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Prefeitura De Caucaia - CE

Guarda Municipal

Matemática

Números relativos inteiros e fracionários: operações e suas propriedades (adição, sub-


tração, multiplicação, divisão e potenciação). Frações ordinárias e decimais. Números
decimais: propriedades e operações............................................................................ 1
Múltiplos e divisores: máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum..................... 25
Expressões numéricas. Equações do 1º e 2º graus. Problemas.................................. 27
Sistemas de medida de tempo. Sistema métrico decimal............................................. 34

Matemática
Sistema monetário brasileiro......................................................................................... 37
Problemas, números e grandezas proporcionais: razões e proporções. Divisão em par-
tes proporcionais. Regra de três simples e composta.................................................. 40
Porcentagem. Juro simples: juros, capital, tempo, taxas e montantes......................... 48
Fundamentos da Teoria dos Conjuntos......................................................................... 51
Funções: Estudo das Relações, definição da função, funções definidas por fórmulas:
domínio, imagem e contradomínio, gráficos, função injetora, sobrejetora e bijetora, fun-
ções par e ímpar, funções crescentes e decrescentes, função inversa, função com-
posta, função polinomial do 1º Grau, quadrática, modular, exponencial e logarítmica,
resoluções de equações, inequações e sistemas......................................................... 59
Sequência..................................................................................................................... 92
Geometria Plana. ngulos: definição, classificação, unidades e operações, feixes de
paralelas cortadas por transversais, Teorema de Tales e aplicações. Polígonos: ele-
mentos e classificação, Diagonais, soma dos ângulos externos e internos, estudo dos
quadriláteros e triângulos, congruências e semelhanças, relações métricas dos triân-
gulos. Área: polígonos e suas partes............................................................................ 96
Álgebra: análise combinatória....................................................................................... 106
Geometria Espacial: retas e planos no espaço (paralelismo e perpendicularismo), polie-
dros regulares, pirâmides, prismas, cilindro, cone e esfera (elementos e equações).. 109
Exercícios...................................................................................................................... 116
Gabarito......................................................................................................................... 123

1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Números relativos inteiros e fracionários: operações e suas propriedades (adição, sub-
tração, multiplicação, divisão e potenciação). Frações ordinárias e decimais. Números
decimais: propriedades e operações

NÚMEROS NATURAIS

O conjunto dos números naturais1 é representado pela letra maiúscula N e estes números são construídos
com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos indo-arábicos.
Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente de objetos de contagens na-
turais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas
que estes números.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este conjunto
como: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos números.

Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}

Subconjuntos notáveis em N:

1 – Números Naturais não nulos


N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}

2 – Números Naturais pares


Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n N

3 - Números Naturais ímpares


Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n N

4 - Números primos
P={2,3,5,7,11,13...}

Construção dos Números Naturais


Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado), considerando tam-
bém o zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 3 é 4.

1 IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único


IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

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Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números consecu-
tivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 7 e 8 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.

- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do pri-
meiro, o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma sequência real
seja outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação sequência dos
números naturais pares para representar o conjunto dos números naturais pares: P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais ímpares, às vezes também chama-
dos, a sequência dos números ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}

Operações com Números Naturais


Na sequência, estudaremos as duas principais operações possíveis no conjunto dos números naturais. Pra-
ticamente, toda a matemática é construída a partir dessas duas operações: adição (e subtração) e multiplicação
(e divisão).

Adição de Números Naturais


A primeira operação fundamental da Aritmética tem por finalidade reunir em um só número, todas as unida-
des de dois ou mais números.
Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total

Subtração de Números Naturais


É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa da adição. A operação de
subtração só é válida nos naturais quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando a-b tal que a.
Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 Subtraendo e 61 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o subtraendo como subtrativo.

Multiplicação de Números Naturais


É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parcela,
tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.
Exemplo:
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.

- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x” (vezes)
utilizar o ponto “.”, para indicar a multiplicação.

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Divisão de Números Naturais
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no pri-
meiro. O primeiro número que é o maior é denominado dividendo e o outro número que é menor é o divisor. O
resultado da divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor pelo quociente obteremos o dividendo.
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
natural por outro número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata.

Relações Essenciais numa Divisão de Números Naturais


- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve ser menor do que o dividendo.
35 : 7 = 5
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
35 = 5 x 7

A divisão de um número natural n por zero não é possível, pois, se admitíssemos que o quociente fosse
q, então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão
de n por 0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Naturais


Para todo a, b e c
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b +c ) = ab + ac
8) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a .(b –c) = ab –ac
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural, conti-
nua como resultado um número natural.

NÚMEROS INTEIROS

Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3,
4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen
= número em alemão).

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O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma questão, tome
muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Z+ , Z_ , Z*).

- O conjunto dos números inteiros não nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N
- O conjunto dos números inteiros positivos:
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Z*- = {..., -5, -4, -3, -2, -1}

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero, na
reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma zero;
assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é
o próprio zero.

Operações entre Números Inteiros


Adição de Números Inteiros
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar
e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)


Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca
pode ser dispensado.

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Subtração de Números Inteiros
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.


Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre do maior número!!!
4+5=9
4 – 5 = -1
Considere as seguintes situações:

1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação
da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura bai-
xou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3

Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do
segundo.

Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal negativo,
tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Ex.:
10 – (10+5) =
10 – (+15) =
10 – 15 =
-5

Multiplicação de Números Inteiros


A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são repetidos.
Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade, como
por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser
indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum
sinal entre as letras.

Divisão de Números Inteiros

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- Divisão exata de números inteiros.
Veja o cálculo:
(– 20) : (+ 5) = q →(+ 5) . q = (– 20) → q = (– 4)
Logo (– 20) : (+ 5) = - 4

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro por
outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não
é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência do
elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer número
inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão


→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

Potenciação de Números Inteiros


A potência xn do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número x é denominado
a base e o número n é o expoente. xn = x . x . x . x ... x, x é multiplicado por x, n vezes.

Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81

- Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.


Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

- Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.


Exemplo: (–8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.


Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

- Propriedades da Potenciação:

1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.


(–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9

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2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.
(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.


[(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10

4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base.


(-8)1 = -8 e (+70)1 = +70

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1.


(+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Radiciação de Números Inteiros


A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro não
negativo b que elevado à potência n fornece o número x. O número n é o índice da raiz enquanto que o número
x é o radicando (que fica sob o sinal do radical).

n
√x = b
bn = x

A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro não
negativo que elevado ao quadrado coincide com o número x.

Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.

Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas apa-
recimento de:

9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3

Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
número negativo.

A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro que
elevado ao cubo seja igual ao número x. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos números não
negativos.

Exemplos:

(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8

(b)
3
−8 = –2, pois (–2)³ = -8

(c)
3
27 = 3, pois 3³ = 27

(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

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Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Inteiros
Para todo a, b e c
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a.(b.c)
6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b + c) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a.(b – c) = ab – ac

Atenção: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural, continua como
resultado um número natural.

NÚMEROS RACIONAIS

Um número racional é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo que n deve
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números intei-
ros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é reconhecido pela letra Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:

m
Q={ : m e n em Z, n ≠0}
n

N ᑕ Z ᑕ Q – O conjunto dos números Naturais e Inteiros estão contidos no Conjunto do Números Racionais.

Subconjuntos notáveis:
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

Representação Decimal das Frações

Tomemos um número racional , tal que m não seja múltiplo de n. Para escrevê-lo na forma decimal,
basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
1º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos (decimais exatos):

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2º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente (Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas):

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma característica
especial (existência de um período):

Uma forma decimal infinita com período de UM dígito pode ser associada a uma soma com infinitos termos desse tipo:

Aproveitando, vejamos um exemplo:

Representação Fracionária dos Números Decimais


Estando o número racional escrito na forma decimal, e transformando-o na forma de fração, vejamos os dois
casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o denomi-
nador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quanto forem as casas decimais após a virgula do
número dado:

2º) Devemos achar a fração geratriz (aquela que dá origem a dízima periódica) da dízima dada; para tanto,
vamos apresentar o procedimento através de alguns exemplos:

a) Seja a dízima 0, 444...


Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 4), então vamos colocar um 9 no denominador e
repetir no numerador o período.

Assim, a geratriz de 0,444... é a fração .

b) Seja a dízima 3, 1919...


O período que se repete é o 19, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 3 é a parte
inteira, logo ele vem na frente, formando uma fração mista:

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Assim, a geratriz de 3,1919... é a fração

Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração, basta utilizarmos o dígi-
to 9 no denominador para cada dígito que tiver o período da dízima.

c) Seja a dízima 0,2777...


Agora, para cada algarismo do anteperíodo se coloca um algarismo zero, no denominador, e para cada al-
garismo do período se mantém o algarismo 9 no denominador.
No caso do numerador, faz-se a seguinte conta:

(Parte inteira com anteperíodo e período) - (parte inteira

com anteperíodo)

d) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do anteperíodo com o período. Neste caso temos uma dízima periódica composta,
pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso temos um anteperíodo (2) e o perío-
do (34). Ao subtrairmos deste número o anteperíodo (234-2), obtemos como numerador o 232. O denominador
é formado pelo dígito 9 – que corresponde ao período, neste caso 99(dois noves) – e pelo dígito 0 – que cor-
responde a tantos dígitos que tiverem o anteperíodo, neste caso 0(um zero).

Simplificando por 2, obtemos , a fração geratriz da dízima 1, 23434...

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Módulo ou valor absoluto: é a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa zero.

Logo, o módulo de:

Números Opostos: dizemos que são números racionais opostos ou simétricos e cada um

deles é o oposto do outro. As distâncias dos pontos ao ponto zero da reta são iguais.

Inverso de um Número Racional

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

Operações com Números Racionais

Soma (Adição) de Números Racionais: como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na
forma de uma fração, definimos a adição entre os números racionais a/b e, c/d, da mesma forma que a soma
de frações, através de:

Subtração de Números Racionais: a subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de


adição do número p com o oposto de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = a/b e q = c/d.

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Multiplicação (Produto) de Números Racionais: como todo número racional é uma fração ou pode ser
escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois números racionais a/b e, c/d, da mesma forma que
o produto de frações, através de:

O produto dos números racionais a/b e c/d também pode ser indicado por a/b × c/d ou a/b . c/d. Para rea-
lizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a
Matemática.

Divisão (Quociente) de Números Racionais: a divisão de dois números racionais p e q é a própria operação
de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1 onde p = a/b, q = c/d e q-1= d/c;

Potenciação de Números Racionais: a potência bn do número racional b é um produto de n fatores iguais. O


número b é denominado a base e o número n é o expoente.
bn = b × b × b × b × ... × b,    (b aparece n vezes)
Exemplos:

Propriedades da Potenciação
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional, diferente de zero é igual a outra potência
que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente anterior.

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.

5) Toda potência com expoente par é um número positivo.

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6) Produto de potências de mesma base: reduzir a uma só potência de mesma base, conservamos as bases
e somamos os expoentes.

7) Divisão de potências de mesma base: reduzir a uma só potência de mesma base, conservamos a base e
subtraímos os expoentes.

8) Potência de Potência: reduzir a uma potência (de mesma base) de um só expoente, conservamos a base
e multiplicamos os expoentes.

Radiciação de Números Racionais: se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais,
então cada fator é chamado raiz do número.

Exemplos:

1) representa o produto ou

Logo, 1/5 é a raiz quadrada de 1/25.

2) 0,216 representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se:

Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.

Fique Atento!!!
Os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.

NÚMEROS IRRACIONAIS

Identificação de números irracionais


– Todas as dízimas periódicas são números racionais.
– Todos os números inteiros são racionais.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional.
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional.
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma , com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
– O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

– O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número natural, se não inteira, é irracional.

NÚMEROS REAIS

O conjunto dos números reais2 R é uma expansão do conjunto dos números racionais que engloba não só
os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números irracionais.
Assim temos:

R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, não será irracional, e vice-versa).

Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama abaixo:

O conjunto dos números reais apresenta outros subconjuntos importantes:


- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x ≥ 0}
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ 0}
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}

Representação Geométrica dos números reais

2 IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único


IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

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Ordenação dos números reais

A representação dos números reais permite definir uma relação de ordem entre eles. Os números reais po-
sitivos, são maiores que zero e os negativos, menores que zero. Expressamos a relação de ordem da seguinte
maneira:
Dados dois números Reais a e b,

a≤b↔b–a≥0

Exemplo: -15 ≤ 5 ↔ 5 - ( - 15) ≥ 0


5 + 15 ≥ 0

Intervalos reais

O conjunto dos números reais possui também subconjuntos, denominados intervalos, que são determinados
por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.

Em termos gerais temos:


- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo aquele número), utilizamos os símbolos:

> ;< ou ] ; [

- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
≥ ; ≤ ou [ ; ]

Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as extremidades abertas dos intervalos.

Às vezes, aparecem situações em que é necessário registrar numericamente variações de valores em


sentidos opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura ou reais em
débito, em haver e etc. Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto para o lado direito (positivos)
como para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.

Valor absoluto de um número relativo é o valor do número que faz parte de sua representação, sem o sinal.

Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas o sinal.

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Operações com números relativos

1) Adição e subtração de números relativos


a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar os valores absolutos e conservar o sinal.
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o numeral de menor valor e dá-se o sinal do maior
numeral.
Exemplos:
3+5=8
4-8=-4
- 6 - 4 = - 10
-2+7=5

2) Multiplicação e divisão de números relativos


a) O produto e o quociente de dois números relativos de mesmo sinal são sempre positivos.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de sinais diferentes são sempre negativos.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5
- 6 x (-7) = + 42
28 2 = 14

CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem que seja
necessário efetuarmos a divisão.
No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:

(Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de-divisibilidade/ - reeditado)

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Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, mul-
tiplicado por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo
será repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Outros critérios
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

FATORAÇÃO NUMÉRICA
Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para decompormos este número natural em fatores
primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu
menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O produto de todos os fatores primos re-
presenta o número fatorado. Exemplo:

NÚMEROS PRIMOS
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois divisores: um e o próprio número3. Eles fazem
parte do conjunto dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um e ele mesmo.
Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são chamados de números compostos e podem
ser escritos como um produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número composto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e
3) e é escrito como produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único que é par;
– O número 5 é o único número primo terminado em 5;
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os algarismos 1, 3, 7 e 9.

Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando divisões com o número investigado. Para faci-
litar o processo, veja alguns critérios de divisibilidade:
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade é par é divisível por 2;
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma dos seus algarismos é um número divisível
por 3;
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.

Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divisões com os próximos números primos me-
nores que o número até que:
– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número não é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for menor que o divisor, então o nú-
mero é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for igual ao divisor, então o número
é primo.

Exemplo: verificar se o número 113 é primo.


Sobre o número 113, temos:
3 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/

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– Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é divisível por 2;
– A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número divisível por 3;
– Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber se é divisível pelos números primos meno-
res que ele utilizando a operação de divisão.

Divisão pelo número primo 7:

Divisão pelo número primo 11:

Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente é menor que o divisor. Isso comprova que
o número 113 é primo.

NÚMEROS FRACIONÁRIOS

4
Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes iguais, uma dessas partes ou a reunião de várias
formam o que chamamos de uma fração do todo. Para representar as frações serão necessários dois números
inteiros:
a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a cada
parte e, por essa razão, chama-se denominador da fração;
b) O segundo, que indica o número de partes que foram reunidas ou tomadas da unidade e, por isso, cha-
ma-se numerador da fração. O numerador e o denominador constituem o que chamamos de termos da fração.
Observe a figura abaixo:

4 CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a fração cheia; a ré é 12/14 e assim sucessivamente.

Nomenclaturas das Frações

Numerador → Indica quantas partes


tomamos do total que foi dividida a uni-
dade.

Denominador → Indica quantas


partes iguais foi dividida a unidade.
Na figura acima lê-se: três oitavos.

-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos
e décimos.
-Frações com denominadores potências de 10: décimos, centésimos, milésimos, décimos de milésimos,
centésimos de milésimos etc.
- Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o deno-
minador seguido da palavra “avos”.

Exemplos:

lê – se: oito: vinte e cinco avôs;

lê – se: dois centésimos.

Tipos de Frações

- Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.

Exemplos:

- Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denominador.

Exemplos:

- Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador. As mesmas pertencem também ao grupo das
frações impróprias.

Exemplos:

- Frações particulares: Para formamos uma fração de uma grandeza, dividimos esta pelo denominador e
multiplicamos pelo numerador.
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero: 0/7 = 0; 0/5=0
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao numerador: 25/1 = 25; 325/1 = 325

ATENÇÃO:
- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido, pois a divisão por zero não é definida.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o resultado da divisão é sempre 1.

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- Números mistos: Números compostos de uma parte inteira e outra fracionária. Podemos transformar
uma fração imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos:

- Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam a mesma parte da unidade.
Exemplo:

-Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denominador são primos entre si.
Exemplo: 5/11; 17/29; 4/3

Comparação e simplificação de frações

Comparação:
- Quando duas frações tem o mesmo denominador, a maior será aquela que possuir o maior numerador.
Exemplo: 5/7 >3/7

- Quando os denominadores são diferentes, devemos reduzi-lo ao mesmo denominador.


Exemplo: 7/6 e 3/7
1º - Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42

2º - Compararmos as frações:
49/42 > 18/42.

Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número até obtermos termos menores que os iniciais.
Com isso formamos frações equivalentes a primeira.
Exemplo:

Operações com frações

- Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e soma-se ou subtrai-se os numeradores.

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Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo denominador através do mmc entre os denomina-
dores.
O processo é valido tanto para adição quanto para subtração.

Multiplicação e Divisão

- Multiplicação: É produto dos numeradores dados e dos denominadores dados.


Exemplo:

Podemos ainda simplificar a fração resultante:

- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da segunda fração.
Exemplo:

Simplificando a fração resultante:

Vamos agora encontrar as aplicações para o uso dessas frações. Teremos dois tipos, quando temos o todo e
queremos encontrar as parte, ou quando tivermos a parte e formos encontrar o todo. Vamos lá para o primeiro
tipo.
Temos o todo e queremos encontrar a parte.
Neste caso nós teremos o total correspondente a algum dado, produto, etc. e devemos encontrar uma parte
desse valor, ou seja, uma fração deste valor.

Exemplos

01. (EBSERH/ HUSM/UFSM/RS – Analista Administrativo – AOCP) Uma revista perdeu 1/5 dos seus
200.000 leitores.
Quantos leitores essa revista perdeu?
(A) 40.000.
(B) 50.000.
(C) 75.000.
(D) 95.000.
(E) 100.000.

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Observe que os 200.000 leitores representa o todo do determinado assunto que seria os leitores da revista,
daí devemos encontrar 1/5 desses leitores.
Para resolver este problema, devemos encontrar 1/5 de 200.000.

Desta forma 40.000 representa a quantidade que essa revista perdeu, alternativa correta é a A.

02. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Uma pessoa está montando um quebra-cabeça que pos-
sui, no total, 512 peças. No 1.º dia foram montados 5/16 do número total de peças e, no 2.º dia foram monta-
dos 3/8 do número de peças restantes. O número de peças que ainda precisam ser montadas para finalizar o
quebra-cabeça é:
(A) 190.
(B) 200.
(C) 210.
(D) 220.
(E) 230.

Neste exemplo temos que 512 é o total e queremos encontrar a parte, portanto é a mesma forma de resolu-
ção, porém temos uma situação problema onde teremos mais de um cálculo para encontrar a resposta, vamos
ao primeiro:

No 1.º dia foram montados 5/16 do número total de peças


Logo é 5/16 de 512, ou seja:

Assim 160 representa a quantidade que foi montado no primeiro dia, daí para o segundo dia teremos 512 –
160 = 352 peças restantes, devemos agora encontrar 3/8 de 352, que foi a quantidade montada no segundo dia.

Assim para encontrar quantas peças ainda precisam ser montadas iremos fazer 352 – 132 = 220. Alternativa
D.

Temos a parte e queremos encontrar o todo


Neste caso nós teremos o valor correspondente da fração e devemos encontrar o todo.

Exemplo
01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – Matemática – GR Consultoria e Assessoria)
João gastou R$ 23,00, equivalente a terça parte de 3/5 de sua mesada. Desse modo, a metade do valor da
mesada de João é igual a:
(A) R$ 57,50;
(B) R$ 115,00;
(C) R$ 172,50;
(D) R$ 68,50.

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Neste exemplo primeiro vamos chamar de x a mesada.
Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que equivale a 23,00. Podemos escrever da seguinte
maneira:

Logo a metade de 115 = 115/2 = 57,50


Alternativa A.

NÚMEROS DECIMAIS

O sistema de numeração decimal apresenta ordem posicional: unidades, dezenas, centenas, etc.

Leitura e escrita dos números decimais

Exemplos:

Lê-se: Quinhentos e setenta e nove mil, trezentos e sessenta e oito inteiros e quatrocentos e treze milésimos.
0,9 → nove décimos.
5,6 → cinco inteiros e seis décimos.
472,1256 → quatrocentos e setenta e dois inteiros e mil, duzentos, cinquenta e seis décimos de milésimos.

Transformação de frações ordinárias em decimais e vice-versa

A quantidade de zeros corresponde


aos números de casas decimais após
a vírgula e vice-versa (transformar para
fração).

Operações com números decimais

- Adição e Subtração
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.

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Exemplos:

- Multiplicação
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às dos outros
fatores.
Exemplos:
1) 652,2 x 2,03
Disposição prática:

2) 3,49 x 2,5
Disposição prática:

- Divisão
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os números fossem naturais.

Exemplos:
1) 24 : 0,5
Disposição prática:

Nesse caso, o resto da divisão é igual a zero. Assim sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quo-
ciente é exato.

2) 31,775 : 15,5
Disposição prática:

Acrescentamos ao divisor a quantidade de zeros para que ele fique igual ao dividendo, e assim sucessiva-
mente até chegarmos ao resto zero.

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3) 0,14 : 28
Disposição prática:

4) 2 : 16
Disposição prática:

Múltiplos e divisores: máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum

MÚLTIPLOS
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos o primeiro pelo segundo, o resto é zero.

Exemplo

O conjunto de múltiplos de um número natural não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplicando-se o


número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

DIVISORES
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}

Observações:
– Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
– Todo número natural é múltiplo de 1.
– Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.

MÁXIMO DIVISOR COMUM


O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais não-nulos é o maior dos divisores comuns
desses números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.

25
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Exemplo:

15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3
1

15 = 3.5 24 = 23.3

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.


m.d.c
(15,24) = 3

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM


O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é o menor número, diferente de zero.

Para calcular devemos seguir as etapas:


• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si

Exemplo:

15,24 2
15,12 2
15,6 2
15,3 3
5,1 5
1

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão com algum dos números, não é necessário
que os dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua aparecendo.

Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120

Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mes-
ma dimensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão esco-
lhidos de modo que tenham a maior dimensão possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir

(A) mais de 30 cm.


(B) menos de 15 cm.
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
Resposta: A.

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352 2 416 2
176 2 208 2
88 2 104 2
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1

Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível


E são os fatores que temos iguais:25=32

Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões
de três companhias aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30
minutos e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três compa-
nhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às:
(A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas.

Resposta: E.

20,30,44 2
10,15,22 2
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
1,1,1

Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11

Então será depois de 11horas que se encontrarão


7+11=18h

Expressões numéricas. Equações do 1º e 2º graus. Problemas

EXPRESSÕES NUMÉRICAS
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, multiplicações e divisões. Todas as operações
podem acontecer em uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utilizamos alguns proce-
dimentos:

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Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, devemos resolver a multiplicação ou a divi-
são primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a subtração, também na
ordem em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primeiro.

Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23

Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27

Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

EQUAÇÃO DO 1° GRAU
Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma ou mais incógnitas5. Quem determina o “grau”
dessa equação é o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a equação do 1º grau. Se o
expoente for 2, a equação será do 2º grau; se o expoente for 3, a equação será de 3º grau. Exemplos:
4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)
x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)
x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)

A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:

É importante dizer que a e b representam qualquer número real e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x
pode ser representada por qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor a ser encontrado
para o resultado da equação. O primeiro membro da equação são os números do lado esquerdo da igualdade,
e o segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade.

Como resolver uma equação do primeiro grau


Para resolvermos uma equação do primeiro grau, devemos achar o valor da incógnita (que vamos chamar
de x) e, para que isso seja possível, é só isolar o valor do x na igualdade, ou seja, o x deve ficar sozinho em
um dos membros da equação.
O próximo passo é analisar qual operação está sendo feita no mesmo membro em que se encontra x e
“jogar” para o outro lado da igualdade fazendo a operação oposta e isolando x.
1° exemplo:

Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e ele está somando. Para isolar a incógnita,
ele vai para o outro lado da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):

5 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.htm#:~:text=Na%20Matem%C3%A1tica%2C%20a%20equa%-
C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20de%203%C2%BA%20grau.

28
1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
2° exemplo:

O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro
lado da igualdade com a operação inversa, que é a soma:

3° exemplo:

Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da incógnita, o 4 e o 2. O número 2 está somando
e vai para o outro lado da igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando, passa para o outro lado
dividindo.

4° exemplo:
Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar o número para o outro lado, devemos sempre
deixar o lado da incógnita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1.

Passando o número 3, que está multiplicando x, para o outro lado, teremos:

— Propriedade Fundamental das Equações


A propriedade fundamental das equações é também chamada de regra da balança. Não é muito utilizada
no Brasil, mas tem a vantagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for feito no primeiro membro
da equação deve também ser feito no segundo membro com o objetivo de isolar a incógnita para se obter o
resultado. Veja a demonstração nesse exemplo:

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Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele está somando, vamos subtrair o número 12 nos
dois membros da equação:

Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita será dividido por 3 nos dois membros da
equação:

EQUAÇÃO DO 2° GRAU

Toda equação que puder ser escrita na forma ax2 + bx + c = 0 será chamada equação do segundo grau6.
O único detalhe é que a, b e c devem ser números reais, e a não pode ser igual a zero em hipótese alguma.
Uma equação é uma expressão que relaciona números conhecidos (chamados coeficientes) a números
desconhecidos (chamados incógnitas), por meio de uma igualdade. Resolver uma equação é usar as
propriedades dessa igualdade para descobrir o valor numérico desses números desconhecidos. Como eles
são representados pela letra x, podemos dizer que resolver uma equação é encontrar os valores que x pode
assumir, fazendo com que a igualdade seja verdadeira.

— Como resolver equações do 2º grau?


Conhecemos como soluções ou raízes da equação ax² + bx + c = 0 os valores de x que fazem com que essa
equação seja verdadeira7. Uma equação do 2º grau pode ter no máximo dois números reais que sejam raízes
dela. Para resolver equações do 2º grau completas, existem dois métodos mais comuns:
- Fórmula de Bhaskara;
- Soma e produto.

O primeiro método é bastante mecânico, o que faz com que muitos o prefiram. Já para utilizar o segundo, é
necessário o conhecimento de múltiplos e divisores. Além disso, quando as soluções da equação são números
quebrados, soma e produto não é uma alternativa boa.
— Fórmula de Bhaskara

1) Determinar os coeficientes da equação


Os coeficientes de uma equação são todos os números que não são a incógnita dessa equação, sejam
eles conhecidos ou não. Para isso, é mais fácil comparar a equação dada com a forma geral das equações do
segundo grau, que é: ax2 + bx + c = 0. Observe que o coeficiente “a” multiplica x2, o coeficiente “b” multiplica
x, e o coeficiente “c” é constante.
Por exemplo, na seguinte equação:
x² + 3x + 9 = 0

O coeficiente a = 1, o coeficiente b = 3 e o coeficiente c = 9.

Na equação:
– x² + x = 0

O coeficiente a = – 1, o coeficiente b = 1 e o coeficiente c = 0.

