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Conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais e

reais

Resumo

Ao estudarmos os conjuntos numéricos, estamos dando um foco num segmento do estudo dos conjuntos.
Assim, todas as operações entre os conjuntos também são aplicáveis nesse segmento.

Conjunto dos Números Naturais ( )


O primeiro conjunto numérico a ser estudado é o conjunto dos naturais, representados por “N” que surgiu a
partir do momento que foi sentido a necessidade da contagem de elementos.
N = {0, 1, 2, 4, 5, 6, ...}
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

Obs: A notação “*” simboliza o conjunto sem o elemento nulo.

Conjunto dos Números Inteiros ( )


O conjunto dos números inteiros, representado por “Z”, surgiu a partir do momento que surgiu a ideia de
dívida, assim, entrando os números negativos.
Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

Alguns subconjuntos são destacáveis:


*
1. Conjunto dos números inteiros nao nulos:

*
= {x∈ | x ≠ 0} = {..., −3, −2,1,1,2,3,...}

*
2. Conjunto *
= dos números inteiros positivos não nulos:

* *
= {x∈ | x > 0} = {1,2,3,...}

3. Conjunto +
= dos números inteiros não negativos:

+
= = {x∈ | x ≥ 0} = {0,1,2,3,...}

*
4. Conjunto os números negativos não nulos:

*
= {x∈ | x < 0} = {..., −3, −2, −1}
5. Conjuntos −
dos números inteiros não positivos:


= {x∈ | x ≤ 0} = {..., −3, −2, −1,0}
Conjunto dos Números Racionais ( ):
O conjunto dos racionais surgiram quando houve necessidade de representar uma parte de um inteiro e é
a
todo número da forma , com 𝑏 ≠ 0 . Ou seja, são razões (quocientes) entre dois
números inteiros. A
b
𝑎
definição formal é: ℚ = {𝑥 = |𝑎 ∈ ℤ e 𝑏 ∈ ℤ*}
𝑏

Alguns exemplos:

● 0=0
1

● −2 = −2
1

● 1
2
Da mesma forma que , temos também com definições
temos análogas.

Obs: Lembrando que entre dois números racionais há infinitos números racionais.
Obs2: Dízimas periódicas são racionais pois podem ser escritas sob a forma de fração.

Dízima periódica
Número decimal que possui uma repetição periódica e infinita de termos (período) , mas não tem uma
representação exata. São classificadas como simples e compostas:
● Simples: o período começa logo após a vírgula. Exemplo: 0,3333... , 0,121212.... e 1,3333...
● Composta: Existe uma parte não periódica entre a virgula e o período: Exemplo: 0,0222..., 1,125555...

Elas podem ser representas como 0, 3 e 1,125 com a barra indicando onde começa o período. Com a dízima
periódica dá para descobrir a fração que a gerou, essa chamada fração geratriz.
● Simples. Exemplo: 0,3333...

x = 0,333... , 10x = 3,333...

10x = 3,333... - x = 0,333...

9x = 3
3 1
x= =

1
9 3
Logo, a fração geratriz é .
3
Conjuntos Numéricos: Operações com números reais

Resumo
Operação com numerais
Adição de números naturais
Essa é uma operação fechada no conjunto dos naturais, ou seja, a adição de dois números naturais resulta
em um número natural.
Exemplo: 17 + 8 = 25, ou seja, somando dois naturais, resultado natural.

Propriedades
Associativa: (a + b) + c = a + (b + c) = b + (a + c)
Comutativa: a + b = b + a
Elemento Neutro: O zero é o elemento neutro da adição pois ao somarmos zero, o resultado não se altera.

Multiplicação de números naturais


A multiplicação no conjunto dos naturais também é uma operação fechada pois na multiplicação de
quaisquer dois naturais, o resultado também é natural.
Exemplo: 15 x 8 = 120, ou seja, multiplicando dois naturais, resultado natural.

Propriedades
Comutativa: a . b = b . a
Associativa: (a . b) . c = a . (b . c) = b . (a . c)
Distributiva: a . (b + c) = ab + ac e a.(b – c) = ab - ac
Elemento Neutro: O elemento neutro da multiplicação é o um pois ao multiplicarmos um número por um, o
resultado não se altera.

