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Prefeitura de Goiânia-GO

1. Conjuntos Numéricos. 1.1. Números naturais e números inteiros: operações, relação de


ordem, divisibilidade, máximo divisor comum, mínimo múltiplo comum e decomposição em
fatores primos........................................................................................................................... 1
1.2. Números racionais e irracionais: operações, relação de ordem, propriedades e valor
absoluto.................................................................................................................................. 23
1.3. Números complexos: conceito, operações e representação geométrica. .................... 35
2. Progressão Aritmética e Progressão Geométrica: Razão, termo geral e soma dos termos.
2.1. Situações-problema envolvendo progressões. ................................................................ 42
3. Noções de Matemática Financeira: Razão e Proporção. 3.1. Porcentagem. 3.2. Juros
simples e composto. ............................................................................................................... 54
4. Equações e Inequações: Conceito. 4.1. Resolução e discussão.................................... 78
5. Funções: Conceito e representação gráfica das funções: afim, quadrática, exponencial,
logarítmica, trigonométricas e modulares. 5.1. Situações-problema envolvendo funções. .... 114
6. Sistemas de equações: Conceito. 6.1. Resolução, discussão e representação geométrica.
............................................................................................................................................. 157
7. Análise Combinatória: Princípio fundamental de contagem. 7.1. Combinações e
permutações......................................................................................................................... 168
8. Noções de Estatística: Apresentação de dados estatísticos: tabelas e gráficos. 8.1.
Medidas de centralidade: média aritmética, média ponderada, mediana e moda. ................ 179

1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
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1. Conjuntos Numéricos. 1.1. Números naturais e números inteiros: operações,
relação de ordem, divisibilidade, máximo divisor comum, mínimo múltiplo
comum e decomposição em fatores primos

CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N

O conjunto dos números naturais1 é representado pela letra maiúscula N e estes números são
construídos com os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos
indo-arábicos. Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente de
objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as
mesmas propriedades algébricas que estes números.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este
conjunto como: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}

As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos
números.

Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}

Subconjuntos notáveis em N:

1 – Números Naturais não nulos


N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}

2 – Números Naturais pares


Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N

3 - Números Naturais ímpares


Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N

4 - Números primos
P={2,3,5,7,11,13...}

Construção dos Números Naturais


Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado), considerando
também o zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 3 é 4.

Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números
consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 7 e 8 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.

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IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

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- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do
primeiro, o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número
dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.

O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais pares. Embora uma sequência
real seja outro objeto matemático denominado função, algumas vezes utilizaremos a denominação
sequência dos números naturais pares para representar o conjunto dos números naturais pares: P = {0,
2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números naturais ímpares, às vezes também
chamados, a sequência dos números ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}

Operações com Números Naturais


Na sequência, estudaremos as duas principais operações possíveis no conjunto dos números naturais.
Praticamente, toda a matemática é construída a partir dessas duas operações: adição (e subtração) e
multiplicação (e divisão).

Adição de Números Naturais


A primeira operação fundamental da Aritmética tem por finalidade reunir em um só número, todas as
unidades de dois ou mais números.
Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total

Subtração de Números Naturais


É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa da adição. A operação
de subtração só é válida nos naturais quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando a-b
tal que a≥ 𝑏.
Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193 Subtraendo e 61 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o subtraendo como subtrativo.

Multiplicação de Números Naturais


É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro número denominado multiplicando ou parcela,
tantas vezes quantas são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.
Exemplo:
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.

- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x”


(vezes) utilizar o ponto “.”, para indicar a multiplicação.

Divisão de Números Naturais


Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo está contido no
primeiro. O primeiro número que é o maior é denominado dividendo e o outro número que é menor é o
divisor. O resultado da divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor pelo quociente
obteremos o dividendo.
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, pois nem sempre é possível dividir um
número natural por outro número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata.

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Relações Essenciais numa Divisão de Números Naturais
- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve ser menor do que o dividendo.
35 : 7 = 5
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
35 = 5 x 7

A divisão de um número natural n por zero não é possível, pois, se admitíssemos que o quociente
fosse q, então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não é correto!
Assim, a divisão de n por 0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.
Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Naturais
Para todo a, b e c ∈ 𝑁
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b +c ) = ab + ac
8) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a .(b –c) = ab –ac
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural,
continua como resultado um número natural.
Questões
01. (SABESP – Aprendiz – FCC) A partir de 1º de março, uma cantina escolar adotou um sistema de
recebimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como uma conta corrente: coloca-se crédito e
vão sendo debitados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma lanche diariamente na cantina e
sua mãe credita valores no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o seu consumo e os
pagamentos na seguinte tabela:

No final do mês, Enzo observou que tinha


(A) crédito de R$ 7,00.
(B) débito de R$ 7,00.
(C) crédito de R$ 5,00.
(D) débito de R$ 5,00.
(E) empatado suas despesas e seus créditos.
02. (Pref. Imaruí/SC - Auxiliar De Serviços Gerais - PREF. IMARUI) José, funcionário público, recebe
salário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$
35,00 de sindicato. Qual o salário líquido de José?
(A) R$ 1800,00
(B) R$ 1765,00
(C) R$ 1675,00
(D) R$ 1665,00

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03. (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois números naturais é 10. Multiplicando-se o
dividendo por cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da nova divisão será:
(A) 2
(B) 5
(C) 25
(D) 50
(E) 100

04. (Pref. Águas de Chapecó/SC– Operador de Máquinas – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em


uma loja, as compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem juros. Se João comprar uma
geladeira no valor de R$ 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
(A) R$ 150,00.
(B) R$ 175,00.
(C) R$ 200,00.
(D) R$ 225,00.

05. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Ontem, eu tinha 345
bolinhas de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um campeonato com meus amigos e perdi
67 bolinhas, mas ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bolinhas que tenho agora, depois
de participar do campeonato?
(A) 368
(B) 270
(C) 365
(D) 290
(E) 376

06. (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura de uma determinada cidade que possui apenas
duas zonas eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleitoral divulgou a seguinte tabela
com os resultados da eleição. A quantidade de eleitores desta cidade é:

(A) 3995
(B) 7165
(C) 7532
(D) 7575
(E) 7933

07. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Durante um mutirão para
promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram igualmente divididos entre as cinco
regiões de tal cidade. Sendo assim, cada região contou com um número de voluntários igual a:
(A) 2500
(B) 3200
(C) 1500
(D) 3000
(E) 2000

08. UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Joana pretende dividir um determinado número de
bombons entre seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e menor que 29, e que
fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos receberá 9 bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons
ao todo Joana possui?
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.

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(D) 27.
(E) 28

09. (CREFITO/SP – Almoxarife – VUNESP) O sucessor do dobro de determinado número é 23. Esse
mesmo determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a
(A) 24.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 18.
(E) 16.

10. (Pref. de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP) Em uma gráfica, a máquina
utilizada para imprimir certo tipo de calendário está com defeito, e, após imprimir 5 calendários perfeitos
(P), o próximo sai com defeito (D), conforme mostra o esquema.

Considerando que, ao se imprimir um lote com 5 000 calendários, os cinco primeiros saíram perfeitos
e o sexto saiu com defeito e que essa mesma sequência se manteve durante toda a impressão do lote, é
correto dizer que o número de calendários perfeitos desse lote foi
(A) 3 642.
(B) 3 828.
(C) 4 093.
(D) 4 167.
(E) 4 256.

Comentários

01. Alternativa: B
Crédito: 40 + 30 + 35 + 15 = 120
Débito: 27 + 33 + 42 + 25 = 127
120 – 127 = - 7
Ele tem um débito de R$ 7,00.