6 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacoes-segundo-grau.htm#:~:text=Toda%20equa%C3%A7%C3%A3o%20que%20
puder%20ser,a%20zero%20em%20hip%C3%B3tese%20alguma.
7 https://www.preparaenem.com/matematica/equacao-do-2-grau.htm

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2) Encontrar o discriminante
O discriminante de uma equação do segundo grau é representado pela letra grega Δ e pode ser encontrado
pela seguinte fórmula:
Δ = b² – 4·a·c

Nessa fórmula, a, b e c são os coeficientes da equação do segundo grau. Na equação: 4x² – 4x – 24 = 0, por
exemplo, os coeficientes são: a = 4, b = – 4 e c = – 24. Substituindo esses números na fórmula do discriminante,
teremos:
Δ = b² – 4 · a · c
Δ= (– 4)² – 4 · 4 · (– 24)
Δ = 16 – 16 · (– 24)
Δ = 16 + 384
Δ = 400

— Quantidade de soluções de uma equação


As equações do segundo grau podem ter até duas soluções reais8. Por meio do discriminante, é possível
descobrir quantas soluções a equação terá. Muitas vezes, o exercício solicita isso em vez de perguntar quais
as soluções de uma equação. Então, nesse caso, não é necessário resolvê-la, mas apenas fazer o seguinte:
Se Δ < 0, a equação não possui soluções reais.
Se Δ = 0, a equação possui apenas uma solução real.
Se Δ > 0, a equação possui duas soluções reais.

Isso acontece porque, na fórmula de Bhaskara, calcularemos a raiz de Δ. Se o discriminante é negativo, é


impossível calcular essas raízes.

3) Encontrar as soluções da equação


Para encontrar as soluções de uma equação do segundo grau usando fórmula de Bhaskara, basta substituir
coeficientes e discriminante na seguinte expressão:

Observe a presença de um sinal ± na fórmula de Bhaskara. Esse sinal indica que deveremos fazer um
cálculo para √Δ positivo e outro para √Δ negativo. Ainda no exemplo 4x2 – 4x – 24 = 0, substituiremos seus
coeficientes e seu discriminante na fórmula de Bhaskara:

8 https://mundoeducacao.uol.com.br/matematica/discriminante-uma-equacao-segundo-grau.htm

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Então, as soluções dessa equação são 3 e – 2, e seu conjunto de solução é: S = {3, – 2}.

— Soma e Produto
Nesse método é importante conhecer os divisores de um número. Ele se torna interessante quando as
raízes da equação são números inteiros, porém, quando são um número decimal, esse método fica bastante
complicado.
A soma e o produto é uma relação entre as raízes x1 e x2 da equação do segundo grau, logo devemos buscar
quais são os possíveis valores para as raízes que satisfazem a seguinte relação:

Exemplo: Encontre as soluções para a equação x² – 5x + 6 = 0.


1º passo: encontrar a, b e c.
a=1
b = -5
c=6

2º passo: substituir os valores de a, b e c na fórmula.

3º passo: encontrar o valor de x1 e x2 analisando a equação.


Nesse caso, estamos procurando dois números cujo produto seja igual a 6 e a soma seja igual a 5.
Os números cuja multiplicação é igual a 6 são:
I. 6 x 1 = 6
II. 3 x 2 =6
III. (-6) x (-1) = 6
IV. (-3) x (-2) = 6

Dos possíveis resultados, vamos buscar aquele em que a soma seja igual a 5. Note que somente a II possui
soma igual a 5, logo as raízes da equação são x1 = 3 e x2 = 2.

— Equação do 2º Grau Incompleta


Equação do 2º grau é incompleta quando ela possui b e/ou c iguais a zero4. Existem três tipos dessas
equações, cada um com um método mais adequado para sua resolução.
Uma equação do 2º grau é conhecida como incompleta quando um dos seus coeficientes, b ou c, é igual a
zero. Existem três casos possíveis de equações incompletas, que são:
- Equações que possuem b = 0, ou seja, ax² + c = 0;
- Equações que possuem c = 0, ou seja, ax² + bx = 0;
- Equações em que b = 0 e c = 0, então a equação será ax² = 0.

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Em cada caso, é possível utilizar métodos diferentes para encontrar o conjunto de soluções da equação. Por
mais que seja possível resolvê-la utilizando a fórmula de Bhaskara, os métodos específicos de cada equação
incompleta acabam sendo menos trabalhosos. A diferença entre a equação completa e a equação incompleta
é que naquela todos os coeficientes são diferentes de 0, já nesta pelo menos um dos seus coeficientes é zero.

Como Resolver Equações do 2º Grau Incompletas


Para encontrar as soluções de uma equação do 2º grau, é bastante comum a utilização da fórmula de
Bhaskara, porém existem métodos específicos para cada um dos casos de equações incompletas, a seguir
veremos cada um deles.

Quando c = 0
Quando o c = 0, a equação do 2º grau é incompleta e é uma equação do tipo ax² + bx = 0. Para encontrar seu
conjunto de soluções, colocamos a variável x em evidência, reescrevendo essa equação como uma equação
produto. Vejamos um exemplo a seguir.

Exemplo: Encontre as soluções da equação 2x² + 5x = 0.


1º passo: colocar x em evidência.
Reescrevendo a equação colocando x em evidência, temos que:
2x² + 5x = 0
x · (2x + 5) = 0

2º passo: separar a equação produto em dois casos.


Para que a multiplicação entre dois números seja igual a zero, um deles tem que ser igual a zero, no caso,
temos que:
x · (2x + 5) = 0
x = 0 ou 2x + 5 = 0

3º passo: encontrar as soluções.


Já encontramos a primeira solução, x = 0, agora falta encontrar o valor de x que faz com que 2x + 5 seja
igual a zero, então, temos que:
2x + 5 = 0
2x = -5
x = -5/2

Então encontramos as duas soluções da equação, x = 0 ou x = -5/2.

Quando b = 0
Quando b = 0, encontramos uma equação incompleta do tipo ax² + c = 0. Nesse caso, vamos isolar a
variável x até encontrar as possíveis soluções da equação. Vejamos um exemplo:
Exemplo: Encontre as soluções da equação 3x² – 12 = 0.
Para encontrar as soluções, vamos isolar a variável.
3x² – 12 = 0
3x² = 12
x² = 12 : 3
x² = 4

Ao extrair a raiz no segundo membro, é importante lembrar que existem sempre dois números e que, ao
elevarmos ao quadrado, encontramos como solução o número 4 e, por isso, colocamos o símbolo de ±.
x = ±√4
x = ±2
Então as soluções possíveis são x = 2 e x = -2.

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Quando b = 0 e c = 0
Quando tanto o coeficiente b quanto o coeficiente c são iguais a zero, a equação será do tipo ax² = 0 e terá
sempre como única solução x = 0. Vejamos um exemplo a seguir.
Exemplo:
3x² = 0
x² = 0 : 3
x² = 0
x = ±√0
x = ±0
x=0

Sistemas de medida de tempo. Sistema métrico decimal

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para peque-
nas distâncias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda
divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes
maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma
unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2

Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

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Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda
divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem
volume. Podemos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre ou-
tras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e
seus múltiplos e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigra- Miligrama
ma
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segun-
dos. Demorou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?

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15h 35 minutos
1 minutos 25 segun-
dos
30 minutos
------------------------------------------
--------
15h 66 minutos 25 segun-
dos

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para
o outro tem que ser na mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.

Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35
minutos. Quanto tempo ficou fora?

11h 60 minutos
6 minutos 25 segun-
dos
-15h 35 min
------------------------------------------
--------

Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma forma que conta de subtração.
1hora=60 minutos
15h 66 minutos 25 segun-
dos
15h 35 minutos
------------------------------------------
--------
0h 31 minutos 25 segun-
dos

Multiplicação
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demorou o dobro disso. Quanto tempo durou o es-
tudo?

2h 40 minutos
x2
----------------------------
4h 80 minutos
OU
5h 20 minutos

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Divisão
5h 20 minutos : 2

5h 20 minutos 2

20 minutos 2h 40tos
minu-
1h
80 minutos
0

1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minutos

Sistema monetário brasileiro

O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da
troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre) chegaram com o início da colonização portuguesa.
A unidade monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período colonial. Assim, tudo se
contava em réis (plural popular de real) com moedas fabricadas em Portugal e no Brasil. O Real (R) vigorou até
07 de outubro de 1833. De acordo com a Lei nº 59, de 08 de outubro de 1833, entrou em vigor o Mil-Réis (Rs),
múltiplo do real, como unidade monetária, adotada até 31 de outubro de 1942.
No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou nove moedas diferentes (mil-réis, cruzeiro, cru-
zeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real).
Por meio do Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942, uma nova unidade monetária, o cruzeiro – Cr$
veio substituir o mil-réis, na base de Cr$ 1,00 por mil-réis.
A denominação “cruzeiro” origina-se das moedas de ouro (pesadas em gramas ao título de 900 milésimos de
metal e 100 milésimos de liga adequada), emitidas na forma do Decreto nº 5.108, de 18 de dezembro de 1926, no
regime do ouro como padrão monetário.

O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro novo – NCr$,


na base de NCr$ 1,00 por Cr$ 1.000. A partir de 15 de maio de 1970 e até 27 de fevereiro de 1986, a unidade
monetária foi novamente o cruzeiro (Cr$).
Em 27 de fevereiro de 1986, Dílson Funaro, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Cruzado (Decreto-Lei nº
2.283, de 27 de fevereiro de 1986): o cruzeiro – Cr$ se transformou em cruzado – Cz$, na base de Cz$ 1,00 por
Cr$ 1.000 (vigorou de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989). Em novembro do mesmo ano, o Plano
Cruzado II tentou novamente a estabilização da moeda. Em junho de 1987, Luiz Carlos Brésser Pereira, minis-
tro da Fazenda, anunciou o Plano Brésser: um Plano Cruzado “requentado” avaliou Mário Henrique Simonsen.
Em 15 de janeiro de 1989, Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Verão (Medida Pro-
visória nº 32, de 15 de janeiro de 1989): o cruzado – Cz$ se transformou em cruzado novo – NCz$, na base de
NCz$ 1,00 por Cz$ 1.000,00 (vigorou de 16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990).

Em 15 de março de 1990, Zélia Cardoso de Mello, ministra da Fazenda, anunciou o Plano Collor (Medida
Provisória nº 168, de 15 de março de 1990): o cruzado novo – NCz$ se transformou em cruzeiro – Cr$, na base
de Cr$ 1,00 por NCz$ 1,00 (vigorou de 16 de março de 1990 a 28 de julho de 1993). Em janeiro de 1991, a
inflação já passava de 20% ao mês, e o Plano Collor II tentou novamente a estabilização da moeda.
A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de1993, transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real – CR$, na
base de CR$ 1,00 por Cr$ 1.000,00 (vigorou de 29 de julho de 1993 a 29 de junho de 1994).
Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, ministro da Fazenda, anunciou o Plano Real: o cru-
zeiro real – CR$ se transformou em real – R$, na base de R$ 1,00 por CR$ 2.750,00 (Medida Provisória nº 542,
de 30 de junho de 1994, convertida na Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995).
O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, delegou ao Banco Central do Brasil competência
para emitir papel-moeda e moeda metálica, competência exclusiva consagrada pelo artigo 164 da Constituição
Federal de 1988.

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Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e o Te-
souro Nacional desempenhavam o papel de autoridade monetária.
A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha por finalidade exercer o controle monetário. A SU-
MOC fixava os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto e da assis-
tência financeira de liquidez, bem como os juros. Além disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais,
orientava a política cambial e representava o País junto a organismos internacionais.
O Banco do Brasil executava as funções de banco do governo, e o Tesouro Nacional era o órgão emissor
de papel-moeda.

Cruzeiro
1000 réis = Cr$1(com centavos) 01.11.1942
O Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942 (D.O.U. de 06 de outubro de 1942), instituiu o Cruzeiro
como unidade monetária brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, correspondente à
centésima parte do cruzeiro.
Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinquenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se
Cr$ 4.750,40 (quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros e quarenta centavos)

Cruzeiro
(sem centavos) 02.12.1964
A Lei nº 4.511, de 01de dezembro de1964 (D.O.U. de 02 de dezembro de 1964), extinguiu a fração do
cruzeiro denominada centavo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser escrito sem
centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros).
Cruzeiro Novo
Cr$1000 = NCr$1(com centavos) 13.02.1967
O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de1965 (D.O.U. de 17 de novembro de 1965), regulamentado pelo
Decreto nº 60.190, de 08 de fevereiro de1967 (D.O.U. de 09 de fevereiro de 1967), instituiu o Cruzeiro Novo
como unidade monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo. O Con-
selho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08 de fevereiro de 1967, estabeleceu a data de 13.02.67
para início de vigência do novo padrão.
Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinquenta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro
cruzeiros novos e setenta e cinco centavos).

Cruzeiro
De NCr$ para Cr$ (com centavos) 15.05.1970
A Resolução nº 144, de 31 de março de 1970 (D.O.U. de 06 de abril de 1970), do Conselho Monetário Na-
cional, restabeleceu a denominação Cruzeiro, a partir de 15 de maio de 1970, mantendo o centavo.
Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$
4,75(quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos).

Cruzeiros
(sem centavos) 16.08.1984
A Lei nº 7.214, de 15 de agosto de 1984 (D.O.U. de 16.08.84), extinguiu a fração do Cruzeiro denominada
centavo. Assim, a importância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco centavos), passou a
escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os algarismos que a sucediam.

Cruzado
Cr$ 1000 = Cz$1 (com centavos) 28.02.1986
O Decreto-Lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986 (D.O.U. de 28 de fevereiro de 1986), posteriormente
substituído pelo Decreto-Lei nº 2.284, de 10 de março de 1986 (D.O.U. de 11 de março de 1986), instituiu o Cru-
zado como nova unidade monetária, equivalente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de
padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28 de fevereiro de 1986, do Conselho Monetário Nacional.
Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$
1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos).

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Cruzado Novo
Cz$ 1000 = NCz$1 (com centavos) 16.01.1989
A Medida Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989 (D.O.U. de 16 de janeiro de 1989), convertida na Lei nº
7.730, de 31 de janeiro de 1989 (D.O.U. de 01 de fevereiro de 1989), instituiu o Cruzado Novo como unidade
do sistema monetário, correspondente a um mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de 16 de
janeiro de 1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a implantação do novo padrão.

Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinquenta centavos) passou a expressar-se NCz$
1,30 (um cruzado novo e trinta centavos).

Cruzeiro
De NCz$ para Cr$ (com centavos) 16.03.1990
A Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990 (D.O.U. de 16 de março de 1990), convertida na Lei
nº 8.024, de 12 de abril de 1990 (D.O.U. de 13 de abril de 1990), restabeleceu a denominação Cruzeiro para a
moeda, correspondendo um cruzeiro a um cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi
regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18 de março de 1990, do Conselho Monetário Nacional.
Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos) passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um
mil e quinhentos cruzeiros).

Cruzeiro Real
Cr$ 1000 = CR$ 1 (com centavos) 01.08.1993
A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de 1993 (D.O.U. de 29 de julho de 1993), convertida na Lei nº
8.697, de 27 de agosto de 1993 (D.O.U. de 28 agosto de 1993), instituiu o Cruzeiro Real, a partir de 01 de agos-
to de 1993, em substituição ao Cruzeiro, equivalendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do
centavo. A Resolução nº 2.010, de 28 de julho de 1993, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a mudança
na unidade do sistema monetário.
Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e quinhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$
1.700,50 (um mil e setecentos cruzeiros reais e cinquenta centavos).

Real
CR$ 2.750 = R$ 1(com centavos) 01.07.1994
A Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994 (D.O.U. de 30 de junho de 1994), instituiu o Real como
unidade do sistema monetário, a partir de 01 de julho de 1994, com a equivalência de CR$ 2.750,00 (dois mil,
setecentos e cinquenta cruzeiros reais), igual à paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30 de
junho de 1994. Foi mantido o centavo.
Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a URV - Unidade Real de Valor - prevista na
Medida Provisória nº 434, publicada no D.O.U. de 28 de fevereiro de 1994, reeditada com os números 457
(D.O.U. de 30 de março de 1994) e 482 (D.O.U. de 29 de abril de 1994) e convertida na Lei nº 8.880, de 27 de
maio de 1994 (D.O.U. de 28 de maio de 1994).
Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais) passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro
mil reais).

Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do País responsável pela execução da política fi-
nanceira do governo. Cuida ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de todos os bancos
no País.

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - Órgão internacional que visa ajudar países subde-
senvolvidos e em desenvolvimento na América Latina. A organização foi criada em 1959 e está sediada em
Washington, nos Estados Unidos.

Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é co-
nhecido. Órgão internacional ligado a ONU, a instituição foi criada para ajudar países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento.

39
1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Empresa pública federal vinculada
ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem como objetivo financiar empreendi-
mentos para o desenvolvimento do Brasil.

Problemas, números e grandezas proporcionais: razões e proporções. Divisão em par-


tes proporcionais. Regra de três simples e composta

RAZÃO

Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b ≠ 0, ao quociente entre eles. Indica-se a
razão de a para b por a/b ou a : b.

Exemplo:
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e
o número de moças. (lembrando que razão é divisão)

PROPORÇÃO

Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre A/B e C/D é a igualdade:

Propriedade fundamental das proporções


Numa proporção:

Os números A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios e vale a proprieda-
de: o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:

AxD=BxC

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja em proporção com 4/6.

Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:

40
1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro, ou
para o segundo termo, assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro, ou para
o quarto termo. Então temos:

Ou

Ou

Ou

Terceira propriedade das proporções


Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos antecedentes está para a soma ou a diferença
dos consequentes, assim como cada antecedente está para o seu respectivo consequente. Temos então:

Ou

Ou

Ou

Grandezas Diretamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da
1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu
pergunto:
Quanto mais.....mais....

41
1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto

DISTÂNCIA (KM) COMBUSTÍVEL (LITROS)


13 1
26 2
39 3
52 4

Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?


Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais

Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da
1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo
Velocidade x Tempo a tabela abaixo:

VELOCIDADE (M/S) TEMPO (S)


5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??


Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade.

Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se
montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e p1+p2+...+pn=P.

A solução segue das propriedades das proporções:

Exemplo
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00.
Caso ganhem o prêmio de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado entre os dois foi de
dividirem o prêmio de forma diretamente proporcional?

42
1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.

Inversamente Proporcionais
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta
decompor este número M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem
do sistema com n equações e n incógnitas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso

cuja solução segue das propriedades das proporções:

DIVISÃO PORPORCIONAL

Quando realizamos uma divisão diretamente proporcional estamos dividindo um número de maneira propor-
cional a uma sequência de outros números. A divisão pode ser de diferentes tipos, vejamos:

Divisão Diretamente Proporcional


• Divisão em duas partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A e
B diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com duas equações e duas incógnitas, de modo
que a soma das partes seja A + B = M:

O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B = K.q

• Divisão em várias partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo
as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P:

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Divisão Inversamente Proporcional
• Divisão em duas partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes A
e B inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em duas partes A e B diretamente
proporcionais a 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q. Assim basta montar o sistema com
duas equações e duas incógnitas tal que A + B = M:

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q.

• Divisão em várias partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1,
x2, ..., xn inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn
diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, assume
que x1 + x2 + ... + xn= M:

Divisão em partes direta e inversamente proporcionais


• Divisão em duas partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em duas partes
A e B diretamente proporcionais a, c e d e inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este número
M em duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta montar um sistema com duas equações e
duas incógnitas de forma que A + B = M

O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = K.d/q.

• Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1,
x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor
este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que x1 + x2 + ... + xn = M:

Exemplos:
(PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve
ser repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos. O mais
velho receberá o valor de:
(A) R$ 420.000,00
(B) R$ 250.000,00
(C) R$ 360.000,00
(D) R$ 400.000,00
(E) R$ 350.000,00

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Resolução:
5x + 8x + 12x = 750.000
25x = 750.000
x = 30.000
O mais velho receberá: 12⋅30000=360000
Resposta: C

(TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Quatro funcionários dividirão, em partes diretamente proporcio-
nais aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre esses quatro funcio-
nários um deles já possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados, outro possui 6 anos trabalhados
e o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o número de anos dedicados
para a empresa, desse último funcionário citado, é igual a
(A) 5.
(B) 7.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.

Resolução:
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000
x = 2000
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
Resposta: D

(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) Uma prefeitura destinou a quantia
de 54 milhões de reais para a construção de três escolas de educação infantil. A área a ser construída em cada
escola é, respectivamente, 1.500 m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é diretamente
proporcional a área a ser construída.
Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola com 1.500 m² é, em reais, igual a
(A) 22,5 milhões.
(B) 13,5 milhões.
(C) 15 milhões.
(D) 27 milhões.
(E) 21,75 milhões.

Resolução:
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000
x = 2000
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
Resposta: D

(SABESP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC) Uma empresa quer doar a três funcionários um bônus de
R$ 45.750,00. Será feita uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles. Sr. Fortes trabalhou
durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou durante 9 anos e 7 meses e Srta. Matilde trabalhou durante
3 anos e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a menos que o Sr. Fortes é
(A) 17.100,00.
(B) 5.700,00.
(C) 22.800,00.
(D) 17.250,00.
(E) 15.000,00.

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Resolução:
* Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses
* Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses
* Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses
* TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses
* Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F, L e M.

Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam:

M = 38 . 150 = R$ 5 700,00

F = 152 . 150 = R$ 22 800,00

Por fim, a diferença é: 22 800 – 5700 = R$ 17 100,00


Resposta: A

(SESP/MT – PERITO OFICIAL CRIMINAL - ENGENHARIA CIVIL/ENGENHARIA ELÉTRICA/FÍSICA/MA-


TEMÁTICA – FUNCAB/2014) Maria, Júlia e Carla dividirão R$ 72.000,00 em partes inversamente proporcio-
nais às suas idades. Sabendo que Maria tem 8 anos, Júlia,12 e Carla, 24, determine quanto receberá quem
ficar com a maior parte da divisão.
(A) R$ 36.000,00
(B) R$ 60.000,00
(C) R$ 48.000,00
(D) R$ 24.000,00
(E) R$ 30.000,00

Resolução:

A maior parte ficará para a mais nova (grandeza inversamente proporcional).


Assim:

8.M = 288 000


M = 288 000 / 8
M = R$ 36 000,00
M + J + C = 72000
Resposta: A

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REGRA DE TRÊS

Regra de três simples


Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos
quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:


1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma
linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas.
Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:

1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)

---
400 3
--
---
480 X
--

2) Identificação do tipo de relação:

VELOCIDADE Tempo
---
400 ↓ -- 3↑
---
480 ↓ -- X↑

Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os números mantendo a primeira coluna e inver-
tendo a segunda coluna ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na segunda coluna
vai para cima

VELOCIDADE Tempo
---
400 ↓ -- 3↓
---
480 ↓ -- X↓

480x=1200
X=25
Regra de três composta
Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou inversamente
proporcionais.

Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão neces-
sários para descarregar 125m³?

Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha,
as grandezas de espécies diferentes que se correspondem:

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HORAS CAMINHÕES VOLUME
--- ---
8↑ -- 20 ↓ -- 160 ↑
--- ---
5↑ -- X↓ -- 125 ↑

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde está o x.

Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho, podemos diminuir o número de caminhões. Portanto a relação
é inversamente proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número de caminhões. Portanto a relação é direta-
mente proporcional (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x com o pro-
duto das outras razões de acordo com o sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:

HORAS CAMINHÕES VOLUME


--- ---
8↑ -- 20 ↓ -- 160 ↓
--- ---
5↑ -- X↓ -- 125 ↓

Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:

HORAS CAMINHÕES VOLUME


--- ---
8 20 160
-- --
--- ---
5 X 125
-- --

Logo, serão necessários 25 caminhões

Porcentagem. Juro simples: juros, capital, tempo, taxas e montantes

PORCENTAGEM

Este termo se refere a uma fração cujo denominador é 100, seu símbolo é (%). Sua utilização está tão dis-
seminada que a encontramos nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de calcular, etc.

Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda muito na resolução do exercício.

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Acréscimo
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determinado valor, podemos calcular o novo valor apenas
multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por
1,20, e assim por diante. Veja a tabela abaixo:

ACRÉSCIMO OU LUCRO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO


10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67

Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:

10 x 1,10 = R$ 11,00

Desconto
No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal)
Veja a tabela abaixo:

DESCONTO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO


10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10

Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:

10 X 0,90 = R$ 9,00

Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e venda a diferença entre o preço de venda e
o preço de custo.
Lucro=preço de venda -preço de custo

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas formas:

Exemplo
(DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse
total está com gripe. Se x% das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível para x é igual a
(A) 8.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 6.
(E) 12.

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Resolução
45------100%
X-------60%
X=27

O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se todos os meninos estiverem gripados, assim
apenas 2 meninas estão.

Resposta: C.

MATEMÁTICA FINANCEIRA

A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações es-
tão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de empréstimos,
compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores,
entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de
juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas
de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença
damos o nome de juros.

Capital
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido como: Principal,
Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado pela tecla PV nas cal-
culadoras financeiras).

Taxa de juros e Tempo


A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro emprestado, para um determinado período.
Ela vem normalmente expressa da forma percentual, em seguida da especificação do período de tempo a que
se refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).

Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100,
sem o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)

Montante
Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capital Inicial com o juro produzido em determinado
tempo.
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver questões.
M=C+J
M = montante
C = capital inicial
J = juros
M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)

JUROS SIMPLES
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo empréstimo de um capital financeiro, a uma taxa
combinada, por um prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial.
Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado é diretamente proporcional ao seu valor e ao

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tempo de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações envolvendo juros simples é a seguinte:
J = C i n, onde:
J = juros
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre, ano...)

Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplicação devem ser referentes a um mesmo período.
Ou seja, os dois devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O que não pode ocorrer é
um estar em meses e outro em anos, ou qualquer outra combinação de períodos.
Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JUROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser trabalhada de várias maneiras para se obter
cada um de seus valores, ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou seja, como exem-
plo se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C) e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso
vale para qualquer combinação.

Exemplo
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista. Como não tinha essa quantia no momento e
não queria perder a oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de R$ 45,00, uma no ato
da compra e outra um mês depois. A taxa de juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de:
(A) 5,0%
(B) 5,9%
(C) 7,5%
(D) 10,0%
(E) 12,5%
Resposta Letra “e”.

O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a primeira foi à vista. Sendo assim, o valor devido
seria R$40 (85-45) e a parcela a ser paga de R$45.
Aplicando a fórmula M = C + J:
45 = 40 + J
J=5
Aplicando a outra fórmula J = C i n:
5 = 40 X i X 1
i = 0,125 = 12,5%

Fundamentos da Teoria dos Conjuntos

Conjunto está presente em muitos aspectos da vida, sejam eles cotidianos, culturais ou científicos. Por
exemplo, formamos conjuntos ao organizar a lista de amigos para uma festa agrupar os dias da semana ou
simplesmente fazer grupos.
Os componentes de um conjunto são chamados de elementos.
Para enumerar um conjunto usamos geralmente uma letra maiúscula.

Representações
Pode ser definido por:
-Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, 3, 5, 7, 9}
-Simbolicamente: B={x>N|x<8}, enumerando esses elementos temos:
B={0,1,2,3,4,5,6,7}

51
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– Diagrama de Venn

Há também um conjunto que não contém elemento e é representado da seguinte forma: S = c ou S = { }.


Quando todos os elementos de um conjunto A pertencem também a outro conjunto B, dizemos que:
A é subconjunto de B
Ou A é parte de B
A está contido em B escrevemos: A ⊂ B

Se existir pelo menos um elemento de A que não pertence a B: A ⊄ B

Símbolos
∈: pertence
∉: não pertence
⊂: está contido
⊄: não está contido
⊃: contém
⊅: não contém
/: tal que
⟹: implica que
⇔: se,e somente se
∃: existe
∄: não existe
∀: para todo(ou qualquer que seja)
∅: conjunto vazio
N: conjunto dos números naturais
Z: conjunto dos números inteiros
Q: conjunto dos números racionais
Q’=I: conjunto dos números irracionais
R: conjunto dos números reais

Igualdade
Propriedades básicas da igualdade
Para todos os conjuntos A, B e C,para todos os objetos x ∈ U, temos que:
(1) A = A.
(2) Se A = B, então B = A.
(3) Se A = B e B = C, então A = C.
(4) Se A = B e x ∈ A, então x∈ B.
Se A = B e A ∈ C, então B ∈ C.

Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem exatamente os mesmos elementos. Em símbolo:
Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisamos saber apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}

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Não importa se há repetição:
A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

Classificação
Definição
Chama-se cardinal de um conjunto, e representa-se por #, ao número de elementos que ele possui.

Exemplo
Por exemplo, se A ={45,65,85,95} então #A = 4.

Definições
Dois conjuntos dizem-se equipotentes se têm o mesmo cardinal.
Um conjunto diz-se
a) infinito quando não é possível enumerar todos os seus elementos
b) finito quando é possível enumerar todos os seus elementos
c) singular quando é formado por um único elemento
d) vazio quando não tem elementos

Exemplos
N é um conjunto infinito (O cardinal do conjunto N (#N) é infinito (∞));
A = {½, 1} é um conjunto finito (#A = 2);
B = {Lua} é um conjunto singular (#B = 1)
{ } ou ∅ é o conjunto vazio (#∅ = 0)

Pertinência
O conceito básico da teoria dos conjuntos é a relação de pertinência representada pelo símbolo ∈. As letras
minúsculas designam os elementos de um conjunto e as maiúsculas, os conjuntos. Assim, o conjunto das vo-
gais (V) é:
V={a,e,i,o,u}
A relação de pertinência é expressa por: a∈V
A relação de não-pertinência é expressa por:b∉V, pois o elemento b não pertence ao conjunto V.

Inclusão
A Relação de inclusão possui 3 propriedades:
Propriedade reflexiva: A⊂A, isto é, um conjunto sempre é subconjunto dele mesmo.
Propriedade antissimétrica: se A⊂B e B⊂A, então A=B
Propriedade transitiva: se A⊂B e B⊂C, então, A⊂C.

Operações
União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro formado pelos elementos que pertencem pelo menos
um dos conjuntos a que chamamos conjunto união e representamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x ∈ A ou x ∈ B}
Exemplo:
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6}

Interseção
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que são ao mesmo tempo de A e de
B, e é representada por : A∩B. Simbolicamente: A∩B={x|x∈A e x∈B}

53
1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Exemplo:
A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
A∩B={d,e}

Diferença
Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que a cada par A, B de conjuntos faz corresponder o
conjunto definido por:
A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o complementar de B em relação a A.
A este conjunto pertencem os elementos de A que não pertencem a B.
A\B = {x : x∈A e x∉B}.

Exemplo:
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Então os elementos de A – B serão os elementos do conjunto A menos os elementos que pertencerem ao
conjunto B.
Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.

Complementar
Sejam A e B dois conjuntos tais que A⊂B. Chama-se complementar de A em relação a B, que indicamos por
CBA, o conjunto cujos elementos são todos aqueles que pertencem a B e não pertencem a A.
A⊂B⇔ CBA={x|x∈B e x∉A}=B-A

Exemplo
A={1,2,3} B={1,2,3,4,5}
CBA={4,5}

Representação
-Enumerando todos os elementos do conjunto: S={1, 2, 3, 4, 5}
-Simbolicamente: B={x∈ N|2<x<8}, enumerando esses elementos temos:
B={3,4,5,6,7}

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- por meio de diagrama:

Quando um conjunto não possuir elementos chama-se de conjunto vazio: S=∅ ou S={ }.

Igualdade
Dois conjuntos são iguais se, e somente se, possuem exatamente os mesmos elementos. Em símbolo:

Para saber se dois conjuntos A e B são iguais, precisamos saber apenas quais são os elementos.
Não importa ordem:
A={1,2,3} e B={2,1,3}

Não importa se há repetição:


A={1,2,2,3} e B={1,2,3}

Relação de Pertinência
Relacionam um elemento com conjunto. E a indicação que o elemento pertence (∈) ou não pertence (∉)
Exemplo: Dado o conjunto A={-3, 0, 1, 5}
0∈A
2∉A

Relações de Inclusão
Relacionam um conjunto com outro conjunto.
Simbologia: ⊂(está contido), ⊄(não está contido), ⊃(contém), ⊅ (não contém)

A Relação de inclusão possui 3 propriedades:


Exemplo:
{1, 3,5}⊂{0, 1, 2, 3, 4, 5}
{0, 1, 2, 3, 4, 5}⊃{1, 3,5}

Aqui vale a famosa regrinha que o professor ensina, boca aberta para o maior conjunto.

Subconjunto
O conjunto A é subconjunto de B se todo elemento de A é também elemento de B.
Exemplo: {2,4} é subconjunto de {x∈N|x é par}
Operações
União
Dados dois conjuntos A e B, existe sempre um terceiro formado pelos elementos que pertencem pelo me-
nos um dos conjuntos a que chamamos conjunto união e representamos por: A∪B.
Formalmente temos: A∪B={x|x ∈A ou x∈B}
Exemplo:
A={1,2,3,4} e B={5,6}
A∪B={1,2,3,4,5,6}

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Interseção
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto formado pelos elementos que são ao mesmo tempo de A e de
B, e é representada por : A∩B.
Simbolicamente: A∩B={x|x ∈A e x ∈B}

Exemplo:
A={a,b,c,d,e} e B={d,e,f,g}
A∩B={d,e}

Diferença
Uma outra operação entre conjuntos é a diferença, que a cada par A, B de conjuntos faz corresponder o
conjunto definido por:
A – B ou A\B que se diz a diferença entre A e B ou o complementar de B em relação a A.
A este conjunto pertencem os elementos de A que não pertencem a B.

A\B = {x : x ∈A e x∉B}.

B-A = {x : x ∈B e x∉A}.

Exemplo:
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {5, 6, 7}
Então os elementos de A – B serão os elementos do conjunto A menos os elementos que pertencerem ao
conjunto B.
Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}.

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Complementar
O complementar do conjunto A( ) é o conjunto formado pelos elementos do conjunto universo que não
pertencem a A.

Fórmulas da união
n(A ∪B)=n(A)+n(B)-n(A∩B)
n(A ∪B∪C)=n(A)+n(B)+n(C)+n(A∩B∩C)-n(A∩B)-n(A∩C)-n(B C)

Essas fórmulas muitas vezes nos ajudam, pois ao invés de fazer todo o diagrama, se colocarmos nessa
fórmula, o resultado é mais rápido, o que na prova de concurso é interessante devido ao tempo.
Mas, faremos exercícios dos dois modos para você entender melhor e perceber que, dependendo do exer-
cício é melhor fazer de uma forma ou outra.

Exemplo
(MANAUSPREV – Analista Previdenciário – FCC/2015) Em um grupo de 32 homens, 18 são altos, 22 são
barbados e 16 são carecas. Homens altos e barbados que não são carecas são seis. Todos homens altos que
são carecas, são também barbados. Sabe-se que existem 5 homens que são altos e não são barbados nem
carecas. Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e não são altos nem carecas. Sabe-se que existem
5 homens que são carecas e não são altos e nem barbados. Dentre todos esses homens, o número de barba-
dos que não são altos, mas são carecas é igual a
(A) 4.
(B) 7.
(C) 13.
(D) 5.
(E) 8.

Primeiro, quando temos 3 diagramas, sempre começamos pela interseção dos 3, depois interseção a cada
2 e por fim, cada um

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Se todo homem careca é barbado, não teremos apenas homens carecas e altos.
Homens altos e barbados são 6

Sabe-se que existem 5 homens que são barbados e não são altos nem carecas. Sabe-se que existem 5
homens que são carecas e não são altos e nem barbados

Sabemos que 18 são altos

Quando somarmos 5+x+6=18


X=18-11=7

Carecas são 16

7+y+5=16
Y=16-12
Y=4

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Então o número de barbados que não são altos, mas são carecas são 4.
Nesse exercício ficará difícil se pensarmos na fórmula, ficou grande devido as explicações, mas se você
fizer tudo no mesmo diagrama, mas seguindo os passos, o resultado sairá fácil.

Exemplo
(SEGPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA/2015) Suponha que, dos 250 candidatos selecionados ao
cargo de perito criminal:

1) 80 sejam formados em Física;


2) 90 sejam formados em Biologia;
3) 55 sejam formados em Química;
4) 32 sejam formados em Biologia e Física;
5) 23 sejam formados em Química e Física;
6) 16 sejam formados em Biologia e Química;
7) 8 sejam formados em Física, em Química e em Biologia.

Considerando essa situação, assinale a alternativa correta.


(A) Mais de 80 dos candidatos selecionados não são físicos nem biólogos nem químicos.
(B) Mais de 40 dos candidatos selecionados são formados apenas em Física.
(C) Menos de 20 dos candidatos selecionados são formados apenas em Física e em Biologia.
(D) Mais de 30 dos candidatos selecionados são formados apenas em Química.
(E) Escolhendo-se ao acaso um dos candidatos selecionados, a probabilidade de ele ter apenas as duas
formações, Física e Química, é inferior a 0,05.

Resolução
A nossa primeira conta, deve ser achar o número de candidatos que não são físicos, biólogos e nem quími-
cos.
n (F ∪B∪Q)=n(F)+n(B)+n(Q)+n(F∩B∩Q)-n(F∩B)-n(F∩Q)-n(B∩Q)
n(F ∪B∪Q)=80+90+55+8-32-23-16=162
Temos um total de 250 candidatos
250-162=88
Resposta: A.

Funções: Estudo das Relações, definição da função, funções definidas por fórmulas:
domínio, imagem e contradomínio, gráficos, função injetora, sobrejetora e bijetora, fun-
ções par e ímpar, funções crescentes e decrescentes, função inversa, função composta,
função polinomial do 1º Grau, quadrática, modular, exponencial e logarítmica, resolu-
ções de equações, inequações e sistemas

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas

Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas; e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um espaço. Além do mais, o plano cartesiano foi
dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação ao par ordenado (x, y) ou
(a, b).

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Par Ordenado

Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo conjunto,
sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente distinguir a or-
dem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o primeiro é
a ou x e o segundo é b ou y.

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico Cartesiano do Par Ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

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Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A
(4,3)
B
(1,2)
C
(-2,4)
D
(-3,-4)
E
(3,-3)
F
(-4,0)
G
(0,-2)

Produto Cartesiano

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis pa-
res ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença ao 2º
conjunto (B).

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A x A = A2.
Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A cartesiano
B, e apresentá-lo de várias formas.

Listagem dos Elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares ordenados
que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem con-
juntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados obtidos é
igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) . n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) . n (B) = 3 . 2 = 6

Diagrama de Flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um dos
conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento do par
ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim representado no

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diagrama de flechas:

Plano Cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num eixo
horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os elementos
desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas (horizontais ou ver-
ticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no plano cartesiano, cada
um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação

Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:


A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a seguinte
lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:


R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:


R é uma relação de A em B ↔ R A x B

Noção de Função

Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação asso-
ciar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

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Analisemos através dos diagramas de Venn.

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Analisemos agora através dos gráficos:

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função, é traçarmos retas para-
lelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x existem elementos com mais de uma correspon-
dência, aí podemos dizer se é ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da Função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que, dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de função
a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B, conhecida também
como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

Pelo diagrama de Venn:

Representado no gráfico:

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- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.
Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD ou
somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x). (Lê-se:
y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A, dá-se o nome de conjunto
imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) = x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem deste
conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

Domínio de uma Função Real de Variável Real


Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa cada
elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo subconjuntos de R
e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para os quais
as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

Exemplos
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real e obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.

2)
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*

3)

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

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FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU

Função do 1º grau ou função afim ou polinomial do 1º grau recebe ou é conhecida por um desses nomes,
sendo por definição9: Toda função f: R → R, definida por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o con-
tradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma Função

Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.


Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Construção do gráfico no plano cartesiano:

Observe que a reta de uma função afim é sempre


uma reta.
E como a > 0 ela é função crescente, que veremos
mais à frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0, logo é uma função decres-


cente

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma imagem, ou
seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante


9 BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

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A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou sobre o
eixo (igual ao eixo das abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos que os
valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta os quadrantes
pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Função Injetora
Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também distintas no contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja intercep-
tar o gráfico da função, uma única vez.

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Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao
eixo x, notaremos que o mesmo cortará a reta
formada pela função em um único ponto (o que
representa uma imagem distinta), logo concluí-
mos que se trata de uma função injetora.

Função Sobrejetora
Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal que in-
terceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do contradomí-


nio tem um correspondente em x. Logo é sobrejeto-
ra.
Im(f) = B

Observe que nem todos os elementos do contra-


domínio tem um correspondente em x. Logo não é
sobrejetora.
Im(f) ≠ B

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Função Bijetora
uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos
Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor com-
preensão observe o diagrama abaixo:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) xє
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

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Função crescente e decrescente
A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta), se a
> 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma reta.

Observe que medida que os valores de x au-


mentam, os valores de y ou f(x) também aumen-
tam.

Observe que medida que os valores de x au-


mentam, os valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função notamos que:


- Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo x (horizontal) é agudo
(< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para que y
ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim teremos uma
equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = -3

Graficamente temos:

No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3, que é o
zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.

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Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de achar-
mos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do sinal da Função


Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

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Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4

4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4

4
x>
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4

4
x<
2

x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y
= 0;
- Para x > 2 temos y
> 0;
- Para x < 2 temos y
< 0.

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FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau10, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do 2º
grau, toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2;
b é o coeficiente de x;
c é o termo independente.

Exemplos
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

Representação Gráfica da Função


O gráfico da função é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.
Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma parábola
cuja concavidade está voltada para baixo.

Exemplo
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real, obte-
remos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

10 BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna


FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para cima;
2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y, neste caso no 0 (zero);
4) O valor do mínimo pode ser observado nas extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4.
Concavidade da Parábola
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade voltada
para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a (maior que zero ou
menor que zero). Esta é uma característica geral para a função definida por um polinômio do 2º grau.

Vértice da Parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto denomina-
mos vértice. Dado por V (xv , yv).

