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Conceitos Básicos da Geometria Plana

Ponto

O ponto é representado na geometria por letras maiúsculas sendo definido por Euclides
como algo que não possui partes nem dimensões.

Reta

A reta é formada por pontos reunidos formando uma linha, sem largura e com
comprimento. A reta é infinita para os dois sentidos. Representamos uma reta na
geometria por letras minúsculas.

As retas podem ser apresentadas nas seguintes posições:

 Vertical;

 Horizontal;

 Inclinada.

 Retas Concorrentes: são retas que se cruzam em um ponto em comum;

 Retas Paralelas: são retas que não se cruzam e estão a uma mesma distância no
plano para todos os pontos.

Plano

O plano é formado por uma superfície que contém todos os pontos e retas. O plano
possui duas dimensões: comprimento e largura. É representado na geometria por
letras do alfabeto grego.

Segmento de Reta

O segmento de reta é a parte de uma reta que está compreendida entre dois pontos da
reta. É finito, ou seja, possui início e fim. E é sempre representado por duas letras
maiúsculas com um traço em cima.
Semirreta

A semirreta possui início em um ponto da reta e é infinita para uma das suas direções. É
representada na geometria por duas letras maiúsculas com uma seta em cima indicando
a direção.

Ângulos

O ângulo é a região compreendida entre dois segmentos de retas que possuem um


mesmo ponto em comum. Os ângulos são medidos em graus ou radianos. Essa medida é
a abertura entre os dois segmentos de retas.

Área

Área é uma medida usada para definir o tamanho da superfície de uma figura. A área é
calculada usando as medidas de comprimento e largura das figuras geométricas.

Perímetro
O perímetro é a medida equivalente à soma das medidas dos lados de uma figura
geométrica.

Figuras da Geometria Plana

A geometria plana estuda diversas figuras planas, as principais


são: triangulo, quadrado, retângulo, circulo, circunferência, trapézio e losango. As
figuras planas são chamadas na geometria por polígonos. Polígonos são figuras planas e
fechadas.

Triângulo
O triângulo é uma figura plana formada por três lados. Os lados são segmentos de retas
unidos nos vértices.
Os triângulos são classificados quanto aos lados em: triângulo
equilátero, isósceles e escaleno.

 Triângulo Equilátero: triângulo com todos os lados e ângulos internos


congruentes;

 Triângulo Isósceles: triângulo que possui dois lados e dois ângulos internos
congruentes;

 Triângulo Escaleno: triângulo em que todas as medidas diferem;

Os triângulos também são classificados quanto aos ângulos em: triângulo


retângulo, obtusângulo e acutângulo.

 Triângulo Retângulo: triângulo que possui um ângulo de 90°;

 Triângulo Obtusângulo: triângulo que possui um ângulo interno obtuso (maior


que 90°);

 Triângulo Acutângulo: triângulo que todos os ângulos internos são menores que
90°.

Quadrado
O quadrado é um paralelogramo formado por quatro lados, dois a dois paralelos e com
ângulos internos congruentes e retos (90°).

Retângulo

O retângulo é um paralelogramo com lados dois a dois congruentes e paralelos. Os


ângulos internos são congruentes e retos (90°).
Círculo

O círculo é uma figura plana limitada pela circunferência, e corresponde ao espaço


interno formado pelo conjunto de todos os pontos do plano. Também é chamado disco.

Circunferência

A circunferência é formada por um conjunto de pontos a uma mesma distância do


centro equivalente à medida do raio.

rapézio
O trapézio é um polígono formado por duas bases paralelas e com medidas diferentes.
A base de menor medida é chamada “base menor”, a base de maior medida é chamada
“base maior”.
O trapézio pode ser classificado de acordo a medida dos lados e do ângulo em: trapézio
retângulo, isósceles e escaleno.

 Trapézio Retângulo: quando o trapézio possui dois ângulos internos de 90°;

 Trapézio Isósceles: quando os lados que não são bases são congruentes;

 Trapézio Escaleno: quando todos os lados possuem medidas diferentes.

