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Matemática
Matemática
Operações com frações,............................................................................................... 16
Representação decimal, números decimais periódicos e não periódicos..................... 18
Mínimo Múltiplo Comum – MMC e Máximo Divisor Comum – MDC............................. 21
Matemática comercial: razões, proporções, regra de três simples e composta........... 21
Porcentagem. Desconto................................................................................................ 25
Juros simples. .............................................................................................................. 28
Estatística: conceitos fundamentais de estatística descritiva (população, amostra e
amostragem). Organização de dados (tabelas e gráficos). ......................................... 30
Medidas de tendência central (média, moda e mediana)............................................. 38
Sequências: progressões aritméticas e geométricas. .................................................. 41
Cálculo algébrico: equações do 1° grau........................................................................ 46
Raízes de uma equação algébrica................................................................................ 48
Funções: conceitos de função (funções reais de uma variável, gráfico, domínio e ima-
gem). Funções polinomiais........................................................................................... 50
funções exponenciais e funções logarítmicas............................................................... 59
Análise combinatória e probabilidade. Princípio fundamental de contagem. Combina-
ção, arranjo e permutação simples. Probabilidade de um evento. .............................. 64
Geometria plana: áreas e perímetros (triângulos, quadriláteros e circunferências). .... 69
Mediana e mediatriz...................................................................................................... 73
Exercícios...................................................................................................................... 74
Gabarito......................................................................................................................... 82
— Conjuntos Numéricos
O grupo de termos ou elementos que possuem características parecidas, que são similares em sua nature-
za, são chamados de conjuntos. Quando estudamos matemática, se os elementos parecidos ou com as mes-
mas características são números, então dizemos que esses grupos são conjuntos numéricos1.
Em geral, os conjuntos numéricos são representados graficamente ou por extenso – forma mais comum em
se tratando de operações matemáticas. Quando os representamos por extenso, escrevemos os números entre
chaves {}. Caso o conjunto seja infinito, ou seja, tenha incontáveis números, os representamos com reticências
depois de colocar alguns exemplos. Exemplo: N = {0, 1, 2, 3, 4…}.
Existem cinco conjuntos considerados essenciais, pois eles são os mais usados em problemas e questões
no estudo da Matemática. São eles: Naturais, Inteiros, Racionais, Irracionais e Reais.
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Q+ = subconjunto dos números racionais não negativos, formado pelos números racionais positivos.
Q*+ = subconjunto dos números racionais positivos, formado pelos números racionais positivos e não nulos.
Q- = subconjunto dos números racionais não positivos, formado pelos números racionais negativos e o zero.
Q*- = subconjunto dos números racionais negativos, formado pelos números racionais negativos e não nulos.
— Múltiplos e Divisores
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural estendem-se para o conjunto dos números in-
teiros2. Quando tratamos do assunto múltiplos e divisores, referimo-nos a conjuntos numéricos que satisfazem
algumas condições. Os múltiplos são encontrados após a multiplicação por números inteiros, e os divisores são
números divisíveis por um certo número.
Devido a isso, encontraremos subconjuntos dos números inteiros, pois os elementos dos conjuntos dos múl-
tiplos e divisores são elementos do conjunto dos números inteiros. Para entender o que são números primos, é
necessário compreender o conceito de divisores.
Múltiplos de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a é múltiplo de b se, e somente se, existir um nú-
mero inteiro k tal que a = b · k. Desse modo, o conjunto dos múltiplos de a é obtido multiplicando a por todos os
números inteiros, os resultados dessas multiplicações são os múltiplos de a.
Por exemplo, listemos os 12 primeiros múltiplos de 2. Para isso temos que multiplicar o número 2 pelos 12
primeiros números inteiros, assim:
2·1=2
2·2=4
2·3=6
2 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm
2
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2·4=8
2 · 5 = 10
2 · 6 = 12
2 · 7 = 14
2 · 8 = 16
2 · 9 = 18
2 · 10 = 20
2 · 11 = 22
2 · 12 = 24
Portanto, os múltiplos de 2 são:
M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas poderíamos ter listado quantos fossem neces-
sários, pois a lista de múltiplos é dada pela multiplicação de um número por todos os inteiros. Assim, o conjunto
dos múltiplos é infinito.
Para verificar se um número é ou não múltiplo de outro, devemos encontrar um número inteiro de forma que
a multiplicação entre eles resulte no primeiro número. Veja os exemplos:
– O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que, multiplicado por 7, resulta em 49.
49 = 7 · 7
– O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro que, multiplicado por 3, resulta em 324.
324 = 3 · 108
– O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
523 = 2 · ?”
• Múltiplos de 4
Como vimos, para determinar os múltiplos do número 4, devemos multiplicar o número 4 por números intei-
ros. Assim:
4·1=4
4·2=8
4 · 3 = 12
4 · 4 = 16
4 · 5 = 20
4 · 6 = 24
4 · 7 = 28
4 · 8 = 32
4 · 9 = 36
4 · 10 = 40
4 · 11 = 44
4 · 12 = 48
...
Portanto, os múltiplos de 4 são:
M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
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Divisores de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que b é divisor de a se o número b for múltiplo
de a, ou seja, a divisão entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
Veja alguns exemplos:
– 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
– 63 é múltiplo de 3, logo, 3 é divisor de 63.
– 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
Para listar os divisores de um número, devemos buscar os números que o dividem. Veja:
– Liste os divisores de 2, 3 e 20.
D(2) = {1, 2}
D(3) = {1, 3}
D(20) = {1, 2, 4, 5, 10, 20}
Observe que os números da lista dos divisores sempre são divisíveis pelo número em questão e que o maior
valor que aparece nessa lista é o próprio número, pois nenhum número maior que ele será divisível por ele.
Por exemplo, nos divisores de 30, o maior valor dessa lista é o próprio 30, pois nenhum número maior que
30 será divisível por ele. Assim:
D(30) = {1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}.
— Números Primos
Os números primos são aqueles que apresentam apenas dois divisores: um e o próprio número3. Eles fazem
parte do conjunto dos números naturais.
Por exemplo, 2 é um número primo, pois só é divisível por um e ele mesmo.
3 https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-numeros-primos/
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Quando um número apresenta mais de dois divisores eles são chamados de números compostos e podem
ser escritos como um produto de números primos.
Por exemplo, 6 não é um número primo, é um número composto, já que tem mais de dois divisores (1, 2 e
3) e é escrito como produto de dois números primos 2 x 3 = 6.
Algumas considerações sobre os números primos:
– O número 1 não é um número primo, pois só é divisível por ele mesmo;
– O número 2 é o menor número primo e, também, o único que é par;
– O número 5 é o único número primo terminado em 5;
– Os demais números primos são ímpares e terminam com os algarismos 1, 3, 7 e 9.
Uma maneira de reconhecer um número primo é realizando divisões com o número investigado. Para facili-
tar o processo, veja alguns critérios de divisibilidade:
– Divisibilidade por 2: todo número cujo algarismo da unidade é par é divisível por 2;
– Divisibilidade por 3: um número é divisível por 3 se a soma dos seus algarismos é um número divisível por
3;
– Divisibilidade por 5: um número será divisível por 5 quando o algarismo da unidade for igual a 0 ou 5.
Se o número não for divisível por 2, 3 e 5 continuamos as divisões com os próximos números primos meno-
res que o número até que:
– Se for uma divisão exata (resto igual a zero) então o número não é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for menor que o divisor, então o nú-
mero é primo.
– Se for uma divisão não exata (resto diferente de zero) e o quociente for igual ao divisor, então o número é
primo.
Exemplo: verificar se o número 113 é primo.
Sobre o número 113, temos:
– Não apresenta o último algarismo par e, por isso, não é divisível por 2;
– A soma dos seus algarismos (1+1+3 = 5) não é um número divisível por 3;
– Não termina em 0 ou 5, portanto não é divisível por 5.
Como vimos, 113 não é divisível por 2, 3 e 5. Agora, resta saber se é divisível pelos números primos menores
que ele utilizando a operação de divisão.
Divisão pelo número primo 7:
Observe que chegamos a uma divisão não exata cujo quociente é menor que o divisor. Isso comprova que
o número 113 é primo.
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Operações fundamentais
As operações matemáticas abrangem os cálculos que são utilizados para a resolução das equações. Basi-
camente têm-se a adição, a subtração, a divisão e a multiplicação, que, apesar de abrangerem um raciocínio
simples, são de suma importância para realização de qualquer cálculo matemático, como por exemplo, na ta-
buada. As escolas já apresentam esses conteúdos nas séries iniciais e à medida que os alunos vão avançando
compreendem os conceitos mais complexos.
