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COMUSA

Agente Administrativo

MATEMÁTICA/RACIOCÍNIO LÓGICO
MATEMÁTICA/RACIOCÍNIO LÓGICO
Conjuntos Numéricos: Números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais: Operações
fundamentais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação) propriedades
das operações, múltiplos e divisores, números primos, mínimo múltiplo comum, máximo divisor
comum.............................................................................................................................................01
Razões e Proporções – grandezas direta e inversamente proporcionais, regra de três simples e
composta.........................................................................................................................................09
divisão em partes direta e inversamente proporcionais..................................................................14
Sistema de Medidas: comprimento, capacidade, massa e tempo (unidades, transformação de
unidades).........................................................................................................................................19
sistema monetário brasileiro...........................................................................................................25
Calculo algébrico: monômios e polinômios.....................................................................................29
Funções: Ideia de função, interpretação de gráficos, domínio e imagem, função do 1º grau,
função do 2º grau– valor de máximo e mínimo de uma função do 2º grau.....................................34
Equações de 1º e 2º graus. Sistemas de equações de 1º grau com duas incógnitas....................40
Triângulo retângulo: relações métricas no triângulo retângulo, teorema de Pitágoras e suas
aplicações, relações trigonométricas no triangulo retângulo. Teorema de Tales............................47
Geometria Plana: cálculo de área e perímetro de polígonos. Circunferência e Círculo:
comprimento da circunferência, área do círculo.............................................................................52
Noções de Geometria Espacial – cálculo do volume de paralelepípedos e cilindros circulares
retos................................................................................................................................................63
Matemática Financeira: porcentagem, juro simples........................................................................67
Estatística: Cálculo de média aritmética simples e média aritmética ponderada............................72
Aplicação dos conteúdos acima listados em resolução de problemas...........................................83
PARTE 2: Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos
fictícios; deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas
para estabelecer a estrutura daquelas relações. Diagramas lógicos. Proposições e conectivos:
Conceito de proposição, valores lógicos das proposições, proposições simples, proposições
compostas. Operações lógicas sobre proposições: Negação, conjunção, disjunção, disjunção
exclusiva, condicional, bicondicional. Construção de tabelas-verdade. Tautologias, contradições
e contingências. Implicação lógica, equivalência lógica, Leis De Morgan. Argumentação e
dedução lógica. Sentenças abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. Quantificador
universal, quantificador existencial, negação de proposições quantificadas. Argumentos Lógicos
Dedutivos; Argumentos Categóricos...............................................................................................83
Exercícios......................................................................................................................................123
Gabarito.........................................................................................................................................128

1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW


Conjuntos Numéricos: Números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais: Opera-
ções fundamentais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação)
propriedades das operações, múltiplos e divisores, números primos, mínimo múltiplo
comum, máximo divisor comum

— Conjuntos Numéricos

O grupo de termos ou elementos que possuem características parecidas, que são similares em sua
natureza, são chamados de conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos parecidos ou
com as mesmas características são números, então dizemos que esses grupos são conjuntos numéri-
cos1.

Em geral, os conjuntos numéricos são representados graficamente ou por extenso – forma mais co-
mum em se tratando de operações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escrevemos os
números entre chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou seja, tenha incontáveis números, os represen-
tamos com reticências depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}.

Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são os mais usados em problemas e ques-
tões no estudo da Matemática. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
Conjunto dos Números Naturais (N)

O conjunto dos números naturais é representado pela letra N. Ele reúne os números que usamos para
contar (incluindo o zero) e é infinito. Exemplo:

N = {0, 1, 2, 3, 4…}

Além disso, o conjunto dos números naturais pode ser dividido em subconjuntos:

N* = {1, 2, 3, 4…} ou N* = N – {0}: conjunto dos números naturais não nulos, ou sem o zero.

Np = {0, 2, 4, 6…}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.

Ni = {1, 3, 5, 7..}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.

P = {2, 3, 5, 7..}: conjunto dos números naturais primos.


Conjunto dos Números Inteiros (Z)

O conjunto dos números inteiros é representado pela maiúscula Z, e é formado pelos números inteiros
negativos, positivos e o zero. Exemplo: Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4…}

O conjunto dos números inteiros também possui alguns subconjuntos:

Z+ = {0, 1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negativos.

Z- = {…-4, -3, -2, -1, 0}: conjunto dos números inteiros não positivos.

Z*+ = {1, 2, 3, 4…}: conjunto dos números inteiros não negativos e não nulos, ou seja, sem o zero.

Z*- = {… -4, -3, -2, -1}: conjunto dos números inteiros não positivos e não nulos.
Conjunto dos Números Racionais (Q)

Números racionais são aqueles que podem ser representados em forma de fração. O numerador e o
denominador da fração precisam pertencer ao conjunto dos números inteiros e, é claro, o denominador
não pode ser zero, pois não existe divisão por zero.
1 https://matematicario.com.br/

1
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O conjunto dos números racionais é representado pelo Q. Os números naturais e inteiros são subcon-
juntos dos números racionais, pois todos os números naturais e inteiros também podem ser representa-
dos por uma fração. Além destes, números decimais e dízimas periódicas também estão no conjunto de
números racionais.

Vejamos um exemplo de um conjunto de números racionais com 4 elementos:

Qx = {-4, 1/8, 2, 10/4}

Também temos subconjuntos dos números racionais:

Q* = subconjunto dos números racionais não nulos, formado pelos números racionais sem o zero.

Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, formado pelos números racionais positivos.

Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais positivos e não
nulos.

Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, formado pelos números racionais negativos e o
zero.

Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado pelos números racionais negativos e não
nulos.
Conjunto dos Números Irracionais (I)

O conceito de números irracionais é dependente da definição de números racionais. Assim, pertencem


ao conjunto dos números irracionais os números que não pertencem ao conjunto dos racionais.

Em outras palavras, ou um número é racional ou é irracional. Não há possibilidade de pertencer aos


dois conjuntos ao mesmo tempo. Por isso, o conjunto dos números irracionais é complementar ao con-
junto dos números racionais dentro do universo dos números reais.

Outra forma de saber quais números formam o conjunto dos números irreais é saber que os números
irracionais não podem ser escritos em forma de fração. Isso acontece, por exemplo, com decimais infini-
tos e raízes não exatas.

Os decimais infinitos são números que têm infinitas casas decimais e que não são dízimas periódicas.
Como exemplo, temos 0,12345678910111213, π, √3 etc.
Conjunto dos Números Reais (R)

O conjunto dos números reais é representado pelo R e é formado pela junção do conjunto dos nú-
meros racionais com o conjunto dos números irracionais. Não esqueça que o conjunto dos racionais é
a união dos conjuntos naturais e inteiros. Podemos dizer que entre dois números reais existem infinitos
números.

Entre os conjuntos números reais, temos:

R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.

R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.

R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.

R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.

R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.

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— Múltiplos e Divisores

Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural estendem-se para o conjunto dos núme-
ros inteiros2. Quando tratamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos numéricos que
satisfazem algumas condições. Os múltiplos são encontrados após a multiplicação por números inteiros,
e os divisores são números divisíveis por um certo número.

Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números inteiros, pois os elementos dos conjuntos
dos múltiplos e divisores são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o que são nú-
meros primos, é necessário compreender o conceito de divisores.
Múltiplos de um Número

Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é múltiplo de b se, e somente se, existir um
número inteiro k tal que a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multiplicando a por
todos os números inteiros, os resultados dessas multiplicações são os múltiplos de a.

Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso temos que multiplicar o número 2 pe-
los 12 primeiros números inteiros, assim:

2·1=2

2·2=4

2·3=6

2·4=8

2 · 5 = 10

2 · 6 = 12

2 · 7 = 14

2 · 8 = 16

2 · 9 = 18

2 · 10 = 20

2 · 11 = 22

2 · 12 = 24

Portanto, os múltiplos de 2 são:

M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}

Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas poderíamos ter listado quantos fossem
necessários, pois a lista de múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os inteiros. As-
sim, o conjunto dos múltiplos é infinito.

Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, devemos encontrar um número inteiro de for-
ma que a multiplicação entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:

– O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que, multiplicado por 7, resulta em 49.

49 = 7 · 7

2 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm

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– O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro que, multiplicado por 3, resulta em 324.

324 = 3 · 108

– O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número inteiro que, multiplicado por 2, resulte em
523.

523 = 2 · ?”
• Múltiplos de 4

Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, devemos multiplicar o número 4 por números
inteiros. Assim:

4·1=4

4·2=8

4 · 3 = 12

4 · 4 = 16

4 · 5 = 20

4 · 6 = 24

4 · 7 = 28

4 · 8 = 32

4 · 9 = 36

4 · 10 = 40

4 · 11 = 44

4 · 12 = 48

...

Portanto, os múltiplos de 4 são:

M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
Divisores de um Número

Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que b é divisor de a se o número b for
múltiplo de a, ou seja, a divisão entre b e a é exata (deve deixar resto 0).

Veja alguns exemplos:

– 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.

– 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.

– 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.

Para listar os divisores de um número, devemos buscar os números que o dividem. Veja:

– Liste os divisores de 2, 3 e 20.

D(2) = {1, 2}

D(3) = {1, 3}

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D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}

Observe que os números da lista dos divisores sempre são divisíveis pelo número em questão e que o
maior valor que aparece nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele será divisível
por ele.

Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o próprio 30, pois nenhum número maior
que 30 será divisível por ele. Assim:

D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}.


Propriedade dos Múltiplos e Divisores

Essas propriedades estão relacionadas à divisão entre dois inteiros. Observe que quando um inteiro é
múltiplo de outro, é também divisível por esse outro número.

Considere o algoritmo da divisão para que possamos melhor compreender as propriedades.

N = d · q + r, em que q e r são números inteiros.

Lembre-se de que:

N: dividendo;

d, divisor;

q: quociente;

r: resto.

– Propriedade 1: A diferença entre o dividendo e o resto (N – r) é múltipla do divisor, ou o número d é


divisor de (N – r).

– Propriedade 2: (N – r + d) é um múltiplo de d, ou seja, o número d é um divisor de (N – r + d).

Veja o exemplo:

Ao realizar a divisão de 525 por 8, obtemos quociente q = 65 e resto r = 5.

Assim, temos o dividendo N = 525 e o divisor d = 8. Veja que as propriedades são satisfeitas, pois
(525 – 5 + 8) = 528 é divisível por 8 e:

528 = 8 · 66
— Números Primos

Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois divisores: um e o próprio número3. Eles
fazem parte do conjunto dos números naturais.

Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um e ele mesmo.

Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são chamados de números compostos e
podem ser escritos como um produto de números primos.

Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número composto, já que tem mais de dois divisores (1,
2 e 3) e é escrito como produto de dois números primos 2 x 3 = 6.

Algumas considerações sobre os números primos:

– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por ele mesmo;

3 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/

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– O número 2 é o menor número primo e, também, o único que é par;

– O número 5 é o único número primo terminado em 5;

– Os demais números primos são ímpares e terminam com os algarismos 1, 3, 7 e 9.

Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando divisões com o número investigado. Para
facilitar o processo, veja alguns critérios de divisibilidade:

– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade é par é divisível por 2;

– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma dos seus algarismos é um número divisí-
vel por 3;

– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o algarismo da unidade for igual a 0 ou
5.

Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divisões com os próximos números primos
menores que o número até que:

– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número não é primo.

– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for menor que o divisor, então o
número é primo.

– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for igual ao divisor, então o
número é primo.

Exemplo: verificar se o número 113 é primo.

Sobre o número 113, temos:

– Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é divisível por 2;

– A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número divisível por 3;

– Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.

Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber se é divisível pelos números primos
menores que ele utilizando a operação de divisão.

Divisão pelo número primo 7:

Divisão pelo número primo 11:

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Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente é menor que o divisor. Isso comprova
que o número 113 é primo.
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E MÁXIMO DIVISOR COMUM
Máximo Divisor Comum

O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns
desses números.

Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir as etapas:

• Decompor o número em fatores primos

• Tomar o fatores comuns com o menor expoente

• Multiplicar os fatores entre si.

Exemplo:

15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3
1

15 = 3.5 24 =
23.3

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.

m.d.c

(15,24) = 3
Mínimo Múltiplo Comum

O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é o menor número, diferente de zero.

Para calcular devemos seguir as etapas:

• Decompor os números em fatores primos

• Multiplicar os fatores entre si

Exemplo:

15,24 2
15,12 2
15,6 2
15,3 3
5,1 5
1

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.

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Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão com algum dos números, não é neces-
sário que os dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.

Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua aparecendo.

Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120

Exemplo

O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será revestido com ladrilhos quadrados, de
mesma dimensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos
serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão possível.

Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir

(A) mais de 30 cm.

(B) menos de 15 cm.

(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.

(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.

(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.

Resposta: A.

352 2 416 2
176 2 208 2
88 2 104 2
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1

Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível

E são os fatores que temos iguais:25=32

Exemplo

(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aeroporto de uma pequena cidade chegam


aviões de três companhias aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da compa-
nhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram
aviões das três companhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às:

(A) 16h 30min.

(B) 17h 30min.

(C) 18h 30min.

(D) 17 horas.

(E) 18 horas.

Resposta: E.

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20,30,44 2
10,15,22 2
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
1,1,1

Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos

x-----660

x=660/60=11

Então será depois de 11horas que se encontrarão

7+11=18h

Razões e Proporções – grandezas direta e inversamente proporcionais, regra de três


simples e composta.

A razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente entre dois núme-
ros4.

Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões pos-
suem o mesmo resultado.

Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas grandezas são
proporcionais quando formam uma proporção.

Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e propor-
ção. Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre os ingredien-
tes.

Para encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as mesmas.

A partir das grandezas A e B temos:


Razão

ou A : B, onde b ≠ 0.
Proporção

onde todos os coeficientes são ≠ 0.

4 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/

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Exemplo: Qual a razão entre 40 e 20?

Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e o denominador, o de baixo.

Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de razão
centesimal.

Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A), en-
quanto o de baixo é chamado de consequente (B).

Qual o valor de x na proporção abaixo?

x = 12 . 3

x = 36

Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também chamado de
“quarta proporcional”.

Na proporção, os elementos são denominados de termos. A primeira fração é formada pelos primeiros
termos (A/B), enquanto a segunda são os segundos termos (C/D).

Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da proporção
para encontrar o valor procurado.
— Propriedades da Proporção

1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:

Logo: A · D = B · C.

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Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.

2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:

é equivalente

Logo, D. A = C . B.
— Regra de três simples e composta

A regra de três é a proporção entre duas ou mais grandezas, que podem ser velocidades, tempos,
áreas, distâncias, cumprimentos, entre outros5.

É o método para determinar o valor de uma incógnita quando são apresentados duas ou mais razões,
sejam elas diretamente ou inversamente proporcionais.
As Grandezas

Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas diretamente e inversamente proporcio-
nais.

Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o acréscimo ou decréscimo de uma equivale
ao mesmo processo na outra. Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também será triplicada, e
assim sucessivamente.

Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempresa com 35 integrantes gasta 10 folhas de
papel diariamente. Quantas folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de colaborado-
res aumentar para 50?