Divisão de números naturais


Na divisão de números naturais, nem todos os resultados são naturais.

Exemplos: 15 : 5 = 3, porém, 7 : 2 = 3,5 e 3,5 não é natural.

Operações com Inteiros


As operações com números inteiros funcionam como no conjunto dos naturais. O que difere os inteiros são
os números negativos, assim, entramos com a propriedade dos números opostos.
Exemplo: O oposto de 3 = (-1) . 3 = -3 ; O oposto de -4 = (-1) . (-4) = 4.
Operações com Racionais
Com os números racionais, além das propriedades já vistas, adicionamos a propriedade do inverso de um
número.
Exemplo: O inverso de 4 = 4-1 = 1/4

Operações entre frações


Soma e subtração: Caso os denominadores sejam iguais, bastar somar os numeradores e repetir o
denominador.
1
Exemplo: + 4 = 1+4 = 5
6 6 6 6

Caso os denominadores sejam diferentes, calcula-se o menor múltiplo comum entre os denominadores.
Exemplo:
1
+2 = 3+ 4= 7
(MMC entre 2 e 3 = 6).
2 3 6 6 6

Multiplicação: Multiplica-se numerador com numerador e denominador com denominador, simplificando, se


possível, o resultado.
1 2 1𝑥2 2
𝑥 = 1
2 3 = =
2𝑥3 6
3

Divisão: Repete a primeira fração e multiplica pelo = 12 x2 3 = 34


1 2
inverso da segunda fração :
23

Operações com Irracionais


Como os números irracionais são números infinitos e não periódicos, não os representamos como
decimais. Assim, normalmente não efetuamos operações com números irracionais, os deixando indicados
quando isso ocorre.
Exemplo: 1 + √2 é uma soma que deixamos indicados por não conseguir somar ao certo esses valores.
Introdução à geometria plana

Resumo

Principais Conceitos
Ponto, reta e plano são elementos cuja existência é aceita sem uma definição. Suas representações são
dadas por:

Ponto: representamos com letras latinas maiúsculas: A, B, C, P,...

Plano: representamos com letras gregas minúsculas: α , β ,γ ,θ ,...

Reta: representamos com letras latinas minúsculas: a, b, c, r, t,...

Semirreta: uma semirreta é uma das partes de uma reta limitada por um único ponto P.

Segmento de reta: dada uma reta , o segmento de reta AB é a parte limitada entre os pontos
A e B.
Ângulo
Ângulo é a parte do plano delimitada por duas semirretas de mesma origem. Chama-se de lado as duas
semirretas que formam o ângulo, e de vértice a origem comum às duas semirretas.

Representação: ˆ
AO B

Unidade de medida de ângulo: existem duas medidas angulares principais, o grau e o radiano.
do comprimento angular de uma circunferência. Ou seja, uma
1
● Grau: volta completa na circunferência
360

percorre 360°.
● Radiano: Medida angular de um arco com o mesmo comprimento métrico do raio. Como a
circunferência tem comprimento 2π vezes o seu raio, seu comprimento angular é 2π radianos.

2π rad ⇔ 360°

Ângulos adjacentes: dois ângulos são adjacentes se forem consecutivos e não possuírem pontos internos
em comum.
Ângulos consecutivos: dois ângulos são consecutivos quando possuem o mesmo vértice e um lado
comum.

Os ângulos α e β são consecutivos.

Bissetriz: semirreta que divide um ângulo em dois ângulos congruentes.

Ângulos Complementares: dois ângulos que somados dão 90º. Complemento de a é 90° – a.

Ângulos Suplementares: dois ângulos que somados dão 180º. Suplemento de a é 180° – a.