 Losango
 O losango é um paralelogramo formado por quatro lados, com lados opostos
paralelos e congruentes. Os ângulos opostos também são congruentes.


Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos reúnem diversos conjuntos cujos elementos são números. Eles
são formados pelos números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais. O ramo da
matemática que estuda os conjuntos numéricos é a Teoria dos conjuntos.

Confira abaixo as características de cada um deles tais como conceito, símbolo e


subconjuntos.
Conjunto dos Números Naturais (N)
O conjunto dos números naturais é representado por N. Ele reúne os números que
usamos para contar (incluindo o zero) e é infinito.

Subconjuntos dos Números Naturais

 N* = {1, 2, 3, 4, 5..., n, ...} ou N* = N – {0}: conjuntos dos números naturais não-


nulos, ou seja, sem o zero.
 Np = {0, 2, 4, 6, 8..., 2n, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais pares.
 Ni = {1, 3, 5, 7, 9..., 2n+1, ...}, em que n ∈ N: conjunto dos números naturais ímpares.
 P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, ...}: conjunto dos números naturais primos.

Conjunto dos Números Inteiros (Z)


O conjunto dos números inteiros é representado por Z. Reúne todos os elementos dos
números naturais (N) e seus opostos. Assim, conclui-se que N é um subconjunto de Z
(N ⊂ Z):

Subconjuntos dos Números Inteiros

 Z* = {..., –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, ...} ou Z* = Z – {0}: conjuntos dos números
inteiros não-nulos, ou seja, sem o zero.
 Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros e não-negativos. Note que
Z+ = N.
 Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}: conjunto dos números inteiros positivos e sem o zero.
 Z – = {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0}: conjunto dos números inteiros não-positivos.
 Z*– = {..., –5, –4, –3, –2, –1}: conjunto dos números inteiros negativos e sem o zero.

Conjunto dos Números Racionais (Q)


O conjunto dos números racionais é representado por Q. Reúne todos os números que
podem ser escritos na forma p/q, sendo p e q números inteiros e q≠0.

Q = {0, ±1, ±1/2, ±1/3, ..., ±2, ±2/3, ±2/5, ..., ±3, ±3/2, ±3/4, ...}

Note que todo número inteiro é também número racional. Assim, Z é um subconjunto
de Q.

Importante ressaltar que as dízimas periódicas são números racionais. Elas são números
decimais que se repetem após a vírgula, por exemplo: 1,4444444444... Embora possua
infinitas casas decimais, pode ser escrito como a fração 13/9.

Subconjuntos dos Números Racionais

 Q* = subconjunto dos números racionais não-nulos, formado pelos números racionais


sem o zero.
 Q+ = subconjunto dos números racionais não-negativos, formado pelos números
racionais positivos e o zero.
 Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais
positivos, sem o zero.
 Q– = subconjunto dos números racionais não-positivos, formado pelos números
racionais negativos e o zero.
 Q*– = subconjunto dos números racionais negativos, formado números racionais
negativos, sem o zero.

Conjunto dos Números Irracionais (I)


O conjunto dos números irracionais é representado por I. Reúne os números decimais
não exatos com uma representação infinita e não periódica, por exemplo: 3,141592... ou
1,203040...

Conjunto dos Números Reais (R)


O conjunto dos números reais é representado por R. Esse conjunto é formado pelos
números racionais (Q) e irracionais (I). Assim, temos que R = Q ∪ I. Além disso, N, Z,
Q e I são subconjuntos de R.

Mas, observe que se um número real é racional, ele não pode ser também irracional. Da
mesma maneira, se ele é irracional, não é racional.

Subconjuntos dos Números Reais

 R*= {x ∈ R│x ≠ 0}: conjunto dos números reais não-nulos.