Ao analisarmos o caso percebemos que o aumento de colaboradores provocará também um aumento


no gasto de papel. Logo, essa é uma razão do tipo direta, que deve ser resolvida através da multiplica-
ção cruzada:

35x = 50 . 10

35x = 500

x = 500/35

x = 14,3

5 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-tres-simples-e-composta

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Portanto, serão necessários 14,3 papéis para suprir as demandas da microempresa com 50 funcioná-
rios.

Por outro lado, as grandezas inversas ocorrem quando o aumento ou diminuição de uma resultam em
grandezas opostas. Ou seja, se uma é quadruplicada, a outra é reduzida pela metade, e assim por dian-
te.

Exemplo: Se 7 pedreiros constroem uma casa grande em 80 dias, apenas 5 deles construirão a mes-
ma casa em quanto tempo?

Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois a relação é inversamente proporcional.
Isso acontece porque a diminuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de construção.

5x = 80 . 7

5x = 560

x = 560/5

x = 112

Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5 pedreiros.
Regra de Três Simples

A regra de três simples funciona na relação de apenas duas grandezas, que podem ser diretamente
ou inversamente proporcionais.

Exemplo 1: Para fazer um bolo de limão utiliza-se 250 ml do suco da fruta. Porém, foi feito uma enco-
menda de 6 bolos. Quantos limões serão necessários?

Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já que o aumento no pedido de bolos pede
uma maior quantidade de limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela multiplicação cruza-
da:

x = 250 . 6

x = 1500 ml de suco

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Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um trajeto em 2 horas. Se a velocidade for
reduzida para 70 km/h, em quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?

Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três simples inversa, uma vez que ao diminuir-
mos a velocidade do carro o tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das razões
deverá ser invertida e transformada em direta.

70x = 120 . 2

70x = 240

x = 240/70

x = 3,4 h
Regra de Três Composta

A regra de três composta é a razão e proporção entre três ou mais grandezas diretamente ou inversa-
mente proporcionais, ou seja, as relações que aparecem em mais de duas colunas.

Exemplo: Uma loja demora 4 dias para produzir 160 peças de roupas com 8 costureiras. Caso 6 fun-
cionárias estiverem trabalhando, quantos dias levará para a produção de 300 peças?

Inicialmente, deve-se analisar cada grandeza em relação ao valor desconhecido, isto é:

- Relacionando os dias de produção com a quantidade de peças, percebe-se que essas grandezas
são diretamente proporcionais, pois aumentando o número de peças cresce a necessidade de mais dias
de trabalho.

- Relacionando a demanda de costureiras com os dias de produção, observa-se que aumentando a


quantidade de peças o quadro de funcionárias também deveria aumentar. Ou seja, as grandezas são
inversamente proporcionais.

Após análises, organiza-se as informações em novas colunas:

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4/x = 160/300 . 6/8

4/x = 960/2400

960x = 2400 . 4

960x = 9600

x = 9600/960

x = 10 dias

divisão em partes direta e inversamente proporcionais

Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional estamos dividindo um número de maneira
proporcional a uma sequência de outros números. A divisão pode ser de diferentes tipos, vejamos:
Divisão Diretamente Proporcional

• Divisão em duas partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A
e B diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com duas equações e duas incógnitas, de
modo que a soma das partes seja A + B = M:

O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q

• Divisão em várias partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em partes x1, x2,
..., xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equações e n incóg-
nitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P:

Divisão Inversamente Proporcional

• Divisão em duas partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A
e B inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B direta-
mente proporcionais a 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q. Assim basta montar o
sistema com duas equações e duas incógnitas tal que A + B = M:

14
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

• Divisão em várias partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1,
x2, ..., xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n partes x1,
x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n
incógnitas, assume que x1 + x2 + ... + xn= M:

Divisão em partes direta e inversamente proporcionais

• Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em duas
partes A e B diretamente proporcionais a, c e d e inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor
este número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta montar um sistema
com duas equações e duas incógnitas de forma que A + B = M

O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = K.d/q.

• Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes


x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a q1, q2, ..., qn,
basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ...,
pn/qn.

A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que x1 + x2 + ... + xn = M:

Exemplos:

(PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – IMA) Uma herança de R$ 750.000,00


deve ser repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos.
O mais velho receberá o valor de:

(A) R$ 420.000,00

(B) R$ 250.000,00

(C) R$ 360.000,00

(D) R$ 400.000,00

(E) R$ 350.000,00

15
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Resolução:

5x + 8x + 12x = 750.000

25x = 750.000

x = 30.000

O mais velho receberá: 12⋅30000=360000


Resposta: C

(TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Quatro funcionários dividirão, em partes diretamente pro-
porcionais aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre esses
quatro funcionários um deles já possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados, outro possui
6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o nú-
mero de anos dedicados para a empresa, desse último funcionário citado, é igual a

(A) 5.

(B) 7.

(C) 2.

(D) 3.

(E) 4.
Resolução:

2x + 7x + 6x + 6000 = 36000

15x = 30000

x = 2000

Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 =
6000
Resposta: D

(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) Uma prefeitura destinou a


quantia de 54 milhões de reais para a construção de três escolas de educação infantil. A área a ser cons-
truída em cada escola é, respectivamente, 1.500 m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada
escola é diretamente proporcional a área a ser construída.

Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola com 1.500 m² é, em reais, igual a

(A) 22,5 milhões.

(B) 13,5 milhões.

(C) 15 milhões.

(D) 27 milhões.

(E) 21,75 milhões.


Resolução:

2x + 7x + 6x + 6000 = 36000

15x = 30000

16
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
x = 2000

Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 =
6000
Resposta: D

(SABESP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC) Uma empresa quer doar a três funcionários um
bônus de R$ 45.750,00. Será feita uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles. Sr.
Fortes trabalhou durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou durante 9 anos e 7 meses e Srta.
Matilde trabalhou durante 3 anos e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a menos que
o Sr. Fortes é

(A) 17.100,00.

(B) 5.700,00.

(C) 22.800,00.

(D) 17.250,00.

(E) 15.000,00.
Resolução:

* Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses

* Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses

* Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses

* TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses

* Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F, L e M.

Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam:

M = 38 . 150 = R$ 5 700,00

F = 152 . 150 = R$ 22 800,00

Por fim, a diferença é: 22 800 – 5700 = R$ 17 100,00

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Resposta: A

(SESP/MT – PERITO OFICIAL CRIMINAL - ENGENHARIA CIVIL/ENGENHARIA ELÉTRICA/FÍSICA/


MATEMÁTICA – FUNCAB/2014) Maria, Júlia e Carla dividirão R$ 72.000,00 em partes inversamente pro-
porcionais às suas idades. Sabendo que Maria tem 8 anos, Júlia,12 e Carla, 24, determine quanto rece-
berá quem ficar com a maior parte da divisão.

(A) R$ 36.000,00

(B) R$ 60.000,00

(C) R$ 48.000,00

(D) R$ 24.000,00

(E) R$ 30.000,00
Resolução:

A maior parte ficará para a mais nova (grandeza inversamente proporcional).

Assim:

8.M = 288 000

M = 288 000 / 8

M = R$ 36 000,00

M + J + C = 72000
Resposta: A

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Sistema de Medidas: comprimento, capacidade, massa e tempo (unidades, transforma-
ção de unidades)

As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes grandezas, tais como com-
primento, capacidade, massa, tempo e volume6.

O Sistema Internacional de Unidades (SI) define a unidade padrão de cada grandeza. Baseado no sis-
tema métrico decimal, o SI surgiu da necessidade de uniformizar as unidades que são utilizadas na maior
parte dos países.
— Medidas de Comprimento

Existem várias medidas de comprimento, como por exemplo a jarda, a polegada e o pé.

No SI a unidade padrão de comprimento é o metro (m). Atualmente ele é definido como o comprimento
da distância percorrida pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299.792.458 de um segun-
do.

Assim, são múltiplos do metro: quilômetro (km), hectômetro (hm) e decâmetro (dam)7.

Enquanto são submúltiplos do metro: decímetro (dm), centímetro (cm) e milímetro (mm).

Os múltiplos do metro são as grandes distâncias. Eles são chamados de múltiplos porque resultam de
uma multiplicação que tem como referência o metro.

Os submúltiplos, ao contrário, como pequenas distâncias, resultam de uma divisão que tem igualmen-
te como referência o metro. Eles aparecem do lado direito na tabela acima, cujo centro é a nossa medida
base - o metro.

— Medidas de Capacidade

As medidas de capacidade representam as unidades usadas para definir o volume no interior de um


recipiente8. A principal unidade de medida da capacidade é o litro (L).

O litro representa a capacidade de um cubo de aresta igual a 1 dm. Como o volume de um cubo é
igual a medida da aresta elevada ao cubo, temos então a seguinte relação:

1 L = 1 dm³
Mudança de Unidades

O litro é a unidade fundamental de capacidade. Entretanto, também é usado o quilolitro(kL), hectoli-


tro(hL) e decalitro que são seus múltiplos e o decilitro, centilitro e o mililitro que são os submúltiplos.

Como o sistema padrão de capacidade é decimal, as transformações entre os múltiplos e submúltiplos


são feitas multiplicando-se ou dividindo-se por 10.

6 https://www.todamateria.com.br/unidades-de-medida/
7 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-comprimento/
8 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-capacidade/

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Para transformar de uma unidade de capacidade para outra, podemos utilizar a tabela abaixo:

Exemplo: fazendo as seguintes transformações:

a) 30 mL em L

Observando a tabela acima, identificamos que para transformar de ml para L devemos dividir o núme-
ro três vezes por 10, que é o mesmo que dividir por 1000. Assim, temos:

30 : 1000 = 0,03 L

Note que dividir por 1000 é o mesmo que “andar” com a vírgula três casa diminuindo o número.

b) 5 daL em dL

Seguindo o mesmo raciocínio anterior, identificamos que para converter de decalitro para decilitro de-
vemos multiplicar duas vezes por 10, ou seja, multiplicar por 100.

5 . 100 = 500 dL

c) 400 cL em L

Para passar de centilitro para litro, vamos dividir o número duas vezes por 10, isto é, dividir por 100:

400 : 100 = 4 L
Medida de Volume

As medidas de volume representam o espaço ocupado por um corpo. Desta forma, podemos muitas
vezes conhecer a capacidade de um determinado corpo conhecendo seu volume.

A unidade de medida padrão de volume é o metro cúbico (m³), sendo ainda utilizados seus múltiplos
(km³, hm³ e dam³) e submúltiplos (dm³, cm³ e mm³).

Em algumas situações é necessário transformar a unidade de medida de volume para uma unidade de
medida de capacidade ou vice-versa. Nestes casos, podemos utilizar as seguintes relações:

1 m³ = 1 000 L

1 dm³ = 1 L

1 cm³ = 1 mL

Exemplo: Um tanque tem a forma de um paralelepípedo retângulo com as seguintes dimensões: 1,80
m de comprimento, 0,90 m de largura e 0,50 m de altura. A capacidade desse tanque, em litros, é:

A) 0,81

B) 810

20
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
C) 3,2

D) 3200

Para começar, vamos calcular o volume do tanque, e para isso, devemos multiplicar suas dimen-
sões:

V = 1,80 . 0,90 . 0,50 = 0,81 m³

Para transformar o valor encontrado em litros, podemos fazer a seguinte regra de três:

Assim, x = 0,81 . 1000 = 810 L.

Portanto, a resposta correta é a alternativa b.


Medidas de Massa

No Sistema Internacional de unidades a medida de massa é o quilograma (kg)9. Um cilindro de platina


e irídio é usado como o padrão universal do quilograma.

As unidades de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), decigrama
(dg), centigrama (cg) e miligrama (mg).

São ainda exemplos de medidas de massa a arroba, a libra, a onça e a tonelada. Sendo 1 tonelada
equivalente a 1000 kg.
• Unidades de medida de massa

As unidades do sistema métrico decimal de massa são: quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama
(dag), grama (g), decigrama (dg), centigrama (cg), miligrama (mg).

Utilizando o grama como base, os múltiplos e submúltiplos das unidades de massa estão na tabela a
seguir.

Além das unidades apresentadas existem outras como a tonelada, que é um múltiplo do grama, sendo
que 1 tonelada equivale a 1 000 000 g ou 1 000 kg. Essa unidade é muito usada para indicar grandes
massas.

A arroba é uma unidade de medida usada no Brasil, para determinar a massa dos rebanhos bovinos,
suínos e de outros produtos. Uma arroba equivale a 15 kg.

O quilate é uma unidade de massa, quando se refere a pedras preciosas. Neste caso 1 quilate vale
0,2 g.
9 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/

21
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
— Conversão de unidades

Como o sistema padrão de medida de massa é decimal, as transformações entre os múltiplos e sub-
múltiplos são feitas multiplicando-se ou dividindo-se por 1010.

Para transformar as unidades de massa, podemos utilizar a tabela abaixo:

Exemplos:

a) Quantas gramas tem 1 kg?

Para converter quilograma em grama basta consultar o quadro acima. Observe que é necessário multi-
plicar por 10 três vezes.

1 kg → g

1 kg x 10 x 10 x 10 = 1 x 1000 = 1.000 g

b) Quantos quilogramas tem em 3.000 g?

Para transformar grama em quilograma, vemos na tabela que devemos dividir o valor dado por 1.000.
Isto é o mesmo que dividir por 10, depois novamente por 10 e mais uma vez por 10.

3.000 g → kg

3.000 g : 10 : 10 : 10 = 3.000 : 1.000 = 3 kg

c) Transformando 350 g em mg.

Para transformar de grama para miligrama devemos multiplicar o valor dado por 1.000 (10 x 10 x
10).

350 g → mg

350 x 10 x 10 x 10 = 350 x 1000 = 350.000 mg


— Medidas de Tempo

Existem diversas unidades de medida de tempo, por exemplo a hora, o dia, o mês, o ano, o século. No
sistema internacional de medidas a unidades de tempo é o segundo (s)11.
Horas, Minutos e Segundos

Muitas vezes necessitamos transformar uma informação que está, por exemplo, em minuto para se-
gundos, ou em segundos para hora.

Para tal, devemos sempre lembrar que 1 hora tem 60 minutos e que 1 minuto equivale a 60 segundos.
Desta forma, 1 hora corresponde a 3.600 segundos.

Assim, para mudar de hora para minuto devemos multiplicar por 60. Por exemplo, 3 horas equivalem a
180 minutos (3 . 60 = 180).

10 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/
11 https://www.todamateria.com.br/medidas-de-tempo/

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
O diagrama abaixo apresenta a operação que devemos fazer para passar de uma unidade para ou-
tra.

Em algumas áreas é necessário usar medidas com precisão maior que o segundo. Neste caso, usa-
mos seus submúltiplos.

Assim, podemos indicar o tempo decorrido de um evento em décimos, centésimos ou milésimos de


segundos.

Por exemplo, nas competições de natação o tempo de um atleta é medido com precisão de centési-
mos de segundo.
Instrumentos de Medidas

Para medir o tempo utilizamos relógios que são dispositivos que medem eventos que acontecem em
intervalos regulares.

Os primeiros instrumentos usados para a medida do tempo foram os relógios de Sol, que utilizavam a
sombra projetada de um objeto para indicar as horas.

Foram ainda utilizados relógios que empregavam escoamento de líquidos, areia, queima de fluidos e
dispositivos mecânicos como os pêndulos para indicar intervalos de tempo.
Outras Unidades de Medidas de Tempo

O intervalo de tempo de uma rotação completa da terra equivale a 24h, que representa 1 dia.