Ângulos Replementares: dois ângulos que somados dão 360°. Replemento de a é 360° – a.
Ângulos Opostos pelo Vértice: dois ângulos serão opostos pelo vértice (O.P.V.) quando um deles for
composto pelas semirretas opostas do outro.
Retas paralelas cortadas por uma transversal / Teorema de Tales

Resumo

Retas paralelas cortadas por um transversal


Sejam r e s duas retas paralelas e uma reta t, concorrente a r e s:

A reta t é denominada transversal às retas r e s. Sua intersecção com as retas determina oito ângulos. Com
relação aos ângulos formados, podemos classificá-los como:

Com isso, podemos demonstrar como a soma dos ângulos internos de um triângulo vale 180°.
Seja ABC um triângulo. Trace a reta que contém o segmento BC . Em seguida, tome a reta paralela à BC
passando por A, conforme a figura abaixo:

Note que a reta que passa por A e por C é transversal às duas outras retas. Com isso o ângulo 𝐴𝐶̂𝐵 (ângulo
vermelho) e 𝐴𝐵̂𝐶 (ângulo verde) tem seus alternos internos na reta que passa por A. Podemos reparar
também que a soma do ângulo verde com o ângulo vermelho e o ângulo cinza dá 180°, conforme queríamos
provar.

Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas é cortado por duas retas transversais, os segmentos determinados sobre a
primeira transversal são proporcionais a seus correspondentes determinados sobre a segunda transversal.

Por Tales:
𝐴𝐵
= 𝐵𝐶
𝐷𝐸 𝐸𝐹
Usando as propriedades de proporção, podemos reescrever a proporção acima de outras formas ainda mais
𝐴𝐶 𝐷𝐹
completas, como, por exemplo, = .
𝐴𝐵 𝐸𝐹
Potenciação

Resumo

A potenciação é uma multiplicação de fatores iguais, considere a multiplicação 2.2.2.2 = 16 , podemos


escrever essa multiplicação como 24 = 16, essa operação chamamos de potenciação, nesse caso o número
2 é a base, o número 4 o expoente e o número 16 é a potência.
Exemplos:
1) 32 = 3.3 = 9
2) 53 = 5.5.5 = 125

A multiplicação de fatores iguais representado por a n onde a é a base e n é o expoente, o expoente indica

a quantidades de fatores que serão multiplicados (nesse caso n fatores). Exemplo: 43 = 4.4.4 = 64 .

As propriedades básicas da potenciação são:


+n
a) am .an = am
No produto de potências de mesma base, conserva-se a base e soma os expoentes.

Exemplo: 23.22 = 25

−n
b) am : an = am
Na divisão de potências de mesma base, conserva-se a base e subtrai os expoentes.

Exemplo: 34 : 32 = 32

c) (a ) = a
m n m.n

Na potenciação de uma potência, conserva-se a base e multiplica os expoentes.

Exemplo: 23( ) =2 2
6

d) (a.b)m = am .bm
Potência de uma multiplicação ou de uma divisão, conserva-se as bases e distribui o mesmo expoente
nas bases.

Exemplo: (2.4)2 = 22.42


e)

Exemplo:
f) a0 = 1
Todo número com elevado ao expoente igual a zero, o resultado sempre será 1.

g) a1 = a
Todo número elevado ao expoente 1, o resultado será sempre o número da base.

h) 1m = 1
O número 1 elevado a qualquer expoente sempre resultará em 1.

⎛ 1 ⎞m
−m
i) a =⎜ ⎟
⎝a⎠

⎛ 1 ⎞2
−2
Exemplo 2 =⎜ ⎟

⎝2⎠

j) an=
1

Exemplo 32 =

Notação científica
Serve para representar grandezas muito grandes ou muito pequenas a partir de potências de 10. A fórmula
da notação científica é: m.10n , onde m é a mantissa, ou seja um número racional maior que 1 e menor que
10 e n represente algum número inteiro que é a potência de 10, também chamado ordem de grandeza.

250000 = 2, 5.105
Por exemplo:
−3
0, 002 = 2.10
Radiciação

Resumo
Radical
Simbolizado por é a raiz n-ésima de um número x com a seguinte
propriedade:

, ou seja, se n (ou índice) for par o número dentro da
Se ⎨ raiz (chamado radicando) tem

que ser maior que 0, caso o índice for ímpar, x pode assumir qualquer valor real. Considerando que

n∈
A radiciação é a operação inversa da potenciação da = x . Por exemplo: 5²=25 e
seguinte forma:

= 5 (quando o n estiver ausente, ele vale 2).

