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ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE MADRE DE DEUS


GABINETE DA PREFEITA

LEI Nº 395/2006
DE 26 DE outubro DE 2006
“Aprova o Plano Diretor de Madre de Deus, define o perímetro urbano e dá outras
providências.”
A PREFEITA MUNICIPAL DE MADRE DE DEUS, Estado da Bahia, no uso
de suas atribuições, faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a
seguinte Lei:

TITULO I
DIRETRIZES GERAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica aprovado e instituído o Plano Diretor de Madre de Deus, instrumento
normativo da política de desenvolvimento urbano ambientalmente sustentável do
Município.
Art. 2º O Plano Diretor, como instrumento básico de política urbana, contém, na forma
prescrita pela legislação pertinente:
I – o sistema de gestão participativa para o acompanhamento e controle da
implementação do Plano Diretor, com o acompanhamento da sociedade civil;
II - a delimitação das zonas e a indicação de onde poderão ser aplicados os
instrumentos urbanísticos previstos na legislação federal;
III - as ações aprovadas para o desenvolvimento municipal.
Art. 3º Integram esta Lei os seguintes Anexos:
I – Mapas:
a) Mapa 01 – Zoneamento Urbano Ambiental da Sede de Madre de Deus;
b) Mapa 02 - Sistema Viário da Sede de Madre de Deus;
II – Quadros:
a) Quadro 1 - Grupos e Subgrupos de Uso;
b) Quadro 2 - Usos Permitidos por Zona;
c) Quadro 3 - Padrões de Ocupação;
d) Quadro 4 - Instrumentos Urbanísticos aplicáveis às Zonas do Município de Madre
de Deus;
e) Quadro 5 - Características Físicas do Sistema Viário.
III – Diretrizes Setoriais de Desenvolvimento Municipal:
a) Quadro 1 - Desenvolvimento Social
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b) Quadro 2 - Desenvolvimento Econômico.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
Art. 4º A promoção do desenvolvimento urbano e ambiental da cidade tem como
princípios o cumprimento das suas funções sociais e da propriedade urbana, com
respeito ao meio ambiente, nos termos da Lei Orgânica, garantindo:
I- a gestão democrática, participativa e descentralizada;
II - a promoção do bem-estar social e qualidade de vida, reduzindo os efeitos da
pobreza e das desigualdades sociais;
III - a conservação dos ecossistemas e recursos naturais;
IV - a preservação da cultura regional;
V - o fortalecimento do papel do poder público na promoção de estratégias de
financiamento que possibilitem o cumprimento dos planos, e projetos em condições de
máxima eficiência;
VI - a articulação das estratégias de desenvolvimento da cidade no contexto regional,
estadual e nacional;
VII - a promoção do desenvolvimento econômico e social atrelado à auto-
sustentabilidade, competitividade e maior rentabilidade;
VIII - o fortalecimento da regulação pública sobre o solo urbano mediante a utilização
de instrumentos redistributivos da renda urbana e da terra e controle sobre o
ordenamento o uso e ocupação do solo da cidade;
IX - a integração entre os órgãos e conselhos municipais, promovendo a atuação
coordenada do desenvolvimento e aplicação das estratégias e metas do Plano e dos
projetos.
Art. 5º O Plano Diretor tem como objetivos gerais:
I- reduzir as desigualdades internas;
II - estabelecer um quadro de maior produtividade, de melhor distributividade e de
mais fraternidade e solidariedade na sociedade local;
III - elevar o nível de qualidade de vida da população;
IV - ampliar a consciência ecológica;
V- ampliar a acessibilidade às oportunidades de trabalho produtivo, e
VI - estimular o consumo de bens sociais e culturais.
Art. 6º São objetivos específicos do Plano Diretor:
I- universalizar o acesso à educação -
formal e cidadã -, preparando o ser humano para as práticas do convívio harmonioso e
produtivo da vida em sociedade, numa perspectiva de se garantir os direitos e deveres
do cidadão;
II - promover a educação para o trabalho,
realizando objetivamente a capacitação profissional pela habilitação individual
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qualificada em artes e ofícios, que facilite a inserção do cidadão na cadeia produtiva, na
geração de renda e no acesso ao consumo de bens e serviços;
III - incentivar o surgimento de alternativas de
produção econômica, tais como microempresas e cooperativas, provendo-as do apoio
necessário técnico-gerencial e creditício;
IV - implantar programas criativos e
alternativos de governo que favoreçam e estimulem a articulação intergovernamental e
fortaleçam a organização intermunicipal, ao tempo que não demandem investimentos
indisponíveis, quer para a implantação como para a operação e manutenção;
V- adequar a estrutura administrativa
municipal a esta nova realidade ampliando a sua sintonia com as demandas locais e com
os objetivos do desenvolvimento sustentável, para que melhor sejam assumidas as
responsabilidades e tarefas decorrentes da gestão dos recursos transferidos no processo
de municipalização dos serviços de educação, saúde, trânsito, meio ambiente, merenda
escolar;
VI - promover ações pró-ativas,
descentralizadas e integradas no sentido de desenvolver no âmbito da administração
municipal, uma cultura de captação de recursos, estimulando políticas públicas que
proporcionem a inserção dos interesses municipais no elenco preexistente dos
programas nas esferas estadual e federal e viabilizem, técnica e politicamente, a
capacitação junto às fontes de financiamento disponíveis;
VII - desenvolver um comportamento que
estimule a ocorrência de manifestações de empreendimentos econômicos originados
pelas comunidades;
VIII - privilegiar o apoio às atividades
econômicas vinculadas a industria do turismo e à da pesca, estimulando a capacidade de
além da receita gerada, promover através do rebaixamento do custo do alimento, a
melhoria dos níveis de saúde e bem estar da população local, e dos ganhos de
produtividade tanto do aprendizado como no produto econômico;
CAPÍTULO III
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
PARTICIPATIVA
Seção I
Diretrizes Gerais
Art.7º O processo de planejamento deverá ser contínuo, dinâmico e flexível e baseado
na avaliação da realidade presente e na análise dos planos, programas e projetos
existentes e propostos, com os seguintes objetivos:
I- identificar as necessidades prioritárias de
intervenção pública;
II - fornecer os subsídios necessários para a
definição de diretrizes gerais da política de desenvolvimento urbano;
III - estabelecer os meios de
operacionalização do Plano Diretor;
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IV - instituir um processo permanente e
sistematizado de atualização do Plano Diretor;
V- fornecer subsídios para a elaboração de
programas e projetos executivos.
Art. 8º Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Participativa,
fundamentado:
I – na promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade;
II – na publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
III – no acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
Parágrafo único. São atribuições dos componentes do Sistema Municipal de
Planejamento e Gestão Participativa:
I- elaborar e coordenar a execução
integrada dos planos e projetos, promovendo sua viabilização junto ao processo de
