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e a destinação final dos resíduos sólidos visando ao

controle da poluição, da contaminação e à


minimização dos impactos ambientais no território do
Estado do Paraná [...]”.

A Lei n° 12.726/99 (Política Estadual de Recursos Hídricos)


institui:

“Art. 1º - [...] a Política Estadual de Recursos Hídricos


e cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, como parte integrante dos
Recursos Naturais do Estado, nos termos
da Constituição Estadual e na forma da legislação
federal aplicável.

Art. 4º - Constituem diretrizes gerais de ação para


implementação da Política Estadual de Recursos
Hídricos:

I - a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem


dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade;

II - a gestão sistemática dos recursos hídricos


adequada às diversidades físicas, bióticas,
demográficas, econômicas, sociais e culturais das
diversas regiões do Estado;

III - a integração da gestão de recursos hídricos com


a gestão ambiental;

IV - a articulação da gestão de recursos hídricos com


o dos setores usuários e com os planejamentos
regional, estadual e nacional;

V - a articulação da gestão de recursos hídricos com


a do uso do solo e o controle de cheias;

VI - a integração da gestão das bacias hidrográficas


com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras”.

3.2.3 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Na Lei Orgânica de Alvorada do Sul apresenta-se:

“Art. 6 - Ao Município de Alvorada do Sul compete,


em comum com a União e com o Estado:
........

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VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição
em qualquer de suas formas.
........
IX - Promover programas de construção de moradias,
de melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico.
Art. 101° - A execução da política urbana está
condicionada às funções sociais da cidade,
compreendidas como direito de acesso de todo
cidadão à moradia, transporte, saneamento,
iluminação pública, energia elétrica, comunicação,
educação, saúde, lazer, segurança, abastecimento de
água [...].

Art. 107° - A política rural será executada, integrando


recursos, meios e programas dos vários organismos
de iniciativa privada e dos poderes públicos
municipal, estadual e federal, e contemplando,
principalmente:
........
VII - A fiscalização sanitária, ambiental e de uso do
solo;
........
IX - A habitação e saneamento rural;

Art. 121° - O direito à saúde implica na garantia de:

I - Condições dignas de trabalho, saneamento,


moradia, alimentação, educação, transporte e lazer;

Art. 166° - O saneamento básico é dever do


Município, implicando, o seu direito, a garantia
inalienável de:

I. Abastecimento de água, em quantidade suficiente


para assegurar a adequada higiene e conforto, e com
qualidade compatível com os padrões de
potabilidade;
II. Coleta e disposição dos esgotos sanitários,
dos resíduos sólidos, e drenagem das águas pluviais,
de forma a preservar o equilíbrio do meio ambiente e
eliminar as ações danosas à saúde;
Art. 167° - O Município instituirá, isoladamente ou em
conjunto com o Estado e com a participação popular,
programa de saneamento urbano e rural, com o
objetivo de promover a defesa preventiva da saúde
pública, respeitadas a capacidade de suporte do
meio ambiente aos impactos causados e as diretrizes
estabelecidas no plano de diretor municipal.

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§ 1º - As prioridades e a metodologia das ações de
saneamento deverão nortear-se pela avaliação do
quadro sanitário da área a ser beneficiada, devendo
ser o objetivo principal das ações a reversão e a
melhoria do perfil epidemiológico.

Art. 168° - A estrutura tarifária a ser estabelecida


para cobrança pelos serviços de saneamento básico
deve contemplar os critérios de justiça, na
perspectiva de distribuição de renda, de eficiência na
coibição de desperdícios e de compatibilidade com o
poder aquisitivo dos usuários.

Art. 169° - Os serviços de coleta, transporte,


tratamento e destino, final de resíduos sólidos,
líquidos e gasosos, qualquer que seja o processo
tecnológico adotado, deverão ser executados sem
qualquer prejuízo para a saúde humana e o meio
ambiente.

§ 1º - A coleta de lixo no Município será seletiva.


§ 2º - Caberá ao Poder Executivo:

a) Tratamento e destino final adequados do


material orgânico;
b) Destinação final do lixo hospitalar por meio
de incineração.

Art. 170º - Para a coleta de lixo ou resíduos, o


Município poderá exigir, da fonte geradora, nos
termos da lei:

I. Prévia seleção;

II. Prévio tratamento, quando considerados


perigosos para a saúde e o meio ambiente.

Art. 171° - É vedado o despejo de resíduos sólidos e


líquidos a céu aberto em áreas públicas e privadas, e
nos corpos d’água.

Art. 172º - Incumbe ao Município promover a


educação sanitária em todos os níveis das escolas
municipais, e difundir as informações necessárias ao
desenvolvimento da consciência da população.

Com base no código de edificações e obras, o artigo


4° do capítulo III classifica as construções
municipais:

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Art. 4º - Para fins desta Lei, as construções ficam
classificadas em:
I. Edificações novas;
II. Reformas de edificações;
III. Infraestruturas e /ou Obras especiais.
§ 2º - As infraestruturas e/ou obras especiais
incluem sistema de coleta e tratamento de esgoto,
sistema de captação, tratamento e distribuição de
água potável, sistema de drenagem de águas
pluviais, sistema de transmissão, rebaixamento e
distribuição de energia elétrica, iluminação pública,
pavimentação, terraplanagens, dutos, muros e
arrimos, pontes, viadutos, passarelas, Represas e
barragens, aterro sanitário, mobiliários urbanos e
outros do gênero, exceto edificações”.

4 D IR E T R IZ E S G E R A IS P A R A O P M S B

Conforme descrito no item anterior, as diretrizes nacionais para


o saneamento básico são estabelecidas pela Lei Federal 11.445/2007 e o
Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) deve considerar o que foi
estabelecido pela Lei. Desta forma, o PMSB de Alvorada do Sul/PR tem como
principais diretrizes:
• Priorizar ações que promovam a igualdade social e territorial no acesso
ao saneamento básico;

• Ampliar progressivamente o acesso dos cidadãos aos serviços de


saneamento básico considerando os aspectos ambientais, sociais e
viabilidade técnica e econômico-financeira;

• Buscar o desenvolvimento sustentável, a regularidade, a qualidade, o


atendimento as normas técnicas, a legislação, a eficiências e a eficácia dos
serviços de saneamento;

• Garantir meios adequados para o atendimento dos serviços de


saneamento a população rural dispersa inclusive mediante a utilização de
soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais
peculiares;

• Fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a doação de


tecnologias apropriadas e a difusão dos conhecimentos gerados com o
PMSB;

• Estimular o uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com


os parâmetros estabelecidos em leis e normas técnicas na prestação dos
serviços;
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• Buscar a construção e uniformização de um banco de dados do
Município, possibilitando o desenvolvimento de um mapeamento da situação
ambiental e de saneamento de Alvorada do Sul;
• Promover a preservação dos recursos, incentivando o uso consciente;

• Promover a redução, reutilização, reciclagem e recuperação dos


recursos naturais;
• Proporcionar subsídios financeiros e não financeiros para usuários
que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente
para cobrir o custo integral dos serviços de saneamento;
• Buscar por recursos necessários para a realização dos investimentos,
de modo a cumprir as metas e objetivos dos serviços de saneamento;

• Implementar ações referentes ao desenvolvimento do saneamento


básico, atendendo o estabelecido pelos documentos legais e contribuindo
com as políticas públicas governamentais, visando a melhoria da qualidade
de vida e do meio ambiente;

• Assegurar a liberdade de informação, publicidade dos estudos,


relatórios e instrumentos equivalentes que se refiram a regulação ou a
fiscalização dos serviços de saneamento;

• Criar procedimentos que garantam o correto transporte, destinação e


tratamento dos resíduos gerados com a prestação de serviços públicos de
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos, reduzindo a
proliferação de vetores e animais peçonhentos.

• Estabelecer e executar ou proporcionar a execução de estudos de


viabilidade técnica e financeira para a formação de Consórcios
Intermunicipais para tratamento de resíduos sólidos urbanos;
• Criar mecanismos que garantam a sustentabilidade dos serviços de
drenagem e manejo das águas pluviais;

• Instalar o sistema de esgotamento sanitário adotando práticas


adequadas para o tratamento do esgoto gerado, sem causar prejuízos ao
meio ambiente e saúde pública;

• Criar mecanismos que garantam a preservação e manutenção de


mananciais de abastecimento;

• Proporcionar a educação sanitária e ambiental que vise à construção


da consciência individual e coletiva.

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5 M E T O D O L O G IA U T IL IZ A D A

O Plano Municipal de Saneamento Básico de Alvorada do Sul foi


elaborado conforme os parâmetros determinados na Lei Federal nº
11.445/2007:

• Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades do


serviço, infraestrutura e instalações necessárias ao abastecimento público de
água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos
instrumentos de medição;

• Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestrutura e


instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;

• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,


infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo
tratamento e destino final dos resíduos sólidos gerados no Município;

• Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de


atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana
de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para amortecimento
de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais
drenadas nas áreas urbanas.

O diagnóstico dos serviços públicos de saneamento básico no


Município de Alvorada do Sul engloba a área urbana e rural, e foi elaborado
com base em informações bibliográficas, levantamentos em campo e dados
coletados em órgãos e setores públicos do Município. Esta caracterização dos
setores de saneamento básico foi realizada com base nas informações
disponibilizadas pelo Município.

As avaliações referentes aos serviços públicos de abastecimento


de água foram elaboradas segundo as informações disponibilizadas pelo
Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE, Unidade de Alvorada do Sul. As
informações referentes a esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas foram
disponibilizadas pelos setores municipais responsáveis pela administração
do serviço.

A sequência de desenvolvimento dos trabalhos técnicos


compreendeu as seguintes etapas/atividades para os sistemas de
saneamento básico:

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• Levantamento da atual situação dos setores do saneamento básico no
Município;
• Avaliação da confiabilidade dos dados e informações coletadas;
• Diagnóstico da situação atual dos sistemas levantados;
• Elaboração de diretrizes, objetivos e metas a serem observados no
plano de saneamento;
• Elaboração dos estudos técnicos de projeção demográfica;
• Elaboração dos estudos per capta dos sistemas;
• Elaboração do estudo de condicionantes, deficiências e potencialidades
dos sistemas que compõem o saneamento básico;
• Proposição de alternativas técnicas para os sistemas para os próximos
30 anos.

A metodologia adotada na análise e sistematização do


diagnóstico da situação do Saneamento Básico do Município foi a avaliação
de potencialidades e oportunidades. Nesta sistemática a ordenação dos
dados levantados possibilita uma análise de forma sistematizada, podendo
obter uma visão clara para definição de estratégias do planejamento.

O Banco de dados georreferenciado do Plano Municipal de


Saneamento Básico foi elaborado utilizando o AutoCad 2011. Os planos de
informações desses sistemas foram projetados no sistema de coordenadas
Universal Transverso de Mercator (UTM), zona 22K, datum WGS84.