Propriedades.

a) = n:p xm:p . Exemplo:

b) = m x.m y Exemplo: =

c) = . Exemplo: =
d) = m.n x . Exemplo:
=
3.4
3=

No caso da letra B, vale ressaltar que a expressão poderia ter sido escrita como . E usando as

propriedades, pode ser reescrito como . Repare que apenas uma parte do radicando
saiu do radical. Isso acontece porque o expoente é maior que o índice mas não é múltiplo dele. No caso

1
Uma notação muito usual é a de representar a radiciação por um expoente fracionário. Exemplo: 273 =
2 m

n
ou 205 = . Em geral: x =
Racionalização
É o processo de multiplicar o denominador por algum número a fim de torna-lo um número racional, quando
ele for irracional. Exemplos:

1. 2
a)
=
2

3−1 3−1
1 = =
b) . . Nesse exemplo lembre do
produto notável: (a+b)(a-b)=
(a²-b²)

3−1 2

2
c) .
25+22
=
3

6 . =
d)
2
Triângulos: cevianas e pontos notáveis

Resumo

Ceviana
Ceviana é qualquer segmento que parte de um vértice de um triângulo e corta o lado oposto a esse vértice
ou seu prolongamento. São exemplos de cevianas: mediana, altura e bissetriz.

Mediana
Mediana é uma ceviana que liga o vértice de onde ela parte ao ponto médio do lado oposto a esse vértice.

Baricentro
O baricentro é exatamente o ponto de encontro das medianas. É o centro de gravidade (ponto de equilíbrio)
do triângulo.

Importante saber que se BD for uma mediana do triangulo temos algumas relações importantes:

BG = 2DG
2
BG = BD

3
1
DG = BD

Obs: É importante ressaltar que um triângulo possui três medianas e a propriedade do baricentro funciona
com todas elas.
Altura
A altura é uma ceviana que parte de um vértice e faz 90° com o lado oposto ao mesmo ou seu
prolongamento. Ou seja, ela é perpendicular ao lado oposto a esse vértice ou seu prolongamento. De cada
vértice do triângulo parte UMA altura.

Ortocentro
O ortocentro é exatamente o ponto de encontro das três alturas desse triângulo, podendo pertencer ao
exterior do triângulo, ou até mesmo coincidir com um de seus vértices.

Bissetriz
A bissetriz é uma ceviana que parte de um vértice do triângulo e que divide ao meio o ângulo referente a
esse vértice. Em um triângulo, de cada vértice parte UMA bissetriz.

Incentro
O incentro é o ponto de encontros das três bissetrizes internas do triângulo.

O incentro também é o centro da circunferência inscrita nesse triângulo, pois equidista dos três lados.
Repare que D é um dos pontos de tangência da circunferência com o triângulo.
Mediatriz
Qualquer segmento de reta perpendicular a um lado do triângulo e que passa por seu ponto médio.
A reta r é a mediatriz do triângulo ABC relativa ao lado BC pois é perpendicular a BC e M é ponto médio
deste lado.

Circuncentro
Todo triângulo possui três mediatrizes que se encontram em um ponto denominado circuncentro,
simbolizado na figura pela letra C:

O Circuncentro é equidistante dos vértices do triângulo, logo, é o centro da circunferência circunscrita ao


triângulo.

Informações importantes:
● No triângulo equilátero, os pontos notáveis são coincidentes.
● No triângulo isósceles, a altura relativa à base também é bissetriz, mediana e mediatriz.
● A Mediatriz não é dita ceviana, pois não necessariamente parte do vértice.
Segue um mapa mental sobre o assunto! :D
Triângulos: Condição de existência, lei angular, classificação e área

Resumo

Um triângulo é uma figura geométrica constituída a partir de três pontos distintos não colineares e
segmentos de reta que os liga.