 R+ = {x ∈ R│x ≥ 0}: conjunto dos números reais não-negativos.
 R*+ = {x ∈ R│x > 0}: conjunto dos números reais positivos.
 R– = {x ∈ R│x ≤ 0}: conjunto dos números reais não-positivos.
 R*– = {x ∈ R│x < 0}: conjunto dos números reais negativos.

Intervalos Numéricos
Há ainda um subconjunto relacionado com os números reais que são chamados de
intervalos. Sejam a e b números reais e a < b, temos os seguintes intervalos reais:

Intervalo aberto de extremos: ]a,b[ = {x ∈ R│a < x < b}

Intervalo fechado de extremos: [a,b] = {x ∈ R│a ≤ x ≤ b}

Intervalo aberto à direta (ou fechado à esquerda) de extremos: [a,b[ = {x ∈ R│a ≤ x <
b}

Intervalo aberto à esquerda (ou fechado à direita) de extremos: ]a,b] = {x ∈ R│a < x
≤ b}
Propriedades dos Conjuntos Numéricos

Diagrama dos conjuntos numéricos

Para facilitar os estudos sobre os conjuntos numéricos, segue abaixo algumas de suas
propriedades:

 O conjunto dos números naturais (N) é um subconjunto dos números inteiros: Z (N ⊂


Z).
 O conjunto dos números inteiros (Z) é um subconjunto dos números racionais: (Z ⊂
Q).
 O conjunto dos números racionais (Q) é um subconjunto dos números reais (R).
 Os conjuntos dos números naturais (N), inteiros (Z), racionais (Q) e irracionais (I) são
subconjuntos dos números reais (R).

Equação do Primeiro Grau


As equações de primeiro grau são sentenças matemáticas que estabelecem relações de
igualdade entre termos conhecidos e desconhecidos, representadas sob a forma:

ax+b = 0

Donde a e b são números reais, sendo a um valor diferente de zero (a ≠ 0) e x representa


o valor desconhecido.

O valor desconhecido é chamado de incógnita que significa "termo a determinar". As


equações do 1º grau podem apresentar uma ou mais incógnitas.

As incógnitas são expressas por uma letra qualquer, sendo que as mais utilizadas são x,
y, z. Nas equações do primeiro grau, o expoente das incógnitas é sempre igual a 1.

As igualdades 2.x = 4, 9x + 3 y = 2 e 5 = 20a + b são exemplos de equações do 1º grau.


Já as equações 3x2+5x-3 =0, x3+5y= 9 não são deste tipo.
O lado esquerdo de uma igualdade é chamado de 1º membro da equação e o lado direito
é chamado de 2º membro.

Como resolver uma equação de primeiro grau?


O objetivo de resolver uma equação de primeiro grau é descobrir o valor desconhecido,
ou seja, encontrar o valor da incógnita que torna a igualdade verdadeira.

Para isso, deve-se isolar os elementos desconhecidos em um dos lados do sinal de igual
e os valores constantes do outro lado.

Contudo, é importante observar que a mudança de posição desses elementos deve ser
feita de forma que a igualdade continue sendo verdadeira.

Quando um termo da equação mudar de lado do sinal de igual, devemos inverter a


operação. Assim, se tiver multiplicando, passará dividindo, se tiver somando, passará
subtraindo e vice-versa.

Exemplo

Qual o valor da incógnita x que torna a igualdade 8x - 3 = 5 verdadeira?

Solução
Para resolver a equação, devemos isolar o x. Para isso, vamos primeiro passar o 3 para o
outro lado do sinal de igual. Como ele está subtraindo, passará somando. Assim:

8x = 5 + 3
8x = 8
Agora podemos passar o 8, que está multiplicando o x, para o outro lado dividindo:
x = 8/8
x=1
Outra regra básica para o desenvolvimento das equações de primeiro grau determina o
seguinte:

Se a parte da variável ou a incógnita da equação for negativa, devemos multiplicar todos


os membros da equação por –1. Por exemplo:

– 9x = – 90 . (-1)
9x = 90
x = 10
Equação do Segundo Grau

A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial cujo
termo de maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação
quadrática, é representada por:

ax²+bx+c=0

Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor desconhecido. Já as


letras a, b e c são chamadas coeficientes da equação.
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero, pois
do contrário passa a ser uma equação do 1º grau.
Bx+c=0

Resolver uma equação de segundo grau, significa determinar os valores reais de x, que
tornam a equação verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.