Adição
Na adição existe o cálculo de adicionar números naturais a outros. Essa operação matemática também é
conhecida popularmente como soma. O resultado final da adição é chamado de total ou soma e os números
utilizados são as parcelas. O operador aritmético, ou seja, o sinal que indica o seu cálculo é o (+). Observe o
exemplo:
6 (parcela) + 2 (parcela) = 8 (soma ou total)
As propriedades da adição são:
- Elemento neutro: zero, ou seja, qualquer número somado a zero terá como resultado ele mesmo. Ex.: 6 +
0 = 6.
- Comutatividade: a ordem de duas parcelas não altera o resultado final. Ex.: 8 + 2 = 10 e 2 + 8 = 10.
- Associatividade: a ordem de mais de duas parcelas também não altera o resultado, mas é necessário
considerar a regra do uso dos parênteses, que significa que deve-se iniciar a adição a partir do que está dentro
deles. Ex.: 8 + (2 + 1) = 11 e (8 + 2) + 1 = 11.
- Números negativos e positivos: os números positivos e negativos podem ser somados, mas existem algu-
mas regras que devem ser consideradas. Quando os números possuem sinais diferentes (negativos e positi-
vos) o resultado acompanhará o sinal do número maior. Ex.: (-3) + 4 = 1. Já no caso de dois números negativos,
o resultado também será negativo. Ex.: (-8) + (-7) = - 1.
Subtração
A subtração abrange a redução de um número por outro. Os seus elementos são: minuendo, subtraendo e
diferença ou resto. O (-) é o sinal utilizado na operação. Veja o exemplo:
8 (minuendo) – 2 (subtraendo) = 6 (diferença ou resto)
As propriedades da subtração são:
- O resultado é alterado no caso de mudança na ordem de apresentação dos valores, e nesse caso a dife-
rença terá o sinal trocado. Ex.: 8 - 2 = 6 é diferente de 2 - 8 = -6.
- Não existe elemento neutro.
Multiplicação
A Multiplicação está intimamente relacionada à adição, pois pode-se dizer que ela é a soma de um número
pela quantidade de vezes que deverá ser multiplicado. O símbolo mais conhecido é o (x), mas muitas pessoas
utilizam o (*) ou (.) para representar essa operação. Os nomes dados aos seus elementos são fatores e produ-
tos. Vejamos um exemplo:
4 (fator) x 4 (fator) = 16 (produto)
Observe que o exemplo também poderia ser representado: 4 + 4 + 4 + 4 = 16.
As propriedades da Multiplicação são:
- Comutatividade: a ordem dos fatores não altera o produto. Ex.: 4 x 2 = 8 e 2 x 4 = 8.
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- Associatividade: quando tem mais de dois fatores não importa a sua ordem, pois o resultado será o mes-
mo. Ex.: (3 x 5) x 2 = 30 ou 3 x (5 x 2) = 30
- Distributividade: quando temos que multiplicar e somar devemos iniciar o cálculo pela multiplicação, mes-
mo que a soma esteja dentro de parênteses. Ex.: 2 x (3 + 3) = (2 x 3) + (2 x 3) = 6 + 6 = 12.
- Elemento neutro: número 1, sendo que qualquer número multiplicado por ele resultará nele mesmo.
Divisão
Nessa operação é possível dividir dois números em partes iguais. Essa operação tem os seguintes elemen-
tos: dividendo, divisor, quociente e resto. O sinal utilizado é (÷), mas podemos ver também os sinais (/) ou (:).
Observe o exemplo:
31 (dividendo) ÷ 2 (divisor) = 15 (quociente) 1 (resto)
Ao dividir 31 por 2 não temos um resultado exato, sendo assim, temos o 15 como quociente e 1 de resto.
As propriedades da divisão são as seguintes:
- A ordem dos elementos altera o resultado final, pois não é comutativa. Ex.: 8 ÷ 2 = 4 é diferente de 2 ÷ 8
= 0,25.
- Não é associativa; na divisão os parênteses devem ser resolvidos primeiro. Ex.: (6 ÷ 3) ÷ 3 = 3 ÷ 3 = 1 é
diferente de 6 ÷ (3 ÷ 3) = 6 ÷ 1 = 6.
- Elemento neutro: número 1, ou seja, o valor dividido por ele terá como resultado ele mesmo.
- Números positivos e negativos: os sinais interferem no resultado final, sendo assim, quando forem iguais
ele fica positivo, mas quando forem diferentes ele ficará negativo. Ex.: +10 ÷ +5 = +2; -10 ÷ -5 = +2; +10 ÷ -5 =
-2.
Vale destacar que essas são as operações matemáticas mais básicas. Apesar disso, elas são utilizadas na
realização de diversas outras operações, como, por exemplo, soma de frações e subtração de frações.
Fonte: Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/operacoes-matematicas.
Acesso em: 16.fev.2023.
Exemplos:
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(C) 1,54 metros.
(D) 1,56 metros.
Resolução:
Escrevendo em forma de equações, temos:
C = M + 0,05 ( I )
C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III )
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B
Resolução:
Primeiro mês = x
Segundo mês = x + 126
Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78
Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176
3.x = 1176 – 204
x = 972 / 3
x = R$ 324,00 (1º mês)
* No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00
Resposta: B
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(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
(C) 2 / 5.
(D) 1 / 2.
(E) 2 / 3.
Resolução:
Resposta: B
Fatoração
Fatoração é o nome do processo matemático usado para decompor um número em algarismos primos ou
para simplificar expressões polinomiais4. Isso é feito quando os representamos usando produtos de fatores, ou
seja, multiplicações. Ainda é possível determinar o MDC e o MMC usando essa operação.
A ideia de fatoração surge a partir do teorema fundamental da aritmética, uma afirmação que diz: “Qualquer
número inteiro maior que 1 pode ser escrito na forma de produtos de números primos”.
Lembre-se: números primos são aqueles que só se dividem por eles mesmos e por 1, eles não têm outros
divisores. Compare o número 6 e o número 13:
6 é divisível por 1, 2, 3 e 6.
13 só é divisível por 1 e 13, portanto, é primo.
Isso tudo quer dizer que podemos representar o número 12, por exemplo, em uma forma decomposta que
só envolve a multiplicação dos menores números primos. Se fizermos a fatoração do 12, teremos o resultado:
2 x 2 x 3.
4 https://bityli.com/OgpRZv
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— Para que Serve a Fatoração?
A fatoração é muito importante quando estamos lidando com radiciação ou equações irracionais, pois é por
meio dela que conseguimos “tirar a raiz” de certos números.
Ela também pode ser uma ferramenta muito útil para identificar o Máximo Divisor Comum (MDC) e o Mínimo
Múltiplo Comum (MMC) de um número.
A fatoração de polinômios é o que nos permite simplificar as expressões algébricas para conseguirmos
resolvê-las. Você deve se lembrar que usamos muito a simplificação de polinômios na Geometria Analítica e
na Física.
Em outras palavras, usamos a fatoração de expressões para converter os polinômios que possuem somas
e subtrações (difícil fazer operações) em uma equação com fatores multiplicativos (fácil de fazer operações).
Números são os algarismos puros, que não apresentam letras. Exemplo: 24, 13 e 456.
Monômios são expressões que misturam números com 1 letra. Exemplo: 2x e 5y.
Polinômios são expressões algébricas com duas ou mais letras. Exemplo: 2x+4y.
— Fatoração de Polinômios
Fatoração é um processo utilizado na matemática que consiste em representar um número ou uma expressão
como produto de fatores5.
Ao escrever um polinômio como a multiplicação de outros polinômios, frequentemente conseguimos
simplificar a expressão.
5 https://www.todamateria.com.br/fatoracao/
10
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Confira abaixo os tipos de fatoração de polinômios:
Agrupamento
No polinômio que não exista um fator que se repita em todos os termos, podemos usar a fatoração por
agrupamento.
Para isso, devemos identificar os termos que podem ser agrupados por fatores comuns.
Nesse tipo de fatoração, colocamos os fatores comuns dos agrupamentos em evidência.
Exemplo: Fatore o polinômio mx + 3nx + my + 3ny
Os termos mx e 3nx tem como fator comum o x. Já os termos my e 3ny possuem como fator comum o y.
Colocando esses fatores em evidência:
x (m + 3n) + y (m + 3n)
Note que o (m + 3n) agora também se repete nos dois termos.
