Decreto nº 25/2011: Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental
 Decreto nº 13/2006: Gestão de Resíduos
 Decreto nº 11/2006: Inspecção Ambiental
 Decreto nº 21/2017 de 24 de Maio: Estabelece o Regime Jurídico de Utilização do
Espaço Marítimo nacional
 Decreto nº 30/2019 de 19 de Abril: Regulamento de Investigação e Pesquisa Científica
e Marinha
 Decreto nº 56/2010: Regulamento Ambiental para as Operacções Petroliferas
 Decreto nº 26/2004: Regulamento Ambiental para a Actividade Mineira
 Lei nº 19/97: Lei de Terras
 Lei nº 20/97: Lei do Ambiente
 Lei nº 16/2014 de 20 de Junho: Lei da Protecção, Conservação e Uso Sustentável da
Diversidade Biológica
 Lei nº 5/2017 de 11 de Maio: Altera e republica a Lei nº 16/2014 de 20 de Junho

11
3.2. Padrões de Qualidade

 Decreto nº 18/2004: Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de


Emissão de Efluentes
 Decreto nº 67/2010: Alteração a alguns artigos e anexos do Decreto nº 18/2004

3.3. Reassentamento

 Decreto nº 31/2012: Processo de Reassentamento Resultante de Actividades


Económicas
 Diploma Ministerial nº 181/2010: Directiva sobre o Processo de Expropriação para
Efeitos de Ordenamento Territorial
 Diploma Ministerial nº 155/2014: Regulamento Interno para o Funcionamento da
Comissão de Acompanhamento e Supervisão do Processo de Reassentamento
 Diploma Ministerial nº 156/2014: Directiva Técnica do Processo de Elaboração e
Implementação dos Planos de Reassentamento

4. Lei do Ambiente

Neste contexto, a Política Nacional de Ambiente, aprovada pela Resolução nº 5/95, de 6 de


Dezembro, cria as bases para toda a legislação ambiental. De acordo com o ponto 2 nº 2.1 o
principal objectivo desta política consiste em assegurar o desenvolvimento sustentável de
modo a manter um compromisso aceitável entre o desenvolvimento sócio-económico e a
protecção do ambiente.

Para atingir esse objectivo esta política deve assegurar, entre outros a gestão de recurso
naturais do país e do ambiente em geral para que seja preservada a sua capacidade funcional e
produtiva para as gerações presentes e futuras.

Em 1997 foi aprovada a Lei do Ambiente4 que tem como objectivo a definição de bases legais
para a utilização e gestão correctas do ambiente com vista à implementação de um sistema de
desenvolvimento sustentável no país. Esta lei é aplicável a todas as actividades públicas e
privadas que podem influenciar directa ou indirectamente o ambiente, é nela que encontramos
plasmados os diversos princípios fundamentais do ambiente, os quais norteiam a gestão e
preservação ambiental.

4
Lei no 20/97 de 1 de Outubro.

12
5. À poluição do ambiente

Relativamente à poluição do ambiente, a Lei do Ambiente limita “ a produção, o depósito no


solo, o lançamento na água ou para a atmosfera, de quaisquer substâncias tóxicas e
poluidoras, assim como a prática de actividades que acelerem a erosão, a desertificação, o
desflorestamento ou qualquer outra forma de degradação do ambiente, fora dos limites
legalmente estabelecidos”, conforme o art.9° da Lei do Ambiente.

Todavia, a lei prevê o estabelecimento, pelo governo, de padrões de qualidade ambiental,


através de regulamentação do art. 10, o que veio a acontecer com a aprovação do Decreto nº
18/2004, de 2 de Junho, que aprova o Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e
de emissão de efluentes.

No que se refere aos resíduos, a Lei do Ambiente proíbe o depósito de poluentes no solo ou
subsolo moçambicano, bem como o seu lançamento na atmosfera ou em corpos de água e,
proíbe ainda a importação para o território nacional de resíduos ou lixos perigosos.