elaboração do orçamento municipal;
II - informar e orientar acerca da legislação
urbanística e ambiental municipal;
III - estabelecer fluxos permanentes de
informação entre as suas unidades componentes, a fim de facilitar o processo de
decisão;
IV - aplicar a legislação do Município
atinente ao desenvolvimento urbano ambiental, estabelecendo interpretação uniforme;
V- monitorar a aplicação do Plano Diretor
com vistas à melhoria da qualidade de vida;
VI - promover, a cada gestão administrativa,
uma Conferência Municipal para a avaliação do Plano Diretor.
Art. 9º O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Participativa terá a seguinte
composição:
I – Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, órgão superior, com caráter
deliberativo, formado para a discussão de proposições e projetos de desenvolvimento e
acompanhamento da implementação do Plano Diretor e de suas atualizações e da
política do meio ambiente;
II – Conselho Municipal de Proteção e Preservação Ambiental – COMPRAM, criado
pela Lei n° 229, de 12 de abril de 2002;
III – Conselhos de Desenvolvimento Local, colegiados formados na forma prevista no
art. 11, desta Lei;
IV – Secretaria de Infra-estrutura e Serviços Públicos (SIESP), que coordenará as ações
e executará a política de desenvolvimento urbano; e
V – os órgãos setoriais da administração municipal.
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Seção II
Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
Art. 10. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano terá as seguintes
atribuições:
I- estabelecer as diretrizes do
desenvolvimento urbano;
II - planejar e ordenar o uso e ocupação do
solo do Município, através da elaboração, monitoramento e revisão dos planos e
projetos, visando a sua permanente atualização;
III - consolidar e organizar as informações
essenciais ao processo de desenvolvimento do Município;
IV - gerenciar a normatização necessária ao
planejamento urbano;
V- avaliar a execução do Plano Diretor, seus
planos específicos, programas e projetos e redirecionar suas diretrizes;
VI - aprovar os projetos estratégicos e de
impacto para o desenvolvimento da Cidade;
VII - realizar debates regionais sobre o
planejamento, desenvolvimento urbano e meio ambiente; e
VIII - acompanhar a movimentação e aprovar
as contas do Fundo de Desenvolvimento Urbano, do Fundo Municipal de Meio
Ambiente e do Fundo Municipal de Habitação, quando instituídos.
§1º O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano será composto por
representantes:
I - do Poder Público;
II - de organizações representativas de interesses econômicos, inclusive de profissionais
liberais
III – de organizações da sociedade civil sem finalidade econômica;
IV - dos Conselhos de Desenvolvimento Local, para representar os moradores da Ilha
de Maria Guarda e de outros povoados, quando o assunto sob apreciação e deliberação
for de seu legítimo interesse.
§2º O Para dar suporte às decisões técnico-administrativas o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano poderá criar Comissões Técnicas com características
diferenciadas, segundo seu objeto.
§3º O regimento do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano será aprovado por
ato do Poder Executivo.
Seção III
Conselhos de Desenvolvimento Local
Art. 11. Ficam criados os Conselhos de Desenvolvimento Local, colegiados formado
por organizações com objetivos estatutários voltados para a defesa de interesses dos
moradores.
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Parágrafo único. Os Conselhos de Desenvolvimento Local constituirão células
integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e sua estrutura e
funcionamento serão definidos pelo respectivo regimento.
Seção IV
Órgão Competente
Art. 12. Compete à Secretaria de Infra-estrutura e Serviços Públicos (SIESP),
independentemente de outras atribuições que lhe forem cometidas por lei:
I- coordenar as diversas atividades
relacionadas à execução e atualização do Plano Diretor ambientalmente sustentável e
proceder à sua revisão periódica, não ultrapassando o prazo de 10 (dez) anos;
II - articular políticas e ações com os demais
órgãos municipais e com os outros organismos governamentais e não governamentais,
estabelecendo formas de integração entre os componentes do Sistema de Planejamento e
Gestão Participativa;
III - implementar os planos e projetos através
da aplicação dos instrumentos de ordenação do uso do solo urbano e da promoção de
convênios ou acordos públicos e ou privados;
IV - implementar e acompanhar a atualização
do Sistema de Informações Municipal, criado por esta Lei;
V- elaborar os projetos de lei para alteração
à legislação urbanística e encaminhar aqueles de iniciativa popular; e
VI - aprovar os licenciamentos,
encaminhando aqueles com indícios de potencial impacto ambiental ao órgão ambiental,
para o competente Parecer Técnico; e
VII - outras competências correlatas.
Seção V
Órgãos Setoriais
Art. 13. Cabe aos órgãos setoriais da administração municipal articular-se com a
Secretaria de Infra-estrutura e Serviços Públicos (SIESP), para orientar o planejamento
e a execução de suas ações em acordo com o Plano Diretor.
CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO MUNICÍPIO
Art. 14. Fica criado o Sistema de Informações do Município, que compreenderá, pelo
menos:
I - as informações básicas para o planejamento municipal;
II - as informações sobre operações de serviços públicos, em especial transporte público
de passageiros, saúde, educação, segurança, habitação, cultura, esportes e lazer;
III - o Cadastro Imobiliário Urbano;
IV - o cadastro das áreas ocupadas pelas atividades agropecuárias;
V - a mapoteca e registro histórico-fotográfico do Município;
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VI – as informações quanto à situação de meio ambiente e da disponibilidade de infra-
estrutura, comércio e serviços das unidades de vizinhança;
VII – as Leis do Plano Plurianual (PPA), de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei do
Orçamento Anual (LOA); e
VIII - a legislação urbana.
§1º Caberá à Secretaria de Infra-estrutura e Serviços Públicos (SIESP) mplementar o
Sistema de Informações do Município.
§2º O Poder Executivo possibilitará aos órgãos públicos, escolas, residências e
bibliotecas o acesso ao banco de dados do Sistema de Informações do Município, em
centros descentralizados de atendimento ao cidadão e por via da Internet.
§3º O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano regulamentará o funcionamento
do Serviço de Atendimento ao Cidadão vinculado ao Sistema de Informações do
Município, visando facilitar o acesso dos cidadãos às informações da Cidade e aos
serviços da administração pública.
TITULO II
DA MODELAGEM ESPACIAL
CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES DE ESTRUTURAÇÃO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 15. Ficam aprovadas as seguintes diretrizes de estruturação do modelo de
desenvolvimento espacial de Madre de Deus, fundamentadas na conceituação,
identificação e classificação dos elementos referenciais do espaço urbano regional
existentes ou propostos:
I- a integração do espaço na Cidade, e da Cidade com o seu território e com a
região;