Colocando novamente em evidência, encontramos a forma fatorada do polinômio:
mx + 3nx + my + 3ny = (m + 3n) (x + y)
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— Produtos notáveis
Os produtos notáveis são expressões algébricas utilizadas em muitos cálculos matemáticos, por exemplo,
nas equações de primeiro e de segundo grau6.
O termo “notável” refere-se à importância e notabilidade desses conceitos para a área da matemática.
Antes de sabermos suas propriedades é importante estar atento a alguns conceitos importantes:
- Quadrado: elevado a dois;
- Cubo: elevado a três;
- Diferença: subtração;
- Produto: multiplicação.
6 https://www.todamateria.com.br/produtos-notaveis/
7 https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-sao-produtos-notaveis.htm#:~:text=Produ-
tos%20not%C3%A1veis%20s%C3%A3o%20multiplica%C3%A7%C3%B5es%20em,soma%20e%20cubo%20
da%20diferen%C3%A7a.
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a² - b² = (a + b) . (a – b)
Nota-se que ao aplicar a propriedade distributiva da multiplicação, o resultado da expressão é a subtração
do quadrado do primeiro e do segundo termo.
Esse produto notável é ensinado da seguinte maneira:
O quadrado do primeiro termo menos o quadrado do segundo termo”.
Exemplo:
(xy + 4) . (xy – 4) = (xy)² – 4²
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Exemplo:
15 3 24 2
5 5 12 2
1 6 2
3 3
1
15 = 3.5 24 = 23.3
15,24 2
15,12 2
15,6 2
15,3 3
5,1 5
1
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão com algum dos números, não é necessário
que os dois sejam divisíveis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua aparecendo.
Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120
Exemplo
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mes-
ma dimensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão esco-
lhidos de modo que tenham a maior dimensão possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
(A) mais de 30 cm.
(B) menos de 15 cm.
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm.
Resposta: A.
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352 2 416 2
176 2 208 2
88 2 104 2
44 2 52 2
22 2 26 2
11 11 13 13
1 1
Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível
Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões
de três companhias aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30
minutos e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três compa-
nhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia, às:
(A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas.
Resposta: E.
20,30,44 2
10,15,22 2
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
1,1,1
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11
Então será depois de 11horas que se encontrarão
7+11=18h
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Operações com frações
Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o
denominador. Uma fração é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi dividida a unidade.
O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a unidade.
Lê-se: um quarto.
Atenção:
• Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e
décimos.
• Frações com denominadores potências de 10: décimos, centésimos, milésimos, décimos de milésimos,
centésimos de milésimos etc.
• Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denomi-
nador seguido da palavra “avos”.
Tipos de frações
– Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador. Ex.: 7/15
– Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denominador. Ex.: 7/6
– Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador. As mesmas pertencem também ao grupo das
frações impróprias. Ex.: 6/3
– Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e outra fracionária. Podemos transformar uma
fração imprópria na forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
– Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2
– Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denominador são primos entre si. Ex.: 5/11 ;
Operações com frações
• Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e soma-se ou subtrai-se os numeradores.
Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mesmo denominador através do MMC entre os
denominadores. Usamos tanto na adição quanto na subtração.
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O MMC entre os denominadores (3,2) = 6
• Multiplicação e Divisão
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores dados. Ex.:
– Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da segunda fração. Ex.:
Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da fração resultante de forma a torna-la irredu-
tível.
Exemplo:
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IADES) O suco de três garrafas iguais foi di-
vidido igualmente entre 5 pessoas. Cada uma recebeu
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas, então o total será de 3X litros de suco. Pre-
cisamos dividir essa quantidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:
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Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de suco é de 3/5 de suco da garrafa.
Resposta: B
O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza 10 algarismos (símbolos) diferentes para
representar todos os números.
Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema posicional, ou seja, a posição do algarismo
no número modifica o seu valor.
É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido pelos hindus e divulgado no ocidente pelos
árabes, por isso, é também chamado de «sistema de numeração indo-arábico».
Características
- Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1 a 9 e um símbolo para representar a ausên-
cia de quantidade (zero).
- Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbolos, é possível representar todos os números.
- As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as seguintes denominações:
10 unidades = 1 dezena
10 dezenas = 1 centena
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante
18
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Exemplos
Ordens e Classes
No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem, começando da direita para a
esquerda e a cada três ordens temos uma classe.
Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número em classes (blocos de 3
ordens), colocando um ponto para separar as classes, começando da direita para a esquerda.
Exemplos
1) 57283
Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e colocamos um ponto para se-
parar o número: 57. 283.
No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das unidades simples. Assim,
o número será lido como: cinquenta e sete mil, duzentos e oitenta e três.
2) 12839696
Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696
O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e noventa e seis.
Fonte:
https://www.todamateria.com.br/sistema-de-numeracao-decimal
DÍZIMAS PERIÓDICAS
As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
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Representação Decimal das Frações
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número decimal terá um número finito de algarismos
após a vírgula.
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica
para ser número racional
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se não repetir não é dízima periódica e assim
números irracionais, que trataremos mais a frente.
2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como podemos transformar em fração?
Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada de x, ou seja
X=0,333...
Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por 10.
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
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X=1/3
Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
A razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente entre dois números8.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões possuem o
mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas grandezas são
proporcionais quando formam uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e proporção.
Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre os ingredientes.
Para encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as mesmas.
A partir das grandezas A e B temos:
Razão
ou A : B, onde b ≠ 0.
Proporção
8 https://www.todamateria.com.br/razao-e-proporcao/
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Exemplo: Qual a razão entre 40 e 20?
Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de razão
centesimal.
Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A), enquanto o
de baixo é chamado de consequente (B).
x = 12 . 3
x = 36
Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também chamado de “quarta
proporcional”.
Na proporção, os elementos são denominados de termos. A primeira fração é formada pelos primeiros termos
(A/B), enquanto a segunda são os segundos termos (C/D).
Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da proporção para
encontrar o valor procurado.
— Propriedades da Proporção
1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, por exemplo:
Logo: A · D = B · C.
Essa propriedade é denominada de multiplicação cruzada.
2. É possível trocar os extremos e os meios de lugar, por exemplo:
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é equivalente
Logo, D. A = C . B.
As Grandezas
Dentro da regra de três simples e composta existem grandezas diretamente e inversamente proporcionais.
Caracteriza-se por grandezas diretas aquelas em que o acréscimo ou decréscimo de uma equivale ao
mesmo processo na outra. Por exemplo, ao triplicarmos uma razão, a outra também será triplicada, e assim
sucessivamente.
Exemplo: Supondo que cada funcionário de uma microempresa com 35 integrantes gasta 10 folhas de papel
diariamente. Quantas folhas serão gastas nessa mesma empresa quando o quadro de colaboradores aumentar
para 50?
9 https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/regra-de-tres-simples-e-composta
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Nesta situação, é preciso inverter uma das grandezas, pois a relação é inversamente proporcional. Isso
acontece porque a diminuição de pedreiros provoca o aumento no tempo de construção.
5x = 80 . 7
5x = 560
x = 560/5
x = 112
Sendo assim, serão 112 dias para a construção da casa com 5 pedreiros.
Reparem que as grandezas são diretamente proporcionais, já que o aumento no pedido de bolos pede uma
maior quantidade de limões. Logo, o valor desconhecido é determinado pela multiplicação cruzada:
x = 250 . 6
x = 1500 ml de suco
Exemplo 2: Um carro com velocidade de 120 km/h percorre um trajeto em 2 horas. Se a velocidade for
reduzida para 70 km/h, em quanto tempo o veículo fará o mesmo percurso?
Observa-se que neste exemplo teremos uma regra de três simples inversa, uma vez que ao diminuirmos
a velocidade do carro o tempo de deslocamento irá aumentar. Então, pela regra, uma das razões deverá ser
invertida e transformada em direta.
70x = 120 . 2
70x = 240
x = 240/70
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x = 3,4 h
Porcentagem. Desconto.
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Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de porcentagem:
2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela porcentagem que se quer descobrir.
2 x 20 = 40
Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
Se a fração equivalente de é , então para calcular 20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como
fazer:
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— Calcular porcentagem de aumentos e descontos
Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados utilizando o fator de multiplicação ou fator
multiplicativo.
Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço de um produto, ou seja, o resultado será
fatores diferentes.
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Juros simples
Os juros simples e compostos são cálculos efetuados com o objetivo de corrigir os valores envolvidos nas
transações financeiras, isto é, a correção que se faz ao emprestar ou aplicar uma determinada quantia durante
um período de tempo11.
O valor pago ou resgatado dependerá da taxa cobrada pela operação e do período que o dinheiro ficará
emprestado ou aplicado. Quanto maior a taxa e o tempo, maior será este valor.
