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LEGISLAÇÃO
Lei Nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. - Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico..............................................................................................................................................01
Lei Nº 12.007, de 29 de julho de 2009. - Dispõe sobre a emissão de declaração de quitação
anual de débitos..............................................................................................................................34
Decreto Nº 7.217, de 21 de junho 2010. - Regulamenta a Lei nº 11.445, que estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico..............................................................................35
Portaria de Consolidação Nº 5, de 3 de outubro de 2017. - Consolidação das normas sobre as
ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde...........................................................63
Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020 - Atualiza o marco legal do saneamento básico.................63
LEGISLAÇÃO
Decreto nº 8163/2017, de 19 de dezembro de 2017. - Aprova o Plano Municipal de Saneamento
Básico do Município de Novo Hamburgo........................................................................................94
Lei Municipal nº 333/2000 - Institui O Regime Jurídico Estatutário dos Servidores Públicos
Municipais e dá outras providências...............................................................................................95
Mensagem de Veto
Regulamento Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico; cria o Comitê Inter-
ministerial de Saneamento Básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21
de junho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978.
(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 1o Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal
de saneamento básico.
Art. 2o Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes princí-
pios fundamentais:
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
realizados de forma adequada à saúde pública, à conservação dos recursos naturais e à proteção do
meio ambiente;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - disponibilidade, nas áreas urbanas, de serviços de drenagem e manejo das águas pluviais, trata-
mento, limpeza e fiscalização preventiva das redes, adequados à saúde pública, à proteção do meio am-
biente e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
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X - controle social;
XII - integração das infraestruturas e dos serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos;(Reda-
ção pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIII - redução e controle das perdas de água, inclusive na distribuição de água tratada, estímulo à
racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência energética, ao reúso de efluentes
sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIV - prestação regionalizada dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala e à garantia da
universalização e da viabilidade técnica e econômico-financeira dos serviços;(Incluído pela Lei nº 14.026,
de 2020)
XV - seleção competitiva do prestador dos serviços; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 3º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: constituídos pelas atividades e pela disponibilização
e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais de coleta, varrição manual e mecanizada,
asseio e conservação urbana, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de limpeza urbana; e(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e
pelas instalações operacionais de drenagem de águas pluviais, transporte, detenção ou retenção para o
amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contem-
pladas a limpeza e a fiscalização preventiva das redes;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - gestão associada: associação voluntária entre entes federativos, por meio de consórcio público ou
convênio de cooperação, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal;(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
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IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações,
representações técnicas e participação nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de
avaliação relacionados com os serviços públicos de saneamento básico;(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
V - (VETADO);
a) região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião: unidade instituída pelos Estados me-
diante lei complementar, de acordo com o § 3º do art. 25 da Constituição Federal, composta de agrupa-
mento de Municípios limítrofes e instituída nos termos da Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatu-
to da Metrópole);(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
b) unidade regional de saneamento básico: unidade instituída pelos Estados mediante lei ordinária,
constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente limítrofes, para atender adequada-
mente às exigências de higiene e saúde pública, ou para dar viabilidade econômica e técnica aos Municí-
pios menos favorecidos;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
VII - subsídios: instrumentos econômicos de política social que contribuem para a universalização do
acesso aos serviços públicos de saneamento básico por parte de populações de baixa renda;(Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
VIII - localidades de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias,
assim definidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
IX - contratos regulares: aqueles que atendem aos dispositivos legais pertinentes à prestação de servi-
ços públicos de saneamento básico;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
X - núcleo urbano: assentamento humano, com uso e características urbanas, constituído por unida-
des imobiliárias com área inferior à fração mínima de parcelamento prevista no art. 8º da Lei nº 5.868, de
12 de dezembro de 1972, independentemente da propriedade do solo, ainda que situado em área qualifi-
cada ou inscrita como rural;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XI - núcleo urbano informal: aquele clandestino, irregular ou no qual não tenha sido possível realizar
a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a legislação vigente à época de sua implantação ou
regularização;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XII - núcleo urbano informal consolidado: aquele de difícil reversão, considerados o tempo da ocu-
pação, a natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a presença de equipamentos
públicos, entre outras circunstâncias a serem avaliadas pelo Município ou pelo Distrito Federal;(Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
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XIII - operação regular: aquela que observa integralmente as disposições constitucionais, legais e
contratuais relativas ao exercício da titularidade e à contratação, prestação e regulação dos serviços;(In-
cluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIV - serviços públicos de saneamento básico de interesse comum: serviços de saneamento básico
prestados em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões instituídas por lei comple-
mentar estadual, em que se verifique o compartilhamento de instalações operacionais de infraestrutura
de abastecimento de água e/ou de esgotamento sanitário entre 2 (dois) ou mais Municípios, denotando
a necessidade de organizá-los, planejá-los, executá-los e operá-los de forma conjunta e integrada pelo
Estado e pelos Munícipios que compartilham, no todo ou em parte, as referidas instalações operacio-
nais;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XV - serviços públicos de saneamento básico de interesse local: funções públicas e serviços cujas
infraestruturas e instalações operacionais atendam a um único Município;(Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
XVI - sistema condominial: rede coletora de esgoto sanitário, assentada em posição viável no interior
dos lotes ou conjunto de habitações, interligada à rede pública convencional em um único ponto ou à uni-
dade de tratamento, utilizada onde há dificuldades de execução de redes ou ligações prediais no sistema
convencional de esgotamento;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIX - sistema unitário: conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, trans-
portar, condicionar e encaminhar conjuntamente esgoto sanitário e águas pluviais.(Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 1º ( VETADO).
§ 2º ( VETADO).
§ 3º ( VETADO).
Art. 3º-A. Consideram-se serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante liga-
ção predial, incluídos eventuais instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a essa finalida-
de, as seguintes atividades:(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
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IV - tratamento de água bruta;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 3º-B. Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário aqueles constituídos por 1 (uma)
ou mais das seguintes atividades:(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
I - coleta, incluída ligação predial, dos esgotos sanitários;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - tratamento dos esgotos sanitários; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de trata-
mento coletivas ou individuais de forma ambientalmente adequada, incluídas fossas sépticas.(Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
Parágrafo único. Nas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) ou outras áreas do perímetro urbano
ocupadas predominantemente por população de baixa renda, o serviço público de esgotamento sanitário,
realizado diretamente pelo titular ou por concessionário, inclui conjuntos sanitários para as residências e
solução para a destinação de efluentes, quando inexistentes, assegurada compatibilidade com as diretri-
zes da política municipal de regularização fundiária.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 3º-C. Consideram-se serviços públicos especializados de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos as atividades operacionais de coleta, transbordo, transporte, triagem para fins de reutilização ou
reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e destinação final dos:(Incluído pela Lei nº 14.026,
de 2020)
III - resíduos originários dos serviços públicos de limpeza urbana, tais como:(Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
a) serviços de varrição, capina, roçada, poda e atividades correlatas em vias e logradouros públi-
cos;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
c) raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer materiais depositados pelas águas pluviais em
logradouros públicos;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
e) limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e outros eventos de acesso aberto
ao público; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
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f) outros eventuais serviços de limpeza urbana.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 3º-D. Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas aqueles constituí-
dos por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades:(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias; e(In-
cluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - tratamento e disposição final de águas pluviais urbanas.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 4o Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico.
Art. 5o Não constitui serviço público a ação de saneamento executada por meio de soluções indi-
viduais, desde que o usuário não dependa de terceiros para operar os serviços, bem como as ações e
serviços de saneamento básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de respon-
sabilidade do gerador.
Art. 6o O lixo originário de atividades comerciais, industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo
manejo não seja atribuída ao gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido
urbano.
Art. 7o Para os efeitos desta Lei, o serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sóli-
dos urbanos é composto pelas seguintes atividades:
Art. 8º Exercem a titularidade dos serviços públicos de saneamento básico:(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
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II - o Estado, em conjunto com os Municípios que compartilham efetivamente instalações operacionais
integrantes de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, instituídas por lei comple-
mentar estadual, no caso de interesse comum.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º O exercício da titularidade dos serviços de saneamento poderá ser realizado também por gestão
associada, mediante consórcio público ou convênio de cooperação, nos termos do art. 241 da Constitui-
ção Federal, observadas as seguintes disposições:(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º Para os fins desta Lei, as unidades regionais de saneamento básico devem apresentar sustenta-
bilidade econômico-financeira e contemplar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma) região metropolita-
na, facultada a sua integração por titulares dos serviços de saneamento.(Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 4º Os Chefes dos Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
poderão formalizar a gestão associada para o exercício de funções relativas aos serviços públicos de
saneamento básico, ficando dispensada, em caso de convênio de cooperação, a necessidade de autori-
zação legal.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 5º O titular dos serviços públicos de saneamento básico deverá definir a entidade responsável pela
regulação e fiscalização desses serviços, independentemente da modalidade de sua prestação.(Incluído
pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 8º-A. É facultativa a adesão dos titulares dos serviços públicos de saneamento de interesse local
às estruturas das formas de prestação regionalizada.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 8º-B. No caso de prestação regionalizada dos serviços de saneamento, as responsabilidades ad-
ministrativa, civil e penal são exclusivamente aplicadas aos titulares dos serviços públicos de saneamen-
to, nos termos do art. 8º desta Lei.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 9o O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo,
para tanto:
I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei, bem como estabelecer metas e
indicadores de desempenho e mecanismos de aferição de resultados, a serem obrigatoriamente observa-
dos na execução dos serviços prestados de forma direta ou por concessão;(Redação pela Lei nº 14.026,
de 2020)
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II - prestar diretamente os serviços, ou conceder a prestação deles, e definir, em ambos os casos, a
entidade responsável pela regulação e fiscalização da prestação dos serviços públicos de saneamento
básico;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - definir os parâmetros a serem adotados para a garantia do atendimento essencial à saúde pública,
inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as nor-
mas nacionais relativas à potabilidade da água;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora,
nas hipóteses e nas condições previstas na legislação e nos contratos.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
Parágrafo único. No exercício das atividades a que se refere o caput deste artigo, o titular poderá
receber cooperação técnica do respectivo Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos prestadores
dos serviços.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 10. A prestação dos serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a
administração do titular depende da celebração de contrato de concessão, mediante prévia licitação,
nos termos do art. 175 da Constituição Federal, vedada a sua disciplina mediante contrato de programa,
convênio, termo de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 3º Os contratos de programa regulares vigentes permanecem em vigor até o advento do seu termo
contratual.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 10-A. Os contratos relativos à prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão
conter, expressamente, sob pena de nulidade, as cláusulas essenciais previstas no art. 23 da Lei nº
8.987, de 13 de fevereiro de 1995, além das seguintes disposições:(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
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I - metas de expansão dos serviços, de redução de perdas na distribuição de água tratada, de quali-
dade na prestação dos serviços, de eficiência e de uso racional da água, da energia e de outros recursos
naturais, do reúso de efluentes sanitários e do aproveitamento de águas de chuva, em conformidade com
os serviços a serem prestados;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - metodologia de cálculo de eventual indenização relativa aos bens reversíveis não amortizados por
ocasião da extinção do contrato; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - repartição de riscos entre as partes, incluindo os referentes a caso fortuito, força maior, fato do
príncipe e álea econômica extraordinária.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º Os contratos que envolvem a prestação dos serviços públicos de saneamento básico poderão
prever mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes do contrato ou a ele relacionadas,
inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei nº 9.307, de
23 de setembro de 1996.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º As outorgas de recursos hídricos atualmente detidas pelas empresas estaduais poderão ser se-
gregadas ou transferidas da operação a ser concedida, permitidas a continuidade da prestação do servi-
ço público de produção de água pela empresa detentora da outorga de recursos hídricos e a assinatura
de contrato de longo prazo entre esta empresa produtora de água e a empresa operadora da distribuição
de água para o usuário final, com objeto de compra e venda de água.(Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
Art. 10-B. Os contratos em vigor, incluídos aditivos e renovações, autorizados nos termos desta Lei,
bem como aqueles provenientes de licitação para prestação ou concessão dos serviços públicos de sa-
neamento básico, estarão condicionados à comprovação da capacidade econômico-financeira da con-
tratada, por recursos próprios ou por contratação de dívida, com vistas a viabilizar a universalização dos
serviços na área licitada até 31 de dezembro de 2033, nos termos do § 2º do art. 11-B desta Lei.(Reda-
ção pela Lei nº 14.026, de 2020) (Regulamento)
Art. 11. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços pú-
blicos de saneamento básico:
III - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes
desta Lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização;
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IV - a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de con-
cessão, e sobre a minuta do contrato.
§ 1o Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o
respectivo plano de saneamento básico.
§ 2o Nos casos de serviços prestados mediante contratos de concessão ou de programa, as normas
previstas no inciso III do caput deste artigo deverão prever:
I - a autorização para a contratação dos serviços, indicando os respectivos prazos e a área a ser aten-
dida;
II - a inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de redução
progressiva e controle de perdas na distribuição de água tratada, de qualidade, de eficiência e de uso
racional da água, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a serem
prestados e com o respectivo plano de saneamento básico;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
c) a política de subsídios;
V - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização dos servi-
ços;
§ 3o Os contratos não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e de
fiscalização ou o acesso às informações sobre os serviços contratados.
§ 4o Na prestação regionalizada, o disposto nos incisos I a IV do caput e nos §§ 1o e 2o deste artigo
poderá se referir ao conjunto de municípios por ela abrangidos.
Art. 11-A. Na hipótese de prestação dos serviços públicos de saneamento básico por meio de contrato,
o prestador de serviços poderá, além de realizar licitação e contratação de parceria público-privada, nos
termos da Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e desde que haja previsão contratual ou autoriza-
ção expressa do titular dos serviços, subdelegar o objeto contratado, observado, para a referida subde-
legação, o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor do contrato.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
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§ 1º A subdelegação fica condicionada à comprovação técnica, por parte do prestador de serviços, do
benefício em termos de eficiência e qualidade dos serviços públicos de saneamento básico.(Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 6º Para fins de aferição do limite previsto no caput deste artigo, o critério para definição do valor do
contrato do subdelegatário deverá ser o mesmo utilizado para definição do valor do contrato do prestador
do serviço.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 7º Caso o contrato do prestador do serviço não tenha valor de contrato, o faturamento anual proje-
tado para o subdelegatário não poderá ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) do faturamento anual
projetado para o prestador do serviço.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 11-B. Os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão definir
metas de universalização que garantam o atendimento de 99% (noventa e nove por cento) da população
com água potável e de 90% (noventa por cento) da população com coleta e tratamento de esgotos até 31
de dezembro de 2033, assim como metas quantitativas de não intermitência do abastecimento, de redu-
ção de perdas e de melhoria dos processos de tratamento.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º Os contratos em vigor que não possuírem as metas de que trata o caput deste artigo terão até 31
de março de 2022 para viabilizar essa inclusão.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2º Contratos firmados por meio de procedimentos licitatórios que possuam metas diversas daquelas
previstas no caput deste artigo, inclusive contratos que tratem, individualmente, de água ou de esgoto,
permanecerão inalterados nos moldes licitados, e o titular do serviço deverá buscar alternativas para
atingir as metas definidas no caput deste artigo, incluídas as seguintes:(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
II - licitação complementar para atingimento da totalidade da meta; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
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§ 3º As metas de universalização deverão ser calculadas de maneira proporcional no período com-
preendido entre a assinatura do contrato ou do termo aditivo e o prazo previsto no caput deste artigo, de
forma progressiva, devendo ser antecipadas caso as receitas advindas da prestação eficiente do serviço
assim o permitirem, nos termos da regulamentação.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 4º É facultado à entidade reguladora prever hipóteses em que o prestador poderá utilizar métodos
alternativos e descentralizados para os serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de
esgoto em áreas rurais, remotas ou em núcleos urbanos informais consolidados, sem prejuízo da sua
cobrança, com vistas a garantir a economicidade da prestação dos serviços públicos de saneamento
básico.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 6º As metas previstas neste artigo deverão ser observadas no âmbito municipal, quando exercida a
titularidade de maneira independente, ou no âmbito da prestação regionalizada, quando aplicável.(Incluí-
do pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 7º No caso do não atingimento das metas, nos termos deste artigo, deverá ser iniciado procedimento
administrativo pela agência reguladora com o objetivo de avaliar as ações a serem adotadas, incluídas
medidas sancionatórias, com eventual declaração de caducidade da concessão, assegurado o direito à
ampla defesa.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 12. Nos serviços públicos de saneamento básico em que mais de um prestador execute ativida-
de interdependente com outra, a relação entre elas deverá ser regulada por contrato e haverá entidade
única encarregada das funções de regulação e de fiscalização.
I - as normas técnicas relativas à qualidade, quantidade e regularidade dos serviços prestados aos
usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
II - as normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por servi-
ços prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
III - a garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes prestadores dos serviços;
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V - o sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais de um Município.
§ 2o O contrato a ser celebrado entre os prestadores de serviços a que se refere o caput deste artigo
deverá conter cláusulas que estabeleçam pelo menos:
V - as regras para a fixação, o reajuste e a revisão das taxas, tarifas e outros preços públicos aplicá-
veis ao contrato;
§ 3o Inclui-se entre as garantias previstas no inciso VI do § 2o deste artigo a obrigação do contratante
de destacar, nos documentos de cobrança aos usuários, o valor da remuneração dos serviços prestados
pelo contratado e de realizar a respectiva arrecadação e entrega dos valores arrecadados.
Art. 13. Os entes da Federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, poderão instituir
fundos, aos quais poderão ser destinadas, entre outros recursos, parcelas das receitas dos serviços, com
a finalidade de custear, na conformidade do disposto nos respectivos planos de saneamento básico, a
universalização dos serviços públicos de saneamento básico.
Parágrafo único. Os recursos dos fundos a que se refere o caput deste artigo poderão ser utilizados
como fontes ou garantias em operações de crédito para financiamento dos investimentos necessários à
universalização dos serviços públicos de saneamento básico.
CAPÍTULO III
DA PRESTAÇÃO REGIONALIZADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO
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Art. 17. O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer a plano regional de sa-
neamento básico elaborado para o conjunto de Municípios atendidos.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 4º O plano regional de saneamento básico poderá ser elaborado com suporte de órgãos e entidades
das administrações públicas federal, estaduais e municipais, além de prestadores de serviço.(Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 18. Os prestadores que atuem em mais de um Município ou região ou que prestem serviços pú-
blicos de saneamento básico diferentes em um mesmo Município ou região manterão sistema contábil
que permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço em cada um
dos Municípios ou regiões atendidas e, se for o caso, no Distrito Federal.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
Parágrafo único. Nos casos em que os contratos previstos no caput deste artigo se encerrarem após o
prazo fixado no contrato de programa da empresa estatal ou de capital misto contratante, por vencimento
ordinário ou caducidade, o ente federativo controlador da empresa delegatária da prestação de serviços
públicos de saneamento básico, por ocasião da assinatura do contrato de parceria público-privada ou de
subdelegação, deverá assumir esses contratos, mantidos iguais prazos e condições perante o licitante
vencedor.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 18-A. O prestador dos serviços públicos de saneamento básico deve disponibilizar infraestrutura
de rede até os respectivos pontos de conexão necessários à implantação dos serviços nas edificações
e nas unidades imobiliárias decorrentes de incorporação imobiliária e de parcelamento de solo urbano.
(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Parágrafo único. A agência reguladora instituirá regras para que empreendedores imobiliários façam
investimentos em redes de água e esgoto, identificando as situações nas quais os investimentos repre-
sentam antecipação de atendimento obrigatório do operador local, fazendo jus ao ressarcimento futuro
por parte da concessionária, por critérios de avaliação regulatórios, e aquelas nas quais os investimentos
configuram-se como de interesse restrito do empreendedor imobiliário, situação na qual não fará jus ao
ressarcimento.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
CAPÍTULO IV
DO PLANEJAMENTO
Art. 19. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser es-
pecífico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo:
I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicado-
res sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências
detectadas;
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II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções gra-
duais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;
III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatí-
vel com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando
possíveis fontes de financiamento;
V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações pro-
gramadas.
§ 1º Os planos de saneamento básico serão aprovados por atos dos titulares e poderão ser elabora-
dos com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 2o A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas pelos
respectivos titulares.
§ 3º Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográfi-
cas e com planos diretores dos Municípios em que estiverem inseridos, ou com os planos de desenvol-
vimento urbano integrado das unidades regionais por eles abrangidas.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 5o Será assegurada ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estu-
dos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.
§ 6o A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do
respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação.
§ 7o Quando envolverem serviços regionalizados, os planos de saneamento básico devem ser edita-
dos em conformidade com o estabelecido no art. 14 desta Lei.
§ 8o Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente o territó-
rio do ente da Federação que o elaborou.
§ 9º Os Municípios com população inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes poderão apresentar planos
simplificados, com menor nível de detalhamento dos aspectos previstos nos incisos I a V do caput deste
artigo.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 20. (VETADO).
Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do cum-
primento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições
legais, regulamentares e contratuais.
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CAPÍTULO V
DA REGULAÇÃO
Art. 21. A função de regulação, desempenhada por entidade de natureza autárquica dotada de in-
dependência decisória e autonomia administrativa, orçamentária e financeira, atenderá aos princípios
de transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação e a expansão da qualidade dos serviços
e para a satisfação dos usuários, com observação das normas de referência editadas pela ANA;(Reda-
ção pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas nos contratos de prestação de servi-
ços e nos planos municipais ou de prestação regionalizada de saneamento básico;(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes
do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; e(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos quanto a modi-
cidade tarifária, por mecanismos que gerem eficiência e eficácia dos serviços e que permitam o comparti-
lhamento dos ganhos de produtividade com os usuários.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 23. A entidade reguladora, observadas as diretrizes determinadas pela ANA, editará normas relati-
vas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços públicos de saneamento básico,
que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste
e revisão;
XII – (VETADO).
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XIII - procedimentos de fiscalização e de aplicação de sanções previstas nos instrumentos contratuais
e na legislação do titular; e(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XIV - diretrizes para a redução progressiva e controle das perdas de água.(Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 1º A regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser delegada pelos
titulares a qualquer entidade reguladora, e o ato de delegação explicitará a forma de atuação e a abran-
gência das atividades a serem desempenhadas pelas partes envolvidas.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 1º-A. Nos casos em que o titular optar por aderir a uma agência reguladora em outro Estado da
Federação, deverá ser considerada a relação de agências reguladoras de que trata o art. 4º-B da Lei nº
9.984, de 17 de julho de 2000, e essa opção só poderá ocorrer nos casos em que:(Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
I - não exista no Estado do titular agência reguladora constituída que tenha aderido às normas de refe-
rência da ANA;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - seja dada prioridade, entre as agências reguladoras qualificadas, àquela mais próxima à localidade
do titular; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - haja anuência da agência reguladora escolhida, que poderá cobrar uma taxa de regulação diferen-
ciada, de acordo com a distância de seu Estado.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1º-B. Selecionada a agência reguladora mediante contrato de prestação de serviços, ela não poderá
ser alterada até o encerramento contratual, salvo se deixar de adotar as normas de referência da ANA ou
se estabelecido de acordo com o prestador de serviços.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2o As normas a que se refere o caput deste artigo fixarão prazo para os prestadores de serviços
comunicarem aos usuários as providências adotadas em face de queixas ou de reclamações relativas
aos serviços.
Art. 24. Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços, os titulares poderão
adotar os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da regulação em toda a área de abrangência
da associação ou da prestação.
Art. 25. Os prestadores de serviços públicos de saneamento básico deverão fornecer à entidade regu-
ladora todos os dados e informações necessários para o desempenho de suas atividades, na forma das
normas legais, regulamentares e contratuais.
§ 1o Incluem-se entre os dados e informações a que se refere o caput deste artigo aquelas produzi-
das por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer materiais e equipa-
mentos específicos.
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§ 2o Compreendem-se nas atividades de regulação dos serviços de saneamento básico a interpreta-
ção e a fixação de critérios para a fiel execução dos contratos, dos serviços e para a correta administra-
ção de subsídios.
Art. 25-A. A ANA instituirá normas de referência para a regulação da prestação dos serviços públicos
de saneamento básico por seus titulares e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras, observada a
legislação federal pertinente.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 26. Deverá ser assegurado publicidade aos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equiva-
lentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos
usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência
de interesse direto.
§ 1o Excluem-se do disposto no caput deste artigo os documentos considerados sigilosos em razão
de interesse público relevante, mediante prévia e motivada decisão.
§ 2o A publicidade a que se refere o caput deste artigo deverá se efetivar, preferencialmente, por
meio de sítio mantido na rede mundial de computadores - internet.
Art. 27. É assegurado aos usuários de serviços públicos de saneamento básico, na forma das normas
legais, regulamentares e contratuais:
II - prévio conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem estar sujeitos;
III - acesso a manual de prestação do serviço e de atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e
aprovado pela respectiva entidade de regulação;
Art. 28. (VETADO).
CAPÍTULO VI
DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Art. 29. Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira as-
segurada por meio de remuneração pela cobrança dos serviços, e, quando necessário, por outras formas
adicionais, como subsídios ou subvenções, vedada a cobrança em duplicidade de custos administrati-
vos ou gerenciais a serem pagos pelo usuário, nos seguintes serviços:(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
I - de abastecimento de água e esgotamento sanitário, na forma de taxas, tarifas e outros preços públi-
cos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos, conjuntamente;(Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, na forma de taxas, tarifas e outros preços públi-
cos, conforme o regime de prestação do serviço ou das suas atividades; e(Redação pela Lei nº 14.026,
de 2020)
III - de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, na forma de tributos, inclusive taxas, ou tarifas
e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou das suas ativida-
des.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
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§ 1o Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das tarifas, preços
públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observará as seguintes diretrizes:
III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o cumprimento
das metas e objetivos do serviço;
VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de
qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;
§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários que não tenham capa-
cidade de pagamento suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.(Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 4º Na hipótese de prestação dos serviços sob regime de concessão, as tarifas e preços públicos
serão arrecadados pelo prestador diretamente do usuário, e essa arrecadação será facultativa em caso
de taxas.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 5º Os prédios, edifícios e condomínios que foram construídos sem a individualização da medição até
a entrada em vigor da Lei nº 13.312, de 12 de julho de 2016, ou em que a individualização for inviável,
pela onerosidade ou por razão técnica, poderão instrumentalizar contratos especiais com os prestado-
res de serviços, nos quais serão estabelecidos as responsabilidades, os critérios de rateio e a forma de
cobrança.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 30. Observado o disposto no art. 29 desta Lei, a estrutura de remuneração e de cobrança dos
serviços públicos de saneamento básico considerará os seguintes fatores:(Redação pela Lei nº 14.026,
de 2020)
III - quantidade mínima de consumo ou de utilização do serviço, visando à garantia de objetivos so-
ciais, como a preservação da saúde pública, o adequado atendimento dos usuários de menor renda e a
proteção do meio ambiente;
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VI - capacidade de pagamento dos consumidores.
Art. 31. Os subsídios destinados ao atendimento de usuários determinados de baixa renda serão, de-
pendendo da origem dos recursos:(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - internos a cada titular ou entre titulares, nas hipóteses de prestação regionalizada.(Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 32. (VETADO).
Art. 33. (VETADO).
Art. 34. (VETADO).
Art. 35. As taxas ou as tarifas decorrentes da prestação de serviço de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos considerarão a destinação adequada dos resíduos coletados e o nível de renda da po-
pulação da área atendida, de forma isolada ou combinada, e poderão, ainda, considerar:(Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
II - as características dos lotes e as áreas que podem ser neles edificadas;(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 2º A não proposição de instrumento de cobrança pelo titular do serviço nos termos deste artigo, no
prazo de 12 (doze) meses de vigência desta Lei, configura renúncia de receita e exigirá a comprovação
de atendimento, pelo titular do serviço, do disposto no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
de 2000, observadas as penalidades constantes da referida legislação no caso de eventual descumpri-
mento.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 36. A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo de águas pluviais urba-
nas deve levar em conta, em cada lote urbano, os percentuais de impermeabilização e a existência de
dispositivos de amortecimento ou de retenção de água de chuva, bem como poderá considerar:
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II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.
Art. 37. Os reajustes de tarifas de serviços públicos de saneamento básico serão realizados obser-
vando-se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, de acordo com as normas legais, regulamentares e
contratuais.
Art. 38. As revisões tarifárias compreenderão a reavaliação das condições da prestação dos serviços
e das tarifas praticadas e poderão ser:
II - extraordinárias, quando se verificar a ocorrência de fatos não previstos no contrato, fora do contro-
le do prestador dos serviços, que alterem o seu equilíbrio econômico-financeiro.
§ 1o As revisões tarifárias terão suas pautas definidas pelas respectivas entidades reguladoras, ouvi-
dos os titulares, os usuários e os prestadores dos serviços.
§ 2o Poderão ser estabelecidos mecanismos tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores de
produtividade, assim como de antecipação de metas de expansão e qualidade dos serviços.
§ 3o Os fatores de produtividade poderão ser definidos com base em indicadores de outras empresas
do setor.