O mês é o intervalo de tempo correspondente a determinado número de dias. Os meses de abril, ju-
nho, setembro, novembro têm 30 dias.

Já os meses de janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro possuem 31 dias. O mês de
fevereiro normalmente têm 28 dias. Contudo, de 4 em 4 anos ele têm 29 dias.

O ano é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do Sol. Normalmente, 1 ano
corresponde a 365 dias, no entanto, de 4 em 4 anos o ano têm 366 dias (ano bissexto).

Na tabela abaixo relacionamos algumas dessas unidades:

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Tabela de Conversão de Medidas

O mesmo método pode ser utilizado para calcular várias grandezas.

Primeiro, vamos desenhar uma tabela e colocar no seu centro as unidades de medidas bases das
grandezas que queremos converter, por exemplo:

Capacidade: litro (l)

Comprimento: metro (m)

Massa: grama (g)

Volume: metro cúbico (m3)

Tudo o que estiver do lado direito da medida base são chamados submúltiplos. Os prefixos deci, centi
e mili correspondem respectivamente à décima, centésima e milésima parte da unidade fundamental.

Do lado esquerdo estão os múltiplos. Os prefixos deca, hecto e quilo correspondem respectivamente a
dez, cem e mil vezes a unidade fundamental.

Exemplos:

a) Quantos mililitros correspondem 35 litros?

Para fazer a transformação pedida, vamos escrever o número na tabela das medidas de capacidade.
Lembrando que a medida pode ser escrita como 35,0 litros. A virgula e o algarismo que está antes dela
devem ficar na casa da unidade de medida dada, que neste caso é o litro.

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Depois completamos as demais caixas com zeros até chegar na unidade pedida. A vírgula ficará sem-
pre atrás dos algarismos que estiver na caixa da unidade pedida, que neste caso é o ml.

Assim 35 litros correspondem a 35000 ml.

b) Transformando 700 gramas em quilogramas.

Lembrando que podemos escrever 700,0 g. Colocamos a vírgula e o 0 antes dela na unidade dada,
neste caso g e os demais algarismos nas casas anteriores.

Depois completamos com zeros até chegar na casa da unidade pedida, que neste caso é o quilogra-
ma. A vírgula passa então para atrás do algarismo que está na casa do quilograma.

Então 700 g corresponde a 0,7 kg.

sistema monetário brasileiro

O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por
meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal.

As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre) chegaram com o início da colonização por-
tuguesa. A unidade monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período colonial.
Assim, tudo se contava em réis (plural popular de real) com moedas fabricadas em Portugal e no Brasil.
O Real (R) vigorou até 07 de outubro de 1833. De acordo com a Lei nº 59, de 08 de outubro de 1833,
entrou em vigor o Mil-Réis (Rs), múltiplo do real, como unidade monetária, adotada até 31 de outubro de
1942.

No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou nove moedas diferentes (mil-réis, cruzei-
ro, cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real).

Por meio do Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942, uma nova unidade monetária, o cruzeiro
– Cr$ veio substituir o mil-réis, na base de Cr$ 1,00 por mil-réis.

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A denominação “cruzeiro” origina-se das moedas de ouro (pesadas em gramas ao título de 900 mi-
lésimos de metal e 100 milésimos de liga adequada), emitidas na forma do Decreto nº 5.108, de 18 de
dezembro de 1926, no regime do ouro como padrão monetário.

O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro novo –


NCr$, na base de NCr$ 1,00 por Cr$ 1.000. A partir de 15 de maio de 1970 e até 27 de fevereiro de 1986,
a unidade monetária foi novamente o cruzeiro (Cr$).

Em 27 de fevereiro de 1986, Dílson Funaro, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Cruzado (Decre-
to-Lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986): o cruzeiro – Cr$ se transformou em cruzado – Cz$, na base
de Cz$ 1,00 por Cr$ 1.000 (vigorou de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989). Em novembro
do mesmo ano, o Plano Cruzado II tentou novamente a estabilização da moeda. Em junho de 1987, Luiz
Carlos Brésser Pereira, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Brésser: um Plano Cruzado “requentado”
avaliou Mário Henrique Simonsen.

Em 15 de janeiro de 1989, Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Verão (Medida
Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989): o cruzado – Cz$ se transformou em cruzado novo – NCz$,
na base de NCz$ 1,00 por Cz$ 1.000,00 (vigorou de 16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990).

Em 15 de março de 1990, Zélia Cardoso de Mello, ministra da Fazenda, anunciou o Plano Collor
(Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990): o cruzado novo – NCz$ se transformou em cruzeiro
– Cr$, na base de Cr$ 1,00 por NCz$ 1,00 (vigorou de 16 de março de 1990 a 28 de julho de 1993). Em
janeiro de 1991, a inflação já passava de 20% ao mês, e o Plano Collor II tentou novamente a estabiliza-
ção da moeda.

A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de1993, transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real –
CR$, na base de CR$ 1,00 por Cr$ 1.000,00 (vigorou de 29 de julho de 1993 a 29 de junho de 1994).

Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Real: o
cruzeiro real – CR$ se transformou em real – R$, na base de R$ 1,00 por CR$ 2.750,00 (Medida Provisó-
ria nº 542, de 30 de junho de 1994, convertida na Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995).

O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, delegou ao Banco Central do Brasil com-
petência para emitir papel-moeda e moeda metálica, competência exclusiva consagrada pelo artigo 164
da Constituição Federal de 1988.

Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e o


Tesouro Nacional desempenhavam o papel de autoridade monetária.

A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha por finalidade exercer o controle monetário. A
SUMOC fixava os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto e
da assistência financeira de liquidez, bem como os juros. Além disso, supervisionava a atuação dos ban-
cos comerciais, orientava a política cambial e representava o País junto a organismos internacionais.

O Banco do Brasil executava as funções de banco do governo, e o Tesouro Nacional era o órgão emis-
sor de papel-moeda.

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Cruzeiro

1000 réis = Cr$1(com centavos) 01.11.1942

O Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942 (D.O.U. de 06 de outubro de 1942), instituiu o


Cruzeiro como unidade monetária brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, corres-
pondente à centésima parte do cruzeiro.

Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinquenta mil e quatrocentos réis) passou a expres-
sar-se Cr$ 4.750,40 (quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros e quarenta centavos)
Cruzeiro

(sem centavos) 02.12.1964

A Lei nº 4.511, de 01de dezembro de1964 (D.O.U. de 02 de dezembro de 1964), extinguiu a fração do
cruzeiro denominada centavo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser escrito
sem centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros).

Cruzeiro Novo

Cr$1000 = NCr$1(com centavos) 13.02.1967

O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de1965 (D.O.U. de 17 de novembro de 1965), regulamentado


pelo Decreto nº 60.190, de 08 de fevereiro de1967 (D.O.U. de 09 de fevereiro de 1967), instituiu o Cru-
zeiro Novo como unidade monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o
centavo. O Conselho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08 de fevereiro de 1967, estabeleceu
a data de 13.02.67 para início de vigência do novo padrão.

Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinquenta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$
4,75(quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos).
Cruzeiro

De NCr$ para Cr$ (com centavos) 15.05.1970

A Resolução nº 144, de 31 de março de 1970 (D.O.U. de 06 de abril de 1970), do Conselho Monetário


Nacional, restabeleceu a denominação Cruzeiro, a partir de 15 de maio de 1970, mantendo o centavo.

Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$
4,75(quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos).
Cruzeiros

(sem centavos) 16.08.1984

A Lei nº 7.214, de 15 de agosto de 1984 (D.O.U. de 16.08.84), extinguiu a fração do Cruzeiro denomi-
nada centavo. Assim, a importância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos),
passou a escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os algarismos que a sucediam.

27
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Cruzado

Cr$ 1000 = Cz$1 (com centavos) 28.02.1986

O Decreto-Lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986 (D.O.U. de 28 de fevereiro de 1986), posteriormen-


te substituído pelo Decreto-Lei nº 2.284, de 10 de março de 1986 (D.O.U. de 11 de março de 1986), insti-
tuiu o Cruzado como nova unidade monetária, equivalente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo.
A mudança de padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28 de fevereiro de 1986, do Conselho
Monetário Nacional.

Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$
1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos).

Cruzado Novo

Cz$ 1000 = NCz$1 (com centavos) 16.01.1989

A Medida Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989 (D.O.U. de 16 de janeiro de 1989), convertida


na Lei nº 7.730, de 31 de janeiro de 1989 (D.O.U. de 01 de fevereiro de 1989), instituiu o Cruzado Novo
como unidade do sistema monetário, correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Reso-
lução nº 1.565, de 16 de janeiro de 1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do
novo padrão.

Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos) passou a expressar-se
NCz$ 1,30 (um cruzado novo e trinta centavos).
Cruzeiro

De NCz$ para Cr$ (com centavos) 16.03.1990

A Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990 (D.O.U. de 16 de março de 1990), convertida na


Lei nº 8.024, de 12 de abril de 1990 (D.O.U. de 13 de abril de 1990), restabeleceu a denominação Cru-
zeiro para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudan-
ça de padrão foi regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18 de março de 1990, do Conselho Monetá-
rio Nacional.

Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos) passou a expressar-se Cr$ 1.500,00
(um mil e quinhentos cruzeiros).
Cruzeiro Real

Cr$ 1000 = CR$ 1 (com centavos) 01.08.1993

A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de 1993 (D.O.U. de 29 de julho de 1993), convertida na Lei
nº 8.697, de 27 de agosto de 1993 (D.O.U. de 28 agosto de 1993), instituiu o Cruzeiro Real, a partir de
01 de agosto de 1993, em substituição ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com
a manutenção do centavo. A Resolução nº 2.010, de 28 de julho de 1993, do Conselho Monetário Nacio-
nal, disciplinou a mudança na unidade do sistema monetário.

Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se
CR$ 1.700,50 (um mil e setecentos cruzeiros reais e cinquenta centavos).
Real

CR$ 2.750 = R$ 1(com centavos) 01.07.1994

28
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
A Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994 (D.O.U. de 30 de junho de 1994), instituiu o
Real como unidade do sistema monetário, a partir de 01 de julho de 1994, com a equivalência de CR$
2.750,00 (dois mil, setecentos e cinquenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro
Real fixada para o dia 30 de junho de 1994. Foi mantido o centavo.

Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV - Unidade Real de Valor - prevista
na Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28 de fevereiro de 1994, reeditada com os números
457 (D.O.U. de 30 de março de 1994) e 482 (D.O.U. de 29 de abril de 1994) e convertida na Lei nº 8.880,
de 27 de maio de 1994 (D.O.U. de 28 de maio de 1994).

Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) passou a expressar-se R$ 4.000,00
(quatro mil reais).

Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do País responsável pela execução da política
financeira do governo. Cuida ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de todos os
bancos no País.

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - Órgão internacional que visa ajudar países subde-
senvolvidos e em desenvolvimento na América Latina. A organização foi criada em 1959 e está sediada
em Washington, nos Estados Unidos.

Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é
conhecido. Órgão internacional ligado a ONU, a instituição foi criada para ajudar países subdesenvolvi-
dos e em desenvolvimento.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Empresa pública federal vincu-
lada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem como objetivo financiar
empreendimentos para o desenvolvimento do Brasil.

Calculo algébrico: monômios e polinômios

Os polinômios são expressões algébricas formadas por números (coeficientes) e letras (partes lite-
rais)12. As letras de um polinômio representam os valores desconhecidos da expressão. Exemplos:

a) 3ab + 5

b) x³ + 4xy - 2x²y³

c) 25x² - 9y²
— Monômio, Binômino e Trinômio

Os polinômios são formados por termos. A única operação entre os elementos de um termo é a multi-
plicação.

Quando um polinômio possui apenas um termo, ele é chamado de monômio.

Exemplos:

a) 3x

b) 5abc

12 https://www.todamateria.com.br/polinomios/

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c) x²y³z4

Adição e subtração de monômios

Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios entre termos semelhantes. E quando os ter-
mos envolvidos na operação de adição ou subtração não forem semelhantes, deixamos apenas a opera-
ção indicada.

Veja:

Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são semelhantes eu posso efetuar a adição e a
subtração deles.

5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e conservar a parte literal.

25 xy2

5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e conservar a parte literal.

- 15 xy2

Veja alguns exemplos:

- x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos tirar o mmc de 6 e 9.

3x2 - 4 x2 + 18 x2
18
17x2
18

- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora
efetuamos a soma e a subtração.

-5y3 – x2 como os dois termos restantes não são semelhantes, devemos deixar apenas indicado à
operação dos monômios.

Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x + 2x2. Depois calcule o seu valor numérico
da expressão. 4x2 – 5x - 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 + 2x2 – 5x - 3x

6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar o valor numérico dessa expressão.

Para calcularmos o valor numérico de uma expressão devemos ter o valor de sua incógnita, que no
caso do exercício é a letra x.

Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar do x o -2 termos:

6x2 - 8x

6 . (-2)2 – 8 . (-2) =

6 . 4 + 16 =

24 + 16

40

30
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Multiplicação de monômios

Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles sejam semelhantes, basta multiplicarmos
coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando multiplicamos as partes
literais devemos usar a propriedade da potência que diz: am . an = am + n (bases iguais na multiplicação
repetimos a base e somamos os expoentes).

(3a2b) . (- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios, devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na
parte literal multiplicamos as que têm mesma base para que possamos usar a propriedade am . an = am
+ n.

3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3

-15 a2 +1 b1 + 3

-15 a3b4
Divisão de monômios

Para dividirmos os monômios não é necessário que eles sejam semelhantes, basta dividirmos coe-
ficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando dividirmos as partes literais
devemos usar a propriedade da potência que diz: am : an = am - n (bases iguais na divisão repetimos a
base e diminuímos os expoentes), sendo que a ≠ 0.

(-20x2y3) : (- 4xy3) na divisão dos dois monômios, devemos dividir os coeficientes -20 e - 4 e na parte
literal dividirmos as que têm mesma base para que possamos usar a propriedade am : an = am – n.

-20 : (– 4) . x2 : x . y3 : y3

5 x2 – 1 y3 – 3

5x1y0

5x
Potenciação de monômios

Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar uma propriedade da potenciação:

(I) (a . b)m = am . bm

(II) (am)n = am . n

Veja alguns exemplos:

(-5x2b6)2 aplicando a propriedade

(I). (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade

(II) 25 . x4 . b12 25x4b12

Importante: Numa expressão algébrica, se todos os monômios ou termos são semelhantes, podemos
tornar mais simples a expressão somando algebricamente os coeficientes numéricos e mantendo a parte
literal.

Os chamados binômios são polinômios que possuem somente dois monômios (dois termos), separa-
dos por uma operação de soma ou subtração.

Exemplos:

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
a) a² – b²

b) 3x + y

c) 5ab + 3cd²

Já os trinômios são polinômios que possuem três monômios (três termos), separados por operações
de soma ou subtração.

Exemplos:

a) x² + 3x + 7

b) 3ab - 4xy - 10y

c) m³n + m² + n4
— Grau dos Polinômios

O grau de um polinômio é dado pelos expoentes da parte literal.

Para encontrar o grau de um polinômio devemos somar os expoentes das letras que compõem cada
termo. A maior soma será o grau do polinômio.