A maioria das operações financeiras utiliza a correção pelo sistema de juros compostos. Os juros simples se
restringem as operações de curto período.
Sendo:
J: juros.
t: período da transação.
Podemos ainda calcular o valor total que será resgatado (no caso de uma aplicação) ou o valor a ser quitado
(no caso de um empréstimo) ao final de um período predeterminado.
Esse valor, chamado de montante, é igual a soma do capital com os juros, ou seja:
11 https://www.todamateria.com.br/juros-simples-e-compostos/
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Podemos substituir o valor de J, na fórmula acima e encontrar a seguinte expressão para o montante:
A fórmula que encontramos é uma função afim, desta forma, o valor do montante cresce linearmente em
função do tempo.
Exemplo: Se o capital de R$ 1 000,00 rende mensalmente R$ 25,00, qual é a taxa anual de juros no sistema
de juros simples?
Solução: Primeiro, vamos identificar cada grandeza indicada no problema.
C = R$ 1 000,00
J = R$ 25,00
t = 1 mês
i=?
Agora que fizemos a identificação de todas as grandezas, podemos substituir na fórmula dos juros:
Entretanto, observe que essa taxa é mensal, pois usamos o período de 1 mês. Para encontrar a taxa anual
precisamos multiplicar esse valor por 12, assim temos:
i = 2,5.12= 30% ao ano
Sendo:
M: montante.
C: capital.
i: taxa de juros.
t: período de tempo.
Diferente dos juros simples, neste tipo de capitalização, a fórmula para o cálculo do montante envolve uma
variação exponencial. Daí se explica que o valor final aumente consideravelmente para períodos maiores.
Exemplo: Calcule o montante produzido por R$ 2 000,00 aplicado à taxa de 4% ao trimestre, após um ano,
no sistema de juros compostos.
Solução: Identificando as informações dadas, temos:
C = 2 000
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i = 4% ou 0,04 ao trimestre
t = 1 ano = 4 trimestres
M=?
Substituindo esses valores na fórmula de juros compostos, temos:
Observação: o resultado será tão melhor aproximado quanto o número de casas decimais utilizadas na
potência.
Portanto, ao final de um ano o montante será igual a
R$ 2 339,71.
Estatística descritiva
O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais características de um conjunto de dados por meio
de tabelas, gráficos e resumos numéricos.
Noções de estatística
A estatística torna-se a cada dia uma importante ferramenta de apoio à decisão. Resumindo: é um conjunto
de métodos e técnicas que auxiliam a tomada de decisão sob a presença de incerteza.
O objetivo da Estatística Descritiva é resumir as principais características de um conjunto de dados por meio
de tabelas, gráficos e resumos numéricos. Fazemos uso de:
Tabelas de frequência
Ao dispor de uma lista volumosa de dados, as tabelas de frequência servem para agrupar informações de
modo que estas possam ser analisadas. As tabelas podem ser de frequência simples ou de frequência em faixa
de valores.
Gráficos
O objetivo da representação gráfica é dirigir a atenção do analista para alguns aspectos de um conjunto de
dados. Alguns exemplos de gráficos são: diagrama de barras, diagrama em setores, histograma, boxplot, ramo-
-e-folhas, diagrama de dispersão, gráfico sequencial.
Resumos numéricos
Por meio de medidas ou resumos numéricos podemos levantar importantes informações sobre o conjunto
de dados tais como: a tendência central, variabilidade, simetria, valores extremos, valores discrepantes, etc.
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Estatística inferencial (Indutiva)
Utiliza informações incompletas para tomar decisões e tirar conclusões satisfatórias. O alicerce das técnicas
de estatística inferencial está no cálculo de probabilidades. Fazemos uso de:
Estimação
A técnica de estimação consiste em utilizar um conjunto de dados incompletos, ao qual iremos chamar de
amostra, e nele calcular estimativas de quantidades de interesse. Estas estimativas podem ser pontuais (repre-
sentadas por um único valor) ou intervalares.
Teste de Hipóteses
O fundamento do teste estatístico de hipóteses é levantar suposições acerca de uma quantidade não conhe-
cida e utilizar, também, dados incompletos para criar uma regra de escolha.
População e amostra
É o conjunto de todas as unidades sobre as quais há o interesse de investigar uma ou mais características.
Qualitativas – quando seus valores são expressos por atributos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele,
entre outros. Dizemos que estamos qualificando.
Quantitativas – quando seus valores são expressos em números (salários dos operários, idade dos alunos,
etc). Uma variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre dois limites recebe o nome de variável
contínua; e uma variável que só pode assumir valores pertencentes a um conjunto enumerável recebe o nome
de variável discreta.
— Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a devida determinação das características mensurá-
veis do fenômeno que se quer pesquisar, damos início à coleta de dados numéricos necessários à sua descri-
ção. A coleta pode ser direta e indireta.
— Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os mesmos devem ser cuidadosamente criticados, à
procura de possível falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em erros grosseiros ou de certo vulto, que
possam influir sensivelmente nos resultados. A crítica pode ser externa e interna.
— Apuração dos dados: soma e processamento dos dados obtidos e a disposição mediante critérios de
classificação, que pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica.
— Exposição ou apresentação de dados: os dados devem ser apresentados sob forma adequada (tabelas
ou gráficos), tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de tratamento estatístico.
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— Análise dos resultados: realizadas anteriores (Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos resulta-
dos obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou Inferencial, que tem por base a indução ou inferên-
cia, e tiramos desses resultados conclusões e previsões.
Censo
Principais propriedades:
- Admite erros processual zero e tem 100% de confiabilidade;
- É caro;
- É lento;
- É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em períodos de anos 10 em 10 anos);
Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não organizados, obtidos diretamente da observação
de um fenômeno coletivo.
— Gráficos
Os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, os quais costumam ser dispostos em
tabelas quando se realiza pesquisas estatísticas12. Eles trazem muito mais praticidade, principalmente quando
os dados não são discretos, ou seja, quando são números consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos
também apresentam de maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.
Elementos do Gráfico
Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em consideração alguns elementos que são
essenciais para sua melhor compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à necessidade de passar
uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, em um gráfico estatístico, não deve haver muitas
informações, devemos colocar nele somente o necessário.
As informações em um gráfico devem estar dispostas de maneira clara e verídica para que os resultados
sejam dados de modo coeso com a finalidade da pesquisa.”
Tipos de Gráficos
Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar dados, diagramas são gráficos
construídos em duas dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de representá-los. A seguir, listamos
alguns.
• Gráfico de Pontos
Também conhecido como Dotplot, é utilizado quando possuímos uma tabela de distribuição de frequência,
sendo ela absoluta ou relativa. O gráfico de pontos tem por objetivo apresentar os dados das tabelas de forma
resumida e que possibilite a análise das distribuições desses dados.
Exemplo: Suponha uma pesquisa, realizada em uma escola de educação infantil, na qual foram coletadas
as idades das crianças. Nessa coleta foi organizado o seguinte rol:
Rol: {1, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 5, 6}
12 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/graficos.htm
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Podemos organizar esses dados utilizando um Dotplot.
Observe que a quantidade de pontos corresponde à frequência de cada idade e o somatório de todos os
pontos fornece-nos a quantidade total de dados coletados.
• Gráfico de linha
É utilizado em casos que existe a necessidade de analisar dados ao longo do tempo, esse tipo de gráfico é
muito presente em análises financeiras. O eixo das abscissas (eixo x) representa o tempo, que pode ser dado
em anos, meses, dias, horas etc., enquanto o eixo das ordenadas (eixo y) representa o outro dado em questão.
Uma das vantagens desse tipo de gráfico é a possibilidade de realizar a análise de mais de uma tabela, por
exemplo.
Exemplo: Uma empresa deseja verificar seu faturamento em determinado ano, os dados foram dispostos
em uma tabela.
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Veja que nesse tipo de gráfico é possível ter uma melhor noção a respeito do crescimento ou do decrescimento
dos rendimentos da empresa.
• Gráfico de Barras
Tem como objetivo comparar os dados de determinada amostra utilizando retângulos de mesma largura e
altura. Altura essa que deve ser proporcional ao dado envolvido, isto é, quanto maior a frequência do dado,
maior deve ser a altura do retângulo.
Exemplo: Imagine que determinada pesquisa tem por objetivo analisar o percentual de determinada população
que acesse ou tenha: internet, energia elétrica, rede celular, aparelho celular ou tablet. Os resultados dessa
pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como este:
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• Gráfico de Colunas
Seu estilo é semelhante ao do gráfico de barras, sendo utilizado para a mesma finalidade. O gráfico de
colunas então é usado quando as legendas forem curtas, a fim de não deixar muitos espaços em branco no
gráfico de barra.