Uma equação do segundo grau possui no máximo duas raízes reais.

Equações do 2º Grau Completas e Incompletas


As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os coeficientes, ou
seja a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).

Ax²+bx+c=0

Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são


diferentes de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).

Uma equação do segundo grau é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0.

Exemplo 1 — equações do 2° grau incompletas

 2x²=0 é incompleta,pois a=2,b=0,c=0


 X+2=0 é incompleta,pois b=0
 -3x²-2x =0, é incompleta,pois c=0

Exemplo 2
Determine os valores de x que tornam a equação 4x2 - 16 = 0 verdadeira.
Solução:

A equação dada é uma equação incompleta do 2º grau, com b = 0. Para equações deste
tipo, podemos resolver, isolando o x. Assim:

4x²=16→x²=16/4→x=√4→x=±2

Note que a raiz quadrada de 4 pode ser 2 e - 2, pois esses dois números elevados ao
quadrado resultam em 4.

Assim, as raízes da equação 4x2 - 16 = 0 são x = - 2 e x = 2

Exemplo 3
Encontre o valor do x para que a área do retângulo abaixo seja igual a 2.
Solução:

A área do retângulo é encontrada multiplicando-se a base pela altura. Assim, devemos


multiplicar os valores dados e igualar a 2.

(x - 2) . (x - 1) = 2

Agora vamos multiplicar todos os termos:

x . x - 1 . x - 2 . x - 2 . (- 1) = 2
x2 - 1x - 2x + 2 = 2
x2 - 3x + 2 - 2 = 0
x2 - 3x = 0
Após resolver as multiplicações e simplificações, encontramos uma equação incompleta
do segundo grau, com c = 0.

Esse tipo de equação pode ser resolvida através da fatoração, pois o x se repete em
ambos os termos. Assim, iremos colocá-lo em evidência.

x . (x - 3) = 0

Para o produto ser igual a zero, ou x = 0 ou (x - 3) = 0. Contudo, substituindo x por


zero, as medidas dos lados ficam negativas, portanto, esse valor não será resposta da
questão.

Então, temos que o único resultado possível é (x - 3) = 0. Resolvendo essa equação:

x-3=0
x=3
Desta forma, o valor do x para que a área do retângulo seja igual a 2 é x = 3.

Fórmula de Bhaskara
Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de Bhaskara para
encontrar as raízes da equação.

A fórmula é apresentada abaixo:

X=-b±√∆
2.a

Fórmula do Delta
Na fórmula de Bhaskara, aparece a letra grega Δ (delta), chamada discriminante da
equação, pois conforme o seu valor é possível saber qual o número de raízes (soluções)
que a equação terá.

Para determinar o delta usamos a seguinte fórmula:

∆=b²-4.a.c
Passo a Passo

Para resolver uma equação do 2º grau, usando a fórmula de Bhaskara, devemos seguir
os seguintes passos:

1º Passo: Identificar os coeficientes a, b e c.

Nem sempre os termos da equação aparecem na mesma ordem, portanto, é importante


saber identificar os coeficientes, independente da sequência em que estão.

O coeficiente a é o número que está junto ao x2, o b é o número que acompanha o x e


o c é o termo independente, ou seja, o número que aparece sem o x.

2º Passo: Calcular o delta.

Para calcular as raízes é necessário conhecer o valor do delta. Para isso, substituímos as
letras na fórmula pelos valores dos coeficientes.

Podemos, a partir do valor do delta, saber previamente o número de raízes que terá a
equação do 2º grau. Ou seja, se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0), a equação terá
duas raízes reais e distintas.