5 .1 PRAZOS E METAS

Entende-se como metas a implantação e/ou conclusão de um


objetivo qualitativo ou quantitativo determinado em um intervalo de tempo
devidamente definido. O PMSB tem como princípio básico o atendimento das
metas a serem fixadas, sendo que as ações previstas são meios decorrentes
da necessidade de atendimento das mesmas.

Estas metas deverão ser aferidas quanto a viabilidade de


implantação durante o estudo do Plano, mediante averiguação de viabilidade
econômica. No caso das ações propostas para o atendimento das metas não
gerar viabilidade econômica, as metas e consequentes ações deverão ser
revistas, adequando-se as variáveis a uma nova realidade de projeção de
implantação ou cobertura.

As metas fixadas referentes ao sistema de abastecimento de


água serão apresentadas a seguir, sendo esses parâmetros de fundamental
importância no PMSB, uma vez que através destes se acompanhará a
materialização das ações e fundamentalmente o atendimento das premissas
adotadas. Concomitantemente a apresentação das metas fixadas, faz-se

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necessário a indicação da forma de avaliação das mesmas, através de
indicador específico. Atendendo-se ao item da Lei 11.445/07, no que se
refere ao cumprimento do Art. 19, V, “mecanismos e procedimentos para a
avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas”.

Estes indicadores específicos para acompanhamento das metas,


fazem parte do conjunto de indicadores a serem propostos e serão
complementados por outros de natureza técnica/operacional/administrativa
e estarão apresentados em item específico desse Plano de Saneamento.

Desta forma, serão estabelecidos objetivos e metas de curto,


médio e longo prazos para a universalização dos serviços e sanções das
potencialidades e oportunidades, admitidas soluções graduais e
progressivas, observando sempre a compatibilidade com os recursos e
demais planos do Município. Assim como deverão ser propostos programas
e ações necessárias para atingir os objetivos e metas estabelecidos e
respectivos mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da
eficiência e eficácia das ações programadas. Considera-se o ano de 2015 o
primeiro ano (ano 1) de implementação das propostas e o ano de 2045 (ano
30) o horizonte final do PMSB.

6 D IA G N Ó S T IC O D O S A N E A M E N T O N O M U N IC ÍP IO

6 .1 . A B A S T E C IM E N T O D E Á G U A

A água é um elemento essencial para sustentar a vida, que deve


existir em abundância e em qualidade adequada para garantir a saúde
humana, a execução de suas atividades e o desenvolvimento econômico.
Desta forma, a necessidade deste recurso deve ser encarada sob os aspectos
sanitários, econômicos e sociais.

O abastecimento de água no âmbito do saneamento básico é um


dos fatores de maior relevância, visto que a implantação ou melhoria dos
serviços de abastecimento traz como resultado uma rápida e sensível
melhoria na saúde e nas condições de vida, principalmente quando se refere
às condições de saúde e vida da população, prevenção de doenças, promoção
de hábitos higiênicos, melhoria da limpeza pública, etc.

A execução de atividades de captação, adução, tratamento,


reserva e abastecimento deve seguir uma série de legislações e normas
técnicas a fim de subsidiar a prestação do serviço de forma adequada. A sua
disponibilidade para a população deve ser executada de forma contínua, com
qualidade e sem restrições de acesso. Desta forma, o PMSB tem como

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principal intuito, avaliar o atual serviço de abastecimento de água no
Município, levantar potencialidades e oportunidades e propor medidas de
desenvolvimento e melhorias.

6.1.1 LEGISLAÇÕES, RESOLUÇÕES E NORMAS ESPECÍFICAS

A coleta, tratamento, abastecimento e uso dos recursos hídricos


são regidos por Leis, Resoluções e Normas Técnicas pertinentes, destacando-
se:

6 .1 .1 .1 L e is , D e c r e to s e R e s o lu ç õ e s

• Lei Federal nº 6.050/74, dispõe sobre a fluoretação da água em sistema


de abastecimento quando existir Estação de Tratamento;

• Lei Federal nº 6.938/81, cria o CONAMA (Conselho Nacional do Meio


Ambiente);

• Lei Federal nº 9.433/97, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos


e cria o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
• Lei Federal nº 9.984/00, dispõe sobre a criação da Agência Nacional das
Águas – ANA;

• Portaria Federal nº 1.469/00, estabelece os procedimentos e


responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água
para consumo humano e seu padrão de potabilidade;

• Portaria nº 2.914/11 do Ministério da Saúde, dispõe sobre os


procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade;
• Resolução CONAMA nº 396/08, dispõe sobre a classificação e diretrizes
ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas;

6 .1 .1 .2 N o r m a s T é c n ic a s

• ABNT/NBR 10560/88, determinação de nitrogênio amoniacal na água;

• ABNT/NBR 10561/88, determinação de resíduos sedimentáveis na água;

• ABNT/NBR 10559/88, determinação de oxigênio dissolvido na água;

• ABNT/NBR 10739/89, determinação de oxigênio consumido na água;

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• ABNT/NBR 12212/92, projeto para captação de água subterrânea;

• ABNT/NBR 12214/92, projeto de sistema de bombeamento de água para


abastecimento público;

• ABNT/NBR 12215/92, projeto de adutora de água para abastecimento


público;

• ABNT/NBR 12216/92, projeto de estação de tratamento de água para


abastecimento público;

• ABNT/NBR 12217/94, projeto de reservatório de distribuição de água


para abastecimento público;

• ABNT/NBR 12614/92, determinação da demanda bioquímica de oxigênio


(DBO) na água;

• ABNT/NBR 12619/92, determinação de nitrito na água;

• ABNT/NBR 12620/92, determinação de nitrato na água;

• ABNT/NBR 12642/92, determinação de cianeto na água;

• ABNT/NBR 12612/92, determinação de dureza total na água;

• ABNT/NBR 13404/95, determinação de resíduos de pesticidas


organoclorados na água;
• ABNT/NBR 13405/95, determinação de resíduos de pesticida
organofosforados na água;

• ABNT/NBR 13406/95, determinação de resíduos de fenoxiácidos


clorados na água;

• ABNT/NBR 13407/95, determinação de trihalometanos na água.

6 .1 .2 . P R IN C ÍP IO S E D IR E T R IZ E S

O serviço de abastecimento de água só poderá ser considerado


eficiente se atender aos seus usuários com qualidade na prestação de
serviços e sendo auto suficiente financeiramente. Para isso, devem ser
seguidas as seguintes diretrizes:

• Universalização dos serviços;

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• O usuário deverá ser fundamental à empresa, independente da mesma
ser pública ou concessionada através de contrato de projeto ou iniciativa
privada;

• A prestação de serviços originados deve atender as expectativas dos


usuários em termos de prazos de atendimento e qualidade de serviço;

• A empresa deverá atuar com isonomia na prestação dos serviços a


seus clientes;

• A qualidade da água deverá estar, em qualquer tempo, dentro dos


padrões de potabilidade, atendendo aos dispositivos legais da Portaria
2.014/2011, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativas
ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade;

• A qualidade da água deverá estar, em qualquer tempo, dentro dos


padrões, atendendo no mínimo, aos dispositivos da Resolução CONAMA
396/2008, que dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o
enquadramento das águas subterrâneas;

• Deverá ocorrer com regularidade e continuidade, a prestação de


serviços de abastecimento de água, no que se refere à qualidade e pressão
dentro do estabelecido pela ABNT;
• O custo de m³ cobrado de água produzido e distribuído deverá ser
justo e cobrado de forma que possa ser absorvido pela população, mesmo a
de baixa renda, sem causar desequilíbrio financeiro domiciliar e sem
inviabilizar os planos de investimentos necessários;

• A grade tarifária a ser aplicada deve privilegiar os usuários que


pratiquem a economicidade no consumo de água;

• A operação do sistema deverá ser adequada, no que se refere a


medição correta de consumo e respectivos pagamentos;

• A relação preço/qualidade deverá ser otimizada e que a busca pela


diminuição de perdas físicas e de energia seja permanente;

• Os serviços de manutenção preventiva/preditiva deverão prevalecer em


relação aos corretivos;

• Deverá ser buscada a aplicação da tecnologia mais avançada e mais


eficiente e adequada às suas operações;

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• Deverá se buscar permanentemente a promoção de soluções
otimizadas ao cliente;

• Deverão ser previstas nos programas de implantação de obras,


condições de minimizar as interferências com a segurança e tráfego de
pessoas e veículos;

• Deverá ser disponibilizado um bom sistema de geração de informações


e que os dados que venham a alimentar as variáveis dos indicadores sejam
verídicos e obtidos de boa técnica;

• Os indicadores selecionados devem permitir ações oportunas de


correção e otimização da operação dos serviços;

• Deverá se buscar o desenvolvimento técnico e pessoal dos profissionais


envolvidos nos trabalhos, de forma a possibilitar uma busca contínua de
melhoria de seu desempenho.

6.1.3. OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

As principais obrigações da administração municipal neste


quesito são:

• Constituir ou delegar a competente regulação dos serviços, conforme


previsto por Lei;

• A administração municipal ou a quem a mesma delegar a operação


dos serviços deverá desenvolver um sistema de indicadores, a ser utilizado
para acompanhamento do cumprimento das metas estabelecidas;

• A entidade reguladora dos serviços deverá acompanhar a evolução das


metas, utilizando o sistema de indicadores desenvolvido, atuando sempre
que ocorrerem distorções, garantindo o fiel cumprimento das metas fixadas,
sejam elas quantitativas e/ou qualitativas;

• A administração municipal ou a quem a mesma delegar a operação


dos serviços deverá obter todas as licenças ambientais para execução de
obras e operações, nos termos de legislações específicas;

• A administração municipal ou a quem delegar a operação dos serviços


deverá ser responsável pelos custos de expansão da rede de distribuição e
respectivas ligações domiciliares;

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• A administração municipal deverá garantir que as obras e serviços
venham a ser executadas atendendo todas as legislações referentes à
segurança do trabalho;

• A administração municipal ou a quem delegar a operação dos serviços


deverá dar subsídios necessários para que a entidade reguladora possa
acompanhar de forma eficaz a evolução das metas, utilizando o sistema de
indicadores desenvolvido. Caberá a entidade reguladora dos serviços atuar
de forma firme, sempre que ocorrerem distorções, garantindo fiel
cumprimento das metas fixadas, sejam elas quantitativas e/ou qualitativas;

A administração municipal ou a quem delegar a operação dos


serviços deverá implantar um sistema de qualidade envolvendo todas as
etapas dos processos.

6.1.4. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE


ÁGUA

Os sistemas de abastecimento de água são soluções coletivas


que apresentam muitas vantagens: proteção do manancial que abastece a
população, facilidade de manutenção e supervisão de unidades que
compõem o sistema, maior controle da quantidade da água consumida e
ganhos em escala.

