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UNIVERSIDADE CESUMAR

UNICESUMAR

Elaine Claudia Farineli Bilibio


Lais Daiane da Silva
Thalita Tatara Dumont Navarro
Vanusa Carara da Silva

PROJETO DE PESQUISA – ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA (AEP)


SANEAMENTO BÁSICO UM DIREITO FUNDAMENTAL DA POPULAÇÃO

Curitiba
2021
SUMÁRIO

1. TEMA 3
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA 3
3. PROBLEMÁTICA JURÍDICA 3
4. OBJETIVO GERAL 3
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3
6. JUSTIFICATIVA E VINCULAÇÃO DO TEMA COM A ODS 4
7. MARCO TEÓRICO 6
8. SUGESTÃO DE SUMÁRIO 7
9. METODOLOGIA 7
10. REFERÊNCIAS 8

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1. TEMA

A pesquisa a ser desenvolvida para a formulação da Atividade de Estudo Programada


(AEP). A importância do saneamento básico como direitos humanos, para obtenção de nota
parcial do Primeiro Bimestre, do Curso de Direito do Centro Universitário Unicesumar que
terá como tema: Água potável e Saneamento – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) nº 6.

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Saneamento básico um direito fundamental da população.

3. PROBLEMÁTICA JURÍDICA

Em qual perspectiva o acesso á água potável e ao saneamento básico interfere na


qualidade de uma vida digna? E qual a previsão legal no ordenamento jurídico garante esse
direito ao cidadão brasileiro?

4. OBJETIVO GERAL

O projeto proposto, acesso à água potável e saneamento básico, tem como objetivo
apresentar as suas importâncias, como direito de todo cidadão brasileiro em observância ao
princípio da dignidade humana. Assim como essa garantia à população reduz o quadro de
doenças, viroses, natalidade infantil entre outros problemas relacionados à falta de
saneamento e que atingem à sociedade.

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Analisar quais os benefícios em disponibilizar o saneamento básico como uma


medida que levará ao declínio de várias doenças;
b) Verificar dados sobre quais regiões o nível de água potável e saneamento básico são
extremamente baixos;
c) Identificar os motivos pelos quais parte da população não tem acesso a esses
serviços obrigatórios que devem ser prestados pelo Estado;
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d) Apontar quais leis e projetos estão em andamento para a melhoria nesse sistema.
e) Apontar dispositivos legais que garantem o direito à água potável e ao saneamento
básico como um direito do cidadão brasileiro.

6. JUSTIFICATIVA E VINCULAÇÃO DO TEMA COM A ODS

No ano de 2015, líderes mundiais, reuniram-se na sede da Organização das Nações


Unidas (ONU) e decidiram um plano de ação para erradicar a pobreza. Plano esse que ficou
conhecido como “Agenda 2030”, pois suas metas foram traçadas, com intuito a serem
atingidas até essa data. No mesmo encontro, foram definidas 17 iniciativas conhecidas como
ODS. Cada objetivo possui metas claras e mensuráveis, e todos os cidadãos são responsáveis,
por essas metas. E a nível nacional, estes mesmos objetivos estão previstos nos arts. 1º, inciso
III e 3º, da Constituição Federal (CF):

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

Sendo o inciso III do art. 1º, como um princípio da dignidade da pessoa humana,
referente à garantia das necessidades vitais de cada pessoa, um valor intrínseco, como um
todo.
O item a ser abordado no presente trabalho será a 6º (sexta) ODS: água limpa e
saneamento, como uma garantia de disponibilidade e manejo sustentável para todos.
O saneamento básico tem o papel indispensável a nível mundial e está intrinsecamente
ligado às relações econômicas, sociais, ambientais, e de saúde, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável e para dignidade humana.
No Brasil o saneamento básico é um direito garantido através da Lei n. 11.445/2007 e
assegurado pela CF.
A lei nº 11.445/2007 a qual foi atualizada pela Lei nº 14.026 que foi promulgada em
15 de julho de 2020:
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Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico; cria o Comitê
Interministerial de Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro
de 1979, 8.666, de 21 de junho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e
revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978. (Redação pela Lei nº 14.026, de
2020). Atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
(ANA) competência para editar normas de referência sobre o serviço de saneamento,
a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar o nome e as atribuições do
cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005,
para vedar a prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o
art. 175 da Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para
aprimorar as condições estruturais do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de
2 de agosto de 2010, para tratar dos prazos para a disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da
Metrópole), para estender seu âmbito de aplicação às microrregiões, e a Lei nº
13.529, de 4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a participar de fundo com
a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos especializados.