Se ao contrário, delta for menor que zero (Δ < 0), a equação não apresentará raízes reais
e se for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará somente uma raiz.

3º Passo: Calcular as raízes.

Se o valor encontrado para delta for negativo, não precisa fazer mais nenhum cálculo e a
resposta será que a equação não possui raízes reais.

Caso o valor do delta seja igual ou maior que zero, devemos substituir todas as letras
pelos seus valores na fórmula de Bhaskara e calcular as raízes.

Exemplo 4
Determine as raízes da equação 2x2 - 3x - 5 = 0
Solução:

Para resolver, primeiro devemos identificar os coeficientes, assim temos:

a=2
b=-3
c=-5
Agora, podemos encontrar o valor do delta. Devemos tomar cuidado com as regras de
sinais e lembrar que primeiro devemos resolver a potenciação e a multiplicação e depois
a soma e a subtração.

Δ = (- 3)2 - 4 . (- 5) . 2 = 9 +40 = 49

Como o valor encontrado é positivo, encontraremos dois valores distintos para as raízes.
Assim, devemos resolver a fórmula de Bhaskara duas vezes. Temos então:
X1=-(-3)+√49 = 3+7= 10 = 5
2.2 4 4 2
X2= =-(-3)-√49 = 3-7= -4 = -1
2.2 4 4

Assim, as raízes da equação 2x2 - 3x - 5 = 0 são x = 5/2 e x = - 1.

Sistema de Equações do 2º Grau


Quando queremos encontrar valores de duas incógnitas diferentes que satisfaçam
simultaneamente duas equações, temos um sistema de equações.

As equações que formam o sistema podem ser do 1º grau e do 2º grau. Para resolver
esse tipo de sistema podemos usar o método da substituição e o método da adição.

Exemplo 5
Resolva o sistema abaixo:
3x²-y=5
y-6x=4

Solução:
Para resolver o sistema, podemos utilizar o método da adição. Neste método, somamos
os termos semelhantes da 1ª equação com os da 2ª equação. Assim, reduzimos o sistema
para uma só equação.

3x²-y=5
y-6x=4
3x²-6x=9

Podemos ainda simplificar todos os termos da equação por 3 e o resultado será a


equação x2 - 2x - 3 = 0. Resolvendo a equação, temos:

Δ = 4 - 4 . 1 . (- 3) = 4 + 12 = 16

Depois de encontrar os valores do x, não podemos esquecer que temos ainda de


encontrar os valores de y que tornam o sistema verdadeiro.

Para isso, basta substituir os valores encontrados para o x, em uma das equações.

y1 - 6. 3 = 4
y1 = 4 + 18
y1 = 22
y2 - 6 . (-1) = 4
y2 + 6 = 4
y2 = - 2
Portanto, os valores que satisfazem ao sistema proposto são (3, 22) e (- 1, - 2)
Relação de pertinência

A relação de pertinência mostra se um elemento está dentro ou não de um conjunto, ou


seja, se ele pertence ou não pertence a um conjunto. Vamos utilizar os seguintes
símbolos para a relação de pertinência.

Assim, para afirmar se um elemento está ou não no conjunto, devemos utilizar a notação
anterior. Veja:
 Exemplo

Considere o conjunto B = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 15}.


Observe que o elemento 5 está dentro do conjunto B e que o elemento 0, por exemplo,
não está, assim:

Relação de inclusão

A relação de inclusão mostra-nos se um conjunto está contido ou não dentro de outro.


Na relação de inclusão, utilizamos os seguintes símbolos:

 Exemplo

Considere os conjuntos:
A = {1, 2, 3, 4, 5}
B = {2, 3}
C = {5, 6, 7}
Observe que o conjunto B está por completo dentro do conjunto A, portanto, o conjunto
B está contido no conjunto A.
A⸦B
Por outro lado, o conjunto C não está por completo no conjunto A, logo, o conjunto C
não está contido no conjunto A.
Para que o conjunto A esteja contido no conjunto B, todos os elementos de A devem
estar no conjunto B.
Subconjuntos

A ideia de subconjunto está ligada à relação de inclusão, dizemos que A é


subconjunto de B se, e somente se, todos os elementos de A forem elementos de B, ou
seja, se A⸦ B, então A é subconjunto de B.
 Exemplo

Considere os conjuntos A = {a, b, c, d, e} e B ={a, b, c, d, e, f, g, h}.