Eixo de Simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola é
simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos entender
melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

Conjunto Domínio e Imagem


Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada para cima, e o seu
conjunto imagem é dado por:

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

Coordenadas do Vértice da Parábola


Como visto anteriormente a função apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta o grá-
fico num ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor Máximo e Valor Mínimo


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de
máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Exemplo
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico desta função, determinando também o
valor máximo ou mínimo da mesma.

Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O valor de
mínimo ocorre para x = 1 e y = - 4. Logo o valor de mínimo é - 4 e a imagem da função é dada por: Im = { y ϵ
R | y ≥ - 4}.

Raízes ou Zeros da Função


As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0, ou
seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

−b± ∆
x= , onde, r= b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos um
esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que expresse
a função.

Estudo da Variação do Sinal da Função


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função positiva,
negativa ou nula.

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

Observe que:

Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois pontos distintos, e temos duas raízes reais
distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo x em nenhum ponto e não temos raízes reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença matemá-
tica que a define.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= - 4 e x2 = 0), podemos utilizar a forma fatorada:
f (x) = a.[ x – (- 4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (- 2,4), temos:
4 = a.(- 2 + 4).(- 2) → a = - 1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (- x - 4x).x → - x2 - 4x

2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe pelo ponto
(2;3).
Resolução:
Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:
3 = - (2)2 + (k + 4).2 - 5 → 3 = - 4 + 2k + 8 - 5 → 2k + 8 - 9 = 3 → 2 k - 1 = 3 → 2k = 3 + 1 → 2k = 4 → k = 2.

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FUNÇÃO INVERSA

A inversa11 de uma função f, denotada por f-1, é a função que desfaz a operação executada pela função f.
Vejamos a figura abaixo:

Observe que:
1º A função f “leva” o valor - 2 até o valor - 16, enquanto que a inversa f-1, “traz de volta” o valor - 16 até o
valor - 2, desfazendo assim o efeito de f sobre - 2.
2º Outra maneira de entender essa ideia é: a função f associa o valor -16 ao valor -2, enquanto que a inver-
sa, f-1, associa o valor -2 ao valor -16.
3º Dada uma tabela de valores funcionais para f(x), podemos obter uma tabela para a inversa f-1, invertendo
as colunas x e y.
4º Se aplicarmos, em qualquer ordem, f e também f-1 a um número qualquer, obtemos esse número de volta.

Definição

Seja uma função bijetora com domínio A e imagem B. A função inversa f-1 é a função
, com domínio B e imagem A tal que:

f-1(f(a)) = a para a A e f(f-1(b)) = b para b B

Assim, podemos definir a função inversa f-1 por: , para y em B.

Exemplo
A ideia de trocar x por y para escrever a função inversa, nos fornece um método para obter o gráfico de f-1 a
partir do gráfico de f. Vejamos então como isso é possível, levando em conta que:

Podemos concluir que:

11 IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções


http://www.calculo.iq.unesp.br

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Propriedade
Os gráficos cartesianos de f e f -1
são simétricos em relação a bissetriz dos quadrantes 1 e 3 do plano car-
tesiano.

Regra prática para determinar a inversa de uma função:


- primeiramente temos que toda função ( f(x), g(x), h(x), ....) representa o “y”.

Para determinar a inversa temos dois passos:

1° Passo: isolamos o x.
2° passo: trocamos x por y e y por x.

Exemplo
Determinar a inversa da função f(x) = 3x + 1, sabendo que é bijetora.

Então, temos que:


y = 3x + 1

1° passo:

y – 1 = 3x → (isolamos o x)

2º passo:

(trocamos x por y e y por x), temos a inversa de f(x) → .

FUNÇÃO COMPOSTA

Função composta12 pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada pela junção
das funções A e B. Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a formação da função
composta de g com f, h: A → C. Dizemos função g composta com a função f, representada por gof.

Exemplos
1) Dado uma função f(x) = x + 1 e g(x) = x2. Qual será o resultado final se tomarmos um x real e a ele apli-
carmos sucessivamente a lei de f e a lei de g?

O resultado final é que x é levado a (x + 1)2. Essa função h de R em R que leva x até (x + 1)2 é chamada de
função composta.

2) Dada f (x) = 2x – 3 e f (g (x)) = 6x + 11, calcular g (x).


Como f(g(x)) = 6x + 11, então 2g(x) – 3 = 6x + 11  2g(x) = 6x + 14  g(x) = 3x + 7

Na função composta você aplica as propriedades da primeira na segunda ou vice-versa, ou até


mesmo ambas juntas.

12 IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único


http://www.brasilescola.com

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FUNÇÃO MODULAR

Chama-se função modular a função f: R  R, definida por: f(x) = |x|.


Por definição:

A função modular é definida por duas sentenças: f(x) = x, se x ≥ 0 e f(x) = - x, se x < 0.

Módulo de um número
- O módulo de um número real não negativo é igual ao próprio número;
- O módulo de um número real negativo é igual ao oposto desse número;
- O módulo de um número real qualquer é sempre maior ou igual a zero: |x| ≥ 0, para todo x.

Construção do Gráfico da f(x) = |x|.

Imagem de uma Função Modular


O conjunto imagem da função Modular é R+, isto é, a função assume valores reais não negativos.

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Definição

A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:

Podemos concluir, que a função exponencial é definida por:

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Gráficos da Função Exponencial

Propriedades da Função Exponencial


Se a, x e y são números reais quaisquer e k é um número racional, então:
- ax . ay = ax + y
- ax / ay = ax - y
- (ax) y = ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Estas relações também são válidas para exponenciais de base e (e = número de Euller = 2,718...)
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
- ln(ex) = x
- ex+y= ex.ey
- ex-y = ex/ey
- ex.k = (ex)k

Constante de Euler
Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo, de acordo com a definição da função exponencial, temos que:
ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler, um dos primeiros a
estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757
Porém ninguém é obrigado a decorar este número, sabendo com duas casas após a vírgula já é mais que
suficiente, ou seja, devemos saber que e = 2,72 aproximadamente.
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com expo-
ente x, isto é:
ex = exp(x)

Construção do Gráfico de uma Função Exponencial


Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função

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Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os pontos no gráfico.

X Y
-3

-2

-1

0 1
1 2
2 4
3 8

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no logaritmando de um logaritmo é denominada equa-
ção logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no logaritmando, ou na base de um logaritmo.


Para solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos logaritmos.

Função Logarítmica

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou inequações, pois as
operações algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráficos das funções es-
boçados no mesmo referencial cartesiano.

Função logarítmica de base a, é toda função f : R*+ → R, definida por com:


a ϵ R*+ e a ≠ 1.

Podemos observar neste tipo de função que a variável independente x é um logaritmando, por isto a deno-
minamos função logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é uma variável, mas sim
um número real.
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:

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Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano

Podemos representar graficamente uma função logarítmica da mesma forma que fizemos com a função
exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os respectivos valores
de f(x). Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos a curva do gráfico. Vamos representar
graficamente a função e como estamos trabalhando com um logaritmo de base 10, para simpli-
ficar os cálculos vamos escolher para x alguns valores que são potências de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1 e 10.

Temos então seguinte a tabela:

x y = log x
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Acima temos o gráfico desta função logarítmica, no qual localizamos cada um dos pontos obtidos da tabela
e os interligamos através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os pontos estão quase sobre o
eixo das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também que neste tipo de função uma grande
variação no valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. Por exemplo, se passarmos de x = 100
para x = 1 000 000, a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

Função Crescente e Decrescente

Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarítmicas também podem ser classifica-
das como função crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a ser maior ou menor
que 1. Lembre-se que segundo a definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida por ,
temos que a > 0 e a ≠ 1.

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Função Logarítmica Crescente

Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer que seja o valor real positivo de x. No grá-
fico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente. Também podemos observar através do gráfico, que para
dois valores de x (x1 e x2), que , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com
a > 1.

Função Logarítmica Decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente em todo o domínio da função. Neste ou-
tro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que
a curva da função é decrescente. No gráfico também observamos que para dois valores de x (x1 e x2),
que , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É impor-
tante frisar que independentemente de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função sem-
pre cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo das ordenadas e que o
, isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

A função logaritmo natural mais simples é a função y = f0(x) = lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx)
pois a ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o conjunto R=]-∞,+∞[.


O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da reta
x = 0.

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O que queremos será descobrir como é o gráfico de uma função logarítmica natural geral, quando compara-
do ao gráfico de y = ln x, a partir das transformações sofridas por esta função.
Consideremos uma função logarítmica cuja expressão é dada por y = f1(x) = ln x + k, onde k é uma constante
real. A pergunta natural a ser feita é, qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função quando compa-
rado ao gráfico da função inicial y = f0(x) = ln x?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja dada pela expressão y = f2(x) = a.ln x onde a é
uma constante real, a 0.
Observe que se a = 0, a função obtida não será logarítmica, pois será a constante real nula. Uma questão
que ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do tipo y = f3(x) = ln(x + m), onde m é um número
real não nulo. Se g(x) = 3.ln(x - 2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo os gráficos intermediários, todos num
mesmo par de eixos.
y = a.ln(x + m) + k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmicas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o


coeficiente a não é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais simples y = f0 (x) = In x,
quando fazemos, em primeiro lugar, y = ln(x + m); em seguida, y = a.ln(x + m) e, finalmente, y = a.ln(x + m) + k.

Analisemos o que aconteceu:


- Em primeiro lugar, y = ln(x + m) sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois x = - m exerce o
papel que x = 0 exercia em y = ln x;
- A seguir, no gráfico de y = a.ln(x + m) ocorreu mudança de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada é
igual àquela do ponto de mesma abscissa em y = ln(x + m) multiplicada pelo coeficiente a;
- Por fim, o gráfico de y = a.ln(x + m) + k sofreu uma translação vertical de k unidades, pois, para cada abs-
cissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y = a.ln(x + m) + k ficaram acrescidas de k, quando comparadas
às ordenadas dos pontos do gráfico de y = a.ln(x + m).

INEQUAÇÃO DO 1º GRAU

Inequação é uma sentença matemática que apresenta pelo menos um valor desconhecido (incógnita) e
representa uma desigualdade13.
Nas inequações usamos os símbolos:
> maior que
< menor que
≥ maior que ou igual
≤ menor que ou igual

Exemplos:
a) 3x - 5 > 62
b) 10 + 2x ≤ 20

Uma inequação é do 1º grau quando o maior expoente da incógnita é igual a 1. Podem assumir as seguintes
formas:
ax + b >0
ax + b < 0
ax + b ≥ 0
ax + b ≤ 0

Sendo a e b números reais e a ≠ 0.

— Resolução de uma inequação do primeiro grau.


Para resolver uma inequação desse tipo, podemos fazer da mesma forma que fazemos nas equações.
Contudo, devemos ter cuidado quando a incógnita ficar negativa.
Nesse caso, devemos multiplicar por (-1) e inverter o símbolo da desigualdade.

13 https://www.todamateria.com.br/inequacao/

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Exemplos:
a) Resolvendo a inequação 3x + 19 < 40.
Para resolver a inequação devemos isolar o x, passando o 19 e o 3 para o outro lado da desigualdade.
Lembrando que ao mudar de lado devemos trocar a operação. Assim, o 19 que estava somando, passará
diminuindo e o 3 que estava multiplicando passará dividindo.

3x < 40 -19
x < 21/3
x<7

b) Como resolver a inequação 15 - 7x ≥ 2x - 30?


Quando há termos algébricos (x) dos dois lados da desigualdade, devemos juntá-los no mesmo lado.
Ao fazer isso, os números que mudam de lado têm o sinal alterado.

15 - 7x ≥ 2x - 30
- 7x - 2 x ≥ - 30 -15
- 9x ≥ - 45

Agora, vamos multiplicar toda a inequação por (-1). Para tanto, trocamos o sinal de todos os termos:

9x ≤ 45 (observe que invertemos o símbolo ≥ para ≤)


x ≤ 45/9
x≤5

Portanto, a solução dessa inequação é x ≤ 5.

— Resolução usando o gráfico da inequação


Outra forma de resolver uma inequação é fazer um gráfico no plano cartesiano.
No gráfico, fazemos o estudo do sinal da inequação identificando que valores de x transformam a desigualdade
em uma sentença verdadeira.
Para resolver uma inequação usando esse método devemos seguir os passos:
1º) Colocar todos os termos da inequação em um mesmo lado.
2º) Substituir o sinal da desigualdade pelo da igualdade.
3º) Resolver a equação, ou seja, encontrar sua raiz.
4º) Fazer o estudo do sinal da equação, identificando os valores de x que representam a solução da
inequação.

Exemplo: Resolvendo a inequação 3x + 19 < 40.


Primeiro, vamos escrever a inequação com todos os termos de um lado da desigualdade:

3x + 19 - 40 < 0
3x - 21 < 0

Essa expressão indica que a solução da inequação são os valores de x que tornam a inequação negativa
(< 0).
Encontrar a raiz da equação 3x - 21 = 0

x = 21/3
x = 7 (raiz da equação)

Representar no plano cartesiano os pares de pontos encontrados ao substituir valores no x na equação. O


gráfico deste tipo de equação é uma reta.

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Identificamos que os valores < 0 (valores negativos) são os valores de x < 7. O valor encontrado coincide
com o valor que encontramos ao resolver diretamente (exemplo a, anterior).
INEQUAÇÃO DO 2º GRAU
Uma inequação é do 2º grau quando o maior expoente da incógnita é igual a 2. Podem assumir as seguintes
formas:
ax² + bx + c > 0
ax² + bx + c < 0
ax² + bx + c ≥ 0
ax² + bx + c ≤ 0

Sendo a, b e c números reais e a ≠ 0.


Podemos resolver esse tipo de inequação usando o gráfico que representa a equação do 2º grau para fazer
o estudo do sinal, da mesma forma que fizemos no da inequação do 1º grau.
Lembrando que, nesse caso, o gráfico será uma parábola.

Exemplo: Resolvendo a inequação x² - x - 6 < 0.