§ 4o A entidade de regulação poderá autorizar o prestador de serviços a repassar aos usuários cus-
tos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados, nos termos da Lei
no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
Art. 39. As tarifas serão fixadas de forma clara e objetiva, devendo os reajustes e as revisões serem
tornados públicos com antecedência mínima de 30 (trinta) dias com relação à sua aplicação.
Parágrafo único. A fatura a ser entregue ao usuário final deverá obedecer a modelo estabelecido pela
entidade reguladora, que definirá os itens e custos que deverão estar explicitados.
Art. 40. Os serviços poderão ser interrompidos pelo prestador nas seguintes hipóteses:
III - negativa do usuário em permitir a instalação de dispositivo de leitura de água consumida, após ter
sido previamente notificado a respeito;
IV - manipulação indevida de qualquer tubulação, medidor ou outra instalação do prestador, por parte
do usuário; e
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§ 2o A suspensão dos serviços prevista nos incisos III e V do caput deste artigo será precedida de
prévio aviso ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a suspensão.
Art. 41. Desde que previsto nas normas de regulação, grandes usuários poderão negociar suas tarifas
com o prestador dos serviços, mediante contrato específico, ouvido previamente o regulador.
Art. 42. Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores constituirão créditos perante o
titular, a serem recuperados mediante a exploração dos serviços, nos termos das normas regulamentares
e contratuais e, quando for o caso, observada a legislação pertinente às sociedades por ações.
§ 1o Não gerarão crédito perante o titular os investimentos feitos sem ônus para o prestador, tais
como os decorrentes de exigência legal aplicável à implantação de empreendimentos imobiliários e os
provenientes de subvenções ou transferências fiscais voluntárias.
§ 4o (VETADO).
Art. 43. A prestação dos serviços atenderá a requisitos mínimos de qualidade, incluindo a regularida-
de, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos usuários e às condi-
ções operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com as normas regulamentares e contra-
tuais.
§ 2º A entidade reguladora estabelecerá limites máximos de perda na distribuição de água tratada, que
poderão ser reduzidos gradualmente, conforme se verifiquem avanços tecnológicos e maiores investi-
mentos em medidas para diminuição desse desperdício.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
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§ 1º A autoridade ambiental competente assegurará prioridade e estabelecerá procedimentos simplifi-
cados de licenciamento para as atividades a que se refere o caput deste artigo, em função do porte das
unidades, dos impactos ambientais esperados e da resiliência de sua área de implantação.(Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2o A autoridade ambiental competente estabelecerá metas progressivas para que a qualidade dos
efluentes de unidades de tratamento de esgotos sanitários atenda aos padrões das classes dos corpos
hídricos em que forem lançados, a partir dos níveis presentes de tratamento e considerando a capacida-
de de pagamento das populações e usuários envolvidos.
Art. 45. As edificações permanentes urbanas serão conectadas às redes públicas de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas, tarifas e outros preços
públicos decorrentes da disponibilização e da manutenção da infraestrutura e do uso desses serviços.
(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 1o Na ausência de redes públicas de saneamento básico, serão admitidas soluções individuais de
abastecimento de água e de afastamento e destinação final dos esgotos sanitários, observadas as nor-
mas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas ambiental, sanitária e
de recursos hídricos.
§ 2o A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá ser
também alimentada por outras fontes.
§ 3º A instalação hidráulica predial prevista no § 2º deste artigo constitui a rede ou tubulação que se
inicia na ligação de água da prestadora e finaliza no reservatório de água do usuário.(Redação pela Lei
nº 14.026, de 2020)
§ 4º Quando disponibilizada rede pública de esgotamento sanitário, o usuário estará sujeito aos paga-
mentos previstos no caput deste artigo, sendo-lhe assegurada a cobrança de um valor mínimo de utiliza-
ção dos serviços, ainda que a sua edificação não esteja conectada à rede pública.(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 5º O pagamento de taxa ou de tarifa, na forma prevista no caput deste artigo, não isenta o usuário
da obrigação de conectar-se à rede pública de esgotamento sanitário, e o descumprimento dessa obri-
gação sujeita o usuário ao pagamento de multa e demais sanções previstas na legislação, ressalvados
os casos de reúso e de captação de água de chuva, nos termos do regulamento.(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 6º A entidade reguladora ou o titular dos serviços públicos de saneamento básico deverão estabele-
cer prazo não superior a 1 (um) ano para que os usuários conectem suas edificações à rede de esgotos,
onde disponível, sob pena de o prestador do serviço realizar a conexão mediante cobrança do usuário.
(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 7º A entidade reguladora ou o titular dos serviços públicos de saneamento básico deverá, sob pena
de responsabilidade administrativa, contratual e ambiental, até 31 de dezembro de 2025, verificar e apli-
car o procedimento previsto no § 6º deste artigo a todas as edificações implantadas na área coberta com
serviço de esgotamento sanitário.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
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§ 8º O serviço de conexão de edificação ocupada por família de baixa renda à rede de esgotamento
sanitário poderá gozar de gratuidade, ainda que os serviços públicos de saneamento básico sejam pres-
tados mediante concessão, observado, quando couber, o reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 9º Para fins de concessão da gratuidade prevista no § 8º deste artigo, caberá ao titular regulamentar
os critérios para enquadramento das famílias de baixa renda, consideradas as peculiaridades locais e
regionais.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 10. A conexão de edificações situadas em núcleo urbano, núcleo urbano informal e núcleo urbano
informal consolidado observará o disposto na Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017.(Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
§ 11. As edificações para uso não residencial ou condomínios regidos pela Lei nº 4.591, de 16 de de-
zembro de 1964, poderão utilizarse de fontes e métodos alternativos de abastecimento de água, incluin-
do águas subterrâneas, de reúso ou pluviais, desde que autorizados pelo órgão gestor competente e que
promovam o pagamento pelo uso de recursos hídricos, quando devido.(Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
§ 12. Para a satisfação das condições descritas no § 11 deste artigo, os usuários deverão instalar
medidor para contabilizar o seu consumo e deverão arcar apenas com o pagamento pelo uso da rede de
coleta e tratamento de esgoto na quantidade equivalente ao volume de água captado.(Incluído pela Lei
nº 14.026, de 2020)
Art. 46. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção
de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar
mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo
o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.
Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos mecanismos a que se refere o caput deste artigo, a ANA
poderá recomendar, independentemente da dominialidade dos corpos hídricos que formem determinada
bacia hidrográfica, a restrição ou a interrupção do uso de recursos hídricos e a prioridade do uso para o
consumo humano e para a dessedentação de animais.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá incluir a participação de
órgãos colegiados de caráter consultivo, nacional, estaduais, distrital e municipais, em especial o Con-
selho Nacional de Recursos Hídricos, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, assegurada a
representação:(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
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V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao
setor de saneamento básico.
§ 1o As funções e competências dos órgãos colegiados a que se refere o caput deste artigo poderão
ser exercidas por órgãos colegiados já existentes, com as devidas adaptações das leis que os criaram.
§ 2o No caso da União, a participação a que se refere o caput deste artigo será exercida nos termos
da Medida Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001, alterada pela Lei no 10.683, de 28 de maio
de 2003.
CAPÍTULO IX
DA POLÍTICA FEDERAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 48. A União, no estabelecimento de sua política de saneamento básico, observará as seguintes
diretrizes:
I - prioridade para as ações que promovam a eqüidade social e territorial no acesso ao saneamento
básico;
II - aplicação dos recursos financeiros por ela administrados de modo a promover o desenvolvimento
sustentável, a eficiência e a eficácia;
VII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural, por meio da utilização de
soluções compatíveis com as suas características econômicas e sociais peculiares;(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
X - adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de suas ações;
XII - redução progressiva e controle das perdas de água, inclusive na distribuição da água tratada,
estímulo à racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência energética, ao reúso de
efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva, em conformidade com as demais normas
ambientais e de saúde pública;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
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XIV - promoção da segurança jurídica e da redução dos riscos regulatórios, com vistas a estimular
investimentos públicos e privados;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
XVII - prioridade para planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos servi-
ços e das ações de saneamento básico integrado, nos termos desta Lei.(Incluído pela Lei nº 14.026, de
2020)
Art. 48-A. Em programas habitacionais públicos federais ou subsidiados com recursos públicos fede-
rais, o sistema de esgotamento sanitário deverá ser interligado à rede existente, ressalvadas as hipóte-
ses do § 4º do art. 11-B desta Lei.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos serviços e das
ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda, incluídos os núcleos
urbanos informais consolidados, quando não se encontrarem em situação de risco;(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
III - proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas e outras popu-
lações tradicionais, com soluções compatíveis com suas características socioculturais;
V - assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público dê-se se-
gundo critérios de promoção da salubridade ambiental, de maximização da relação benefício-custo e de
maior retorno social;
VII - promover alternativas de gestão que viabilizem a auto-sustentação econômica e financeira dos
serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação federativa;
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IX - fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e a difu-
são dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;
XII - promover educação ambiental destinada à economia de água pelos usuários;(Redação pela Lei
nº 14.026, de 2020)
XIV - promover a regionalização dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala, por meio
do apoio à formação dos blocos de referência e à obtenção da sustentabilidade econômica financeira do
bloco;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XV - promover a concorrência na prestação dos serviços; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
XVI - priorizar, apoiar e incentivar planos, programas e projetos que visem à implantação e à am-
pliação dos serviços e das ações de saneamento integrado, nos termos desta Lei.(Incluído pela Lei nº
14.026, de 2020)
Art. 50. A alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União ou com
recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União serão feitos em conformidade com as
diretrizes e objetivos estabelecidos nos arts. 48 e 49 desta Lei e com os planos de saneamento básico e
condicionados:
a) desempenho do prestador na gestão técnica, econômica e financeira dos serviços; e(Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
b) eficiência e eficácia na prestação dos serviços públicos de saneamento básico;(Redação pela Lei nº
14.026, de 2020)
III - à observância das normas de referência para a regulação da prestação dos serviços públicos de
saneamento básico expedidas pela ANA;(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
VI - à regularidade da operação a ser financiada, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º desta
Lei;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
VII - à estruturação de prestação regionalizada;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
VIII - à adesão pelos titulares dos serviços públicos de saneamento básico à estrutura de governan-
ça correspondente em até 180 (cento e oitenta) dias contados de sua instituição, nos casos de unidade
regional de saneamento básico, blocos de referência e gestão associada; e(Incluído pela Lei nº 14.026,
de 2020)
§ 2o A União poderá instituir e orientar a execução de programas de incentivo à execução de projetos
de interesse social na área de saneamento básico com participação de investidores privados, mediante
operações estruturadas de financiamentos realizados com recursos de fundos privados de investimento,
de capitalização ou de previdência complementar, em condições compatíveis com a natureza essencial
dos serviços públicos de saneamento básico.
§ 4o Os recursos não onerosos da União, para subvenção de ações de saneamento básico promovi-
das pelos demais entes da Federação, serão sempre transferidos para Municípios, o Distrito Federal ou
Estados.
§ 5º No fomento à melhoria da prestação dos serviços públicos de saneamento básico, a União poderá
conceder benefícios ou incentivos orçamentários, fiscais ou creditícios como contrapartida ao alcance de
metas de desempenho operacional previamente estabelecidas.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 6o A exigência prevista na alínea a do inciso I do caput deste artigo não se aplica à destinação de
recursos para programas de desenvolvimento institucional do operador de serviços públicos de sanea-
mento básico.
§ 7o (VETADO).
§ 8º A manutenção das condições e do acesso aos recursos referidos no caput deste artigo depende-
rá da continuidade da observância dos atos normativos e da conformidade dos órgãos e das entidades
reguladoras ao disposto no inciso III do caput deste artigo.(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 10. O disposto no inciso III do caput deste artigo não se aplica às ações de saneamento básico
em:(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
I - áreas rurais;(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - comunidades tradicionais, incluídas áreas quilombolas; e(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 11. A União poderá criar cursos de capacitação técnica dos gestores públicos municipais, em con-
sórcio ou não com os Estados, para a elaboração e implementação dos planos de saneamento básico.
(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 51. O processo de elaboração e revisão dos planos de saneamento básico deverá prever sua di-
vulgação em conjunto com os estudos que os fundamentarem, o recebimento de sugestões e críticas por
meio de consulta ou audiência pública e, quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por
órgão colegiado criado nos termos do art. 47 desta Lei.
Parágrafo único. A divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as
fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os interessados, inclu-
sive por meio da internet e por audiência pública.
Art. 52. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Cli-
ma: (Redação dada pela Medida Provisória nº 1.154, de 2023)
I - o Plano Nacional de Saneamento Básico, que conterá: (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
a) os objetivos e metas nacionais e regionalizadas, de curto, médio e longo prazos, para a universa-
lização dos serviços de saneamento básico e o alcance de níveis crescentes de saneamento básico no
território nacional, observando a compatibilidade com os demais planos e políticas públicas da União;
d) as diretrizes para o planejamento das ações de saneamento básico em áreas de especial interesse
turístico;
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
II - tratar especificamente das ações da União relativas ao saneamento básico nas áreas indígenas,
nas reservas extrativistas da União e nas comunidades quilombolas.
III - contemplar programa específico para ações de saneamento básico em áreas rurais; (Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - contemplar ações específicas de segurança hídrica; e(Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
V - contemplar ações de saneamento básico em núcleos urbanos informais ocupados por populações
de baixa renda, quando estes forem consolidados e não se encontrarem em situação de risco. (Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2o Os planos de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo devem ser elaborados com hori-
zonte de 20 (vinte) anos, avaliados anualmente e revisados a cada 4 (quatro) anos, preferencialmente
em períodos coincidentes com os de vigência dos planos plurianuais.
§ 3º A União estabelecerá, de forma subsidiária aos Estados, blocos de referência para a prestação
regionalizada dos serviços públicos de saneamento básico.(Incluído pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 53. Fica instituído o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico - SINISA, com os
objetivos de:
I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de sanea-
mento básico;
III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos servi-
ços de saneamento básico.
§ 1º As informações do Sinisa são públicas, gratuitas, acessíveis a todos e devem ser publicadas na
internet, em formato de dados abertos. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
§ 2o A União apoiará os titulares dos serviços a organizar sistemas de informação em saneamento
básico, em atendimento ao disposto no inciso VI do caput do art. 9o desta Lei.
§ 5º O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima dará ampla transparência e publicidade aos
sistemas de informações por ele geridos e considerará as demandas dos órgãos e das entidades envol-
vidos na política federal de saneamento básico para fornecer os dados necessários ao desenvolvimento,
à implementação e à avaliação das políticas públicas do setor.(Redação dada pela Medida Provisória nº
1.154, de 2023)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 7º Os titulares, os prestadores de serviços públicos de saneamento básico e as entidades regulado-
ras fornecerão as informações a serem inseridas no Sinisa. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 53-A. Fica criado o Comitê Interministerial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado que, sob a
presidência do Ministério do Desenvolvimento Regional, tem a finalidade de assegurar a implementação
da política federal de saneamento básico e de articular a atuação dos órgãos e das entidades federais
na alocação de recursos financeiros em ações de saneamento básico. (Redação pela Lei nº 14.026, de
2020)
Parágrafo único. A composição do Cisb será definida em ato do Poder Executivo federal. (Redação
pela Lei nº 14.026, de 2020)
I - coordenar, integrar, articular e avaliar a gestão, em âmbito federal, do Plano Nacional de Sanea-
mento Básico; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
II - acompanhar o processo de articulação e as medidas que visem à destinação dos recursos para o
saneamento básico, no âmbito do Poder Executivo federal; (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
III - garantir a racionalidade da aplicação dos recursos federais no setor de saneamento básico, com
vistas à universalização dos serviços e à ampliação dos investimentos públicos e privados no setor; (Re-
dação pela Lei nº 14.026, de 2020)
IV - elaborar estudos técnicos para subsidiar a tomada de decisões sobre a alocação de recursos fe-
derais no âmbito da política federal de saneamento básico; e (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
V - avaliar e aprovar orientações para a aplicação dos recursos federais em saneamento básico. (Re-
dação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 53-C. Regimento interno disporá sobre a organização e o funcionamento do Cisb. (Redação pela
Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 53-D. Fica estabelecida como política federal de saneamento básico a execução de obras de
infraestrutura básica de esgotamento sanitário e abastecimento de água potável em núcleos urbanos
formais, informais e informais consolidados, passíveis de serem objeto de Regularização Fundiária Urba-
na (Reurb), nos termos da Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, salvo aqueles que se encontrarem em
situação de risco. (Redação pela Lei nº 14.026, de 2020)
Art. 54. (VETADO).
Art. 54-A. Fica instituído o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento
Básico - REISB, com o objetivo de estimular a pessoa jurídica prestadora de serviços públicos de sa-
neamento básico a aumentar seu volume de investimentos por meio da concessão de créditos tributá-
rios. (Incluído pela Lei nº 13.329. de 2016)(Produção de efeito)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Parágrafo único. A vigência do Reisb se estenderá até o ano de 2026.(Incluído pela Lei nº 13.329. de
2016)(Produção de efeito)
Art. 54-B. É beneficiária do Reisb a pessoa jurídica que realize investimentos voltados para a susten-
tabilidade e para a eficiência dos sistemas de saneamento básico e em acordo com o Plano Nacional de
Saneamento Básico.(Incluído pela Lei nº 13.329. de 2016)(Produção de efeito)
III - à redução de perdas de água e à ampliação da eficiência dos sistemas de abastecimento de água
para consumo humano e dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto; (Incluído pela Lei nº 13.329. de
2016)(Produção de efeito)
§ 2o Somente serão beneficiados pelo Reisb projetos cujo enquadramento às condições definidas
no caput seja atestado pela Administração da pessoa jurídica beneficiária nas demonstrações financei-
ras dos períodos em que se apurarem ou se utilizarem os créditos.(Incluído pela Lei nº 13.329. de 2016)
(Produção de efeito)
§ 3o Não se poderão beneficiar do Reisb as pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unifi-
cado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte - Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, e as
pessoas jurídicas de que tratam o inciso II do art. 8o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002,
e o inciso II do art. 10 da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003. (Incluído pela Lei nº 13.329. de
2016)(Produção de efeito)
§ 4o A adesão ao Reisb é condicionada à regularidade fiscal da pessoa jurídica em relação aos im-
postos e às contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei
nº 13.329. de 2016)(Produção de efeito)
Art. 55. O § 5o do art. 2o da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com a seguin-
te redação:(Vigência)
......................................................................................................
§ 5o A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoa-
mento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável,
energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação.
............................................................................................. ” (NR)
Art. 56. (VETADO)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 57. O inciso XXVII do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar
com a seguinte redação:(Vigência)
.........................................................................................................
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos reci-
cláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou
cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder pú-
blico como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas
técnicas, ambientais e de saúde pública.
................................................................................................... ” (NR)
Art. 58. O art. 42 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, passa a vigorar com a seguinte reda-
ção: (Vigência) (Vide ADIN 4058)
§ 1o Vencido o prazo mencionado no contrato ou ato de outorga, o serviço poderá ser prestado por
órgão ou entidade do poder concedente, ou delegado a terceiros, mediante novo contrato.
.........................................................................................................
§ 3º As concessões a que se refere o § 2o deste artigo, inclusive as que não possuam instrumento
que as formalize ou que possuam cláusula que preveja prorrogação, terão validade máxima até o dia 31
de dezembro de 2010, desde que, até o dia 30 de junho de 2009, tenham sido cumpridas, cumulativa-
mente, as seguintes condições:
I - levantamento mais amplo e retroativo possível dos elementos físicos constituintes da infra-estrutura
de bens reversíveis e dos dados financeiros, contábeis e comerciais relativos à prestação dos serviços,
em dimensão necessária e suficiente para a realização do cálculo de eventual indenização relativa aos
investimentos ainda não amortizados pelas receitas emergentes da concessão, observadas as disposi-
ções legais e contratuais que regulavam a prestação do serviço ou a ela aplicáveis nos 20 (vinte) anos
anteriores ao da publicação desta Lei;
III - publicação na imprensa oficial de ato formal de autoridade do poder concedente, autorizando a
prestação precária dos serviços por prazo de até 6 (seis) meses, renovável até 31 de dezembro de 2008,
mediante comprovação do cumprimento do disposto nos incisos I e II deste parágrafo.
§ 4o Não ocorrendo o acordo previsto no inciso II do § 3o deste artigo, o cálculo da indenização de
investimentos será feito com base nos critérios previstos no instrumento de concessão antes celebrado
ou, na omissão deste, por avaliação de seu valor econômico ou reavaliação patrimonial, depreciação e
amortização de ativos imobilizados definidos pelas legislações fiscal e das sociedades por ações, efetua-
da por empresa de auditoria independente escolhida de comum acordo pelas partes.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 5o No caso do § 4o deste artigo, o pagamento de eventual indenização será realizado, mediante
garantia real, por meio de 4 (quatro) parcelas anuais, iguais e sucessivas, da parte ainda não amortizada
de investimentos e de outras indenizações relacionadas à prestação dos serviços, realizados com capital
próprio do concessionário ou de seu controlador, ou originários de operações de financiamento, ou obti-
dos mediante emissão de ações, debêntures e outros títulos mobiliários, com a primeira parcela paga até
o último dia útil do exercício financeiro em que ocorrer a reversão.
§ 6o Ocorrendo acordo, poderá a indenização de que trata o § 5o deste artigo ser paga mediante
receitas de novo contrato que venha a disciplinar a prestação do serviço.” (NR)
Art. 59. (VETADO).
Bernard Appy
Luiz Marinho
Marina Silva
Dispõe sobre a emissão de declaração de quitação anual de débitos pelas pessoas jurídicas prestado-
ras de serviços públicos ou privados.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei:
Art. 1o As pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados são obrigadas a emitir e a
encaminhar ao consumidor declaração de quitação anual de débitos.
§ 1o Somente terão direito à declaração de quitação anual de débitos os consumidores que quitarem
todos os débitos relativos ao ano em referência.
§ 2o Caso o consumidor não tenha utilizado os serviços durante todos os meses do ano anterior, terá
ele o direito à declaração de quitação dos meses em que houve faturamento dos débitos.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 3o Caso exista algum débito sendo questionado judicialmente, terá o consumidor o direito à decla-
ração de quitação dos meses em que houve faturamento dos débitos.
Art. 3o A declaração de quitação anual deverá ser encaminhada ao consumidor por ocasião do en-
caminhamento da fatura a vencer no mês de maio do ano seguinte ou no mês subsequente à completa
quitação dos débitos do ano anterior ou dos anos anteriores, podendo ser emitida em espaço da própria
fatura.
Art. 4o Da declaração de quitação anual deverá constar a informação de que ela substitui, para a
comprovação do cumprimento das obrigações do consumidor, as quitações dos faturamentos mensais
dos débitos do ano a que se refere e dos anos anteriores.
Art. 5o O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará os infratores às sanções previstas na Lei
no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, sem prejuízo daquelas determinadas pela legislação de defesa do
consumidor.
Guido Mantega
Helio Costa
Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI,
alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007,
DECRETA:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1o Este Decreto estabelece normas para execução da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
I - planejamento: as atividades atinentes à identificação, qualificação, quantificação, organização e
orientação de todas as ações, públicas e privadas, por meio das quais o serviço público deve ser presta-
do ou colocado à disposição de forma adequada;
II - regulação: todo e qualquer ato que discipline ou organize determinado serviço público, incluindo
suas características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários
e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços
públicos, para atingir os objetivos do art. 27;
VII - titular: o ente da Federação que possua por competência a prestação de serviço público de sa-
neamento básico;
a) do titular, ao qual a lei tenha atribuído competência de prestar serviço público; ou
b) ao qual o titular tenha delegado a prestação dos serviços, observado o disposto no art. 10 da Lei
no 11.445, de 2007;
IX - gestão associada: associação voluntária de entes federados, por convênio de cooperação ou con-
sórcio público, conforme disposto no art. 241 da Constituição;
X - prestação regionalizada: aquela em que um único prestador atende a dois ou mais titulares, com
uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive de sua remuneração, e com compatibili-
dade de planejamento;
XI - serviços públicos de saneamento básico: conjunto dos serviços públicos de manejo de resíduos
sólidos, de limpeza urbana, de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de drenagem e mane-
jo de águas pluviais, bem como infraestruturas destinadas exclusivamente a cada um destes serviços;
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
XIV - subsídios diretos: quando destinados a determinados usuários;
XVII - subsídios entre localidades: aqueles concedidos nas hipóteses de gestão associada e prestação
regional;
XIX - subsídios fiscais: quando decorrerem da alocação de recursos orçamentários, inclusive por meio
de subvenções;
XX - localidade de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias,
assim definidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
XXI - aviso: informação dirigida a usuário pelo prestador dos serviços, com comprovação de recebi-
mento, que tenha como objetivo notificar a interrupção da prestação dos serviços;
XXIII - água potável: água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos e químicos
atendam ao padrão de potabilidade estabelecido pelas normas do Ministério da Saúde;
XXV - soluções individuais: todas e quaisquer soluções alternativas de saneamento básico que aten-
dam a apenas uma unidade de consumo;
XXVI - edificação permanente urbana: construção de caráter não transitório, destinada a abrigar ativi-
dade humana;
I - as ações de saneamento executadas por meio de soluções individuais, desde que o usuário não
dependa de terceiros para operar os serviços; e
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
I - a solução que atenda a condomínios ou localidades de pequeno porte, na forma prevista no § 1º do
art. 10 da Lei nº 11.445, de 2007; e
II - a fossa séptica e outras soluções individuais de esgotamento sanitário, quando se atribua ao Poder
Público a responsabilidade por sua operação, controle ou disciplina, nos termos de norma específica.
§ 3o Para os fins do inciso VIII do caput, consideram-se também prestadoras do serviço público de
manejo de resíduos sólidos as associações ou cooperativas, formadas por pessoas físicas de baixa
renda reconhecidas pelo Poder Público como catadores de materiais recicláveis, que executam coleta,
processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis.
CAPÍTULO III
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3o Os serviços públicos de saneamento básico possuem natureza essencial e serão prestados
com base nos seguintes princípios:
I - universalização do acesso;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo dos resíduos sólidos e
manejo de águas pluviais realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambien-
te;
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços públicos de manejo das águas pluviais
adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
X - controle social;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
SEÇÃO II
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
II - captação;
IV - tratamento de água;
Art. 5o O Ministério da Saúde definirá os parâmetros e padrões de potabilidade da água, bem como
estabelecerá os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano.
§ 1o A responsabilidade do prestador dos serviços públicos no que se refere ao controle da qualidade
da água não prejudica a vigilância da qualidade da água para consumo humano por parte da autoridade
de saúde pública.
§ 1o Na ausência de redes públicas de abastecimento de água, serão admitidas soluções individuais,
observadas as normas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas
ambiental, sanitária e de recursos hídricos.
§ 2o As normas de regulação dos serviços poderão prever prazo para que o usuário se conecte à
rede pública, preferencialmente não superior a noventa dias.
§ 3o Decorrido o prazo previsto no § 2o, caso fixado nas normas de regulação dos serviços, o usuário
estará sujeito às sanções previstas na legislação do titular.
§ 4o Poderão ser adotados subsídios para viabilizar a conexão, inclusive a intradomiciliar, dos usuá-
rios de baixa renda.
Art. 7o A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá ser
também alimentada por outras fontes.
§ 1o Entende-se como sendo a instalação hidráulica predial mencionada no caput a rede ou tubula-
ção de água que vai da ligação de água da prestadora até o reservatório de água do usuário.
§ 2o A legislação e as normas de regulação poderão prever sanções administrativas a quem infringir o
disposto no caput.
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§ 3o O disposto no § 2o não exclui a possibilidade da adoção de medidas administrativas para fazer
cessar a irregularidade, bem como a responsabilização civil no caso de contaminação de água das redes
públicas ou do próprio usuário.
§ 4o Serão admitidas instalações hidráulicas prediais com objetivo de reúso de efluentes ou aprovei-
tamento de água de chuva, desde que devidamente autorizadas pela autoridade competente.
Art. 8o A remuneração pela prestação dos serviços públicos de abastecimento de água pode ser fixa-
da com base no volume consumido de água, podendo ser progressiva, em razão do consumo.
§ 1o O volume de água consumido deve ser aferido, preferencialmente, por meio de medição indi-
vidualizada, levando-se em conta cada uma das unidades, mesmo quando situadas na mesma edifica-
ção.
§ 2o Ficam excetuadas do disposto no § 1o, entre outras previstas na legislação, as situações em que
as infraestruturas das edificações não permitam individualização do consumo ou em que a absorção dos
custos para instalação dos medidores individuais seja economicamente inviável para o usuário.
SEÇÃO III
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de trata-
mento coletivas ou individuais, inclusive fossas sépticas.
§ 1o Para os fins deste artigo, a legislação e as normas de regulação poderão considerar como es-
gotos sanitários também os efluentes industriais cujas características sejam semelhantes às do esgoto
doméstico.
Art. 10. A remuneração pela prestação de serviços públicos de esgotamento sanitário poderá ser fixa-
da com base no volume de água cobrado pelo serviço de abastecimento de água.
§ 1o Na ausência de rede pública de esgotamento sanitário serão admitidas soluções individuais,
observadas as normas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas
ambientais, de saúde e de recursos hídricos.