Observe que todos os elementos de A são elementos de B, portanto, A é subconjunto de
B, isto é: A ⸦ B.
O contrário já não é verdade, pois nem todo elemento de B é elemento de A, portanto, B
não é subconjunto de A.
Conjunto unitário

Um conjunto é dito unitário se ele possuir um único elemento. Veja o exemplo:


 Exemplo

O conjunto A é unitário.
A = {7}
Conjunto universo

O conjunto universo é o que contém todos os outros conjuntos. Por exemplo,


considere os conjuntos A = {– 1, – 2, 1, 2}, B ={0, 1, 2, 3} e C = {1, –1, 2, –2}, veja
que todos eles são compostos por números inteiros, ou seja:

Portanto, o conjunto dos números inteiros é o conjunto universo.


Conjunto complementar

Considere dois conjuntos A e B de forma que A ⸦ B.


O conjunto complementar é formado pela diferença B – A, ou seja, tomamos os
elementos de B e retiramos os elementos de A contidos em B. Esse conjunto é chamado
complementar de B em relação a A.
Conjuntos das partes

O conjunto das partes de A é formado por todos os possíveis subconjuntos dos


elementos do conjunto A. Veja o exemplo:
 Exemplo

Determine o conjunto das partes do conjunto A = {1, 2, 3}


O conjunto das partes é denotado por P (A) = {{1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1,
2, 3}, {}}.
Para determinar o número de elementos do conjunto das partes de A, basta resolver a
potência 2n, em que n é o número de elementos do conjunto A. Do exemplo 6, temos
que o número de elementos de A é 3, logo, o número de elementos do conjunto das
partes de A será:
23
2·2·2
8
Observação: O conjunto vazio {} está contido em todo conjunto.
Igualdade de conjuntos

Dois conjuntos serão iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos elementos em
qualquer que seja a ordem. Desse modo, os conjuntos a seguir são iguais:
A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
B = {6, 5, 4, 3, 2, 1}
C = {6, 6, 5, 4, 5, 4, 3, 6, 2, 1}
Note que os conjuntos A, B, e C possuem os mesmos elementos, ainda que no conjunto
C exista repetições, a definição de Igualdade de conjunto leva em consideração somente
a presença do elemento.
Operações com conjuntos

 União de conjuntos

Considere dois conjuntos A e B, a união entre eles será um novo conjunto formado por
elementos de A ou elementos de B.

Representamos a união com o símbolo U, então A U B é a união entre os conjuntos A e


B.
 Exemplo

Considere os conjuntos A = {a, b, c, d, e} e B ={c, d, e, f, g}.


Para determinar o conjunto união, basta escrever o conjunto formado por elementos que
estão em ambos conjuntos, assim:
A U B = {a, b, c, d, e, f, g}
 Intersecção de conjuntos

A interseção de conjuntos é formada por elementos que estão simultaneamente nos


conjuntos envolvidos. Assim, considerando dois conjuntos A e B, a interseção é
formada por elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Denotamos a
interseção por ∩.
 Exemplo

Considere os conjuntos A = {a, b, c, d, e} e B ={c, d, e, f, g}.


Para determinar a intersecção entre os dois conjuntos, devemos encontrar os elementos
que pertencem a eles.
A ∩ B = {c, d, e}
"Calcular a diferença entre dois conjuntos é procurar os elementos que pertencem a
somente um dos dois conjuntos. Por exemplo, A – B tem como resposta um conjunto
composto por elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto B.