Para resolver uma inequação do segundo grau é preciso encontrar valores cuja expressão do lado esquerdo
do sinal < dê uma solução menor do que 0 (valores negativos).
Primeiro, identifique os coeficientes:
a=1
b=-1
c=-6

Utilizamos a fórmula de Bhaskara (Δ = b² - 4ac) e substituímos pelos valores dos coeficientes:

Δ = (- 1)² - 4 . 1 . (- 6)
Δ = 1 + 24
Δ = 25

Continuando na fórmula de Bhaskara, substituímos novamente pelos valores dos nossos coeficientes:

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As raízes da equação são -2 e 3. Como o coeficiente a da equação do 2º grau é positivo, seu gráfico terá a
concavidade voltada para cima.

Pelo gráfico, observamos que os valores que satisfazem a inequação são: - 2 < x < 3.
Podemos indicar a solução usando a seguinte notação:

Um número x que pertence ao conjunto dos números Reais, tal que, x seja maior que -2 e menor que 3.

SISTEMA DO 1º GRAU
Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é formado por: duas equações de 1º grau com duas
incógnitas diferentes em cada equação. Veja um exemplo:

• Resolução de sistemas
Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:

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• Método da substituição
Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das incógnitas e substituir na outra equação, veja
como:

Dado o sis- , enumeramos as


tema equações.

Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituí-


mos na equação 2.
3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Resolvendo:
60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x = 20 – y. Logo:
x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)

Método da adição
Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal forma que a soma de uma das incógnitas seja
zero. Para que isso aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas equações ou apenas
uma equação por números inteiros para que a soma de uma das incógnitas seja zero.

Dado o sistema

Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das incógnitas de zero, teremos que multiplicar a
primeira equação por – 3.

Teremos:

Adicionando as duas equações:

Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas equações e substituir o valor de y encontrado:
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).

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1817154 E-book gerado especialmente para FRANCISCO DAS CHAGAS SOUZA FILHO
Exemplos:
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equipes de uma escola (amarela, vermelha
e branca), foram arrecadados 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50 quilogramas a
mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30 quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de
alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350
(E) 370

Resolução:
Amarela: x
Vermelha: y
Branca: z
x = y + 50
y = z - 30
z = y + 30

Substituindo a II e a III equação na I:

Substituindo na equação II
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

Resposta: E

(SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em um campeonato de futebol, as equi-


pes recebem, em cada jogo, três pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto se forem
derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e
acumulado 58 pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas 30 partidas, é igual a
(A) 12
(B) 14
(C) 16
(D) 13
(E) 15

Resolução:
Vitórias: x
Empate: y
Derrotas: 2
Pelo método da adição temos:

90
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Resposta: E
SISTEMA DO 2º GRAU
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de 1º grau, por adição, substituições, etc. A dife-
rença é que teremos como solução um sistema de pares ordenados.

Sequência prática
– Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema para a linguagem matemática;
– Resolver o sistema de equações;
– Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatíveis com os dados do problema.

Exemplos:
(CPTM - MÉDICO DO TRABALHO – MAKIYAMA) Sabe-se que o produto da idade de Miguel pela idade de
Lucas é 500. Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
(E) 45.

Resolução:
Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500
∆ = b² - 4.a.c
∆ = 5² - 4.1.(-500)
∆ = 25 + 2000
∆ = 2025
x = (-b ± √∆)/2a
x’ = (-5 + 45) / 2.1 → x’ = 40/2 → x’ = 20
x’’ = (-5 - 45) / 2.1 → x’’ = -50/2 → x’’ = -25 (não serve)

Então L = 20
M.20 = 500
m = 500 : 20 = 25
M + L = 25 + 20 = 45
Resposta: E

(TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu produto é igual a 20, a soma de seus qua-
drados é igual a:
(A) 30
(B) 40
(C) 50
(D) 60
(E) 80

91
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Resolução:

Eu quero saber a soma de seus quadrados x2 + y2


Vamos elevar o x + y ao quadrado:
(x + y)2 = (10)2
x2 + 2xy + y2 = 100 , como x . y=20 substituímos o valor :
x2 + 2.20 + y2 = 100
x2 + 40 + y2 = 100
x2 + y2 = 100 – 40
x2 + y2 = 60
Resposta: D

Sequência

Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os elementos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o segundo por a2, e o n-ésimo por an.

Termo Geral de uma Sequência


Algumas sequências podem ser expressas mediante uma lei de formação. Isso significa que podemos obter
um termo qualquer da sequência a partir de uma expressão, que relaciona o valor do termo com sua posição.
Para a posição n(n ϵ N*), podemos escrever an=f(n)

Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da PA.
an = an-1 + r(n ≥ 2)

Exemplo
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:
a1 = 2
a2 = 2 + 5 = 7
a3 = 7 + 5 = 12

Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo com o valor da razão r.
r < 0, PA decrescente
r > 0, PA crescente
r = 0, PA constante

Propriedades das Progressões Aritméticas


-Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a média aritmética entre o anterior e o posterior.

-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.
a1 + an = a2 + an-1 = a3 + an-2

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Termo Geral da PA
Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...) da seguinte forma:
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r = a1 + 2r
a4 = a3 + r = a1 + 3r

Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao primeiro número de razões r igual à posição do termo
menos uma unidade.
an = a1 + (n - 1)r

Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética


Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40

Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Soma dos Termos


Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que permite calcular a soma dos n primeiros termos de uma
progressão aritmética.

Sn - Soma dos primeiros termos


a1 - primeiro termo
an - enésimo termo
n - número de termos

Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o
primeiro termo?

Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o termo central é o a20, que possui 19 termos à sua
esquerda e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados para solucionar a questão:

Sabemos também que a soma de dois termos equidistantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma
dos seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de termos, então o termo central tem exatamente o
valor de metade da soma dos extremos.
Em notação matemática temos:

93
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Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência em que se obtém cada termo, a partir do segundo,
multiplicando o anterior por uma constante q, chamada razão da PG.

Exemplo
Dada a sequência: (4, 8, 16)
a1 = 4
a2 = 4 . 2 = 8
a3 = 8 . 2 = 16

Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0
e 0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando
a1 < 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também
uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionaria.
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma
potência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo menos uma unidade.

a2 = a1 . q2-1
a3 = a1 . q3-1

Portanto, o termo geral é:


an = a1 . qn-1

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica Finita


Seja a PG finita (a1, a1q, a1q2, ...)de razão q e de soma dos termos Sn:

1º Caso: q=1

Sn = n . a1

2º Caso: q≠1

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Exemplo
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
a) A soma dos 6 primeiros termos
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros termos seja 29524

Solução:
a1 = 1; q = 3; n = 6

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica Infinita

1º Caso:-1 < q < 1

Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a série é convergente.

2º Caso: |q| > 1


A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a série é divergente

3º Caso: |q| = 1
Também não possui soma finita, portanto divergente

Produto dos termos de uma PG finita

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Geometria Plana. ngulos: definição, classificação, unidades e operações, feixes de pa-
ralelas cortadas por transversais, Teorema de Tales e aplicações. Polígonos: elementos
e classificação, Diagonais, soma dos ângulos externos e internos, estudo dos quadri-
láteros e triângulos, congruências e semelhanças, relações métricas dos triângulos.
Área: polígonos e suas partes

ÂNGULOS
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. As semirretas re-
cebem o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

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Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.

TEOREMA DE TALES
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a razão de dois segmentos quaisquer de uma
transversal é igual à razão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são válidas as seguintes proporções:

Exemplo

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

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- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes (iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares entre si (formam ângulo de 90°) e são bisse-
trizes dos ângulos internos (dividem os ângulos ao meio).

POLÍGONOS
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados lados do polígono, enquanto os pontos são
chamados vértices do polígono.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades são vértices não-consecutivos desse polígono.

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Número de Diagonais

Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono convexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos.

Ângulos Externos

A soma dos ângulos externos=360°

TRIÂNGULOS

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

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A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice
a um ponto do lado oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é
perpendicular a esse lado.

Na figura, é uma altura do .

Um triângulo tem três alturas.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triân-
gulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

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Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

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Triângulo retângulo: tem um ângulo reto

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos


Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo,
ao maior ângulo opõe-se o maior lado, e vice-versa.

Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as
mesmas medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices correspondentes, então esses triângulos são
congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles
congruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.

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3º Caso: LLL (lado - lado - lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcionais, então esses dois triângulos são seme-
lhantes.

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes entre os diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenu-
sa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

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ÁREAS

Esse termo se refere a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um quadrado
que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

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5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

V) circunferência inscrita:

105
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VI) circunferência circunscrita:

Álgebra: análise combinatória

Análise Combinatória
A Análise Combinatória é a área da Matemática que trata dos problemas de contagem.

Princípio Fundamental da Contagem


Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrência de um evento composto de duas ou mais etapas.
Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o
número de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.

Exemplo

O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(calças). 3(blusas)=6 maneiras

Fatorial
É comum nos problemas de contagem, calcularmos o produto de uma multiplicação cujos fatores são nú-
meros naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
n! = n(n - 1)(n - 2)... 3 . 2 . 1, (n ϵ N)

Arranjo Simples
Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a p, toda sequência de p elementos distintos de E.

Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números de 2 algarismos distintos podemos formar?

106
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Observe que os números obtidos diferem entre si:
Pela ordem dos elementos: 56 e 65
Pelos elementos componentes: 56 e 67
Cada número assim obtido é denominado arranjo simples dos 3 elementos tomados 2 a 2.

Indica-se A3,2

Permutação Simples
Chama-se permutação simples dos n elementos, qualquer agrupamento(sequência) de n elementos distin-
tos de E.
O número de permutações simples de n elementos é indicado por Pn.
Pn = n!

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
Solução
A palavra tem 8 letras, portanto:
P8 = 8! = 8 . 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 40320

Permutação com elementos repetidos


De modo geral, o número de permutações de n objetos, dos quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3
são iguais a C etc.

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?

Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Permutações. Como temos uma letra repetida, esse nú-
mero será menor.

Temos 3P, 2A, 2L e 3 E

Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos, podemos formar subconjuntos com p elementos.
Cada subconjunto com i elementos é chamado combinação simples.

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos que podemos formar a partir de um grupo de 5
alunos.

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Solução

Números Binomiais
O número de combinações de n elementos, tomados p a p, também é representado pelo número binomial
.

Binomiais Complementares
Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma dos denominadores é igual ao numerador são iguais:

Relação de Stifel

Triângulo de Pascal

LINHA 1
0
LINHA 1 1
1
LINHA 1 2 1
2
LINHA 1 3 3 1
3
LINHA 1 4 6 4 1
4
LINHA 1 5 10 10 5 1
5
LINHA 1 6 15 20 15 6 1
6

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Binômio de Newton
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da forma (a + b)n, com n ϵ N. Vamos desenvolver alguns
binômios:
n = 0 → (a + b)0 = 1
n = 1 → (a + b)1 = 1a + 1b
n = 2 → (a + b)2 = 1a2 + 2ab +1b2
n = 3 → (a + b)3 = 1a3 + 3a2b +3ab2 + b3

Observe que os coeficientes dos termos formam o triângulo de Pascal.

Geometria Espacial: retas e planos no espaço (paralelismo e perpendicularismo), polie-


dros regulares, pirâmides, prismas, cilindro, cone e esfera (elementos e equações)

GEOMETRIA DE POSIÇÃO

A geometria de posição estuda os três entes primitivos da geometria: ponto, reta e plano no espaço. Temos
o estudo dos postulado, das posições relativas entre estes entes.
Na matemática nós temos afirmações que são chamadas de postulados e outras são chamadas de teore-
mas.
Postulado: são afirmações que são aceitas sem demonstração. Isto é, sabemos que são verdadeiras,
porém não tem como ser demonstradas.
Teorema: são afirmações que tem demonstração.

Estudo dos Postulados


Na Geometria de Posição, os postulados se dividem em quatro categorias:

I) Postulados da existência:

a) No espaço existem infinitos pontos, retas e planos. (este postulado também é chamado de postulado
fundamental da geometria de posição).

b) Numa reta e fora dela existem infinitos pontos.

c) Num plano e fora dele existem infinitos pontos e retas.

d) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

II) Postulados da determinação:

a) Dois pontos distintos determinam uma única reta. (Observe que a palavra distintos está destacada,
tem que ser distintos e não somente dois pontos).

b) Três pontos não colineares determinam um único plano. (Observe que as palavras não colineares
estão destacadas, tem que ser não colineares e não somente três pontos).

- como consequência deste postulado, temos também:

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b.1) uma reta e um ponto fora dela determinam um único plano.
b.2) duas retas paralelas distintas determinam um único plano.
b.3) duas retas concorrentes determinam um único plano.

III) Postulado da inclusão.

- Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

IV) Postulados da divisão.

a) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.

b) Uma reta divide um plano em dois semiplanos.

c) Um plano divide o espaço em dois semiespaços.

Estudo das posições relativas


Vamos estudar, agora, as posições relativas entre duas retas; entre dois planos e entre um plano e uma reta.

I) Posições relativas entre duas retas.

Não coplanares: - Reversas

No esquema acima, temos:

a) Retas coplanares :estão no mesmo plano. Podem ser:

- Retas paralelas distintas: não tem nenhum ponto em comum.

- Retas paralelas coincidentes: tem todos os pontos em comum. Temos duas retas, sendo uma sobre a
outra.
representamos por r s

- Retas concorrentes: tem um único ponto em comum.

Observação: duas retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de per-
pendiculares.

b) Retas não coplanares: não estão no mesmo plano. São:

- Retas Reversas: não tem ponto em comum.

110
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Observação: duas retas reversas que “formam” entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de ortogonais.

Como podemos verificar, retas paralelas distintas e retas reversas não tem ponto em comum. Então esta
não é uma condição suficiente para diferenciar as posições, porém é uma condição necessária. Para diferenciar
paralelas distintas e reversas temos duas condições:
- Paralelas distintas não tem ponto em comum e estão no mesmo plano (coplanares).
- Reversas não tem ponto em comum e não estão no mesmo plano (não coplanares).

II) Posições relativas entre reta e plano.

a) Reta paralela ao plano: não tem nenhum ponto em comum com o plano. A intersecção da reta com o
plano é um conjunto vazio.

Observação: uma reta paralela a um plano é paralela com infinitas retas do plano, mas não a todas.

b) Reta contida no plano: tem todos os pontos em comum com o plano. Também obedece ao postulado da
Inclusão. A intersecção da reta com o plano é igual à própria reta.

c) Reta secante (ou incidente) ao plano: tem um único ponto em comum com o plano. A intersecção da
reta com o plano é o ponto P.