Exemplo: Este gráfico está, de forma genérica, quantificando e comparando determinada grandeza ao longo
de alguns anos.
• Gráfico de Setor
É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em setores, as áreas dos setores
são proporcionais às frequências dos dados, ou seja, quanto maior a frequência, maior a área do setor circular.
Exemplo: Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências diversas
para determinada grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a porcentagem de votação em candidatos em uma
eleição.
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• Histograma
O Histograma é uma ferramenta de análise de dados que apresenta diversos retângulos justapostos (barras
verticais)13.
Por esse motivo, ele se assemelha ao gráfico de colunas, entretanto, o histograma não apresenta espaço
entre as barras.
• Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem com um texto informativo. As imagens podem conter
alguns tipos de gráficos.
13 https://www.todamateria.com.br/tipos-de-graficos/
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— Tabelas
As tabelas são usadas para organizar algumas informações ou dados. Da mesma forma que os gráficos,
elas facilitam o entendimento, por meio de linhas e colunas que separam os dados.
Sendo assim, são usadas para melhor visualização de informações em diversas áreas do conhecimento.
Também são muito frequentes em concursos e vestibulares.
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Medidas de tendência central (média, moda e mediana)
Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo
número de elementos do conjunto.
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obteremos a média aritmética das alturas:
Média Ponderada
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adição e na qual cada elemento tem um “determi-
nado peso” é chamada média aritmética ponderada.
Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o número de termos da sequência que precedem xi é
igual ao número de termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn) em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média aritmética entre os termos xj e xj +1, tais que
o número de termos que precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é, a mediana é a
média aritmética entre os termos centrais da sequência (xn) em rol.
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio
desse rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
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{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Solução:
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética entre os dois termos centrais do rol.
Logo:
Resposta: Md=15
Moda (Mo)
Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2:
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de tendência central semelhantes podem apresentar carac-
terísticas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o grau de dispersão ou va-
riação dos dados em torno da média ou de qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
medidas de dispersão.
Variância
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um conjunto de números em relação à sua média
aritmética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim definido:
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua média aritmética. Chama-se variância desse
conjunto, e indica-se por , o número:
Isto é:
E para amostra
Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
39
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JOGO NÚMERO DE PONTOS
1 22
2 18
3 13
4 24
5 26
6 20
7 19
8 18
a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Solução:
a) A média de pontos por jogo é:
b) A variância é:
Desvio médio
Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma sequência. Esta medida representa a média das
distâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão
desse conjunto, e indica-se por , o número:
Isto é:
40
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Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m.
Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
— Sequência Numérica
Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica corresponde a uma função dentro de um
agrupamento de números.
De tal modo, os elementos agrupados numa sequência numérica seguem uma sucessão, ou seja, uma
ordem no conjunto14.
— Classificação
As sequências numéricas podem ser finitas ou infinitas, por exemplo:
SF = (2, 4, 6, ..., 8).
SI = (2,4,6,8...).
Note que quando as sequências são infinitas, elas são indicadas pelas reticências no final. Além disso, vale
lembrar que os elementos da sequência são indicados pela letra a. Por exemplo:
1° elemento: a1 = 2.
4° elemento: a4 = 8.
O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo representado por an. Nesse caso, o an da
sequência finita acima seria o elemento 8.
Assim, podemos representá-la da seguinte maneira:
14 https://www.todamateria.com.br/sequencia-numerica/
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SF = (a1, a2, a3,...,an).
SI = (a1, a2, a3, an...).
— Lei de Formação
A Lei de Formação ou Termo Geral é utilizada para calcular qualquer termo de uma sequência, expressa
pela expressão:
an = 2n² - 1
— Lei de Recorrência
A Lei da Recorrência permite calcular qualquer termo de uma sequência numérica a partir de elementos
antecessores:
an = a1 + (n – 1) . r
Alguns casos particulares são: uma PA de 3 termos é representada por (x - r, x, x + r) e uma PA de 5 termos
tem seus componentes representados por (x - 2r, x - r, x, x + r, x + 2r).
Tipos de PA
De acordo com o valor da razão, as progressões aritméticas são classificadas em 3 tipos:
2. Crescente: quando a razão for maior que zero e um termo a partir do segundo é maior que o anterior;
Exemplo: PA = (2, 4, 6, 8, 10, ...), onde r = 2
3. Decrescente: quando a razão for menor que zero e um termo a partir do segundo é menor que o anterior.
Exemplo: PA = (4, 2, 0, - 2, - 4, ...), onde r = - 2
As progressões aritméticas ainda podem ser classificadas em finitas, quando possuem um determinado
número de termos, e infinitas, ou seja, com infinitos termos.
15 https://www.todamateria.com.br/pa-e-pg/
42
1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Onde, n é o número de termos da sequência, a1 é o primeiro termo e an é o enésimo termo. A fórmula é útil
para resolver questões em que são dados o primeiro e o último termo.
Quando um problema apresentar o primeiro termo e a razão da PA, você pode utilizar a fórmula:
Essas duas fórmulas são utilizadas para somar os termos de uma PA finita.
Termo médio da PA
Para determinar o termo médio ou central de uma PA com um número ímpar de termos calculamos a média
aritmética com o primeiro e último termo (a1 e an):
Já o termo médio entre três números consecutivos de uma PA corresponde à média aritmética do antecessor
e do sucessor.
Exemplo: Dada a PA (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14) vamos determinar a razão, o termo médio e a soma dos termos.
1. Razão da PA
2. Termo médio
43
1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Onde,
q é a razão da PG;
a2 é o segundo termo;
a1 é o primeiro termo.
Uma progressão geométrica de n termos pode ser representada da seguinte forma:
Tipos de PG
De acordo com o valor da razão (q), podemos classificar as Progressões Geométricas em 4 tipos:
1. Crescente: com a razão q > 1 e termos positivos ou, 0 < q < 1 e termos negativos;
Exemplos:
PG: (3, 9, 27, 81, ...), onde q = 3.
PG: (-90, -30, -15, -5, ...), onde q = 1/3.
2. Decrescente: com a razão q > 1 e termos negativos ou, 0 < q < 1 e os termos positivos;
Exemplo:
PG: (-3, -9, -27, -81, ...), onde q = 3.
PG: (90, 30, 15, 5, ...), onde q = 1/3.
Essas fórmulas são utilizadas para uma PG finita. Caso a soma pedida seja de uma PG infinita com 0 < q <
1, a fórmula utilizada é:
44
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Termo Médio da PG
Para determinar o termo médio ou central de uma PG com um número ímpar de termos calculamos a média
geométrica com o primeiro e último termo (a1 e an):
Exemplo: Dada a PG (1, 3, 9, 27 e 81) vamos determinar a razão, o termo médio e a soma dos termos.
1. Razão da PG
2. Termo médio
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Cálculo algébrico: equações do 1° grau
— Equação do 1° Grau
Na Matemática, a equação é uma igualdade que envolve uma ou mais incógnitas16. Quem determina o “grau”
dessa equação é o expoente dessa incógnita, ou seja, se o expoente for 1, temos a equação do 1º grau. Se o
expoente for 2, a equação será do 2º grau; se o expoente for 3, a equação será de 3º grau. Exemplos:
4x + 2 = 16 (equação do 1º grau)
x² + 2x + 4 = 0 (equação do 2º grau)
x³ + 2x² + 5x – 2 = 0 (equação do 3º grau)
A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:
É importante dizer que a e b representam qualquer número real e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x
pode ser representada por qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor a ser encontrado
para o resultado da equação. O primeiro membro da equação são os números do lado esquerdo da igualdade,
e o segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade.
Nesse caso, o número que aparece do mesmo lado de x é o 4 e ele está somando. Para isolar a incógnita,
ele vai para o outro lado da igualdade fazendo a operação inversa (subtração):
2° exemplo:
O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro
lado da igualdade com a operação inversa, que é a soma:
16 https://escolakids.uol.com.br/matematica/equacao-primeiro-grau.htm#:~:text=Na%20Matem%C3%A-
1tica%2C%20a%20equa%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,equa%C3%A7%C3%A3o%20ser%C3%A1%20
de%203%C2%BA%20grau.
46
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3° exemplo:
Vamos analisar os números que estão no mesmo lado da incógnita, o 4 e o 2. O número 2 está somando
e vai para o outro lado da igualdade subtraindo e o número 4, que está multiplicando, passa para o outro lado
dividindo.