§ 2o As normas de regulação dos serviços poderão prever prazo para que o usuário se conecte a
rede pública, preferencialmente não superior a noventa dias.
§ 3o Decorrido o prazo previsto no § 2o, caso fixado nas normas de regulação dos serviços, o usuário
estará sujeito às sanções previstas na legislação do titular.
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§ 4o Poderão ser adotados subsídios para viabilizar a conexão, inclusive intradomiciliar, dos usuários
de baixa renda.
SEÇÃO IV
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
I - resíduos domésticos;
III - resíduos originários dos serviços públicos de limpeza pública urbana, tais como:
a) serviços de varrição, capina, roçada, poda e atividades correlatas em vias e logradouros públi-
cos;
c) raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer materiais depositados pelas águas pluviais em
logradouros públicos;
e) limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e outros eventos de acesso aberto
ao público.
Art. 13. Os planos de saneamento básico deverão conter prescrições para manejo dos resíduos sóli-
dos urbanos, em especial dos originários de construção e demolição e dos serviços de saúde, além dos
resíduos referidos no art. 12.
Art. 14. A remuneração pela prestação de serviço público de manejo de resíduos sólidos urbanos de-
verá levar em conta a adequada destinação dos resíduos coletados, bem como poderá considerar:
Art. 15. Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas os constituídos por
uma ou mais das seguintes atividades:
I - drenagem urbana;
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III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias, e
Art. 16. A cobrança pela prestação do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas deverá le-
var em conta, em cada lote urbano, o percentual de área impermeabilizada e a existência de dispositivos
de amortecimento ou de retenção da água pluvial, bem como poderá considerar:
II - características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas.
SEÇÃO VI
DA INTERRUPÇÃO DOS SERVIÇOS
Art. 17. A prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverá obedecer ao princípio da
continuidade, podendo ser interrompida pelo prestador nas hipóteses de:
II - manipulação indevida, por parte do usuário, da ligação predial, inclusive medidor, ou qualquer ou-
tro componente da rede pública; ou
III - necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias nos sistemas por meio de interrupções
programadas.
§ 1o Os serviços de abastecimento de água, além das hipóteses previstas no caput, poderão ser
interrompidos pelo prestador, após aviso ao usuário, com comprovação do recebimento e antecedência
mínima de trinta dias da data prevista para a suspensão, nos seguintes casos:
Parágrafo único. A prestação de serviços públicos de saneamento básico deverá ser realizada com
base no uso sustentável dos recursos hídricos.
Art. 19. Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos de recursos hídri-
cos das bacias hidrográficas em que os Municípios estiverem inseridos.
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Art. 20. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de saneamento básico,
inclusive para disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito
de uso.
Art. 21. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção
de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar
mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo
o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.
§ 1o A implantação das etapas de eficiência de tratamento de efluentes será estabelecida em função
da capacidade de pagamento dos usuários.
§ 4o O Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos editarão,
no âmbito de suas respectivas competências, normas para o cumprimento do disposto neste artigo.
TÍTULO II
DAS DIRETRIZES PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO
CAPÍTULO I
DO EXERCÍCIO DA TITULARIDADE
Art. 23. O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de saneamento básico, devendo,
para tanto:
III - definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua
atuação;
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V - fixar os direitos e os deveres dos usuários;
§ 1o O titular poderá, por indicação da entidade reguladora, intervir e retomar a prestação dos servi-
ços delegados nas hipóteses previstas nas normas legais, regulamentares ou contratuais.
§ 3o Ao Sistema Único de Saúde - SUS, por meio de seus órgãos de direção e de controle social,
compete participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico, por inter-
médio dos planos de saneamento básico.
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO
III - os planos regionais de saneamento básico elaborados pela União nos termos do inciso II do art.
52 da Lei no 11.445, de 2007.
§ 1o O planejamento dos serviços públicos de saneamento básico atenderá ao princípio da solidarie-
dade entre os entes da Federação, podendo desenvolver-se mediante cooperação federativa.
§ 2o O plano regional poderá englobar apenas parte do território do ente da Federação que o elabo-
rar.
Art. 25. A prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano editado pelo titular,
que atenderá ao disposto no art. 19 e que abrangerá, no mínimo:
I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicado-
res de saúde, epidemiológicos, ambientais, inclusive hidrológicos, e socioeconômicos e apontando as
causas das deficiências detectadas;
II - metas de curto, médio e longo prazos, com o objetivo de alcançar o acesso universal aos serviços,
admitidas soluções graduais e progressivas e observada a compatibilidade com os demais planos seto-
riais;
III - programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas, de modo compatí-
vel com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando
possíveis fontes de financiamento;
V - mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações progra-
madas.
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§ 1o O plano de saneamento básico deverá abranger os serviços de abastecimento de água, de es-
gotamento sanitário, de manejo de resíduos sólidos, de limpeza urbana e de manejo de águas pluviais,
podendo o titular, a seu critério, elaborar planos específicos para um ou mais desses serviços.
§ 2o A consolidação e compatibilização dos planos específicos deverão ser efetuadas pelo titular,
inclusive por meio de consórcio público do qual participe.
§ 3o O plano de saneamento básico, ou o eventual plano específico, poderá ser elaborado mediante
apoio técnico ou financeiro prestado por outros entes da Federação, pelo prestador dos serviços ou por
instituições universitárias ou de pesquisa científica, garantida a participação das comunidades, movimen-
tos e entidades da sociedade civil.
§ 4o O plano de saneamento básico será revisto periodicamente, em prazo não superior a quatro
anos, anteriormente à elaboração do plano plurianual.
§ 5o O disposto no plano de saneamento básico é vinculante para o Poder Público que o elaborou e
para os delegatários dos serviços públicos de saneamento básico.
§ 6o Para atender ao disposto no § 1o do art. 22, o plano deverá identificar as situações em que não
haja capacidade de pagamento dos usuários e indicar solução para atingir as metas de universaliza-
ção.
§ 10. Os titulares poderão elaborar, em conjunto, plano específico para determinado serviço, ou que
se refira à apenas parte de seu território.
§ 11. Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com o disposto nos planos de bacias
hidrográficas.
Art. 26. A elaboração e a revisão dos planos de saneamento básico deverão efetivar-se, de forma a
garantir a ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, por
meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases de:
III - quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão colegiado criado nos termos
do art. 47 da Lei nº 11.445, de 2007.
§ 1o A divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamen-
tarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os interessados, inclusive por
meio da rede mundial de computadores - internet e por audiência pública.
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§ 2º Após 31 de dezembro de 2022, a existência de plano de saneamento básico, elaborado pelo titu-
lar dos serviços, será condição para o acesso aos recursos orçamentários da União ou aos recursos de
financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando
destinados a serviços de saneamento básico.(Redação dada pelo Decreto nº 10.203, de 2020)
CAPÍTULO III
DA REGULAÇÃO
SEÇÃO I
DOS OBJETIVOS DA REGULAÇÃO
I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos
usuários;
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes
do sistema nacional de defesa da concorrência; e
IV - definir tarifas e outros preços públicos que assegurem tanto o equilíbrio econômico-financeiro dos
contratos, quanto a modicidade tarifária e de outros preços públicos, mediante mecanismos que induzam
a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.
Art. 29. Cada um dos serviços públicos de saneamento básico pode possuir regulação específica.
a) aos direitos e obrigações dos usuários e prestadores, bem como às penalidades a que estarão su-
jeitos; e
II - por norma da entidade de regulação, no que se refere às dimensões técnica, econômica e social
de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
a) padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;
e) regime, estrutura e níveis tarifários, bem como procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste e
revisão;
§ 1o Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços, os titulares poderão ado-
tar os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da regulação em toda a área de abrangência da
associação ou da prestação.
§ 2o A entidade de regulação deverá instituir regras e critérios de estruturação de sistema contábil e
do respectivo plano de contas, de modo a garantir que a apropriação e a distribuição de custos dos servi-
ços estejam em conformidade com as diretrizes estabelecidas na Lei nº 11.445, de 2007.
SUBSEÇÃO III
DOS ÓRGÃOS E DAS ENTIDADES DE REGULAÇÃO
I - diretamente, mediante órgão ou entidade de sua administração direta ou indireta, inclusive consór-
cio público do qual participe; ou
II - mediante delegação, por meio de convênio de cooperação, a órgão ou entidade de outro ente da
Federação ou a consórcio público do qual não participe, instituído para gestão associada de serviços
públicos.
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Parágrafo único. Incluem-se entre os dados e informações a que se refere o caput aqueles produzi-
dos por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer materiais e equipa-
mentos.
SUBSEÇÃO IV
DA PUBLICIDADE DOS ATOS DE REGULAÇÃO
Art. 33. Deverá ser assegurada publicidade aos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equiva-
lentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos
usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência
de interesse direto.
§ 2o A publicidade a que se refere o caput deverá se efetivar, preferencialmente, por meio de sítio
mantido na internet.
CAPÍTULO IV
DO CONTROLE SOCIAL
Art. 34. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante
adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos:
II - consultas públicas;
§ 2o As consultas públicas devem ser promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, in-
dependentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais
consultas ser adequadamente respondidas.
§ 4o As funções e competências dos órgãos colegiados a que se refere o inciso IV do caput poderão
ser exercidas por outro órgão colegiado já existente, com as devidas adaptações da legislação.
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§ 5o É assegurado aos órgãos colegiados de controle social o acesso a quaisquer documentos e
informações produzidos por órgãos ou entidades de regulação ou de fiscalização, bem como a possibili-
dade de solicitar a elaboração de estudos com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões, observado
o disposto no § 1o do art. 33.
§ 6º Após 31 de dezembro de 2014, será vedado o acesso aos recursos federais ou aos geridos ou
administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico,
àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem, por meio de legislação
específica, o controle social realizado por órgão colegiado, nos termos do inciso IV do caput. (Reda-
ção dada pelo Decreto nº 8.211, de 2014)
Art. 35. Os Estados e a União poderão adotar os instrumentos de controle social previstos no art.
34.
§ 1o A delegação do exercício de competências não prejudicará o controle social sobre as atividades
delegadas ou a elas conexas.
§ 2o No caso da União, o controle social a que se refere o caput será exercido nos termos da Medida
Provisória no 2.220, de 4 de setembro de 2001, alterada pela Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003.
Art. 36. São assegurados aos usuários de serviços públicos de saneamento básico, nos termos das
normas legais, regulamentares e contratuais:
I - conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem estar sujeitos; e
II - acesso:
b) ao manual de prestação do serviço e de atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e apro-
vado pela respectiva entidade de regulação; e
I - explicitar itens e custos dos serviços definidos pela entidade de regulação, de forma a permitir o
seu controle direto pelo usuário final; e
II - conter informações mensais sobre a qualidade da água entregue aos consumidores, em cumpri-
mento ao inciso I do art. 5o do Anexo do Decreto no 5.440, de 4 de maio de 2005.
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CAPÍTULO V
DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
I - diretamente, por meio de órgão de sua administração direta ou por autarquia, empresa pública ou
sociedade de economia mista que integre a sua administração indireta, facultado que contrate terceiros,
no regime da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, para determinadas atividades;
b) no âmbito de gestão associada de serviços públicos, mediante contrato de programa autorizado por
contrato de consórcio público ou por convênio de cooperação entre entes federados, no regime da Lei
no 11.107, de 6 de abril de 2005; ou
a) determinado condomínio; ou
b) localidade de pequeno porte, predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde ou-
tras formas de prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a capacidade
de pagamento dos usuários.
Parágrafo único. A autorização prevista no inciso III deverá prever a obrigação de transferir ao titular
os bens vinculados aos serviços por meio de termo específico, com os respectivos cadastros técnicos.
SEÇÃO II
DA PRESTAÇÃO MEDIANTE CONTRATO
SUBSEÇÃO I
DAS CONDIÇÕES DE VALIDADE DOS CONTRATOS
Art. 39. São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços pú-
blicos de saneamento básico:
III - existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes
da Lei nº 11.445, de 2007, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização; e
IV - realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação e sobre a minuta
de contrato, no caso de concessão ou de contrato de programa.
§ 1o Para efeitos dos incisos I e II do caput, serão admitidos planos específicos quando a contratação
for relativa ao serviço cuja prestação será contratada, sem prejuízo do previsto no § 2o do art. 25.
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§ 2o É condição de validade para a celebração de contratos de concessão e de programa cujos
objetos sejam a prestação de serviços de saneamento básico que as normas mencionadas no inciso III
do caput prevejam:
I - autorização para contratação dos serviços, indicando os respectivos prazos e a área a ser atendi-
da;
II - inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade,
de eficiência e de uso racional da água, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com
os serviços a serem prestados;
c) política de subsídios; e
VI - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização dos ser-
viços.
§ 3o Os planos de investimentos e os projetos relativos ao contrato deverão ser compatíveis com o
respectivo plano de saneamento básico.
§ 4o O Ministério das Cidades fomentará a elaboração de norma técnica para servir de referência na
elaboração dos estudos previstos no inciso II do caput.
§ 6o O disposto no caput e seus incisos não se aplica aos contratos celebrados com fundamento
no inciso IV do art. 24 da Lei no 8.666, de 1993, cujo objeto seja a prestação de qualquer dos serviços de
saneamento básico.
SUBSEÇÃO II
DAS CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
Art. 40. São cláusulas necessárias dos contratos para prestação de serviço de saneamento básico,
além das indispensáveis para atender ao disposto na Lei nº 11.445, de 2007, as previstas:
II - no art. 23 da Lei nº 8.987, de 1995, bem como as previstas no edital de licitação, no caso de con-
trato de concessão; e
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SEÇÃO III
DA PRESTAÇÃO REGIONALIZADA
I - por órgão ou entidade de ente da Federação a que os titulares tenham delegado o exercício des-
sas competências por meio de convênio de cooperação entre entes federados, obedecido o art. 241 da
Constituição; ou
II - por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos serviços.
Art. 43. O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer a plano de saneamento bási-
co elaborado pelo conjunto de Municípios atendidos.
SEÇÃO IV
DO CONTRATO DE ARTICULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 44. As atividades descritas neste Decreto como integrantes de um mesmo serviço público de sa-
neamento básico podem ter prestadores diferentes.
IV - os procedimentos para a implantação, ampliação, melhoria e gestão operacional das ativida-
des;
V - as regras para a fixação, o reajuste e a revisão das taxas, tarifas e outros preços públicos aplicá-
veis ao contrato;
X - a designação do órgão ou entidade responsável pela regulação e fiscalização das atividades ou
insumos contratados.
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§ 2o A regulação e a fiscalização das atividades objeto do contrato mencionado no § 1o serão desem-
penhadas por único órgão ou entidade, que definirá, pelo menos:
I - normas técnicas relativas à qualidade, quantidade e regularidade dos serviços prestados aos usuá-
rios e entre os diferentes prestadores envolvidos;
II - normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por serviços
prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
§ 4o No caso de execução mediante concessão das atividades a que se refere o caput, deverão
constar do correspondente edital de licitação as regras e os valores das tarifas e outros preços públicos a
serem pagos aos demais prestadores, bem como a obrigação e a forma de pagamento.
CAPÍTULO VI
DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS
SEÇÃO I
DA SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DOS SERVIÇOS
II - de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públi-
cos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades; e
III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade com
o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.
SEÇÃO II
DA REMUNERAÇÃO PELOS SERVIÇOS
Art. 46. A instituição de taxas ou tarifas e outros preços públicos observará as seguintes diretrizes:
III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, visando o cumprimento das
metas e objetivos do planejamento;
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V - recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência;
Parágrafo único. Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e loca-
lidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo
integral dos serviços.
Art. 48. Desde que previsto nas normas de regulação, grandes usuários poderão negociar suas tarifas
com o prestador dos serviços, mediante contrato específico, ouvido previamente o órgão ou entidade de
regulação e de fiscalização.
SEÇÃO III
DO REAJUSTE E DA REVISÃO DE TARIFAS E DE OUTROS PREÇOS PÚBLICOS
SUBSEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 49. As tarifas e outros preços públicos serão fixados de forma clara e objetiva, devendo os reajus-
tes e as revisões ser tornados públicos com antecedência mínima de trinta dias com relação à sua apli-
cação.
SUBSEÇÃO II
DOS REAJUSTES
Art. 50. Os reajustes de tarifas e de outros preços públicos de serviços públicos de saneamento bási-
co serão realizados observando-se o intervalo mínimo de doze meses, de acordo com as normas legais,
regulamentares e contratuais.
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SUBSEÇÃO III
DAS REVISÕES
Art. 51. As revisões compreenderão a reavaliação das condições da prestação dos serviços e das
tarifas e de outros preços públicos praticados e poderão ser:
II - extraordinárias, quando se verificar a ocorrência de fatos não previstos no contrato, fora do contro-
le do prestador dos serviços, que alterem o seu equilíbrio econômico-financeiro.
§ 1o As revisões tarifárias terão suas pautas definidas pelas entidades de regulação, ouvidos os titu-
lares, os usuários e os prestadores dos serviços.
§ 3o Os fatores de produtividade poderão ser definidos com base em indicadores de outras empresas
do setor.
§ 4o A entidade de regulação poderá autorizar o prestador de serviços a repassar aos usuários cus-
tos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados, nos termos da Lei no
8.987, de 1995.
SEÇÃO IV
DO REGIME CONTÁBIL PATRIMONIAL
Art. 52. Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores dos serviços, desde que estes
não integrem a administração do titular, constituirão créditos perante o titular, a serem recuperados me-
diante exploração dos serviços.
§ 2o Não gerarão crédito perante o titular os investimentos feitos sem ônus para o prestador, tais
como os decorrentes de exigência legal aplicável à implantação de empreendimentos imobiliários e os
provenientes de subvenções ou transferências fiscais voluntárias.
§ 5o Os prestadores que atuem em mais de um Município ou que prestem serviços públicos de sa-
neamento básico diferentes em um mesmo Município manterão sistema contábil que permita registrar e
demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço em cada um dos Municípios atendi-
dos e, se for o caso, no Distrito Federal.
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TÍTULO III
DA POLÍTICA FEDERAL DE SANEAMENTO BÁSICO
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
II - priorizar a implantação e a ampliação dos serviços e ações de saneamento básico nas áreas ocu-
padas por populações de baixa renda;
IV - proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas e outras popu-
lações tradicionais, com soluções compatíveis com suas características socioculturais;
V - assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo Poder Público se dê se-
gundo critérios de promoção da salubridade ambiental, de maximização da relação benefício-custo e de
maior retorno social;
I - prioridade para as ações que promovam a equidade social e territorial no acesso ao saneamento
básico;
II - aplicação dos recursos financeiros por ela administrados, de modo a promover o desenvolvimento
sustentável, a eficiência e a eficácia;
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III - estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços;
VII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural dispersa, inclusive mediante
a utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais peculiares;
X - adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de suas ações; e
Art. 55. A alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União ou com
recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União serão feitos em conformidade com os
planos de saneamento básico e condicionados: (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
I - à observância do disposto nos arts. 9º, e seus incisos, 48 e 49 da Lei nº 11.445, de 2007; (Re-
vogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
III - à adequada operação e manutenção dos empreendimentos anteriormente financiados com recur-
sos mencionados no caput; e (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
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§ 1o O atendimento ao disposto no caput e seus incisos é condição para qualquer entidade de direito
público ou privado: (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
II - celebrar contrato, convênio ou outro instrumento congênere vinculado a ações de saneamento bá-
sico com órgãos ou entidades federais; e (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
III - acessar, para aplicação em ações de saneamento básico, recursos de fundos direta ou indireta-
mente sob o controle, gestão ou operação da União, em especial os recursos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT. (Revogado pelo Decreto nº
10.588, de 2020)
§ 2o A exigência prevista na alínea “a” do inciso II do caput não se aplica à destinação de recursos
para programas de desenvolvimento institucional do operador de serviços públicos de saneamento bási-
co. (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
§ 3o Os índices mínimos de desempenho do prestador previstos na alínea “a” do inciso II do caput,
bem como os utilizados para aferição da adequada operação e manutenção de empreendimentos previs-
tos no inciso III do caput deverão considerar aspectos característicos das regiões respectivas. (Re-
vogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
Seção II
Art. 56. Os recursos não onerosos da União, para subvenção de ações de saneamento básico pro-
movidas pelos demais entes da Federação serão sempre transferidos para os Municípios, para o Distrito
Federal, para os Estados ou para os consórcios públicos de que referidos entes participem. (Revo-
gado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
§ 1o O disposto no caput não prejudicará que a União aplique recursos orçamentários em programas
ou ações federais com o objetivo de prestar ou oferecer serviços de assistência técnica a outros entes da
Federação. (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
§ 3o Na aplicação de recursos não onerosos da União, será dada prioridade às ações e empreendi-
mentos que visem o atendimento de usuários ou Municípios que não tenham capacidade de pagamento
compatível com a autossustentação econômico-financeira dos serviços e às ações voltadas para a pro-
moção das condições adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas e a outras populações
tradicionais. (Revogado pelo Decreto nº 10.588, de 2020)
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CAPÍTULO IV
DOS PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO DA UNIÃO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
III - serão revisados a cada quatro anos, até o final do primeiro trimestre do ano de elaboração do pla-
no plurianual da União; e
IV - deverão ser compatíveis com as disposições dos planos de recursos hídricos, inclusive o Plano
Nacional de Recursos Hídricos e planos de bacias.
§ 2o Os órgãos e entidades federais cooperarão com os titulares ou consórcios por eles constituídos
na elaboração dos planos de saneamento básico.
SEÇÃO II
DO PROCEDIMENTO
Art. 58. O PNSB será elaborado e revisado mediante procedimento com as seguintes fases:
I - diagnóstico;
II - formulação de proposta;
III - divulgação e debates;
IV - prévia apreciação pelos Conselhos Nacionais de Saúde, Meio Ambiente, Recursos Hídricos e das
Cidades;
Art. 59. A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades providenciará es-
tudos sobre a situação de salubridade ambiental no País, caracterizando e avaliando:
I - situação de salubridade ambiental no território nacional, por bacias hidrográficas e por Municípios,
utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos, bem como
apontando as causas das deficiências detectadas, inclusive as condições de acesso e de qualidade da
prestação de cada um dos serviços públicos de saneamento básico;
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III - programas e ações federais em saneamento básico e as demais políticas relevantes nas condi-
ções de salubridade ambiental, inclusive as ações de transferência e garantia de renda e as financiadas
com recursos do FGTS ou do FAT.
§ 3o No diagnóstico, poderão ser aproveitados os estudos que informam os planos de saneamento
básico elaborados por outros entes da Federação.
§ 4o Os estudos relativos à fase de diagnóstico são públicos e de acesso a todos, independentemen-
te de demonstração de interesse, devendo ser publicados em sua íntegra na internet pelo período de,
pelo menos, quarenta e oito meses.
Art. 60. Com fundamento nos estudos de diagnóstico, será elaborada proposta de PNSB, com ampla
participação neste processo de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil organizada,
que conterá:
I - objetivos e metas nacionais, regionais e por bacia hidrográfica, de curto, médio e longo prazos, para
a universalização dos serviços de saneamento básico e o alcance de níveis crescentes de salubridade
ambiental no território nacional, observada a compatibilidade com os demais planos e políticas públicas
da União;
III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas da Política Federal
de Saneamento Básico, com identificação das respectivas fontes de financiamento;
V - ações da União relativas ao saneamento básico nas áreas indígenas, nas reservas extrativistas da
União e nas comunidades quilombolas;
VI - diretrizes para o planejamento das ações de saneamento básico em áreas de especial interesse
turístico; e
VII - proposta de revisão de competências setoriais dos diversos órgãos e entidades federais que
atuam no saneamento ambiental, visando racionalizar a atuação governamental.
Art. 61. A proposta de plano ou de sua revisão, bem como os estudos que a fundamentam, deverão
ser integralmente publicados na internet, além de divulgados por meio da realização de audiências públi-
cas e de consulta pública.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Parágrafo único. A realização das audiências públicas e da consulta pública será disciplinada por ins-
trução do Ministro de Estado das Cidades.
Art. 62. A proposta de PNSB ou de sua revisão, com as modificações realizadas na fase de divulga-
ção e debate, será encaminhada, inicialmente, para apreciação dos Conselhos Nacionais de Saúde, de
Meio Ambiente e de Recursos Hídricos.
§ 1o A apreciação será simultânea e deverá ser realizada no prazo de trinta dias.
§ 2o Decorrido o prazo mencionado no § 1o, a proposta será submetida ao Conselho das Cidades
para apreciação.
Art. 63. Após a apreciação e deliberação pelo Ministro de Estado das Cidades, a proposta de decreto
será encaminhada nos termos da legislação.
Art. 64. O PNSB deverá ser avaliado anualmente pelo Ministério das Cidades, em relação ao cumpri-
mento dos objetivos e metas estabelecidos, dos resultados esperados e dos impactos verificados.
§ 1o A avaliação a que se refere o caput deverá ser feita com base nos indicadores de monitoramen-
to, de resultado e de impacto previstos nos próprios planos.
§ 2o A avaliação integrará o diagnóstico e servirá de base para o processo de formulação de proposta
de plano para o período subsequente.
SEÇÃO III
DOS PLANOS REGIONAIS
II - as regiões em que haja a participação de órgão ou entidade federal na prestação de serviço públi-
co de saneamento básico.
§ 1o Os planos regionais de saneamento básico, no que couber, atenderão ao mesmo procedimento
previsto para o PNSB, disciplinado neste Decreto.
§ 2o Em substituição à fase prevista no inciso IV do art. 58, a proposta de plano regional de sanea-
mento básico será aprovada por todos os entes da Federação diretamente envolvidos, após prévia oitiva
de seus respectivos conselhos de meio ambiente, de saúde e de recursos hídricos.
CAPÍTULO V
DO SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM SANEAMENTO - SINISA
I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de sanea-
mento básico;
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IV - permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos dos planos e das ações de sanea-
mento básico.
§ 2o O SINISA deverá ser desenvolvido e implementado de forma articulada ao Sistema Nacional de
Informações em Recursos Hídricos - SNIRH e ao Sistema Nacional de Informações em Meio Ambien-
te - SINIMA.
Art. 67. O SINISA será organizado mediante instrução do Ministro de Estado das Cidades, ao qual
competirá, ainda, o estabelecimento das diretrizes a serem observadas pelos titulares no cumprimento do
disposto no inciso VI do art. 9º da Lei nº 11.445, de 2007, e pelos demais participantes.
§ 2o O Ministério das Cidades apoiará os titulares, os prestadores e os reguladores de serviços públi-
cos de saneamento básico na organização de sistemas de informação em saneamento básico articulados
ao SINISA.
CAPÍTULO VI
DO ACESSO DIFUSO À ÁGUA PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
Art. 68. A União apoiará a população rural dispersa e a população de pequenos núcleos urbanos iso-
lados na contenção, reservação e utilização de águas pluviais para o consumo humano e para a produ-
ção de alimentos destinados ao autoconsumo, mediante programa específico que atenda ao seguinte:
I - utilização de tecnologias sociais tradicionais, originadas das práticas das populações interessadas,
especialmente na construção de cisternas e de barragens simplificadas; e
§ 1o No caso de a água reservada se destinar a consumo humano, o órgão ou entidade federal res-
ponsável pelo programa oficiará a autoridade sanitária municipal, comunicando-a da existência do equi-
pamento de retenção e reservação de águas pluviais, para que se proceda ao controle de sua qualidade,
nos termos das normas vigentes no SUS.
Art. 69. No prazo de cento e oitenta dias, contado da data de publicação deste Decreto, o IBGE edi-
tará ato definindo vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias para os fins do inciso
VIII do art. 3º da Lei nº 11.445, de 2007.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Guido Mantega
Carlos Lupi
Prezado(a),
Para estudo do tópico solicitado pelo edital, indicamos que verifique o material complementar, que pode
ser encontrado em:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-
-vinhos-e-bebidas/portaria-de-consolidacao-no-5-de-3-de-outubro-de-2017.pdf/@@download/file/portaria-de-
-consolidacao-no-5-de-3-de-outubro-de.pdf
A indicação se dá devido ao formato e extensão do material em questão, que não cabe na estrutura de
nossas apostilas. Por isso, e para manter protegido os direitos de autor do conteúdo, sugerimos acesso direto
na fonte oficial e estudo do documento tal como solicitado pelo edital.
Bons estudos!
Atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para
atribuir à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) competência para editar normas de
referência sobre o serviço de saneamento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar o
nome e as atribuições do cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de
2005, para vedar a prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o art. 175 da
Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimorar as condições estruturais
do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, para tratar dos prazos para a
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Esta-
tuto da Metrópole), para estender seu âmbito de aplicação às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de 4 de
dezembro de 2017, para autorizar a União a participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar
serviços técnicos especializados.
Art. 1º Esta Lei atualiza o marco legal do saneamento básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de
2000 , para atribuir à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) competência para instituir
normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico, a Lei nº 10.768, de
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
19 de novembro de 2003 , para alterar o nome e as atribuições do cargo de Especialista em Recursos
Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005 , para vedar a prestação por contrato de programa dos
serviços públicos de que trata o art. 175 da Constituição Federal , a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de
2007 , para aprimorar as condições estruturais do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010 , para tratar de prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos,
a Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de aplica-
ção a unidades regionais, e a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017 , para autorizar a União a partici-
par de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos especializados.