02. Alternativa: B
2000 – 200 = 1800 – 35 = 1765
O salário líquido de José é R$ 1.765,00.

03. Alternativa: E
D= dividendo
d= divisor
Q = quociente = 10
R= resto = 0 (divisão exata)
Equacionando:
D = d.Q + R
D = d.10 + 0 ➔ D = 10d
Pela nova divisão temos:
𝑑 𝑑
5𝐷 = 2 . 𝑄 → 5. (10𝑑) = 2 . 𝑄 , isolando Q temos:

50𝑑 2
𝑄= → 𝑄 = 50𝑑. → 𝑄 = 50.2 → 𝑄 = 100
𝑑 𝑑
2

04. Alternativa: B
2100
12
= 175

Cada prestação será de R$175,00

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05. Alternativa: A
345 – 67 = 278
Depois ganhou 90
278 + 90 = 368

06. Alternativa: E
Vamos somar a 1ª Zona: 1750 + 850 + 150 + 18 + 183 = 2951
2ª Zona: 2245 + 2320 + 217 + 25 + 175 = 4982
Somando os dois: 2951 + 4982 = 7933

07. Alternativa: D
15000
= 3000
5
Cada região terá 3000 voluntários.

08. Alternativa: E
Sabemos que 9. 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 + 1 = 28.

09. Alternativa: A
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o número é 11.
(11 + 1)2 = 24

10. Alternativa: D
Vamos dividir 5000 pela sequência repetida (6):
5000 / 6 = 833 + resto 2.
Isto significa que saíram 833. 5 = 4165 calendários perfeitos, mais 2 calendários perfeitos que restaram
na conta de divisão.
Assim, são 4167 calendários perfeitos.

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z

Definimos o conjunto dos números inteiros2 como a reunião do conjunto dos números naturais N = {0,
1, 2, 3, 4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado pela
letra Z (Zahlen = número em alemão).

O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos notáveis:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma questão,
tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Z+ , Z_ , Z*).

- O conjunto dos números inteiros não nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:

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IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e Funções

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Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Z*- = {..., -5, -4, -3, -2, -1}

Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância ou afastamento desse número até o zero,
na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.

Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos um do outro quando apresentam soma
zero; assim, os pontos que os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de
zero é o próprio zero.

Operações entre Números Inteiros


Adição de Números Inteiros
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos a ideia de
ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)


Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7)
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (- 8) + (+ 5) = (- 3)

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo
nunca pode ser dispensado.

Subtração de Números Inteiros


A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas tem a mais que a outra;
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a outra.

A subtração é a operação inversa da adição.


Observe que em uma subtração o sinal do resultado é sempre do maior número!!!
4+5=9
4 – 5 = -1

Considere as seguintes situações:

1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a
variação da temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3

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2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura
baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3

Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto
do segundo.

Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal
negativo, tem o seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
Ex.:
10 – (10+5) =
10 – (+15) =
10 – 15 =
-5

Multiplicação de Números Inteiros


A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números são
repetidos. Poderíamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos e
esta repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem
nenhum sinal entre as letras.

Divisão de Números Inteiros

- Divisão exata de números inteiros.


Veja o cálculo:
(– 20) : (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4)
Logo (– 20) : (+ 5) = - 4

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efetuar a divisão exata de um número inteiro
por outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo módulo do divisor.
Exemplo: (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o resultado
não é um número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa e não tem a propriedade da existência
do elemento neutro.
- Não existe divisão por zero.
- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer
número inteiro por zero é igual a zero.
Exemplo: 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0

Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão


→ Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre negativo.

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Potenciação de Números Inteiros
A potência xn do número inteiro a, é definida como um produto de n fatores iguais. O número x é
denominado a base e o número n é o expoente. xn = x . x . x . x ... x, x é multiplicado por x, n vezes.

Exemplos:
33 = (3) x (3) x (3) = 27
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81

- Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.


Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

- Toda potência de base negativa e expoente par é um número inteiro positivo.


Exemplo: (–8)2 = (–8) . (–8) = +64

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um número inteiro negativo.


Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125

- Propriedades da Potenciação:

1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e somam-se os expoentes.


(–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9

2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.


(-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – 6 = (-13)2

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.


[(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10

4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base.


(-8)1 = -8 e (+70)1 = +70

5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual a 1.


(+3)0 = 1 e (–53)0 = 1

Radiciação de Números Inteiros


A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo b que elevado à potência n fornece o número x. O número n é o índice da raiz enquanto que
o número x é o radicando (que fica sob o sinal do radical).
𝑛
√𝑥 = b
bn = x

A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
não negativo que elevado ao quadrado coincide com o número x.

Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos números
inteiros.

Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas
aparecimento de:
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3

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Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte
em um número negativo.

A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro x é a operação que resulta em outro número inteiro
que elevado ao cubo seja igual ao número x. Aqui não restringimos os nossos cálculos somente aos
números não negativos.

Exemplos:
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8
(b) − 8 = –2, pois (–2)³ = -8
3

3
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

Propriedades da Adição e da Multiplicação dos números Inteiros


Para todo a, b e c ∈ 𝑍
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a.(b.c)
6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: a.(b + c) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à subtração: a.(b – c) = ab – ac

Atenção: tanto a adição como a multiplicação de um número natural por outro número natural, continua
como resultado um número natural.

Questões

01. (Fundação Casa – Agente Educacional – VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-
los a respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em atividades educativas,
bem como da preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes
negativas”, no entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse suas
atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude
negativa. Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes anotadas, o total de pontos
atribuídos foi
(A) 50.
(B) 45.
(C) 42.
(D) 36.
(E) 32.

02. (UEM/PR – Auxiliar Operacional – UEM) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00

10
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Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o
troco recebido será de:
(A) R$ 84,00
(B) R$ 74,00
(C) R$ 36,00
(D) R$ 26,00
(E) R$ 16,00

03. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Multiplicando-se o maior número inteiro


menor do que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
(A) - 72
(B) - 63
(C) - 56
(D) - 49
(E) – 42

04. (Polícia Militar/MG - Assistente Administrativo - FCC) Em um jogo de tabuleiro, Carla e Mateus
obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


(A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
(B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
(C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
(D) Carla e Mateus empataram.

05. (Pref. de Palmas/TO – Técnico Administrativo Educacional – COPESE/UFT) Num determinado


estacionamento da cidade de Palmas há vagas para carros e motos. Durante uma ronda dos agentes de
trânsito, foi observado que o número total de rodas nesse estacionamento era de 124 (desconsiderando
os estepes dos veículos). Sabendo que haviam 12 motos no estacionamento naquele momento, é
CORRETO afirmar que estavam estacionados:
(A) 19 carros
(B) 25 carros
(C) 38 carros
(D) 50 carros

06. (Casa da Moeda) O quadro abaixo indica o número de passageiros num voo entre Curitiba e
Belém, com duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números positivos indicam a
quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a quantidade dos que desceram em
cada cidade.