4° exemplo:
Esse exemplo envolve números negativos e, antes de passar o número para o outro lado, devemos sempre
deixar o lado da incógnita positivo, por isso vamos multiplicar toda a equação por -1.
Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele está somando, vamos subtrair o número 12 nos
dois membros da equação:
Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita será dividido por 3 nos dois membros da
equação:
47
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Raízes de uma equação algébrica
Propriedades Importantes
- Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes.
Exemplo: a equação x3 - x = 0 possui 3 raízes a saber: x = 0 ou x = 1 ou x = -1. Dizemos então que o con-
junto verdade ou conjunto solução da equação dada é S = {0, 1, -1}.
- Se b for raiz de P(x) = 0, então P(x) é divisível por (x – b). Esta propriedade é muito importante para abaixar
o grau de uma equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Briot-Ruffini.
- Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0, então o conjugado (a – bi) também será raiz.
Exemplo: qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se que três de suas raízes são os números 5, 3
+ 2i e 4 - 3i. Ora, pelo que acabamos de ver, se um número complexo é solução, então o seu conjugado também
será solução, assim sendo, os complexos conjugados 3 - 2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, concluímos que
o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui no mínimo 5 raízes.
- Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dizemos que m é uma raiz de grau de multiplici-
dade k.
Exemplo: a equação (x - 4)10 = 0 possui 10 raízes iguais a 4. Portanto 4 é raiz décupla ou de multiplicidade
10.
- Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0 for nula, então a unidade é raiz da equação
(1 é raiz).
Exemplo: 1 é raiz de 40x5 -10x3 + 10x - 40 = 0, pois a soma dos coeficientes é igual a zero, isto é, 40 – 10
+ 10 – 40 = 0.
- Toda equação de termo independente nulo, admite um número de raízes nulas igual ao menor expoente
da variável.
Exemplo: a equação 3x5 + 4x2 = 0 possui cinco raízes, das quais duas são nulas.
- Se x1 , x2 , x3 , ... , xn são raízes da equação a0xn + a1xn-1 + a2xn-2 + ... + an = 0, então ela pode ser escrita na
forma fatorada: a0(x – x1) . (x – x2) . (x – x3) . ... . (x – xn) = 0.
Exemplo: Se - 1, 2 e 53 são as raízes de uma equação do 3º grau, então podemos escrever: (x + 1) . (x – 2)
. (x – 53) = 0, que desenvolvida fica: x3 - 54x2 + 51x + 106 = 0.
Relações de Girard
São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica.
Para uma equação do 2º grau, da forma ax2 + bx + c = 0, já conhecemos as seguintes relações entre os
coeficientes e as raízes x1 e x2:
Soma: x1 + x2 = - b/a;
Produto: x1 . x2 = c/a.
Para uma equação do 3º grau, da forma ax3 + bx2 + cx + d = 0, sendo x1, x2 e x3 as raízes, temos as seguintes
relações de Girard:
x1 + x2 + x3 = - b/a;
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
x1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/a;
x1.x2.x3 = - d/a.
Para uma equação do 4º grau, da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0, sendo as raízes iguais a x1, x2, x3 e x4,
temos as seguintes relações de Girard:
x1 + x2 + x3 + x4 = -b/a;
x1.x2 + x1.x3 + x1.x4 + x2.x3 + x2.x4 + x3.x4 = c/a;
x1.x2.x3 + x1.x2.x3 + x1.x3.x4 + x2.x3.x4 = - d/a;
x1.x2.x3.x4 = e/a.
Teorema das Raízes Racionais
Seja a equação polinomial ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0, segundo o teorema, se o número racional for raiz
da equação polinomial, onde p e q são primos entre si, então “e” é divisível por p e “a” é divisível por q.
Exemplo
Queremos saber se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais: p deve ser divisor de 6, portanto:
±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração são p/q: ±6, ±3, ±2
e ±1. Substituindo esses valores na equação, descobrimos que 2 é uma de suas raízes. Como esse polinômio é
de grau 3 (x3) é necessário descobrir apenas uma raiz para determinar as demais. Se fosse de grau 4 (x4) preci-
saríamos descobrir duas raízes. As demais raízes podem facilmente ser encontradas utilizando-se o dispositivo
prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bháskara.
O Teorema de Bolzano
Também conhecido por “Teorema dos Valores Intermédios” ou ainda por “Teorema de Bolzano-Cauchy” é
muito usado na matemática por causa do seu corolário que permite verificar a existência ou não de zeros numa
função contínua num intervalo. O teorema refere o seguinte:
Se f é uma função contínua num intervalo [a,b], qualquer que seja o valor k compreendido entre f(a) e f(b),
existe pelo menos um valor c compreendido entre a e b tal que f(c) = k.
pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_do_valor_intermediário
Dada a função f(x), para um intervalo aberto ]a,b[, temos que:
f(a).f(b) < 0 → Existe um número ímpar de raízes no intervalo ]a,b[
f(a).f(b) > 0 → Existe um número par, ou zero raízes no intervalo ]a,b[
f(a).f(b) = 0 → a ou b é raiz.
49
1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Esse teorema é bastante intuitivo, pois se f(a). f(b) possui um produto negativo, significa que os sinais de f(a)
e f(b) são diferentes, e portanto f(a) e f(b) estão em lados opostos em relação ao eixo x. Com isso, temos que a
função deve ter cruzado o eixo x um número ímpar de vezes (logo há um número ímpar de raízes no intervalo
dado). Se f(a).f(b) >0, os dois estão no mesmo lado em relação ao eixo x. Com isso, f cruzou o eixo um número
par ou 0 vezes. Se f(a).f(b) = 0, implica que f(a) = 0 ou f(b)=0, logo temos que a ou b são raízes.
Temos também a Regra de Descartes que determina o número de raízes positivas e negativas de um poli-
nômio.
De acordo com essa regra, se os termos de um polinômio com coeficientes reais são colocados em ordem
decrescente de grau, então o número de raízes positivas do polinômio é ou igual ao número de permutações
de sinal ou menor por uma diferença par. Mais precisamente falando, o número de permutações é igual ao
número de raízes positivas acrescido do número de raízes imaginárias (que sempre acontecem aos pares em
polinômios de coeficientes reais).
Por exemplo, x³ + x² - 5x + 3, observe que esse polinômio possui uma mudança de sinal entre o segundo
e o terceiro termo e também entre o terceiro e o quarto termo, ou seja, possui duas variações de sinal, assim
possui duas raízes positivas, agora substituindo x por – x teremos, , - x³ + x² + 5x + 3, que possui apenas uma
variação de sinal, entre o primeiro e o segundo termo, assim só possui uma raiz negativa.
Funções: conceitos de função (funções reais de uma variável, gráfico, domínio e ima-
gem). Funções polinomiais
Na Matemática, função corresponde a uma associação dos elementos de dois conjuntos, ou seja, a função
indica como os elementos estão relacionados17.
Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada elemento pertencente ao conjunto A a um único
elemento que compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não pode estar ligado a dois valores de B.
17 https://www.todamateria.com.br/funcao/
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, “multiplicar por 2” é a função e os valores de B {2, 4,
6, 8}, que se ligam aos elementos de A, são os valores de saída.
Portanto, para essa função:
- O domínio é {1, 2, 3, 4};
- O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8};
- O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}.
Tipos de Funções
As funções recebem classificações de acordo com suas propriedades. Confira a seguir os principais tipos.
Função Sobrejetora
Na função sobrejetora o contradomínio é igual ao conjunto imagem. Portanto, todo elemento de B é imagem
de pelo menos um elemento de A.
Notação: f: A → B, ocorre a Im(f) = B
Exemplo:
Função Injetora
Na função injetora todos os elementos de A possuem correspondentes distintos em B e nenhum dos
elementos de A compartilham de uma mesma imagem em B. Entretanto, podem existir elementos em B que
não estejam relacionados a nenhum elemento de A.
Exemplo:
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Para a função acima:
- O domínio é {0, 3, 5};
- O contradomínio é {1, 2, 5, 8};
- O conjunto imagem é {1, 5, 8}.
Função Bijetora
Na função bijetora os conjuntos apresentam o mesmo número de elementos relacionados. Essa função
recebe esse nome por ser ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.
Exemplo:
Função Afim
A função afim, também chamada de função do 1º grau, é uma função f: ℝ→ℝ, definida como f(x) = ax + b,
sendo a e b números reais18. As funções f(x) = x + 5, g(x) = 3√3x - 8 e h(x) = 1/2 x são exemplos de funções afim.