Em Moçambique, o Capítulo III da Lei Ambiental versa igualmente da poluição do ambiente


e foi já objecto de um assinalável esforço de regulamentação. Destacam-se o Regulamento
sobre a Gestão dos Lixos Biomédicos (aprovado pelo Decreto n.º 8/2003, de 18 de Fevereiro),
o Regulamento sobre Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro
(aprovado pelo Decreto n. ° 45/2006, de 30 de Novembro), na parte que diz respeito à
poluição, o Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes
(aprovado pelo Decreto n.º 18/2004, de 2 de Junho, alterado pelo Decreto n.º 67/2010, de 31
de Dezembro), o Regulamento sobre a Gestão das Substâncias que Destroem a Camada de
Ozono (aprovado pelo Decreto n. ° 24/2008, de 1 de Julho) o Regulamento sobre a Gestão de
Resíduos (aprovado pelo Decreto n.º 13/2006, de 15 de Junho), o Regulamento obre o
Banimento do Amianto e seus Derivados (aprovado pelo Decreto n. ° 55/2010, de 22 de
Novembro).

6. Legislação sobre Ruído

A Postura sobre Poluição Sonora aprovada pela Resolução n.º 43/AMM/2015 de 14 de


Outubro de 2015, da Assembleia da República e Postura de Trânsito aprovada pela Resolução
n.º 66/AM/2017, de 30 de Março, da Assembleia da República que prevêem que as
instituições religiosas ou quaisquer outras que pratiquem actividades que produzam poluição
sonora devem equipar seus edifícios com dispositivos que tenham em conta o factor acústico

13
e não propaguem som ou ruído em limites de volume e intensidade perturbadora da
comodidade auditiva da comunidade

3. Leis a destacar sobre a Atmosfera

Para os os devidos efeitos da gestão e dos procedimentos de qualidade e harmonia da


atmosfera, o Estado Moçambicano estabelece o Decreto no 18/2004 de 2 de Junho,
Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes baseado na
Lei no 20/97 de 1 de Outubro (cuja descerão vai em anexo).

4. Leis a destacar sobre Solo Contaminado

É evidente que a poluição do ar e água têm impactes negativos na saúde humana e tem levado
à tomada de decisão. Já a contaminação do solo e os efeitos na saúde humana e ambiente têm
por vezes um perfil menos conhecido e compreendido; e, adicionalmente, os aspetos
científicos, técnicos, regulamentares, financeiros e operacionais envolvidos são complexos.

Ao contrário de outros riscos, como um acidente de carro ou uma explosão, em que parte dos
seus efeitos graves são evidentes, a contaminação de solos pode ir ocorrendo ao longo de
vários anos e os seus efeitos só se tornarem patentes mais tarde ou se produzirem em locais
mais afastados, devido à migração de poluentes.

Num contexto em que a contaminação dos solos ocorreu, ainda ocorre e cria riscos para a
saúde humana e o ambiente, importa enquadrar a compreensão dos riscos. Estes riscos, no
limite serão conhecidos ou visualizados, mas muitas vezes não são ou são apenas
parcialmente (daí a expressão no título do capítulo de riscos invisíveis), sendo que muitas
vezes só se consegue identificar quando os seus efeitos se tornam evidente ou não aceitáveis.

Se se analisar a literatura sobre contaminação de solos, deteta-se uma evolução nas


metodologias, que começam por se centrar na forma de avaliar a contaminação (e
contaminantes), para depois procurarem e investigarem a ligação aos responsáveis
(traçadores), as formas de delimitar, controlar ou descontaminar e, por fim, cada vez mais, as
formas de prevenir a contaminação e de gerir ou reduzir os riscos de forma integrada.

A contaminação de solos é um problema complexo, dado que a relação de causa e efeito pode
exigir uma análise mais aprofundada.