O Município de Alvorada do Sul atua por meio de Autarquia


Municipal para a prestação dos serviços de abastecimento de água. O SAAE
(Serviço Autônomo de Água e Esgoto) é a operadora do sistema que presta o
serviço desde 1965.

O diagnóstico do sistema de abastecimento existente no


Município de Alvorada do Sul foi escrito segundo as informações
disponibilizadas por esta empresa e conforme o tempo disponibilizado para a
elaboração do PMSB.

Devido às características geográficas regionais de Alvorada do


Sul, o Município possui relevante potencial de fonte hídrica, incluindo a
Represa Capivara. Porém, apesar da disponibilidade do volume de água, a
qualidade não é garantida, devido ao risco de contaminação das águas
superficiais pela interferência antrópica.

A Represa Capivara é expressivamente explorada pelo lazer em


muitas localidades, sendo que às suas margens existem chácaras de uso
esporádico, porém intensivo. Cerca de 50% dos domicílios de Alvorada do
Sul são chácaras localizadas às margens da Represa sendo que a população

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flutuante da cidade aumenta cerca de 50% a 70% nos finais de semanas e
feriados, segundo a Prefeitura do Município.

É importante ressaltar que nestas regiões não há sistemas de


esgotamento sanitário adequados, já que é extensivo o uso de fossas negras,
responsáveis por apresentar potencial elevado de contaminação de águas
superficiais e subterrâneas.

O sistema de abastecimento é estruturado segundo a


necessidade, principalmente nas áreas às margens da Represa Capivara. Por
se tratarem na maioria de sistemas isolados os quais atenderão sistemas
bem definidos, tais como loteamentos, a análise de viabilidade é bastante
simplificada, não necessitando de estruturas complexas para a sua
implantação. Para o sistema principal de abastecimento da Sede de Alvorada
do Sul sua estruturação ocorre na medida em que o Município se expande.

Referente a potabilidade das águas, não são executadas


caracterizações físico-químicas avançadas a fim de verificar a qualidade das
águas provenientes do sistema Serra Geral, sendo amostrados os parâmetros
de pH, cloro, cor, turbidez, flúor, contagem de coliformes totais e termos
tolerantes. Nas águas de abastecimento da Sede do Município e no Distrito
Esperança do Norte, são efetuados apenas a desinfecção e adição de fluoreto,
não havendo tratamento prévio para nenhum dos outros sistemas. Mais
detalhes sobre o tratamento e o monitoramento das águas captadas serão
discutidos no item 6.1.6.1.

Segundo a Resolução CONAMA nº 396/08, que dispõe sobre a


classificação das águas subterrâneas e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento e a Portaria nº 2.914/11 do Ministério da Saúde, que dispõe
sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água
para consumo humano e seu padrão de potabilidade, os parâmetros
atualmente monitorados não são suficientes para afirmar sua potabilidade,
visto o número de análises realizados e a abrangência do monitoramento.

Alvorada do Sul não possui Plano Diretor de Abastecimento de


Água, de forma que o planejamento de investimentos para o setor vem sendo
realizado por estudos internos pela SAAE, como será discutido
detalhadamente no item 6.1.8, onde também poderão ser observadas várias
propostas de investimentos que já estão em andamento. Porém, este
planejamento contempla apenas a expansão da abrangência do serviço de
abastecimento, não sendo avaliados problemas operacionais de perdas no
sistema, uma vez que estes são internalizados nos custos normais de
operação e manutenção.

A expansão do sistema é muito importante para atender o


crescimento socioeconômico do Município, porém faltam programas de

105
ampliação do sistema e oferta de soluções técnicas adequadas para áreas
rurais, onde o sistema de abastecimento de água não é abrangente.

Observa-se a falta de planejamento integrado e sistêmico que


contemple todos os setores que compõe o saneamento básico. A falta de
planejamento conjunto entre os setores do saneamento trazem prejuízos ao
Município, visto que as medidas de melhorias são concentradas em objetivos
discretos e não abrangem o interesse conjunto entre todos os setores
envolvidos. O maior impacto é a repercussão no desenvolvimento social e
econômico, e em específico na saúde pública, uma vez que todos os setores
do saneamento, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo dos
resíduos sólidos de forma direta ou indiretamente interferem e apresentam
potencialidades perante a qualidade das águas. Percebe-se a necessidade
clara de planejamento conjunto entre todos os setores de saneamento do
Município.

A localização do Distrito Sede, Distrito de Esperança do Norte e


Condomínios e Chácaras está demonstrada na Figura 32 e em detalhes no
Anexo I.

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Figura 32: Mapa de localização do distrito sede, Distrito Esperança do Norte e condomínios
e chácaras.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

O sistema de abastecimento de água na área urbana e rural do


Município de Alvorada do Sul provém exclusivamente de manancial
subterrâneo através de poços profundos. A água oriunda de cada um dos
poços explorados tem seu sistema de abastecimento, com sua respectiva
área de direta abrangência de distribuição. De acordo com a SAAE, o serviço
de abastecimento de água é prestado para cerca de 4.700 domicílios, sendo
que 100% da área urbana e 70% da área rural do Município são atendidas.
As localidades que não são atendidas pelo sistema de abastecimento, são
abastecidas por sistemas próprios, sendo operadas diretamente pelas
comunidades/condôminos, sem intervenção da SAAE.

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O cadastramento de ligações de água é realizado mediante a
demanda de solicitação no escritório da SAAE localizado na Sede do
Município. Dos 4.700 domicílios atendidos pelo sistema de abastecimento,
3.500 possuem hidrômetro, sendo necessária a aquisição dos 1.200
restantes. A manutenção do abastecimento, que envolve o reparo de
equipamentos e estrutura, é realizado mediante a solicitação no escritório,
sendo gastos em média de R$ 5.000 a R$ 6.000 reais/mês com manutenções
e reparos do sistema.

Em relação às situações de inadimplência, o abastecimento é


suspenso de imediato até o recebimento dos valores em atraso, sendo
cobrada uma taxa para o reestabelecimento do serviço. Para a situação de
violação dos hidrômetros e ligações clandestinas, o registro é efetuado por
meio de denúncias e inspeções realizadas pelos funcionários da SAAE, sendo
cobradas multas por irregularidades e posterior taxação pelo
reestabelecimento do serviço.

O consumo per capita de água é a quantidade consumida por


habitante em determinada localidade. No Município de Alvorada do Sul, o
consumo médio per capita é estimado de acordo com os registros de
micromedições nos hidrômetros instalados, sendo estimada em
118 L/hab./dia. Segundo Von Sperling (1996), os valores típicos de consumo
per capita de água são estabelecidos por faixa de população, de forma que
em Municípios do porte de Alvorada do Sul, o consumo per capita é de 110 a
160 L/hab./dia. Observa-se que o registro de consumo diário condiz com o
estabelecido pela literatura, podendo variar devido a diferenciação
socioeconômica encontrada nas regiões da Sede do Município e dos
loteamentos instalados às margens da Represa Capivara, uma vez que o
consumo de água está ligado às características socioeconômicos regionais.
Além disso, devem existir programas de conscientização sobre o uso racional
da água, a fim de evitar consumos atípicos. É comum encontrar perdas no
sistema devido a práticas inadequadas que acarretam no desperdício de
água.
Em decorrência do número de ligações, estima-se que a
população atendida pelo sistema de abastecimento é de 10.246 habitantes e
adotando-se o valor de consumo de 118 L/hab./dia, o consumo estimado de
água para toda a população do Município atualmente é de 1.209,0 m³/dia,
incluindo área urbana e rural, considerando também que há regiões da área
rural que não são atendidas pelo sistema público de abastecimento. Este
valor é superior à média considerada na bibliografia devido, principalmente,
a diversidade socioeconômica apresentada nas diversas localidades do
Município.

Para o horizonte final do PMSB, em 2045 a população total


estimada para Alvorada do Sul será de 33.119 habitantes e adotando o valor
de consumo de 118 L/hab. dia, o consumo estimado de água para toda a

108
população do Município naquele ano será de 3.908,0 m³/dia, incluindo área
urbana e rural, ainda considerando as regiões da área rural não atendidas
pelo sistema público de abastecimento.

Segundo informações do Plano Diretor do Município e da SAAE,


atualmente o sistema geral trabalha com 15 sistemas de abastecimento
individuais, com o uso de 18 poços tubulares profundos, todos em
exploração de água bruta do manancial subterrâneo Serra Geral. Além
destes, existem sistemas de abastecimento particular para cerca de doze
loteamentos, os quais estão fora da abrangência de serviço da SAAE (Anexo
II e Figura 33). Os loteamentos atendidos pelos sistemas de abastecimento
da SAAE e os de abastecimento privado estão dispostos nos Quadros 19 e 20
respectivamente.

109
Sistemas públicos
Localidades Sistema Reservatório (m³)
Sede
Loteamento Gasparelli IV 1º etapa
Loteamento Gasparelli VI 1º etapa
Recanto Santa Maria
Balneário Indianápolis
Recanto Itapui 1 525
Chácaras São Luiz
Balneário Rosa Imperatore Alves
Recanto São José
Balneário Rosa Imperatore Alves II
Recanto São João
Distrito Esperança do Norte
2 50
Vila Rural
Loteamento Gasparelli I 1º etapa
Loteamento Gasparelli II 1º etapa
Recanto Hermes Solcia
3 50
Recanto Dois Irmãos I
Condomínio Bom Jesus
Loteamento Santo Antônio
Recanto Rural
Balneário Pedregulho Melo
4 30
Retiro Alvorada
Recanto Coqueiro
Recanto dos Magnatas II
5 50
Recanto dos Magnatas III
Recanto dos Magnatas I 6 15
Recanto Primavera 7 30
Recanto Benelli 8 20
Recanto Dois Irmãos II 9 20
Recanto Piapara 10 20
Recanto Bonitinho 11 15
Loteamento Gasparelli III 1º e 2º etapa 12 50
Loteamento Gasparelli V 13 20
Balneário Porto Seguro 14 50
Recanto São Bento
15 20
Recanto Rancho Alegre I
Quadro 19: Sistemas de abastecimento e capacidade de armazenamento.
Fonte: SAAE e Secretaria de Obras, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Sistemas particulares

110
Localidades
Riviera do Poente
Riviera Bosque
Riviera Nascente
Recanto Santa Ida A
Loteamento Mansano
Estância Pousada Tucunaré
Recanto Buffalo I
Recanto Buffalo II
Loteamento Firmani
Quadro 20: Loteamentos particulares com sistemas de abastecimento privados.
Fonte: SAAE, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Além dos poços de captação para os sistemas de abastecimento


de água residencial e comercial, o SAAE possui um poço destinado a
captação de água para incêndios e usos secundários quando necessário. Os
serviços são prestados e cobrados por caminhão pipa utilizado e por
localidade a ser entregue.

De acordo com os técnicos da SAAE, todos os poços tubulares


profundos apresentam revestimento interno com até 30 metros de
profundidade. Estes poços captam água do aquífero denominado artesiano
ou confinado, localizado abaixo do lençol freático. O revestimento interno
tem o objetivo de isolar o contato entre a águas subterrâneas e possíveis
contaminações que possam ocorrer na camada do lençol freático (ENGE,
2004).