Neste tipo de função, o número a é chamado de coeficiente de x e representa a taxa de crescimento ou taxa
de variação da função. Já o número b é chamado de termo constante.
18 https://www.todamateria.com.br/funcao-afim/
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Sendo assim, iremos calcular a função para os valores de x iguais a: - 2, - 1, 0, 1 e 2. Substituindo esses
valores na função, temos:
f (- 2) = 2. (- 2) + 3 = - 4 + 3 = - 1
f (- 1) = 2 . (- 1) + 3 = - 2 + 3 = 1
f (0) = 2 . 0 + 3 = 3
f (1) = 2 . 1 + 3 = 5
f (2) = 2 . 2 + 3 = 7
Os pontos escolhidos e o gráfico da f (x) são apresentados na imagem abaixo:
No exemplo, utilizamos vários pontos para construir o gráfico, entretanto, para definir uma reta bastam dois
pontos.
Para facilitar os cálculos podemos, por exemplo, escolher os pontos (0,y) e (x,0). Nestes pontos, a reta da
função corta o eixo Ox e Oy respectivamente.
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Ao passo que, quando b = 0 e a = 1 a função é chamada de função identidade. O gráfico da função f (x) = x
(função identidade) é uma reta que passa pela origem (0,0).
Além disso, essa reta é bissetriz do 1º e 3º quadrantes, ou seja, divide os quadrantes em dois ângulos iguais,
conforme indicado na imagem abaixo:
Temos ainda que, quando o coeficiente linear é igual a zero (b = 0), a função afim é chamada de função
linear. Por exemplo as funções f (x) = 2x e g (x) = - 3x são funções lineares.
O gráfico das funções lineares são retas inclinadas que passam pela origem (0,0).
Representamos abaixo o gráfico da função linear f (x) = - 3x:
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Função Crescente e Decrescente
Uma função é crescente quando ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x) será
também cada vez maior.
Já a função decrescente é aquela que ao atribuirmos valores cada vez maiores para x, o resultado da f (x)
será cada vez menor.
Para identificar se uma função afim é crescente ou decrescente, basta verificar o valor do seu coeficiente
angular.
Se o coeficiente angular for positivo, ou seja, a é maior que zero, a função será crescente. Ao contrário, se a
for negativo, a função será decrescente.
Por exemplo, a função 2x - 4 é crescente, pois a = 2 (valor positivo). Entretanto, a função - 2x + - 4 é
decrescente visto que a = - 2 (negativo). Essas funções estão representadas nos gráficos abaixo:
A função quadrática, também chamada de função polinomial de 2º grau, é uma função representada pela
seguinte expressão19:
f(x) = ax² + bx + c
Onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.
19 https://www.todamateria.com.br/funcao-quadratica/
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Exemplo:
f(x) = 2x² + 3x + 5,
sendo,
a=2
b=3
c=5
Nesse caso, o polinômio da função quadrática é de grau 2, pois é o maior expoente da variável.
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(Equação I)
a-b+c=8
a - (- 3) + 4 = 8
a=-3+4
a=1
Sendo assim, os coeficientes da função quadrática dada são:
a=1
b=-3
c=4
— Raízes da Função
As raízes ou zeros da função do segundo grau representam aos valores de x tais que f(x) = 0. As raízes da
função são determinadas pela resolução da equação de segundo grau:
f(x) = ax² +bx + c = 0
Para resolver a equação do 2º grau podemos utilizar vários métodos, sendo um dos mais utilizados é
aplicando a Fórmula de Bhaskara, ou seja:
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— Gráfico da Função Quadrática
O gráfico das funções do 2º grau são curvas que recebem o nome de parábolas. Diferente das funções do
1º grau, onde conhecendo dois pontos é possível traçar o gráfico, nas funções quadráticas são necessários
conhecer vários pontos.
A curva de uma função quadrática corta o eixo x nas raízes ou zeros da função, em no máximo dois pontos
dependendo do valor do discriminante (Δ). Assim, temos:
- Se Δ > 0, o gráfico cortará o eixo x em dois pontos;
- Se Δ < 0, o gráfico não cortará o eixo x;
- Se Δ = 0, a parábola tocará o eixo x em apenas um ponto.
Existe ainda um outro ponto, chamado de vértice da parábola, que é o valor máximo ou mínimo da função.
Este ponto é encontrado usando-se a seguinte fórmula:
O vértice irá representar o ponto de valor máximo da função quando a parábola estiver voltada para baixo e
o valor mínimo quando estiver para cima.
É possível identificar a posição da concavidade da curva analisando apenas o sinal do coeficiente a. Se o
coeficiente for positivo, a concavidade ficará voltada para cima e se for negativo ficará para baixo, ou seja:
Assim, para fazer o esboço do gráfico de uma função do 2º grau, podemos analisar o valor do a, calcular os
zeros da função, seu vértice e o ponto em que a curva corta o eixo y, ou seja, quando x = 0.
A partir dos pares ordenados dados (x, y), podemos construir a parábola num plano cartesiano, por meio da
ligação entre os pontos encontrados.
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Funções exponenciais e funções logarítmicas.
Função Exponencial é aquela que a variável está no expoente e cuja base é sempre maior que zero e
diferente de um20.
Essas restrições são necessárias, pois 1 elevado a qualquer número resulta em 1. Assim, em vez de
exponencial, estaríamos diante de uma função constante.
Além disso, a base não pode ser negativa, nem igual a zero, pois para alguns expoentes a função não estaria
definida.
Por exemplo, a base igual a - 3 e o expoente igual a 1/2. Como no conjunto dos números reais não existe
raiz quadrada de número negativo, não existiria imagem da função para esse valor.
Exemplos:
f(x) = 4x
f(x) = (0,1)x
f(x) = (⅔)x
Nos exemplos acima 4, 0,1 e ⅔ são as bases, enquanto x é o expoente.
20 https://www.todamateria.com.br/funcao-exponencial/
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Observando a tabela, notamos que quando aumentamos o valor de x, a sua imagem também aumenta.
Abaixo, representamos o gráfico desta função.
Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que zero e menores que 1, são decrescentes. Por
exemplo, f(x) = (1/2)x é uma função decrescente.
Calculamos a imagem de alguns valores de x e o resultado encontra-se na tabela abaixo.
Notamos que para esta função, enquanto os valores de x aumentam, os valores das respectivas imagens
diminuem. Desta forma, constatamos que a função f(x) = (1/2)x é uma função decrescente.
Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico dessa função. Note que quanto maior o x, mais
perto do zero a curva exponencial fica.
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— Função Logarítmica
A função logarítmica de base a é definida como f (x) = loga x, com a real, positivo e a ≠ 121. A função inversa
da função logarítmica é a função exponencial.
O logaritmo de um número é definido como o expoente ao qual se deve elevar a base a para obter o número
x, ou seja:
Exemplos:
f (x) = log3 x
g (x) =
h (x) = log10 x = log x
21 https://www.todamateria.com.br/funcao-logaritmica/
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— Função Crescente e Decrescente
Uma função logarítmica será crescente quando a base a for maior que 1, ou seja, x1 < x2 loga x1 < loga
x2. Por exemplo, a função f (x) = log2 x é uma função crescente, pois a base é igual a 2.
Para verificar que essa função é crescente, atribuímos valores para x na função e calculamos a sua imagem.
Os valores encontrados estão na tabela abaixo.
Observando a tabela, notamos que quando o valor de x aumenta, a sua imagem também aumenta. Abaixo,
representamos o gráfico desta função.
Por sua vez, as funções cujas bases são valores maiores que zero e menores que 1 são decrescentes,
ou seja, x1 < x2 loga x1 > loga x2. Por exemplo, é uma função decrescente, pois a base é igual a .
Calculamos a imagem de alguns valores de x desta função e o resultado encontra-se na tabela abaixo:
Notamos que, enquanto os valores de x aumentam, os valores das respectivas imagens diminuem. Desta
forma, constatamos que a função é uma função decrescente.
Com os valores encontrados na tabela, traçamos o gráfico dessa função. Note que quanto menor o valor de
x, mais perto do zero a curva logarítmica fica, sem, contudo, cortar o eixo y.
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
— Funções Trigonométricas
As funções trigonométricas são as funções relacionadas aos triângulos retângulos, que possuem um ângulo
de 90°. São elas: seno, cosseno e tangente.
As funções trigonométricas estão baseadas nas razões existentes entre dois lados do triângulo em função
de um ângulo.