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


(A) 362
(B) 280
(C) 240
(D) 190
(E) 135

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07. (Pref.de Niterói/RJ) As variações de temperatura nos desertos são extremas. Supondo que
durantes o dia a temperatura seja de 45ºC e à noite seja de -10ºC, a diferença de temperatura entre o dia
e noite, em ºC será de:
(A) 10
(B) 35
(C) 45
(D) 50
(E) 55

08. (Pref.de Niterói/RJ) Um trabalhador deseja economizar para adquirir a vista uma televisão que
custa R$ 420,00. Sabendo que o mesmo consegue economizar R$ 35,00 por mês, o número de meses
que ele levará para adquirir a televisão será:
(A) 6
(B) 8
(C) 10
(D) 12
(E) 15

09. (Pref.de Niterói/RJ) Um estudante empilhou seus livros, obtendo uma única pilha 52cm de altura.
Sabendo que 8 desses livros possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem espessura
de 3cm, o número de livros na pilha é:
(A) 10
(B) 15
(C) 18
(D) 20
(E) 22
10. (FINEP – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um menino estava parado no oitavo
degrau de uma escada, contado a partir de sua base (parte mais baixa da escada). A escada tinha 25
degraus. O menino subiu mais 13 degraus. Logo em seguida, desceu 15 degraus e parou novamente.
A quantos degraus do topo da escada ele parou?
(A) 8
(B) 10
(C) 11
(D) 15
(E) 19
Comentários
01. Resposta: A
50-20=30 atitudes negativas
20.4=80
30.(-1)=-30
80-30=50
02. Resposta: D
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204, extrapola o orçamento
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior quantidade gasta possível dentro do
orçamento.
Troco:2200 – 2174 = 26 reais
03. Resposta: D
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49
04. Resposta: C
Carla: 520 – 220 – 485 + 635 = 450 pontos
Mateus: - 280 + 675 + 295 – 115 = 575 pontos
Diferença: 575 – 450 = 125 pontos

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05. Resposta: B
Moto: 2 rodas
Carro: 4
12.2=24
124-24=100
100/4=25 carros

06. Resposta: D
240 - 194 + 158 - 108 + 94 = 190

07. Resposta: E
45 – (- 10) = 55

08. Resposta: D
420: 35 = 12 meses

09. Resposta: D
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm, temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
36 : 3 = 12 livros de 3 cm
O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.

10. Resposta: E
8 + 13 = 21
21– 15 = 6
25 – 6 = 19

MÚLTIPLOS E DIVISORES

Múltiplos de um número natural


Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
Podemos dizer então que:

“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal
que c . b = a.
Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que:
30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.

Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela
sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números
da sucessão dos naturais:

O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7,
14, 21, 28,...}.

Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.

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1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k
 N). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k N).
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.

Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem
efetuarmos a divisão.

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando


ele é par.

Exemplos
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par.

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos é divisível por 3.

Exemplos
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos são 00 ou
formam um número divisível por 4.

Exemplos
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplos
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado
por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será
repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Exemplo
41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 =
413 → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou
formarem um número divisível por 8.

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1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
Exemplos
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por
8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é
divisível por 8.

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos formam um número divisível por 9.

Exemplos
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em
zero.

Exemplos
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos
de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou
quando essas somas forem iguais.

Exemplos
- 43813:
a) 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 =
15.)
4 3 8 1 3
2º 4º  Algarismos de posição par. (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11.

-83415721:
b) 1º 3º 5º 7º  (Soma dos algarismos de posição ímpar:8 + 4 + 5 + 2 = 19)
8 3 4 1 5 7 2 1
2º 4º 6º 8º  (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 + 7 + 1 = 12)

19 – 12 = 7  diferença que não é divisível por 11. Logo 83415721 não é divisível por 11.

Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 (7 + 8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por 4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).

Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + 5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por 5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).

FATORAÇÃO

Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores primos. Para decompormos um número


natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, depois repetimos a operação

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1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
com o seu quociente ou seja, dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos
o quociente 1. O produto de todos os fatores primos representa o número fatorado.

Exemplo

Divisores de um número natural


Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma fatorada:
12 = 22 . 31
O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:
⏟2 . ⏟
2 31 → (2 + 1) . (1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
(2+1) (1+1)

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu
respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na
decomposição do número natural.

Exemplo:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Observação
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois
divisores, um negativo e o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. (Fuvest/SP) O número de divisores positivos do número 40 é:


(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 20
02. (Pref. Itaboraí – Professor) O máximo divisor comum entre dois números naturais é 4 e o produto
dos mesmos 96. O número de divisores positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

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03. (DEPEN – Pedagogia) Considere um número divisível por 6, composto por 3 algarismos distintos
e pertencentes ao conjunto A={3,4,5,6,7}. A quantidade de números que podem ser formados sob tais
condições é:
(A) 6
(B) 7
(C) 9
(D) 8
(E) 10

04. (Pref.de Niterói) No número a=3x4, x representa um algarismo de a. Sabendo-se que a é divisível
por 6, a soma dos valores possíveis para o algarismo x vale:
(A) 2
(B) 5
(C) 8
(D) 12
(E) 15

05. (Banco Do Brasil – Escriturário – CESGRANRIO) Em uma caixa há cartões. Em cada um dos
cartões está escrito um múltiplo de 4 compreendido entre 22 e 82. Não há dois cartões com o mesmo
número escrito, e a quantidade de cartões é a maior possível. Se forem retirados dessa caixa todos os
cartões nos quais está escrito um múltiplo de 6 menor que 60, quantos cartões restarão na caixa?
(A)12
(B)11
(C)3
(D)5
(E) 10

06. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria – ZAMBINI) Na sequência matemática a seguir, os dois


próximos números são
65 536 ; 16 384 ; 4 096 ; 1 024 ; _________ ; ________
(A) 256 e 64
(B) 256 e 128
(C) 128 e 64
(D) 64 e 32

07. (BRDE/RS) Considere os números abaixo, sendo n um número natural positivo.


I) 10n + 2
II) 2 . 10n + 1
III) 10n+3 – 10n

Quais são divisíveis por 6?


(A) apenas II
(B) apenas III
(C) apenas I e III
(D) apenas II e III
(E) I, II e III

Comentários

01. Resposta: A
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51; pela regra temos que devemos adicionar 1 a cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2; então pegamos os resultados e multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de
40.

02. Resposta: D
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) = 24, fatorando o número 24 temos:

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1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
24 = 23 .3, para determinarmos o número de divisores, pela regra, somamos 1 a cada expoente e
multiplicamos o resultado:
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

03. Resposta: D
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo, e por isso deverá ser par
também, e a soma dos seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 números.

04. Resposta: E
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo. Um número é divisível por 3
quando a sua soma for múltiplo de 3.
3 + x + 4 = .... Os valores possíveis de x são 2, 5 e 8, logo 2 + 5 + 8 = 15

05. Resposta: A
Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível por
4.
Vamos enumerar todos os múltiplos de 4: 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60, 64, 68, 72, 76, 80 (15
ao todo).
Retirando os múltiplos de 6 menores que 60 temos: 24, 36 e 48 (3 ao todo)
Logo: 15 – 3 = 12

06. Resposta: A
Se dividimos 4096 por 1024, obtemos como resultado 4. Com isso percebemos que 4096 é o produto
de 1024 x 4, e 4096 x 4 = 16384. Então fica evidente que todos os números são múltiplos de 4. Logo para
sabermos a sequência basta dividirmos 1024/4 = 256 e 256/4 = 64.
Com isso completamos a sequência: 256; 64.

07. Resposta: C
n ∈ N divisíveis por 6:

I) É divisível por 2 e por 3, logo é por 6. (Verdadeira)


II) Os resultados são ímpares, logo não são por 2. (Falsa)
III) É Verdadeira, pela mesma razão que a I.

MDC

O Máximo Divisor Comum(MDC) de dois ou mais números é o maior número que é divisor comum de
todos os números dados. Consideremos:

- o número 18 e os seus divisores naturais:


D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.

- o número 24 e os seus divisores naturais:


D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.

Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:


D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.

Observando os divisores comuns, podemos identificar o maior divisor comum dos números 18 e 24,
ou seja: MDC (18, 24) = 6.

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1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
Outra técnica para o cálculo do MDC é a decomposição em fatores primos. Para obtermos o MDC de
dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um deles elevado ao seu menor expoente.

Exemplo

MMC

O Mínimo Múltiplo Comum(MMC) de dois ou mais números é o menor número positivo que é múltiplo
comum de todos os números dados. Consideremos:

- O número 6 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}

- O número 8 e os seus múltiplos positivos:


M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}

Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:


M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}

Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8,
ou seja: MMC (6, 8) = 24

Outra técnica para o cálculo do MMC é a decomposição isolada em fatores primos. Para obter o MMC
de dois ou mais números por esse processo, procedemos da seguinte maneira:

- Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns, cada um deles elevado ao seu maior
expoente.