Segundo levantamentos, não há registro atualizado de


informações referentes aos sistemas de abastecimento como localização
geográfica dos poços de captação, características do conjunto moto bomba,
estrutura, vazão de captação máxima, vazão de captação atual,
profundidade e tempo de funcionamento diário, tamanho da rede de
abastecimento, entre outros. Além disso, nenhum dos poços de coleta de
água bruta possui outorga de captação, sendo que atualmente estão em
trâmite os processos de Outorga para 04 poços de captação, existentes na
sede do Município.

Conforme discutido anteriormente, a SAAE realiza o


planejamento do sistema de abastecimento de acordo com a demanda
populacional, não sendo fornecidos dados ou relatados projetos por parte da
Empresa a respeito de Projetos de Estudo e/ou Programas de Planejamento,
sendo implantadas somente medidas de atendimento às necessidades
imediatas e a curto prazo.

111
O sistema de abastecimento é realizado em 100% da área
urbana, em quantidade adequada a toda sua área de abrangência. Todavia,
como parte da população rural não é atendida, faz-se necessária a execução
de um planejamento que possa garantir o bom desempenho do atendimento
e expansão do sistema, mediante a elaboração de programas de expansão
que visem o crescimento da população a médio e longo prazos.

Vale ressaltar a necessidade da execução de levantamentos de


dados detalhados dos sistemas de abastecimento, conforme disposto
anteriormente. Estas informações deverão ser disponibilizadas e
consideradas quando forem elaborados e executados projetos de drenagem,
sendo necessária a criação de um sistema com informações atualizadas de
todos os sistemas para fins de elaboração de projetos pelo Município.

A execução do monitoramento da qualidade das águas captadas


e o tratamento, é realizada apenas para a Sede do Município e para o
Distrito Esperança do Norte, sendo monitorados parâmetros superficiais de
caracterização e definição de potabilidade da água, de forma que deverão ser
mantidos, melhorados e estendidos aos outros sistemas. Ainda, deverão ser
elaborados programas integrados de proteção dos mananciais e dos recursos
hídricos.

Mais adiante serão demonstradas as tarifas cobradas pelos


serviços, qualidade da água captada, sistema de tratamento e
monitoramento, estudos de capacidade de atendimento dos sistemas e
projeções de futura demanda de abastecimento para a sede de Alvorada do
Sul, para o Distrito e para os loteamentos às margens da Represa Capivara.

112
Figura 33: Mapa de abastecimento de Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

113
6 .1 .4 .1 . P o te n c ia lid a d e s e O p o r tu n id a d e s d e M e lh o r ia p a r a o
A b a s te c im e n to d e Á g u a n o M u n ic íp io

O abastecimento de água em Alvorada do Sul apresenta uma


qualidade regular. No entanto, diante dos fatos discutidos, percebe-se a
necessidade de estruturação sistematizada na prestação e planejamento dos
serviços. Ainda, atenta-se à pequena demanda de abastecimento de parte da
população rural não atendida e a falta de informações técnicas do sistema,
principalmente no que diz respeito à captação de água e distribuição. Além
disso, verificou-se a inexistência de outorga de uso das águas captadas.
Deste modo destacam-se as seguintes potencialidades e oportunidades de
melhoria para os sistemas existentes atualmente:

• Levantamento das áreas rurais não atendidas pelo serviço;


• Elaboração de programas de educação ambiental;
• Levantamento técnico dos sistemas de captação e distribuição;
• Solicitação de outorga dos poços de captação;
• Manutenção e instalação de novos hidrômetros;
• Registro mensal das solicitações de manutenção.

6.1.5. TAXAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

6 .1 .5 .1 . T a r ifa s d e C o n s u m o

A cobrança pelo serviço de abastecimento residencial de água


oferecido pela SAAE possui tarifas diferenciadas segundo categorias de usos
e faixas de consumo, de forma que se pré-estabelece a faixa da quantidade
de água consumida, mediante uma tarifa básica por faixa de uso, sendo o
excedente custeado por uma taxa fixa de metro cúbico gasto. Atualmente
(2014), a Tarifa Básica de Consumo de Água está fixada no consumo mínimo
de 10 m³ de água ao custo de R$ 15,16. Pode-se observar as faixas de uso,
tarifas de cobranças por faixa e respectivas taxas de cobrança por metro
cúbico excedente no Quadro 21.

Faixa de uso Tarifa Taxa por excedente (R$/m³)


Até 10 m³ R$ 15, 16 ----
De 11 m³ á 15 m³ R$ 15,16 R$ 2,15
De 16 m³ á 25 m³ R$ 25,91 R$ 3,03
De 26 m³ á 50 m³ R$ 56,21 R$ 3,73
Acima de 50 m³ R$ 149, 46 R$ 4, 19
Quadro 21: Tarifas de consumo de água residencial.
Fonte: Decreto Municipal Nº 47/2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

114
Não foi observado ou informado, por parte da SAAE ou da
Prefeitura Municipal, a existência de programa de incentivo social de acesso
ao abastecimento de água.

O uso da água para comércio e indústria possui tarifas


diferenciadas em relação à cobrança do uso residencial. O processo de
cobrança segue a mesma metodologia de faixas de consumo, respectivas
tarifas e taxas de custeio por metro cúbico excedente. A tarifa básica pelo
uso comercial/industrial está fixada no consumo mínimo de 10 m³ ao custo
de R$ 18,65. Pode-se observar as faixas de uso, tarifas de cobrança por faixa
e respectivas taxas de cobrança por metro cúbico excedente no Quadro 22.

Faixa de uso Tarifa Taxa por excedente (R$/m³)


Até 10 m³ R$ 18, 65 ----
De 11 m³ á 15 m³ R$ 18,65 R$ 2,33
Quadro 22: Tarifas de consumo de água comercial/industrial.
Fonte: Decreto Municipal Nº 47/2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Além dos serviços de abastecimento contínuo de água nas


residências, comércios e indústrias, a SAAE presta o serviço de
abastecimento temporário de água, o qual é definido por custo fixo de
consumo por período de uso, sendo o período mínimo de contratação de
serviço de 10 dias e máximo de 60 dias. Superior a este período, deverá ser
solicitada a ligação definitiva do abastecimento. Os custos para os períodos
de contratação temporária de abastecimento de água estão descritos no
Quadro 23:

Período de contratação Custo


Custo fixo de consumo até 10 (dez) dias R$ 150,00
Custo fixo de consumo de 11 (onze) a 30 (trinta) dias R$ 250,00
Custo fixo de consumo de 31 (trinta e um) a 60 (sessenta) dias R$ 450,00
Quadro 23: Tarifas de contratação de abastecimento de água temporário
Fonte: Decreto Municipal Nº 47/2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Como descrito anteriormente, a SAAE também disponibiliza o


serviço de solicitação de água para usos secundários, na forma de volume
equivalente a um caminhão pipa. Estes serviços são em grande parte
destinados ao enchimento de piscinas em espaços de lazer e são cobrados de
acordo com a localidade de destino, conforme discriminado no Quadro 24:

115
Localidade Custo
Sede de Alvorada do Sul R$ 50,00
Distrito Esperança do Norte e Vila Rural R$ 60,00
Loteamentos (Chácaras) R$ 60,00
Quadro 24: Tarifas de transporte de água com caminhão pipa.
Fonte: Decreto Municipal Nº 47/2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

6 .1 .5 .2 . M u lta s e T a x a s

A inadimplência no pagamento da conta de água é regulada


mediante o corte do abastecimento. O sistema de corte é recente (início em
outubro 2013) e vem sendo aplicado para casos de inadimplência no período
de 30 (trinta) dias posterior ao vencimento da conta.

Com o pagamento das dívidas, o abastecimento é reestabelecido


sendo cobrada uma taxa no valor de R$ 15,00. Sendo verificada a violação
do dispositivo de corte por parte do usuário, é cobrada uma taxa de
R$ 100,00 como sanção a esta medida.

O Decreto Municipal Nº 47/2014 também prevê taxas para o


restabelecimento do fornecimento de água por furto, violação do lacre,
danificação do hidrômetro, intervenção do usuário no ramal domiciliar e
ligações clandestinas. Os valores para as sanções das irregularidades
listadas estão descritos no Quadro 25:
Descrição da irregularidade Taxa
No cavalete com intervenção do usuário no ramal e lacre violado R$ 200,00
No cavalete com hidrômetro danificado pelo usuário R$ 600,00
No ramal nos casos de furto de água, ligação clandestina e violação no
R$ 600,00
cavalete de água
Quadro 25: Valores para restabelecimento do fornecimento de água por furto, violação do
lacre, danificação do hidrômetro, intervenção do usuário no ramal domiciliar e ligações
Clandestinas.
Fonte: Decreto Municipal Nº 47/2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Não foi apresentado registro mensal de usuários com


inadimplência no sistema da SAAE, havendo apenas um registro atualizado
dos devedores. Após a quitação das pendências, o usuário é retirado do
sistema. Atualmente existem 58 casos de corte do abastecimento de água
devido ao não pagamento. A quantidade de usuários com inadimplência
anterior à implantação do sistema de corte é muito maior, contabilizando um
saldo devedor atual de R$ 356.254,65. Neste valor estão contabilizados
ausência no pagamento da conta de abastecimento de água, serviços de
manutenção, religação de abastecimento e outros.
116
Segundo a SAAE, anteriormente, o saldo devedor era de
aproximadamente R$ 500.000,00, sendo implantado um programa de
quitação de dívidas com os usuários através de parcelamentos das dívidas
ativas, sendo resgatados em apenas meio ano (início em janeiro de 2014)
quase 30% do valor total.

6 .1 .5 .3 . P o te n c ia lid a d e s e O p o r tu n id a d e s p a r a a s T a r ifa s , M u lta s e


Taxas

O sistema de tarifas, multas e taxas atende adequadamente ao


sistema de abastecimento de água do Município de Alvorada do Sul. Porém,
observou-se a inexistência de programa social voltado às populações de
baixa renda do Município, de forma que se faz necessária a elaboração de
instrumento legal e financeiro que atenda esta parcela da população.

6.1.6. TRATAMENTO E MONITORAMENTO DA ÁGUA NO MUNICÍPIO

6 .1 .6 .1 . T r a ta m e n to d a Á g u a

O tratamento da água é uma importante ferramenta para o


saneamento básico, tendo por objetivo condicionar as características da
água bruta a fim de atender a qualidade necessária ao abastecimento
humano. Ao ser utilizada para o abastecimento público, a água deve ter sua
qualidade ajustada de forma a atender os padrões de qualidade exigidos pelo
Ministério da Saúde, para prevenir o aparecimento de doenças de veiculação
hídrica, proteger a saúde da população, adequando-a aos usos domésticos e
proteger o sistema de abastecimento de água, principalmente as tubulações
e órgãos acessórios da rede de distribuição dos efeitos danosos da corrosão e
da deposição de partículas no interior das tubulações.