II - a valorização dos espaços públicos e o ambiente natural; e
III - as proposições de projetos articulados entre si.
Parágrafo único. Constituem princípios básicos do modelo de desenvolvimento
espacial de Madre de Deus:
I- descentralização de atividades, através de uma política de policentralidade que
considere a atividade econômica, a provisão de serviços e os aspectos sócios culturais;
II - miscigenação da ocupação do solo com vistas à diminuição de deslocamentos de
pessoas e veículos e à qualificação do sistema urbano;
III - a densidade controlada associada à perspectiva de otimização dos custos de
produção da cidade;
IV - o reconhecimento da Cidade Informal, através de uma política que envolva o
interesse social;
V- a estruturação e a qualificação ambiental, através da valorização do Patrimônio
Natural e Construído.
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Art. 16. A Estratégia de Estruturação Urbana consiste:
I- no fortalecimento do sistema de áreas verdes e espaços abertos;
II - no estabelecimento de limitação do crescimento e adensamento da mancha
urbana;
III - na localização de áreas e equipamentos estruturantes;
IV - na hierarquização do sistema viário;
V- no fortalecimento do sistema de espaços abertos; e
VI - na afirmação de bairros e áreas que integrem o patrimônio cultural e ambiental
da Cidade.
Parágrafo único. Para a implementação de políticas e projetos públicos ou privados
serão adotadas as diretrizes e normas traçadas para cada uma das estratégias
discriminadas nos incisos I a VI deste artigo.
Seção II
Sistema de Áreas Verdes
Art. 17. Fica criado o Sistema de Áreas Verdes, sistema hierarquizado e articulado
voltado para a preservação dos ecossistemas locais, composto de unidades de
conservação, áreas remanescentes da Mata Atlântica, parques, áreas verdes e áreas
livres, caracterizado pelo uso coletivo, pela promoção da interação social e valorização
do patrimônio ambiental, com os seguintes objetivos.
I- contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos
no território municipal;
II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;
III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas
naturais;
IV - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no
processo de desenvolvimento urbano;
V- favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a
recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico.
Art. 18. O Sistema de Áreas Verdes tem por diretrizes:
I- a recomposição arbórea;
II - a implantação do Jardim Botânico;
III - a recuperação ambiental e das áreas remanescentes da Mata Atlântica;
IV - a recuperação ambiental das áreas de manguezal, encostas e vales;
V- a implantação de praças em áreas e glebas não edificadas no interior do
perímetro urbano e recuperação das praças e jardins públicos, garantindo a manutenção
das áreas ajardinadas e dos equipamentos instalados para a recreação;
VI - a implantação e manutenção dos Parques Urbanos do Cação e de Maria Quitéria;
VII - a valorização das áreas verdes remanescentes.
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VIII - a elaboração e implementação dos Projetos Paisagísticos do Balneário do Suape,
Píer da Baiana, e Passarela do Cação;
IX - a arborização dos logradouros públicos nas áreas urbanas consolidadas e nas
consideradas como sendo de expansão, com localização, porte, espécies,
compatibilizados com as redes de infra-estrutura;
X- a implantação de hortos e viveiros para produção de mudas, para serem
utilizadas na arborização dos núcleos urbanos, no combate à erosão e na reposição de
espécimes;
XI - a implantação, ao longo da Rua do Asfalto, de canteiros com tratamento
paisagístico separando as pistas das futuras vias marginais.
Seção III
Fortalecimento do Sistema de Espaços Abertos
Art. 19. O fortalecimento do sistema de espaços abertos visa integrar, de forma franca,
os lugares polarizados da Cidade com os seus diversos bairros, complementando a
estruturação ambiental urbana, para que se articulem com as centralidades criadas, em
especial com o centro da cidade.
Parágrafo único. O Sistema de Espaços Abertos tem por diretrizes:
I- a ampliação e melhoria dos passeios e vias para pedestres;
II - a implantação de áreas sócio-culturais e esportivas;
III - a implantação de áreas de apoio ao esporte náutico.
IV - a realização de um inventário de edificações, locais e sítios naturais que se
caracterizem por representar a imagem simbólica e referencial do Município, para efeito
de se estabelecer uma legislação específica que favoreça e estimule a preservação, o uso
e a manutenção do patrimônio imagético local;
V- a recomposição urbanística do entorno imediato da Igreja de Nossa Senhora de
Madre de Deus, restaurando suas instalações, valorizando-a como marco referencial da
Cidade;
VI - a implantação de um Programa de Requalificação dos Espaços Abertos de Uso
Público, característicos da paisagem natural e construída da Cidade;
VII - a definição de um padrão de desenho caracterizador para o mobiliário e os
equipamentos urbanos (bancas de impressos, quiosques, barracas de feira, bancos de
praças), privilegiando a qualidade do acabamento, a segurança dos usuários e o custo de
manutenção;
VIII - o desenvolvimento e implantação de projetos luminotécnicos apropriados para as
praças públicas, a Orla, as áreas esportivas, Parques Urbanos e vias arteriais;
IX - o desenvolvimento e implantação de um projeto de programação visual, que
sistematize e normatize a terminologia e nomenclatura dos logradouros públicos,
promovendo, na área mais antiga, o retorno à toponímia original;
X- o inventário dos bens móveis e imóveis de reconhecido valor referencial da
memória, das tradições, da história e da cultura local, para efeito de definir um conjunto
de medidas jurídico-institucionais de preservação da integridade dos mesmos.
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Seção IV
Limitação do Crescimento da Mancha Urbana
Art. 20. A limitação do crescimento da mancha urbana, cujo objetivo é a garantir a
qualidade ambiental urbana atual e futura, bem como o equilíbrio na distribuição
espacial da oferta de serviços e equipamentos, será feita através:
I- da limitação da área urbana ao perímetro atual;
II - do estabelecimento de incentivos à ocupação da área infra-estruturada;
III - do condicionamento da expansão da mancha urbana à sua infra-estruturação.
Seção V
Sistema de Interligação das Regiões Urbanas
Art. 21. O Sistema de Interligação das Regiões Urbanas visa o fácil acesso da malha
viária entre as localidades polarizadoras aos seus diversos bairros, complementando a
estruturação físico-espacial urbana, para que se articulem com o centro e subcentros da
Cidade.
Parágrafo único. O Projeto de Implantação de um Sistema de Circulação consiste na
implantação do anel viário além das demais vias urbanas:
I- vias arteriais de articulação inter-bairros; e
II - vias locais de articulação intra-bairros.
Seção VI
Afirmação de Bairros e Áreas que integram o Patrimônio Cultural
Art. 22. A Afirmação de Bairros e Áreas que Integram o Patrimônio Cultural da
Cidade visa a valorização dos padrões ocupacionais típicos, assegurando a permanência
e ou a valorização de elementos componentes da memória da cidade, sejam eles
