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Capítulo I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Seção I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º A Política Municipal de Saneamento Básico reger-se-á pelas disposições desta lei,
de seus regulamentos e das normas administrativas deles decorrentes e tem por finalidade
assegurar a proteção à saúde da população e à salubridade do meio ambiente urbano e
rural, além de disciplinar o planejamento e a execução das ações, obras e serviços de
saneamento básico do município.
Art. 4º Não constitui serviço público a ação de saneamento executado por meio de
soluções individuais.
Seção II
Dos Princípios
I - universalização do acesso;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos
sólidos realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
X - controle social;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Seção III
Dos Objetivos
IV - assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público
dê-se segundo critérios de promoção da salubridade sanitária, de maximização da relação
benefício-custo e de maior retorno social;
Seção IV
Das Diretrizes Gerais
VIII - a bacia hidrográfica deverá ser considerada como unidade de planejamento para fins
de elaboração/revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, compatibilizando-se com
o Plano Municipal de Saúde e de Meio Ambiente, com o Plano Diretor Municipal e outros
planos correlatos, quando houver;
Capítulo II
DO SISTEMA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Seção I
Da Composição
Art. 9ºA Política Municipal de Saneamento Básico contará, para execução das ações dela
decorrentes, com o Sistema Municipal de Saneamento Básico.
Seção II
Do Plano Municipal de Saneamento Básico
I - diagnóstico da situação atual e seus impactos nas condições de vida, com base em
sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais, socioeconômicos e
apontando as principais causas das deficiências detectadas;
III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo
Art. 14O Plano Municipal de Saneamento Básico, instituído por esta lei, será avaliado
anualmente e revisado a cada 4 (quatro) anos.
Seção III
Da Conferência Municipal de Saneamento Básico
Básico.
§ 1º A Primeira Conferência será convocada em até doze meses após a publicação desta
Lei Complementar.
Seção IV
Do Conselho Municipal de Saneamento Básico
VIII - articular-se com outros conselhos existentes no Município e no Estado com vistas à
implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico;
XIII - solicitar sempre que houver interesse de algum dos membros do Conselho os
contratos, balancetes, licitações e projetos dos prestadores de serviço de forma a garantir o
controle social.
Seção V
Do Fundo Municipal de Saneamento Básico
Parágrafo único. O Fundo Municipal de Saneamento ficará vinculado à SAMAE e terá uma
coordenação definida pelo Prefeito Municipal.
Seção VI
Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico
Capítulo III
DOS DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS
Art. 23 São direitos dos usuários dos serviços de saneamento básico prestados:
V - ao ambiente salubre;
VI - o prévio conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem
estar sujeitos;
Art. 24 São deveres dos usuários dos serviços de saneamento básico prestados:
I - o pagamento das taxas, tarifas e preços públicos cobrados pela Administração Pública;
V - primar pela retenção das águas pluviais no imóvel, visando a sua infiltração no solo ou
seu aproveitamento;
VI - colaborar com a limpeza pública, zelando pela salubridade dos bens públicos e dos
imóveis sob sua responsabilidade;
Capítulo IV
DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
Art. 27Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue
à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente
regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir
Capítulo V
DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
§ 1º Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das tarifas,
preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observarão as seguintes
diretrizes:
III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o
cumprimento das metas e objetivos do serviço;
Art. 30 Os serviços de saneamento básico poderão ser interrompidos pelo prestador nas
seguintes hipóteses:
§ 2º A suspensão dos serviços prevista nos incisos III e V do caput deste artigo será
precedida de prévio aviso ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a
suspensão.
Capítulo VI
DA REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
Art. 31A regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico serão realizadas por
órgão administrativo com autonomia administrativa, orçamentária e financeira, gozando de
independência decisória perante os demais órgãos da Administração Pública.
III - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos
como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência, eficácia dos
serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.
Art. 33A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e
social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
§ 1º As normas a que se refere o caput deste artigo fixarão prazo para os prestadores de
serviços comunicarem aos usuários as providências adotadas em face de queixas ou de
reclamações relativas aos serviços.
Art. 34Os prestadores dos serviços de saneamento básico deverão fornecer à entidade
reguladora todos os dados e informações necessárias para o desempenho de suas
§ 1º Incluem-se entre os dados e informações a que se refere o caput deste artigo aquelas
produzidas por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer
materiais e equipamentos específicos.
Capítulo VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 36Será instituído por ato do Poder Executivo no prazo de 60 (sessenta) dias o
Regimento Interno do Conselho Municipal de Saneamento Básico e do Fundo Municipal de
Saneamento Básico.
Art. 38 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.