Art. 2º A ementa da Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000 , passa a vigorar com a seguinte redação:
“Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade federal
de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, integrante do Sistema Nacional de Geren-
ciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e responsável pela instituição de normas de referência para a
regulação dos serviços públicos de saneamento básico.”
Art. 3º A Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º Esta Lei cria a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), entidade federal de
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, integrante do Sistema Nacional de Geren-
ciamento de Recursos Hídricos (Singreh) e responsável pela instituição de normas de referência para a
regulação dos serviços públicos de saneamento básico, e estabelece regras para sua atuação, sua estru-
tura administrativa e suas fontes de recursos.” (NR)
“Art. 3º Fica criada a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), autarquia sob regime
especial, com autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regio-
nal, integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), com a finalidade
de implementar, no âmbito de suas competências, a Política Nacional de Recursos Hídricos e de instituir
normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico.
.........................................................................................................................” (NR)
“Art. 4º ...............................................................................................................
..................................................................................................................................
XXIII - declarar a situação crítica de escassez quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos nos cor-
pos hídricos que impacte o atendimento aos usos múltiplos localizados em rios de domínio da União, por
prazo determinado, com base em estudos e dados de monitoramento, observados os critérios estabeleci-
dos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, quando houver; e
XXIV - estabelecer e fiscalizar o cumprimento de regras de uso da água, a fim de assegurar os usos
múltiplos durante a vigência da declaração de situação crítica de escassez de recursos hídricos a que se
refere o inciso XXIII do caput deste artigo.
....................................................................................................................................
§ 2º (Revogado).
....................................................................................................................................
§ 9º As regras a que se refere o inciso XXIV do caput deste artigo serão aplicadas aos corpos hídricos
abrangidos pela declaração de situação crítica de escassez de recursos hídricos a que se refere o inciso
XXIII do caput deste artigo.
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§ 10. A ANA poderá delegar as competências estabelecidas nos incisos V e XII do caput deste artigo,
por meio de convênio ou de outro instrumento, a outros órgãos e entidades da administração pública
federal, estadual e distrital.” (NR)
“ Art. 4º-A . A ANA instituirá normas de referência para a regulação dos serviços públicos de sanea-
mento básico por seus titulares e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras, observadas as diretrizes
para a função de regulação estabelecidas na Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 .
II - regulação tarifária dos serviços públicos de saneamento básico, com vistas a promover a presta-
ção adequada, o uso racional de recursos naturais, o equilíbrio econômico-financeiro e a universalização
do acesso ao saneamento básico;
III - padronização dos instrumentos negociais de prestação de serviços públicos de saneamento bási-
co firmados entre o titular do serviço público e o delegatário, os quais contemplarão metas de qualidade,
eficiência e ampliação da cobertura dos serviços, bem como especificação da matriz de riscos e dos
mecanismos de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das atividades;
IV - metas de universalização dos serviços públicos de saneamento básico para concessões que con-
siderem, entre outras condições, o nível de cobertura de serviço existente, a viabilidade econômico-finan-
ceira da expansão da prestação do serviço e o número de Municípios atendidos;
VII - metodologia de cálculo de indenizações devidas em razão dos investimentos realizados e ainda
não amortizados ou depreciados;
VIII - governança das entidades reguladoras, conforme princípios estabelecidos no art. 21 da Lei nº
11.445, de 5 de janeiro de 2007 ;
IX - reúso dos efluentes sanitários tratados, em conformidade com as normas ambientais e de saúde
pública;
XI - normas e metas de substituição do sistema unitário pelo sistema separador absoluto de tratamen-
to de efluentes;
§ 2º As normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico contem-
plarão os princípios estabelecidos no inciso I do caput do art. 2º da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de
2007 , e serão instituídas pela ANA de forma progressiva.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 3º As normas de referência para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico deve-
rão:
I - promover a prestação adequada dos serviços, com atendimento pleno aos usuários, observados os
princípios da regularidade, da continuidade, da eficiência, da segurança, da atualidade, da generalidade,
da cortesia, da modicidade tarifária, da utilização racional dos recursos hídricos e da universalização dos
serviços;
III - estimular a cooperação entre os entes federativos com vistas à prestação, à contratação e à re-
gulação dos serviços de forma adequada e eficiente, a fim de buscar a universalização dos serviços e a
modicidade tarifária;
III - poderá constituir grupos ou comissões de trabalho com a participação das entidades reguladoras
e fiscalizadoras e das entidades representativas dos Municípios para auxiliar na elaboração das referidas
normas.
§ 5º A ANA disponibilizará, em caráter voluntário e com sujeição à concordância entre as partes, ação
mediadora ou arbitral nos conflitos que envolvam titulares, agências reguladoras ou prestadores de servi-
ços públicos de saneamento básico.
§ 6º A ANA avaliará o impacto regulatório e o cumprimento das normas de referência de que trata o §
1º deste artigo pelos órgãos e pelas entidades responsáveis pela regulação e pela fiscalização dos servi-
ços.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 7º No exercício das competências a que se refere este artigo, a ANA zelará pela uniformidade regu-
latória do setor de saneamento básico e pela segurança jurídica na prestação e na regulação dos servi-
ços, observado o disposto no inciso IV do § 3º deste artigo.
§ 8º Para fins do disposto no inciso II do § 1º deste artigo, as normas de referência de regulação tarifá-
ria estabelecerão os mecanismos de subsídios para as populações de baixa renda, a fim de possibilitar a
universalização dos serviços, observado o disposto no art. 31 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 ,
e, quando couber, o compartilhamento dos ganhos de produtividade com os usuários dos serviços.
§ 9º Para fins do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, as normas de referência regulatórias esta-
belecerão parâmetros e condições para investimentos que permitam garantir a manutenção dos níveis de
serviços desejados durante a vigência dos contratos.
§ 10. Caberá à ANA elaborar estudos técnicos para o desenvolvimento das melhores práticas regulató-
rias para os serviços públicos de saneamento básico, bem como guias e manuais para subsidiar o desen-
volvimento das referidas práticas.
§ 11. Caberá à ANA promover a capacitação de recursos humanos para a regulação adequada e efi-
ciente do setor de saneamento básico.
§ 12. A ANA contribuirá para a articulação entre o Plano Nacional de Saneamento Básico, o Plano Na-
cional de Resíduos Sólidos e o Plano Nacional de Recursos Hídricos.”
“Art. 4º-B. A ANA manterá atualizada e disponível, em seu sítio eletrônico, a relação das entidades
reguladoras e fiscalizadoras que adotam as normas de referência nacionais para a regulação dos servi-
ços públicos de saneamento básico, com vistas a viabilizar o acesso aos recursos públicos federais ou a
contratação de financiamentos com recursos da União ou com recursos geridos ou operados por órgãos
ou entidades da administração pública federal, nos termos do art. 50 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de
2007 .
§ 1º A ANA disciplinará, por meio de ato normativo, os requisitos e os procedimentos a serem observa-
dos pelas entidades encarregadas da regulação e da fiscalização dos serviços públicos de saneamento
básico, para a comprovação da adoção das normas regulatórias de referência, que poderá ser gradual,
de modo a preservar as expectativas e os direitos decorrentes das normas a serem substituídas e a pro-
piciar a adequada preparação das entidades reguladoras.
§ 2º A verificação da adoção das normas de referência nacionais para a regulação da prestação dos
serviços públicos de saneamento básico estabelecidas pela ANA ocorrerá periodicamente e será obriga-
tória no momento da contratação dos financiamentos com recursos da União ou com recursos geridos ou
operados por órgãos ou entidades da administração pública federal.”
“ Art. 8º A ANA dará publicidade aos pedidos de outorga de direito de uso de recursos hídricos de
domínio da União por meio de publicação em seu sítio eletrônico, e os atos administrativos que deles
resultarem serão publicados no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico da ANA.” (NR)
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§ 1º É vedado aos dirigentes da ANA, conforme disposto em seu regimento interno, ter interesse
direto ou indireto em empresa relacionada com o Singreh e em empresa relacionada com a prestação de
serviços públicos de saneamento básico.
.............................................................................................................................” (NR)
....................................................................................................................................
“Art. 17-A . O Ministério da Economia fica autorizado a promover a lotação ou o exercício de servido-
res de órgãos e de entidades da administração pública federal na ANA.
Parágrafo único. A lotação ou o exercício de servidores de que trata o caput deste artigo ocorrerá sem
prejuízo de outras medidas de fortalecimento da capacidade institucional.”
Art. 4º A ementa da Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003 , passa a vigorar com a seguinte reda-
ção:
“Dispõe sobre o Quadro de Pessoal da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e dá
outras providências.”
Art. 5º A Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º Ficam criados, no quadro de pessoal da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
(ANA), os seguintes cargos efetivos, integrantes de carreiras de mesmo nome, e respectivos quantitati-
vos:
I - 239 (duzentos e trinta e nove) cargos de Especialista em Regulação de Recursos Hídricos e Sa-
neamento Básico;
...........................................................................................................................” (NR)
“Art. 3º É atribuição do cargo de Especialista em Regulação de Recursos Hídricos e Saneamento Bá-
sico o exercício de atividades de nível superior de elevada complexidade relativas à gestão de recursos
hídricos, que envolvam:
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
VI - promoção e fomento de pesquisas científicas e tecnológicas nas áreas de desenvolvimento sus-
tentável, conservação e gestão de recursos hídricos e saneamento básico, envolvendo a promoção de
cooperação e a divulgação técnico-científica, bem como a transferência de tecnologia nas áreas; e
VII - outras ações e atividades análogas decorrentes do cumprimento das atribuições institucionais da
ANA.
§ 1º (Revogado).
§ 2º No exercício das atribuições de natureza fiscal ou decorrentes do poder de polícia, são assegu-
radas aos ocupantes do cargo efetivo de que trata o caput deste artigo as prerrogativas de promover
a interdição de estabelecimentos, instalações ou equipamentos, assim como a apreensão de bens ou
produtos, e de requisitar, quando necessário, o auxílio de força policial federal ou estadual, em caso de
desacato ou embaraço ao exercício de suas funções.” (NR)
“Art. 8º .................................................................................................................
Parágrafo único . A investidura nos cargos de Especialista em Regulação de Recursos Hídricos e Sa-
neamento Básico, Especialista em Geoprocessamento e Analista Administrativo ocorrerá, exclusivamen-
te, no padrão inicial da classe inicial da respectiva tabela.” (NR)
Art. 6º A ementa da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 , passa a vigorar com a seguinte reda-
ção:
“Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico; cria o Comitê Interministerial de Sanea-
mento Básico; altera as Leis n os 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de junho de 1993, e
8.987, de 13 de fevereiro de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978.”
Art. 7º A Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º ...............................................................................................................
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
realizados de forma adequada à saúde pública, à conservação dos recursos naturais e à proteção do
meio ambiente;
IV - disponibilidade, nas áreas urbanas, de serviços de drenagem e manejo das águas pluviais, tra-
tamento, limpeza e fiscalização preventiva das redes, adequados à saúde pública, à proteção do meio
ambiente e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
.....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
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VIII - estímulo à pesquisa, ao desenvolvimento e à utilização de tecnologias apropriadas, considera-
das a capacidade de pagamento dos usuários, a adoção de soluções graduais e progressivas e a melho-
ria da qualidade com ganhos de eficiência e redução dos custos para os usuários;
....................................................................................................................................
XII - integração das infraestruturas e dos serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos;
XIII - redução e controle das perdas de água, inclusive na distribuição de água tratada, estímulo à
racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência energética, ao reúso de efluentes
sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva;
XIV - prestação regionalizada dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala e à garantia da
universalização e da viabilidade técnica e econômico-financeira dos serviços;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: constituídos pelas atividades e pela disponibilização
e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais de coleta, varrição manual e mecanizada,
asseio e conservação urbana, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente ade-
quada dos resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de limpeza urbana; e
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e
pelas instalações operacionais de drenagem de águas pluviais, transporte, detenção ou retenção para o
amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contem-
pladas a limpeza e a fiscalização preventiva das redes;
II - gestão associada: associação voluntária entre entes federativos, por meio de consórcio público ou
convênio de cooperação, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal;
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....................................................................................................................................
a) região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião: unidade instituída pelos Estados me-
diante lei complementar, de acordo com o § 3º do art. 25 da Constituição Federal , composta de agrupa-
mento de Municípios limítrofes e instituída nos termos da Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Esta-
tuto da Metrópole);
b) unidade regional de saneamento básico: unidade instituída pelos Estados mediante lei ordinária,
constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente limítrofes, para atender adequada-
mente às exigências de higiene e saúde pública, ou para dar viabilidade econômica e técnica aos Municí-
pios menos favorecidos;
VII - subsídios: instrumentos econômicos de política social que contribuem para a universalização do
acesso aos serviços públicos de saneamento básico por parte de populações de baixa renda;
VIII - localidades de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias,
assim definidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
IX - contratos regulares: aqueles que atendem aos dispositivos legais pertinentes à prestação de servi-
ços públicos de saneamento básico;
X - núcleo urbano: assentamento humano, com uso e características urbanas, constituído por unida-
des imobiliárias com área inferior à fração mínima de parcelamento prevista no a rt. 8º da Lei nº 5.868,
de 12 de dezembro de 1972, independentemente da propriedade do solo, ainda que situado em área
qualificada ou inscrita como rural;
XI - núcleo urbano informal: aquele clandestino, irregular ou no qual não tenha sido possível realizar
a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a legislação vigente à época de sua implantação ou
regularização;
XII - núcleo urbano informal consolidado: aquele de difícil reversão, considerados o tempo da ocu-
pação, a natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a presença de equipamentos
públicos, entre outras circunstâncias a serem avaliadas pelo Município ou pelo Distrito Federal;
XIII - operação regular: aquela que observa integralmente as disposições constitucionais, legais e con-
tratuais relativas ao exercício da titularidade e à contratação, prestação e regulação dos serviços;
XIV - serviços públicos de saneamento básico de interesse comum: serviços de saneamento básico
prestados em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões instituídas por lei comple-
mentar estadual, em que se verifique o compartilhamento de instalações operacionais de infraestrutura
de abastecimento de água e/ou de esgotamento sanitário entre 2 (dois) ou mais Municípios, denotando a
necessidade de organizá-los, planejá-los, executá-los e operá-los de forma conjunta e integrada pelo Es-
tado e pelos Munícipios que compartilham, no todo ou em parte, as referidas instalações operacionais;
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XV - serviços públicos de saneamento básico de interesse local: funções públicas e serviços cujas
infraestruturas e instalações operacionais atendam a um único Município;
XVI - sistema condominial: rede coletora de esgoto sanitário, assentada em posição viável no interior
dos lotes ou conjunto de habitações, interligada à rede pública convencional em um único ponto ou à uni-
dade de tratamento, utilizada onde há dificuldades de execução de redes ou ligações prediais no sistema
convencional de esgotamento;
XIX - sistema unitário: conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, trans-
portar, condicionar e encaminhar conjuntamente esgoto sanitário e águas pluviais.
....................................................................................................................................
§ 4º (VETADO).
“ Art. 3º-A. Consideram-se serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição mediante
ligação predial, incluídos eventuais instrumentos de medição, bem como, quando vinculadas a essa fina-
lidade, as seguintes atividades:
“ Art. 3º-B. Consideram-se serviços públicos de esgotamento sanitário aqueles constituídos por 1
(uma) ou mais das seguintes atividades:
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos originários da operação de unidades de trata-
mento coletivas ou individuais de forma ambientalmente adequada, incluídas fossas sépticas.
Parágrafo único. Nas Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) ou outras áreas do perímetro urbano
ocupadas predominantemente por população de baixa renda, o serviço público de esgotamento sanitário,
realizado diretamente pelo titular ou por concessionário, inclui conjuntos sanitários para as residências e
solução para a destinação de efluentes, quando inexistentes, assegurada compatibilidade com as diretri-
zes da política municipal de regularização fundiária.”
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“ Art. 3º-C. Consideram-se serviços públicos especializados de limpeza urbana e de manejo de resí-
duos sólidos as atividades operacionais de coleta, transbordo, transporte, triagem para fins de reutiliza-
ção ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e destinação final dos:
I - resíduos domésticos;
III - resíduos originários dos serviços públicos de limpeza urbana, tais como:
a) serviços de varrição, capina, roçada, poda e atividades correlatas em vias e logradouros públi-
cos;
c) raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer materiais depositados pelas águas pluviais em
logradouros públicos;
e) limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e outros eventos de acesso aberto
ao público; e
“ Art. 3º-D. Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas aqueles constituí-
dos por 1 (uma) ou mais das seguintes atividades:
I - drenagem urbana;
III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para amortecimento de vazões de cheias; e
“Art. 7º ...............................................................................................................
73
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II - o Estado, em conjunto com os Municípios que compartilham efetivamente instalações operacionais
integrantes de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, instituídas por lei comple-
mentar estadual, no caso de interesse comum.
§ 1º O exercício da titularidade dos serviços de saneamento poderá ser realizado também por gestão
associada, mediante consórcio público ou convênio de cooperação, nos termos do art. 241 da Constitui-
ção Federal, observadas as seguintes disposições:
§ 2º Para os fins desta Lei, as unidades regionais de saneamento básico devem apresentar sustenta-
bilidade econômico-financeira e contemplar, preferencialmente, pelo menos 1 (uma) região metropolitana,
facultada a sua integração por titulares dos serviços de saneamento.
§ 4º Os Chefes dos Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
poderão formalizar a gestão associada para o exercício de funções relativas aos serviços públicos de
saneamento básico, ficando dispensada, em caso de convênio de cooperação, a necessidade de autori-
zação legal.
§ 5º O titular dos serviços públicos de saneamento básico deverá definir a entidade responsável pela
regulação e fiscalização desses serviços, independentemente da modalidade de sua prestação.” (NR)
“Art. 8º-A. É facultativa a adesão dos titulares dos serviços públicos de saneamento de interesse local
às estruturas das formas de prestação regionalizada.”
“Art. 9º ................................................................................................................
I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei, bem como estabelecer metas e
indicadores de desempenho e mecanismos de aferição de resultados, a serem obrigatoriamente observa-
dos na execução dos serviços prestados de forma direta ou por concessão;
74
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
III - definir os parâmetros a serem adotados para a garantia do atendimento essencial à saúde pública,
inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as nor-
mas nacionais relativas à potabilidade da água;
VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora, nas
hipóteses e nas condições previstas na legislação e nos contratos.
Parágrafo único. No exercício das atividades a que se refere o caput deste artigo, o titular poderá
receber cooperação técnica do respectivo Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos prestadores
dos serviços.” (NR)
“ Art. 10. A prestação dos serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a
administração do titular depende da celebração de contrato de concessão, mediante prévia licitação, nos
termos do art. 175 da Constituição Federal , vedada a sua disciplina mediante contrato de programa,
convênio, termo de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.
§ 1º (Revogado).
I - (revogado).
a) (revogada).
b) (revogada).
II - (revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º Os contratos de programa regulares vigentes permanecem em vigor até o advento do seu termo
contratual.” (NR)
“ Art. 10-A. Os contratos relativos à prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão
conter, expressamente, sob pena de nulidade, as cláusulas essenciais previstas no art. 23 da Lei nº
8.987, de 13 de fevereiro de 199 5, além das seguintes disposições:
I - metas de expansão dos serviços, de redução de perdas na distribuição de água tratada, de quali-
dade na prestação dos serviços, de eficiência e de uso racional da água, da energia e de outros recursos
naturais, do reúso de efluentes sanitários e do aproveitamento de águas de chuva, em conformidade com
os serviços a serem prestados;
75
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
III - metodologia de cálculo de eventual indenização relativa aos bens reversíveis não amortizados por
ocasião da extinção do contrato; e
IV - repartição de riscos entre as partes, incluindo os referentes a caso fortuito, força maior, fato do
príncipe e álea econômica extraordinária.
§ 1º Os contratos que envolvem a prestação dos serviços públicos de saneamento básico poderão
prever mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes do contrato ou a ele relacionadas,
inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei nº 9.307, de
23 de setembro de 1996 .
§ 2º As outorgas de recursos hídricos atualmente detidas pelas empresas estaduais poderão ser se-
gregadas ou transferidas da operação a ser concedida, permitidas a continuidade da prestação do servi-
ço público de produção de água pela empresa detentora da outorga de recursos hídricos e a assinatura
de contrato de longo prazo entre esta empresa produtora de água e a empresa operadora da distribuição
de água para o usuário final, com objeto de compra e venda de água.”
“ Art. 10-B. Os contratos em vigor, incluídos aditivos e renovações, autorizados nos termos desta
Lei, bem como aqueles provenientes de licitação para prestação ou concessão dos serviços públicos de
saneamento básico, estarão condicionados à comprovação da capacidade econômico-financeira da con-
tratada, por recursos próprios ou por contratação de dívida, com vistas a viabilizar a universalização dos
serviços na área licitada até 31 de dezembro de 2033, nos termos do § 2º do art. 11-B desta Lei.
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
...................................................................................................................................
§ 2º .....................................................................................................................
...................................................................................................................................
II - a inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de redução
progressiva e controle de perdas na distribuição de água tratada, de qualidade, de eficiência e de uso
racional da água, da energia e de outros recursos naturais, em conformidade com os serviços a serem
prestados e com o respectivo plano de saneamento básico;
..................................................................................................................................
§ 5º Fica vedada a distribuição de lucros e dividendos, do contrato em execução, pelo prestador de
serviços que estiver descumprindo as metas e cronogramas estabelecidos no contrato específico da
prestação de serviço público de saneamento básico.” (NR)
76
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
“ Art. 11-A. Na hipótese de prestação dos serviços públicos de saneamento básico por meio de con-
trato, o prestador de serviços poderá, além de realizar licitação e contratação de parceria público-priva-
da, nos termos da Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, e desde que haja previsão contratual ou
autorização expressa do titular dos serviços, subdelegar o objeto contratado, observado, para a referida
subdelegação, o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor do contrato.
§ 3º Para a observância do princípio da modicidade tarifária aos usuários e aos consumidores, na for-
ma da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 , ficam vedadas subconcessões ou subdelegações que
impliquem sobreposição de custos administrativos ou gerenciais a serem pagos pelo usuário final.
§ 5º (VETADO).
§ 6º Para fins de aferição do limite previsto no caput deste artigo, o critério para definição do valor do
contrato do subdelegatário deverá ser o mesmo utilizado para definição do valor do contrato do prestador
do serviço.
§ 7º Caso o contrato do prestador do serviço não tenha valor de contrato, o faturamento anual proje-
tado para o subdelegatário não poderá ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) do faturamento anual
projetado para o prestador do serviço.”
“ Art. 11-B. Os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão definir
metas de universalização que garantam o atendimento de 99% (noventa e nove por cento) da população
com água potável e de 90% (noventa por cento) da população com coleta e tratamento de esgotos até 31
de dezembro de 2033, assim como metas quantitativas de não intermitência do abastecimento, de redu-
ção de perdas e de melhoria dos processos de tratamento.
§ 1º Os contratos em vigor que não possuírem as metas de que trata o caput deste artigo terão até 31
de março de 2022 para viabilizar essa inclusão.
§ 2º Contratos firmados por meio de procedimentos licitatórios que possuam metas diversas daquelas
previstas no caput deste artigo, inclusive contratos que tratem, individualmente, de água ou de esgoto,
permanecerão inalterados nos moldes licitados, e o titular do serviço deverá buscar alternativas para
atingir as metas definidas no caput deste artigo, incluídas as seguintes:
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 3º As metas de universalização deverão ser calculadas de maneira proporcional no período com-
preendido entre a assinatura do contrato ou do termo aditivo e o prazo previsto no caput deste artigo, de
forma progressiva, devendo ser antecipadas caso as receitas advindas da prestação eficiente do serviço
assim o permitirem, nos termos da regulamentação.
§ 4º É facultado à entidade reguladora prever hipóteses em que o prestador poderá utilizar métodos
alternativos e descentralizados para os serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de
esgoto em áreas rurais, remotas ou em núcleos urbanos informais consolidados, sem prejuízo da sua
cobrança, com vistas a garantir a economicidade da prestação dos serviços públicos de saneamento
básico.
§ 6º As metas previstas neste artigo deverão ser observadas no âmbito municipal, quando exercida a
titularidade de maneira independente, ou no âmbito da prestação regionalizada, quando aplicável.
§ 7º No caso do não atingimento das metas, nos termos deste artigo, deverá ser iniciado procedimento
administrativo pela agência reguladora com o objetivo de avaliar as ações a serem adotadas, incluídas
medidas sancionatórias, com eventual declaração de caducidade da concessão, assegurado o direito à
ampla defesa.
“ Art. 17. O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer a plano regional de sanea-
mento básico elaborado para o conjunto de Municípios atendidos.
§ 4º O plano regional de saneamento básico poderá ser elaborado com suporte de órgãos e entidades
das administrações públicas federal, estaduais e municipais, além de prestadores de serviço.” (NR)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
“Art. 18. Os prestadores que atuem em mais de um Município ou região ou que prestem serviços
públicos de saneamento básico diferentes em um mesmo Município ou região manterão sistema contábil
que permita registrar e demonstrar, separadamente, os custos e as receitas de cada serviço em cada um
dos Municípios ou regiões atendidas e, se for o caso, no Distrito Federal.
Parágrafo único. Nos casos em que os contratos previstos no caput deste artigo se encerrarem após o
prazo fixado no contrato de programa da empresa estatal ou de capital misto contratante, por vencimento
ordinário ou caducidade, o ente federativo controlador da empresa delegatária da prestação de serviços
públicos de saneamento básico, por ocasião da assinatura do contrato de parceria público-privada ou de
subdelegação, deverá assumir esses contratos, mantidos iguais prazos e condições perante o licitante
vencedor.” (NR)
“ Art. 18-A. O prestador dos serviços públicos de saneamento básico deve disponibilizar infraestrutura
de rede até os respectivos pontos de conexão necessários à implantação dos serviços nas edificações e
nas unidades imobiliárias decorrentes de incorporação imobiliária e de parcelamento de solo urbano.
Parágrafo único. A agência reguladora instituirá regras para que empreendedores imobiliários façam
investimentos em redes de água e esgoto, identificando as situações nas quais os investimentos repre-
sentam antecipação de atendimento obrigatório do operador local, fazendo jus ao ressarcimento futuro
por parte da concessionária, por critérios de avaliação regulatórios, e aquelas nas quais os investimentos
configuram-se como de interesse restrito do empreendedor imobiliário, situação na qual não fará jus ao
ressarcimento.”
§ 1º Os planos de saneamento básico serão aprovados por atos dos titulares e poderão ser elabora-
dos com base em estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço.
....................................................................................................................................
§ 3º Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográfi-
cas e com planos diretores dos Municípios em que estiverem inseridos, ou com os planos de desenvolvi-
mento urbano integrado das unidades regionais por eles abrangidas.
§ 4º Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a 10
(dez) anos.
.....................................................................................................................................
§ 9º Os Municípios com população inferior a 20.000 (vinte mil) habitantes poderão apresentar planos
simplificados, com menor nível de detalhamento dos aspectos previstos nos incisos I a V do caput deste
artigo.” (NR)
“ Art. 21. A função de regulação, desempenhada por entidade de natureza autárquica dotada de inde-
pendência decisória e autonomia administrativa, orçamentária e financeira, atenderá aos princípios de
transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.
I - (revogado);
II - (revogado).” (NR)
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I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação e a expansão da qualidade dos serviços
e para a satisfação dos usuários, com observação das normas de referência editadas pela ANA;
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas nos contratos de prestação de servi-
ços e nos planos municipais ou de prestação regionalizada de saneamento básico;
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes
do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; e
IV - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos quanto a modi-
cidade tarifária, por mecanismos que gerem eficiência e eficácia dos serviços e que permitam o comparti-
lhamento dos ganhos de produtividade com os usuários.” (NR)
“ Art. 23. A entidade reguladora, observadas as diretrizes determinadas pela ANA, editará normas
relativas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços públicos de saneamento
básico, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
.......................................................................................................................................
.......................................................................................................................................
§ 1º A regulação da prestação dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser delegada
pelos titulares a qualquer entidade reguladora, e o ato de delegação explicitará a forma de atuação e a
abrangência das atividades a serem desempenhadas pelas partes envolvidas.
§ 1º-A. Nos casos em que o titular optar por aderir a uma agência reguladora em outro Estado da
Federação, deverá ser considerada a relação de agências reguladoras de que trata o art. 4º-B da Lei nº
9.984, de 17 de julho de 2000, e essa opção só poderá ocorrer nos casos em que:
I - não exista no Estado do titular agência reguladora constituída que tenha aderido às normas de refe-
rência da ANA;
II - seja dada prioridade, entre as agências reguladoras qualificadas, àquela mais próxima à localidade
do titular; e
III - haja anuência da agência reguladora escolhida, que poderá cobrar uma taxa de regulação diferen-
ciada, de acordo com a distância de seu Estado.