edificações isoladas, ou em conjunto, e ou ambientes tradicionais.
CAPÍTULO II
DO MODELO DE ESTRUTURAÇÃO TERRITORIAL URBANA
Seção I
Disposições gerais
Art. 23. O ordenamento do uso e da ocupação do solo, de que trata este Plano, será
disciplinado através do controle dos parâmetros urbanísticos a serem aplicados aos
empreendimentos e atividades públicas ou privadas no Município, tendo por objetivo:
I- estabelecer as bases e referenciais técnico-institucionais necessárias ao
ordenamento do crescimento urbano mediante o controle dos empreendimentos e atividades
públicas e privadas por parte da Administração Municipal, em consonância com as
diretrizes do planejamento urbano;
II - orientar a distribuição espacial de empreendimentos e atividades com base em
critérios locacionais adequados, possibilitando a racionalização dos investimentos, a
redução de impactos sobre a estrutura urbana e um ambiente mais saudável, de acordo com
as diretrizes do planejamento urbano; e
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III - disciplinar o parcelamento do solo, em conformidade com as disposições
supervenientes e os objetivos e diretrizes do planejamento urbano .
Seção II
Zoneamento
Art. 24. Fica a área municipal urbana dividida, para fins de planejamento, nas
macrozonas definidas nesta seção, em acordo com as definições de uso estabelecidas no
parágrafo único, deste artigo:
I- Área de Ocupação Prioritária (AOP), compreendendo o Centro da Cidade, com
exceção da Área Especial da Igreja de Nossa Senhora da Madre de Deus;
II - Áreas de Ocupação Secundária (AOS), correspondendo às áreas livres passiveis
de ocupação, totalmente livres ou carentes de infra-estrutura, na Sede, em Maria
Quitéria e Suape e na Ilha de Maria Guarda;
III - Área de Ocupação Restrita (AOR), correspondente a áreas cuja ocupação deve
ser inibida por oferecerem risco à saúde, pelo risco de acidentes ou por serem indicadas
para equipamentos públicos ou ainda para proteção da paisagem e conservação
ambiental, compreendendo, na Sede, áreas do Balneário de Cação, os morros da antiga
Maria Quitéria, o terreno da Companhia de Carbono Coloidais (CCC) e o Centro de
Referência da APA e a orla; e, na Ilha de Maria Guarda, a respectiva orla;
IV - Área de Expansão Residencial (AER), compreendendo, na Sede, o Bairro da
Fábrica e o loteamento popular Maria Quitéria;
V- Área de Expansão Empresarial (AEE), em Maria Quitéria;
VI - Áreas Industriais (AI), compreendendo as áreas de indústrias petrolíferas:
a) o Parque Industrial do Mirim;
b) o Parque Industrial Maria Quitéria (GLP);
c) o Parque Industrial Suape;
VII - Parques Urbanos, compreendendo:
a) Parque Urbano de Cação, abrangendo as áreas públicas municipais do Balneário
de Cação;
b) Parque Urbano Maria Quitéria, compreendendo áreas a serem desapropriadas
em Maria Quitéria;
VIII - Áreas Especiais de Interesse Ambiental, previstas no Código Municipal de Meio
Ambiente:
a) Áreas de Preservação Permanente (APP);
b) Refúgios da Vida Silvestre de Maria Guarda, Ilha das Vacas e Atol do Capeta;
c) Áreas de Proteção da Paisagem Ambiental e Urbana (APPAU), compreendendo a
orla, entorno do Píer da Baiana e áreas do Parque do Mirim;
IX - Área sob regime especial, compreendendo a Igreja de Nossa Senhora de Madre
de Deus e o Cemitério.
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Seção III
Restrições e Uso e Ocupação do Solo Urbano
Art. 25. Ficam instituídos, para fins de ordenamento do uso do solo urbano, os grupos e
subgrupos de uso constantes do Quadro 1, constando do Quadro 2, desta Lei os usos
permitidos em cada Zona.
Art. 26. Ficam estabelecidos no Quadro 3, do Anexo II, desta Lei, os parâmetros
urbanísticos, aplicáveis às zonas urbanas de que trata esta Lei, sendo identificados os
seguintes:
I- Índice de Permeabilidade - IP;
II - Índice de Ocupação Máximo – IO;
III - Área Mínima do Lote;
IV - Testada Mínima do Lote; e
V- Recuos Mínimos – Frontal, Laterais e de Fundo.
§1º A aplicação dos parâmetros urbanísticos estabelecidos neste artigo está sujeita às
seguintes disposições:
I- não serão computados, no Índice de Ocupação – IO do terreno ou lote, os
balanços, até 0,50 m (cinqüenta centímetros) de projeção; e
II - poderão situar-se na área de recuo frontal:
a). estacionamento em empreendimentos uniresidenciais;
b) estacionamento de veículos;
c) guaritas com área máxima de 5,00 m2 (cinco metros quadrados);
d) rampas, escadas descobertas e passarelas de acesso da rua à edificação;
e) marquises, reservatórios enterrados, hidrantes, abrigo de medidores e de lixo; e
f) bilheterias e portarias com área máxima de 5,00 m2 (cinco metros quadrados), placas
de identificação, espelhos d’água, equipamentos de lazer, inclusive piscinas;
III – o gabarito máximo permitido é de três andares, à exceção dos prédios construídos
pelo Poder Público para habitação de interesse social.
§2º Nos lotes ou terrenos voltados para mais de um logradouro, o recuo frontal
estabelecido será adotado em todas as testadas confrontantes com os respectivos
logradouros, salvo nos casos de vias de pedestres (VP), hipótese em que o recuo frontal
mínimo não será aplicado.
§3º Os usos existentes anteriormente à vigência desta Lei, serão classificados em
“conforme” e “não-conforme” de acordo com as seguintes critérios:
I- serão considerados “conforme” somente quando a atividade e o empreendimento
atenderem às disposições desta Lei;
II - serão considerados “não-conforme”, quando a atividade ou o porte do
empreendimento não se enquadrem ao disposto nesta Lei.
§4º Para os usos “não-conforme” que se enquadrarem na situação prevista no inciso II
do “caput” deste artigo, só será concedida licença para reforma que importe na
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condução de todo o empreendimento à situação de “conforme”, salvo quando as obras
se tornarem estritamente imprescindíveis à segurança da unidade ou de terceiros.
§5º Os empreendimentos destinados às atividades residenciais, comerciais e de serviços,
mistos, industriais e institucionais, deverão dispor de um mínimo de vagas para veículos
em estacionamento ou garagem, de acordo com as seguintes disposições:
I- para os usos multiresidencial e misto, 1 (uma) vaga, no mínimo, para cada
unidade imobiliária;
II - para os usos comerciais e de serviços de atendimento geral e especiais, 1 (uma)
vaga para cada 25,00 m2 (vinte e cinco metros quadrados) de área útil ou fração;
III - para os usos comerciais atacadistas, depósitos e industriais, 15 % (quinze por
cento) de área de terreno destinada a estacionamento e área de carga/descarga; e
IV - para os usos especiais, serão estabelecidos critérios específicos pelo órgão
competente, em função do impacto por este gerado sobre a estrutura urbana.
Seção IV
Sistema Viário
Art. 27. Para os efeitos desta Lei, a rede viária do Município é definida por uma
hierarquia de vias, representadas no Mapa 2, do Anexo I, cujas características técnicas
para implantação de vias novas ou adequação de vias existentes são as constantes do
Quadro 05, no Anexo II, desta Lei.
Art. 28. As vias, de acordo com os critérios de funcionalidade na malha viária da cidade
são hierarquizadas com a seguinte classificação:
I- Vias Arteriais (VA), destinadas, por apresentar alta capacidade de absorção de