Na figura acima, temos que A,B e C são chamados de vértices e os segmentos AB, BC e CA são os lados

Condição de existência
A condição de existência de um triângulo é:
Num triângulo ABC, qualquer lado é menor que a soma dos outros dois e maior que o módulo da diferença,
ou seja, considerando a, b e c os lados do triângulo:

b−c<a<b+

ca−c<b<a

+ca−b<c<

a+b

Note que o triângulo de lados 5, 12 e 13 (comparando com a fórmula anterior a = 5, b = 12 e c= 13)

|12 −13 |< 5 < 12 +13 =| −1|< 5 < 25 = 1 < 5 < 25

| 5 −13 |< 12 < 5 +13 =| −8 |< 12 < 18 = 8 < 12 < 18

| 5 −12 |< 13 < 5 +12 =| −7 |< 13 < 17 = 7 < 13 < 17


Nesse caso é possível existir um triângulo de lados 5,12 e 13.
No entanto, se os lados fossem 5,1 e 7, teríamos:

| 5 −1|< 7 < 5 +1 = 4 < 7 < 6


Como essa desigualdade é falsa, não podemos construir um triângulo cujos lados medem 1, 5 e 7. Ou seja,
isso implica em um triângulo que não “fecha”:

Lei angular
Considere o triângulo abaixo:

Nele temos que α,β e γ são ângulos internos do triângulo. A lei angular dos triângulos diz que a soma dos

ângulos internos de um triângulo qualquer vale 180°. Nesse caso, α +β + γ = 180°.

Teorema do ângulo externo


Observe o triângulo abaixo

Temos que θ, λ e ε são chamados de ângulos externos do triângulo e o teorema do ângulo externo diz que
um ângulo externo tem a mesma medida que a soma de dois ângulos internos não adjacentes (ou seja, o
que não está ao lado dele). Nesse triângulo, temos que:`

⎧θ = β + γ


λ = α +β

ε=γ+α
Por que isso vale?
Observe que 𝜃 e 𝛼, são suplementares, ou seja, 𝜃 + 𝛼 = 180° ⇒ 𝜃 = 180° − 𝛼.

Vimos na lei angular que 𝛼 + 𝛽 + 𝛾 = 180°. Então, podemos substituir 180° pela soma dos ângulos internos.
+β + γ −α = β + γ

α +β + γ = 180°⎫θ
=


θ = 180° − α

Classificação do triângulo
Quanto aos lados
Equilátero: Apresenta os três lados congruentes
Isósceles: Apresenta os dois lados congruentes (e ângulos da base iguais)
Escaleno: Apresenta os três lados diferentes entre si

Quanto aos ângulos


Retângulo: Possui um ângulo interno de 90 graus (reto) e dois ângulos agudos.
Acutângulo: Possui três ângulos internos agudos (menor que 90 graus).
Obtusângulo: Possui um ângulo obtuso (maior que 90 graus) e dois ângulos agudos.

Note que um triângulo é classificado quanto aos lados e quanto aos ângulos.
Exemplo:
O triângulo acima é retângulo e isósceles.
Área do Triângulo
Quando falamos do cálculo da área de uma figura plana, estamos querendo calcular a medida de sua
superfície. Seja b a base do triângulo e h a altura dele. Sua área é dada por:

Uma outra fórmula que nos é muito útil pode ser vista abaixo:

Temos, também, uma fórmula exclusiva para o cálcula da área de triângulos equiláteros:
Grandezas proporcionais e escala

Resumo

Razões e proporções
Razão é a fração determinada por duas grandezas, que visa a obter a relação que se estabelece entre as
quantidades de cada uma delas em uma determinada situação. Assim, uma razão entre as grandezas a e b
é
𝑎
dada por .
𝑏
Quando duas razões têm o mesmo resultado, ou seja, se elas são iguais, determinam uma proporção. Desse
modo, a proporção dada por quatro números a, b, c e d é representada pela seguinte igualdade de razões:
𝑎 𝑐 =𝑘
=
em que k é a constante de
𝑏 𝑑
proporcionalidade.

Grandezas Diretamente Proporcionais


Duas grandezas a e b são diretamente proporcionais quando a razão entre elas é constante, ou seja:
a
=k
b
Assim, ao variar uma grandeza, a outra também varia na mesma razão.