§ 1º-B. Selecionada a agência reguladora mediante contrato de prestação de serviços, ela não poderá
ser alterada até o encerramento contratual, salvo se deixar de adotar as normas de referência da ANA ou
se estabelecido de acordo com o prestador de serviços.
....................................................................................................................................
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
“ Art. 25-A. A ANA instituirá normas de referência para a regulação da prestação dos serviços públi-
cos de saneamento básico por seus titulares e suas entidades reguladoras e fiscalizadoras, observada a
legislação federal pertinente.”
I - de abastecimento de água e esgotamento sanitário, na forma de taxas, tarifas e outros preços públi-
cos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos, conjuntamente;
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, na forma de taxas, tarifas e outros preços públi-
cos, conforme o regime de prestação do serviço ou das suas atividades; e
III - de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, na forma de tributos, inclusive taxas, ou tarifas
e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou das suas ativida-
des.
...................................................................................................................................
§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários que não tenham capa-
cidade de pagamento suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.
§ 4º Na hipótese de prestação dos serviços sob regime de concessão, as tarifas e preços públicos
serão arrecadados pelo prestador diretamente do usuário, e essa arrecadação será facultativa em caso
de taxas.
§ 5º Os prédios, edifícios e condomínios que foram construídos sem a individualização da medição até
a entrada em vigor da Lei nº 13.312, de 12 de julho de 2016 , ou em que a individualização for inviável,
pela onerosidade ou por razão técnica, poderão instrumentalizar contratos especiais com os prestado-
res de serviços, nos quais serão estabelecidos as responsabilidades, os critérios de rateio e a forma de
cobrança.” (NR)
“ Art. 30. Observado o disposto no art. 29 desta Lei, a estrutura de remuneração e de cobrança dos
serviços públicos de saneamento básico considerará os seguintes fatores:
...........................................................................................................................” (NR)
“ Art. 31. Os subsídios destinados ao atendimento de usuários determinados de baixa renda serão,
dependendo da origem dos recursos:
I - (revogado);
III - internos a cada titular ou entre titulares, nas hipóteses de prestação regionalizada.” (NR)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
“ Art. 35. As taxas ou as tarifas decorrentes da prestação de serviço de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos considerarão a destinação adequada dos resíduos coletados e o nível de renda da
população da área atendida, de forma isolada ou combinada, e poderão, ainda, considerar:
I - (revogado);
...................................................................................................................................
IV - o consumo de água; e
V - a frequência de coleta.
§ 2º A não proposição de instrumento de cobrança pelo titular do serviço nos termos deste artigo, no
prazo de 12 (doze) meses de vigência desta Lei, configura renúncia de receita e exigirá a comprovação
de atendimento, pelo titular do serviço, do disposto no art. 14 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
de 2000 , observadas as penalidades constantes da referida legislação no caso de eventual descumpri-
mento.
.....................................................................................................................................
......................................................................................................................................
............................................................................................................................” (NR)
....................................................................................................................................
§ 5º A transferência de serviços de um prestador para outro será condicionada, em qualquer hipótese,
à indenização dos investimentos vinculados a bens reversíveis ainda não amortizados ou depreciados,
nos termos da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995 , facultado ao titular atribuir ao prestador que
assumirá o serviço a responsabilidade por seu pagamento.” (NR)
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
“Art. 43. ................................................................................................................
§ 2º A entidade reguladora estabelecerá limites máximos de perda na distribuição de água tratada, que
poderão ser reduzidos gradualmente, conforme se verifiquem avanços tecnológicos e maiores investi-
mentos em medidas para diminuição desse desperdício.” (NR)
....................................................................................................................................
“ Art. 45. As edificações permanentes urbanas serão conectadas às redes públicas de abastecimento
de água e de esgotamento sanitário disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas, tarifas e outros preços
públicos decorrentes da disponibilização e da manutenção da infraestrutura e do uso desses serviços.
.....................................................................................................................................
§ 3º A instalação hidráulica predial prevista no § 2º deste artigo constitui a rede ou tubulação que se
inicia na ligação de água da prestadora e finaliza no reservatório de água do usuário.
§ 4º Quando disponibilizada rede pública de esgotamento sanitário, o usuário estará sujeito aos paga-
mentos previstos no caput deste artigo, sendo-lhe assegurada a cobrança de um valor mínimo de utiliza-
ção dos serviços, ainda que a sua edificação não esteja conectada à rede pública.
§ 5º O pagamento de taxa ou de tarifa, na forma prevista no caput deste artigo, não isenta o usuário
da obrigação de conectar-se à rede pública de esgotamento sanitário, e o descumprimento dessa obriga-
ção sujeita o usuário ao pagamento de multa e demais sanções previstas na legislação, ressalvados os
casos de reúso e de captação de água de chuva, nos termos do regulamento.
§ 6º A entidade reguladora ou o titular dos serviços públicos de saneamento básico deverão estabele-
cer prazo não superior a 1 (um) ano para que os usuários conectem suas edificações à rede de esgotos,
onde disponível, sob pena de o prestador do serviço realizar a conexão mediante cobrança do usuário.
§ 7º A entidade reguladora ou o titular dos serviços públicos de saneamento básico deverá, sob pena
de responsabilidade administrativa, contratual e ambiental, até 31 de dezembro de 2025, verificar e apli-
car o procedimento previsto no § 6º deste artigo a todas as edificações implantadas na área coberta com
serviço de esgotamento sanitário.
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§ 8º O serviço de conexão de edificação ocupada por família de baixa renda à rede de esgotamento
sanitário poderá gozar de gratuidade, ainda que os serviços públicos de saneamento básico sejam pres-
tados mediante concessão, observado, quando couber, o reequilíbrio econômico-financeiro dos contra-
tos.
§ 9º Para fins de concessão da gratuidade prevista no § 8º deste artigo, caberá ao titular regulamentar
os critérios para enquadramento das famílias de baixa renda, consideradas as peculiaridades locais e
regionais.
§ 10. A conexão de edificações situadas em núcleo urbano, núcleo urbano informal e núcleo urbano
informal consolidado observará o disposto na Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017 .
§ 11. As edificações para uso não residencial ou condomínios regidos pela Lei nº 4.591, de 16 de de-
zembro de 1964 , poderão utilizarse de fontes e métodos alternativos de abastecimento de água, incluin-
do águas subterrâneas, de reúso ou pluviais, desde que autorizados pelo órgão gestor competente e que
promovam o pagamento pelo uso de recursos hídricos, quando devido.
§ 12. Para a satisfação das condições descritas no § 11 deste artigo, os usuários deverão instalar
medidor para contabilizar o seu consumo e deverão arcar apenas com o pagamento pelo uso da rede de
coleta e tratamento de esgoto na quantidade equivalente ao volume de água captado.” (NR)
Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos mecanismos a que se refere o caput deste artigo, a
ANA poderá recomendar, independentemente da dominialidade dos corpos hídricos que formem deter-
minada bacia hidrográfica, a restrição ou a interrupção do uso de recursos hídricos e a prioridade do uso
para o consumo humano e para a dessedentação de animais.” (NR)
“ Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá incluir a participação
de órgãos colegiados de caráter consultivo, nacional, estaduais, distrital e municipais, em especial o Con-
selho Nacional de Recursos Hídricos, nos termos da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 , assegurada
a representação:
...........................................................................................................................” (NR)
..................................................................................................................................
...................................................................................................................................
VII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural, por meio da utilização de
soluções compatíveis com as suas características econômicas e sociais peculiares;
...................................................................................................................................
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...................................................................................................................................
XII - redução progressiva e controle das perdas de água, inclusive na distribuição da água tratada,
estímulo à racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência energética, ao reúso de
efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva, em conformidade com as demais normas
ambientais e de saúde pública;
XIV - promoção da segurança jurídica e da redução dos riscos regulatórios, com vistas a estimular
investimentos públicos e privados;
XVII - prioridade para planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos servi-
ços e das ações de saneamento básico integrado, nos termos desta Lei.
“ Art. 48-A. Em programas habitacionais públicos federais ou subsidiados com recursos públicos fede-
rais, o sistema de esgotamento sanitário deverá ser interligado à rede existente, ressalvadas as hipóte-
ses do § 4º do art. 11-B desta Lei.”
II - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos serviços e das
ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda, incluídos os núcleos
urbanos informais consolidados, quando não se encontrarem em situação de risco;
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
XIV - promover a regionalização dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala, por meio
do apoio à formação dos blocos de referência e à obtenção da sustentabilidade econômica financeira do
bloco;
85
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XVI - priorizar, apoiar e incentivar planos, programas e projetos que visem à implantação e à amplia-
ção dos serviços e das ações de saneamento integrado, nos termos desta Lei.” (NR)
I - ..........................................................................................................................
III - à observância das normas de referência para a regulação da prestação dos serviços públicos de
saneamento básico expedidas pela ANA;
VI - à regularidade da operação a ser financiada, nos termos do inciso XIII do caput do art. 3º desta
Lei;
VIII - à adesão pelos titulares dos serviços públicos de saneamento básico à estrutura de governan-
ça correspondente em até 180 (cento e oitenta) dias contados de sua instituição, nos casos de unidade
regional de saneamento básico, blocos de referência e gestão associada; e
§ 1º Na aplicação de recursos não onerosos da União, serão priorizados os investimentos de capital
que viabilizem a prestação de serviços regionalizada, por meio de blocos regionais, quando a sua susten-
tabilidade econômico-financeira não for possível apenas com recursos oriundos de tarifas ou taxas, mes-
mo após agrupamento com outros Municípios do Estado, e os investimentos que visem ao atendimento
dos Municípios com maiores déficits de saneamento cuja população não tenha capacidade de pagamento
compatível com a viabilidade econômico-financeira dos serviços.
....................................................................................................................................
§ 5º No fomento à melhoria da prestação dos serviços públicos de saneamento básico, a União poderá
conceder benefícios ou incentivos orçamentários, fiscais ou creditícios como contrapartida ao alcance de
metas de desempenho operacional previamente estabelecidas.
...................................................................................................................................
§ 8º A manutenção das condições e do acesso aos recursos referidos no caput deste artigo depende-
rá da continuidade da observância dos atos normativos e da conformidade dos órgãos e das entidades
reguladoras ao disposto no inciso III do caput deste artigo.
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§ 9º A restrição de acesso a recursos públicos federais e a financiamentos decorrente do descumpri-
mento do inciso III do caput deste artigo não afetará os contratos celebrados anteriormente à sua institui-
ção e as respectivas previsões de desembolso.
§ 10. O disposto no inciso III do caput deste artigo não se aplica às ações de saneamento básico
em:
I - áreas rurais;
§ 11. A União poderá criar cursos de capacitação técnica dos gestores públicos municipais, em consór-
cio ou não com os Estados, para a elaboração e implementação dos planos de saneamento básico.
......................................................................................................................................
c) a proposição de programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas da
política federal de saneamento básico, com identificação das fontes de financiamento, de forma a ampliar
os investimentos públicos e privados no setor;
.......................................................................................................................................
......................................................................................................................................
III - contemplar programa específico para ações de saneamento básico em áreas rurais;
V - contemplar ações de saneamento básico em núcleos urbanos informais ocupados por populações
de baixa renda, quando estes forem consolidados e não se encontrarem em situação de risco.
.....................................................................................................................................
§ 3º A União estabelecerá, de forma subsidiária aos Estados, blocos de referência para a prestação
regionalizada dos serviços públicos de saneamento básico.” (NR)
§ 1º As informações do Sinisa são públicas, gratuitas, acessíveis a todos e devem ser publicadas na
internet, em formato de dados abertos.
.....................................................................................................................................
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§ 4º A ANA e o Ministério do Desenvolvimento Regional promoverão a interoperabilidade do Sistema
Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) com o Sinisa.
“ Art. 53-A. Fica criado o Comitê Interministerial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado que, sob a
presidência do Ministério do Desenvolvimento Regional, tem a finalidade de assegurar a implementação
da política federal de saneamento básico e de articular a atuação dos órgãos e das entidades federais na
alocação de recursos financeiros em ações de saneamento básico.
Parágrafo único. A composição do Cisb será definida em ato do Poder Executivo federal.”
I - coordenar, integrar, articular e avaliar a gestão, em âmbito federal, do Plano Nacional de Sanea-
mento Básico;
II - acompanhar o processo de articulação e as medidas que visem à destinação dos recursos para o
saneamento básico, no âmbito do Poder Executivo federal;
III - garantir a racionalidade da aplicação dos recursos federais no setor de saneamento básico, com
vistas à universalização dos serviços e à ampliação dos investimentos públicos e privados no setor;
IV - elaborar estudos técnicos para subsidiar a tomada de decisões sobre a alocação de recursos fe-
derais no âmbito da política federal de saneamento básico; e
V - avaliar e aprovar orientações para a aplicação dos recursos federais em saneamento básico.”
“ Art. 53-D. Fica estabelecida como política federal de saneamento básico a execução de obras de
infraestrutura básica de esgotamento sanitário e abastecimento de água potável em núcleos urbanos for-
mais, informais e informais consolidados, passíveis de serem objeto de Regularização Fundiária Urbana
(Reurb), nos termos da Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017 , salvo aqueles que se encontrarem em
situação de risco.
Art. 8º A Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
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“ Art. 1º Fica a União autorizada a participar de fundo que tenha por finalidade exclusiva financiar
serviços técnicos profissionais especializados, com vistas a apoiar a estruturação e o desenvolvimento
de projetos de concessão e parcerias público-privadas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, em regime isolado ou consorciado.
“Art. 2º .................................................................................................................
....................................................................................................................................
§ 3º .....................................................................................................................
...................................................................................................................................
III - pelo reembolso de valores despendidos pelo agente administrador e pelas bonificações decorren-
tes da contratação dos serviços de que trata o art. 1º desta Lei;
....................................................................................................................................
V - pelos recursos derivados de alienação de bens e direitos, ou de publicações, material técnico, da-
dos e informações; e
§ 4º ......................................................................................................................
....................................................................................................................................
IV - o chamamento público para verificar o interesse dos entes federativos, em regime isolado ou con-
sorciado, em realizar concessões e parcerias público-privadas, exceto em condições específicas a serem
definidas pelo Conselho de Participação no fundo a que se refere o art. 4º desta Lei;
.....................................................................................................................................
VII - a contratação de instituições parceiras de qualquer natureza para a consecução de suas finalida-
des; e
....................................................................................................................................
89
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 10. O chamamento público de que trata o inciso IV do § 4º deste artigo não se aplica à hipótese de
estruturação de concessões de titularidade da União, permitida a seleção dos empreendimentos direta-
mente pelo Conselho de Participação no fundo de que trata o art. 4º desta Lei.
§ 11. Os recursos destinados à assistência técnica relativa aos serviços públicos de saneamento
básico serão segregados dos demais e não poderão ser destinados para outras finalidades do fundo.”
(NR)
Art. 9º A Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º .................................................................................................................
...................................................................................................................................
§ 4º Aplicam-se aos convênios de cooperação, no que couber, as disposições desta Lei relativas aos
consórcios públicos.” (NR)
“Art. 8º .................................................................................................................
§ 1º O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro, e seu prazo de vigência não
será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclu-
sivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em plano plurianual.
............................................................................................................................” (NR)
.....................................................................................................................................
§ 2º A retirada ou a extinção de consórcio público ou convênio de cooperação não prejudicará as obri-
gações já constituídas, inclusive os contratos, cuja extinção dependerá do pagamento das indenizações
eventualmente devidas.” (NR)
...................................................................................................................................
§ 6º (Revogado).
...................................................................................................................................
§ 8º Os contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico deverão observar o art.
175 da Constituição Federal, vedada a formalização de novos contratos de programa para esse fim.”
(NR)
Art. 10. O § 1º do art. 1º da Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), passa a
vigorar acrescido do seguinte inciso III:
“Art. 1º .................................................................................................................
§ 1º .......................................................................................................................
.....................................................................................................................................
..........................................................................................................................” (NR)
90
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 11. A Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 , passa a vigorar com as seguintes alterações:
...................................................................................................................................
..........................................................................................................................” (NR)
“ Art. 54. A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser implantada até 31 de
dezembro de 2020, exceto para os Municípios que até essa data tenham elaborado plano intermunicipal
de resíduos sólidos ou plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e que disponham de me-
canismos de cobrança que garantam sua sustentabilidade econômico-financeira, nos termos do art. 29
da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 , para os quais ficam definidos os seguintes prazos:
I - até 2 de agosto de 2021, para capitais de Estados e Municípios integrantes de Região Metropolita-
na (RM) ou de Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) de capitais;
II - até 2 de agosto de 2022, para Municípios com população superior a 100.000 (cem mil) habitantes
no Censo 2010, bem como para Municípios cuja mancha urbana da sede municipal esteja situada a me-
nos de 20 (vinte) quilômetros da fronteira com países limítrofes;
III - até 2 de agosto de 2023, para Municípios com população entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000
(cem mil) habitantes no Censo 2010; e
IV - até 2 de agosto de 2024, para Municípios com população inferior a 50.000 (cinquenta mil) habitan-
tes no Censo 2010.
§ 1º (VETADO).
§ 2º Nos casos em que a disposição de rejeitos em aterros sanitários for economicamente inviável,
poderão ser adotadas outras soluções, observadas normas técnicas e operacionais estabelecidas pelo
órgão competente, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os
impactos ambientais.” (NR)
Art. 12. Fica autorizada a transformação, sem aumento de despesa, por ato do Poder Executivo fede-
ral, de cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) com valores remuneratórios totais
correspondentes a:
a) 2 (dois) CGE I; e
Art. 13. Decreto disporá sobre o apoio técnico e financeiro da União à adaptação dos serviços públicos
de saneamento básico às disposições desta Lei, observadas as seguintes etapas:
91
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
III - elaboração ou atualização dos planos regionais de saneamento básico, os quais devem levar em
consideração os ambientes urbano e rural;
IV - modelagem da prestação dos serviços em cada bloco, urbano e rural, com base em estudos de
viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA);
V - alteração dos contratos de programa vigentes, com vistas à transição para o novo modelo de pres-
tação;
VI - licitação para concessão dos serviços ou para alienação do controle acionário da estatal prestado-
ra, com a substituição de todos os contratos vigentes.
§ 1º Caso a transição referida no inciso V do caput deste artigo exija a substituição de contratos com
prazos distintos, estes poderão ser reduzidos ou prorrogados, de maneira a convergir a data de término
com o início do contrato de concessão definitivo, observando-se que:
I - na hipótese de redução do prazo, o prestador será indenizado na forma do art. 37 da Lei nº 8.987,
de 13 de fevereiro de 1995 ; e
§ 2º O apoio da União será condicionado a compromisso de conclusão das etapas de que trata
o caput deste artigo pelo titular do serviço, que ressarcirá as despesas incorridas em caso de descumpri-
mento desse compromisso.
§ 3º Na prestação dos serviços públicos de saneamento básico, os Municípios que obtiverem a apro-
vação do Poder Executivo, nos casos de concessão, e da respectiva Câmara Municipal, nos casos de
privatização, terão prioridade na obtenção de recursos públicos federais para a elaboração do plano
municipal de saneamento básico.
§ 4º Os titulares que elegerem entidade de regulação de outro ente federativo terão prioridade na ob-
tenção de recursos públicos federais para a elaboração do plano municipal de saneamento básico.
Art. 14. Em caso de alienação de controle acionário de empresa pública ou sociedade de economia
mista prestadora de serviços públicos de saneamento básico, os contratos de programa ou de concessão
em execução poderão ser substituídos por novos contratos de concessão, observando-se, quando aplicá-
vel, o Programa Estadual de Desestatização.
§ 3º Os entes públicos que formalizaram o contrato de programa dos serviços terão o prazo de 180
(cento e oitenta) dias, contado do recebimento da comunicação da proposta de que trata o § 2º deste
artigo, para manifestarem sua decisão.
92
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 4º A decisão referida no § 3º deste artigo deverá ser tomada pelo ente público que formalizou o con-
trato de programa com as empresas públicas e sociedades de economia mista.
§ 5º A ausência de manifestação dos entes públicos que formalizaram o contrato de programa no pra-
zo estabelecido no § 3º deste artigo configurará anuência à proposta de que trata o § 2º deste artigo.
§ 6º (VETADO).
§ 7º (VETADO).
Art. 15. A competência de que trata o § 3º do art. 52 da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, somen-
te será exercida caso as unidades regionais de saneamento básico não sejam estabelecidas pelo Estado
no prazo de 1 (um) ano da publicação desta Lei.
Art. 17. Os contratos de concessão e os contratos de programa para prestação dos serviços públicos
de saneamento básico existentes na data de publicação desta Lei permanecerão em vigor até o advento
do seu termo contratual.
Art. 18. Os contratos de parcerias público-privadas ou de subdelegações que tenham sido firmados
por meio de processos licitatórios deverão ser mantidos pelo novo controlador, em caso de alienação de
controle de empresa estatal ou sociedade de economia mista.
Parágrafo único. As parcerias público-privadas e as subdelegações previstas neste artigo serão manti-
das em prazos e condições pelo ente federativo exercente da competência delegada, mediante sucessão
contratual direta.
Art. 19. Os titulares de serviços públicos de saneamento básico deverão publicar seus planos de
saneamento básico até 31 de dezembro de 2022, manter controle e dar publicidade sobre o seu cumpri-
mento, bem como comunicar os respectivos dados à ANA para inserção no Sinisa.
Parágrafo único. Serão considerados planos de saneamento básico os estudos que fundamentem a
concessão ou a privatização, desde que contenham os requisitos legais necessários.
II - o § 1º (antigo parágrafo único) do art. 3º da Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003;
93
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
b) os arts. 14, 15 e 16;
Paulo Guedes
Rogério Marinho
A PREFEITA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso IV
do artigo 59, da Lei Orgânica Municipal.
Art. 1º Este Decreto aprova o Plano de Saneamento Básico do Município de Novo Hamburgo, anexo
ao presente Decreto.
Art. 2º O Plano de Saneamento Básico está disponível na íntegra no sítio eletrônico www.novohambur-
go.rs.gov.br, no menu editais.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
GABINETE DA PREFEITA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO, aos 19 (dezenove) dias do mês de de-
zembro do ano de 2017.
FÁTIMA DAUDT
Prefeita
LINÉO BAUM
Lei Municipal nº 333/2000 - Institui O Regime Jurídico Estatutário dos Servidores Públi-
cos Municipais e dá outras providências
O PREFEITO MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO: Faço saber que o Poder Legislativo aprovou e eu
sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico Estatutário dos servidores públicos municipais e dos servido-
res exercentes de cargos em comissão, na Administração Direta, autarquias e fundações públicas muni-
cipais, e tem como objetivo reger as relações entre estes e o Município de Novo Hamburgo.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor público municipal é toda a pessoa natural legalmente investi-
da em cargo isolado ou de carreira, bem como aquela estabilizada no serviço público municipal por força
do previsto no artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal.
§ 1º Define-se servidor efetivo, para os efeitos desta Lei, aquele que ingressa no serviço público muni-
cipal mediante prévio concurso público de provas ou de provas e títulos.
§ 2º Define-se servidor estabilizado, para os efeitos desta Lei, aquele que, por força do artigo 19 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, adquiriu estabilidade constitu-
cional no serviço público municipal.
§ 3º Define-se servidor em comissão, para os efeitos desta Lei, aquele que ocupa cargo em comissão,
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 4º Para os efeitos desta Lei, a expressão “servidor público” alcança tão somente os servidores efe-
tivos e os servidores estabilizados, enquanto a expressão “servidor” abrange, indistintamente, todos os
servidores efetivos e estabilizados, bem assim os servidores em comissão.
Art. 3º Cargo público, como unidade básica da estrutura orgânica funcional, é o conjunto de atribui-
ções, deveres e responsabilidade conferidos a um servidor, criado por lei, em número determinado e com
denominação própria, mediante retribuição pecuniária paga pelo Erário municipal.
Art. 4º Os cargos públicos municipais são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos es-
tabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Art. 5º Os servidores públicos municipais são organizados em carreiras funcionais ou de forma isola-
da.
95
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 6º Os quadros funcionais são organizados em categorias de cargos, dispostas de acordo com a
natureza profissional e a complexidade de suas atribuições e responsabilidades, na forma da lei.
Art. 7º Os cargos organizados em carreira asseguram aos servidores públicos desenvolvimento funcio-
nal com evolução vertical, dentro da respectiva categoria, na forma a nas condições fixadas na legislação
que dispõe sobre os respectivos planos de carreiras.
Art. 8º As carreiras poderão compreender categorias de cargos do mesmo grupo profissional, reunidos
em segmentos distintos, de acordo com a habilitação, qualificação ou titulação exigidas para ingresso e
acesso nos níveis correspondentes.
Art. 9º Categoria é a divisão básica da carreira, agrupando os cargos de mesma denominação e idênti-
ca natureza, segundo os níveis de atribuições e faixas de vencimentos básicos.
Art. 10 Os cargos isolados são os que, organizados em categorias, somente possibilitam aos servido-
res públicos o desenvolvimento funcional com evolução horizontal dentro do respectivo nível, na forma a
nas condições fixadas na legislação que dispõe sobre os respectivos planos de carreiras.
Art. 11 Os cargos em comissão e as funções de confiança são os que, pela natureza da fidúcia ineren-
te à função, têm caráter provisório quanto ao exercício e precário quanto ao desempenho, não gerando
para o servidor direito à efetividade e estabilidade no cargo ou na função.
§ 2º Os cargos em comissão e as funções de confiança são exercidos para atender encargos de dire-
ção, chefia e assessoramento.
Art. 12 O provimento dos cargos em comissão poderá ser procedido com pessoas estranhas ao qua-
dro funcional.
Art. 13 Quadro é o conjunto de cargos, integrantes da estrutura orgânica funcional, distribuído por
categorias profissionais, que veda desenvolvimento funcional de uma para outra.
§ 2º Os cargos dos servidores estabilizados no serviço público do Município por força do previsto no
artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal, igualmente integram o quadro de
cargos permanentes.
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IV - quitação com as obrigações eleitorais e militares;
VI - boa saúde física e mental, comprovada através de inspeção médica oficial; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos, fixados em lei ou indica-
dos no regulamento do concurso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 2º A boa saúde física e mental será aferida por meio de exames admissionais estabelecidos em
regulamento específico. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3364/2021) (Regulamentada pelo
Decreto nº 10.059/2022)
Art. 15. Ficam reservadas, às pessoas com deficiência, 10% (dez por cento) das vagas oferecidas, por
cargo, nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos no âmbito da administração pública
municipal, cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 3364/2021)
Art. 16 O provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da autoridade competente.
Art. 17 A investidura em cargo público, cumpridas as exigências legais, ocorrerá com a posse.
I - nomeação;
IV - readaptação;
V - reversão;
VI - reaproveitamento;
VII - reintegração, e
VIII - recondução;
IX - enquadramento.
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO
Art. 20 A nomeação para cargo permanente far-se-á no nível de acesso correspondente e no plano
inicial da carreira, conforme o caso.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Parágrafo único. Os demais requisitos para ingresso e desenvolvimento do servidor público na car-
reira, mediante promoção, progressão ou enquadramento, são aqueles fixados na legislação que dispõe
sobre os respectivos planos de carreira. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
SEÇÃO III
DO CONCURSO PÚBLICO (REGULAMENTADO PELO DECRETO Nº 1487/2002 Nº 4113/2009)
Art. 21 O concurso público será de provas, ou de provas e títulos, realizado em uma ou mais etapas,
conforme dispuser o regulamento geral e o edital, observados os princípios constitucionais.
Art. 22 O concurso público terá a validade mínima de um e máxima de dois anos, podendo ser prorro-
gado uma única vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, o qual
reger-se-á por normas gerais fixadas em regulamento e por normas especiais exaradas pela autoridade
competente, que será publicado por extrato em jornal de grande circulação local.
§ 2º Todos os procedimentos pertinentes à realização dos concursos poderão ser executados por
entidade legalmente habilitada para este fim e deverão referir os conteúdos, as fontes e referências
bibliográficas atinentes, os critérios de aplicação e correção das provas, recursos, bem como a forma de
publicação dos resultados.
SEÇÃO IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
Art. 23 Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo
público, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do respectivo termo pela autori-
dade competente e pelo servidor empossando.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de dez dias contados da formalização do ato de provimento, prorrogá-
vel por igual período, a requerimento prévio do interessado.
§ 6º A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica, com o ressarcimento ao erário
municipal dos custos despendidos para a realização da inspeção, pelo interessado. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 7º Só poderá se empossado aquele servidor que for julgado apto física e mentalmente, para o exer-
cício do cargo.
§ 1º É de cinco dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2º Será tornado sem efeito o ato de provimento, se não correrem a posse e/ou o exercício, nos pra-
zos previstos nesta Lei.
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§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor, compete dar-
-lhe exercício.
Art. 25 O servidor público que, por prescrição regulamentar deva prestar caução como garantia, não
poderá entrar em exercício sem prévia satisfação desta exigência.
I - caução fidejussória;
§ 4º O responsável por desvio patrimonial não ficará isento da ação administrativa ou penal, ainda que
o valor da caução seja superior ao do prejuízo causado ou que ocorra o correspondente ressarcimen-
to.