Segundo a SAAE, as águas coletadas do aquífero Serra Geral


apresentam boa qualidade, não necessitando de tratamento simplificado,
convencional ou avançado. O tratamento das águas subterrâneas captadas
no Município é realizado somente na sede do Município e no Distrito
Esperança do Norte, sendo de caráter biológico, pois trata-se apenas do
procedimento de desinfecção com a adição de Cloro e Fluoreto.

A aplicação do cloro é realizada na sua forma gasosa, dosado


através de equipamentos que permitem um controle sistemático de sua
aplicação. A concentração média de cloro aplicada é de 0,65 mg/L. Para a
adição de agente fluoretante, o sistema de tratamento adota o fluossilicato
de sódio, com dosagem média utilizado de íon fluoreto de 0,70 mg/L.

117
A Resolução CONAMA Nº 396/2008 dispõe sobre a classificação
e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas. Nela
são definidas as classes de águas subterrâneas e de acordo com suas
características biológicas, físicas e químicas, a destinação ao seu uso. As
classes definidas pela Resolução são:

• Classe Especial: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção


desses destinadas à preservação de ecossistemas em unidades de
conservação de proteção integral e as que contribuam diretamente para os
trechos de corpos de água superficial enquadrados como Classe Especial;

• Classe 1: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses,


sem alteração de sua qualidade por atividades antrópicas e que não exigem
tratamento para quaisquer usos preponderantes devido às suas
características hidrogeoquímicas naturais;

• Classe 2: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses,


com alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, para as quais não
é necessário o tratamento em função dessas alterações, mas que podem
exigir tratamento adequado, dependendo do uso preponderante, devido às
suas características hidrogeoquímicas naturais;

• Classe 3: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses,


com alteração de sua qualidade por atividade antrópicas, para as quais não
se necessário o tratamento em função dessas alterações, mas que podem
exigir tratamento adequado, dependendo do uso preponderante, devido às
suas características hidro geoquímicas naturais;

• Classe 4: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses,


com alteração de sua qualidade por atividade antrópicas e que somente
possam ser utilizadas, sem tratamento, para uso preponderante menos
restritivo;

• Classe 5: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses,


que possam estar com alteração de usa qualidade por atividades antrópicas,
destinadas a atividades que não têm requisitos de qualidade para uso.

Segundo a referida Resolução, Art. 4º, os Valores Máximos


Permitidos – VMP para o respectivo uso das águas subterrâneas deverão ser
observados quando da sua utilização, com ou sem tratamento, independente
da Classe de enquadramento. Os VMP expressam a concentração ou valor de
um dado parâmetro que define a qualidade natural da água subterrânea.

118
Continua ainda, em seu Art. 6º, estabelecendo que os padrões
das Classes de 1 a 4 deverão ser estabelecidos com base nos Valores de
Referência de Qualidade – VQR, determinados pelos órgãos competentes, e
nos Valores Máximos Permitidos (VMP) para cada uso preponderante,
observados os Limites de Quantificação Praticáveis – LQP apresentados no
Anexo I da referida Resolução. Os parâmetros que apresentarem VMP para
apenas um uso são válidos para todos os outros usos, enquanto VMPs
específicos não forem estabelecidos pelos órgãos competentes.

O VQR refere-se a concentrações ou valores de um dado


parâmetro que define a qualidade natural da água subterrânea e o LQP
representa a menor concentração de uma substância que pode ser
determinada quantitativamente com precisão e exatidão, pelo método
utilizado.

Mais adiante na Resolução CONAMA 396/2008, nos Artigos 7º


ao 11º são caracterizados cada Classe:

• As águas subterrâneas de Classe 1 deverão apresentar, para todos os


parâmetros, VRQs, abaixo ou igual dos Valores Máximos Permitidos mais
Restritivos dos usos preponderantes.

• As águas subterrâneas de Classe 2 deverão apresentar, em pelo menos


um dos parâmetros, Valor de Referência de Qualidade –VRQ superior ao seu
respectivo Valor Máximo Permitido mais Restritivo – VMPr+ dos usos
preponderantes.

• As águas subterrâneas de Classe 3 deverão atender ao Valor Máximo


Permitido mais Restritivo – VMPr+ entre os usos preponderantes, para cada
um dos parâmetros, exceto quando for condição natural da água.

• As águas subterrâneas de Classe 4 deverão atender aos Valores


Máximos Permitidos menos Restritivos – VMPr- entre os usos
preponderantes, para cada um dos parâmetros, exceto quando for condição
natural da água.

• As águas subterrâneas de Classe 5 não terão condições e padrões de


qualidade conforme critérios utilizados na resolução referida.

Além disso, a Resolução estabelece, no Art. 12º, que os


parâmetros a serem selecionados para subsidiar ao enquadramento das
águas subterrâneas em classes deverão ser escolhidos em função dos usos
preponderantes, das características hidrogeológicas e hidrogeoqímicas, das
fontes de poluição e outros critérios técnicos definidos por órgãos
competentes.

119
Deverão ser considerados, no mínimo, os seguintes parâmetros:
Sólidos Totais Dissolvidos, Nitrato e Coliformes Termotolerantes.

É de responsabilidade dos órgãos competentes, no caso a SAAE,


o monitoramento dos parâmetros necessários ao acompanhamento da
condição de qualidade da água subterrânea, com base naqueles
selecionados, conforme o Art. 12º citado, bem como pH, turbidez,
condutividade elétrica e medição de nível da água. Ainda, é necessária a
realização, a cada 5 (cinco) anos, de uma caracterização da qualidade da
água contemplando todos os parâmetros listados no Anexo I da referida
Resolução.

O Art. 29 º da Resolução CONAMA 396/2008 é o que estabelece


o que deverá ser considerado para o enquadramento das águas
subterrâneas. Segundo ele, devem ser considerados no mínimo:

• A caracterização hidrogeológica e hidrogeoquímica;


• A caracterização da vulnerabilidade e dos riscos de poluição;
• O cadastramento de poços existentes e em operação;
• O uso e a ocupação do solo e seu histórico;
• A viabilidade técnica e econômica do enquadramento;
• A localização das fontes potenciais e poluição;
• A qualidade natural e a condição de qualidade das águas
subterrâneas.

O atual tratamento realizado nas águas captadas do aquífero


Serra Geral não possui referencial legal e técnico, devido a não classificação
das águas subterrâneas. Desta forma, faz-se necessário a sua caracterização
mediante a classificação para definir o seu uso adequado, e se necessário,
implementação de tratamentos necessários a torná-la passível de
abastecimento público.

6 .1 .6 .1 .1 . Potencialidades e Oportunidades para o Tratamento de


Água

Diante da atual condição do tratamento de água no Município,


percebe-se a necessidade de investimentos e reestruturação do sistema, visto
a limitada abrangência dos tratamentos e o potencial risco a população
perante o desconhecimento de parâmetros detalhados das águas de
abastecimento e do tratamento aplicado. Assim, destacam-se as seguintes
potencialidades e oportunidades, que posteriormente serão tratadas
mediante o estabelecimento de metas e propostas de reestruturação:

120
• Enquadramento das águas subterrâneas captadas segundo as Classes
estabelecidas pela Resolução CONAMA 396/2008.
• Estabelecimento adequado de tratamento, segundo a classificação das
águas;
• Expansão do tratamento das águas captadas aos outros sistemas de
abastecimento.

6 .1 .6 .2 . M o n ito r a m e n to d a Q u a lid a d e e Q u a n tid a d e d e Á g u a

O monitoramento da qualidade e quantidade de água é a base


para o gerenciamento dos recursos hídricos, subsidiando a tomada de
decisões e avaliando a eficácia dessas decisões na proteção, manutenção,
melhoria e remediação dos recursos hídricos. As alterações na qualidade e
quantidade das águas subterrâneas ocorrem lentamente e só podem ser
identificadas por meio de monitoramento bem elaborado e de longo prazo,
propiciando informações para o controle de impactos causados pela extração
de água e pela carga de poluentes no aquífero (UNEP/WHO, 1996; SMRCB,
2003; TUINHOF et al., 2004 apud. DIAS et al., 2008).

A Portaria Nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde é a principal


norma de controle e parâmetro para águas de abastecimento humano.
Estabelece padrões de qualidade de água para o consumo humano, segundo
os parâmetros biológicos, físicos, químicos e radioativos em função do
número mínimo de amostras para o controle de qualidade, pontos de
amostragens, da população abastecida por cada sistema e do tipo de
manancial.

Segundo a referida Norma, é dever e obrigação das Secretarias


Municipais de Saúde a vigilância e avaliação, sistemática e permanente, de
risco à saúde humana do sistema de abastecimento de água ou solução
alternativa, além de outras atribuições, sendo de responsabilidade do
responsável pela operação do sistema de abastecimento, o controle da
qualidade da água, operação e manutenção de forma estável do sistema de
abastecimento segundo normas e leis, manutenção e avaliação sistemática
do sistema, promoção da proteção do manancial de abastecimento e
fornecimento de informações aos usuários sobre a qualidade da água, entre
outras atribuições.

A Norma estabelece que a água potável deve estar em


conformidade com o padrão microbiológico (Quadro 26), sendo destacadas
algumas recomendações, condições e orientações para os outros parâmetros
avaliados.

121
Valor máximo permitido
Parâmetro (VMP)
Água para consumo humano
Escherichia coli ou
Ausência em 100 ml.
coliformes termotolerantes
Água na saída do tratamento
Coliformes totais Ausência em 100 ml.
Água tratada no sistema de distribuição
(reservatório e rede)
Escherichia coli ou
Ausência em 100 ml.
coliformes termotolerantes
Coliformes totais
Apenas uma amostra, entre as
Para sistemas que
amostras examinadas no mês,
abastecem menos de 20.000
poderá apresentar resultado
habitantes
positivo

Quadro 26: Padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano.


Fonte: Portaria Nº 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

• Em 20% das amostras mensais para análise de coliformes totais nos


sistemas de distribuição, deve ser efetuada a contagem de bactérias
heterotróficas e, uma vez excedidas 500 unidades formadoras de colônia
(UFC) por ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção local e,
se constatada irregularidade, outras providências cabíveis devem ser
executadas;

• Em complementação, recomenda-se a inclusão de pesquisa de


organismos patogênicos, com objeto de atingir, como meta, um padrão de
ausência, dentro outros, de Enterovírus, cistos de Giardia spp e oocistos de
Cryptosporidium sp.