Exemplos:

a) 2x³ + y

O expoente do primeiro termo é 3 e do segundo termo é 1. Como o maior é 3, o grau do polinômio é


3.

b) 4 x²y + 8x³y³ - xy4

Vamos somar os expoentes de cada termo:

4x²y => 2 + 1 = 3

8x³y³ => 3 + 3 = 6

xy4 => 1 + 4 = 5

Como a maior soma é 6, o grau do polinômio é 6.

Obs.: o polinômio nulo é aquele que possui todos os coeficientes iguais a zero. Quando isso ocorre, o
grau do polinômio não é definido.
— Operações com Polinômios

Confira abaixo exemplos das operações entre polinômios.


Adição de Polinômios

Fazemos essa operação somando os coeficientes dos termos semelhantes (mesma parte literal).

(- 7x³ + 5 x²y - xy + 4y) + (- 2x²y + 8xy - 7y)

- 7x³ + 5x²y - 2x²y - xy + 8xy + 4y - 7y

- 7x³ + 3x²y + 7xy - 3y


Subtração de Polinômios

O sinal de menos na frente dos parênteses inverte os sinais de dentro dos parênteses. Após eliminar
os parênteses, devemos juntar os termos semelhantes.

32
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(4x² - 5xk + 6k) - (3xk - 8k)

4x² - 5xk + 6k - 3xk + 8k

4x² - 8xk + 14k


Multiplicação de Polinômios

Na multiplicação devemos multiplicar termo a termo. Na multiplicação de letras iguais, repete-se e


soma-se os expoentes.

(3x² - 5x + 8) . (-2x + 1)

-6x³ + 3x² + 10x² - 5x - 16x + 8

-6x³ + 13x² - 21x + 8


Divisão de Polinômios

Obs.: Na divisão de polinômios utilizamos o método chave. Primeiramente realizamos a divisão entre
os coeficientes numéricos e depois a divisão de potências de mesma base. Para isso, conserva-se a
base e subtraia os expoentes.
— Fatoração de Polinômios

Para realizar a fatoração de polinômios temos os seguintes casos:


Fator Comum em Evidência

ax + bx = x (a + b)

Exemplo:

4x + 20 = 4 (x + 5)
Agrupamento

ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + y) . (a + b)

Exemplo:

8ax + bx + 8ay + by = x (8a + b) + y (8a + b) = (8a + b) . (x + y)


Trinômio Quadrado Perfeito (Adição)

a² + 2ab + b² = (a + b)²

Exemplo:

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
x² + 6x + 9 = (x + 3)²
Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença)

a² - 2ab + b² = (a - b)²

Exemplo:

x² - 2x + 1 = (x - 1)²
Diferença de Dois Quadrados

(a + b) . (a - b) = a² - b²

Exemplo:

x² - 25 = (x + 5) . (x - 5)
Cubo Perfeito (Adição)

a³ + 3ª²b + 3ab² + b³ = (a + b)³

Exemplo:

x³ + 6x² + 12x + 8 = x³ + 3 . x² . 2 + 3 . x . 22 + 23 = (x + 2)³


Cubo Perfeito (Diferença)

a³ - 3a²b + 3ab² - b³ = (a - b)³

Exemplo:

y³ - 9y² + 27y - 27 = y³ - 3 . y² . 3 + 3 . y . 32 - 33 = (y - 3)³

Funções: Ideia de função, interpretação de gráficos, domínio e imagem, função do 1º


grau, função do 2º grau– valor de máximo e mínimo de uma função do 2º grau.

Na Matemática, função corresponde a uma associação dos elementos de dois conjuntos, ou seja, a
função indica como os elementos estão relacionados13.

Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada elemento pertencente ao conjunto A a
um único elemento que compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar ligado a dois
valores de B.

Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).

13 https://www.todamateria.com.br/funcao/

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— Representação das Funções

Em uma função f: A → B o conjunto A é chamado de domínio (D) e o conjunto B recebe o nome de


contradomínio (CD).

Um elemento de B relacionado a um elemento de A recebe o nome de imagem pela função. Agrupan-


do todas as imagens de B temos um conjunto imagem, que é um subconjunto do contradomínio.

Exemplo: observe os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}, com a função que determina
a relação entre os elementos f: A → B é x → 2x. Sendo assim, f(x) = 2x e cada x do conjunto A é transfor-
mado em 2x no conjunto B.

Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, “multiplicar por 2” é a função e os valores de B
{2, 4, 6, 8}, que se ligam aos elementos de A, são os valores de saída.

Portanto, para essa função:

- O domínio é {1, 2, 3, 4};

- O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8};

- O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}.


Tipos de Funções

As funções recebem classificações de acordo com suas propriedades. Confira a seguir os principais
tipos.
Função Sobrejetora

Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto imagem. Portanto, todo elemento de B é


imagem de pelo menos um elemento de A.

Notação: f: A → B, ocorre a Im(f) = B

Exemplo:

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Para a função acima:

- O domínio é {-4, -2, 2, 3};

- O contradomínio é {12, 4, 6};

- O conjunto imagem é {12, 4, 6}.


Função Injetora

Na função injetora todos os elementos de A possuem correspondentes distintos em B e nenhum dos


elementos de A compartilham de uma mesma imagem em B. Entretanto, podem existir elementos em B
que não estejam relacionados a nenhum elemento de A.

Exemplo:

Para a função acima:

- O domínio é {0, 3, 5};

- O contradomínio é {1, 2, 5, 8};

- O conjunto imagem é {1, 5, 8}.


Função Bijetora

Na função bijetora os conjuntos apresentam o mesmo número de elementos relacionados. Essa fun-
ção recebe esse nome por ser ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Exemplo:

Para a função acima:

- O domínio é {-1, 1, 2, 4};

- O contradomínio é {2, 3, 5, 7};

- O conjunto imagem é {2, 3, 5, 7}.

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Função Afim

A função afim, também chamada de função do 1º grau, é uma função f: ℝ→ℝ, definida como f(x) = ax
+ b, sendo a e b números reais14. As funções f(x) = x + 5, g(x) = 3√3x - 8 e h(x) = 1/2 x são exemplos de
funções afim.

Neste tipo de função, o número a é chamado de coeficiente de x e representa a taxa de crescimento


ou taxa de variação da função. Já o número b é chamado de termo constante.
Gráfico de uma Função do 1º grau

O gráfico de uma função polinomial do 1º grau é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy. Desta forma,
para construirmos seu gráfico basta encontrarmos pontos que satisfaçam a função.

Exemplo: Construa o gráfico da função f (x) = 2x + 3.

Para construir o gráfico desta função, vamos atribuir valores arbitrários para x, substituir na equação e
calcular o valor correspondente para a f (x).

Sendo assim, iremos calcular a função para os valores de x iguais a: - 2, - 1, 0, 1 e 2. Substituindo


esses valores na função, temos:

f (- 2) = 2. (- 2) + 3 = - 4 + 3 = - 1

f (- 1) = 2 . (- 1) + 3 = - 2 + 3 = 1

f (0) = 2 . 0 + 3 = 3

f (1) = 2 . 1 + 3 = 5

f (2) = 2 . 2 + 3 = 7

Os pontos escolhidos e o gráfico da f (x) são apresentados na imagem abaixo:

No exemplo, utilizamos vários pontos para construir o gráfico, entretanto, para definir uma reta bastam
dois pontos.

Para facilitar os cálculos podemos, por exemplo, escolher os pontos (0,y) e (x,0). Nestes pontos, a reta
da função corta o eixo Ox e Oy respectivamente.

14 https://www.todamateria.com.br/funcao-afim/

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Coeficiente Linear e Angular

Como o gráfico de uma função afim é uma reta, o coeficiente a de x é também chamado de coeficiente
angular. Esse valor representa a inclinação da reta em relação ao eixo Ox.

O termo constante b é chamado de coeficiente linear e representa o ponto onde a reta corta o eixo Oy.
Pois sendo x = 0, temos:

y = a.0 + b ⇒ y = b

Quando uma função afim apresentar o coeficiente angular igual a zero (a = 0) a função será chamada
de constante. Neste caso, o seu gráfico será uma reta paralela ao eixo Ox.

Abaixo representamos o gráfico da função constante f (x) = 4:

Ao passo que, quando b = 0 e a = 1 a função é chamada de função identidade. O gráfico da função f


(x) = x (função identidade) é uma reta que passa pela origem (0,0).

Além disso, essa reta é bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja, divide os quadrantes em dois ângulos
iguais, conforme indicado na imagem abaixo:

Temos ainda que, quando o coeficiente linear é igual a zero (b = 0), a função afim é chamada de fun-
ção linear. Por exemplo as funções f (x) = 2x e g (x) = - 3x são funções lineares.

O gráfico das funções lineares são retas inclinadas que passam pela origem (0,0).

Representamos abaixo o gráfico da função linear f (x) = - 3x:

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Função Crescente e Decrescente

Uma função é crescente quando ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x)
será também cada vez maior.

Já a função decrescente é aquela que ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da
f (x) será cada vez menor.

Para identificar se uma função afim é crescente ou decrescente, basta verificar o valor do seu coefi-
ciente angular.

Se o coeficiente angular for positivo, ou seja, a é maior que zero, a função será crescente. Ao contrá-
rio, se a for negativo, a função será decrescente.

Por exemplo, a função 2x - 4 é crescente, pois a = 2 (valor positivo). Entretanto, a função - 2x + - 4 é


decrescente visto que a = - 2 (negativo). Essas funções estão representadas nos gráficos abaixo:

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Equações de 1º e 2º graus. Sistemas de equações de 1º grau com duas incógnitas

— Equação do 1° Grau

Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma ou mais incógnitas15. Quem determina
o “grau” dessa equação é o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a equação do
1º grau. Se o expoente for 2, a equação será do 2º grau; se o expoente for 3, a equação será de 3º grau.
Exemplos:

4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)

x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)

x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)

A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:

É importante dizer que a e b representam qualquer número real e a é diferente de zero (a 0). A incóg-
nita x pode ser representada por qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor a ser
encontrado para o resultado da equação. O primeiro membro da equação são os números do lado es-
querdo da igualdade, e o segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade.
Como resolver uma equação do primeiro grau

Para resolvermos uma equação do primeiro grau, devemos achar o valor da incógnita (que vamos
chamar de x) e, para que isso seja possível, é só isolar o valor do x na igualdade, ou seja, o x deve ficar
sozinho em um dos membros da equação.

O próximo passo é analisar qual operação está sendo feita no mesmo membro em que se encontra x e
“jogar” para o outro lado da igualdade fazendo a operação oposta e isolando x.

1° exemplo:

Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e ele está somando. Para isolar a in-
cógnita, ele vai para o outro lado da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):

2° exemplo:

15 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.htm#:~:text=Na%20Matem%-
C3%A1tica%2C%20a%20equa%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%-
C3%A1%20de%203%C2%BA%20grau.

40
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O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o
outro lado da igualdade com a operação inversa, que é a soma:

3° exemplo:

Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da incógnita, o 4 e o 2. O número 2 está so-
mando e vai para o outro lado da igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando, passa para
o outro lado dividindo.

4° exemplo:

Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar o número para o outro lado, devemos
sempre deixar o lado da incógnita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1.

Passando o número 3, que está multiplicando x, para o outro lado, teremos:

— Propriedade Fundamental das Equações

A propriedade fundamental das equações é também chamada de regra da balança. Não é muito utili-
zada no Brasil, mas tem a vantagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for feito no primeiro
membro da equação deve também ser feito no segundo membro com o objetivo de isolar a incógnita para
se obter o resultado. Veja a demonstração nesse exemplo:

41
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele está somando, vamos subtrair o número 12
nos dois membros da equação:

Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita será dividido por 3 nos dois membros da
equação:

EQUAÇÃO DO 2° GRAU

Toda equação que puder ser escrita na forma ax2 + bx + c = 0 será chamada equação do segundo
grau16. O único detalhe é que a, b e c devem ser números reais, e a não pode ser igual a zero em hipó-
tese alguma.

Uma equação é uma expressão que relaciona números conhecidos (chamados coeficientes) a núme-
ros desconhecidos (chamados incógnitas), por meio de uma igualdade. Resolver uma equação é usar as
propriedades dessa igualdade para descobrir o valor numérico desses números desconhecidos. Como
eles são representados pela letra x, podemos dizer que resolver uma equação é encontrar os valores que
x pode assumir, fazendo com que a igualdade seja verdadeira.
— Como resolver equações do 2º grau?

Conhecemos como soluções ou raízes da equação ax² + bx + c = 0 os valores de x que fazem com
que essa equação seja verdadeira17. Uma equação do 2º grau pode ter no máximo dois números reais
que sejam raízes dela. Para resolver equações do 2º grau completas, existem dois métodos mais co-
muns:

- Fórmula de Bhaskara;

- Soma e produto.

O primeiro método é bastante mecânico, o que faz com que muitos o prefiram. Já para utilizar o se-
gundo, é necessário o conhecimento de múltiplos e divisores. Além disso, quando as soluções da equa-
ção são números quebrados, soma e produto não é uma alternativa boa.

16 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacoes-segundo-grau.htm#:~:text=Toda%20equa%-
C3%A7%C3%A3o%20que%20puder%20ser,a%20zero%20em%20hip%C3%B3tese%20alguma.
17 https://www.preparaenem.com/matematica/equacao-do-2-grau.htm

42
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— Fórmula de Bhaskara
1) Determinar os coeficientes da equação

Os coeficientes de uma equação são todos os números que não são a incógnita dessa equação,
sejam eles conhecidos ou não. Para isso, é mais fácil comparar a equação dada com a forma geral das
equações do segundo grau, que é: ax2 + bx + c = 0. Observe que o coeficiente “a” multiplica x2, o coefi-
ciente “b” multiplica x, e o coeficiente “c” é constante.

Por exemplo, na seguinte equação:

x² + 3x + 9 = 0

O coeficiente a = 1, o coeficiente b = 3 e o coeficiente c = 9.

Na equação:

– x² + x = 0

O coeficiente a = – 1, o coeficiente b = 1 e o coeficiente c = 0.


2) Encontrar o discriminante

O discriminante de uma equação do segundo grau é representado pela letra grega Δ e pode ser en-
contrado pela seguinte fórmula:

Δ = b² – 4·a·c

Nessa fórmula, a, b e c são os coeficientes da equação do segundo grau. Na equação: 4x² – 4x – 24 =


0, por exemplo, os coeficientes são: a = 4, b = – 4 e c = – 24. Substituindo esses números na fórmula do
discriminante, teremos:

Δ = b² – 4 · a · c

Δ= (– 4)² – 4 · 4 · (– 24)

Δ = 16 – 16 · (– 24)

Δ = 16 + 384

Δ = 400
— Quantidade de soluções de uma equação

As equações do segundo grau podem ter até duas soluções reais18. Por meio do discriminante, é pos-
sível descobrir quantas soluções a equação terá. Muitas vezes, o exercício solicita isso em vez de per-
guntar quais as soluções de uma equação. Então, nesse caso, não é necessário resolvê-la, mas apenas
fazer o seguinte:

Se Δ < 0, a equação não possui soluções reais.

Se Δ = 0, a equação possui apenas uma solução real.

Se Δ > 0, a equação possui duas soluções reais.