Elas são formadas por dois catetos (oposto e adjacente) e a hipotenusa:
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Análise combinatória e probabilidade. Princípio fundamental de contagem. Combina-
ção, arranjo e permutação simples. Probabilidade de um evento.
A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos e técnicas que permitem
resolver problemas relacionados com contagem22.
Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das combinações
possíveis entre um conjunto de elementos.
Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches podemos
escolher. Assim, identificamos que existem 24 combinações possíveis.
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as diferentes
possibilidades de lanches, basta multiplicar o número de opções de sanduíches, bebidas e sobremesa.
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24.
Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.
— Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas relacionados com
contagem. Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução muito trabalhosa.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas características.
Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
22 https://www.todamateria.com.br/analise-combinatoria/
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1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma ferramenta muito
utilizada em problemas de contagem, que é o fatorial.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus antecessores.
Utilizamos o símbolo ! para indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo:
0! = 1.
1! = 1.
3! = 3.2.1 = 6.
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040.
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3.628.800.
Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme cresce o número. Então, frequentemente usamos
simplificações para efetuar os cálculos de análise combinatória.
— Arranjos
Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos mesmos.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão:
Exemplo: Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e um
vice-representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o representante e o segundo
mais votado o vice-representante.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse caso, a ordem
é importante, visto que altera o resultado.
— Permutações
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número de elementos (n) do agrupamento é igual ao
número de elementos disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando o número de elementos é igual ao número de
agrupamentos. Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1 na permutação.
Assim a permutação é expressa pela fórmula:
Exemplo: Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se sentar em
um banco com 6 lugares.
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao número de pessoas,
iremos usar a permutação:
65
1811872 E-book gerado especialmente para NARA SILVEIRA CUNHA
Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas se sentarem neste banco.
— Combinações
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos elementos não é importante, entretanto, são
caracterizadas pela natureza dos mesmos.
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte
expressão:
Exemplo: A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma comissão
organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.
De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser formada?
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é relevante. Isso quer
dizer que escolher Maria, João e José é equivalente a escolher João, José e Maria.
Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fatorial de 10 em produto, mas conservamos o
fatorial de 7, pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do denominador.
Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.
Sendo:
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Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação, conforme indicado abaixo:
Assim, existem 50 063 860 modos distintos de sair o resultado. A probabilidade de acertarmos então será
calculada como:
— Probabilidade
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos aleatórios e
através dela é possível analisar as chances de um determinado evento ocorrer23.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na ocorrência dos resultados
possíveis de experimentos, cujos resultados não podem ser determinados antecipadamente. Probabilidade é a
medida da chance de algo acontecer.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor que varia de 0 a 1
e, quanto mais próximo de 1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua ocorrência.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da loteria premiado ou
conhecer as chances de um casal ter 5 filhos, todos meninos.
— Experimento Aleatório
Um experimento aleatório é aquele que não é possível conhecer qual resultado será encontrado antes de
realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar resultados diferentes e
essa inconstância é atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta uma distribuição
homogênea de massa) para o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza qual das 6 faces estará
voltada para cima.
— Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são igualmente prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um determinado resultado através da divisão
entre o número de eventos favoráveis e o número total de resultados possíveis:
Sendo:
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
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Exemplo: Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?
Solução: Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento “sair um número
menor que 3” tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:
— Ponto Amostral
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um experimento aleatório.
Exemplo: Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e verificar a face voltada para cima, temos os
pontos amostrais cara e coroa. Cada resultado é um ponto amostral.
— Espaço Amostral
Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral corresponde ao conjunto de todos os pontos amostrais,
ou, resultados possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho, o espaço amostral corresponde às 52 cartas que
compõem este baralho.
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um dado, são as seis faces que o compõem:
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
A quantidade de elementos em um conjunto chama-se cardinalidade, expressa pela letra n seguida do
símbolo do conjunto entre parênteses.
Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento lançar um dado é n(Ω) = 6.
— Tipos de Eventos
Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um experimento aleatório.
Evento certo
O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.
Exemplo: Em uma delegação feminina de atletas, uma ser sorteada ao acaso e ser mulher.
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Evento Impossível
O conjunto do evento é vazio.
Exemplo: Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas de 1 a 20 e que todas as bolas são vermelhas.
O evento “tirar uma bola vermelha” é um evento certo, pois todas as bolas da caixa são desta cor. Já o
evento “tirar um número maior que 30”, é impossível, visto que o maior número na caixa é 20.
Evento Complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral, sendo um evento complementar ao outro.
Exemplo: No experimento lançar uma moeda, o espaço amostral é Ω = {cara, coroa}.
Seja o evento A sair cara, A = {cara}, o evento B sair coroa é complementar ao evento A, pois, B={coroa}.
Juntos formam o próprio espaço amostral.
— Probabilidade Condicional
A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre eventos de um espaço amostral equiprovável.
Nestas circunstâncias, a ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada a ocorrência do evento B.
A probabilidade do evento A dado o evento B é definida por:
— Geometria Plana
É a área da matemática que estuda as formas que não possuem volume. Triângulos, quadriláteros, retângulos,
circunferências são alguns exemplos de figuras de geometria plana (polígonos)24.
Para geometria plana, é importante saber calcular a área, o perímetro e o(s) lado(s) de uma figura a partir
das relações entre os ângulos e as outras medidas da forma geométrica.
Algumas fórmulas de geometria plana:
24 https://bityli.com/BMvcWO
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— Teorema de Pitágoras
Uma das fórmulas mais importantes para esta frente matemática é o Teorema de Pitágoras.
Em um triângulo retângulo (com um ângulo de 90º), a soma dos quadrados dos catetos (os “lados” que
formam o ângulo reto) é igual ao quadrado da hipotenusa (a aresta maior da figura).
Teorema de Pitágoras: a² + b² = c²
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- b e c são catetos;
- m e n são projeções ortogonais;
- h é altura.
— Teorema de Tales
O Teorema de Tales é uma propriedade para retas paralelas.
Polígonos
O perímetro é a soma de todos os lados da figura, ou seja, o comprimento do polígono.
Onde A é a área da figura, veja as principais fórmulas:
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Fórmulas da Circunferência
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Mediana e mediatriz
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice
a um ponto do lado oposto.
Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é
perpendicular a esse lado.
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Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Exercícios
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(D) 9.
(E) 10.
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6. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE ADMINISTRATIVO - IBADE/2020
Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava R$ 400,00. Após negociação o vendedor
aplicou um desconto de R$ 25,00. O valor percentual de desconto foi de:
(A) 5,57%
(B) 8,75%
(C) 12,15%
(D) 6,25%
(E) 6,05%
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10. UEPA - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - FADESP/2020
Doze funcionários de um escritório de contabilidade trabalham 8 horas por dia, durante 25 dias, para atender a
um certo número de clientes. Se dois funcionários adoecem e precisam ser afastados por tempo indeterminado,
o total de dias que os funcionários restantes levarão para atender ao mesmo número de pessoas, trabalhando
2 horas a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será de:
(A) 23 dias.
(B) 24 dias.
(C) 25 dias.
(D) 26 dias.
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(A) A razão da PA é igual a 9.
(B) Para aplicar a fórmula do somatório dos termos da PA, se faz necessário o conhecimento de sua razão.
(C) O trigésimo termo da PA é igual a 284.
(D) O trigésimo quinto termo da PA é igual a 263.
(E) O somatório dos dez primeiros termos da PA é igual a 635.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Sabendo que o ângulo central do setor que representa a pergunta 4 mede 135º, é correto afirmar que o
número de pessoas que respondeu a essa pergunta foi:
(A) 70.
(B) 75.
(C) 80.
(D) 85.
(E) 90.
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17. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS - VUNESP/2020
Uma faculdade realizará a Semana da Educação. Veja no gráfico as inscrições que foram realizadas para
cada modalidade oferecida na Semana da Educação.
De acordo com a tabela, a escola de Ensino Fundamental do município de Linda Flor que possui a maior
quantidade de alunos matriculados é:
(A) Carlos Silva.
(B) Dulce da Costa.
(C) Mário Gomes.
(D) Nilce Modesto.
(E) Osvaldo Bastos.
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(A) 81 cm.
(B) 82 cm.
(C) 83 cm.
(D) 84 cm.
(E) 85 cm.
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(D) dg + jk + dj + dk + gj + gk
(E) dg² + jk + dj + dk + gj + gk²
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Gabarito
1 C
2 E
3 B
4 D
5 CERTO
6 D
7 B
8 D
9 C
10 B
11 B
12 D
13 C
14 D
15 E
16 E
17 C
18 B
19 D
20 B
21 C
22 D
23 B
24 C
25 C
82
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