Exemplo: A: {1,2,3,4,5,6} e B: {2,4,6,7,8}. Note que A ∩ B ={2,4,6}, então temos que:

a) A – B = { 1,3,5 }

b) B – A = { 7,8 }"

Sistemas de numeração

Há registros de vários sistemas de numeração durante a história das civilizações.


Com a necessidade de contabilizar, o ser humano desenvolveu a ideia de número e a sua
representação em algarismos e sistemas de numeração. Acontece que cada povo
desenvolveu um tipo de grafia para os números e, consequentemente, houve sistemas
numéricos diferentes, com quantidade de símbolos e rigor matemático distintos.

 Sistema de numeração dos sumérios

O povo sumério, que habitou a região da mesopotâmia, foi responsável pelo


desenvolvimento da escrita cuneiforme. O sistema de numeração desse povo foi o
primeiro, e muitas vezes é tratado também como o sistema de numeração babilônico.
Não se sabe ao certo quem foi o povo responsável pelo desenvolvimento do sistema de
numeração difundido no império babilônico, mas sabe-se que já era conhecido pelos
sumérios.
O sistema de numeração dos sumérios e adotado pelos babilônicos foi construído com
base em dois símbolos.

Sistema de numeração dos sumérios e babilônicos


Características desse sistema:
 Nele é possível escrever qualquer número usando dois símbolos;

 Os números são representados em agrupamentos de 60, ou seja, sua base é


sexagesimal;

 É um sistema posicional;

 Há nele um espaço entre os agrupamentos para representar-se números maiores que


60.

Exemplo

3 x 60 + 10 + 2 = 192
 Sistema de numeração egípcio

Os egípcios desenvolveram um sistema de numeração que também possibilitava a


escrita de grandes números. No entanto, diferentemente do sistema dos sumérios, ele é
posicional, embora existam símbolos específicos para as potências de 10. Para
construir-se os números, no sistema de numeração egípcio, são utilizados sete símbolos,
e as repetições e combinações desses símbolos tornam possível a expressão de números
ainda maiores.

Numeração egípcia.

Características desse sistema:


 Os símbolos são agrupados de 10 em 10;

 Não é posicional;

 Cada símbolo é utilizado no máximo nove vezes;


 Não existe a representação do número zero.

Exemplo
∩∩IIIII
2 x 10 + 5 = 25
 Sistema de numeração chinês

O sistema de numeração chinês é utilizado até hoje, mas, para realização de operações,
os chineses utilizam o sistema indo-arábico. Como ele continua atual, inventou-se um
símbolo para o número zero, mas ele não existiu por vários séculos.

Sistema de numeração chinês.

Para escrever os números, esse sistema usa o princípio da multiplicação, um símbolo


menor seguido de um símbolo maior significa a multiplicação entre eles. Por exemplo,
para escrever-se o número 30, escreve-se o símbolo do número 3 junto ao do número
10.
Características desse sistema:
 Ele possui base 10;

 A combinação de símbolos gera novos símbolos, logo, existe uma quantidade grande
de possíveis algarismos;

 É um sistema posicional.

 Nele o símbolo do zero é bastante atual.

Exemplo

Analisando o número, temos, respectivamente, os símbolos de 3, 1000, 5, 10 e 2.


Quando se tem um símbolo menor à esquerda, multiplicamo-lo pelo número à direita.
3 x 1000 + 5 x 10 + 2 = 3052
Perceba que, para representar-se a centena zero, não foi necessário colocar nenhum
símbolo.
 Sistema de numeração romano