Exemplo

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

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Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Professor – GR Consultoria e Assessoria) Um professor quer guardar


60 provas amarelas, 72 provas verdes e 48 provas roxas, entre vários envelopes, de modo que cada
envelope receba a mesma quantidade e o menor número possível de cada prova. Qual a quantidade de
envelopes, que o professor precisará, para guardar as provas?
(A) 4;
(B) 6;
(C) 12;
(D) 15.

02. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) O policiamento em uma praça da cidade é realizado por
um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira:

Grupo Intervalo de passagem


Policiais a pé 40 em 40 minutos
Policiais de moto 60 em 60 minutos
Policiais em viaturas 80 em 80 minutos

Toda vez que o grupo completo se encontra, troca informações sobre as ocorrências. O tempo mínimo
em minutos, entre dois encontros desse grupo completo será:
(A) 160
(B) 200
(C) 240
(D) 150
(E) 180

03. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) Na linha 1 de um sistema de Metrô, os trens


partem de 2,4 em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens partem de 1,8 em 1,8 minutos.
Se dois trens partem, simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo horário desse dia em que
partirão dois trens simultaneamente dessas duas linhas será às 13 horas,
(A) 10 minutos e 48 segundos.
(B) 7 minutos e 12 segundos.
(C) 6 minutos e 30 segundos.
(D) 7 minutos e 20 segundos.
(E) 6 minutos e 48 segundos.

04. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Fernanda divide as despesas de um


apartamento com suas amigas. À Fernanda coube pagar a conta de água a cada três meses, a conta de
luz a cada dois meses e o aluguel a cada quatro meses. Sabendo-se que ela pagou as três contas juntas
em março deste ano, esses três pagamentos irão coincidir, novamente, no ano que vem, em
(A) fevereiro.
(B) março.
(C) abril.
(D) maio.
(E) junho.

05. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Marcelo é encarregado de dividir as entregas


da empresa em que trabalha. No início do seu turno, ele observou que todas as entregas do dia poderão
ser divididas igualmente entre 4, 6, 8, 10 ou 12 entregadores, sem deixar sobras.
Assinale a alternativa que representa o menor número de entregas que deverão ser divididas por ele
nesse turno.
(A) 48
(B) 60
(C) 80
(D) 120
(E) 180

20
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
06. (Pref. de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP) Em janeiro de 2010, três
entidades filantrópicas (sem fins lucrativos) A, B e C, realizaram bazares beneficentes para arrecadação
de fundos para obras assistenciais. Sabendo-se que a entidade A realiza bazares a cada 4 meses (isto
é, faz o bazar em janeiro, o próximo em maio e assim sucessivamente), a entidade B realiza bazares a
cada 5 meses e C, a cada 6 meses, então a próxima vez que os bazares dessas três entidades irão
coincidir no mesmo mês será no ano de
(A) 2019.
(B) 2018.
(C) 2017.
(D) 2016.
(E) 2015.

07. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Osvaldo é responsável pela manutenção das
motocicletas, dos automóveis e dos caminhões de sua empresa. Esses veículos são revisados
periodicamente, com a seguinte frequência:
Todas as motocicletas a cada 3 meses;
Todos os automóveis a cada 6 meses;
Todos os caminhões a cada 8 meses.
Se todos os veículos foram revisados, ao mesmo tempo, no dia 19 de maio de 2014, o número mínimo
de meses para que todos eles sejam revisados juntos novamente é:
(A) 48
(B) 32
(C) 24
(D) 16
(E) 12

08. (PRODEST/ES – Assistente de Tecnologia da Informação – VUNESP) Dois produtos líquidos A


e B estão armazenados em galões separados. Em um dos galões há 18 litros do produto A e no outro, há
42 litros do produto B. Carlos precisa distribuir esses líquidos, sem desperdiçá-los e sem misturá-los, em
galões menores, de forma que cada galão menor tenha a mesma quantidade e o maior volume possível
de cada produto. Após essa distribuição, o número total de galões menores será
(A) 6.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 12.
(E) 14.

09. (UNIFESP – Mestre em Edificações – VUNESP) Uma pessoa comprou um pedaço de tecido de
3 m de comprimento por 1,40 m de largura para confeccionar lenços. Para isso, decide cortar esse tecido
em pedaços quadrados, todos de mesmo tamanho e de maior lado possível. Sabendo que não ocorreu
nenhuma sobra de tecido e que o tecido todo custou R$ 31,50, então o preço de custo, em tecido, de
cada lenço foi de
(A) R$ 0,30.
(B) R$ 0,25.
(C) R$ 0,20.
(D) R$ 0,15.
(E) R$ 0,10.

10. (UNIFESP – Engenheiro Mecânico – VUNESP) Iniciando seu treinamento, dois ciclistas partem
simultaneamente de um mesmo ponto de uma pista. Mantendo velocidades constantes, Lucas demora
18 minutos para completar cada volta, enquanto Daniel completa cada volta em 15 minutos. Sabe-se que
às 9 h 10 min eles passaram juntos pelo ponto de partida pela primeira vez, desde o início do treinamento.
Desse modo, é correto afirmar que às 8 h 25 min, Daniel já havia completado um número de voltas igual
a
(A) 2.
(B) 3.
(C) 4.
(D) 5
(E) 7.

21
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
Comentários

01. Resposta: D
Fazendo o mdc entre os números teremos:
60 = 2².3.5
72 = 2³.3³
48 = 24.3
Mdc(60,72,48) = 2².3 = 12
60/12 = 5
72/12 = 6
48/12 = 4
Somando a quantidade de envelopes por provas teremos: 5 + 6 + 4 = 15 envelopes ao todo.

02. Resposta: C
Devemos achar o mmc (40,60,80)

𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240

03. Resposta: B
Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o mmc(18,24) e dividir por 10, assim
acharemos os minutos

Mmc(18,24)=72
Portanto, será 7,2 minutos
1 minuto---60s
0,2--------x
x = 12 segundos
Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12 segundos

04. Resposta: B
Devemos fazer o m.m.c. (3, 2, 4) = 12 meses
Como ela pagou as três contas juntas em MARÇO, após 12 meses, pagará as três contas juntas
novamente em MARÇO.

05. Resposta: D
m.m.c. (4, 6, 8, 10, 12) = 120

06. Resposta: E
m.m.c. (4, 5, 6) = 60 meses
60 meses / 12 = 5 anos
Portanto, 2010 + 5 = 2015
07. Resposta: C
m.m.c. (3, 6, 8) = 24 meses

22
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
08. Resposta: C
m.d.c. (18, 42) = 6
Assim:
* Produto A: 18 / 6 = 3 galões
* Produto B: 42 / 6 = 7 galões
Total = 3 + 7 = 10 galões

09. Resposta: A
m.d.c. (140, 300) = 20 cm
* Área de cada lenço: 20 . 20 = 400 cm²
* Área Total: 300 . 140 = 42000 cm²
42000 / 400 = 105 lenços
31,50 / 105 = R$ 0,30 (preço de 1 lenço)

10. Resposta: B
m.m.c. (15, 18) = 90 min = 1h30
Portanto, às 9h10, Daniel completou: 90 / 15 = 6 voltas.
Como 9h10 – 8h25 = 45 min, equivale à metade do que Daniel percorreu, temos que:
6 / 2 = 3 voltas.