A Lei do Ambiente estabelece uma série de princípios, entre as quais os seguintes: “Princípio
da Precaução”: em acções de gestão ambiental, deve ser priorizada a prevenção de actos
lesivos ao ambiente, independentemente da existência de certeza científica sobre a ocorrência

14
de tais impactos6 ; “Princípio do poluidor-pagador”: a lei determina que aqueles que
poluírem ou, de alguma forma, degradarem o ambiente, incorrem na obrigação de reabilitação
ou de compensação pelos danos daí decorrentes;

15
Conclusão

Diante do exposto, concluem-se os seguintes pontos. Primeiramente, foi possível verificar


através deste estudo que a poluição das águas surgiu com o desenvolvimento da sociedade,
tendo em vista que ainda encontra-se em constante progressão. No entanto, na maioria das
vezes, esse aumento populacional gera a degradação do meio ambiente, onde a água é uma
das formas que são atingidas pela poluição.

A falta de cuidado e atenção da sociedade tem-se a tendência de aumentar mais ainda essa
problemática. No entanto, somente após a verificação do alto índice de poluição que os
cuidados irão iniciar. Logo, a grande parte da água que esta apta a ser consumida e utilizada
esta diminuindo cada vez mais. Ademais, os níveis de captação não estão mais suportando a
demanda.

Além disso, a população deve pensar nas consequências que a poluição causa para a saúde
dos seres humanos, podendo até levar a morte. As preocupações já deveriam ter iniciado, mas
são poucos que pensam na degradação desse bem público, a água. Ademais, se todos os
indivíduos fizessem a sua parte o equilíbrio ambiental estaria controlado, porém não é assim
que acontece.

O Poder Público tem o dever de promover políticas públicas que visem à educação ambiental
conforme a localidade. Estas políticas visam conscientizar os seres humanos do mal que estão
ocasionando aos recursos hídricos passiveis de consumo e utilização. Com isso, a colaboração
da população torna-se fundamental para preservar e solucionar os problemas existentes. Tanto
o Poder Público como a coletividade tem o dever de preservar a água da melhor maneira
possível.

O saneamento básico torna-se fundamental e necessário em determinadas regiões, pois o


objetivo de melhorar a qualidade de vida através da captação adequada da água, os
tratamentos necessários a serem feitos, bem como um lugar, especifico, a ser destinado para o
esgoto entre vários outros objetivos. Diante das necessidades da coletividade foi instituída a

Lei que dispõe sobre o Saneamento Básico sob o n° 11.445/2007. A água é um bem público e
limitada, onde o uso inadequado de determinada água que esteja contaminada poderá gerar
algumas consequências devastadoras para os seres humanos.

16
Nesse sentido, torna-se necessário a conscientização e a colaboração do Poder Público
juntamente com a coletividade de que à água deve ser usada adequadamente e preservada para
as presentes e futuras gerações.

Bibliografia

Braga, Benedito. (2005). Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall. p. 208-213.

Fiorillo, Celso António Pacheco. (2011); Curso de direito ambiental brasileiro. 12. ed. rev.,
atual. e ampl. São Paulo: Saraiva. p. 311-326..

Lima, Herlander Mata. (2010). “Ambiente. Factores. Sustentabilidade.” Universidade da


Madeira Arquivado em 16 de novembro de 2012, no Wayback Machine. acessado a 29 de
fevereiro de 2012

OMS, (1997); Earth's Spheres Arquivado em 31 de agosto de 2007, no Wayback Machine..


©1997-2000. Wheeling Jesuit University/NASA Classroom of the Future. Retrieved
November 11, 2007.

Sirvinskas, Luís Paulo. (2011); Manual de direito ambiental. 9 ed. rev., atual. E ampl. – São
Paulo: Saraiva. Pag. 328

Vieira, A. C; Barcellos, I. C. (2011). Água: bem ambiental de uso comum da humanidade.


Direito Ambiental: conservação e degradação do meio ambiente. Título 2. Jan. – mar./2009.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, Pag. 72.

17

Você também pode gostar