A numeração romana é utilizada até hoje para representação de séculos. Como se trata
de uma representação atual, ela recebeu algumas adaptações no decorrer do tempo. Os
algarismos nesse sistema são representados por letras, e cada letra possui um valor.
I→1
V→5
X → 10
L → 50
C→ 100
D→ 500
M→ 1000
Para representar números diferentes dos demonstrados, utilizamos repetições dos
símbolos. Um mesmo símbolo repete-se até três vezes.
Escrever um símbolo menor à esquerda, na numeração romana,
implica subtração. Por exemplo, o número IV é igual a 5 – 1 = 4, ou o número CD é
igual a 500 – 100 = 400.
Exemplo
MMCDLXIV
Analisando os símbolos, temos: 1000, 1000, 100, 500, 50, 10, 1, 5.
Para símbolos repetidos, realizamos a soma, e quando houver um símbolo menor à
esquerda, fazemos a subtração.
2 x 1000 + 500 – 100 + 50 + 10 + 5 – 1 = 2464
Características desse sistema:
 Não possui representação do zero;

 Há nele sete símbolos;

 Símbolos menores à esquerda indicam subtração.

Sistema de numeração maia


O sistema de numeração maia é vigesimal, ou seja, utiliza 20 símbolos diferentes para
representar números de 0 até 19. Os maias foram o primeiro povo a utilizar-se de um
símbolo para o zero. Esse sistema é composto por três símbolos.
Numeração maia.

Os números nesse sistema são acumulados de 20 em 20, assim os maias fizeram um


sistema de numeração em que a posição numérica é importante.
A escrita dos números maiores que 20 era na vertical, por exemplo:

Nesse caso os pontos superiores representam a quantidade de vintenas, ou seja, há duas


vintenas, e o conjunto de símbolos inferiores (quatro pontos e um traço) significa as
unidades, nove unidades.
O número representado então é: 2 x 20 + 9 = 49.
Características desse sistema:
 É um sistema posicional;

 Existe uma representação do zero;

 Nele se utiliza três símbolos;

 O número é representado na vertical, e as unidades ficam na parte inferior da


representação.

 Sistema indo-arábico

O sistema de numeração que ainda utilizamos sofreu algumas adaptações na grafia


das letras, porém ele traz grande facilidade na realização das operações básicas e na
escrita. Esse sistema, conhecido também como sistema de numeração decimal ou
sistema posicional decimal, possui 10 símbolos para representar os números de 0 até
9.
Nele a posição dos algarismos é importante, algarismos posicionados à frente valem
10 vezes mais que os da posição anterior. Trata-se da divisão que conhecemos como
unidade, dezena, centena, e assim sucessivamente. Ele recebe esse nome, indo-arábico,
por ter recebido a contribuição desses dois povos. Ao primeiro deve-se a sua invenção e
organização; e ao segundo, algumas adaptações e a propagação desses números pelo
comércio.
Os 10 símbolos conhecidos pelo mundo todo hoje são:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Características desse sistema:
 Existe o zero;

 O sistema é posicional;

 As quantidades são agrupadas de 10 em 10.

Vale ressaltar que existiram outros sistemas numéricos e inclusive adaptações dos
apresentados, já que esse tipo de organização e representação é uma espécie de
linguagem que se adapta de acordo com a cultura e a necessidade numérica dos povos.
Um sistema de numeração representa e organiza os números.

Razão e Proporção

Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o


coeficiente entre dois números.

Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando


duas razões possuem o mesmo resultado.

Razão: ou A : B, onde b≠0

Proporção: , onde todos os coeficientes são ≠0

Exemplo 1

Qual a razão entre 40 e 20?

Lembre-se que numa fração, o numerador é o número acima e o denominador, o de


baixo.
Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também
chamada de razão centesimal.

Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de
antecedente (A), enquanto o de baixo é chamado de consequente (B).

Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:

Logo:

A·D = B·C

Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.

2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:

é equivalente

Logo,

D. A = C . B

Porcentagem

Basta multiplicar a porcentagem pelo valor.

Exemplo: calcular 30% de 700.

Basta multiplicar a fração 30/100 por 700.


Probabilidade

"P(A)=n(A)
n(Ω)
P(A) → probabilidade do evento A ocorrer.

n(A) → número de elementos do conjunto A, ou seja, a quantidade pontos amostrais


favoráveis à ocorrência de A.

n(Ω ) → número de elementos do espaço amostral."

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