1.2. Números racionais e irracionais: operações, relação de ordem, propriedades


e valor absoluto

CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q

m
Um número racional3 é o que pode ser escrito na forma , onde m e n são números inteiros, sendo que
n
n deve ser diferente de zero. Frequentemente utilizamos m/n para significar a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números
inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum
encontrarmos na literatura a notação:
m
Q = { : m e n em Z, n diferente de zero}
n

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:

Atenção: A nomenclatura utilizada abaixo pode interferir diretamente no contexto de uma


questão, tome muito cuidado ao interpreta-los, pois são todos diferentes (Q+ , Q_ , Q*).

- Q* = conjunto dos racionais não nulos;


- Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

3
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções
http://mat.ufrgs.br

23
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
Representação Decimal das Frações
p
Tomemos um número racional , tal que p não seja múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal,
q
basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.

Nessa divisão podem ocorrer dois casos:


1º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2º - O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-
se periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:

Existem frações muito simples que são representadas por formas decimais infinitas, com uma
característica especial:

Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101 + 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...

Representação Fracionária dos Números Decimais


Trata-se do problema inverso, estando o número racional escrito na forma decimal, procuremos
escrevê-lo na forma de fração. Temos dois casos:
1º Transformamos o número em uma fração cujo numerador é o número decimal sem a vírgula e o
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do
número decimal dado:

2º Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento
através de alguns exemplos:

24
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
a) Seja a dízima 0, 333...
Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo 3) ➔ então vamos colocar um 9 no
denominador e repetir no numerador o período.

3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
9
b) Seja a dízima 5, 1717...
O período que se repete é o 17, logo dois noves no denominador (99). Observe também que o 5 é a
parte inteira, logo ele vem na frente:

17 512
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 → (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99 99

512
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99

Neste caso para transformarmos uma dízima periódica simples em fração, basta utilizarmos o
dígito 9 no denominador de acordo com a quantidade de dígitos que tiver o período da dízima.

c) Seja a dízima 1, 23434...


O número 234 é a junção do anteperíodo com o período. Neste caso dizemos que a dízima periódica
é composta, pois existe uma parte que não se repete e outra que se repete. Temos então um anteperíodo
(2) e o período (34). Ao subtrairmos deste número o anteperíodo (234-2), obtemos 232 no qual será o
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – que correspondem ao período, neste caso
99 (dois noves) – e pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o anteperíodo, neste caso
0 (um zero).

232 1222
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 → (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990 990

611
Simplificando por 2, obtemos x = , que será a fração geratriz da dízima 1, 23434...
495

Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que representa esse número ao ponto de abscissa
zero.

Exemplos:
3 3 3 3
1) Módulo de – é . Indica-se − =
2 2 2 2

3 3 3 3
2) Módulo de + é . Indica-se + =
2 2 2 2

25
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
3 3
Números Opostos: Dizemos que – e são números racionais opostos ou simétricos e cada um
2 2
3 3
deles é o oposto do outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da reta são iguais.
2 2

Inverso de um Número Racional

𝒂 −𝒏 𝒃 𝒏
( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
𝒃 𝒂

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infinitos números racionais.

Soma (Adição) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição
a c
entre os números racionais e , da mesma forma que a soma de frações, através de:
b d

Subtração de Números Racionais


A subtração de dois números racionais p e q é a própria operação de adição do número p com o oposto
a c
de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = e q = .
b d

Multiplicação (Produto) de Números Racionais


Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto
a c
de dois números racionais e , da mesma forma que o produto de frações, através de:
b d

Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos obedecer à mesma regra de sinais que
vale em toda a Matemática:
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo, mas o
produto de dois números com sinais diferentes é negativo.

26
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Divisão (Quociente) de Números Racionais
A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação de multiplicação do número p pelo
inverso de q, isto é: p ÷ q = p × q-1
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
: = .
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄

Potenciação de Números Racionais


A potência qn do número racional q é um produto de n fatores iguais. O número q é denominado a
base e o número n é o expoente.
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

Exemplos:

Propriedades da Potenciação:
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1.

2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.

3) Toda potência com expoente negativo de um número racional diferente de zero é igual a outra
potência que tem a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
anterior.

4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da base.

5) Toda potência com expoente par é um número positivo.

6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e somamos os expoentes.

7) Divisão de potências de mesma base. Para reduzir uma divisão de potências de mesma base a uma
só potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.

8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência a uma potência de um só expoente,
conservamos a base e multiplicamos os expoentes.

27
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Radiciação de Números Racionais
Se um número representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então cada fator é chamado raiz
do número.
Exemplos:
2
1 1 1 1 1 1
1) Representa o produto . ou   .Logo, é a raiz quadrada de .
9 3 3 3 3 9
1 1
Indica-se =
9 3

2) 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se
3
0,216 = 0,6.

Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada no conjunto dos números racionais.
100 10 10
Por exemplo, o número − não tem raiz quadrada em Q, pois tanto − como + , quando elevados
9 3 3
100
ao quadrado, dão .
9
Já um número racional positivo, só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um
quadrado perfeito.
2
E o número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado
3
2
dê .
3

Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP– Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼
dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os
demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como
disciplina favorita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

02. (Fundação CASA – Agente de Apoio Operacional – VUNESP) De um total de 180 candidatos,
2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3 estuda espanhol e o restante estuda alemão. O número de
candidatos que estuda alemão é:
(A) 6.
(B) 7.
(C) 8.
(D) 9.
(E) 10.

03. (Fundação CASA – Agente de Apoio Operacional – VUNESP) Em um estado do Sudeste, um


Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de: salário-base R$ 617,16 e uma gratificação de
R$ 185,15. No mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou faltar um dia e foi
descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou

28
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
(A) R$ 810,81.
(B) R$ 821,31.
(C) R$ 838,51.
(D) R$ 841,91.
(E) R$ 870,31.

04. (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo:


3
1,3333…+
2
4
1,5+
3

Obtém-se
(A) ½.
(B) 1.
(C) 3/2.
(D) 2.
(E) 3.

05. (SABESP – Aprendiz – FCC) Em um jogo matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões
marcados com um número, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números. Após todos os
jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada tarefa que também é
sorteada. Vence o jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era colocar
os números marcados nos cartões em ordem crescente, venceu o jogador que apresentou a sequência
14
(A) −4; −1; √16; √25; 3
14
(B) −1; −4; √16; ; √25
3
14
(C) −1; −4; ; √16; √25
3
14
(D) −4; −1; √16; 3
; √25
14
(E)−4; −1; ; √16; √25
3

06. (SABESP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC) Somando-se certo número positivo x ao
numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração 2/3 obtém-se como resultado,
o número 5. Sendo assim, x é igual a
(A) 52/25.
(B) 13/6.
(C) 7/3.
(D) 5/2.
(E) 47/23.

07. (SABESP – Aprendiz – FCC) Mariana abriu seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
(A) R$ 62,20.
(B) R$ 52,20.
(C) R$ 50,20.
(D) R$ 56,20.
(E) R$ 66,20.

08. (PM/SE – Soldado 3ªclasse – FUNCAB) Numa operação policial de rotina, que abordou 800
pessoas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220

29
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
(D) 260
(E) 120

09. (Pref. Jundiaí/SP – Agente de Serviços Operacionais – MAKIYAMA) Quando perguntado sobre
qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
(A) 40 anos.
(B) 35 anos.
(C) 45 anos.
(D) 30 anos.
(E) 42 anos.

Comentários

01. Alternativa: B.
Somando português e matemática:
1 9 5 + 9 14 7
+ = = =
4 20 20 20 10
O que resta gosta de ciências:
7 3
1− =
10 10

02. Alternativa: C.
2 2 1
5
+9+3
Mmc(3,5,9)=45
18+10+15 43
=
45 45
O restante estuda alemão: 2/45
2
180 ∙ = 8
45

03. Alternativa: D.
𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙: 617,16 + 185,15 = 802,31
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑠: 8,5 ∙ 8 = 68
𝑚ê𝑠 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜: 802,31 + 68,00 − 28,40 = 841,91
Salário foi R$ 841,91.

