Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE DE
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
O direito internacional geral ou comum faz parte integrante da ordem jurídica cabo-
verdiana e os actos jurídicos emanados dos órgãos competentes das organizações supra
nacionais de que Cabo Verde faz parte vigoram directamente na ordem jurídica interna
(nos termos e para os efeitos do artigo 12º da CRCV).
Cabo Verde é um país situado na zona do Sahel caracterizada pela sua extrema aridez. A
precipitação é limitada a uma média de 230mm por ano e ainda assim apenas 13% dessa
precipitação contribui para a alimentação das águas subterrâneas, que aliás, vêm
diminuindo de ano para ano. Em consequência, a Nação cabo-verdiana depende cada vez
mais da água dessalinizada para o consumo. O custo elevado da energia e o facto de cerca
de 80% da água para o consumo doméstico em Cabo Verde ser dessalinizada configura a
água como um problema de solução extremamente desafiante, delicado e urgente.
Não obstante estes desafios, o País tem feito progressos significativos na promoção do
acesso da população à água potável, tendo antecipadamente atingido em 2007 os
Objectivos do Desenvolvimento do Milénio nessa matéria, previstos para 2015.
De acordo com o Censo Nacional de 2010, mais de 92% dos cabo-verdianos tem acesso a
água. Contudo, os sucessos alcançados não podem iludir os enormes desafios que a
Nação, no seu todo, continua a enfrentar. Ainda existem grandes diferenças no acesso
entre as cidades e o campo, o custo tende a ser cada vez mais elevado, as ineficiências de
gestão, a frequência de cortes e a qualidade e a quantidade do abastecimento deixam
ainda muito a desejar, com particular incidência nas populações vulneráveis, do campo e
das periferias das cidades.
Com efeito, todos os macro documentos oficiais de diagnóstico do sector mostram que o
acesso à água e ao saneamento afecta sobretudo as populações periurbanas e rurais, e em
particular as mulheres chefes de família, reproduzindo a pobreza e a desigualdade de
género, bem como as crianças que são prejudicadas, não apenas na sua saúde, como no
aproveitamento escolar, ao perderem imenso tempo a carregar água das fontes ou
chafarizes, tempo que poderiam dedicar à escola e ao estudo.
O Programa do Governo para a VIII Legislatura 2011-2016 declara que um elemento
chave da acção do Governo para alargar o acesso da população aos serviços básicos é a
reforma do quadro institucional e legal reconhecendo que presentemente, existem
demasiadas sobreposições e não há responsabilidades institucionais claras. Existem
demasiados actores sem um líder, coordenador ou gestor comum. Grandes reformas de
integração do sector sob uma única organização serão implementadas para facilitar a
ligação natural entre a água e águas residuais (saneamento), para assegurar que haverá
uma instituição líder para o sector da água e águas residuais, para promover a eficácia,
reduzir a duplicação e assegurar uma gestão forte desses sectores. O objectivo será a
criação de uma única instituição para controlar o sector da água e saneamento,
enquanto a regulação dos preços e da eficiência será feita pela entidade de regulação
económica e a regulação ambiental ficará a cargo do departamento para o ambiente.
Assim,
Artigo 1.º
Objecto
iii. O aumento dos limites máximos das coimas, que pode atingir, para as pessoas
singulares, 500.000$00 (quinhentos mil escudos) em caso de negligência, e
1.000.000$00 (um milhão de escudos) em caso de dolo, e, para as pessoas
colectivas 50.000.000$00 (cinquenta milhões de escudos) em caso de negligência,
e 100.000.000$00 (cem milhões de escudos) em caso de dolo;
Artigo 3.º
Duração
Artigo 4.º
Entrada em vigor