Exemplo: Um pai deixou para seus filhos André, Bruno e Cristiano uma herança de R$ 70.000,00 a ser
distribuída em quantias diretamente proporcionais a 1,2 e 4, respectivamente. Quanto cada um dos três
filhos recebeu?

Chamemos por A, B e C as quantias recebidas por André, Bruno e Cristiano, respectivamente. A seguinte
proporção pode ser montada:
A B C
= = =k

1 2 4
Igualando-se cada razão à constante k de proporcionalidade, podem-se criar as seguintes equações:

A = k , B = 2k e C = 4k

Dessa maneira, sabemos que a soma das quantias recebidas por cada um é o valor total da herança, R$
70.000,00:

A + B + C = 70000

k + 2k + 4k = 70000
7k = 70000

k = 10000
Assim, André recebeu R$ 10 000,00, Bruno recebeu R$ 20 000,00 e Cristiano, R$ 40 000,00.
Grandezas Inversamente proporcionais
Duas grandezas a e b são diretamente proporcionais quando o produto entre elas é constante, ou seja:

a ⋅b = k

Assim, ao variar uma grandeza, a outra também varia na razão inversa.

Exemplo: Um pai deixou para seus filhos André, Bruno e Cristiano uma herança de R$ 70.000,00 a ser
distribuída em quantias inversamente proporcionais a 1, 2 e 4, respectivamente. Quanto cada um dos três
filhos recebeu?

Chamemos por A, B e C as quantias recebidas por André, Bruno e Cristiano, respectivamente.


A seguinte proporção pode ser montada:

A = 2B = 4C = k

Igualando-se cada razão à constante k de proporcionalidade, podem-se criar as seguintes equações:


k
A=k,B= eC=

2 4
Dessa maneira, sabemos que a soma das quantias recebidas por cada um é o valor total da herança, R$
70.000,00:

A + B + C = 70000
k k
k + + = 70000

2 4

4k + 2k + k
= 70000
4
7k = 280000

k = 40000
Assim, André recebeu R$ 40 000,00, Bruno recebeu R$ 20 000,00 e Cristiano, R$ 10 000,00.

Escala
Escalas de mapas e miniaturas são exemplos de razões entre grandezas de mesma natureza (neste caso,
comprimento). Uma escala (e) é a razão entre o comprimento do desenho ou da miniatura (d) e o
comprimento real (r).

E = Medida do desenho = d
Medida Real r

Escalas de mapas e miniaturas geralmente são representadas na forma de 1 : R , ou seja, 1 unidade de


comprimento do desenho representa R unidades de comprimento no real. Existem também escalas de
áreas, que é o valor da escala ao quadrado, e escalas volumétricas, que é o valor da escala ao cubo.
Produtos Notáveis e Fatoração

Resumo

Produtos Notáveis
Por serem frequentes no cálculo algébrico, alguns produtos são chamados de produtos notáveis são eles:
a) Produto da soma pela diferença de dois termos: (x+y).(x-y)
b) Quadrado da soma de dois termos: (x+y).(x+y)=(x+y)²
c) Quadrado da diferença de dois termos: (x-y)(x-y)=(x-y)²

Desenvolvendo esses produtos temos (aplicando a distributiva):


a) (x+y).(x-y)=x²+xy-xy-y²=x²-y²
b) (x+y).(x+y)=(x+y)²=x²+xy+xy+y²=x²+2xy+y²
c) (x-y).(x-y)=(x-y)²=x²-xy-xy+y²=x²-2xy+y²

Alguns exemplos de aplicação :


● (3+x)²=9+2.3.x+x²=9+6x+x²
● (2x-3y)=(2x)²-2.2x.3y+(3y)²=4x²-12xy+9y²
● (4x+2)(4x-2)=16x²-4

Fatoração
Fatorar uma expressão diz respeito a transformação em fatores de um produto. Por exemplo: A forma
fatorada de x²+2x+1 é (x+1)², a forma fatorada de x²-5x+6 é (x-2).(x-3). Fatorar muitas vezes é útil para
simplificações algébricas. Por exemplo:
𝑥²+2𝑥+1
= (𝑥+1).(𝑥+1) = (𝑥 + 1).
𝑥+1 (𝑥+1)