§ 5º Em qualquer caso, o servidor público que em razão das atribuições próprias do cargo, receba
ou pague valores pecuniários, ou mantenha títulos cambiariformes, cheques, ou moeda em espécie sob
guarda, perceberá, enquanto no exercício, um adicional de dez por cento do respectivo vencimento pa-
drão, a título de “quebra de caixa”, o qual não se incorpora à remuneração para qualquer fim ou efeito.
Art. 27 O servidor público transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que deve ter
exercício outro órgão ou entidade, ou em outra localidade, quando em virtude de férias, casamento ou
luto, terá dez dias, a partir do término do impedimento ou afastamento, para entrar em exercício, acresci-
do de igual período quando necessário o deslocamento para nova localidade.
§ 1º O servidor público poderá ausentar-se do Município para estudos vinculados à sua área de atri-
buições ou em missão oficial mediante prévia e expressa autorização do Prefeito Municipal.
§ 2º A ausência não poderá exceder de dois anos e, findo o estudo ou missão oficial, somente decorri-
do igual período será admitida nova ausência.
§ 3º Ao servidor público beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração do car-
go antes de decorrido período igual ao da ausência, ressalvada a hipótese de ressarcimento das despe-
sas havidas com seu afastamento para estudo ou missão oficial.
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SEÇÃO V
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO (REGULAMENTADO PELO DECRETO Nº 648/2000 E
Nº 3400/2008 Nº 8455/2018)
Art. 28 Ao entrar em exercício, o servidor público nomeado para o cargo de provimento efetivo subme-
ter-se-á a estágio probatório por período de três anos de efetivo exercício no cargo, durante o qual sua
aptidão e capacidade serão objeto de avaliação permanente para o desempenho do cargo, no mínimo a
cada quatro meses, observados ainda os seguintes requisitos, e demais fatores e condições fixadas em
regulamento:
I - idoneidade profissional;
II - disciplina;
III - organização; e
Parágrafo Único. Durante o estágio probatório o Servidor Público somente poderá ser nomeado para
Cargo em Comissão, Função de Confiança ou Adicional de Dedicação Plena em cargo que esteja em
correlação com o cargo para o qual foi concursado. (Redação dada pela Lei nº 2260/2011)
§ 1º Será exonerado do serviço público municipal o servidor que, no período do estágio probatório,
não lograr nas avaliações parciais e/ou final, resultado suficiente para sua manutenção no cargo.
§ 3º Exarado o parecer, a Comissão deverá notificar o servidor estagiário do resultado, a fim de que
o mesmo, caso discorde, no prazo de 05 (cinco) dias úteis possa apresentar sua defesa e contraditório,
sendo seu silêncio presunção de aceitação.
§ 4º Caso for apresentada defesa, esta será imediatamente submetida à apreciação da Comissão
referida no caput deste artigo que deverá se manifestar através de parecer escrito, no prazo de até 30
(trinta) dias, quanto a procedência ou improcedência do pedido.
§ 5º No caso de improcedência do pedido, poderá ser interposto recurso ao Prefeito Municipal dentro
do prazo de 05 (cinco) dias úteis, contado da ciência que tiver o servidor e/ou procurador da decisão da
Comissão.
§ 6º Recebido o recurso, o Prefeito terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para exarar parecer defini-
tivo, mantendo ou reformando a decisão da Comissão, em caráter irrecorrível. (Redação dada pela Lei
nº 1823/2008)
Art. 29 A - Enquanto não adquirir a estabilidade, poderá o servidor público ser demitido no interesse do
serviço público, nas seguintes hipóteses:
I - inassiduidade;
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
II - indisciplina;
III - insubordinação;
IV - improbidade;
V - ineficiência;
XIII - ato lesivo da honra ou de boa fama praticado no serviço, contra qualquer pessoa, ou ofensas
físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
XIV - ato lesivo da honra, boa fama ou ofensas físicas, praticados contra superiores hierárquicos ou os
demais servidores, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
XVI - decisão judicial transitada em julgado que declarou expressamente a perda do cargo.
§ 1º Para o servidor em estágio probatório, no caso do inciso I deste artigo, considera-se inassiduida-
de para fins de abertura de processo administrativo disciplinar, as faltas injustificadas, em cada quadri-
mestre de avaliação, acima de 05 consecutivas ou intercaladas.
Art. 30 O servidor público não aprovado no estágio será exonerado em ato fundamentado ou, se efe-
tivo em outro cargo público, será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, consoante o disposto no
artigo 40, § 2º, depois de lhe serem assegurados defesa e contraditório, na forma preconizada pelos §§
3º, 4º, 5º e 6º do artigo 29. (Redação acrescida pela Lei nº 1823/2008)
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SEÇÃO VI
DA ESTABILIDADE
Art. 31 O servidor público habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efe-
tivo adquire estabilidade no serviço público ao completar três anos de efetivo exercício do cargo, desde
que aprovado em estágio probatório, em ato fundamentado.
Parágrafo Único. Suspendem o cômputo do prazo acima as licenças previstas nos incisos I, II, III, IV,
V, VI, VII e VIII do artigo 117; os afastamentos previstos nos incisos I, II, III e IV do artigo 142 da Lei Mu-
nicipal nº 333/2000; os dias em que os servidores afastarem-se do serviço público, em virtude de terem
trabalhado como mesários nas eleições; o exercício de mandato de Conselheiro Tutelar; as convocações
para representações desportivas de caráter nacional, desde que autorizado pelo órgão de lotação do
servidor estagiário e a prisão provisória. (Redação acrescida pela Lei nº 1823/2008)
Art. 32 O servidor público estável somente perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada
em julgado, ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe tenham sido assegurados ampla defesa
e contraditório.
SEÇÃO VII
DA TRANSFERÊNCIA (REVOGADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 3364/2021)
SEÇÃO VIII
DA READAPTAÇÃO
Art. 34. Readaptação é a investidura do servidor público para exercício de cargo cujas atribuições e
responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, verificada em inspeção médica oficial, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua
a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do car-
go de origem. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
SEÇÃO IX
DA REVERSÃO
Art. 35. Reversão é o retorno à atividade de servidor público aposentado por incapacidade permanente
quando, por decisão administrativa ou judicial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes
da aposentadoria. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 1º A reversão de servidor público aposentado por tempo de serviço poderá se dar a pedido, atendido
o interesse do serviço, condicionada sempre à existência de vaga. (Revogado pela Lei Complementar
nº 3364/2021)
§ 2º Em nenhum caso far-se-á a reversão sem que, mediante inspeção médica realizada pelo IPA-
SEM, fique comprovada a capacidade física e mental do servidor público para o exercício do cargo.
Art. 36 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.
Art. 37. Não poderá reverter o aposentado que contar 65 (sessenta e cinco) anos de idade. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
Art. 38 A reversão não dará direito à contagem de tempo em que o servidor público esteve aposenta-
do, quando da nova aposentadoria, naquelas hipóteses em que a primeira aposentadoria tenha decorrido
de ato nulo, ilícito ou irregular.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
SEÇÃO X
DA REINTEGRAÇÃO
Parágrafo Único. Encontrando-se provido o cargo o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade
remunerada.
SEÇÃO XI
DA RECONDUÇÃO
§ 2º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor público será aproveitado em outro, obser-
vado o disposto no artigo 42.
SEÇÃO XII
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 41 Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor público ficará em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Art. 42 O retorno à atividade de servidor público em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
obrigatório, em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Parágrafo Único. Para aproveitamento observar-se-á a ordem de preferência, primeiro àquele servi-
dor público que estiver há mais tempo em disponibilidade, e após àquele que contar com mais tempo de
efetivo serviço público municipal.
Art. 43. O aproveitamento do servidor público que se encontre em disponibilidade há mais de doze
meses dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, verificada em inspeção
médica oficial. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 1º Se julgado apto, o servidor público assumirá o exercício do cargo no prazo legal, consoante o
artigo 24.
Art. 44. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor público
não entrar em exercício no prazo legal do artigo 24, salvo doença comprovada por inspeção médica ofi-
cial. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
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CAPÍTULO III
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
V - readaptação;
VI - aposentadoria;
VIII - falecimento.
Art. 46 A exoneração de servidor público dar-se-á a pedido do próprio servidor público, ou de ofício.
b) quando, por decurso de prazo, ficar extinta a punibilidade para demissão por abandono de cargo;
e
I - a pedido;
b) por falta de exação no exercício de suas atribuições ou falta de fidúcia, segundo resultado de ava-
liação procedida pela autoridade competente, fundamentadamente.
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CAPÍTULO IV
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
SEÇÃO I
DA REMOÇÃO
Parágrafo Único. A remoção mediante permuta será precedida de pedido escrito de ambos os servido-
res públicos interessados.
SEÇÃO II
DA REDISTRIBUIÇÃO
Art. 49 A redistribuição é a movimentação do servidor público, com o respectivo cargo, para o quadro
de pessoal de outro órgão ou entidade, cujos planos de cargos e vencimentos básicos sejam idênticos,
observado sempre o interesse da Administração.
§ 2º Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores públicos que não puderem ser redistri-
buídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento, na forma do
artigo 41.
CAPÍTULO V
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 50 Os ocupantes de cargos em comissão, na condição de Secretários do Município, terão substi-
tutos indicados na forma de regulamento, designados dentre servidores de livre escolha do Prefeito, da
mesma ou de unidade administrativa diversa.
§ 2º O substituto fará jus à gratificação pelo exercício de cargo em comissão de que trata o artigo 91,
a ser paga na proporção dos dias de efetiva substituição.
Art. 51 O disposto no artigo antecedente poderá ser estendido aos demais titulares de unidades admi-
nistrativas organizadas sob a forma de direção, chefia ou assessoramento, consoante regulamento.
CAPÍTULO VI
DA FUNÇÃO DE CONFIANÇA
Art. 52 Função de confiança é aquela que, instituída por lei para atender encargos de direção, chefia e
assessoramento, será provida consoante o artigo 11 e seus parágrafos, combinados com o artigo 19, em
caráter provisório quanto ao exercício e precário quanto ao desempenho, não gerando para o servidor
público direito de efetividade ou estabilidade na função.
§ 1º É livre a nomeação para função de confiança, exclusivamente dentre servidores efetivos, e sua
exoneração observará ao prescrito pelo parágrafo único do artigo 47.
§ 2º O servidor efetivo fará jus à gratificação de que trata o artigo 90, quando no exercício de função
de confiança, paga até o seu afastamento.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 53 O exercício de função de confiança é inacumulável com o de cargo em comissão.
Parágrafo Único. A designação para função de confiança poderá recair em servidor efetivo de outro
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, cedido ao
Município sem prejuízo de seus estipêndios.
CAPÍTULO VII
DO SERVIDOR PÚBLICO
SEÇÃO I
DA JORNADA LABORAL
Art. 54 O servidor está sujeito ao regime padrão de jornada de trabalho de até 40 (quarenta) horas
semanais, que não poderá exceder a 08 (oito) horas diárias, em atendimento às normas constitucionais,
ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.(Redação dada pela Lei Complementar nº 3135/2018)
§ 1º Aqueles servidores públicos que estiverem sujeitos a cargas horárias diferenciadas especificadas
na lei de criação do cargo, cumprirão suas jornadas nos limites respectivos estabelecidos.(Redação dada
pela Lei Complementar nº 3135/2018)
§ 2º A critério do Chefe da Administração, poderá ser instituído regime de revezamento, escala e/ou
regime de plantão, nos órgãos da administração direta, fundacional e autárquica que, em razão da na-
tureza específica dos serviços prestados e das atividades desenvolvidas, justifique a realização deste
tipo de jornada, conforme estipulado em regulamento próprio.(Redação dada pela Lei Complementar
nº 3135/2018)
§ 3º Poderá ser instituído o regime de compensação, por necessidade do serviço, ou por solicitação
do servidor, mediante autorização escrita da autoridade superior imediata, hipótese em que a jornada
diária poderá exceder os limites acima estabelecidos, com a correspondente diminuição das horas exce-
dentes em outros dias, desde que observada a jornada mensal máxima, conforme estipulado em regula-
mento.(Redação dada pela Lei Complementar nº 3135/2018)
§ 4º Fica vedado aos servidores sujeitos ao regime de revezamento ou ao regime de plantão, por in-
compatibilidade, a concomitância com o regime de compensação.(Redação dada pela Lei Complementar
nº 3135/2018)
§ 6º É facultado ao servidor público titular de cargo de provimento efetivo requerer a redução da jorna-
da de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais para 30 (trinta) horas semanais, com redução proporcio-
nal da remuneração, a ser concedida a critério da Administração, conforme dispuser regulamento próprio.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
I - pelo ponto;
§ 1º Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o comparecimento do servidor público ao servi-
ço e pelo qual é verificada sua entrada e saída diárias.
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§ 2º É vedado abonar faltas ao serviço e dispensar o servidor público do registro do ponto, salvo nas
hipóteses legais.
§ 1º A jornada laboral realizada em regime de sobreaviso ou sob a forma de plantões não está limita-
da às oito horas diárias, não tipificando jornada extraordinária aquelas horas excedentes a esse limite, e
poderá ser prestada tanto em dependências públicas da Municipalidade quanto na residência do servidor
público, conforme dispuser a autoridade competente.
§ 2º O regime de sobreaviso não excederá de uma jornada ininterrupta de dezesseis horas, e, quando
sob a forma de plantões, não excederá de uma jornada ininterrupta de vinte e duas horas em cada qua-
renta e quatro horas.
Art. 57 Pelo serviço realizado em regime de sobreaviso ou sob a forma de plantões, o servidor público
perceberá o respectivo adicional.
Parágrafo Único. Ao servidor público em regime de sobreaviso, ou sob a forma de plantões, realizados
em dependências públicas municipais, serão fornecidas instalações apropriadas para descanso, higiene
e alimentação.
SEÇÃO II
DA JORNADA LABORAL EXTRAORDINÁRIA
Art. 58 Por necessidade de serviço, a jornada legal do servidor público poderá ser ampliada, consoan-
te o determinar a autoridade competente.
§ 1º A jornada extraordinária será remunerada com o respectivo adicional, por cada hora de trabalho
que exceder a jornada legal, salvo as exceções legais.
§ 2º Salvo casos excepcionais, a jornada extraordinária não poderá exceder de duas horas diárias.
§ 3º O servidor público que realizar jornada laboral pelo sistema de compensação de horário, não fará
jus ao adicional, considerando o limite semanal máximo.
Art. 59 A jornada extraordinária pode ser suprimida pela autoridade competente a qualquer tempo, ain-
da que habitualmente prestada, sem direito à indenização, não sendo incorporada ao vencimento básico
para qualquer efeito.
Parágrafo Único. Igualmente pode ser suprimida, nos termos e condições acima, a jornada laboral
realizada em regime de sobreaviso ou sob a forma de plantões.
Art. 60 O servidor público que, conforme enunciado no regulamento, exercer cargo em comissão,
função de confiança ou desempenhar atividade em regime de dedicação plena, não perceberá qualquer
adicional por eventual jornada laboral excedente à legal.
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SEÇÃO III
DO REPOUSO REMUNERADO E INTERVALOS
Art. 61 O servidor público tem direito a repouso semanal, em um dia de cada semana, preferencial-
mente aos domingos, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 62 Entre duas jornadas diárias de trabalho deverá haver, sempre, um intervalo mínimo de doze
horas para repouso e alimentação do servidor, salvo as exceções legais.
Art. 63 No curso de cada jornada diária de trabalho superior a seis horas, deverá haver um intervalo
mínimo de uma hora e máximo de três horas, consoante o regulamento o estabelecer, igualmente para
descanso e alimentação do servidor.
§ 1º Na hipótese acima, em cada turno de quatro horas deverá haver um intervalo de quinze minutos
para lanche do servidor, segundo dispor o regulamento.
Art. 64 Vencimento é a retribuição pecuniária obrigatória pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei, definindo-se como:
I - vencimento padrão - aquele correspondente à retribuição pecuniária inicial do cargo, segundo o res-
pectivo nível de acesso ou investidura;
II - vencimento básico - aquele correspondente à retribuição pecuniária inicial do cargo, acrescido das
vantagens pessoais legalmente incorporadas.
Art. 66 O vencimento padrão do cargo observará o princípio da isonomia e demais preceitos constitu-
cionais.
Art. 67 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior
à soma dos valores fixados como subsídios, de qualquer natureza ou a qualquer título, para Secretários
do Município.
§ 2º Em qualquer hipótese a soma total de quaisquer valores percebidos como remuneração, em es-
pécie, a qualquer título, pelo servidor, não poderá ser superior aos valores percebidos como subsídio de
qualquer natureza ou a qualquer título, pelo Prefeito Municipal, inclusive no atinente às vantagens retro
referidas.
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Art. 68 O menor vencimento de cargo público municipal, denominado Valor Referencial de Vencimento,
não será inferior a um quatorze avos do valor fixado como maior vencimento de cargo público municipal,
tipificando, aquele, o piso remuneratório mínimo no âmbito do Serviço Público do Município.
I - a remuneração dos dias que faltar injustificadamente ao serviço, sem prejuízo das demais penalida-
des disciplinares aplicáveis;
II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências no curso da jornada e entra-
das e saídas antecipadas, iguais ou superiores a cinco minutos, sem prejuízo das demais penalidades
disciplinares cabíveis.
Art. 70 Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remunera-
ção do servidor.
Parágrafo Único. Mediante autorização expressa e escrita do servidor, poderá haver descontos em
folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da Administração e com reposição dos custos. (Pará-
grafo regulamentado pelo Decreto nº 2031/2005)
Art. 71 As reposições e indenizações devidas à Fazenda Municipal, depois de regularmente apuradas
em procedimento administrativo, serão descontadas em folha de pagamento, em parcelas mensais, mo-
netariamente corrigidas e acrescidas de juros legais de um por cento ao mês, não excedentes à décima
parte da remuneração mensal do servidor.
Art. 72 O servidor em débito com o Erário, que for demitido, exonerado ou tiver sua disponibilidade
cassada, terá o prazo de dez dias para quitá-lo.
Parágrafo Único. O não pagamento do débito no prazo preconizado implicará em sua inscrição em
Dívida Ativa e subseqüente cobrança judicial.
Art. 73 A remuneração do servidor não será objeto de arresto, seqüestro, penhora ou qualquer outro
ato de constrição, exceto nos casos de prestação de alimentos decorrentes de homologação ou decisão
judicial.
CAPÍTULO IX
DAS VANTAGENS
Art. 74 Juntamente com o vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens, confor-
me adiante enunciado:
I - indenizações;
II - auxílios pecuniários;
Art. 75 As vantagens não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou igual fundamento.
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SEÇÃO I
DAS INDENIZAÇÕES
I - ajuda de custo;
II - diárias; e,
III - transporte.
Art. 77 Os valores das indenizações assim como as condições para sua concessão serão estabeleci-
dos em regulamento, observados os limites máximos fixados em lei.
SUBSEÇÃO I
DA AJUDA DE CUSTO
Art. 78 A ajuda de custo destina-se a atender as despesas de viagem e instalação do servidor público
que, no interesse do serviço, for designado para exercer missão oficial ou estudo fora da Região Metro-
politana de Porto Alegre, por tempo que justificar a mudança temporária de residência.
Parágrafo Único. A ajuda de custo não poderá exceder o dobro da remuneração do servidor público.
Art. 79 Correm por conta da Administração as despesas com o transporte do servidor público e de sua
família, para exercer missão oficial, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais, hipótese em
que a ajuda de custo poderá exceder o limite antecedente.
Parágrafo Único. À família do servidor público que falecer enquanto residente fora do Município para
exercer missão oficial, são assegurados ajuda de custo e transporte para o respectivo retorno ao Municí-
pio, desde que dentro do prazo de seis meses contados do óbito.
Art. 80 Não será concedida ajuda de custo ao servidor público que se afastar do cargo, ou reassumi-
-lo, em virtude de mandato eletivo.
SUBSEÇÃO II
DAS DIÁRIAS
Art. 81 Ao servidor que, por determinação da autoridade competente, se deslocar em caráter eventual
ou transitório para fora do Município, no desempenho de suas atribuições, ou em missão oficial ou estu-
do no interesse do serviço, serão concedidas diárias, além do transporte, para cobrir as despesas com
estadia, alimentação e locomoção urbana.
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamen-
to não exigir pernoite fora do Município.
§ 2º Nos casos em que o deslocamento para fora do Município constituir exigência permanente do
cargo ou função, o servidor público não fará jus a diárias.
Art. 82 O servidor que receber diárias e não se afastar do Município por qualquer motivo, fica obrigado
a restituí-las integralmente, no prazo de três dias.
Parágrafo Único. Na hipótese do servidor retornar ao Município em prazo menor do que o previsto
para o seu afastamento, restituirá ele as diárias recebidas em excesso em igual prazo.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 83 O valor da diária não poderá exceder ao valor equivalente a metade do maior vencimento de
cargo permanente, no território nacional, e ao valor igual ao maior vencimento de cargo permanente, em
território estrangeiro.
SUBSEÇÃO III
DO TRANSPORTE
§ 1º Somente fará jus à indenização de transporte pelo seu valor integral, o servidor público que,
no mês, haja efetivamente realizado serviço externo nas condições acima, durante pelo menos quinze
dias.
§ 2º Se o número de dias em serviço externo for inferior ao previsto no parágrafo anterior, a indeniza-
ção será devida na proporção de um trinta avos por dia de realização do serviço.
Art. 85 O valor integral da indenização de transporte não poderá exceder o valor do menor vencimento
de cargo permanente.
Parágrafo Único. A realização de serviços externos, na hipótese prevista pelo artigo antecedente, está
condicionada ao ato formal da autoridade competente e à necessidade de serviço, e somente será devi-
da ou exigível se expressamente autorizada por escrito, em instrumento administrativo firmado conjunta-
mente pelo servidor público, sob pena de, mesmo realizados esses serviços externos, ser vedada a paga
da indenização de transporte.
SEÇÃO II
DOS AUXÍLIOS PECUNIÁRIOS
Art. 86 Serão concedidos aos servidores ou a sua família, os seguintes auxílios pecuniários:
I - auxílio-transporte; e
Art. 87 Será devido ao servidor público ativo auxílio-transporte pela utilização efetiva em despesas
com deslocamentos da residência para o trabalho e do trabalho a residência, através do sistema de
transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal, excluídos os serviços seletivos e os especiais.
§ 1º O valor mensal do auxílio-transporte será equivalente à parcela que exceder a seis por cento do
vencimento padrão percebido pelo servidor público, que o mesmo venha a efetivamente dispender com o
seu deslocamento.
Art. 88 O auxílio-família será devido ao servidor público e pago conforme estipular a legislação previ-
denciária pertinente. (Revogado pela Lei Complementar nº 3246/2020)
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SEÇÃO III
DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
Art. 89 Além do vencimento e vantagens estabelecidas nesta Lei, serão deferidos aos servidores, nas
condições que seguem, as seguintes gratificações e adicionais:
Art. 90 Ao servidor efetivo investido em função de confiança, é devida uma gratificação pelo seu exer-
cício, em percentuais, coeficientes ou valores fixados em lei específica.
§ 2º O servidor efetivo poderá optar pela remuneração da função de confiança, hipótese em que não
lhe será devida esta gratificação, deixando o servidor efetivo de perceber a remuneração do cargo per-
manente enquanto perdurar o exercício na função de confiança.
§ 3º Esta gratificação e tampouco a remuneração da função de confiança, se por ela optar, não se
incorporam ao vencimento do servidor efetivo, em nenhuma hipótese e para quaisquer fins, salvo expres-
sa exceção legal, devendo serem suprimidas quando cessar o exercício da função, a qualquer tempo ou
título.
SUBSEÇÃO II
DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO
Art. 91 Ao servidor público investido em cargo em comissão, é devida uma gratificação pelo seu exer-
cício, em percentuais, coeficientes ou valores fixados em lei específica.
§ 2º O servidor público poderá optar pela remuneração do cargo em comissão, hipótese em que não
lhe será devida a gratificação prevista no “caput”, deixando o servidor público de perceber a remuneração
do cargo permanente enquanto perdurar o exercício no cargo em comissão.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 3º Esta gratificação e tampouco a remuneração do cargo em comissão, se por ela optar, não se in-
corporam à remuneração do servidor, em nenhuma hipótese e para quaisquer fins, salvo expressa exce-
ção legal, devendo ser suprimidas quando cessar o exercício do cargo, a qualquer tempo ou título.
SUBSEÇÃO III
GRATIFICAÇÃO NATALINA
Art. 92 A gratificação natalina a que fizer jus o servidor, corresponderá ao décimo-terceiro vencimento
anual, objetiva atender ao mandamento constitucional pertinente ao décimo-terceiro salário, e terá como
base a remuneração a que o servidor tiver direito no mês de dezembro do ano respectivo, a razão de um
doze avos para cada mês de efetivo exercício no mesmo ano. (Redação dada pela Lei nº 662/2001)
§ 1º Considerar-se-á como mês integral, para todos os efeitos, o período de efetividade igual ou supe-
rior a quinze dias. (Redação dada pela Lei nº 662/2001) (Parágrafo único transformado em § 1º pela Lei
Complementar nº 2658/2013)
§ 2º A média da remuneração considerada para fins de cálculo do valor da gratificação natalina incluirá
a média dos adicionais por jornada extraordinária percebidos no período respectivo. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 2658/2013)
Art. 93 A gratificação natalina prevista no artigo antecedente será paga, observadas as condições aci-
ma enunciadas, até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo Único. Até o mês de julho de cada ano, poderá ser pago, como adiantamento, seis doze
avos do décimo-terceiro vencimento, desde que expressamente solicitado por escrito pelo servidor, até o
último dia útil do mês de março do correspondente ano, ou de ofício pela Administração.
Art. 94 Aos servidores admitidos ou que reverterem à atividade no decorrer do ano, será paga gratifi-
cação natalina proporcional aos meses de efetivo exercício.
Art. 95 O servidor demitido ou exonerado perceberá sua gratificação natalina, quando devida, propor-
cionalmente aos meses de efetivo exercício no ano, calculada até o mês da demissão ou exoneração.
Art. 96 A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer outra vantagem pecuniá-
ria.
SUBSEÇÃO IV
DO ADICIONAL POR DEDICAÇÃO PLENA
Art. 97 Ao servidor público que, por designação da autoridade competente, desempenhar atividade em
regime de dedicação integral e/ou exclusiva, conforme elencadas em lei, será devido o respectivo adicio-
nal por dedicação plena, em percentuais, coeficientes ou valores fixados em lei específica.
§ 2º O adicional previsto neste artigo não se incorpora ao vencimento do servidor público, em nenhu-
ma hipótese e para quaisquer fins, salvo expressa exceção legal, devendo ser suprimido quando cessar
o exercício da atividade, a qualquer tempo ou título.
§ 3º Enquanto auferido, o adicional por dedicação somente será considerado para cálculo das férias e
da gratificação natalina do servidor público, observadas as limitações legais.
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SUBSEÇÃO V
DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Art. 98 Os servidores públicos que executem atividades penosas ou que trabalhem com habitualida-
de em locais insalubres, ou em contato permanente com substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas,
fazem jus a um adicional calculado na forma enunciada nos artigos subsequentes.
Art. 99 O servidor público que fizer jus aos adicionais de penosidade, insalubridade ou periculosidade,
deverá optar por um deles, quando for o caso, não sendo acumuláveis estas vantagens.
Art. 100 O adicional de penosidade somente será concedido quando reconhecida a penosidade da
atividade desenvolvida pelo servidor público, em laudo pericial exarado por junta médica oficial creden-
ciada, para o que:
I - tem-se por atividade penosa aquela que causar a quem a desenvolver, fadiga física e mental consi-
derada incomum e anormal, em face à maioria das demais atividades habitualmente desenvolvidas pelos
trabalhadores em geral.
§ 1º O adicional será devido à razão de dez por cento do vencimento padrão do cargo, a partir do lau-
do que reconhecer a penosidade da atividade desenvolvida pelo servidor público.
§ 2º Enquanto devido, o adicional de penosidade será considerado para cálculo das férias e da gratifi-
cação natalina do servidor público, observadas as limitações legais.
§ 3º É vedado à servidora pública gestante ou lactante desenvolver atividades com substâncias ra-
dioativas.
Art. 101. O adicional de insalubridade somente será concedido quando reconhecida a insalubridade
da atividade desenvolvida pelo servidor público, em laudo pericial elaborado por médico do trabalho e/ou
engenheiro de segurança do trabalho devidamente habilitado, com acompanhamento de assistente téc-
nico indicado por entidade classista representativa dos municipários, observados os critérios enunciados
pelos Anexos da Norma Regulamentadora 15, da Portaria nº 3.214, de 08/06/78, da Secretaria de Se-
gurança e Medicina do Trabalho, e suas subsequentes alterações, nos seus estritos termos, para o que:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
I - tem-se por atividade insalubre aquela que causar a quem a desenvolve, cotidiana e habitualmente,
reconhecido prejuízo à saúde.