Isso acontece porque, na fórmula de Bhaskara, calcularemos a raiz de Δ. Se o discriminante é negati-


vo, é impossível calcular essas raízes.

18 https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/discriminante-uma-equacao-segundo-grau.htm

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3) Encontrar as soluções da equação

Para encontrar as soluções de uma equação do segundo grau usando fórmula de Bhaskara, basta
substituir coeficientes e discriminante na seguinte expressão:

Observe a presença de um sinal ± na fórmula de Bhaskara. Esse sinal indica que deveremos fazer um
cálculo para √Δ positivo e outro para √Δ negativo. Ainda no exemplo 4x2 – 4x – 24 = 0, substituiremos
seus coeficientes e seu discriminante na fórmula de Bhaskara:

Então, as soluções dessa equação são 3 e – 2, e seu conjunto de solução é: S = {3, – 2}.
— Soma e Produto

Nesse método é importante conhecer os divisores de um número. Ele se torna interessante quando
as raízes da equação são números inteiros, porém, quando são um número decimal, esse método fica
bastante complicado.

A soma e o produto é uma relação entre as raízes x1 e x2 da equação do segundo grau, logo devemos
buscar quais são os possíveis valores para as raízes que satisfazem a seguinte relação:

Exemplo: Encontre as soluções para a equação x² – 5x + 6 = 0.

1º passo: encontrar a, b e c.

a=1

b = -5

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
c=6

2º passo: substituir os valores de a, b e c na fórmula.

3º passo: encontrar o valor de x1 e x2 analisando a equação.

Nesse caso, estamos procurando dois números cujo produto seja igual a 6 e a soma seja igual a 5.

Os números cuja multiplicação é igual a 6 são:

I. 6 x 1 = 6

II. 3 x 2 =6

III. (-6) x (-1) = 6

IV. (-3) x (-2) = 6

Dos possíveis resultados, vamos buscar aquele em que a soma seja igual a 5. Note que somente a II
possui soma igual a 5, logo as raízes da equação são x1 = 3 e x2 = 2.
— Equação do 2º Grau Incompleta

Equação do 2º grau é incompleta quando ela possui b e/ou c iguais a zero4. Existem três tipos dessas
equações, cada um com um método mais adequado para sua resolução.

Uma equação do 2º grau é conhecida como incompleta quando um dos seus coeficientes, b ou c, é
igual a zero. Existem três casos possíveis de equações incompletas, que são:

- Equações que possuem b = 0, ou seja, ax² + c = 0;

- Equações que possuem c = 0, ou seja, ax² + bx = 0;

- Equações em que b = 0 e c = 0, então a equação será ax² = 0.

Em cada caso, é possível utilizar métodos diferentes para encontrar o conjunto de soluções da equa-
ção. Por mais que seja possível resolvê-la utilizando a fórmula de Bhaskara, os métodos específicos de
cada equação incompleta acabam sendo menos trabalhosos. A diferença entre a equação completa e a
equação incompleta é que naquela todos os coeficientes são diferentes de 0, já nesta pelo menos um
dos seus coeficientes é zero.
Como Resolver Equações do 2º Grau Incompletas

Para encontrar as soluções de uma equação do 2º grau, é bastante comum a utilização da fórmula
de Bhaskara, porém existem métodos específicos para cada um dos casos de equações incompletas, a
seguir veremos cada um deles.

45
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Quando c = 0

Quando o c = 0, a equação do 2º grau é incompleta e é uma equação do tipo ax² + bx = 0. Para en-
contrar seu conjunto de soluções, colocamos a variável x em evidência, reescrevendo essa equação
como uma equação produto. Vejamos um exemplo a seguir.

Exemplo: Encontre as soluções da equação 2x² + 5x = 0.

1º passo: colocar x em evidência.

Reescrevendo a equação colocando x em evidência, temos que:

2x² + 5x = 0

x · (2x + 5) = 0

2º passo: separar a equação produto em dois casos.

Para que a multiplicação entre dois números seja igual a zero, um deles tem que ser igual a zero, no
caso, temos que:

x · (2x + 5) = 0

x = 0 ou 2x + 5 = 0

3º passo: encontrar as soluções.

Já encontramos a primeira solução, x = 0, agora falta encontrar o valor de x que faz com que 2x + 5
seja igual a zero, então, temos que:

2x + 5 = 0

2x = -5

x = -5/2

Então encontramos as duas soluções da equação, x = 0 ou x = -5/2.

Quando b = 0

Quando b = 0, encontramos uma equação incompleta do tipo ax² + c = 0. Nesse caso, vamos isolar a
variável x até encontrar as possíveis soluções da equação. Vejamos um exemplo:

Exemplo: Encontre as soluções da equação 3x² – 12 = 0.

Para encontrar as soluções, vamos isolar a variável.

3x² – 12 = 0

3x² = 12

x² = 12 : 3

x² = 4

Ao extrair a raiz no segundo membro, é importante lembrar que existem sempre dois números e que,
ao elevarmos ao quadrado, encontramos como solução o número 4 e, por isso, colocamos o símbolo de
±.

x = ±√4

x = ±2

46
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Então as soluções possíveis são x = 2 e x = -2.

Quando b = 0 e c = 0

Quando tanto o coeficiente b quanto o coeficiente c são iguais a zero, a equação será do tipo ax² = 0 e
terá sempre como única solução x = 0. Vejamos um exemplo a seguir.

Exemplo:

3x² = 0

x² = 0 : 3

x² = 0

x = ±√0

x = ±0

x=0

Triângulo retângulo: relações métricas no triângulo retângulo, teorema de Pitágoras e


suas aplicações, relações trigonométricas no triangulo retângulo. Teorema de Tales

Semelhança de Triângulos

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ângulos internos tiverem, respectivamente,
as mesmas medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.
Casos de Semelhança

1º Caso: AA(ângulo - ângulo)

Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices correspondentes, então esses triângulos
são congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)

Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos entre
eles congruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

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3º Caso: LLL (lado - lado - lado)

Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcionais, então esses dois triângulos são
semelhantes.

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Temos:

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— Teorema de Pitágoras

Uma das fórmulas mais importantes para esta frente matemática é o Teorema de Pitágoras.

Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma dos quadrados dos catetos (os “lados” que
formam o ângulo reto) é igual ao quadrado da hipotenusa (a aresta maior da figura).

Teorema de Pitágoras: a² + b² = c²
— Teorema de Tales

O Teorema de Tales é uma propriedade para retas paralelas.

Se as retas CC’, BB’ e AA’ são paralelas, então:

49
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Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental

Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de um ângulo. Considere o triângulo retân-
gulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²

Dividindo os membros por c²

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado triangulo retângulo.

O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

a: hipotenusa

b e c: catetos

50
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h: altura relativa à hipotenusa

m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa


Relações Métricas no Triângulo Retângulo

Chamamos relações métricas as relações existentes entre os diversos segmentos desse triângulo.
Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipo-
tenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas

Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano. Nesse caso são chamadas retas coplana-
res. Podem também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas reversas.
Retas Coplanares

a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

-Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.

2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.

51
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b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coincidentes.

Geometria Plana: cálculo de área e perímetro de polígonos. Circunferência e Círculo:


comprimento da circunferência, área do círculo

Ângulos

Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. As semirretas
recebem o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

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Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;

- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Reto:

- É o ângulo cuja medida é 90º;

- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

Triângulo
Elementos
Mediana

Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um vértice ao ponto médio do lado opos-
to.

Na figura, é uma mediana do ABC.

Um triângulo tem três medianas.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o lado oposto

53
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Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vér-
tice a um ponto do lado oposto.

Na figura, é uma bissetriz interna do .

Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é
perpendicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo que é mediatriz de um dos lados desse
triângulo.

Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .

Um triângulo tem três mediatrizes.

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Classificação
Quanto aos lados

Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Triângulo retângulo: tem um ângulo reto

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Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos

Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que a soma dos outros dois. Em qualquer
triângulo, ao maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.
QUADRILÁTEROS

Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:

- Tem 4 lados.

- Tem 2 diagonais.

- A soma dos ângulos internos Si = 360º

- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

- é paralelo a

- Losango: 4 lados congruentes

- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)

- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

56
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Observações:

- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes (iguais)

- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são
bissetrizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).
Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b é a medida da base menor e h é medida da altura.

2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a medida da altura.

3 - Retângulo: A = b.h

4 - Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e d é a medida da diagonal menor.

5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.


Polígono

Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados lados do polígono, enquanto os pontos
são chamados vértices do polígono.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades são vértices não-consecutivos desse


polígono.

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Número de Diagonais

Ângulos Internos

A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono convexo de n lados é (n-2).180

Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A
soma das medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos internos
dos n-2 triângulos.

Ângulos Externos

A soma dos ângulos externos=360°


Teorema de Tales

Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a razão de dois segmentos quaisquer de
uma transversal é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.

Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são válidas as seguintes proporções:

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Exemplo

Semelhança de Triângulos

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ângulos internos tiverem, respectivamente,
as mesmas medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.
Casos de Semelhança

1º Caso: AA(ângulo - ângulo)

Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices correspondentes, então esses triângulos
são congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)

Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos entre
eles congruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

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3º Caso: LLL (lado - lado - lado)

Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcionais, então esses dois triângulos são
semelhantes.

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Temos:

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Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental

Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de um ângulo. Considere o triângulo retân-
gulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b²

Dividindo os membros por c²

Como

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Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado triangulo retângulo.

O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

a: hipotenusa

b e c: catetos

h: altura relativa à hipotenusa

m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa


Relações Métricas no Triângulo Retângulo

Chamamos relações métricas as relações existentes entre os diversos segmentos desse triângulo.
Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipo-
tenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Posições Relativas de Duas Retas

Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano. Nesse caso são chamadas retas coplana-
res. Podem também não estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas reversas.
Retas Coplanares

a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

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-Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.

2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.

b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coincidentes.

Noções de Geometria Espacial – cálculo do volume de paralelepípedos e cilindros cir-


culares retos

— Geometria Espacial

É a frente matemática que estuda a geometria no espaço. Ou seja, é o estudo das formas que pos-
suem três dimensões: comprimento, largura e altura.

Apenas as figuras de geometria espacial têm volume.

Uma das primeiras figuras geométricas que você estuda em geometria espacial é o prisma. Ele é
uma figura formada por retângulos, e duas bases. Outros exemplos de figuras de geometria espacial são
cubos, paralelepípedos, pirâmides, cones, cilindros e esferas. Veja a aula de Geometria espacial sobre
prisma e esfera.

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— Fórmulas de Geometria Espacial

Fórmula do Poliedro: Relação de Euler

Para saber a quantidade de vértices e arestas de uma figura espacial, utilize a Relação de Euler:

Onde V é o número de vértices, F é a quantidade de faces e A é a quantidade de arestas, temos:

V+F=A+2
Fórmulas da Esfera

Fórmulas do Cone

Onde r é o raio da base, g é a geratriz e H é a altura.

Área lateral do cone: Š = π · R . g

Área da base do cone: A = π · R²

Área da superfície total do cone: S = Š + A

Volume do cone: V = 1/3 . A . H

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Fórmulas do cilindro

Área da base de um cilindro: Ab = π · r².

Área da superfície lateral de um cilindro: Al = 2 · π · r · h.

Volume de um cilindro: V = Ab · h = π · r² · h.

Secção meridiana: corte feito na “vertical”; a área desse corte será 2r · h.


Fórmulas do Prisma

O prisma é um sólido formado por laterais retangulares e duas bases. Na imagem a seguir, o prisma
tem base retangular, sendo um paralelepípedo. O cubo é um paralelepípedo e um prisma.

Diagonal de um paralelepípedo: .

Área total de um paralelepípedo:

Volume de um paralelepípedo: .

Prismas retos são sólidos cujas faces laterais são formadas por retângulos.

Volume de um prisma:

65
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Fórmulas da Pirâmide Regular

Para uma pirâmide regular reta, temos:

Área da Base (AB): área do polígono que serve de base para a pirâmide.

Área Lateral (AL): soma das áreas das faces laterais, todas triangulares.

Área Total (AT): soma das áreas de todas as faces: AT = AB + AL.

Volume (V): V = . AB . h.

E sendo a (apótema da base), h (altura), g (apótema da pirâmide), r (raio da base), b (aresta da base)
e t (aresta lateral), temos pela aplicação de Pitágoras nos triângulos retângulos.

h² + r² = t²

h² + a² = g²

Fórmulas do Tetraedro Regular

Para o tetraedro regular de aresta medindo a, temos:

66
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Altura da face =

Altura do tetraedro =

Área da face: AF =

Área total: AT =

Volume do tetraedro:

Matemática Financeira: porcentagem, juro simples

Matemática Financeira

A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações
estão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de em-
préstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas
de valores, entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação
prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de presta-
ções mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do
empréstimo. A essa diferença damos o nome de juros.
PORCENTAGEM

A porcentagem representa uma razão cujo denominador é 100, ou seja, .

O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que significa dividir por 100 e, por isso, essa ra-
zão também é chamada de razão centesimal ou percentual19.

Saber calcular porcentagem é importante para resolver problemas matemáticos, principalmente na


matemática financeira para calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante.
— Calculando Porcentagem de um Valor

Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão centesimal correspondente à porcenta-
gem pela quantidade total.

Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a seguinte operação:

19 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/

67
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Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de porcentagem:

Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da seguinte forma:

1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.

20 x 200 = 4.000

2º passo: dividir o resultado anterior por 100.

Calculando Porcentagem de Forma Rápida

Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma prova. Pensando nisso, trouxemos
dois métodos que te ajudarão a fazer porcentagem de maneira mais rápida.
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1%

Você também tem como calcular porcentagem rapidamente utilizando o correspondente a 1% do va-
lor.

Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para aprender essa técnica.

1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que representa 1%.

2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela porcentagem que se quer descobrir.

2 x 20 = 40

Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.


Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações equivalentes

As frações equivalentes representam a mesma porção do todo e podem ser encontradas dividindo o
numerador e o denominador da fração pelo mesmo número natural.

Veja como encontrar a fração equivalente de .

Se a fração equivalente de é , então para calcular 20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como
fazer:

68
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— Calcular porcentagem de aumentos e descontos

Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados utilizando o fator de multiplicação ou fator
multiplicativo.

Fator espaço de espaço multiplicação espaço igual a espaço 1 espaço mais ou menos espaço ⅈ, onde i
corresponde à taxa de variação.

Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço de um produto, ou seja, o resultado
será fatores diferentes.
Fator multiplicativo para aumento em um valor

Quando um produto recebe um aumento, o fator de multiplicação é dado por uma soma.

Fator de multiplicação = 1 + i.

Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria que custava R$ 100. O valor final da mer-
cadoria pode ser calculado da seguinte forma:

1º passo: encontrar a taxa de variação.

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.

Fator de multiplicação = 1 + 0,25.

Fator de multiplicação = 1,25.

3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.

100 x 1,25 = 125 reais.

Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria seja R$ 125.
Fator multiplicativo para desconto em um valor

Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator multiplicativo envolve uma subtração.

Fator de multiplicação = 1 - 0,25.

Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria que custa R$ 100, qual o valor final da
mercadoria?

1º passo: encontrar a taxa de variação.

2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo.

Fator de multiplicação = 1 - 0,25.

69
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Fator de multiplicação = 0,75.

3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo.

100 x 0,75 = 75 reais.