04. Alternativa: B.
1,3333...= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2
4 3 17
+
3 2= 6 =1
3 4 17
+
2 3 6

05. Alternativa: D.
√16 = 4
√25 = 5
14
3
= 4,67
14
A ordem crescente é: −4; −1; √16; 3
; √25

06. Alternativa: B.
2
Lá vem o tal do “x” né, mas analise o seguinte, temos a fração 3, aí ele disse o seguinte: Somando-se
certo número positivo x ao numerador, e subtraindo-se o mesmo número x do denominador da fração,
logo devemos somar “x” no 2 e subtrair “x” de 3, ficando:

30
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
2+x
3−x
Isso é igual a 5, assim teremos formada nossa equação com números racionais!
2+x
3−x
= 5, para resolver devemos multiplicar em cruz (como não tem ninguém no denominador do 5,
devemos colocar o 1).

1.(2 + x) = 5.(3 – x)
Aplicando a propriedade distributiva:
2 + x = 15 – 5x
Letra para um lado e número para o outro, não esquecendo que quando troca de lado inverte o número.
x + 5x = 15 – 2
6x = 13
13
x= 6
Portanto a alternativa correta é a “B”.

07. Alternativa: A.
1
1 𝑟𝑒𝑎𝑙: 120 ∙ = 30 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
4
1
50 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 3 ∙ 120 = 40 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
2
25 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 5 ∙ 120 = 48 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
10 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑣𝑜𝑠: 120 − 118 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠 = 2 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠
30 + 40 ∙ 0,5 + 48 ∙ 0,25 + 2 ∙ 0,10 = 62,20

Mariana totalizou R$ 62,20.

08. Alternativa: A.
Este problema é clássico na utilização de frações, primeiro vamos calcular a quantidade de homens e
mulheres abordadas:
Total: 800
3 3
Homens: 4 sendo assim devemos encontrar 4 𝑑𝑒 800 = 3𝑥800 = 2400, 𝑒 2400 ∶ 4 = 600
Se temos 600 homens, significa que 200 são as mulheres, pois o total é 800, agora vamos calcular os
detidos!
1
Homens detidos: 5 de 600, logo 600 x 1 = 600 e 600 : 5 = 120, portanto 120 homens detidos.

1
Mulheres detidas: de 200, logo 200 x 1 = 200 e 200 : 8 = 25, portanto 25 mulheres detidas.
8

O enunciado pede o total de pessoas detidas nessa operação policial, logo 120 + 25 = 145, o que nos
remete a alternativa “A”.

09. Alternativa: C.

9 75 675
∙ = = 45 𝑎𝑛𝑜𝑠
5 3 15

CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS - I

Os números racionais, são aqueles que podem ser escritos na forma de uma fração a/b onde a e b são
dois números inteiros, com a condição de que b seja diferente de zero, uma vez que sabemos
da impossibilidade matemática da divisão por zero.
Em algum momento em nossas vidas vimos também, que todo número racional pode ser escrito na
forma de um número decimal periódico, também conhecido como dízima periódica.

Vejam os exemplos de números racionais a seguir:


3 / 4 = 0,75 = 0, 750000...
- 2 / 3 = - 0, 666666...

31
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
1 / 3 = 0, 333333...
2 / 1 = 2 = 2, 0000...
4 / 3 = 1, 333333...
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000...
0 = 0, 000...

Existe, entretanto, outra classe de números que não podem ser escritos na forma de fração a/b,
conhecidos como números irracionais.

Exemplo:
O número real abaixo é um número irracional, embora pareça uma dízima periódica:
x = 0,10100100010000100000...

Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem infinitos números
reais que não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:
e = 2,718281828459045...,
Pi (𝜋) = 3,141592653589793238462643...

Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas como: cálculos de áreas, volumes, centros
de gravidade, previsão populacional, etc.

Classificação dos Números Irracionais

- Números reais algébricos irracionais: são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Todo
número real que pode ser representado através de uma quantidade finita de somas, subtrações,
multiplicações, divisões e raízes de grau inteiro a partir dos números inteiros é um número algébrico, por
exemplo:

.
A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos que não podem ser expressos através de
radicais, conforme o teorema de Abel-Ruffini.

- Números reais transcendentes: não são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Várias
constantes matemáticas são transcendentes, como pi ( ) e o número de Euler ( ). Pode-se dizer que
existem mais números transcendentes do que números algébricos (a comparação entre conjuntos
infinitos pode ser feita na teoria dos conjuntos).
A definição mais genérica de números algébricos e transcendentes é feito usando-se números
complexos.

Identificação de Números Irracionais


Fundamentado nas explanações anteriores, podemos afirmar que:
- Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional.

Exemplos:
1) √3 - √3 = 0 e 0 é um número racional.
- O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional.

2) √8 : √2 = √4 = 2 e 2 é um número racional.
- O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional.

3) √5 . √5 = √25 = 5 e 5 é um número racional.

32
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
- A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto dos números racionais, resulta num
conjunto denominado conjunto R dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais, não possui
elementos comuns e, portanto, é igual ao conjunto vazio ( ∅ ).
Simbolicamente, teremos:

Q∪I=R
Q∩I=∅

Questões

01. (TRF 2ª – Técnico Judiciário – FCC) Considere as seguintes afirmações:


I. Para todo número inteiro x, tem-se
4𝑥−1 + 4𝑥 + 4𝑥+1
= 16,8
4𝑥−2 + 4𝑥−1
1
11
II. (83 + 0,4444 … ) : 135 = 30

4 4
III. Efetuando-se ( √6 + 2√5) 𝑥( √6 − 2√5) obtém-se um número maior que 5.

Relativamente a essas afirmações, é certo que


(A) I,II, e III são verdadeiras.
(B) Apenas I e II são verdadeiras.
(C) Apenas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas uma é verdadeira.
(E) I,II e III são falsas.

02. (DPE/RS – Analista Administração – FCC) A soma S é dada por:


𝑆 = √2 + √8 + 2√2 + 2√8 + 3√2 + 3√8 + 4√2 + 4√8 + 5√2 + 5√8
Dessa forma, S é igual a
(A) √90
(B) √405
(C) √900
(D) √4050
(E) √9000

03. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) O resultado do produto: (2√2 + 1) ∙ (√2 − 1)


é:
(A) √2 − 1
(B) 2
(C) 2√2
(D) 3 − √2

04. (CBTU – METROREC – Analista de Gestão – CONSULPLAN) Sejam os números irracionais: x


= √3, y = √6, z = √12 e w = √24. Qual das expressões apresenta como resultado um número natural?
(A) yw – xz.
(B) xw + yz.
(C) xy(w – z).
(D) xz(y + w).

33
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05. (DETRAN/RJ- Assistente Técnico de identificação Civil - MAKIYAMA) Assinale a seguir o
conjunto a que pertence o número √2:
(A) Números inteiros.
(B) Números racionais.
(C) Números inteiros e naturais.
(D) Números racionais e irracionais.
(E) Números irracionais.

06. (UFES – Técnico em Contabilidade – UFES) Sejam x e y números reais. É CORRETO afirmar:
(A) Se x e y são números racionais e não inteiros, então y. x é um número racional e não inteiro.
(B) Se x é um número irracional e y é um número racional, então y+ x é um número irracional.
(C) Se x e y são números racionais e não inteiros, então y + x é um número racional e não inteiro.
(D) Se x é um número irracional e y é um número racional, então y. x é um número irracional.
(E) Se x e y são números irracionais, então y. x é um número irracional.