III) Posições relativas entre dois planos


a) Planos paralelos: não tem nenhum ponto em comum. A intersecção entre os planos é um conjunto vazio.
b) Planos coincidentes: tem todos os pontos em comum.
c) Planos secantes (ou incidentes): tem uma única reta em comum. A intersecção entre os planos é uma
reta. Podem ser oblíquos (formam entre si um ângulo diferente de 90°) ou podem ser perpendiculares (formam
entre si um ângulo de 90°).

111
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ÁREAS E VOLUMES

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de centro O contido num deles, e uma reta s concorrente
com os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião de todos os segmentos paralelos a s, com extremida-
des no círculo e no outro plano.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.

Área
Área da base: Sb=πr²

112
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Volume

Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α, um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extremidade no pon-
to V e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

Classificação
-Reto: eixo VO perpendicular à base;
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone
reto é também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é denominado cone equilátero.

g2 = h2 + r2

-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Área

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Volume

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao número de lados da base.

Área e Volume

Área lateral: Sl = n. área de um triângulo

Onde n = quantidade de lados

Stotal = Sb + Sl

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R contido em α e uma reta r concorrente aos dois.

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião de todos os segmentos paralelos a r, com extremida-
des no polígono R e no plano β.

114
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Assim, um prisma é um poliedro com duas faces congruentes e paralelas cujas outras faces são paralelo-
gramos obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas faces paralelas.

Classificação

Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares às bases


Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

PRISMA RETO PRISMA OBLÍQUO

Classificação pelo polígono da base

TRIANGULAR QUADRANGULAR

E assim por diante...

Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denominam-se paralelepípedos.

PARALELEPÍPEDO RETO PARALELEPÍPEDO OBLÍQUO

Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces quadradas.

115
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Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regulares, o prisma é dito regular.
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases são congruentes (triângulo equilátero, hexágono
regular,...)

Área
Área cubo: St = 6a2

Área paralelepípedo: St = 2(ab + ac + bc)

A área de um prisma: St = 2Sb + St

Onde: St = área total


Sb = área da base
Sl = área lateral, soma-se todas as áreas das faces laterais.

Volume
Paralelepípedo: V = a . b . c
Cubo: V = a³

Demais: V = Sb . h

Exercícios

1. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de Matemática – CAIPIMES) Na figura abaixo, o ponto que
melhor representa a diferença na reta dos números reais é:

(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S.

2. (IPSM - Analista de Gestão Municipal – Contabilidade – VUNESP/2018) Saí de casa com determinada
quantia no bolso. Gastei, na farmácia, 2/5 da quantia que tinha. Em seguida, encontrei um compadre que me
pagou uma dívida antiga que correspondia exatamente à terça parte do que eu tinha no bolso. Continuei meu
caminho e gastei a metade do que tinha em alimentos que doei para uma casa de apoio a necessitados. Depois
disso, restavam-me 420 reais. O valor que o compadre me pagou é, em reais, igual a
(A) 105.
(B) 210.
(C) 315.
(D) 420.
(E) 525.

3. (IPM/SP – Agente Administrativo – AOCP) Dois colaboradores foram convocados para conferir o lan-
çamento de notas fiscais arquivadas em 80 caixas e guardadas em um arquivo morto do setor de compras. Ao
final da conferência, verificou-se que o primeiro colaborador conferiu 3/5 do total de caixas e o segundo conferiu
o restante das caixas. Dessa forma, o número de caixas conferidas pelo segundo colaborador é
(A) 28
(B) 32
(C) 42

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(D) 58
(E) 45

4. (EMBASA – AGENTE ADMINISTRATIVO – IBFC/2017) Considerando A o MDC (maior divisor comum)


entre os números 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre os números 12 e 20, então o valor de 2A
+ 3B é igual a:
(A) 72
(B) 156
(C) 144
(D) 204

5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO /2017) Em um determinado zoológico, a girafa


deve comer a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada 3 horas. Considerando que todos foram
alimentados às 8 horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o funcionário encarregado deverá servir a
alimentação a todos concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira.
(B) 14 horas de segunda-feira.
(C) 10 horas de terça-feira.
(D) 20 horas de terça-feira.
(E) 9 horas de quarta-feira.

6. COMUR DE NOVO HAMBURGO/RS - AGENTE DE ATENDIMENTO E VENDAS - FUNDATEC/2021


Qual o resultado da equação de primeiro grau 2x - 7 = 28 - 5x?
(A) 3.
(B) 5.
(C) 7.
(D) -4,6.
(E) Não é possível resolver essa equação.

7. PREFEITURA DE IRATI/SC - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA - GS ASSESSORIA E


CONCURSOS/2021
Analisando a equação do segundo grau x2 − 5x − 6 = 0, podemos afirmar que ela possui:
(A) nenhuma solução.
(B) um número inteiro como solução.
(C) dois números inteiros como solução.
(D) três números inteiros com solução.
(E) nenhuma das respostas anterior.

8. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCIÁRIOS- VUNESP/2017) Uma gráfica pre-


cisa imprimir um lote de 100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000 folhetos em 40
minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funcionamento, a máquina A quebra e o serviço restante passa a ser
feito pela máquina B, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O tempo que a máquina B levará para imprimir
o restante do lote de folhetos é
(A) 14 horas e 10 minutos.
(B) 14 horas e 05 minutos.
(C) 13 horas e 45 minutos.
(D) 13 horas e 30 minutos.
(E) 13 horas e 20 minutos.

9. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO- FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho
em um horário de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso, Lucas foi de carro para o
trabalho a uma velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
(B) 40;

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(C) 48;
(D) 50;
(E) 60.

10. No sistema monetário brasileiro, há moedas de 1, 5, 10, 25 e 50 centavos de real, além da moeda de 1
real. De quantas formas diferentes podemos juntar 40 centavos de real com apenas 4 moedas?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

11. No Brasil, o sistema monetário adotado é o decimal. Por exemplo:


205,42 reais = (2 × 102 + 0 × 101 + 5 × 100 + 4 × 10-1 + 2 × 10-2) reais Suponha que em certo país, em
que a moeda vigente é o “mumu”, o sistema monetário seja binário. O exemplo seguinte mostra como converter
certa quantia, dada em “mumus”, para reais: 110,01 mumus = (1 × 22 + 1 × 21 + 0 × 20 + 0 × 2-1 + 1 × 2-2) reais
= = 6,25 reais Com base nessas informações, se um brasileiro em viagem a esse país quiser converter 385,50
reais para a moeda local, a quantia que ele receberá, em “mumus”, é:
(A) 10 100 001,11.
(B) 110 000 001,1.
(C) 110 000 011,11.
(D) 110 000 111,1.
(E) 111 000 001,11.

12. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) Para uma pesquisa, foram realizadas
entrevistas nos estados da Região Sudeste do Brasil. A amostra foi composta da seguinte maneira:
– 2500 entrevistas realizadas no estado de São Paulo;
– 1500 entrevistas realizadas nos outros três estados da Região Sudeste.

Desse modo, é correto afirmar que a razão entre o número de entrevistas realizadas em São Paulo e o nú-
mero total de entrevistas realizadas nos quatro estados é de
(A) 8 para 5.
(B) 5 para 8.
(C) 5 para 7.
(D) 3 para 5.
(E) 3 para 8.

13. (SEPOG – ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO – FGV/2017)


Uma máquina copiadora A faz 20% mais cópias do que uma outra máquina B, no mesmo tempo.
A máquina B faz 100 cópias em uma hora.
A máquina A faz 100 cópias em
(A) 44 minutos.
(B) 46 minutos.
(C) 48 minutos.
(D) 50 minutos.
(E) 52 minutos.

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14. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MSCONCURSOS/2017) Um aparelho
de televisão que custa R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação, com um desconto de 40%. Marta
queria comprar essa televisão, porém não tinha condições de pagar à vista, e o vendedor propôs que ela desse
um cheque para 15 dias, pagando 10% de juros sobre o valor da venda na liquidação. Ela aceitou e pagou pela
televisão o valor de:
(A) R$1120,00
(B)R$1056,00
(C)R$960,00
(D) R$864,00

15. (TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2017) Uma geladeira está sendo vendida nas seguintes
condições:
− Preço à vista = R$ 1.900,00;
− Condições a prazo = entrada de R$ 500,00 e pagamento de uma parcela de R$ 1.484,00 após 60 dias da
data da compra.
A taxa de juros simples mensal cobrada na venda a prazo é de
(A) 1,06% a.m.
(B) 2,96% a.m.
(C) 0,53% a.m.
(D) 3,00% a.m.
(E) 6,00% a.m.

16. (CRF/MT - AGENTE ADMINISTRATIVO – QUADRIX/2017) Num grupo de 150 jovens, 32 gostam de
música, esporte e leitura; 48 gostam de música e esporte; 60 gostam de música e leitura; 44 gostam de esporte
e leitura; 12 gostam somente de música; 18 gostam somente de esporte; e 10 gostam somente de leitura. Ao
escolher ao acaso um desses jovens, qual é a probabilidade de ele não gostar de nenhuma dessas atividades?
(A) 1/75
(B) 39/75
(C) 11/75
(D) 40/75
(E) 76/75

17. (CRMV/SC – RECEPCIONISTA – IESES/2017) Sabe-se que 17% dos moradores de um condomínio
tem gatos, 22% tem cachorros e 8% tem ambos (gatos e cachorros). Qual é o percentual de condôminos que
não tem nem gatos e nem cachorros?
(A) 53
(B) 69
(C) 72
(D) 47

18. AVAREPREV/SP - OFICIAL DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS - VUNESP/2020


Paulo vai alugar um carro e pesquisou os preços em duas agências. A tabela a seguir apresenta os valores
cobrados para a locação de um mesmo tipo de carro nessas duas agências.
Agência Taxa inicial Taxa por quilômetro rodado
I R$ 40,00 R$ 8,00
II R$ 20,00 R$ 5,00

O valor do aluguel é calculado somando-se a taxa inicial com o valor correspondente ao total de quilômetros
rodados. Se Paulo escolher a agência II e rodar 68 km, ele pagará pelo aluguel a quantia de
(A) R$ 360,00.
(B) R$ 420,00.
(C) R$ 475,00.
(D) R$ 584,00.

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19. PREFEITURA DE TREZE TÍLIAS/SC - ORIENTADOR SOCIAL - UNOESC/2020
Com relação às equações do segundo grau, são feitas as seguintes afirmações:
I. As soluções da equação (x -7)(-4x -2) = 0 são x = 1/2 ou x = 7.
II. Todas as equações do segundo grau possuem duas soluções pertencentes ao conjunto dos números
reais.
III. As raízes da equação do segundo grau x2 + 4x - 21 = 0 são x = 3 ou x = -7.

É correto o que se afirma em:


(A) II.
(B) III.
(C) I e III.
(D) II e III.

20. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO JÚNIOR -CESGRANRIO/2017) A


soma dos n primeiros termos de uma progressão geométrica é dada por

Quanto vale o quarto termo dessa progressão geométrica?


(A) 1
(B) 3
(C) 27
(D) 39
(E) 40

21. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017)Para que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma
progressão aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, o valor de
(A) -0,5.
(B)1,5.
(C) 2.
(D)4.
(E) 6.

22. A área de um quadrado cuja diagonal mede cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

23. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas partes.
Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados, assim cons-
truídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

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24. O Teorema de Tales é uma teoria aplicada na geometria acerca do conceito relacionado entre retas pa-
ralelas e transversais. O enunciado do Teorema de Tales é expresso pela sentença: “a interseção entre duas
retas paralelas e transversais formam segmentos proporcionais.” De acordo com esse teorema, calcule o valor
de “x” na figura abaixo:

Alternativas
(A) 0,20.
(B) 0,25.
(C) 0,30.
(D) 0,35.
(E) 0,40.

25. (UFES - Assistente em Administração – UFES/2017) Uma determinada família é composta por pai,
por mãe e por seis filhos. Eles possuem um automóvel de oito lugares, sendo que dois lugares estão em dois
bancos dianteiros, um do motorista e o outro do carona, e os demais lugares em dois bancos traseiros. Eles
viajarão no automóvel, e o pai e a mãe necessariamente ocuparão um dos dois bancos dianteiros. O número
de maneiras de dispor os membros da família nos lugares do automóvel é igual a:
(A) 1440
(B) 1480
(C) 1520
(D) 1560
(E) 1600

26. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Tomando os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, quantos nú-


meros pares de 4 algarismos distintos podem ser formados?
(A) 120.
(B) 210.
(C) 360.
(D) 630.
(E) 840.

27. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros diferentes estão distribuídos em uma estante de vidro,
conforme a figura abaixo:

Considerando-se essa mesma forma de distribuição, de quantas maneiras distintas esses livros podem ser
organizados na estante?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras

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(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

28. (PREF. DE ITAPEMA/SC – TÉCNICO CONTÁBIL – MSCONCURSOS/2016) O volume de um cone


circular reto, cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de um cilindro circular reto. Sabendo que o raio
da base do cone é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do cilindro é:
(A) 9 cm
(B) 30 cm
(C) 60 cm
(D) 90 cm
29. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – MSCONCURSOS/2017) Qual é o volu-
me de uma lata de óleo perfeitamente cilíndrica, cujo diâmetro é 8 cm e a altura é 20 cm? (use π=3)
(A)3,84 l
(B)96 ml
(C) 384 ml
(D) 960 ml

30. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO -VUNESP/2017) Inicialmente, um reservatório com for-


mato de paralelepípedo reto retângulo deveria ter as medidas indicadas na figura.

Em uma revisão do projeto, foi necessário aumentar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura,
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, o volume inicialmente previsto para esse reserva-
tório foi aumentado em:
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .

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Gabarito

1 A
2 B
3 B
4 E
5 D
6 B
7 C
8 E
9 B
10 B
11 B
12 B
13 D
14 B
15 D
16 C
17 B
18 A
19 B
20 A
21 B
22 C
23 A
24 B
25 A
26 C
27 E
28 D
29 D
30 E

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