JURO SIMPLES

Os juros simples e compostos são cálculos efetuados com o objetivo de corrigir os valores envolvidos
nas transações financeiras, isto é, a correção que se faz ao emprestar ou aplicar uma determinada quan-
tia durante um período de tempo20.

O valor pago ou resgatado dependerá da taxa cobrada pela operação e do período que o dinheiro fica-
rá emprestado ou aplicado. Quanto maior a taxa e o tempo, maior será este valor.
— Diferença entre Juros Simples e Compostos

Nos juros simples a correção é aplicada a cada período e considera apenas o valor inicial. Nos juros
compostos a correção é feita em cima de valores já corrigidos.

Por isso, os juros compostos também são chamados de juros sobre juros, ou seja, o valor é corrigido
sobre um valor que já foi corrigido.

Sendo assim, para períodos maiores de aplicação ou empréstimo a correção por juros compostos fará
com que o valor final a ser recebido ou pago seja maior que o valor obtido com juros simples.

A maioria das operações financeiras utiliza a correção pelo sistema de juros compostos. Os juros sim-
ples se restringem as operações de curto período.
— Fórmula de Juros Simples

Os juros simples são calculados aplicando a seguinte fórmula:

Sendo:

J: juros.

C: valor inicial da transação, chamado em matemática financeira de capital.

i: taxa de juros (valor normalmente expresso em porcentagem).

t: período da transação.
20 https://www.todamateria.com.br/juros-simples-e-compostos/

70
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Podemos ainda calcular o valor total que será resgatado (no caso de uma aplicação) ou o valor a ser
quitado (no caso de um empréstimo) ao final de um período predeterminado.

Esse valor, chamado de montante, é igual a soma do capital com os juros, ou seja:

Podemos substituir o valor de J, na fórmula acima e encontrar a seguinte expressão para o montan-
te:

A fórmula que encontramos é uma função afim, desta forma, o valor do montante cresce linearmente
em função do tempo.

Exemplo: Se o capital de R$ 1 000,00 rende mensalmente R$ 25,00, qual é a taxa anual de juros no
sistema de juros simples?

Solução: Primeiro, vamos identificar cada grandeza indicada no problema.

C = R$ 1 000,00

J = R$ 25,00

t = 1 mês

i=?

Agora que fizemos a identificação de todas as grandezas, podemos substituir na fórmula dos juros:

Entretanto, observe que essa taxa é mensal, pois usamos o período de 1 mês. Para encontrar a taxa
anual precisamos multiplicar esse valor por 12, assim temos:

i = 2,5.12= 30% ao ano


— Fórmula de Juros Compostos

O montante capitalizado a juros compostos é encontrado aplicando a seguinte fórmula:

Sendo:

M: montante.

C: capital.

i: taxa de juros.

71
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
t: período de tempo.

Diferente dos juros simples, neste tipo de capitalização, a fórmula para o cálculo do montante envolve
uma variação exponencial. Daí se explica que o valor final aumente consideravelmente para períodos
maiores.

Exemplo: Calcule o montante produzido por R$ 2 000,00 aplicado à taxa de 4% ao trimestre, após um
ano, no sistema de juros compostos.

Solução: Identificando as informações dadas, temos:

C = 2 000

i = 4% ou 0,04 ao trimestre

t = 1 ano = 4 trimestres

M=?

Substituindo esses valores na fórmula de juros compostos, temos:

Observação: o resultado será tão melhor aproximado quanto o número de casas decimais utilizadas
na potência.

Portanto, ao final de um ano o montante será igual a

R$ 2 339,71.

Estatística: Cálculo de média aritmética simples e média aritmética ponderada

Estatística descritiva

O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais características de um conjunto de dados


por meio de tabelas, gráficos e resumos numéricos.
Noções de estatística

A estatística torna-se a cada dia uma importante ferramenta de apoio à decisão. Resumindo: é um
conjunto de métodos e técnicas que auxiliam a tomada de decisão sob a presença de incerteza.
Estatística descritiva (Dedutiva)

O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais características de um conjunto de dados


por meio de tabelas, gráficos e resumos numéricos. Fazemos uso de:

Tabelas de frequência

Ao dispor de uma lista volumosa de dados, as tabelas de frequência servem para agrupar informações
de modo que estas possam ser analisadas. As tabelas podem ser de frequência simples ou de frequência
em faixa de valores.

Gráficos

72
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
O objetivo da representação gráfica é dirigir a atenção do analista para alguns aspectos de um con-
junto de dados. Alguns exemplos de gráficos são: diagrama de barras, diagrama em setores, histograma,
boxplot, ramo-e-folhas, diagrama de dispersão, gráfico sequencial.
Resumos numéricos

Por meio de medidas ou resumos numéricos podemos levantar importantes informações sobre o con-
junto de dados tais como: a tendência central, variabilidade, simetria, valores extremos, valores discre-
pantes, etc.
Estatística inferencial (Indutiva)

Utiliza informações incompletas para tomar decisões e tirar conclusões satisfatórias. O alicerce das
técnicas de estatística inferencial está no cálculo de probabilidades. Fazemos uso de:

Estimação

A técnica de estimação consiste em utilizar um conjunto de dados incompletos, ao qual iremos chamar
de amostra, e nele calcular estimativas de quantidades de interesse. Estas estimativas podem ser pon-
tuais (representadas por um único valor) ou intervalares.

Teste de Hipóteses

O fundamento do teste estatístico de hipóteses é levantar suposições acerca de uma quantidade não
conhecida e utilizar, também, dados incompletos para criar uma regra de escolha.
População e amostra

É o conjunto de todas as unidades sobre as quais há o interesse de investigar uma ou mais caracterís-
ticas.
Variáveis e suas classificações

Qualitativas – quando seus valores são expressos por atributos: sexo (masculino ou feminino), cor da
pele, entre outros. Dizemos que estamos qualificando.

Quantitativas – quando seus valores são expressos em números (salários dos operários, idade dos
alunos, etc). Uma variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites recebe o nome
de variável contínua; e uma variável que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto enumerá-
vel recebe o nome de variável discreta.

Fases do método estatístico

— Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características men-
suráveis do fenômeno que se quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos necessários à
sua descrição. A coleta pode ser direta e indireta.

73
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
— Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos devem ser cuidadosamente criticados,
à procura de possível falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou de certo
vulto, que possam influir sensivelmente nos resultados. A crítica pode ser externa e interna.

— Apuração dos dados: soma e processamento dos dados obtidos e a disposição mediante critérios
de classificação, que pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica.

— Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser apresentados sob forma adequada
(tabelas ou gráficos), tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatísti-
co.

— Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos re-
sultados obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por base a indução
ou inferência, e tiramos desses resultados conclusões e previsões.
Censo

É uma avaliação direta de um parâmetro, utilizando-se todos os componentes da população.


Principais propriedades:

- Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;

- É caro;

- É lento;

- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em períodos de anos 10 em 10 anos);

- Nem sempre é viável.

Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não organizados, obtidos diretamente da obser-
vação de um fenômeno coletivo.

Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.


Média aritmética

Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos
pelo número de elementos do conjunto.

Representemos a média aritmética por .

A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na pesquisa for quantitativa. Não faz senti-
do calcular a média aritmética para variáveis quantitativas.

Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferentes grupos, se for possível calcular a
média, ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências.

Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos jogadores é:

1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0

Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obteremos a média aritmética das alturas:

A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.

74
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Média Ponderada

A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um “de-
terminado peso” é chamada média aritmética ponderada.

Mediana (Md)

Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn

Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o número de termos da sequência que precedem
xi é igual ao número de termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn) em rol.

Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média aritmética entre os termos xj e xj +1, tais
que o número de termos que precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é, a me-
diana é a média aritmética entre os termos centrais da sequência (xn) em rol.
Exemplo 1:

Determinar a mediana do conjunto de dados:

{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}


Solução:

Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo
médio desse rol. Logo: Md=12

Resposta: Md=12.
Exemplo 2:

Determinar a mediana do conjunto de dados:

{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.


Solução:

Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:

(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética entre os dois termos centrais do rol.

Logo:

Resposta: Md=15
Moda (Mo)

Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda aquele valor que ocorre com maior
frequência.

Observação:

A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.


Exemplo 1:

O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8, isto é, Mo=8.

75
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Exemplo 2:

O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.


Medidas de dispersão

Duas distribuições de frequência com medidas de tendência central semelhantes podem apresentar
características diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o grau de disper-
são ou variação dos dados em torno da média ou de qualquer outro valor de concentração. Esses índices
são chamados medidas de dispersão.
Variância

Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um conjunto de números em relação à sua
média aritmética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido:

Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua média aritmética. Chama-se variância desse con-
junto, e indica-se por , o número:

Isto é:

E para amostra

Exemplo 1:

Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o seguinte desempenho, descrito na tabela
abaixo:

Jogo Número de pontos


1 22
2 18
3 13
4 24
5 26
6 20
7 19
8 18

a) Qual a média de pontos por jogo?

b) Qual a variância do conjunto de pontos?

76
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Solução:

a) A média de pontos por jogo é:

b) A variância é:

Desvio médio
Definição

Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma sequência. Esta medida representa a
média das distâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.

Desvio padrão
Definição

Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse
conjunto, e indica-se por , o número:

Isto é:

Exemplo:

As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05
m. Calcular:

a) A estatura média desses jogadores.

b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.

77
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Solução:

Sendo a estatura média, temos:

Sendo o desvio padrão, tem-se:

— Gráficos

Os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, os quais costumam ser dispostos em
tabelas quando se realiza pesquisas estatísticas21. Eles trazem muito mais praticidade, principalmente
quando os dados não são discretos, ou seja, quando são números consideravelmente grandes. Além dis-
so, os gráficos também apresentam de maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.
Elementos do Gráfico

Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em consideração alguns elementos que são
essenciais para sua melhor compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à necessidade de passar
uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, em um gráfico estatístico, não deve haver mui-
tas informações, devemos colocar nele somente o necessário.

As informações em um gráfico devem estar dispostas de maneira clara e verídica para que os resulta-
dos sejam dados de modo coeso com a finalidade da pesquisa.”
Tipos de Gráficos

Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar dados, diagramas são gráfi-
cos construídos em duas dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-los. A seguir,
listamos alguns.
• Gráfico de Pontos

Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma tabela de distribuição de fre-
quência, sendo ela absoluta ou relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar os dados das
tabelas de forma resumida e que possibilite a análise das distribuições desses dados.

Exemplo: Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil, na qual foram cole-
tadas as idades das crianças. Nessa coleta foi organizado o seguinte rol:

Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}

Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.


21 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm

78
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada idade e o somatório de todos
os pontos fornece-nos a quantidade total de dados coletados.
• Gráfico de linha

É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo do tempo, esse tipo de
gráfico é muito presente em análises financeiras. O eixo das abscissas (eixo x) representa o tempo, que
pode ser dado em anos, meses, dias, horas etc., enquanto o eixo das ordenadas (eixo y) representa o
outro dado em questão.

Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de realizar a análise de mais de uma tabe-
la, por exemplo.

Exemplo: Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os dados foram dispos-
tos em uma tabela.

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Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito do crescimento ou do de-
crescimento dos rendimentos da empresa.
• Gráfico de Barras

Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando retângulos de mesma largu-
ra e altura. Altura essa que deve ser proporcional ao dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do
dado, maior deve ser a altura do retângulo.

Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo analisar o percentual de determinada
população que acesse ou tenha: internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou tablet. Os
resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como este:

• Gráfico de Colunas

Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a mesma finalidade. O gráfico de
colunas então é usado quando as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco
no gráfico de barra.

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Exemplo: Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando determinada grandeza ao
longo de alguns anos.

• Gráfico de Setor

É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em setores, as áreas dos se-
tores são proporcionais às frequências dos dados, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do
setor circular.

Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências
diversas para determinada grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação em candi-
datos em uma eleição.

• Histograma

O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que apresenta diversos retângulos justapostos
(barras verticais)22.

Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, entretanto, o histograma não apresenta
espaço entre as barras.

22 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/

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• Infográficos

Os infográficos representam a união de uma imagem com um texto informativo. As imagens podem
conter alguns tipos de gráficos.

— Tabelas

As tabelas são usadas para organizar algumas informações ou dados. Da mesma forma que os gráfi-
cos, elas facilitam o entendimento, por meio de linhas e colunas que separam os dados.

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Sendo assim, são usadas para melhor visualização de informações em diversas áreas do conhecimen-
to. Também são muito frequentes em concursos e vestibulares.

Aplicação dos conteúdos acima listados em resolução de problemas

Prezado candidato, o tema supracitado foi abordado no decorrer da matéria.

Bons estudos!

PARTE 2: Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou


eventos fictícios; deduzir novas informações das relações fornecidas e avaliar as
condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Diagramas lógicos.
Proposições e conectivos: Conceito de proposição, valores lógicos das proposições,
proposições simples, proposições compostas. Operações lógicas sobre proposições:
Negação, conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional, bicondicional. Cons-
trução de tabelas-verdade. Tautologias, contradições e contingências. Implicação ló-
gica, equivalência lógica, Leis De Morgan. Argumentação e dedução lógica. Sentenças
abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. Quantificador universal, quantifi-
cador existencial, negação de proposições quantificadas. Argumentos Lógicos Deduti-
vos; Argumentos Categóricos.

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO

Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver problemas matemáticos, e é uma forma de
medir seu domínio das diferentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de tabelas
e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte consiste nos seguintes conteúdos:

- Operação com conjuntos.

- Cálculos com porcentagens.

- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.

- Geometria básica.

- Álgebra básica e sistemas lineares.

- Calendários.

83
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- Numeração.

- Razões Especiais.

- Análise Combinatória e Probabilidade.

- Progressões Aritmética e Geométrica.


RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO

Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.


ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL

O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio
lógico temporal ou orientação temporal envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.

O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:

- Lógica sequencial

- Calendários
RACIOCÍNIO VERBAL

Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.

Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplica-
da ao se candidatar a uma vaga. Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral;
é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento por meio da linguagem.

Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar
um conjunto de afirmações, selecionando uma das possíveis respostas:

A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no tre-
cho)

B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no


trecho)

C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informa-
ções)
ESTRUTURAS LÓGICAS

Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença
declarativa à qual podemos atribuir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se,
portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:

• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valo-
rar a proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:

- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?

- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!

- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.

- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (ex-
pressão paradoxal) – O cachorro do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso,
nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou sentença lógica.
Proposições simples e compostas

• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte
integrante de si mesma. As proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,
s..., chamadas letras proposicionais.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de
duas ou mais proposições simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiús-
culas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

Atenção: todas as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Proposições Compostas – Conectivos

As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais
formam um valor lógico, que podemos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

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1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas ques-
tões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam


proposições lógicas, e V e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.

Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.

A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na


posição horizontal é igual a

( ) Certo

86
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( ) Errado
Resolução:

P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

[ (Q ↔
R Q P v R) ]
P
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo
Proposição

Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido comple-
to. Elas transmitem pensamentos, isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de
determinados conceitos ou entes.
Valores lógicos

São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira
(V), e uma falsidade, se a proposição é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valo-
res lógicos verdade e falsidade respectivamente.

Com isso temos alguns aximos da lógica:

– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo
tempo.

– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos


sempre um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um,


dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição

Elas podem ser:

• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valo-
rar a proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:

- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?

- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!

- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.

- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (ex-
pressão paradoxal) – O cachorro do meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

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• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso,
nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou sentença lógica.
Proposições simples e compostas

• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte
integrante de si mesma. As proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,
s..., chamadas letras proposicionais.

Exemplos

r: Thiago é careca.

s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de
duas ou mais proposições simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiús-
culas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

Exemplo

P: Thiago é careca e Pedro é professor.

atenção: todas as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.
Exemplos:

1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:

– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”

– A expressão x + y é positiva.

– O valor de √4 + 3 = 7.

– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.

– O que é isto?

Há exatamente:

(A) uma proposição;

(B) duas proposições;

(C) três proposições;

(D) quatro proposições;

(E) todas são proposições.


Resolução:

Analisemos cada alternativa:

(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não
é uma sentença lógica.

(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógi-
ca.

(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente
do resultado que tenhamos

88
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não
estamos considerando a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a
sentença).

(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase inter-
rogativa.
Resposta: B.
Conectivos (conectores lógicos)

Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples,
usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

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Exemplo:

2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da lin-
guagem comum) ou símbolos (da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com
regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apresenta exemplos de conjunção, negação e
implicação, respectivamente.

(A) ¬ p, p v q, p ∧ q

(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q

(C) p -> q, p v q, ¬ p

(D) p v p, p -> q, ¬ q

(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:

A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo


símbolo ∧. A negação é representada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição
simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma proposição composta do tipo condicional
(Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.
Tabela Verdade

Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das
proposições simples que a compõe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICA-
MENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes, ficando por eles UNIVOCAMENTE
determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a inte-
gram, sendo dado pelo seguinte teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes con-
tém 2n linhas.”
Exemplo:

3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de li-
nhas da tabela-verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:

(A) 2;

(B) 4;

(C) 8;

(D) 16;

(E) 32.
Resolução:

Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:

Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.

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Resposta D.
Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência

• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).

Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma
tautologia, quaisquer que sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A
contradição é a negação da Tautologia e vice versa.

Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é
uma contradição, quaisquer que sejam as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a
contingência é uma proposição composta que não é tautologia e nem contradição.
Exemplos:

4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo,
criou sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disci-
plina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu vocabulário particular cons-
tava, por exemplo:

P: Cometeu o crime A.

Q: Cometeu o crime B.

R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.

S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era
inafiançável.

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e


Q como verdadeiras ou falsas.

( ) Certo

( ) Errado
Resolução:

Considerando P e Q como V.

(V→V) ↔ ((F)→(F))

(V) ↔ (V) = V

Considerando P e Q como F

(F→F) ↔ ((V)→(V))

(V) ↔ (V) = V

Então concluímos que a afirmação é verdadeira.

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Resposta: Certo.
Equivalência

Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas
diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.

Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADI-


ÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:

5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:

(A) Se João é rico, então Maria é pobre.

(B) João não é rico, e Maria não é pobre.

(C) João é rico, e Maria não é pobre.

(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.

(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.


Resolução:

Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples.
Para tal, trocamos o conectivo por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam
como fica:

Resposta: B.

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Leis de Morgan

Com elas:

– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que
pelo menos uma é falsa

– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas
são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGA- CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
ÇÃO transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

CONECTIVOS

Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples,
usam-se os conectivos.

CONECTI- ESTRUTURA
OPERAÇÃO EXEMPLOS
VO LÓGICA
Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclu-
v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
siva
Disjunção Exclu-
v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
siva
Se Fernando é médico então Nicolas é Engenhei-
Condicional → Se p então q
ro.
p se e somente Fernando é médico se e somente se Nicolas é
Bicondicional ↔
se q Engenheiro.

Conectivo “não” (~)

Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V)
quando p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)

Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção,


tem-se a seguinte tabela-verdade:

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ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando
todas as sentenças, ou argumentos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

Conectivo “ou” (v)

Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e
inteligente).

Conectivo “ou” (v)

Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e
vice-versa).

• Mais sobre o Conectivo “ou”

– “inclusivo”(considera os dois casos)

– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)


Exemplos:

R: Paulo é professor ou administrador

S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser
ambas.

No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

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Exemplo:

R: Paulo é professor ou administrador

S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser
ambas.

No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)

Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada subjunção ou condicional. Considere a


seguinte subjunção: “Se fizer sol, então irei à praia”.

1. Podem ocorrer as situações:

2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)

3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)

4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)

5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não disse o que faria se não fizesse sol. As-
sim, poderia ir ou não ir à praia). Temos então sua tabela verdade:

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira
e a segunda, q, for falsa.
Conectivo “Se e somente se” (↔)

Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada bijunção ou bicondicional, que também
pode ser lida como: “p é condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e
suficiente para p”.

Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somente se fizer sol”. Podem ocorrer as situa-
ções:

1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)

2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)

3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)

4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela verdade:

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Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas
ou ambas verdadeiras.

ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que
assim você possa resolver qualquer questão referente ao assunto.

Ordem de precedência dos conectivos:

O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expres-
são qualquer. A lógica matemática prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:

(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da
linguagem comum) ou símbolos (da linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo
com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apresenta exemplos de conjunção, ne-
gação e implicação, respectivamente.

(A) ¬ p, p v q, p ∧ q

(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q

(C) p -> q, p v q, ¬ p

(D) p v p, p -> q, ¬ q

(E) p v q, ¬ q, p v q
Resolução:

A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo


símbolo ∧. A negação é representada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição
simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma proposição composta do tipo condicional
(Se, então) é representada pelo símbolo (→).

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Resposta: B
CONTRADIÇÕES

São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre
FALSO, independentemente do valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:

A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:

Exemplo:

(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~P ∧ P é:

(A) uma tautologia.

(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.

(C) uma contradição.

(D) uma contingência.

(E) uma disjunção.


Resolução:

Montando a tabela teremos que:

P ~p ~p ^p
V F F
V F F
F V F
F V F

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante de uma CONTRADIÇÃO.

Resposta: C

A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,q,r,...) quando Q é verdadeira todas as


vezes que P é verdadeira. Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distintos. O primeiro (“→”) representa a con-
dicional, que é um conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica que pode ou
não existir entre duas proposições.
Exemplo:

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Observe:

- Toda proposição implica uma Tautologia:

- Somente uma contradição implica uma contradição:

Propriedades

• Reflexiva:

– P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)

– Uma proposição complexa implica ela mesma.

• Transitiva:

– Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e

Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então

P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)

– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R
Regras de Inferência

• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas de proposições conhecidas ou decidi-


damente verdadeiras. Em outras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de proposições
verdadeiras já existentes.
Regras de Inferência obtidas da implicação lógica

• Silogismo Disjuntivo

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• Modus Ponens

• Modus Tollens

Tautologias e Implicação Lógica


• Teorema

P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)

Observe que:

→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das proposições p e q, dá-se a nova proposi-
ção p → q.

⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P → Q é tautológica.


Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético

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Princípio da inconsistência

– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica p ^ ~p ⇒ q

– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer proposição q.

A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológi-


ca.
Lógica de primeira ordem

Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposições com quantificadores. Numa propo-
sição categórica, é importante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coerente e que a
proposição faça sentido, não importando se é verdadeira ou falsa.

Vejamos algumas formas:

- Todo A é B.

- Nenhum A é B.

- Algum A é B.

- Algum A não é B.

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas proposições categóricas.


• Classificação de uma proposição categórica de acordo com o tipo e a relação

Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fundamentais: qualidade e extensão ou
quantidade.

– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição categórica em afirmativa ou negati-


va.

– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica uma proposição categórica em universal


ou particular. A classificação dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade e a extensão, classificam-se em quatro
tipos, representados pelas letras A, E, I e O.
• Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”

Teremos duas possibilidades.

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Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no conjunto “B”, ou seja, que todo e qual-
quer elemento de “A” é também elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de “Todo B é
A”.
• Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”

Tais proposições afirmam que não há elementos em comum entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que
“nenhum A é B” é o mesmo que dizer “nenhum B é A”.

Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte diagrama (A ∩ B = ø):

• Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”

Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta proposição:

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A” tem pelo menos um elemento em co-
mum com o conjunto “B”. Contudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo A é B.
Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B”

Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três representações possíveis:

Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o conjunto “A” tem pelo menos um ele-
mento que não pertence ao conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo que
Algum B não é A.

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• Negação das Proposições Categóricas

Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as seguintes convenções de equivalên-


cia:

– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos uma proposição categórica particular.

– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição categórica particular geramos uma
proposição categórica universal.

– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, sempre, uma proposição de natureza
negativa; e, pela recíproca, negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre, uma propo-
sição de natureza afirmativa.

Em síntese:

Exemplos:

(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não são pardos, e aqueles que não são
pardos miam alto.

Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afirmação anterior é:

(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são pardos.

(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.

(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos não miam alto.

(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.

(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é pardo.
Resolução:

Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-
-se a sua negação.

O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo o esquema, pelos quantificadores uni-
versais (todos ou nenhum).

Logo, podemos descartar as alternativas A e E.

A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção, em que trocaremos o conectivo “e”
pelo conectivo “ou”. Descartamos a alternativa B.

102
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Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de que a relação que existe é: Algum A é B,
deve ser trocado por: Todo A é não B.

Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

(CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a afirmação “todos os professores é
psicólogos” e falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira

(A) Todos os não psicólogos são professores.

(B) Nenhum professor é psicólogo.

(C) Nenhum psicólogo é professor.

(D) Pelo menos um psicólogo não é professor.

(E) Pelo menos um professor não é psicólogo.


Resolução:

Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a negação de um quantificador universal


categórico afirmativo se faz através de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo menos
um professor não é psicólogo.
Resposta: E
• Equivalência entre as proposições

Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na resolução de questões.

Exemplo:

(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação lógica da sentença “Todo número
natural é maior do que ou igual a cinco”?

(A) Todo número natural é menor do que cinco.

(B) Nenhum número natural é menor do que cinco.

(C) Todo número natural é diferente de cinco.

(D) Existe um número natural que é menor do que cinco.

(E) Existe um número natural que é diferente de cinco.


Resolução:

Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-se a sua negação.

103
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O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o esquema abaixo, pelo quantificador
algum, pelo menos um, existe ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com Todos e
Nenhum, que também são universais.

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem quantificadores universais (todo e nenhum).
Descartamos as alternativas A, B e C.

Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a cinco”. Negaremos usando o termo “ME-
NOR do que cinco”.

Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser negado passa a ser menor do que cinco
(4, 3, 2,...).
Resposta: D
Diagramas lógicos

Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários problemas. É uma ferramenta para resolver-
mos problemas que envolvam argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento podem ser
formadas por proposições categóricas.
ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para conseguir resolver questões que
envolvam os diagramas lógicos.

Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

PREPOSI-
TIPO DIAGRAMAS
ÇÃO

TODO
A
AéB

Se um elemento pertence ao conjunto A, então pertence também


a B.

104
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NENHUM
E
AéB

Existe pelo menos um elemento que pertence a A, então não


pertence a B, e vice-versa.

Existe pelo menos um elemento comum aos conjuntos A e B.

Podemos ainda representar das seguintes formas:


ALGUM
I
AéB

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ALGUM
O
A NÃO é B

Perceba-se que, nesta sentença, a atenção está sobre o(s) elemento


(s) de A que não são B (enquanto que, no “Algum A é B”, a atenção
estava sobre os que eram B, ou seja, na intercessão).

Temos também no segundo caso, a diferença entre conjuntos, que


forma o conjunto A - B

Exemplo:

(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO – IADES) Considere as proposi-


ções: “todo cinema é uma casa de cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é casa
de cultura”. Logo, é correto afirmar que

(A) existem cinemas que não são teatros.

(B) existe teatro que não é casa de cultura.

(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.

(D) existe casa de cultura que não é cinema.

(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.


Resolução:

Vamos chamar de:

Cinema = C

Casa de Cultura = CC

Teatro = T

Analisando as proposições temos:

- Todo cinema é uma casa de cultura

106
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- Existem teatros que não são cinemas

- Algum teatro é casa de cultura

Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC

Segundo as afirmativas temos:

(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último diagrama vimos que não é uma verda-
de, pois temos que existe pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.

(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mesmo princípio acima.

(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado, a primeira proposição já nos afirma o
contrário. O diagrama nos afirma isso

107
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(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justificativa é observada no diagrama da
alternativa anterior.

(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Correta, que podemos observar no diagra-
ma abaixo, uma vez que todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também não é
cinema.

Resposta: E
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de proposições iniciais redunda em outra proposi-
ção final, que será consequência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa um conjunto
de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do argumento, a uma proposição Q, chamada de
conclusão do argumento.

Exemplo:

P1: Todos os cientistas são loucos.

P2: Martiniano é louco.

Q: Martiniano é um cientista.

O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento formado por duas premissas e a conclu-
são).

108
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A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em verificar se eles são válidos ou inválidos!
Então, passemos a entender o que significa um argumento válido e um argumento inválido.
Argumentos Válidos

Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem construído), quando a sua conclusão é
uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Exemplo:

O silogismo...

P1: Todos os homens são pássaros.

P2: Nenhum pássaro é animal.

Q: Portanto, nenhum homem é animal.

... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um argumento válido, muito embora a veraci-
dade das premissas e da conclusão sejam totalmente questionáveis.
ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTEÚDO! Se a construção está per-
feita, então o argumento é válido, independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!
• Como saber se um determinado argumento é mesmo válido?

Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando diagramas de conjuntos (diagramas de


Venn). Trata-se de um método muito útil e que será usado com frequência em questões que pedem a
verificação da validade de um argumento. Vejamos como funciona, usando o exemplo acima. Quando
se afirma, na premissa P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar essa frase da
seguinte maneira:

Observem que todos os elementos do conjunto menor (homens) estão incluídos, ou seja, pertencem
ao conjunto maior (dos pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase “Todo A é B”.
Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo menor a representar o grupo de quem se segue à
palavra TODO.

Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a palavra-chave desta sentença é NENHUM.
E a ideia que ela exprime é de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

109
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Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença “Nenhum A é B”: dois conjuntos separa-
dos, sem nenhum ponto em comum.

Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas vistas acima e as analisemos em con-
junto. Teremos:

Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:

NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas será que podemos dizer que esta con-
clusão é uma consequência necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o conjunto dos
homens está totalmente separado (total dissociação!) do conjunto dos animais. Resultado: este é um
argumento válido!
Argumentos Inválidos

Dizemos que um argumento é inválido – também denominado ilegítimo, mal construído, falacioso ou
sofisma – quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.
Exemplo:

P1: Todas as crianças gostam de chocolate.

P2: Patrícia não é criança.

Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.

Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois as premissas não garantem (não obri-
gam) a verdade da conclusão. Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois a
primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam de chocolate.

Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade do argumento anterior, provaremos, utili-
zando-nos do mesmo artifício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela primeira premis-
sa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.

110
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Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é criança”. O que temos que fazer aqui
é pegar o diagrama acima (da primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Patrícia,
obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos facilmente que a Patrícia só não poderá
estar dentro do círculo das crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto, concluí-
mos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do diagrama:

1º) Fora do conjunto maior;

2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta
para sabermos se este argumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado (se esta
conclusão) é necessariamente verdadeiro!

- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de chocolate? Olhando para o desenho acima,
respondemos que não! Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círculo), mas tam-
bém pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)! Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas
não garantiram a veracidade da conclusão!
Métodos para validação de um argumento

Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos possibilitarão afirmar se um argumento é
válido ou não!

1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada quando nas premissas do argumento
aparecem as palavras TODO, ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.

111
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada quando não for possível resolver pelo pri-
meiro método, o que ocorre quando nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e nenhum,
mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “•” e “↔”. Baseia-se na construção da tabela-verdade, destacando-se
uma coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a desvantagem de ser mais
trabalhoso, principalmente quando envolve várias proposições simples.

3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e considerando as premissas verdadeiras.

Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a validade de um argumento. Porém, só deve-
mos utilizá-lo na impossibilidade do primeiro método.

Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades. Daí, por meio das operações lógicas
com os conectivos, descobriremos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em verdade,
para que o argumento seja considerado válido.

4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, considerando premissas verdadeiras e conclu-
são falsa.

É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do terceiro método não possibilitará a des-
coberta do valor lógico da conclusão de maneira direta, mas somente por meio de análises mais compli-
cadas.

Em síntese:

112
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Exemplo:

Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______

~p ∨ ~q

Resolução:

-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?

A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.

- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?

A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.

- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?

A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeita-
mente! Mas caso queiramos seguir adiante com uma próxima pergunta, teríamos:

- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma
condicional? A resposta também é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, po-
deremos utilizar, opcionalmente, o 4º método!

Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.


Resolução pelo 3º Método

Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão verdadeira. Teremos:

- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!

- 1ª Premissa) (p ∧ q)•r é verdade. Sabendo que r é falsa, concluímos que (p ∧ q) tem que ser tam-
bém falsa. E quando uma conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou ambas forem
falsas. Logo, não é possível determinamos os valores lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º
método se mostrar adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o argumento é ou NÃO
VÁLIDO.
Resolução pelo 4º Método

Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Teremos:

- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verdadeiro!

Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas verdadeiras! Teremos:

113
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
- 1ª Premissa) (p∧q)•r é verdade. Sabendo que p e q são verdadeiros, então a primeira parte da con-
dicional acima também é verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: r é verda-
deiro.

- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é falso! Opa! A premissa deveria ser ver-
dadeira, e não foi!

Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no 4º método, é diferente do teste do 3º:
não havendo a existência simultânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que o argu-
mento é válido! Conclusão: o argumento é válido!
Exemplos:

(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam verda-
deiras.

• Quando chove, Maria não vai ao cinema.

• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.

• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.

• Quando Fernando está estudando, não chove.

• Durante a noite, faz frio.

Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.

Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.

( ) Certo

( ) Errado
Resolução:

A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão. Enu-
merando as premissas:

A = Chove

B = Maria vai ao cinema

C = Cláudio fica em casa

D = Faz frio

E = Fernando está estudando

F = É noite

A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)

Lembramos a tabela verdade da condicional:

114
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos:

O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E

Iniciando temos:

4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido
temos que Quando chove tem que ser F.

3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento
seja válido temos que Maria vai ao cinema tem que ser V.

2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja váli-
do temos que Quando Cláudio sai de casa tem que ser F.

5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando
Fernando está estudando pode ser V ou F.

1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V

Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava
estudando (V ou F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado

(PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR – INFORMÁTICA – CES-


GRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca
é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.

Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo

(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.

(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.

(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.

(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada

(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.


Resolução:

Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é bruxa, considerando ela como (V),
precisamos ter como conclusão o valor lógico (V), então:

(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V

(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V

(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V

(1) Tristeza não é uma bruxa (V)

115
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Logo:

Temos que:

Esmeralda não é fada(V)

Bongrado não é elfo (V)

Monarca não é um centauro (V)

Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas fo-
rem verdadeiras, logo, a única que contém esse valor lógico é:

Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.

Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA

Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de
dados fornecidos. Vejamos o passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos
quem ê casado com quem. Eles trabalham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sa-
bemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o nome de cada marido, a profissão
de cada um e o nome de suas esposas.

a) O médico é casado com Maria.

b) Paulo é advogado.

c) Patrícia não é casada com Paulo.

d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da ques-
tão.

1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter
as informações prestadas no enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, espo-
sas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.

Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você
enxergue informações que ficam meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra,
podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos grupos e elementos.

116
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS
Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que
não deixam margem a nenhuma dúvida. Em nosso exemplo:

- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e
“Maria”, e um “N” nas demais células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia,
então colocamos “N” no cruzamento de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo
ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo colocamos “N” no cruza-
mento do nome de Maria com essas profissões).

– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.

– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal

– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médi-
co”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também
completar a tabela gabarito.

Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um
“S” nesta célula. E preenchemos sua tabela gabarito.

117
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Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria
Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informa-
ções que levem a novas conclusões, que serão marcadas nessas tabelas.

Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na
tabela-gabarito. Mas não vamos fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o
problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos continuar o raciocínio e fazer as marcações
mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado, po-
demos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser
casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o enge-
nheiro (que e Carlos) e Maria é casada com o médico (que é Luís).

Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

118
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS
Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:

(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Ma-
riana e Paulo viajaram em janeiro, todos para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba
e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:

− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

− Mariana viajou para Curitiba;

− Paulo não viajou para Goiânia;

− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,

(A) Paulo viajou para Fortaleza.

(B) Luiz viajou para Goiânia.

(C) Arnaldo viajou para Goiânia.

(D) Mariana viajou para Salvador.

(E) Luiz viajou para Curitiba.


Resolução:

Vamos preencher a tabela:

− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

119
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

− Luiz não viajou para Fortaleza.

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

Agora, completando o restante:

Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. Então, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz
para Goiânia

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Paulo N N N S

Resposta: B

Quantificador

É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quantificadores são utilizados para transfor-
mar uma sentença aberta ou proposição aberta em uma proposição lógica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA =


SENTENÇA FECHADA

Tipos de quantificadores

• Quantificador universal (∀)

O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas:

Exemplo:

Todo homem é mortal.

A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será mortal.

Na representação do diagrama lógico, seria:

120
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é homem.

A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões:

1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.

2ª) Se José é homem, então José é mortal.

A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.

A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀ (x) (A (x) → B).

Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão de conjuntos, por isso está associada
ao operador da condicional.
Aplicando temos:

x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da forma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para


todo pertencente a N temos x + 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?

A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador, a frase passa a possuir sujeito e predi-
cado definidos e podemos julgar, logo, é uma proposição lógica.

• Quantificador existencial (∃)

O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:

Exemplo:

“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase é:

O quantificador existencial tem a função de elemento comum. A palavra algum, do ponto de vista lógi-
co, representa termos comuns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃ (x)) (A (x)
∧ B).
Aplicando temos:

121
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈ N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos
um x pertencente a N tal que x + 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença será
verdadeira?

A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador, a frase passou a possuir sujeito e predi-
cado definidos e podemos julgar, logo, é uma proposição lógica.

ATENÇÃO:

– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B” é diferente de “Todo B é A”.

– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é B” é a mesma coisa que “Algum B é


A”.
Forma simbólica dos quantificadores

Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).


Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).
Exemplos:

Todo cavalo é um animal. Logo,

(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.

(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.

(C) Todo animal é cavalo.

(D) Nenhum animal é cavalo.


Resolução:

A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclusões:

– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.

– Se é cavalo, então é um animal.

Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça de animal, pois mantém a relação de
“está contido” (segunda forma de conclusão).
Resposta: B

(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposição (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y


= x) é valorada como V.
Resolução:

Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais (R) existe um y pertencente ao conjun-
to dos números dos reais (R) tal que x + y = x.

– 1º passo: observar os quantificadores.

X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos os valores de x devem satisfazer a pro-
priedade.

122
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é necessário pelo menos um valor de x para
satisfazer a propriedade.

– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos x e y.

O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.

O elemento y pertence ao conjunto os números reais.

– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).

A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?

Existe sim! y = 0.

X + 0 = X.

Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de x somado a 0 será igual a x, podemos
concluir que o item está correto.
Resposta: CERTO

Exercícios

1. PREFEITURA DE VICTOR GRAEFF/RS - PROFESSOR - OBJETIVA/2021

Sabendo-se que a razão entre a altura de certa árvore e a projeção de sua sombra é igual a 3/4 e que
a sua sombra mede 1,6m, ao todo, qual a altura dessa árvore?

(A) 1m

(B) 1,1m

(C) 1,2m

(D) 1,3m

2. PREFEITURA DE JARDINÓPOLIS/SC - FISCAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - GS ASSESSORIA E


CONCURSOS/2021

Na construção de um muro 8 pedreiros levaram 12 dias para conclui-lo. Se a disponibilidade para


fazer esse muro fosse de 6 homens em quanto tempo estaria concluído?

(A) 16

(B) 14

(C) 20

(D) 21

(E) 18

3. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020

Uma escola tem aulas nos períodos matutino e vespertino. Nessa escola, estudam 400 alunos, sendo
o número de alunos do período vespertino igual a 2/3 do número de alunos do período matutino. A razão
entre o número de alunos do período vespertino e o número total de alunos dessa escola é:

123
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
(A) 1/4

(B) 1/3

(C) 2/5

(D) 3/5

(E) 2/3

4. UEPA - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - FADESP/2020

Doze funcionários de um escritório de contabilidade trabalham 8 horas por dia, durante 25 dias, para
atender a um certo número de clientes. Se dois funcionários adoecem e precisam ser afastados por tem-
po indeterminado, o total de dias que os funcionários restantes levarão para atender ao mesmo número
de pessoas, trabalhando 2 horas a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será de:

(A) 23 dias.

(B) 24 dias.

(C) 25 dias.

(D) 26 dias.

5. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020

Seu José cria 36 galinhas em seu sítio. Se todas as galinhas botarem 1 ovo por dia, em uma semana,
o total de ovos que as galinhas terão botado é:

(A) 15 dúzias.

(B) 18 dúzias.

(C) 21 dúzias.

(D) 24 dúzias.

(E) 30 dúzias.

6. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE ADMINISTRATIVO - IBADE/2020

Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava R$ 400,00. Após negociação o vendedor
aplicou um desconto de R$ 25,00. O valor percentual de desconto foi de:

(A) 5,57%

(B) 8,75%

(C) 12,15%

(D) 6,25%

(E) 6,05%

7. ALEPI - CONSULTOR LEGISLATIVO - COPESE - UFPI/2020

Marina comprou 30% de uma torta de frango e 80% de um bolo em uma padaria. Após Marina deixar a
padaria, Pedro comprou o que sobrou da torta de frango por 14 reais e o que sobrou do bolo por 6 reais,
o valor que Marina pagou em reais é:

(A) 28

124
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
(B) 30

(C) 32

(D) 34

(E) 36

8. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR - VUNESP/2020

Do número total de candidatos inscritos em um processo seletivo, apenas 30 não compareceram para
a realização da prova. Se o número de candidatos que fizeram a prova representa 88% do total de inscri-
tos, então o número de candidatos que realizaram essa prova é

(A) 320.

(B) 300.

(C) 250.

(D) 220.

(E) 200.

9. PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/SP - DENTISTA - VUNESP/2021

O gráfico representa a distribuição da quantidade de pessoas que responderam “sim” a quatro pergun-
tas apresentadas em uma pesquisa.

Sabendo que o ângulo central do setor que representa a pergunta 4 mede 135º, é correto afirmar que
o número de pessoas que respondeu a essa pergunta foi:

(A) 70.

(B) 75.

(C) 80.

(D) 85.

(E) 90.

10. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020

Uma faculdade realizará a Semana da Educação. Veja no gráfico as inscrições que foram realizadas
para cada modalidade oferecida na Semana da Educação.

125
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
As modalidades que tiveram menos e mais inscrições, respectivamente, foram

(A) Sarau e Palestra.

(B) Sarau e Apresentações de trabalho.

(C) Oficinas e Palestra.

(D) Oficinas e Minicursos.

(E) Minicursos e Apresentações de trabalho.

11. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020

No município de Linda Flor há cinco escolas de Ensino Fundamental. Veja na tabela a seguir a quanti-
dade de alunos matriculados em cada etapa do Ensino Fundamental nessas escolas.

De acordo com a tabela, a escola de Ensino Fundamental do município de Linda Flor que possui a
maior quantidade de alunos matriculados é:

(A) Carlos Silva.

(B) Dulce da Costa.

(C) Mário Gomes.

(D) Nilce Modesto.

(E) Osvaldo Bastos.

12. PREFEITURA DE VENÂNCIO AIRES/RS - PSICOPEDAGOGO - OBJETIVA/2021

Um posto de combustível está com promoção em prol de uma entidade. Em dias normais, o litro da
gasolina está R$ 4,00, mas, na promoção, abastecendo o carro e doando o valor de R$ 20,00 para uma
entidade beneficente, o litro da gasolina sai por R$ 3,75. A promoção feita pelo posto pode ser descrita
por uma função. Como é chamada essa função e como podemos escrevê-la?

(A) Função de primeiro grau, f(x) = 4x − 3,75x + 20

126
1752461 E-book gerado especialmente para DANIEL PINTO RAMBOW
(B) Função de segundo grau, f(x) = 4x2 − 3,75x + 20

(C) Função de segundo grau, f(x) = 3,75x2 + 20

(D) Função de primeiro grau, f(x) = 3,75x + 20

(E) Função de segundo grau, f(x) = 4x + 3,75 + 20

13. PREFEITURA DE ICAPUÍ/CE - AGENTE ADMINISTRATIVO - CETREDE/2021

Se tenho R$150,00 em julho e aplico essa quantia a juros simples de 3% ao mês, qual o valor que
terei em outubro?

(A) R$133,50.

(B) R$163,50.

(C) R$173,00.

(D) R$183,50.

(E) R$193,00.

14. PREFEITURA DE LARANJAL PAULISTA/SP - AUXILIAR ADMINISTRATIVO - AVANÇA SP/2021

Um pai e uma mãe, no dia do nascimento do seu filho, resolveram aplicar uma determinada quantia
em um investimento. Esse dinheiro será resgatado quando o filho fizer 18 anos. Considerando que o va-
lor aplicado foi de R$ 15.000,00 com taxa de juros simples de 1,5 % ao mês, qual será o valor do resga-
te?

(A) R$ 48.600,00

(B) R$ 63.600,00

(C) R$ 78.600,00

(D) R$ 83.600,00

(E) R$ 98.600,00

15. PREFEITURA DE SÃO BENTO DO SUL/ - PROFESSOR DE ANOS FINAIS - OMNI/2021

Um homem, precisando fazer um empréstimo, consultou uma agência bancária para analisar suas
possibilidades. Ele quer fazer um empréstimo no valor de R$ 5 000,00 e pagá-lo em uma única parcela
dois anos após a data do empréstimo. Para isso o banco apresentou duas propostas:

• Modalidade de juros simples, com uma taxa de 10 · i % ao ano.

• Modalidade de juros compostos, com uma taxa de · i % ao ano.

Após analisar as propostas, este homem percebeu que o valor a ser pago ao fim do período de 2 anos
eram os mesmos para ambos os casos. Dessa forma, qual é o valor de i?

(A) 12.

(B) 15.

(C) 18.

(D) 20.

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GABARITO

1 C
2 A
3 C
4 B
5 c
6 D
7 B
8 D
9 E
10 D
11 B
12 D
13 B
14 B
15 C

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