Já para os padrões de turbidez são definidos os seguintes limites


descritos no Quadro 27:

Tratamento da água Valor máximo permitido (VMP)


Desinfecção (Água subterrânea) 1,0 UT em 95% das amostras

Filtração rápida (Tratamento 0,5 UT em 95% das amostras


completo ou filtração direta)
Filtração lenta 1,0 UT em 95% das amostras
Quadro 27: Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção
Fonte: Portaria Nº 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

122
• Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro
residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo,
0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição, recomendando-se que
a cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo de contato mínimo de
30 minutos. Sendo que em qualquer ponto do sistema de abastecimento, o
teor máximo de clore residual livre recomendado é de 2,0 mg/L.

• O limite para Trihalometanos na água de abastecimento, posterior


desinfecção é de 0,1 mg/L.

• Quanto ao pH, a água no sistema de distribuição deverá ser mantida


na faixa de 6,0 a 9,5.

• A água potável deverá estar em conformidade com o padrão de


aceitação do consumo, ressaltando-se alguns itens expressos no Quadro 28:

Valor máximo permitido


Parâmetro Unidade
(VMP)
Alumínio mg/L 0,2
Amônia (como NH3) mg/L 1,5
Cloreto mg/L 250
Cor Aparente uH 15
1,2 diclorobenzeno mg/L 0,01
1,4 diclorobenzeno mg/L 0,03
Dureza total mg/L 500
Etilbenzeno mg/L 0,2
Ferro mg/L 0,3
Manganês mg/L 0,1
Monoclorados mg/L 0,12
Odor - Não objectável
Gosto - Não objectável
Sódio mg/L 200
Sólidos dissolvidos totais mg/L 1.000
Sulfato mg/L 250
Sulfeto de Hidrogênio mg/L 0,01
Surfactantes mg/L 0,5
Tolueno mg/L 0,17
Turbidez UT 5
Zinco mg/L 5
Xileno mg/L 0,3
Quadro 28: Padrão de aceitação para consumo humano.
Fonte: Portaria Nº 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

123
• A água potável deverá atender ao padrão de potabilidade para
substâncias químicas que representam risco a saúde conforme relação
apresentada na Tabela VII da Portaria Nº 2.914/2011 do Ministério da
Saúde.

• Os parâmetros radioativos devem estar dentro do padrão estabelecido


na Tabela IX da Portaria Nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde, estando a
verificação destes ligada apenas quando existir evidências de causas de
radiação natural ou artificial.

Parâmetro Número de amostras Frequência

124
Saída do Saída do
Sistema de Sistema de
Tratamento Tratamento
Distribuição Distribuição
(Número de (Número de
(Reservatório ou (Reservatório
amostras por amostras por
rede) ou rede)
unidade) unidade)
Cor 1 5 Semanal Mensal
2 vezes por
pH 1 - -
semana
2 vezes por
Turbidez 1 * microbiológico * microbiológico
semana
2 vezes por
Cloraminas(1) 1 * microbiológico * microbiológico
semana
2 vezes por
Dióxido de cloro(1) 1 * microbiológico * microbiológico
semana
Cloro residual 2 vezes por
1 * microbiológico * microbiológico
Livre(1) semana
2 vezes por
Fluoreto 1 - -
semana
Gosto e Odor 1 - Semestral -
Semanal quando
nº de
Cianotoxinas 1 - -
cianobactérias ≥
20.000 cél./mL
Produtos
secundários da - 1(2) - Anual
desinfecção
Demais
1 1(5) Semestral Semestral
parâmetros(3)(4)
Quadro 29: Número mínimo de amostras pela frequência mínima
(1) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
(2) As amostras devem ser coletas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de
detenção da água no sistema de distribuição.
(3) A definição da periodicidade de amostragem para quesito de radioatividade será
definido após o inventário inicial, realizado semestralmente no período de 2 anos,
respeitando a sazonalidade pluviométrica.
(4) Para agrotóxicos, observar o disposto no parágrafo 5º do artigo 41 da portaria
2.914/20122.
(5) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na
saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente
possam ser introduzidas no sistema ao longo da distribuição.
Fonte: Portaria Nº 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

No Quadro 29 são apresentados o número mínimo de amostras e a


frequência mínima de amostragem para o controle de qualidade da água
de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de
radioatividade, em função dos parâmetros de análise, diferenciados entre
a saída do tratamento e o sistema de distribuição. Os parâmetros foram
selecionados segundo o tipo de manancial e a população atendida, sendo
no caso de Alvorada do Sul, o manancial subterrâneo com população
inferior a 50.000 habitantes.

125
Para as análises microbiológicas, o número mínimo de amostras
mensais para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento,
segundo a Portaria nº 2.914/2011 é de 1 amostra para cada 500 habitantes.
Atualmente, o Município conta com 11.468 habitantes, então seriam
necessárias 23 amostras totais, conforme descrito no Quadro 30:

Sistema de Distribuição (Reservatório e Rede)


População abastecida
Parâmetro 5.000 a
20.000 a
< 5.000 hab. 20.000 > 250.000 hab.
250.000 hab.
hab.
Coliformes
30 + (1 para 105+ (1 para
totais 1 para cada
110 cada 2.000 cada 5.000 hab.)
500 hab.
Escherichia coli hab.) máximo de 1.000
Quadro 30: Número mínimo de amostras semanais para o controle da qualidade da água
Fonte: Portaria Nº 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

A norma exige que na saída de cada unidade de tratamento


devem ser coletadas, no mínimo, 2 (duas) amostras semanais.

No contexto, foram apresentados alguns termos, que deverão ser


considerados com as seguintes definições:

• Cloreto: apresenta nas águas naturais em maior ou menor escala e


contém íons da dissolução de minerais. Em determinadas concentrações
confere sabor salgado à água. Ele pode ser de origem natural ou de origem
antrópica (despejos domésticos, industriais e águas utilizadas em irrigação).

• Cloro Residual Livre: deve permanecer na água tratada até a sua


utilização final. No tratamento o cloro é utilizado como oxidante de matéria
orgânica e para destruir micro-organismos. Quando aplicado, parte dele é
consumido nas reações de oxidação e quando as reações se completam, o
excesso que permanece é denominado cloro residual. Teores positivos são
desejáveis, pois é garantia de um processo de desinfecção eficiente.

• Coliformes Totais: bactérias do grupo coliforme, bacilos gram-


negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos,
oxidase-negativos, capazes de se desenvolver na presença de sais biliares ou
agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e
aldeído a 35,0 ± 0,5 °C em 24 – 48 horas e que podem apresentar atividade
da enzima β – galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme

126
pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter,
embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo;

• Coliformes termotolerante: subgrupo das bactérias do grupo coliforme


que fermentam a lactose a 44,5 ± 0,2 ºC em 24 horas, tendo como principal
representante da Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal;

• Contagem de bactérias heterotróficas: determinação da densidade de


bactérias que são capazes de produzir Unidades Formadoras de Colônia
(UFC), na presença de compostos orgânicos contidos em meio de cultura
apropriada, sob condições pré-estabelecidas de incubação: 35,0 ± 0,5 ºC por
48 horas.

• Cor: resulta da existência de substâncias dissolvidas, provenientes de


matéria orgânica, metas como ferro e manganês, resíduos industriais
coloridos e esgotos domésticos. No valor da cor aparente pode estar incluída
uma parcela devido a turbidez da água, sendo esta removida, obtém-se a cor
verdadeira.

• Dureza: resultante da presença de sais presentes com exceção de sódio


e potássio. Nas águas naturais, a dureza é predominantemente devido a
presença de sais de cálcio e magnésio. No entanto, sais de ferro, manganês e
outros também contribuem para a dureza das águas. A dureza elevada
causa extinção de espuma do sabão, sabor desagradável e produzem
incrustações nas tubulações e caldeiras.

• Escherichia coli: é a única espécie do grupo coliformes


termotolerantes cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais
homeotérmicos, onde ocorrem em densidades elevadas (CONAMA Nº
357/2005).

• pH: abreviação de potencial hidrogeniônico, que é usado para medir


acidez ou alcalinidade de soluções através da medida de concentração do íon
hidrogênio (logaritmo negativo da concentração na solução). O pH é
considerado neutro sendo abaixo de 7 ácido e acima alcalino. É um
parâmetro importante por influenciar diversos equilíbrios químicos que
ocorrem naturalmente na água ou em unidades de tratamento de água.

• Turbidez: medida da capacidade de uma amostra de água em impedir


a passagem de luz. Grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz
sofre ao atravessá-la, devido a presença de sólidos em suspensão, tais como
partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e detritos orgânicos, algas e
bactérias.

127
• Trihalometanos: Compostos químicos voláteis que são gerados durante
o processo de desinfecção da água por reação da matéria orgânica presente,
com o cloro utilizado para desinfecção. Nesta reação, os grupos de
compostos orgânicos derivados do metano (CH4) em cuja molécula três de
seus quatro átomos de hidrogênio são substituídos por um número igual de
átomos de elementos halógenos, tal como o cloro. Muitos trihalometanos são
considerados perigosos para a saúde humana e ao meio ambiente, sendo
considerados inclusive cancerígenos.

Nos Quadros 31 e 32 são descritas as análises de


monitoramento da Sede de Alvorada do Sul e do Distrito Esperança do Norte
respectivamente, para o mês de julho de 2014. Como já citado
anteriormente, somente nestas duas localidades são realizados
monitoramento das águas e a periodicidade do monitoramento é semanal.

128
Distrito Sede
Saída do Sistema de
Parâmetro
tratamento distribuição
Turbidez (UT)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,37 0,46
Máxima 0,5 0,33
Cor (uH)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,35 0,31
Máxima 0,54 0,45
pH
Nº amostras realizadas 15 75
Médio 6,71 6,78
Cloro residual livre (mg/L)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,65 0,73
Máxima 0,62 0,65
Fluoreto (mg/L)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,62 0,55
Máxima 0,72 0,62
Coliforme
Nº amostras realizadas 5 24
Nº de amostras positivo coliforme total (100 ml) 0 0
Nº de amostras positivo coliforme termotolerante (100 ml) 0 0
Quadro 31: Relatório mensal de monitoramento das águas da sede de Alvorada do Sul.
Fonte: SAAE, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

129
Distrito Esperança do Norte
Saída do Sistema de
Parâmetro
tratamento distribuição
Turbidez (UT)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,32 0,45
Máxima 0,53 0,34
Cor (uH)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,22 0,32
Máxima 0,49 0,5
pH
Nº amostras realizadas 15 75
Médio 6,68 6,71
Cloro residual livre (mg/L)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,62 0,64
Máxima 0,63 0,51
Fluoreto (mg/L)
Nº amostras realizadas 15 75
Média 0,64 0,52
Máxima 0,61 0,61
Coliforme total
Nº amostras realizadas 5 24
Nº de amostras positivo coliforme total (100 ml) 0 0
Nº de amostras positivo coliforme termotolerante (100 ml) 0 0
Quadro 32: Relatório mensal de monitoramento das águas do distrito Esperança do Norte
Fonte: SAAE, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

A fim de facilitar a verificação dos parâmetros avaliados no


Município de Alvorada do Sul, para os sistemas da Sede e do Distrito
Esperança do Norte, o Quadro 33 apresenta as informações referentes aos
dois sistemas perante ao exigido pela Portaria Nº 2.914/2011.