E que prevê em seu Art. 4º-A, §3:

§ 3º As normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento


básico deverão:
I - Promover a prestação adequada dos serviços, com atendimento pleno aos
usuários, observados os princípios da regularidade, da continuidade, da eficiência,
da segurança, da atualidade, da generalidade, da cortesia, da modicidade tarifária, da
utilização racional dos recursos hídricos e da universalização dos serviços;
II - Estimular a livre concorrência, a competitividade, a eficiência e a
sustentabilidade econômica na prestação dos serviços;
III - estimular a cooperação entre os entes federativos com vistas à prestação, à
contratação e à regulação dos serviços de forma adequada e eficiente, a fim de
buscar a universalização dos serviços e a modicidade tarifária;
IV - Possibilitar a adoção de métodos, técnicas e processos adequados às
peculiaridades locais e regionais;
V - Incentivar a regionalização da prestação dos serviços, de modo a contribuir para
a viabilidade técnica e econômico-financeira, a criação de ganhos de escala e de
eficiência e a universalização dos serviços;
VI - Estabelecer parâmetros e periodicidade mínimos para medição do cumprimento
das metas de cobertura dos serviços e do atendimento aos indicadores de qualidade e
aos padrões de potabilidade, observadas as peculiaridades contratuais e regionais;
VII - Estabelecer critérios limitadores da sobreposição de custos administrativos ou
gerenciais a serem pagos pelo usuário final, independentemente da configuração de
subcontratações ou de subdelegações; e
VIII - Assegurar a prestação concomitante dos serviços de abastecimento de água e
de esgotamento sanitário.

Assim como o Saneamento básico, a água potável é de suma importância, ao que se


refere à dignidade da pessoa humana. A água potável está diretamente ligada à saúde e
qualidade de vida, uma vez que sua falta provoca aumento nos índices de doenças.
Proliferação de mosquitos como Aedes Aegypt (transmissor da dengue), cólera, hepatite A,
entre outros.
Através deste conceito, foi criada a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
(ANA), promulgada pela Lei nº 9.984/2000 atualizada pela Lei nº 14.026/2020:

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Art. 1º Esta Lei cria a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA),
entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos,
integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e
responsável pela instituição de normas de referência para a regulação dos serviços
públicos de saneamento básico, e estabelece regras para sua atuação, sua estrutura
administrativa e suas fontes de recursos. (Redação dada pela Lei nº 14.026, de 2020)
CAPÍTULO II
Da Criação, Natureza Jurídica e Competências da
Agência Nacional de Águas – ANA
Art. 2º Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos promover a articulação
dos planejamentos nacional, regionais, estaduais e dos setores usuários elaborados
pelas entidades que integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos e formular a Política Nacional de Recursos Hídricos, nos termos da Lei no
9.433, de 8 de janeiro de 1997.
Art. 3º Fica criada a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA),
autarquia sob regime especial, com autonomia administrativa e financeira, vinculada
ao Ministério do Desenvolvimento Regional, integrante do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), com a finalidade de implementar,
no âmbito de suas competências, a Política Nacional de Recursos Hídricos e de
instituir normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento
básico. (Redação dada pela Lei nº 14.026, de 2020)
Parágrafo único. A ANA terá sede e foro no Distrito Federal, podendo instalar
unidades administrativas regionais.

A água potável e o Saneamento básico, portanto, são assuntos amparados e


assegurados pela lei, conforme citado acima.