tráfego, a articular o sistema regional com o urbano e dar acesso aos lotes lindeiros e às
vias secundárias e locais através de vias marginais:
a) Rua do Asfalto;
b) Rua do Dendê;
c) Rua Francisco Leitão;
d) Rua Dejair Pinheiro (trecho entre Rua Francisco Leitão e a Orla);
e) Av. Rodolfo Queiroz Filho;
f) Av. Luiz Viana;
II - Vias Locais (VL), destinadas a possibilitar o trânsito dentro das regiões da
cidade e distribuir o trânsito local dos bairros;
III - Vias Marginais (VM), destinadas, quando possível sua implantação em paralelo
a vias especiais e arteriais, a possibilitar-lhes melhor desempenho e permitir o acesso às
propriedades lindeiras;
IV - Via de Pedestres (VP), destinadas exclusivamente à circulação de pedestres,
podendo dar acesso a usos uniresidenciais e comerciais e de serviços, quando o uso for
considerado “estimulado” (E); e
V- Ciclovias (CV), destinadas exclusivamente à circulação de biciclos e ou
equivalentes com tração humana.
Parágrafo único. O Sistema Viário obedecerá as seguintes diretrizes:
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I- a implantação de um programa de regularização e pavimentação de vias, com
prioridade de atendimento para os logradouros indicados pela comunidade e vias de
circulação de transporte coletivo;
II - a realização de um estudo de circulação viária para a definição dos
estacionamentos nas áreas comerciais, das zonas para carga e descarga, da sinalização
horizontal e vertical, a solução dos pontos críticos de conflito, e a organização do
transporte intramunicipal;
III - o acesso aos empreendimentos lindeiros à rua do Asfalto através de vias
marginais, onde possível;
IV - a implantação de ciclovias paralelas às vias arteriais;
V- a implantação de travessias de pedestres em pontos estratégicos;
VI - o estudo da viabilidade de implantação de um sistema de transportes intra-
urbano para coletivos de pequeno porte;
VII - a sinalização horizontal e vertical nos acessos à cidade, nas vias arteriais e nos
pontos de parada.
CAPÍTULO III
DOS PERÍMETROS URBANOS
Art.29. A partir da concepção básica de partido urbanístico, o perímetro urbano da Sede
Municipal apresenta a formatação constante do Mapa 01, do Anexo I, desta Lei:
Parágrafo único. As aglomerações urbanas de povoados situados nas ilhas terão como
delimitação a faixa de 100,00 m (cem metros) a partir da última ocupação.
TITULO III
DAS DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Art.30. Ficam aprovadas, para a consolidação do modelo de desenvolvimento espacial
urbano as diretrizes de desenvolvimento social e de desenvolvimento econômico
constantes, respectivamente, dos Quadros 01 e 02, do Anexo III, desta Lei.
TITULO IV
DAS AÇÕES URBANÍSTICAS E PROJETOS ESTRATÉGICOS
Art. 31. Ficam aprovados, envolvendo duas abordagens distintas para a consolidação do
modelo de desenvolvimento urbano ambientalmente sustentável do Município:
I - ações sistêmicas, ligadas à gestão urbana, e
II - projetos estratégicos, que direcionam para os objetivos físicos e socioeconômicos
do Plano Diretor.
Art. 32. As ações e projetos estratégicos deverão influenciar a estrutura urbanística e
sociocultural, em duas frentes fundamentais:
I - as ações sistêmicas, ligadas à gestão urbana, agindo dentro de um quadro de
hierarquização e priorização das intervenções previstas pelo plano que contemplam
também as programações do Pacto Territorial e do Plano Plurianual; e
II - os projetos estratégicos, que deverão induzir condução para os objetivos físicos e
sócio-econômicos do Plano.
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TITULO V
DAS DIRETRIZES PARA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA
URBANA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 33. A aplicação dos instrumentos de política urbana atenderá aos dispositivos do
Estatuto da Cidade e às diretrizes do Partido Urbanístico, constantes do Plano Diretor e
ao Quadro 04, do Anexo II, desta Lei.
§1° Os programas de que trata este Capítulo deverão incluir, para assegurar sua
viabilidade, parcerias e ações junto aos órgãos competentes para facilitar, quando
necessário, o acesso dos proprietários atingidos pelas medidas compulsórias a linhas de
crédito e financiamentos destinadas à transformação, recuperação ou aproveitamento
dos imóveis.
§2° Leis específicas definirão as condições para a implementação, quando for o caso,
dos seguintes instrumentos, estabelecendo os respectivos prazos:
I – os imóveis sobre os quais incidirão as obrigações de parcelamento, utilização e
edificação compulsórias;
II – aplicação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo no tempo;
III - desapropriação com títulos da dívida pública;
IV - definição dos parâmetros de aproveitamento mínimo dos imóveis; e
V – utilização do consórcio imobiliário, como forma de viabilização financeira do
parcelamento do imóvel.
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
Seção I
Parcelamento, Utilização e Edificação Compulsórios
Art. 34. São compreendidos como subutilizados para fins de parcelamento, utilização e
edificação compulsórios, os imóveis que se encontrem nas seguintes situações, visando
a otimização da infra-estrutura urbana existente:
I – terrenos ou glebas estratégicas para o desenvolvimento do partido proposto para a
Cidade;
II - t terrenos, lotes vazios ou lotes que não estejam construídos ou edificados, dotados
de infra-estrutura e serviços urbanos, em áreas onde haja carência de espaços para
implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
III - - edificações inacabadas ou paralisadas por mais de cinco anos; e
IV - edificações desocupadas ou em ruínas.
§1º Os instrumentos previstos nesta Seção não serão aplicados às subzonas de interesse
ambiental e zonas nas quais haja restrição à ocupação.
§2º Não será exigida a edificação ou a utilização compulsória de proprietário que
comprove possuir somente um imóvel situado no Município.
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§3º A utilização e a edificação compulsória poderão exigidas de proprietários de
terrenos ou lotes cuja área seja igual ou superior a estabelecida para a zona onde se
localiza e que não sejam necessários para equipamentos públicos; e terrenos e lotes
desocupados, em áreas contíguas ao tecido urbano efetivamente ocupado.
Seção II
Direito de Preempção
Art. 35. O exercício do direito de preempção, que confere ao Poder Público a
preferência para aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre
particulares, atenderá às seguintes finalidades e condições:
I - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social e programas
especiais, sociais e culturais;
II - implantação do Sistema de Áreas Verdes;
III - implantação de infra-estrutura, sistema viário, equipamentos de saúde, educação,
promoção social e para implantação de projetos estratégicos;
IV - constituição de reserva fundiária;
V - criação de espaços públicos e de lazer;
VI - recuperação ou proteção ambiental; e
VII - proteção de imóveis de interesse histórico-cultural;
Seção III
Outorga Onerosa do Direito de Construir
Art.36. A Outorga Onerosa do Direito de Construir, que autoriza o exercício do direito
de construir acima do Coeficiente de Aproveitamento (Ca) básico estabelecido por esta