Comentários

01. Alternativa: B

4𝑥 (4−1 +1+4)
I
4 𝑥 (4 −2 +4 −1 )

1 1+20 21
+5 21 16 21∙4
4 4 4
1 1 = 1+4 = 5 = 4
∙ 5 = 5
= 16,8
+
16 4 16 16

II
1
3
83 = √8 = 2
10x = 4,4444...
- x = 0,4444.....
9x = 4
x = 4/9

4 11 18+4 135 22 135 2∙135


(2 + 9) : 135 = 9
∙ 11 = 9
∙ 11 = 9
= 30

III
4 4
√62 − 20 = √16 = 2
Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

02. Alternativa: D
𝑆 = 15√2 + 15√8
√8 = 2√2
𝑆 = 15√2 + 30√2 = 45√2
𝑆 = √452 . 2
𝑆 = √4050

03. Alternativa: D
2
(2√2 + 1) ∙ (√2 − 1) = 2(√2) − 2√2 + √2 − 1
= 4 − √2 − 1 = 3 − √2

04. Alternativa: A
Vamos testar as alternativas:
A) √6 . √24 − √3 . √12 = √6 . 24 − √3 . 12 = √144 − √36 = 12 − 6 = 6

05. Alternativa: E
Como √2, não tem raiz exata, logo é um número Irracional

34
1622471 E-book gerado especialmente para MARIA NORMELIA DOS SANTOS REIS
06. Alternativa: B
Esta questão pede as propriedades dos números irracionais:
-A soma de um número racional r com um número irracional i é um número irracional r'.
-O produto de um número racional r, não nulo, por um número irracional i é um número irracional r'.
-Vejam que a D só estaria correta se cita-se "não nulo".
-Na letra E não é aplicável a propriedade do fechamento para os irracionais.

1.3. Números complexos: conceito, operações e representação geométrica

Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac) na resolução da equação do 2º grau, nos
deparamos com um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos ser impossível a raiz no
universo considerado (normalmente no conjunto dos reais- R).
No século XVIII, o matemático suíço Leonhard Euler passou a representar √−1 por i, convenção que
utilizamos até os dias atuais.
Assim: √−1 = i, que passamos a chamar de unidade imaginária.
A partir daí, vários matemáticos estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os que realmente
conseguiram expor uma interpretação geométrica num outro conjunto de números, chamado de números
complexos, que representamos por C.

Números Complexos (forma algébrica)


Chama-se conjunto dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto de pares ordenados,
ou seja:
z = (x, y)
onde x ∈ R e y ∈ R.

Então, por definição, se z = (x, y) = (x, 0) + (0, y)(0, 1) onde i = (0,1), podemos escrever que:
z = (x, y) = x + yi

Exemplos
(5, 3) = 5 + 3i
(2, 1) = 2 + i
(-1, 3) = - 1 + 3i

Dessa forma, todo o números complexo z = (x, y) pode ser escrito na forma z = x + yi, conhecido como
forma algébrica, onde temos:
x = Re(z), parte real de z
y = Im(z), parte imaginária de z

Igualdade entre Números Complexos


Dois números complexos são iguais se, e somente se, apresentam simultaneamente iguais a parte
real e a parte imaginária. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:
z1 = z2 <==> a = c e b = d

Adição de Números Complexos


Para somarmos dois números complexos basta somarmos, separadamente, as partes reais e
imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i

Subtração de Números Complexos


Para subtrairmos dois números complexos basta subtrairmos, separadamente, as partes reais e
imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:
z1 - z2 = (a - c) + (b - d)i

35
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Multiplicação de Números Complexos
Para multiplicarmos dois números complexos basta efetuarmos a multiplicação de dois binômios,
observando os valores das potência de i. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos que:

z1.z2 = a.c + a.di + b.ci + b.di2


Como i2 = - 1, temos:
z1.z2= ac + adi + bci - bd
Agrupando os membros:
z1.z2= ac – bd + adi + bci → (ac – bd) + (ad + bc)i

Nota: As propriedades da adição, subtração e multiplicação válidas para os Reais são válidas para os
números complexos.

Conjugado de um Número complexo


Dado z = a + bi, define-se como conjugado de z (representa-se por 𝑧̅) ==> 𝑧̅ = a - bi

Exemplo
z = 3 - 5i ==> 𝑧̅ = 3 + 5i
z = 7i ==> 𝑧̅ = - 7i
z = 3 ==> 𝑧̅ = 3

Propriedade:
O produto de um número complexo pelo seu conjugado é sempre um número real.
𝑧. 𝑧̅ ∈ 𝑅

Divisão de Números Complexos


Para dividirmos dois números complexos basta multiplicarmos o numerador e o denominador pelo
conjugado do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos que:

Potências de i
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então:
i0 = 1
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1= 1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2= -1
i7 = i6. i =(-1).i= -i ......

Observamos que no desenvolvimento de in (n pertencente a N, com n variando, os valores repetem-


se de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta calcularmos ir onde r é o resto da divisão
de n por 4.
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63= i3 = -i

Módulo de um Número Complexo


Dado z = a + bi, chama-se módulo de z, indicado por |z| ou 𝜌 , a distância entre a origem (O) do plano
de Gauss e o afixo de z (P).
| z |= 𝜌 =√ 𝑎2 + 𝑏 2

Interpretação Geométrica
Como dissemos, no início, a interpretação geométrica dos números complexos é que deu o impulso
para o seu estudo. Assim, representamos o complexo z = a+bi da seguinte maneira

36
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Em particular temos que:

Forma polar dos Números Complexos


Da interpretação geométrica, temos que:

Que é conhecida como forma polar ou trigonométrica de um número complexo.

Exemplo

A multiplicação de dois números complexos na forma polar:


A = |A| [cos(a) + i sen(a)]
B = |B| [cos(b) + i sen(b)]

É dada pela Fórmula de De Moivre:


AB = |A||B| [cos(a + b) + i sen(a + b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos multiplicar
os seus módulos e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)

Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a + b) + i sen(a + b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra
forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

Onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, ei(a+b) = cos(a + b) + isen(a + b)

Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a) + isen(a)] [cos(b) + isen(b)]

37
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E desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]

Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
cos(a + b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a + b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas da soma


cos(a + (-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a + (-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)

Para obter
cos(a - b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a - b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

Operações na forma polar

Sejam z1=𝜌1(cos 𝜃 1+ i sen𝜃1) e z2=𝜌1(cos𝜃2+i sen𝜃2). Então, temos que:

a) Multiplicação

b) Divisão

c) Potenciação

d) Radiciação

para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1

Observe que o item c) e d) acima representa a resolução pela Fórmula de Moivre.

Exemplo
Calcular a raiz quadrada do número complexo:

A raiz quadrada de um complexo é dada pela segunda fórmula de Moivre, com n = 2:

Para k = 0, teremos:

38
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Questões

01. (IFF – Conhecimentos Gerais – CESPE – 2018) Se i é a unidade imaginária complexa, isto é, i é tal

que i² = - 1, então o valor absoluto no número complexo é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

02. (PM/SP – Cabo – CETRO) Assinale a alternativa que apresenta o módulo do número complexo
abaixo.

(1 + 2𝑖)2
𝑧=
𝑖
(A) 36.
(B) 25.
(C) 5.
(D) 6.

03. (TRF/2ªRegião – Técnico Judiciário – FCC) Considere a igualdade x + (4 + y). i = (6 − x) + 2yi,


em que x e y são números reais e i é a unidade imaginária. O módulo do número complexo z = x + yi, é
um número
(A) maior que 10.
(B) quadrado perfeito.
(C) irracional.
(D) racional não inteiro.
(E) primo.

04. (CPTM – Almoxarife – MAKIYAMA) Assinale a alternativa correspondente à forma trigonométrica


do número complexo z = 1 + i:
𝜋 𝜋
(A) 𝒛 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4
𝜋 𝜋
(B) 𝑧 = 2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

√2 𝜋 𝜋
(C) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4
1 𝜋 𝜋
(D) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4

√2 𝜋 𝜋
(E) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 3 3

05. (CPTM – Almoxarife – MAKIYAMA) O valor do módulo do número complexo (i62 + i123) é:
(A) Um número natural.
(B) Um número irracional maior que 5.
(C) Um número racional menor que 2.
(D) Um número irracional maior que 3.
(E) Um número irracional menor que 2.