§ 1º O adicional é devido:
b) à razão de um décimo do Valor Referencial de Vencimento, a partir do laudo que reconhecer a insa-
lubridade em grau médio da atividade desenvolvida;
c) à razão de um quinto do Valor Referencial de Vencimento, a partir do laudo que reconhecer a insa-
lubridade em grau máximo da atividade desenvolvida.
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§ 2º Enquanto devido, o adicional de insalubridade será considerado para cálculo das férias e da grati-
ficação natalina do servidor público, observadas as limitações legais.
Art. 102. O adicional de periculosidade somente será concedido quando reconhecida a periculosidade
da atividade desenvolvida pelo servidor público, em laudo pericial elaborado por médico do trabalho e/ou
engenheiro de segurança do trabalho devidamente habilitado, observados os critérios enunciados pelos
Anexos da Norma Reguladora 16, da Portaria nº 3.214, da Secretaria de Segurança e Medicina do Traba-
lho, e pelas disposições da Lei Federal nº 7.369, de 20/09/85, regulamentada pelo Decreto nº 92.212, de
26/12/85, e suas subsequentes alterações, nos seus estritos termos, para o que: (Redação dada pela Lei
Complementar nº 3364/2021)
I - tem-se por atividade perigosa aquela que pode atentar contra a integridade física, por contato per-
manente com substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas, em condições de risco acentuado, de quem
a desenvolve cotidiana e habitualmente;
II - tem-se por atividade perigosa, igualmente, aquela que pode atentar contra a integridade física, por
risco de vida pelo exercício externo de guarda municipal, de quem a desenvolve cotidiana e habitualmen-
te. (Revogado pela Lei Complementar nº 2121/2010)
§ 1º O adicional será devido à razão de trinta por cento do vencimento padrão do cargo permanente, a
partir do laudo que reconhecer a periculosidade da atividade desenvolvida pelo servidor público.
§ 2º Enquanto devido, o adicional de periculosidade será considerado para cálculo das férias e da gra-
tificação natalina do servidor público, observadas as limitações legais.
Art. 102-A O servidor efetivo titular do cargo de “GUARDA MUNICIPAL” que desempenhar as atribui-
ções do cargo fará jus à gratificação permanente de Risco de Vida. (Redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 3066/2017)
I - 45% (quarenta e cinco por cento) do vencimento padrão do cargo permanente, a partir de 1º de
janeiro de 2015; e
II - 50% (cinquenta por cento) do vencimento padrão do cargo permanente, a partir de 1º de janeiro de
2016. (Redação dada pela Lei Complementar nº 2739/2014)
§ 2º A gratificação de Risco de Vida será computada para cálculo das férias, da gratificação natalina,
do adicional por serviço extraordinário, do adicional noturno, e do adicional por dia de repouso remunera-
do, bem como da aposentadoria, observadas as demais condições e limitações legais. (Redação acresci-
da pela Lei Complementar nº 2121/2010)
SUBSEÇÃO VI
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
Art. 103 O adicional pela prestação de serviço extraordinário será devido à razão de cinqüenta por
cento sobre o valor da hora normal de trabalho, por cada hora extraordinária realizada que exceder a
jornada legal, considerando para cálculo o vencimento básico do servidor público.
Parágrafo Único. Quando em regime de sobreaviso ou sob a forma de plantão, o adicional devido
corresponderá a um terço do vencimento básico do servidor público, não incidindo nessas hipóteses o
disposto no “caput” deste artigo.
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SUBSEÇÃO VII
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 104 Ao servidor público que realizar jornada laboral noturna, para tanto considerada aquela rea-
lizada entre as vinte e duas horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, será devido um adicional
noturno à razão de vinte por cento do valor da respectiva hora normal diurna.
§ 1º O trabalho noturno, cuja hora é computada como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos, po-
derá ser suprimido pela Administração a qualquer tempo, não sendo incorporado ao vencimento do servi-
dor público para quaisquer efeitos, cessando com a eliminação das condições que lhe deram causa.
§ 2º Enquanto devido, o adicional noturno será considerado para cálculo das férias e da gratificação
natalina, observadas as limitações legais.
SUBSEÇÃO VIII
DO ADICIONAL POR DIA DE REPOUSO REMUNERADO
Art. 105 O servidor público que exercer atividade laboral em dias destinados ao repouso semanal e
nos dias feriados, caso não compensado com iguais dias de descanso subseqüente, fará jus ao adicional
por dia de repouso trabalhado, de igual valor ao de um dia de trabalho normal efetivo.
Art. 105-H A incorporação dos acréscimos referidos no Art. 105-E, como vantagem pessoal, dar-se-
-á somente quando o servidor completar, por no mínimo 10 (dez) anos consecutivos ou por no míni-
mo 15 (quinze) anos intercalados, o respectivo exercício. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 3153/2018) (Revogado pela Lei Complementar nº 3246/2020)
CAPÍTULO X
DAS FÉRIAS
SEÇÃO I
DO DIREITO A FÉRIAS E SUA DURAÇÃO
Art. 106 O servidor fará jus, anualmente, ao gozo de um período de férias, sem prejuízo de sua remu-
neração.
Art. 107 Após cada período de doze meses de efetivo serviço, o servidor terá direito a férias, observa-
dos os seguintes critérios:
I - férias de trinta dias, para o servidor que não contar com mais de cinco faltas injustificadas no servi-
ço, durante o respectivo período aquisitivo;
II - férias de vinte e cinco dias, para o servidor que não contar com mais de dez faltas injustificadas no
serviço, durante o respectivo período aquisitivo;
III - férias de vinte dias, para o servidor que não contar com mais de quinze faltas injustificadas no
serviço, durante o respectivo período aquisitivo.
IV - férias de quinze dias, para o servidor que não contar com mais de vinte faltas injustificadas no
serviço, durante o respectivo período aquisitivo.
§ 1º Não fará jus a férias o servidor que faltar injustificadamente ao serviço por mais de vinte dias, no
respectivo período aquisitivo.
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§ 2º Igualmente não fará jus a férias o servidor que, no respectivo período aquisitivo, estiver em dis-
ponibilidade por mais de trinta dias, sendo-lhe assegurado, entretanto, a percepção de um terço da sua
remuneração.
Art. 108 Não serão consideradas faltas ao serviço as ausências decorrentes de concessões, licenças
e afastamentos, previstos em lei, ocorridos no curso do respectivo período aquisitivo, naquelas hipóteses
em que o servidor continue percebendo a remuneração do cargo ou função normalmente, como se em
exercício efetivo.
Art. 109 Será descontado do período aquisitivo o tempo em que o servidor estiver ausente do serviço,
em razão daquelas concessões, licenças e afastamentos em que o servidor deixar de perceber a remu-
neração do cargo ou função exercida.
Art. 110 Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo, tiver gozado de licen-
ças para tratamento de saúde, por acidente em serviço ou enfermidade profissional, ou por motivo de
doença da família, por mais de quatro meses contínuos ou seis meses descontínuos.
Parágrafo Único. Iniciar-se-á a contagem de novo período aquisitivo quando o servidor, cessado o
impedimento, retornar ao serviço efetivo.
SEÇÃO II
DA CONCESSÃO E DO GOZO DE FÉRIAS
Art. 111 As férias serão obrigatoriamente concedidas nos doze meses subseqüentes ao decurso do
período aquisitivo, e o respectivo período de gozo será único e ininterrupto.
§ 1º Por motivo de calamidade pública, comoção interna ou superior interesse público, a Administra-
ção poderá interromper o gozo de férias.
§ 2º A pedido escrito do servidor, e havendo interesse do serviço, a concessão das férias poderá sub-
dividir-se em dois períodos de no mínimo dez dias.
Art. 112 A concessão das férias, com indicação do respectivo período de gozo, será participado ao
servidor, por escrito e com antecedência mínima de quinze dias, mediante protocolo de recebimento.
§ 1º Cabe à autoridade competente fixar, a seu exclusivo critério e no interesse do serviço, o período
de gozo das férias a que fizer jus o servidor, observando a rotatividade anual da escala.
§ 2º Aos servidores casados entre si ou que entre si vivem maritalmente há mais de cinco anos, será
permitido gozar férias, preferencialmente, conjuntas, desde que atendidos os demais requisitos aquisiti-
vos desse direito por cada qual, e de que haja compatibilidade respectiva para tanto, ressalvado o inte-
resse do serviço.
Art. 113 É vedado à Administração deixar de conceder as férias a que fizer jus o servidor, sob pena de,
decorrido o respectivo período de gozo sem sua concessão, arcar com o correspondente pagamento em
dobro, desde que o requerimento para gozo das férias tenha sido previamente protocolado pelo servidor,
em tempo hábil.
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SEÇÃO III
DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS
Art. 114 O servidor perceberá durante as férias a remuneração integral a que fizer jus, acrescida de
um terço.
§ 2º A remuneração a que fizer jus o servidor lhe será paga dentro dos cinco dias anteriores ao início
do respectivo gozo, se dentro do mesmo exercício, vedada qualquer outra antecipação.
Art. 115 A critério da Administração poderá haver a conversão de até um terço do período total de
férias a que fizer jus o servidor, em pagamento em pecúnia, ressalvadas aquelas hipóteses em que o
mesmo não tenha adquirido o direito a gozo.
Art. 116 Ocorrendo revisão de remuneração no curso das férias, a que faça jus o servidor no gozo das
mesmas, o valor da diferença lhe será pago dentro do mês subseqüente ao seu retorno ao serviço.
CAPÍTULO XI
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - em razão de gestação;
II - por adoção;
X - para acompanhamento de filho ou menor sob sua guarda judicial, tutela ou curatela, portador de
deficiência física, sensorial e/ou mental. (Redação acrescida pela Lei nº 1345/2005)
§ 1º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vin-
te e quatro meses, exceção das hipóteses dos incisos IV, V, VI, VII e X. (Redação dada pela Lei
nº 1345/2005)
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§ 2º A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie, será consi-
derada como prorrogação da antecedente, para todos os efeitos.
SEÇÃO II
DA LICENÇA À GESTANTE
Art. 118. À servidora gestante será concedida licença durante o período de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos, compreendidos entre 28 (vinte e oito) dias antes e 152 (cento e cinquenta e dois) dias após
o parto, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3246/2020)
§ 1º O período inicial para gozo da licença poderá ser postecipado, mediante a apresentação,
pela servidora, de atestado médico que comprove sua capacidade laborativa.(Redação dada pela Lei
nº 1986/2009)
§ 2º Ocorrendo nascimento prematuro imprevisto, o período de 180 (cento e oitenta) dias de percep-
ção do vencimento será contado a partir da data do parto. (Redação dada pela Lei nº 1986/2009)
§ 4º O salário de contribuição a que fizer jus a servidora gestante, relativo ao período de licença que
exceder a 120 (cento e vinte) dias, será custeado diretamente pelo Erário municipal. (Redação dada pela
Lei nº 1986/2009) (Revogada pela Lei Complementar nº 3246/2020)
§ 5º A remuneração a que fizer jus a servidora em comissão gestante, relativo ao período de licença
que exceder a 120 (cento e vinte) dias, será custeado diretamente pelo órgão ou pela entidade da admi-
nistração a que é vinculada. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
Art. 119 Fica assegurado à servidora, após o nascimento do filho e até que este complete seis meses
de idade, o direito de afastar-se do serviço por uma hora a cada turno de expediente, para amamenta-
ção, sem prejuízo de sua remuneração, mediante prévia convenção junto ao superior hierárquico.
SEÇÃO III
DA LICENÇA ADOTANTE
Art. 120. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção será concedida licença
durante o período de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 1º A licença será devida à Servidora independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo
benefício quando do nascimento da criança. (Redação dada pela Lei nº 1313/2005)
§ 2º A licença não será devida quando o termo de guarda não contiver a observação de que é para fins
de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro. (Redação dada pela Lei nº 1313/2005)
§ 4º O salário de contribuição a que fizer jus a servidora adotante, relativo ao período de licença que
exceder a 120 (cento e vinte) dias, será custeado diretamente pelo Erário municipal. (Redação acrescida
pela Lei nº 1986/2009) (Revogado pela Lei Complementar nº 3246/2020)
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§ 5º A remuneração a que fizer jus a servidora em comissão adotante, relativo ao período de licença
que exceder a 120 (cento e vinte) dias, será custeado diretamente pelo órgão ou pela entidade da admi-
nistração a que é vinculada. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
SEÇÃO IV
DA LICENÇA PATERNIDADE
Art. 121. Ao servidor que se tornar pai, será concedida licença de 20 (vinte) dias úteis, sem prejuízo de
sua remuneração, mediante prévia ou subsequente apresentação de certidão de nascimento do filho.
Parágrafo único. Igual licença será concedida ao servidor público nos casos de adoção ou guar-
da judicial, mediante apresentação de documentação hábil. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 3364/2021)
SEÇÃO V
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 122 Ao servidor público convocado para o serviço militar ou outros encargos de segurança nacio-
nal será concedida licença, sem remuneração.
Art. 123 A licença será concedida mediante apresentação de documento oficial comprobatório da con-
vocação.
Art. 124 O servidor público desincorporado deverá reassumir o exercício efetivo do cargo dentro do
prazo de quinze dias se a desincorporação ocorrer no Estado, e dentro do prazo de trinta dias se a desin-
corporação ocorrer em outro Estado da Federação.
SEÇÃO VI
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA
Art. 125 O servidor candidato, após sua escolha homologada em convenção partidária e com o re-
gistro de sua candidatura pela Justiça Eleitoral, detentor de competência ou interesse, direta, indireta
ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter
obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades, terá direito a
licença remunerada de seis meses antes da eleição até o dia seguinte ao pleito, mediante percepção do
respectivo vencimento básico do cargo. (Redação dada pela Lei nº 581/2001)
Art. 126 O servidor candidato, após sua escolha homologada em convenção partidária e com o regis-
tro de sua candidatura pela Justiça Eleitoral, não detentor das competências ou interesses elencados
no artigo anterior, terá direito à licença remunerada de três meses antes da eleição até o dia seguin-
te ao pleito, mediante percepção do respectivo vencimento básico do cargo. (Redação dada pela Lei
nº 581/2001)
Art. 127 Ao servidor público, após diplomado pela Justiça Eleitoral e no exercício de mandato eletivo
político, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Lei nº 581/2001)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
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III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo com-
patibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de ser-
viço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Art. 128 É assegurado ao servidor público o direito de licenciar-se, com percepção do seu vencimento
básico, para desempenhar a direção da entidade classista representativa dos municipários.
Art. 129 Somente poderão licenciar-se servidores públicos eleitos para cargos de direção, em número
não superior a seis, e a licença terá a duração igual ao do mandato, podendo ser prorrogada em caso de
reeleição.
Art. 130 A licença somente será concedida se o servidor público comprovar a incompatibilidade de
horários e, findo o mandato, deverá retornar imediatamente ao serviço.
SEÇÃO VIII
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 131. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, às expensas do órgão ou da
entidade da administração a que é vinculado, a pedido e com base em inspeção médica oficial.
§ 1º Durante os primeiros quinze dias de licença o servidor perceberá remuneração de que trata o art.
65 desta Lei.
§ 2º Após o prazo a que se refere o § 1º, a remuneração do servidor público dar-se-á na forma do art.
35, I da Lei Municipal nº 154/1992.
§ 3º Após o prazo a que se refere o § 1º, a remuneração do servidor em comissão submeter-se-á aos
benefícios e prestações do sistema previdenciário a que for vinculado.
§ 5º A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias poderá ser dispensada de perícia
oficial, na forma definida em regulamento.
§ 6º Não será concedida licença para tratamento de saúde à segurada que se encontrar em Licença à
Gestante. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3246/2020)
Art. 131-A Salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa
doença ou lesão, não será concedida licença ao servidor já portador, quando do ingresso no serviço
público municipal, de doença ou lesão invocada como causa para a percepção do benefício. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
Art. 132 A licença terá duração igual ao prazo assinado na inspeção médica referida.
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Art. 133. A licença para tratamento de saúde ao servidor público que exercer mais de uma atividade no
município será devida mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo
a perícia oficial ser conhecedora das demais atividades. (NR)
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a licença para tratamento de saúde será concedida em
relação à atividade para a qual o servidor público estiver incapacitado e, se a incapacitação for definitiva,
deverá a licença ser mantida indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por
invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender às demais atividades. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 3246/2020)
Art. 133-A O servidor público em gozo de licença para tratamento de saúde, concedida administrati-
va ou judicialmente, enquanto não completar 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, será obrigado, sob
pena de suspensão da licença, a submeter-se a exame médico periódico e a processo de reabilitação
profissional prescrito e custeado nos limites dos recursos locais disponíveis, com tratamento dispensado
gratuitamente. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
Art. 134 No caso de nova licença dentro de sessenta dias da anterior, a remuneração do servidor será
devida exclusivamente segundo os ditames aplicáveis pelo referido sistema previdenciário a que for vin-
culado.
Art. 135 Aplicam-se as disposições acima nos casos de moléstia profissional ou acidente do traba-
lho.
SEÇÃO IX
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 136 Será concedido ao servidor público licença por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
ascendente ou descendente, irmão ou outras pessoas que vivam às suas expensas e dependência eco-
nômica, desde que comprovado ser indispensável sua assistência pessoal e permanente ao enfermo.
Art. 137 Provar-se-á a doença através de inspeção médica oficial credenciada, e após, em procedi-
mento apropriado, proceder-se-á ao julgamento da indispensabilidade referida neste artigo.
Art. 138 A licença será concedida com percepção do correspondente vencimento básico pelo prazo
de até trinta dias, podendo ser prorrogada por iguais períodos, até o máximo de três meses, a critério da
autoridade competente e com base em inspeções médicas e os devidos procedimentos administrativos,
com periodicidade mínima quinzenal.
Parágrafo Único. Excepcionalmente o prazo máximo referido no “caput” deste artigo poderá ser exce-
dido, a critério da autoridade competente, com base em inspeção médica e procedimento probatório das
condições exigidas para a concessão da licença.
Art. 139 Em qualquer hipótese a licença não poderá exceder de seis meses, e não poderá ser renova-
da senão um ano da antecedente.
SEÇÃO X
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES
Art. 140 A critério da Administração, pode ser concedida, ao servidor público já estabilizado, licença
para tratar de interesses particulares, pelo prazo de um ano, sem remuneração, prorrogável por igual
período.
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§ 1º O servidor público deve aguardar em exercício a concessão da licença, salvo caso de imperiosa
necessidade, devidamente comprovado pela autoridade a que estiver subordinado, considerando-se,
caso a licença seja negada, como faltas injustificadas os dias de ausência ao serviço.
§ 2º É vedada a concessão de nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior.
§ 4º No transcurso do décimo primeiro mês da licença, o servidor público deverá formalizar, mediante
requerimento, sua intenção de retornar ou não ao exercício no Serviço Público municipal, configurando-
-se a segunda hipótese ou a não formalização por escrito, em exoneração do cargo do qual é detentor.
§ 5º O tempo da licença não será considerado como tempo de serviço público, ou para quaisquer ou-
tros fins e/ou vantagens.
Art. 140-A Será concedida licença especial aos Servidores Públicos que possuam filhos ou menores
sob sua guarda judicial, tutela ou curatela, com deficiência física, sensorial e/ou mental que necessitem
de atenção permanente e tratamento educacional, fisioterápico e/ou terapêutico em instituição especiali-
zada e que tenham carga horária semanal de 40 (quarenta) horas, por um período não superior a 1 (um)
turno da jornada do dia em que ocorrer o correspondente ao tratamento, sem prejuízo de sua remunera-
ção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 1º A licença especial, referida no caput, para que seja deferida dependerá de:
II - o requerimento esteja instruído com certidão de nascimento ou termo de guarda judicial, tutela ou
curatela e atestado médico de que o filho ou menor necessite de atenção permanente e que se encontra
em tratamento educacional, fisioterápico e/ou terapêutico em instituição especializada, necessitando da
assistência direta do Servidor Público.
§ 3º Quando os pais ou responsáveis do portador de deficiência física, sensorial e/ou mental forem
ambos Servidores Públicos do Município, somente um deles poderá fazer uso da licença em cada perío-
do requerido.
§ 4º A licença de que trata o caput será concedida pelo prazo máximo de 6 (seis) meses, podendo ser
renovada, sucessivamente, por iguais períodos, observado sempre o procedimento de que tratam os §§
1º e 2º deste artigo.
§ 5º A licença concedida na forma do caput e seus §§ deste artigo é extensiva aos Servidores Públicos
regidos pela Lei Municipal nº 28/53, de 4 de abril de 1953. (Redação acrescida pela Lei nº 1345/2005)
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CAPÍTULO XII
DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO
Art. 141 O servidor público poderá ser cedido com ou sem remuneração, por ato isolado ou mediante
permuta, para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem assim entidades assistenciais, comunitárias ou filantrópicas, nas seguin-
tes hipóteses:
§ 2º As cedências, quanto ao mais, serão regidas supletivamente pela Lei Municipal nº 113/90, de 07
de dezembro de 1990, com as alterações retro enunciadas.
CAPÍTULO XIII
DAS CONCESSÕES
Art. 142 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço, mediante comprovação:
III - até cinco dias consecutivos, por motivo de falecimento de avô(ó) ou sogro(a); (Redação dada pela
Lei nº 1823/2008)
a) casamento; e
b) falecimento de cônjuge ou companheiro(a), pais ou filhos de qualquer condição, ou menor sob guar-
da judicial ou tutela, ou de irmãos. (Redação dada pela Lei nº 1823/2008)
V - por tantos dias quantos forem os de realização de concurso público ou de provas seletivas para
ingresso em curso de segundo grau ou curso superior. (Redação acrescida pela Lei nº 1823/2008)
Art. 143 Deverá ser concedido horário de trabalho especial ao servidor público estudante, quando
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da sua jornada normal de trabalho sem pre-
juízo do exercício do cargo, desde que não ocorra comprometimento do serviço.
§ 2º Mediante a devida comprovação, com antecedência de três dias, o servidor estudante poderá
ausentar-se durante os dias de realização de provas finais, sem prejuízo da remuneração, tudo condicio-
nado à jornada compensatória.
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§ 3º O horário de trabalho especial concedido na forma do “caput” e seu § 1º deste artigo é extensivo
aos servidores públicos regidos pela Lei Municipal nº 28/53, de 04 de abril de 1953.
CAPÍTULO XIV
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 144 O tempo de serviço do servidor público será contado segundo as normas a seguir enuncia-
das.
Art. 145 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que será convertido em anos, considerado
o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Art. 146 Além das ausências ao serviço previstas nos artigos 142 e 143, são considerados como de
efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
I - férias;
VI - missão oficial;
VII - licenças:
c) para acompanhamento de filho ou menor sob sua guarda judicial, tutela ou curatela, portador de
deficiência física, sensorial e/ou mental; (Redação acrescida pela Lei nº 1345/2005)
VIII - exercício de mandato eletivo ou classista, exceto para desenvolvimento funcional mediante pro-
moção.
I - o tempo de serviço público prestado a órgãos e entidades dos Poderes da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, e demais casos de cedências;
§ 1º Para os efeitos deste artigo o tempo de serviço não poderá ser contado com quaisquer acrésci-
mos temporais, ou tempo fictício ou em dobro.
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§ 2º O tempo em que o servidor público esteve aposentado não será computado para nova aposenta-
doria, naquelas hipóteses em que a primeira aposentadoria tenha decorrido de ato nulo, ilícito ou irregu-
lar.
Art. 148 É assegurado ao servidor o direito de requerer ante a Administração, em defesa de direito ou
de legítimo interesse, observado o que segue:
II - a decisão deverá ser exarada dentro do prazo de trinta dias, contados da data do protocolo do re-
querimento perante a autoridade superior a que estiver subordinado o requerente;
III - em sendo requeridas ou determinadas diligências, esse prazo será prorrogado em igual tempo.
Art. 149 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato, prolatado despacho
ou proferido a primeira decisão, que não poderá ser renovado.
Art. 150 Caberá recurso ao Prefeito Municipal ou dirigente superior de entidade, como última instância,
sendo indelegável e definitiva sua decisão.
I - do indeferimento do requerimento; e
§ 1º O recurso será apresentado perante a autoridade que houver proferido a decisão recorrida.
§ 2º Terá efeito de recurso o pedido de reconsideração quando o ato, despacho ou decisão houver
sido exarada pelo Prefeito Municipal ou dirigente superior da entidade.
Art. 151 O pedido de reconsideração e o recurso não terão efeito suspensivo, e, se providos, os efei-
tos da decisão retroagirão à data do ato, despacho ou decisão impugnada.
I - em um ano, quanto aos atos de demissão e cassação de disponibilidade ou que afetem direito patri-
monial ou créditos resultantes das relações estatutárias;
§ 1º O prazo de prescrição será contado da data da publicação ou ciência do ato impugnado, pelo
interessado.
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§ 3º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr pelo restante, da data em que cessar a
interrupção.
Art. 153 Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, ao ser-
vidor ou ao procurador por ele constituído, nas dependências da unidade ou órgão.
Art. 155 A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.
Art. 156 A Administração deverá rever seus atos, quando eivados de nulidade ou de vícios saná-
veis.
CAPÍTULO XVI
DOS DEVERES
XIII - apresentar-se ao serviço convenientemente trajado ou com uniforme regulamentar, e com asseio
e higiene adequados;
XIV - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, assim como o uso obrigatório dos
equipamentos de proteção individual fornecidos ou postos à disposição;
XV - apresentar relatórios de suas atividades nos casos e prazos regulamentares, ou quando determi-
nados pela autoridade competente;
XVI - freqüentar os cursos e treinamentos instituídos pela Administração para treinamento e aperfei-
çoamento, em estabelecimento próprio ou de terceiros;
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XVII - sugerir providências tendentes ao aprimoramento e melhoria do serviço; e,
Parágrafo Único. As denúncias e representações de que tratam os incisos VI e XII serão apresentados
perante o superior hierárquico, o qual, em caso de omissão ou comissão para com a devida apuração,
assumirá a condição de co-autor da irregularidade, ilegalidade, abuso de poder ou falta cometida.
CAPÍTULO XVII
DAS PROIBIÇÕES
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do superior hierárquico ime-
diato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto do local de
trabalho;
VII - cometer à pessoa estranha ao serviço, fora dos casos previstos em lei ou regulamento, o desem-
penho de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado;
VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação a entidade classista ou a partido políti-
co;
IX - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até segundo grau civil, salvo se
decorrente de nomeação através de concurso público;
X - valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignida-
de da função pública;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a órgãos e entidades públicas, salvo quando se
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até segundo grau civil;
XII - receber propina, comissão, honorário, presente ou vantagens de qualquer espécie ou natureza,
em razão de suas atribuições;
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro, sem prévia licença da autoridade
competente, nos termos da lei;
XVI - cometer a outro servidor, subordinado ou não, atribuições estranhas às do cargo ou função que
ocupa, exceto em situações de emergência e eminentemente transitórias;
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XVII - utilizar pessoal ou recursos materiais de órgãos ou entidades públicas em serviços ou ativida-
des particulares;
XVIII - desempenhar qualquer atividade incompatível com o exercício do cargo ou função, especial-
mente direção ou gerência de empresas comerciais, industriais, prestadoras de serviços, sociedades
civis, ou estabelecimentos individuais ou autônomos, que mantenham vínculo ante o Município;
XIX - celebrar com o Município e suas entidades, por si ou interposta pessoa, contratos de natureza
comercial, industrial, de prestação de serviços ou civil;
XX - incorrer em quaisquer uma das hipóteses tipificadas nos incisos I a XVI do artigo 29-A desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 1823/2008)
Art. 159 É lícito ao servidor criticar os atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da orga-
nização do serviço, em trabalho assinado.
CAPÍTULO XVIII
DA ACUMULAÇÃO
Art. 160 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibili-
dade de horários:
Art. 161 A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilida-
de de horários.
§ 1º O regime de substituição preconizado pelos artigos 50 e 51, não tipifica acumulação de cargos,
não sendo aplicável à hipótese o disposto no artigo subseqüente.
§ 3º Em todos os casos, e sem exceções, é vedado acumular cargos com empregos, no âmbito da
Administração Municipal.
Art. 162 O servidor público vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos, quan-
do investido em cargo em comissão ou função de confiança, ficará afastado de ambos os cargos perma-
nentes, recebendo sua remuneração nos termos da legislação referida pelos artigos 90 e 91.
Parágrafo Único. O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação a um dos cargos, se
houver compatibilidade de horários.
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CAPÍTULO XIX
DAS RESPONSABILIDADE
Art. 163 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribui-
ções.
Art. 164 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao Erário, ao patrimônio público ou a terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo causado ao Município deverá ser liquidada na forma prevista nos arti-
gos 71 e 72.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores a qualquer título e contra eles será
executada, até o limite do valor da meação, legítima ou herança recebida.
Art. 165 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nesta
qualidade.
Art. 166 A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
praticado no desempenho ou em razão do cargo ou função.
Art. 167 As sanções civis, penais e administrativas poderão acumular-se, sendo independentes entre
si.
Art. 168 A responsabilidade administrativa ou civil do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal, salvo se esta decorrer de falta ou insuficiência de provas.