7. MARCO TEÓRICO

O saneamento básico está inerentemente ligado à qualidade de vida, bem como o


desenvolvimento social e econômico da população. Nesse contexto pode-se também incluir o
tratamento da água pluvial e resíduos sólidos, bem como a limpeza urbana. Sendo assim é
uma forma em garantir-se a qualidade de vida da população. Além de influenciar na saúde das
pessoas, contribui também no desenvolvimento da sociedade como um todo.
Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado em
2019, o saneamento básico é o conjunto de medidas que visa a preservação ou modificação
das condições do meio ambiente, com intuito de prevenir doenças e promover a saúde,
melhorando a qualidade de vida da população e a produtividade, facilitando assim maiores
oportunidades do ponto de vista econômico, promovendo inclusive a saúde. Dessa forma,
aumenta-se a salubridade das habitações e evita-se a proliferação de doenças. Em paralelo ao
saneamento básico, garante-se a preservação do meio ambiente. Pois o destino do esgoto
sanitário de forma adequada, a gestão dos resíduos sólidos urbanos e o manejo das águas
pluviais contribuem para a preservação do meio ambiente.
Vejamos o art. 23, inciso IX da Constituição Federal de 1988:
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Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico.

Portanto são deveres garantidos pela Constituição Federal.


De acordo com Associação Brasileira das Concessionárias (ABCON) e Sindicato
Nacional das Concessionárias (SINDCON) 2017, no Brasil há 2,5 milhões de domicílios sem
instalações sanitárias, metade da população continua sem acesso aos sistemas de esgotamento
sanitário e apenas 42,67% do esgoto gerado é tratado. Mesmo esse assunto sendo garantido
pela lei, como nota-se no Art.4, §3, Inciso VIII citado acima.
Demonstrar a importância em relação da água potável e do saneamento básico como
direito da pessoa humana, no qual é previsto por lei é a pretensão do presente projeto.

8. SUGESTÃO DE SUMÁRIO

Introdução;
No Primeiro Capítulo: Água potável e Saneamento básico – Pretende-se esclarecer e
evidenciar a importância de tais recursos, bem como, mencionar dados e estatísticos dentro do
território Brasileiro acerca de sua funcionalidade.
No segundo Capítulo: Esclarecimentos gerais – Caberá a explicação e argumentação
com base em bibliografias a respeito dos objetivos específicos mencionados no item 5º deste
projeto.
Considerações finais;
Referências.

9. METODOLOGIA

A presente pesquisa foi realizada com dados bibliográficos através de livros,


publicações e artigos científicos, Google acadêmico bem como leis constitucionais e legais,
relacionadas ao objeto de estudo em arguição.
O método utilizado foi dedutivo-dialético e pragmático, além de enfatizar o
entendimento jurisprudencial acerca de pontos específicos relacionados ao tema. Pretendeu-se
esclarecer e evidenciar a importância dos recursos naturais, bem como do saneamento básico,
e mencionar dados estatísticos brasileiros.

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10. REFERÊNCIAS

ABCON e SINDCON. Panorama da Participação Privada no Saneamento do Brasil


2017. Ed. Stampato. Edição Especial- Gestores Municipais.

BRASIL. Lei nº 13.089, de 12 de Janeiro de 2015. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13089.htm>. Acesso em: 08
de abril de 2021.

GOOGLE SCHOLAR. Google acadêmico. Disponível em:


<https://scholar.google.com.br/?hl=pt>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Amazônia Legal: O que é. Disponível


em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/mapas-regionais/15819-amazonia-
legal.html?=&t=o-que-e>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

JUSBRASIL. Artigo 2 da Lei nº 6.938 de 31 de Agosto de 1981. Disponível em:


<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11334894/artigo-2-da-lei-n-6938-de-31-de-agosto-de-
1981>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

JUSBRASIL. Inciso III do Artigo 1 da Constituição Federal de 1988. Disponível em:


<https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10731879/inciso-iii-do-artigo-1-da-constituicao-
federal-de-1988>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

MOURA, Dani. A pandemia expõe a precariedade do saneamento básico. Edição 2020.


Disponível em: <https://mareonline.com.br/a-pandemia-expoe-a-precariedade-do-
saneamento-basico/>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

PISCO DE LUZ. ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em:


<https://www.piscodeluz.org/desenvolvimento-sustentavel>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

SNIS. Saneamento é saúde. Trata Brasil, 2019. Disponível em:


<https://www.tratabrasil.org.br>. Acesso em: 08 de abril de 2021.

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