1 + √5𝑖
06. (Pref de Itaboraí - Professor) O inverso do número complexo 2
é:
1 + √5𝑖
(𝐴)
2

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1 − √5𝑖
(𝐵)
2

(C) 1 − √5𝑖

1 + √5𝑖
(𝐷)
3

1 − √5𝑖
(𝐸)
3
1 + 2𝑖
07. (UFPA) A divisão dá como resultado
1−𝑖
−1 3
(A) − 𝑖
2 2

1 3
(B) 2 + 2 𝑖

−1 3
(C) 2
+ 2𝑖

1 3
(D) − 𝑖
2 2

08. (PUC/SP) Se f(z) = z2 - z + 1, então f (1 - i) é igual a:


(A) i
(B) - i + 1
(C) - i
(D) i -1
(E) i + 1

09. (UCMG) O complexo z, tal que 5z + 𝑧̅ = 12 +16i, é igual a:


(A) - 2 + 2i
(B) 2 - 3i
(C) 1 + 2i
(D) 2 + 4i
(E) 3 + i

2 + 3𝑖
10. (Viçosa/MG) A parte real de 2 − 3𝑖 é:
(A) -2/13
(B) -5/13
(C) -1/13
(D) -4/13

2−𝑖
11. (Mack – SP) O conjugado de 𝑖
, vale:
(A) 1 - 2i
(B) 1 + 2i
(C) 1 + 3i
(D) -1 + 2i
(E) 2 - i

Comentários

01. Resposta: C
Vamos dividir o complexo dado, mas para isto devemos lembrar da propriedade de divisão de números
complexos, onde diz que devemos multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do
denominador, ficando assim:
7+𝑖 1+𝑖
. =
1−𝑖 1+𝑖

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(7 + 𝑖). (1 + 𝑖) 7 + 7𝑖 + 𝑖 + 𝑖² 7 + 8𝑖 − 1 6 + 8𝑖
= = = = 3 + 4𝑖
(1 − 𝑖). (1 + 𝑖) 1 + 𝑖 − 𝑖 − 𝑖² 1 + 1 2
Agora devemos calcular o valor absoluto, ou seja, o módulo do complexo, mas lembre-se |z| = √𝑎2 + 𝑏²
Então no nosso caso teremos:
√32 + 4² = √9 + 16 = √25 = 5

02. Resposta: C
1 + 4𝑖 − 4 −3 + 4𝑖 𝑖
𝑧= = ∙ = 3𝑖 + 4
𝑖 𝑖 𝑖

|𝑧| = √32 + 4² = 5

03. Resposta: E
x=6-x
x=3
4 + y = 2y
y=4

|𝑧| = √32 + 4² = 5

04. Resposta: A

𝜌 = √12 + 1² = √2
1 √2
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = = 𝑠𝑒𝑛𝜃
√2 2
𝜋
𝜃=
4
𝜋 𝜋
𝑧 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

05. Resposta: E
62/4=15 e resto 2 então i62=i2= -1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i, como 𝑖 = √−1
𝑖 + 𝑖 123 = −1 − √−1
62

06. Resposta: E
O inverso de z é 1/z :
2 2 1 − √5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 1 − √5𝑖
= . = = = =
2
1 + √5𝑖 1 + √5𝑖 1 − √5𝑖 1 − (√5𝑖) 2 1 − 5𝑖 2 6 3

07. Resposta: C
Temos que a = 1; b = 2; c = 1; d = - 1
Através da fórmula já vista vamos efetuar a divisão:
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑 1.1 + (−1). 2 2.1 − (1. (−1))
( 2 2
)+( 2 2
)𝑖 → ( 2 2 )+( 2 )𝑖 →
𝑐 +𝑑 𝑐 +𝑑 1 + (−1) 1 + (−1)2

1−2 2+1 −1 3
+ 𝑖→ + 𝑖
2 2 2 2

08. Resposta: C
f(z) = z2 – z + 1 ➔ (1 - i)2 – (1 - i) + 1 ➔ 1 - 2i + i2 – 1 + i +1 ➔ i2 – i + 1; como i2 = - 1, então: - 1 – i +
1=-i

09. Resposta: D
A fórmula do número complexo é z = a + bi, e de seu conjugado será 𝑧̅ = a - bi
Logo temos:

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5.(a + bi) + (a - bi) = 12 + 16i ➔ 5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i ➔ 6a + 4bi = 12 + 16i, para um número
complexo ser igual ao outro, vamos igualar a parte real com a parte real e a parte imaginária com a parte
imaginária:
6a = 12 ➔ a = 2; 4bi = 16i ➔ b = 4
Montando o complexo: z = a + bi ➔ z = 2 + 4i

10. Resposta: B
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑
( 2 2
)+( 2 )𝑖
𝑐 +𝑑 𝑐 + 𝑑2

Como queremos a parte real, vamos utilizar a primeira parte da fórmula:


2.2 + 3. (−3) 4 − 9 −5
( 2 2
)= =
2 + (−3) 4 + 9 13

11. Resposta: D
Vamos multiplicar o denominador e numerador pelo conjugado do denominador – i. Lembre-se que i2
=-1

2 − 𝑖 −𝑖 −2𝑖 + 𝑖 2 −2𝑖 − 1
. → → → −2𝑖 − 1
𝑖 −𝑖 −𝑖 2 −(−1)
Temos que o conjugado de um número complexo é: a + bi ➔ a - bi, logo
-1 – 2i ➔ -1 + 2i

2. Progressão Aritmética e Progressão Geométrica: Razão, termo geral e soma


dos termos. 2.1. Situações-problema envolvendo progressões

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o
1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10
= 9.

Igualdade de Sequências
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma ordenada.
Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas sucessões
diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

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Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x =
5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem
os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

Termo Geral
Podemos apresentar uma sequência através de um determinado valor atribuído a cada termo an em
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta fórmula que determina o valor do
termo an é chamada fórmula do termo geral da sucessão.

Exemplos
Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:
an = n2 – 2n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17

Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:

an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos
Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4, em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

Determinar o termo a5 de uma sequência em que:


a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

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- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica, visto
que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos os
termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
fórmula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

Sequência de Fibonacci

O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação simples: cada elemento,
a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento
de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é conhecida
como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um
retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a
figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os retângulos formam
a sequência de Fibonacci.

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,


encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os elementos da
sequência de Fibonacci.

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O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada principal do
edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado igual à altura. Essa forma
sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

𝑦 𝑎
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos: = (1).
𝑎 𝑏

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação:

𝑎(1±√5 1−√5
𝑦= 2
em que ( 2
< 0) não convém.

𝑦 (1+√5
Logo: 𝑎 = 2
= 1,61803398875

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

1 + √5
𝜃=
2

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo
como o caso da fachada do Partenon.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição
É uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao termo anterior somado
com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão
A razão de uma Progressão Aritmética é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

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Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Fórmula da soma dos n primeiros termos

Propriedades
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplos
01. (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

02. (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...)

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a
a 2 = a3 .
1
Exemplo

P.G. – PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição
É uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior
multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão
A razão de uma Progressão Geométrica é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 𝑎2 = 𝑎3 = 𝑎4 = ⋯ … … … = 𝑎 𝑛
1 2 3 𝑛−1

Exemplos
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, 2 , 4 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q = 2
5 5 1
- (15, 5, 3, 9,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

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Soma dos n primeiros termos (Soma Finita)

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)


Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
.
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos
01. (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

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