130
Distrito Esperança do
Sede Alvorada do Sul
Norte Segundo a Portaria Nº 2.914/2011
Parâmetro
Saída do Sistema de Saída do Sistema de Saída do
Sistema de distribuição
tratamento distribuição tratamento distribuição tratamento

Turbidez (UT)
Nº amostras
15 75 15 75 1 23
realizadas
Média 0,37 0,46 0,32 0,45 1,0
Cor (uH)
Nº amostras
15 75 15 75 1 5
realizadas
Média 0,35 0,31 0,22 0,32 15
pH
Nº amostras
15 75 15 75 1 -
realizadas
Médio 6,71 6,78 6,68 6,71 6,0 a 9,0
Cloro residual
livre (mg/L)
Nº amostras
15 75 15 75 1 23
realizadas
Média 0,65 0,73 0,62 0,64 0,5 0,2
Fluoreto (mg/L)
Nº amostras
15 75 15 75 1 -
realizadas
Média 0,62 0,55 0,64 0,52 1,5
Quadro 33: Comparativo entre monitoramento físico-químico de água executados em Alvorada do Sul e o estabelecido na Portaria Nº
2.914/2011.
Fonte: SAAE, 2014; Portaria 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

133
Pôde-se observar no Quadro 33 que todos os parâmetros físico-
químicos monitorados pela SAAE condizem com os padrões estabelecidos
pela Portaria Nº 2.914/2011, em análise segundo o número de amostras. No
entanto, segundo a norma, o parâmetro de cor deveria ser analisado na
saída do tratamento semanalmente. Já os parâmetros turbidez, pH, fluoreto
e cloro residual livre, deveriam ser realizados 2 vezes por semana na a saída
do tratamento. Pode-se observar que não são realizadas análises para
detectar a presença de Cloraminas, Dióxido de Cloro, gosto, odor,
cianotoxinas e produtos secundários da desinfecção na água posterior ao
tratamento de desinfecção.

No Quadro 34, pode-se observar os resultados de análises


microbiológicas para os dois sistemas em comparação com o exigido pela
Portaria Nº 2.914/2011. Vale ressaltar que a quantidade de amostras para
análise microbiológica para coliformes totais, varia de acordo com a
população abastecida. Desta forma, a norma referida exige diferentes
números mínimos de amostras para cada sistema.

Executado
Distrito Esperança do
Sede Alvorada do Sul
Parâmetro Norte
Saída do Sistema de Saída do Sistema de
tratamento distribuição tratamento distribuição
Coliforme
Nº amostras realizadas 5 24 5 24

Nº de amostras positivo 0 0 0 0
coliforme total (100 ml)
Nº de amostras positivo
coliforme termotolerante 0 0 0 0
(100 ml)
Exigido pela Portaria Nº 2.914/2011
Distrito Esperança do
Sede Alvorada do Sul
Parâmetro Norte
Saída do Sistema de Saída do Sistema de
tratamento distribuição tratamento distribuição
Coliforme
Nº amostras 2 19 2 1
Nº de amostras positivo 0 0 0 0
coliforme total (100 ml)
Nº de amostras positivo
coliforme termotolerante 0 0 0 0
(100 ml)
Quadro 34: Comparativo entre monitoramento microbiológico de água executado em
Alvorada do Sul e o estabelecido na Portaria Nº 2.914/2011.
Fonte: SAAE, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

134
Pôde-se observar no Quadro 34 que as análises microbiológicas
atendem parcialmente ao exigido pela Legislação, o Município atende ao
número exigido de amostragens somente para Coliformes totais, quanto
periodicidade de análise, na saída do tratamento a exigência é que sejam
realizadas semanalmente as analises, o qual o Município realiza
mensalmente. As análises microbiológicas são realizadas pelo SEBRAQ,
Laboratório Particular localizado no Município de Londrina. Assim, ressalta-
se a necessidade de expansão do sistema de monitoramento, uma vez que
são realizados monitoramentos microbiológicos e físico-químicos em dois dos
quinze sistemas de abastecimento de Alvorada do Sul, a análise de
Escherichia coli e que sejam realizados análises semanais na saída do
tratamento .

Concluindo, o monitoramento dos sistemas de abastecimento de


Alvorada do Sul, apesar das limitações, apresenta-se satisfatório quando
avaliadas as análises realizadas e a quantidade de amostras coletadas,
segundo a Portaria Nº 2.914/2011. Porém, o sistema de monitoramento não
é abrangente e só é aplicado a 2 dos 15 sistemas de abastecimento
existentes. Além disso, falta o acompanhamento de parâmetros relacionados
a Portaria Nº 2.914/2011 e a Resolução CONAMA 396/2008, que estabelece
as classes e usos de águas subterrâneas e a análise completa de parâmetros
estabelecidos pela referida Legislação.

6 .1 .6 .2 .1 . Potencialidades e Oportunidades para o Monitoramento


d a Q u a lid a d e e Q u a n tid a d e d a á g u a

As principais potencialidades e oportunidades para o sistema de


monitoramento aplicado ao abastecimento de Alvorada do Sul são:

• Proceder a análise completa das águas captadas segundo a tabela 3 da


Portaria Nº 2.914/2011;
• Expandir o monitoramento aos demais sistemas de abastecimento de
água no Município de Alvorada do Sul;
• Readequar o monitoramento dos parâmetros de cor, turbidez, fluoreto,
cloro residual livre diariamente;
• Realizar o monitoramento de trihalometanos, condutividade e nível da
água;
• Realizar o monitoramento dos sólidos totais dissolvidos e nitrato
(expresso em N) (classificação das águas subterrâneas Resolução CONAMA
396/2008).

135
6.1.7. RECEITA ECONÔMICA

A atual gestão da SAAE tem apresentado bons resultados


referentes a receita financeira, como já discutido anteriormente. As gestões
anteriores registravam uma dívida por parte dos usuários de quase
R$ 500.000 reais. Atualmente, o superávit da SAAE se encontra positivo,
sendo as receitas arrecadadas superiores às despesas com a operação e
manutenção do sistema. Pode-se observar os detalhes da Receita da SAAE
no período de janeiro até junho de 2014 no Quadro 35.

Despesas Correntes
Pessoal e Encargos Sociais R$ 141.454,05
Outras Despesas Correntes R$ 327.116,44
Total de Despesas Correntes R$ 468.570,49
Despesas de Capital
Investimentos R$ 40.163,60
Amortização da Dívida R$ 2.446,25
Total de Despesas de Capital R$ 42.609,85
Total Geral Despesas Correntes + Capital R$ 511.180,34
Receitas Correntes
Receita Patrimonial R$ 1.334,58
Receita de Serviços R$ 529.694,60
Outras Receitas Correntes R$ 11.849,12
Total Geral Receitas R$ 542.878,30
Superávit R$ 31.697,96
Quadro 35: Receitas econômicas da SAAE para o período de janeiro a julho de 2014.
Fonte: SAAE, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

6.1.8. INVESTIMENTOS

Segundo a SAAE, no período de janeiro a julho de 2014, foram


realizados investimentos na ordem de R$ 40.000,00. Os dados disponíveis
são recentes devido ao registro dos investimentos referentes a nova gestão.

6 .1 .8 .1 . In v e s tim e n to s em A n d a m e n to para o S is te m a de
A b a s te c im e n to d e Á g u a

Atualmente está em andamento a aquisição de recursos


financeiros provenientes do Governo Federal para a melhoria e ampliação do
sistema de abastecimento de água da Sede do Município e localidades dos

136
Loteamentos e Chácaras de Lazer. No Quadro 36 estão descritos os
investimentos previstos.

Investimento Construção Materiais


Construção de Laboratório
Casa Química de Dosagem de Flúor R$ 98.015,63 R$ 17.268,89
Casa de Bombas
Construção de Reservatório em concreto R$ 478.134,42 R$ 11.314,49
armado, circular de capacidade de 1000 m³
Instalação de Poço tubular profundo - Rosa
Imperatore R$ 26.326,77 R$ 258.119,92
Execução de adutora
Instalação de Poço tubular profundo - Itapui
R$ 8.037,54 R$ 134.463,30
1
Instalação de Poço tubular profundo - Itapui
R$ 8.037,54 R$ 134.463,30
2
Instalação de Poço tubular profundo - José
R$ 8.037,54 R$ 112.858,15
Reino
Construção de Reservatório em concreto
armado, circular de capacidade de 100 m³ R$ 234.956,37 R$ 338.541,70
Montagem de estação de recalque de água
tratada
Montagem de estação de recalque de água R$ 22.097,26 R$ 106.536,26
tratada da Zona Baixa
Urbanização da área de preservação e
R$ 13.345,77
tratamento
Total Parcial R$ 896.988,84 R$ 1.113.566,01
Total de investimentos R$ 2.010.554,85
Quadro 36: Investimentos previstos para o sistema de abastecimento d’água.
Fonte: SAAE, 2014.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

6.1.9. ANÁLISE DETALHADA DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO


DE ÁGUA EXISTENTES NO MUNICÍPIO

O volume médio mensal de água consumido pelos sistemas de


abastecimento de água da SAAE em Alvorada do Sul é de aproximadamente
36.457 m³, sendo a demanda de aproximadamente 29.880 m³ para a Sede
do Município, 2.362 m³ para o sistema do Distrito Esperança do Norte e
cerca de 4.215 m³ para os individuais. Os valores apresentados no Quadro
37 foram estimados segundo dados disponibilizados pela SAAE referentes ao
consumo médio por ligação residencial.

137
Volume médio de água
Localidades Sistema
consumido (m³/mês)

Sede
Loteamento Gasparelli IV 1º
Loteamento Gasparelli VI 1º
Recanto Santa Maria
Balneário Indianápolis
Recanto Itapui 1 29.880
Chácaras São Luiz
Balneário Rosa Imperatore Alves
Recanto São José
Balneário Rosa Imperatore Alves II
Recanto São João
Distrito Esperança do Norte
2 2362
Vila Rural
Loteamento Gasparelli I 1º
Loteamento Gasparelli II 1º
Recanto Hermes Solcia
3 402
Dois Irmãos I
Bom Jesus
Loteamento Santo Antônio
Recanto Rural
Balneário Pedregulho Melo
4 360
Retiro Alvorada
Recanto Coqueiro
Recanto dos Magnatas II
5 498
Recanto dos Magnatas III
Recanto dos Magnatas I 6 207
Recanto Primavera 7 429
Recanto Benelli 8 215
Recanto dois Irmãos II 9 90
Recanto Piapara 10 216
Recanto Bonitinho 11 45
Gasparelli III 1º e 2º 12 813
Gasparelli V 13 312
Balneário Porto Seguro 14 435
Recanto São Bento
15 201
Recanto Rancho Alegre I
Total Consumido 36.457
Quadro 37: Consumo médio de água por sistema de abastecimento de Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

138
6 .1 .9 .1 . In d ic a d o r e s d e A b a s te c im e n to d e Á g u a

De acordo com a Lei Federal nº 11.445 de 2007, deve-se


estabelecer sistemas de informações sobre os serviços articulados com o
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Desta forma,
para que se consiga proceder no avanço das informações e avaliação dos
serviços de abastecimento de água no Município, sugere-se a elaboração de
banco de dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento) e o cálculo de indicadores deste sistema anualmente. Com a
atualização periódica do Plano Municipal de Saneamento Básico, que por
exigência de lei deve ser revisado a cada 4 anos, o sistema poderá ser
complementado com outros indicadores que forem considerados relevantes.