Fator comum em evidência


Uma técnica muito útil é a de fatorar pelo fator comum em evidência. Como por exemplo: 2x+2y. Note que 2
é fator comum em ambos os termos, logo podemos reescrever 2x+2y como 2(x+y). Caso efetue a
distributiva chega-se ao termo original 2x+2y. Alguns exemplos de fatoração pelo fator comum em
evidencia.
● a+ab = a(1+b). Nesse caso o fator comum é o a
● 10x-20y= 10(x+2y).Nesse caso o fator comum é o 10 que é o maior divisor comum entre 10 e 20.

● x³+3x= x(x²+3). Nesse casos o fator comum é o x

● x³y²-xy²+xy. Repare que o fator comum é xy, pois reescrevendo os termos temos que:
o x³y²=xy.x²y
o xy²=xy.y
Dessa forma x³y²-xy²+xy = xy(x²y-y+1)
Agrupamento
Essa outra técnica é usada quando o fator comum é um grupo comum. Por exemplo: 2x+2+ax+a. Nesse
caso podemos fatorar pelo fator comum ficando com 2(x+1)+a(x+1). Note que x+1 é comum logo usando o
agrupamento: (x+1)(2+a). Efetuando a distributiva volta ao 2x+2+ax+a. Outros exemplos:
● x²+ax+bx+ab=x(x+a)+b(x+a)=(x+a)(x+b)
● x³-x²+x-1=x²(x-1)+1.(x-1)=(x+1)(x²-1)
Quadriláteros notáveis: Paralelogramos (definição e área)

Resumo

Quadriláteros são polígonos de 4 lados e que possuem certas características especiais:


● Soma dos ângulos internos é igual a 360°
● Possuem apenas duas diagonais.

Os quadriláteros que mais estudamos são:

Paralelogramo
É o quadrilátero que possui os lados opostos paralelos.

Propriedades:
Área: A = b⋅ h

1. Os lados opostos são congruentes, assim como os ângulos opostos.


2. Os ângulos adjacentes são suplementares.
3. As diagonais se cruzam em seus pontos médios.

Abaixo, veremos tipos especiais de paralelogramos: retângulo, quadrado e losango.

Retângulo:
É o quadrilátero equiângulo, ou seja, possui os quatro ângulos iguais a 90°.

Área: A = b⋅ h
Propriedade:

1. Uma propriedade interessante do retângulo é que suas diagonais têm o mesmo comprimento, ou seja,

AC = BD .
Quadrado
É um quadrilátero regular, ou seja, possui os quatro lados e os quatro ângulos iguais.

Área do quadrado:
A=l2

Losango
É o quadrilátero equilátero, ou seja, possui os quatro lados iguais.

Sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor, temos que

Área:
A=D⋅d
2

Propriedade:
1. Suas diagonais são perpendiculares e são bissetrizes dos ângulos internos, dividindo o losango em
quatro triângulos retângulos.
Quadriláteros notáveis: trapézio (definição e área)

Resumo

Já conhecemos os paralelogramos, agora falta conhecer os trapézios!

Trapézio
É um quadrilátero que possui dois lados paralelos, que são chamados de bases.

A base média de um trapézio pode ser calculado


B+b
através da semi-soma de suas bases, ou seja, Bm =
2

Área: A = Bm ⋅ h = 2

Mediana de Euler
Mediana de Euler é o segmento que une os pontos médios das diagonais de um trapézio e fica localizada
sobre sua base média, conforme é mostrado no desenho:
B
Ela é expressa pela fórmula

b
.
2
Existem 3 tipos de trapézios:

1. Trapézio isósceles:
É aquele cujos lados não paralelos são congruentes.

Propriedade:
Os ângulos de cada base também são congruentes.

2. Trapézio escaleno:
É aquele cujos lados não paralelos têm comprimentos distintos.

3. Trapézio retângulo:
É aquele em que a altura é o próprio lado.

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