Lei, mediante contrapartida prestada pelo beneficiário, não está prevista por esta Lei
para as zonas nela criadas.
Seção IV
Estudo de Impacto de Vizinhança
Art. 37. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano poderá solicitar ao Poder
Executivo o prévio Estudo de Impacto de Vizinhança nos procedimentos relativos a
licenciamento de atividades que possam afetar a drenagem, as redes de água, de esgoto,
de energia elétrica e de telecomunicações e causar significativo aumento de tráfego.
§1° O Estudo de Impacto de Vizinhança poderá ser realizado pelo Poder Executivo ou
pelo interessado e será apreciado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano.
§2° Presumem-se geradores de impacto de vizinhança, dentre outros previstos na
legislação ambiental, as instalações de:
I- indústrias;
II - hidrelétrica;
III - aeroportos;
IV - complexo turístico;
V- igrejas e templos religiosos;
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VI - auditório para convenções, congressos e conferências e espaços e edificações
para exposições e para shows;
VII - escolas, centros de compras, mercados;
VIII - estádio;
IX - autódromo, velódromo e hipódromo;
X- torre de telecomunicações;
XI - aterros sanitários e estações de transbordo de lixo;
XII - casas de detenção e penitenciárias;
XIII - terminal rodoviário urbano e interurbano;
XIV - estacionamento para veículos de grande porte;
XV - jardim zoológico, parques de animais selvagens, ornamentais e de lazer.
§3° O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá contemplar os efeitos positivos e
negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população
residente na área e suas proximidades, considerando as diretrizes desta Lei e da
legislação específica.
§4° A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança não substitui o Estudo Prévio de
Impacto Ambiental (EIA), requerido nos termos da legislação ambiental.
§5° O Estudo de Impacto de Vizinhança poderá ser realizado pelo Poder Executivo ou
pelo interessado.
Seção V
Instrumentos Tributários
Art. 38. Os instrumentos tributários, com função fiscal e extrafiscal, para o atendimento
às diretrizes desta Lei, inclusive o Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no
tempo, serão disciplinados pela legislação tributária.
Art. 39. Lei específica estabelecerá os critérios para a aplicação da Contribuição de
Melhoria, em cada caso, e para a cobrança de preços públicos pela implantação de redes
de infra-estrutura.
Seção VI
Regularização Fundiária
Art. 40. O direito à posse da terra será reconhecido aos ocupantes de assentamentos de
baixa renda em terrenos municipais, na forma da lei, desde que não situados:
I - em áreas de uso comum do povo;
II - em áreas destinadas a projeto de urbanização;
III - em áreas protegidas pela legislação ambiental, em desconformidade com os
critérios específicos de conservação ou preservação;
IV - em vias existentes ou em áreas previstas para implantação destas; e
V - em áreas de risco à vida humana ou ambiental, de acordo com parecer do órgão
municipal competente.
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Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos deste artigo, o direito à posse ou ao
domínio será transferido para outro terreno situado, de preferência, na mesma zona ou
vizinhança.
Seção VII
Assistência Técnica e Jurídica às Populações Pobres
Art. 41. O Poder Público promoverá assistência técnica e jurídica gratuitas, diretamente
ou mediante convênio com instituições de ensino, organizações não governamentais ou
com associações profissionais, às pessoas e entidades comprovadamente pobres.
Parágrafo único. O assessoramento técnico e jurídico gratuito precederá e
acompanhará os projetos de regularização fundiária para efeito de titulação, na forma da
Lei específica, os processos de desapropriações e as relocações de famílias que estejam
ocupando áreas de risco à vida humana ou ambiental.
Art. 42. Lei específica estabelecerá as condições em que se dará o referido
assessoramento, devendo abranger, no mínimo:
I - orientação técnica para elaboração de projeto, a implantação e construção de
edificações;
II - orientação técnica para debates sobre o Plano Diretor, os planos urbanísticos, os
programas e os projetos a serem realizados nas Unidades de Vizinhança;
III - orientação técnica para a discussão dos projetos da Lei do Plano Plurianual (PPA)
da Lei de Diretrizes Orçamentárias, (LDO), e da Lei Orçamentária Anual (LOA); e
IV - a orientação jurídica e defesa dos direitos individuais e coletivos para a
regularização fundiária.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 43. A elaboração, pelo órgão municipal competente, dos Planos Plurianuais, das
Leis de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos Anuais, deve refletir
obrigatoriamente as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor e contar com intensa
participação dos cidadãos através do Sistema de Gestão Participativa.
Art. 44. A Lei do Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e as Leis
Orçamentárias Anuais serão adaptadas para possibilitar a execução dos programas
constantes nesta Lei.
Art. 45. O Poder Executivo deverá promover a revisão e atualização do Plano Diretor a
cada decurso de 10 (dez) anos após a sua aprovação pela Câmara Municipal, com a
devida participação popular, podendo o mesmo sofrer complementações e ajustamentos
antes do prazo estabelecido neste artigo.
Art. 46. As revisões atinentes ao Plano Diretor far-se-ão mediante lei específica,
ressalvadas as exceções seguintes:
I - far-se-ão mediante decreto do Poder Executivo, ouvido o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano:
a) a declaração ou revisão de área de preservação permanente;
b) a declaração de árvore como imune ao corte;
c) a definição de empreendimentos de impacto; e
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d) a definição das atividades potencialmente geradoras de poluição de qualquer
espécie;
II - far-se-ão mediante decisão do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano,
homologada por ato do Poder Executivo:
a) a identificação de edificações, obras e monumentos de interesse de preservação;
b) a declaração de tombamento de bem imóvel; e
c) o estabelecimento de parâmetros urbanísticos complementares, não previstos nesta
Lei.
Art. 47. Não são consideradas revisões do Plano Diretor os atos que tenham por objeto:
I - a regulamentação das normas desta Lei;
II - a aprovação de programas e projetos governamentais;
III - as decisões exaradas em processos administrativos de aprovação de projetos e
licenciamento de construção de edificações;
IV - a implantação de usos considerados especiais; e
V - os atos e decisões exarados nos processos administrativos referentes ao
parcelamento do solo;
Art. 48. As revisões do Plano Diretor não se aplicam aos processos administrativos em
curso nos órgãos técnicos municipais, salvo disposição em contrário no texto da revisão.
Art. 49. Fica revogada a Lei n° 52/92, que dispõe sobre a instituição do Plano Diretor
de Desenvolvimento Físico-Territorial do Município de Madre de Deus, doravante dito
PDDFT, e dá outras providências.
Art. 50. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação

Gabinete da Prefeita, em 26 de outubro de 2006.

Eranita de Brito Oliveira


Prefeita Municipal
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ANEXO I
MAPAS
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ANEXO II
QUADROS
QUADRO 1
GRUPO DE USO
SUB
GRUPOS DE GRAU DE
GRUPOS CARACTERÍSTICAS PORTE ACESSO
USO POLUIÇÃO
DE USO
Uniresidencial, caracterizada por ser uma edificação Qualquer Via de Pedestre, -
R–1 destinada à habitação permanente, correspondendo a Local.
uma unidade por lote ou conjunto de lotes.
Multiresidencial, e caracterizada por ser uma Qualquer Via de Pedestre, -
Residencial
edificação destinada à habitação permanente, Local.
R–2 correspondendo a mais de uma unidade por lote ou
conjunto de lotes agrupadas horizontamente ou
verticalmente.
comercial varejista e serviços de apoio ao uso Pequeno (Até Via de Pedestre, Inócuas
residencial, cujas atividades se vinculam aos setores de 150,00 m2 de área Local.
alimentação e bebidas, vestiário, calçado, drogaria, construída).
Cs - 1
livraria, papelaria, concertos eletro-mecânico, cursos e
escritório, hospedagem e outras atividades similares de
igual impacto no sistema viário e uso do solo.
Comércio Varejista e Serviços típicos de Centro e Qualquer Vias Arteriais. Inócuas/
Subcentros cujas atividades se vinculam aos setores de Incômodas
alimentação, bebidas, confecção e calçados, cama e
mesa, móveis e decoração, eletrodomésticos, material
Cs - 2 de construção, agências de automóveis e autopeças,
oficinas eletromecânicas, agropecuária, comunicação,
financeiro, imobiliário, diversão e cultura e, outras
atividades similares de igual impacto no sistema viário
e uso do solo.
Comércio Atacadista e Depósitos vinculados aos Pequeno/Médio Via Local e Inócuas/
setores de mineração, papel, impressos e artigos de (Até 250,00 m2 Arteriais. Incômodas
Comercial e escritório, produtos farmacêuticos e químicos, tecidos de área
Cs – 3A e vestuário, alimentos, tabacaria, brinquedos, artigos
de Serviços construída).
desportivos e de recreação e outras atividades de
similar impacto no sistema viário e uso do solo.
Comércio Atacadista cuja atividade se vincula aos Médio /Grande Via Arterial. Inócuas/
setores de animais vivos e produtos de origem animal, (Acima de 250 Incômodas
produtos e resíduos de origem vegetal, ferragens, m² de área
produtos metalúrgicos e materiais de construção, construída).
Cs – 3B inflamáveis, máquinas, aparelhos e equipamentos para
indústria, agropecuária e para serviço geral, veículos e
acessório para veículos, móveis e eletrodoméstico e
outras atividades de igual impacto no sistema viário e
uso do solo.
Comércio Varejista/Serviços típicos dos corredores de Qualquer Via Arterial. Inócuas/
tráfego cujas atividades se caracterizam por comércio Incômodas/Insal
de material de demolição, sucata, motel, garagem ubres
Cs – 4
veículo de grande porte, aluguel de máquinas e
equipamentos agrícolas e outras de similar impacto no
sistema viário e uso do solo.
Vinculadas à produção de peças e estruturas de Pequeno (área Vias Arteriais. Inócuas/incomo
cimento, gesso e amianto, metalurgia de metais de terreno < das/insalubres
preciosos, artefatos de papel e papelão, móveis de 600,00 m² )
madeira, confecção de roupas, calçados, artigos de
joalheria, gráfica eletrônica, artigos de caça e pesca,
Industrial Id – A produtos de perfumaria, massas alimentícias, gelados e
doce, e a fabricação de outros produtos de similar
impacto ambiental, no sistema viário e uso do solo.
Emissão: Efluentes atmosféricos e/ou efluentes
olfativos, efluentes atmosféricos/resíduos sólidos,
efluentes atmosféricos/som e ruídos, efluentes
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olfativos/resíduos sólidos e efluentes olfativos/som e
ruídos.
Compreende, além das atividades de fabrico do grupo Médio/Grande Vias de Zonas Inócuas/
A realizadas em portes superiores, outras (Área de terreno Industriais. incômodas/
subcategorias que apresentam algum tipo de incômodo  600,00 m²). insalubres.
ou insalubridade quanto ao grau de poluição gerada,
Id – B incluindo-se entre estas, serralharia, móveis de metal,
laminados e fios de borracha, máquinas, aparelhos e
utensílios elétricos, fabricação de chapas e placas de
madeira e outros produtos de similar impacto
ambiental, no sistema viário e uso do solo.
Atividades ligadas aos setores educacionais, culturais, Qualquer - Inócuas
socioculturais, saneamento, higiene, assistencial de
Institucional IN – 1 saúde, assistencial social/cooperativismo,
governamental/justiça e segurança, e cultural e outros
de similar impacto no sistema viário e uso do solo.
Misto de base residencial cujas atividades se Qualquer - -
Misto caracterizam por casa com escritório ou loja, edifício
de apartamentos com escritório e/ou lojas, grupos de
M–1 edifícios de apartamentos com escritórios e/ou lojas,
residencial misto (apart-hotel) e misto de base não
residencial, devendo seguir as indicações daquela
atividade que apresente maior restrição.
Equipamentos para atividades culturais, recreacionais, Qualquer - Inócuas
Especial rurais cujas atividades se caracterizam por estarem
vinculadas aos setores cultural, recreacional,
E – 1A
abastecimento alimentar, fiscal, justiça, segurança,
comunicação, e outras de similar impacto no sistema
viário e uso do solo.
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QUADRO 2
USOS PERMITIDOS POR ZONA

ZONAS GRUPOS E
Criadas pelo art. 24, desta lei, representadas no Mapa 01, SUBGRUPOS DE USOS
do Anexo I PERMITIDOS
Área de Ocupação Prioritária (AOP) Residencial R
Comercial e Serviços Cs-1, Cs-2, Cs-3A, Cs-4
Institucional IN-1
Misto M -1
Especial E-1A
Área de Ocupação Secundária (AOS) Residencial R
Comercial e Serviços Cs-1, Cs-4
Institucional IN-1
Misto M-1
Especial E-1A
Área de Ocupação Restrita (AOR) Institucional IN-1
Especial E-1A
Área de Expansão Residencial (AER) Residencial R
Comercial e Serviços Cs-1, Cs-4
Institucional IN-1
Misto M -1
Especial E-1A
Área de Expansão Empresarial (AER) Comercial e Serviços Cs
Industrial Id
Institucional IN-1
Misto M -1
Especial E-1A
Áreas Industriais (AI) Industrial Id
Parques Urbanos (PU) Institucional IN-1
Especial E-1A
Áreas de Proteção da Paisagem Ambiental e Urbana (APPAU) Residencial R
Misto M -1
Especial E-1A
Área sob Regime Especial (ARE): Igreja Matriz e cemitério
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QUADRO 3
PADRÕES DE OCUPAÇÃO

ÁREA ÍNDICE DE ÍNDICE DE TESTADA RECUO RECU RECUO ALTURA MÁXIMA


MÍNIMA OCUPAÇÃO PERMEABI MÍNIMA FRONTAL O DE (m)
ZONAS DO (IO) % LIDADE (IP) (m) (m) LATER FUNDO E GABARITO *2
Criadas pelo art. 24, desta lei, LOTE AL (m) (m)
representadas no Mapa 01, do Anexo I (m²)
Área de Ocupação Prioritária (AOP) Índices urbanísticos são os definidos pela Lei n° 366/2005 de 29 de dezembro de 2005.
Área de Ocupação Secundária (AOS) Índices urbanísticos deverão ser definidos quando da aprovação, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
de um plano e/ou projeto para a área, vinculada a estudo de impacto ambiental e de vizinhança.
Área de Ocupação Restrita (AOR) Índices urbanísticos deverão ser definidos quando da aprovação, pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
de um plano e/ou projeto para a área, vinculada a estudo de impacto ambiental e de vizinhança.
Área de Expansão Residencial (AER) 360,00 40 0,60 8,00 3,00 1,50 2,00 11,00
(três andares)
Área de Expansão Empresarial (AEE) 360,00 70 0,30 10,00 3,00 2,00- 2,00 11,00
(três andares)
Áreas Industriais (AI) Parâmetros especiais de uso e ocupação
Parques Urbanos ( PU) Definidos nos respectivos Planos de Manejo
Áreas de Proteção da Paisagem Ambiental 360,00 50 0,50 10,00 5,00 2.00 2,00 Gabarito máximo no
e Urbana (APPAU) nível da cota 30 no
Alto da Matriz
Gabarito máximo no
nível 43 no Alto do
Reservatório e Alto
das Pitangueiras.
Área sob Regime Especial (ARE) Parâmetros estabelecidos pela legislação de tombamento

Nota: 1 Será permitido, nos edifícios residenciais construídos pelo Poder Público, o gabarito de 4 andares.
Nota 2 Na Orla, as construções nos terrenos lindeiros à Av. Rodolfo Queiroz Filho, terão gabarito máximo de 8 metros (2 andares);
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QUADRO 4
INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
ZONAS GRUPOS E SUBGRUPOS DE USOS
Criadas pelo art. 24, desta lei, PERMITIDOS
representadas no Mapa 01, do Anexo I
Área de Ocupação Prioritária (AOP) Parcelamento utilização e edificação compulsórios
IPTU Progressivo no Tempo
Direito de Preempção
Contribuição de Melhoria
Área de Ocupação Secundária (AOS) Direito de Preempção
Contribuição de Melhoria
Área de Ocupação Restrita (AOR) Operações Urbanas Consorciadas
Direito de Preempção
Área de Expansão Residencial (AER) Contribuição de Melhoria
Parcelamento utilização e edificação
IPTU Progressivo no Tempo
Operações Urbanas Consorciadas
Área de Expansão Empresarial (AEE) Contribuição de Melhoria
Áreas Industriais (AI)
Parques Urbanos ( PU)
(APPAU) Direito de Preempção
Área sob Regime Especial (ARE)
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QUADRO 5
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SISTEMA VIÁRIO