CAPÍTULO XX
DAS PENALIDADES
I - advertência escrita;
II - suspensão;
III - demissão;
Art. 170 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração co-
metida, os danos que dela provieram para o serviço, para o patrimônio público ou para o Erário munici-
pal, as circunstâncias agravantes ou atenuantes, e os antecedentes funcionais, não podendo ser aplica-
da mais de uma pena disciplinar pela mesma infração.
Parágrafo Único. Nos casos de infrações simultâneas, a maior absorve a menor, refletindo como cir-
cunstância agravante na gradação da penalidade.
Art. 171 A aplicação da pena disciplinar poderá ser acumulada com a perda parcial ou total de vanta-
gens, na forma da lei.
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Art. 172 A advertência ou a suspensão serão aplicadas, a critério da autoridade competente, com a
observância das disposições antecedentes, por escrito, quando da inobservância de dever funcional
previsto em lei, regulamento ou norma interna, e nos casos em que a falta não tipificar infração sujeita à
penalidade de demissão.
Art. 173 A suspensão não poderá exceder de trinta dias, no curso da qual o servidor deixará de perce-
ber qualquer remuneração, proporcional por dia de suspensão.
Art. 174 Será aplicada ao servidor público a pena de demissão nos casos de:
V - improbidade administrativa;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou terceiro, salvo em legítima defesa própria ou de ou-
trem;
Art. 175 Nas hipóteses de acumulação de cargos, a pena importa na demissão do servidor de somente
um dos cargos, empregos ou funções públicas, concedendo-se ao servidor o prazo de cinco dias para
optar e permanecer no exercício de tão só um deles.
§ 1º Se comprovada que a acumulação se deu por má-fé, o servidor será demitido de todos os car-
gos, empregos ou funções públicas, sendo obrigado a restituir o que houver recebido indevidamente dos
cofres públicos.
§ 2º Sendo um dos cargos, empregos ou funções públicas exercido em órgão ou entidade dos Pode-
res da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a decisão será comunicada ao órgão ou
entidade onde ocorrer a acumulação.
Art. 176 A demissão nos casos de incisos V, VIII e X, do artigo 174, implica em indisponibilidade de
bens e ressarcimento ao Erário municipal, sem prejuízo da ação penal cabível.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 178 A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente será aplicada quando caracterizada
habitualidade de modo a representar falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, intercala-
damente, durante um período de vinte e quatro meses, ou ainda, quando caracterizar séria violação dos
deveres e obrigações do servidor público, após anteriores punições por advertência ou suspensão.
Art. 179 O ato de imposição de pena disciplinar mencionará sempre o embasamento legal e sua fun-
damentação.
Art. 180 A demissão incompatibiliza o ex-servidor público para nova investidura em cargo ou função
pública municipal, pelo prazo mínimo de cinco anos.
Parágrafo Único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor público que for demitido
por infringência ao artigo 174, incisos I, V, VIII, X e XI.
Art. 181 A pena de destituição de cargo em comissão ou função de confiança, implica na impossibili-
dade de ser o servidor público investido em cargos ou funções dessa natureza durante o período de três
anos, contados do ato da punição.
Art. 182 Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se restar comprovado que o servidor públi-
co inativo:
Art. 183 A pena de destituição de cargo em comissão ou função de confiança, será aplicada ao servi-
dor público:
II - quando comprovado que, por omissão ou comissão, o servidor público contribuiu para que não
fosse apurada no devido tempo irregularidade no serviço.
Parágrafo Único. A aplicação da penalidade deste artigo não implica na perda automática do cargo
permanente.
Art. 185 As penas disciplinares imputadas ao servidor público serão registradas em seu assentamento
funcional.
I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, exoneração ou destituição, e cassação
de aposentadoria e disponibilidade;
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que a autoridade competente tiver ciência
inequívoca da existência da falta.
Art. 187 A autoridade ou superior hierárquico que tiver ciência de irregularidade no serviço público é
obrigado a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo discipli-
nar, assegurados ao acusado ampla defesa e contraditório.
Art. 188 Quando a falta cientificada, de modo evidente, não configurar infração disciplinar ou ilícito
penal, o procedimento será arquivado, por falta de objeto.
I - sindicância, quando não houver elementos suficientes para sua determinação imediata ou para
identificação do servidor faltoso;
Art. 190 Como medida cautelar e a fim de que o servidor público não venha a influir na apuração da
irregularidade imputada, ou torne-se necessário ou recomendável seu afastamento, a autoridade compe-
tente poderá determinar a suspensão preventiva do servidor público, fundamentadamente, por até ses-
senta dias, prorrogáveis por mais trinta dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo Único. Findo o prazo para afastamento, ou sua prorrogação, cessarão os efeitos da suspen-
são preventiva, retornando o servidor público serviço, ainda que não concluído o procedimento discipli-
nar.
SEÇÃO II
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 192 O procedimento disciplinar será conduzido por três servidores efetivos designados pela autori-
dade competente, sendo um deles indicado pela entidade classista dos municipários.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 3º Fica a Administração Municipal autorizada a designar o integrante respectivo, visando a compo-
sição da comissão encarregada do procedimento disciplinar, caso não haja manifestação da entidade
classista dos municipários no prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento do ofício de solicitação da
indicação referida no caput. (Redação acrescida pela Lei nº 1044/2004)
Art. 193 A comissão sindicante e a comissão processante exercerão as suas atribuições e responsa-
bilidades com independência e imparcialidade, assegurando o sigilo necessário à elucidação do fato ou
exigido pelo interesse da Administração.
§ 2º Poderá ser designado servidor público para secretariar as comissões, podendo a designação
recair dentre um de seus membros.
Art. 194 O procedimento disciplinar se inicia com a publicação do ato que designar a comissão sindi-
cante ou a comissão processante, e compreenderá:
III - decisão.
SUBSEÇÃO I
DA SINDICÂNCIA
Art. 195 A sindicância deverá ser instaurada por portaria do Prefeito Municipal, com observância das
cautelas do artigo 192 e seu § 1º.
§ 3º Dentro do prazo de trinta dias, prorrogáveis por mais trinta dias a critério da autoridade competen-
te, far-se-á relatório conclusivo da sindicância.
§ 4º Quando a sindicância concluir pela culpabilidade será o acusado cientificado para apresentar de-
fesa e discriminar sua prova no prazo de três dias.
Art. 196 Concluída a sindicância, seu relatório será apresentado ao Prefeito Municipal, que decidirá,
com base nos elementos apurados, por:
§ 1º O Prefeito Municipal, entendendo que os fatos não se encontram devidamente elucidados, devol-
verá a sindicância para novas providências, dentro do prazo máximo de dez dias.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Art. 197 Nas hipóteses de aplicação de pena de advertência ou suspensão, o acusado terá assegu-
rado recurso, sendo-lhe facultado exercer esse direito na conformidade do artigo 211, no prazo de três
dias.
SUBSEÇÃO II
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 198 O processo administrativo disciplinar deverá ser instaurado por portaria do Prefeito Municipal,
com observância das cautelas do artigo 192 e seu § 2º.
§ 2º A denúncia formulada por escrito, ou o relatório da sindicância, conforme o caso, integrará o pro-
cesso administrativo disciplinar, como peça informativa da instrução.
Art. 199 O prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar não excederá de sessenta
dias, podendo, a critério da autoridade processante, ser prorrogado por mais sessenta dias, quando as
circunstâncias assim o exigirem.
Art. 200 As reuniões e audiências da comissão processante serão registradas em atas, que deverão
transcrever os depoimentos colhidos e decisões exaradas.
Art. 201 O acusado deverá ser citado pessoalmente para comparecer à audiência inicial e nela depor,
por termo de citação do qual constem sua qualificação completa, a falta que lhe é imputada e as pena-
lidades cabíveis, acompanhado de cópia da portaria de instauração do processo administrativo discipli-
nar.
§ 1º Obrigatoriamente constará do termo de citação o prazo para o acusado exercer sua defesa, sob
pena de revelia, e para depor sob pena de confissão.
§ 2º Caso o acusado recuse o recebimento da citação, deverá a recusa ser certificada, a vista de, pelo
menos, duas testemunhas, que acompanharão a leitura do termo de citação perante o mesmo e subscre-
verão a certidão do corrido juntamente com o servidor público designado para cumprimento do ato.
§ 3º Encontrando-se o acusado ausente do Município, se conhecido seu paradeiro será citado por via
postal, através de carta registrada com aviso de recebimento, juntando-se ao processo o comprovante do
registro e da recepção.
§ 4º Sendo desconhecido seu paradeiro, o acusado será citado por edital, com prazo de antecedência
de dez dias, publicado em jornal local que habitualmente veicula os atos oficiais do Município, juntando-
-se ao processo exemplar do edital publicado.
Art. 202 O acusado poderá constituir advogado para representá-lo e exercer sua defesa, requerendo
provas e o que mais for admitido em lei.
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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
§ 1º O Presidente da comissão processante poderá denegar pedidos considerados impertinentes, pro-
crastinatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conheci-
mento especial de perito ou puder ser alcançada por outros meios.
Art. 203 Na audiência inicial será tomado o depoimento pessoal do acusado, concedendo-se-lhe o pra-
zo de três dias para apresentar sua defesa escrita, requerer provas e arrolar testemunhas, até o máximo
de cinco.
§ 3º A pluralidade de acusados importa em um prazo de defesa de seis dias, comum a todos, contados
da audiência para depoimento do último acusado.
Art. 204 A não apresentação de defesa no prazo legal configura revelia, a qual será decretada quando
do decurso do prazo pelo Presidente da comissão processante.
§ 3º Havendo pluralidade de acusados, a revelia não induzirá ao efeito do § 1º acima, se pelo menos
um deles apresentar defesa e a mesma for comum a todos.
§ 2º O Presidente da comissão designará audiência para oitiva das testemunhas regularmente arrola-
das, dela intimando o acusado e/ou seu procurador, observados:
III - as testemunhas que deixarem de ser notificadas por insuficiência de elementos quanto à respec-
tiva qualificação e endereço, somente serão ouvidas caso conduzidas pelo acusado para a audiência
aprazada;
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Art. 206 As testemunhas serão ouvidas separadamente e os respectivos depoimentos serão reduzidos
a termo, onde constem a identificação completa do depoente, seu endereço, grau de parentesco, amiza-
de ou inimizade, impedimentos e relacionamento profissional com o acusado, o qual ao final será subscri-
to pela comissão processante, pela testemunha e pelo acusado e/ou seu procurador, acaso presentes.
§ 2º Exceção aos casos de acareação entre testemunhas ou destas com o acusado, as mesmas serão
ouvidas separadamente.
Art. 207 Vindo ao processo o laudo pericial, dele o acusado e/ou seu procurador será intimado para
manifestar-se em três dias, sendo facultado à comissão processante designar audiência para ouvir o pe-
rito sobre pontos obscuros ou de difícil compreensão, para a qual todos serão previamente intimados.
§ 2º Havendo pluralidade de acusados, o prazo para alegações finais será de vinte dias, comum a
todos.
Art. 209 Decorrido o prazo para alegações finais, com sua apresentação ou não, a comissão proces-
sante apreciará os elementos do processo, exarando relatório final e respectivo parecer, com voto em
separado de todos os seus membros, enunciando as infrações imputadas ao acusado, as provas que
instruíram o processo, a defesa e alegações finais, e a tipificação das irregularidades apuradas, emitindo,
ao depois, a conclusão motivada para absolvição ou punição do acusado, indicando as penas disciplina-
res cominadas às faltas e respectiva fundamentação legal.
Parágrafo Único. O relatório final e respectivo parecer serão remetidos ao Prefeito Municipal para de-
cisão, dentro de quinze dias contados do decurso de prazo para alegações finais.
Art. 210 Recebido o processo contendo o relatório final e respectivo parecer o Prefeito Municipal, den-
tro de dez dias:
Parágrafo Único. No caso do inciso I deste artigo, o prazo para decisão final será contado do retorno
do processo ao Prefeito Municipal.
Art. 211 O acusado e/ou seu procurador será intimado da decisão final por mandado, via postal ou
edital, com observância das formalidades pertinentes enunciadas pelo artigo 201 e seus §§ .
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SUBSEÇÃO III
DO RECURSO E DA REVISÃO
Art. 212 Da decisão que cominar ao acusado penalidade disciplinar, poderá ser interposto recurso
dentro do prazo de dez dias, contado da ciência que tiver o acusado e/ou seu procurador da mesma,
pleiteando a respectiva reforma.
§ 1º O recurso de que trata este artigo deverá constar de peça escrita e fundamentada, somente sen-
do admissível nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 3364/2021)
§ 2º Recebido o recurso, o Prefeito Municipal terá o prazo de dez dias para exarar decisão definitiva,
mantendo ou reformando a anterior, em caráter irrecorrível.
§ 3º O recurso a que se refere este artigo não terá efeito suspensivo, salvo no caso de penalidade de
demissão e de cassação de disponibilidade ou aposentadoria. (Redação acrescida pela Lei Complemen-
tar nº 3364/2021)
Art. 213 A revisão do processo administrativo disciplinar poderá ser requerida ou determinada de ofício
a qualquer tempo, dentro do prazo de cinco anos, uma única vez, quando:
II - depois da decisão, o acusado obter documento novo cuja existência ignorava ou não pode fazer
uso, capaz de por si só, lhe assegurar pronunciamento favorável;
III - vier a ser proferida sentença criminal absolutória do acusado, na hipótese do artigo 198, § 3º, sal-
vo se esta decorrer de falta ou insuficiência de provas.
Parágrafo Único. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão
do processo.
Art. 214 O processo revisional será realizado por comissão processante designada na forma do artigo
192 e seu § 2º, e correrá em apenso aos autos do processo originário.
Art. 215 A decisão que julgar procedente o pedido de revisão tornará insubsistente ou atenuada a pe-
nalidade cominada, restabelecendo-se os direitos decorrentes dessa revisão, se for o caso.
SEÇÃO III
NORMAS PROCEDIMENTAIS COMPLEMENTARES
§ 1º As intimações do acusado poderão ser realizadas na pessoa de seu procurador, acaso constituí-
do, para todos os efeitos.
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§ 2º Na formação material dos procedimentos, observar-se-ão:
I - todos os termos e mandados terão forma padronizada, só valendo se subscritos pelo Presidente da
comissão ou pelo seu Secretário;
II - de todas as reuniões e audiências realizadas, deverão ser lavradas atas circunstanciadas, subscri-
tas por todos os presentes;
III - os documentos juntados o serão no original ou via de igual teor e forma, por certidão ou traslado,
ou por cópia autenticada;
IV - a juntada de documentos, termos e atas, e demais peças dos autos, far-se-á sempre em ordem
cronológica de ocorrência, mediante despacho deferitório do Presidente da comissão;
V - todas as folhas ou peças que compõem o procedimento serão numeradas ordenadamente e rubri-
cadas pelo Secretário da comissão.
CAPÍTULO XXII
DA SEGURIDADE SOCIAL
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (REDAÇÃO ACRESCIDA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 3246/2020)
Art. 216-A A Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e a sua
família, e compreende direitos relativos à previdência social, à assistência social e à saúde. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
SEÇÃO II
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (REDAÇÃO ACRESCIDA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 3246/2020)
Art. 217. A Previdência Social do servidor público será submetida exclusivamente ao sistema previden-
ciário do município, mediante filiação obrigatória e custeio nos termos e nas condições preceituadas pela
Lei Municipal nº 154/92, de 24 de dezembro de 1992, na forma dos planos e prestações previdenciárias
oferecidas.
§ 1º Por força do estabelecido neste artigo, o Município possuirá regime próprio de previdência desti-
nado a garantir, aos seus servidores públicos, os benefícios básicos instituídos pela referida Lei Munici-
pal nº 154/92, de 24 de dezembro de 1992.
§ 2º Os servidores ocupantes de cargo em comissão sem vínculo permanente com o Município, suas
autarquias e fundações públicas, vinculam-se obrigatoriamente ao Regime Geral de Previdência Social
do Instituto Nacional de Seguridade Social, em conformidade com a Lei Municipal nº 84/93, de 13 de
outubro de 1993.
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SEÇÃO ÚNICA
DO CUSTEIO (REVOGADO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 3246/2020)
SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 3246/2020)
I - salário-família;
Art. 217-B O salário-família é o benefício concedido ao servidor público ativo e inativo considerado
como de baixa renda pela legislação pertinente, na proporção do respectivo número de filhos e/ou a eles
equiparados nos termos, valores, condições e limites estabelecidos para o Regime Geral de Previdência
Social, pago às expensas do órgão ou da entidade da administração a que o servidor público é vinculado.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
Parágrafo único. O salário-família deverá ser pago na mesma data da remuneração ou proventos de
aposentadoria, conforme o caso, observado o mês de competência. (AC)
Art. 217-C Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o servidor público deve firmar
termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar qualquer fato ou circunstância que de-
termine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais
e funcionais.
Parágrafo único. O salário-família não será incorporado, para qualquer efeito, ao vencimento. (Reda-
ção acrescida pela Lei Complementar nº 3246/2020)
SUBSEÇÃO II
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO (REDAÇÃO ACRESCIDA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 3246/2020)
Art. 217-D O auxílio-reclusão é o benefício concedido aos dependentes do servidor público ativo con-
siderado como de baixa renda pela legislação pertinente, enquanto recluso, nas mesmas condições da
pensão por morte de que trata a Lei Municipal nº 154/1992.
§ 1º Somente será concedido auxílio-reclusão aos dependentes de que trata o art. 24 da Lei Municipal
nº 154/1992, que comprovarem a preexistência de dependência econômica em relação ao servidor pú-
blico enquadrado nas condições estabelecidas neste artigo, que não estejam no gozo de outro benefício
pago pelo Sistema de Seguridade Social dos Servidores Públicos do Município de Novo Hamburgo.
§ 2º O auxílio-reclusão será pago aos dependentes do servidor público recluso a partir da data de sua
reclusão, mediante apresentação da certidão do efetivo recolhimento à prisão, firmado pela autoridade
competente e suspenso durante o período em que estiver foragido ou a partir da data de sua soltura.
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Art. 217-E Em caso de falecimento do servidor enquanto recluso, o auxílio-reclusão será automatica-
mente convertido em pensão por morte, nos termos da legislação previdenciária. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 3246/2020)
Art. 219 O pagamento das contribuições previdenciárias, a que se sujeita igualmente a Administração,
será procedido em conformidade com os planos de custeio estabelecidos pela mencionada Lei Municipal
nº 154/92, de 24 de dezembro de 1992.
Art. 220 Para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, poderão ser efetua-
das contratações de pessoal por tempo determinado.
Art. 221 As contratações a que se refere o artigo antecedente somente poderão ocorrer nos seguintes
casos:
I - calamidade pública;
VIII - atender outras situações de emergência que vierem a ser definidas em lei específica;
IX - atender serviços e/ou tarefas braçais, de natureza sazonal, por períodos não superiores a quatro
meses.
Art. 222 As contratações de que trata o presente Capítulo serão feitas pelo tempo estritamente neces-
sário para atender as hipóteses elencadas no artigo anterior, sempre observado o prazo máximo de um
ano.
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§ 1º É vedada a prorrogação de contrato, salvo se:
b) o prazo da contratação for inferior ao estipulado neste artigo, podendo a prorrogação ser efetuada
até aquele limite máximo.
§ 2º Excepcionalmente será admitida a prorrogação de contrato por igual período de um ano, de pro-
fessor com habilitação específica de magistério, se persistir, comprovadamente, a hipótese que justificou
a contratação.
§ 3º É vedada a contratação da mesma pessoa, ainda que para serviços distintos, pelo prazo de um
ano a contar do término do último contrato, sob pena de nulidade do novo contrato e responsabilidade do
beneficiário e da autoridade firmatária do instrumento contratual.
§ 5º Em hipótese alguma, salvo as exceções acima, os prazos máximos dessas contratações temporá-
rias poderão ser ultrapassados.
Art. 223 Os contratos terão natureza jurídica administrativa, não gerando qualquer vínculo permanen-
te, estabilidade ou efetividade, e tampouco quaisquer direitos e vantagens elencadas nesta Lei.
Art. 224 As contratações serão necessariamente precedidas de procedimento iniciado por proposta
de Secretário do Município, com prévia autorização do Prefeito Municipal, amplamente justificado e com
base em contrato padrão estabelecido pela Administração, do qual constarão:
I - a fundamentação legal;
II - o prazo do contrato;
IV - a remuneração;
V - a dotação orçamentária;
VII - a expressa declaração de pleno conhecimento e aceitação de todas as normas disciplinares esta-
belecidas em lei e regulamentos, pelo contratado.
Art. 225 Somente poderão ser contratados os interessados que comprovarem os seguintes requisi-
tos:
VI - gozar de boa saúde física e mental e não ser portador de deficiência física incompatível com o
exercício da função;
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VII - possuir habilitação profissional exigida para o exercício da função, quando for o caso;
VIII - atender às condições especiais, prescritas em lei ou regulamento, para determinadas funções.
Art. 226 Os contratados nos termos deste Capítulo estão sujeitos aos mesmos deveres e proibições
regulamentares vigentes para os demais servidores públicos, no que couber.
Art. 227 Nos termos deste Capítulo, e na conformidade do retro elencado, os contratados serão ins-
critos como contribuintes obrigatórios do regime de previdência social urbana federal, mediante as con-
tribuições e custeio que lhes são afetos, em consonância com o estabelecido na legislação federal perti-
nente, sem qualquer vínculo estatutário ou celetista, com custeio também pela Administração.
I - a pedido do contratado;
§ 2º Nas hipóteses dos incisos I e III supra, exceção da remuneração mensal proporcional aos dias
trabalhados dentro do mês, nenhuma outra paga será concedida ao contratado, a qualquer título ou for-
ma, tornando-se inexigível qualquer parcela ou indenização.
Art. 229 É vedado atribuir ao contratado encargos ou serviços diversos daqueles constantes do con-
trato, bem como designações especiais, nomeações acumuladas para cargos em comissão, funções de
confiança, licenças, afastamentos ou concessões, gratificações ou adicionais, ou quaisquer outras vanta-
gens privativas de servidores investidos no serviço público municipal.
Art. 230 É expressamente vedada a contratação quando existirem cargos vagos do quadro funcional
de provimento permanente, e candidatos aprovados em concurso público com prazo de validade em vi-
gor, salvo naquelas hipóteses de superior interesse público, em caráter excepcional.
Art. 231 Não se submetem às normas e restrições deste Capítulo aquelas contratações disciplina-
das e regidas pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que dispõe acerca de licitações e contratos da
Administração Pública, relativamente a serviços técnicos, profissionais ou especializados, nos termos da
referida legislação federal.
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CAPÍTULO XXIV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 232 Esta Lei aplica-se aos servidores dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal, suas autar-
quias e fundações públicas.
Art. 233 Os prazos enunciados nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do
começo e incluindo-se o dia do vencimento, os quais serão automaticamente considerados prorrogados,
para o primeiro dia útil seguinte, quando o início ou término cair em dia em que não haja expediente nos
serviços públicos municipais.
Art. 234 São assegurados aos servidores públicos os direitos de associação profissional ou sindical e
o de greve.
Parágrafo Único. O direito de greve poderá ser exercido nos termos e nos limites definidos na Lei de
Greve, sob pena de tipificar falta disciplinar passível das sanções administrativas, civis e penais que, nos
termos desta Lei, forem cabíveis e aplicáveis.
Art. 235 Ao servidor público investido em mandato eletivo, no caso de afastamento do cargo, o ser-
vidor público contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse, na conformidade do
estabelecido no Capítulo XXII desta Lei.
Art. 236 A competência atribuída por esta Lei ao Prefeito Municipal será exercida, no âmbito das autar-
quias e das fundações públicas, pelo seu dirigente superior, e, no âmbito da Câmara de Vereadores, por
seu Presidente.
Art. 237 O Dia do Servidor Público Municipal será comemorado a 28 de outubro de cada ano.
CAPÍTULO XXV
DAS NORMAS FINAIS
Art. 238 Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta lei, na qualidade de servidores estatu-
tários, os servidores celetistas da Administração Direta, das autarquias e fundações municipais, estabili-
zados pela Constituição Federal.
§ 1º Os empregos ocupados por esses servidores ficam transformados em cargos isolados, ou em car-
gos em carreira quando membros do Magistério, integrando quadro de cargos permanentes excedentes,
em extinção.
§ 2º A declaração de estabilidade constitucional será procedida caso a caso, pela autoridade compe-
tente, e o respectivo enquadramento no quadro permanente de servidores públicos estáveis fica condi-
cionado e observará, além das cautelas acima, aquelas elencadas pelo artigo 239 e seus incisos.
Art. 239 Para os fins e efeitos dos preceitos acima elencados, observar-se-á o seguinte:
I - enquadramento com correspondência entre o emprego primitivo e o cargo da nova situação funcio-
nal, observados os requisitos de acesso;
II - conversão dos triênios, adicionais, avanços e todas as demais gratificações e vantagens pecuniá-
rias, funcionais e pessoais, em progressões, promoções e transposições, a partir da vigência desta Lei
e sem qualquer paga retroativa, considerando o tempo de efetivo serviço público municipal anterior para
os efeitos de desenvolvimento funcional presumido, nos termos, limites e condições preconizados pela
presente Lei;
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III - contagem do tempo de efetivo serviço público anterior para os efeitos de aposentadoria e disponi-
bilidade, atendidas as normas constitucionais pertinentes;
IV - na hipótese de inexistir correspondência entre o cargo primitivo e a nova situação funcional, desde
logo fica determinada sua automática extinção como cargo excedente, por ocasião da respectiva vacân-
cia, sem prejuízo do que, quanto ao demais, é acima estabelecido.
Art. 240 Os direitos e vantagens da presente Lei, e demais disposições pertinentes que não tenham
sido expressamente excepcionadas, somente são aplicáveis e se estendem àqueles servidores regu-
lamente submetidos aos preceitos e demais normas emergentes desta Lei, sujeitos ao regime jurídico
estatutário por ela instituído, de conformidade com os preceitos constitucionais aplicáveis.
Art. 240 A - Os funcionários efetivos regularmente investidos no serviço público municipal sob a égide
da Lei Municipal nº 28/53, de 4 de abril de 1953, como funcionários efetivos estatutários do Município,
permanecem submetidos exclusivamente ao regramento da referida norma, constituindo quadro especial
de cargos excedentes, em extinção, sendo-lhes assegurado como vantagens pessoais, individualmente
considerados, todos os direitos e vantagens emergentes da mencionada Lei Municipal nº 28/53, e corres-
pondente legislação esparsa que lhe é vinculada, desde que regularmente nomeados para os respectivos
cargos efetivos até a data da promulgação da Constituição Federal.
Parágrafo único. Por força do acima disposto, estes funcionários efetivos terão suas relações estatu-
tárias, direitos e vantagens, exclusivamente regidos pela citada Lei Municipal nº 28/53, para todos os fins
e efeitos, não se lhes aplicando, a qualquer título, salvo aquelas exceções expressamente elencadas,
quaisquer preceitos, dispositivos e demais direitos e vantagens enunciados na presente Lei, restando-
-lhes vedado, com base no presente diploma legal, exercer qualquer direito ou pretensão funcional ou
pessoal. (Redação acrescida pela Lei nº 629/2001)
Art. 240 B - Quaisquer diferenças remuneratórias, a maior, percebidas anteriormente pelos funcioná-
rios efetivos estatutários regidos pela Lei Municipal nº 28/53 e pelos servidores submetidos ao regime
jurídico instituído pela presente Lei, serão mantidas inalteradas em seu quantum, considerando-se esse
eventual excesso vantagem pessoal, que será absorvida em futuros aumentos reais de vencimentos
legalmente concedidos.
Art. 241 É vedada qualquer antecipação remuneratória a servidor municipal, a qualquer título, forma
ou natureza.
Art. 243 A presente Lei será regulamentada pelo Executivo através de Decreto Executivo, no que cou-
ber e observados os limites legais de competência.
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Art. 244 As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias, as
quais, no corrente exercício financeiro e para atender sua eficácia e aplicação, poderão ser alocadas e
remanejadas mediante decreto executivo, regulamentando a movimentação de dotações e verbas orça-
mentárias correspondentes, inclusive seus cancelamentos
Art. 245 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário,
especialmente a Lei Municipal nº 181/91, de 20 de dezembro de 1991, os artigos 2º, 3º, 4º e 5º da Lei
Municipal nº 71/92, de 20 de julho de 1992, Lei Municipal nº 21/93, de 26 de abril de 1993, artigo 3º da
Lei Municipal nº 116/93, de 24 de dezembro de 1993, artigo 1º da Lei Municipal nº 46/94, de 28 de junho
de 1994, leis municipais nº s 02/95, de 21 de fevereiro de 1995, 24/95, de 19 de maio de 1995, 14/97, de
14 de abril de 1997, 28/97, de 15 de maio de 1997, 35/97, de 26 de maio de 1997, 125/97, de 13 de outu-
bro de 1997, Lei Complementar nº 166/99, de 26 de fevereiro de 1999, leis municipais nº s 223/99, de 21
de junho de 1999, e 238/99, de 10 de agosto de 1999.
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO, aos 19 (dezenove) dias do mês de abril
do ano de 2000.
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