Características Unidade Arterial Local


Velocidade diretriz mínima Km/h 60 30
Nº mínimo de faixa Und. 2x2 2
Acostamento externo m 0,5 -
Acostamento interno m - -
Largura mínima do canteiro central m - -
Largura mínima da faixa de domínio lateral m 5,5 2,0
Largura mínima da faixa de rolamento m 3,5 3,0
Faixa total de domínio m 25,0 -
Raio mínimo de curva m 90,0 30,0
Rampa máxima % 8,0 14,0
Distância mínima entre acessos m - -
Largura mínima de passeio m 3,0 2,0
Parada de ônibus - Permitido Tolerada
Estacionamento - Permitido Tolerado
Acesso às propriedades adjacentes - Direto sob controle Direto
Taxa máxima de superelevação - 4 2
Larg. Mínima da faixa de estacionamento m 2,5 -
Travessia de pedestres - Em nível, regulamentada Livre
Controle de tráfego nas interseções - Semáforo Placas
OBS.: As características para rodovias são definidas pelo DERBA – Bahia

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ANEXO III
DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
QUADRO 1
DESENVOLVIMENTO SOCIAL

CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL


promover, em conjunto com o SEBRAE, cursos profissionalizantes a serem criados;
desenvolver programas que viabilizem a oferta de treinamento e apoio técnico, gerencial e crédito, de
forma a garantir a existência e a expansão dos ramos tradicionais de atividades econômicas locais, principalmente
àqueles mais capazes de absorver mão de obra;
promover o artesanato, produtos de origem petroquímica e outros de apoio à criação de um parque de
indústria de terceira geração em Madre de Deus;.
promover a produção de doces e conservas; e
organizar e promover a pesca.
CENTRO CÍVICO MUNICIPAL
requalificar o atual Centro Cívico Municipal, constituído pela integração espacial e funcional da Prefeitura
e a Câmara municipais, garantindo o desenvolvimento no futuro, além das tradicionais atividades rotineiras, os
grandes eventos políticos, culturais, treinamentos e encontros;
propiciar a existência de um local de encontro das instituições que viabilizam a realização cotidiana da
cidadania, como: sindicatos, igreja, empresas, partidos, associações de classe, clubes e grêmios, escolas,
associações de moradores e ONGs.
CRECHES E PRÉ-ESCOLAS
universalizar a acessibilidade aos serviços;
melhorar a qualidade do atendimento;
elevar o padrão de saúde e bem-estar da primeira infância.
EDUCAÇÃO
considerar a educação como uma atividade fundamental e estratégica do desenvolvimento municipal;
utilizar as escolas como o equipamento estruturante da educação formal, comunitária e cidadã;
manter, espacialmente, a escola de bairro associada a um posto de saúde responsável por monitorar as
condições de higiene e bem estar da população local;
intensificar a comunicação entre os níveis local, regional e nacional dos equipamentos da educação
municipal;
fomentar a implantação de cursos de ensino superior voltados ao mercado regional, como Biologia
Marinha, Ecologia, Turismo;
promover programas de treinamento, reciclagem e profissionalização;
estimular a realização de palestras sobre temas vinculados à saúde da família, higiene do corpo e da
habitação, educação infantil, ações comunitárias, meio ambiente, etc.
EQUIPAMENTOS SOCIAIS
aprofundar e detalhar os estudos de oferta e demanda por Equipamentos Sociais, identificando-os,
localizando-os e dimensionando-se o déficit e as possibilidades de atendimento aos setores carentes, na sede
municipal e nas demais ilhas do município, principalmente as referentes a:
melhorar o abastecimento alimentar;
ampliar o cemitério;
promover ações referentes à segurança;
modernizar terminais de transporte marítimo;
definir de áreas para estacionamento e implantação de outras atividades de comércio e serviço
complementares ao equipamento, com tratamento paisagístico,

27
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ILUMINAÇÃO PÚBLICA
reduzir o consumo de energia, sem prejuízo da luminosidade, através de alternativas técnicas como a
utilização de lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas ou de vapor de sódio e energia solar;
promover, através de especificações diferenciadas do equipamento utilizado (posteamento, braços,
luminárias e lâmpadas), uma sinalização viária, vinculada à hierarquia e a utilização da via;
recuperar e ampliar a área de atendimento do sistema, priorizando os bairros indicados nas consultas à
comunidade.
RESÍDUOS SÓLIDOS
definir área para alocação, estabelecimento e funcionamento de Unidade de Beneficiamento de Resíduos
Sólidos.
SANEAMENTO BÁSICO
elaborar estudos e pesquisas de outras alternativas de captação para garantir a atual e futura demanda na
produção de água;
promover campanhas educativas abordando questões relacionadas ao uso racional da água, revisão
periódicas das instalações, cuidado com higiene pessoal, doenças relacionadas e outras;
estabelecer parceria com a Embasa para instalação de pontos de apoio na zona urbana para irrigação de
jardins e canteiros, limpeza de praças e vias públicas, dentre outros;
elaborar e implementar os Planos Diretores de Drenagem e Esgotamento Sanitário; e
elaborar, implantar e monitorar o Plano Diretor de Limpeza Urbana.
SAÚDE
garantir a continuidade da implementação das ações preventivas, educativas e curativas;
manter parceria com a Secretaria de Saúde do Estado através do Sistema Unificado de Saúde – SUS, para a
gestão da Rede Pública de Saúde;
ampliar os programas de atendimento odontológico, através de campanhas;
realizar sistematicamente obras de melhoria das unidades de saúde existentes;
atualizar a demanda por equipamentos de atendimento e apoio para a definição da aquisição de novas
unidades;
compatibilizar as ações de saúde com as do Plano Diretor de Limpeza Urbana no que se refere ao
manuseio, coleta, transporte e destino final do lixo hospitalar.
SEGURANÇA
garantir a permanente atualização e aplicação de Plano de Contingência para o Município;
elaborar e implementar o Plano Diretor de Encostas.

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QUADRO 2
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

COMÉRCIO / ABASTECIMENTO
elaborar estudo para implantação de Centro de Abastecimento Municipal;
cadastrar, fiscalizar e treinar a qualidade da prestação dos serviços de comércio e abastecimento;
realizar a arborização da área central, elevando o grau de conforto térmico ;
revisar o sistema de esgotamento sanitário dos equipamentos;
manter o sistema de limpeza interna e externa;
instalar mobiliário urbano de apoio, sistema de programação e orientação visual;
introduzir outros serviços que sejam de interesse da comunidade.
elaborar e executar projeto de acondicionamento e destinação do lixo produzido e de esgotamento
sanitário;
implantar programas para o aproveitamento dos resíduos gerados.
INDÚSTRIA
fiscalizar e monitorar as indústrias locais;
desenvolver ações conjuntas de preservação e reconstituição ambiental, bem como intervenções de
melhorias urbanas, através de operações consorciadas com as indústrias e empresas locais.
PESCA
estimular a realização da comercialização de produtos: peixe, mariscos, etc.;
ampliar a produção e a produtividade pesqueira através da criação intensiva;
desenvolver um artesanato com boa qualidade de produtos e de acabamento;
estimular a implantação de unidades produtivas vinculadas ao processamento industrial de fazendas
marinhas para a exportação.

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