De acordo com o SNIS, são estabelecidos indicadores referentes


ao abastecimento de água, utilizados na avaliação dos serviços de
saneamento prestados. No Município de Alvorada do Sul não há sistema de
indicadores básicos para o abastecimento de água, podendo ser utilizados
como parâmetro de avaliação os indicadores regionais do Paraná, descritos
no Quadro 38.

Estado do
Valores Indicadores SNIS
Paraná
I03 - Despesa total com os serviços por m³ faturado de água
1,6
(R$/m³)
I05 - Tarifa média de água (R$/m³) 1
I12 - Indicador de desempenho financeiro (água e esgoto) (%) 2,38
I13 - Índice de perdas faturamento de água (%) 25,4
I22 - Consumo médio per capita (L/hab. dia) 146,7
I23 - Índice de atendimento urbano por rede de água (%) 97,2%
I49 - Índice de perdas na distribuição de água (%) 33
I50 - Índice bruto de perdas lineares (m³/dia/Km) 15,4
I51 - Índice de perdas por ligação de água (L/dia/lig.) 266,4
Quadro 38: Indicadores para o sistema de abastecimento de água.
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, (2006 - 2014).
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Ressalta-se a necessidade do estabelecimento de sistema de


banco de dados para a elaboração de indicadores específicos para o
Município, com o intuito de permitir o monitoramento da evolução do
sistema de abastecimento de água. Os dados devem ser cadastrados de
forma sistemática para cálculo de indicadores anuais, a fim de se detectar
valores que realmente representem a situação do sistema, minimizando o
risco do mesmo refletir uma condição atípica.

139
6 .1 .9 .2 . Detalhamento do Sistema de Abastecimento de Água na
S e d e d e A lv o r a d a d o S u l

O sistema de abastecimento de água da Sede atende 100% da


população urbana com rede de distribuição de água, contando com quatro
sistemas de captação de água de poços tubulares profundos, situados no
sistema do aquífero Serra Geral. A vazão total de captação atual para a sede
do Município é de 400 m³/h com sistema de armazenamento com
capacidade de 525 m³.

A rede de distribuição é composta por 45.359,72 metros de


tubulações que atendem as condições atuais de demanda.

A adução e recalque do sistema é realizada por quatro sistemas


moto bomba que captam a água e encaminha para um conjunto de
reservatórios, sendo um enterrado, com capacidade de 450 m³ e outro
elevado, com capacidade de 75 m³.

O sistema de abastecimento atual atende cerca de 2.970


ligações, as economias ativas de água são divididas em comercial e
residencial, sendo 2.800 residenciais e 170 comerciais.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


calculadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por
unidade que forma o sistema de abastecimento da sede do Município de
Alvorada do Sul.

O sistema é responsável por 82% de toda a água consumida no


Município representando um montante de 29.880 m³/mês consumidos. O
volume de água faturado é maior do que o volume efetivamente consumido,
devido ao sistema de cobrança que adota faixas diferenciadas de consumo,
como descrito no item 6.1.5.1. O detalhamento dos volumes consumidos e
faturados para o sistema de abastecimento da sede do Município estão
descritos no Quadro 39.

140
Sede de Alvorada do Sul
Volume médio mensal (m³/mês)
Localidades Sistema
Consumido (m³) Faturado (m³)

Sede 25894,0 36366,0


Loteamento Gasparelli IV 1º 853,0 1550,0
Loteamento Gasparelli VI 1º 81,0 108,0
Recanto Santa Maria 80,2 156,4
Balneário Indianápolis 1625,0 2598,0
Recanto Itapui 1 777,0 1515,2
Chacaras São Luiz 45,6 88,9
Balneário Rosa Imperatore Alves 85,8 167,3
Recanto São José 119,4 232,8
Balneário Rosa Imperatore Alves II 160,0 412,0
Recanto São João 159,0 302,0
Total 29.880 43.496
Quadro 39: Quantidade de água consumida e faturada para o sistema de abastecimento de
água da Sede do Município de Alvorada do Sul (Sistema 1).
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

A análise do sistema através de dados disponibilizados pela


SAAE sobre o consumo diário de água, e admitindo que o sistema de
armazenamento deva suprir a necessidade de 1/3 da demanda em um dia
de uso (NBR 12.217) para sistemas em que não há sistematização de
informações de consumo médio por hora de água, estima-se que o atual
sistema de abastecimento tenha capacidade de atendimento da população
urbana até 2026. Os dados de volume estimado da capacidade de
armazenamento de água estão dispostos no Quadro 40.

Demanda de
Consumo Consumo Consumo Consumo Consumo Consumo Consumo
armazenagem
(2014) (2015) (2020) (2025) (2026) (2027) (2030)
de água
Consumo
996,2 1030,2 1222,9 1457,0 1509,6 1587,2 1742,2
diário
1/3 consumo
332,1 343,4 407,6 485,7 503,2 529,1 580,7
diário
Quadro 40: Estimativas de demanda de armazenamento para o sistema da sede do
Município de Alvorada (Sistema 1).
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

141
Ressaltando, conforme discutido anteriormente no item 6.1.8.1,
estão previstos investimentos de expansão da capacidade do sistema de
armazenamento para a Sede do Município de 525 m³, para uma capacidade
futura de 1.525 m³. Esta nova capacidade de armazenamento poderá suprir
as necessidades da população estimada além do horizonte de planejamento
deste PMSB.

6 .1 .9 .3 . D e ta lh a m e n to d o S is te m a d e A b a s te c im e n to d e Á g u a n o
D is tr ito E s p e r a n ç a d o N o r te e n a V ila R u r a l

O sistema de abastecimento de água no Distrito Esperança do


Norte e Vila Rural (Sistema 2) atende, com disponibilidade de rede de
distribuição de água, 100% da população urbana, atendendo cerca de 225
ligações.

O abastecimento é realizado mediante poço tubular profundo


que capta as águas do aquífero Serra Geral, com vazão total de 13,2 m³/h
contando atualmente com sistema de armazenamento de capacidade de
50 m³, porém, segundo a SAAE, está previsto para este ano a expansão deste
sistema para capacidade de armazenamento total de 65 m³. Atualmente o
poço não possui outorga de uso e informações sobre localização
georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do conjunto moto
bomba e tamanho da malha de abastecimento.

Admitindo que a capacidade de armazenamento deve garantir o


abastecimento de 1/3 do volume de água para um dia de consumo (NBR
12.217), como descrito no item anterior, o consumo diário deste sistema
utiliza cerca de 52,5% da capacidade máxima de armazenagem.

Através da análise de crescimento da população, estima-se que o


atual sistema de abastecimento do Distrito Esperança do Norte e da Vila
Rural (Sistema 2) tenha capacidade de atendimento da população urbana
até 2040, quando a capacidade de armazenagem de 1/3 do uso diário
ultrapassará 65 m³.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


calculadas as médias mensais dos volumes consumidos e faturados por
Unidade que forma o Sistema de Abastecimento do Distrito Esperança do
Norte e da Vila Rural.

O sistema é responsável por 6,5% de toda a água consumida no


Município representando o montante médio de 793 m³/mês consumidos. O
detalhamento dos volumes consumidos e faturados para o sistema de
abastecimento no Distrito Esperança do Norte e na Vila Rural estão descritos
no Quadro 41.

142
Distrito Esperança do Norte e Vila Rural
Volume médio mensal (m³/mês)
Localidades Sistema
Consumido (m³) Faturado (m³)

Distrito Esperança do Norte


2 793 912
Vila Rural
Quadro 41: Quantidade de água consumida e faturada para o sistema de abastecimento de
água do Distrito Esperança do Norte e Vila Rural (Sistema 2).
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6 .1 .9 .4 . D e ta lh a m e n to d o S is te m a d e A b a s te c im e n to d e Á g u a n o s
L o te a m e n to s e C h á c a r a s d e L a z e r

A análise destes sistemas de abastecimento será realizada


diferentemente dos anteriores, que tratavam-se de áreas urbanas com maior
potencial de expansão. Os Loteamentos e Chácaras de Lazer em questão
estão sujeitos as limitações de ocupação dos lotes projetados e serão
analisados perante a ocupação atual dos lotes e a ocupação máxima, quando
este último caso ainda não tiver ocorrido.

6.1.9.4.1. Sistema de Abastecimento 3 – Loteamento Gasparelli I,


Gasparelli II, Recanto Hermes Sólcia, Recanto Dois Irmãos I,
Loteamento Bom Jesus e Loteamento Santo Antônio.

O sistema de abastecimento 3, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população dos Loteamentos
Gasparelli I, Gasparelli II, Recanto Hermes Sólcia, Recanto Dois Irmãos I,
Loteamento Bom Jesus e Loteamento Santo Antônio. Os loteamentos em
conjunto possuem 88 unidades residenciais, das quais 76 estão ocupadas e
são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 50 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 1,1% do total consumido no Município, com
um consumo médio de 402 m³/mês. Este consumo equivale a 13,4 m³/dia e,
admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo diário (NBR
12.217), equivale a 26,8% da capacidade de armazenamento do sistema.
143
Com a ocupação máxima dos loteamentos, ou seja, 88 unidades,
o consumo médio diário estimado representará 15,5 m³/dia, 31% da
exigência diária de armazenamento. Desta forma, o sistema de
armazenamento atende completamente a demanda atual e futura de
ocupação do Loteamento, segundo as estimativas efetuadas.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


calculadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por
unidade que forma o Sistema 3 de Abastecimento. O detalhamento dos
volumes consumidos e faturados estão descritos no Quadro 42.

Sistema de Abastecimento 3
Volume médio mensal (m³/mês)
Localidades Sistema
Consumido (m³) Faturado (m³)

Loteamento Gasparelli I
Loteamento Gasparelli II
Recanto Hermes Solcia
3 402 886
Dois Irmãos I
Bom Jesus
Loteamento Santo Antônio
Quadro 42: Quantidade de água consumida e faturada para o Sistema 3.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6.1.9.4.2. Sistema de Abastecimento 4 – Recanto Rural, Balneário


P e d r e g u lh o M e lo , R e tir o A lv o r a d a e R e c a n to C o q u e ir o

O sistema de abastecimento 4, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população dos Loteamentos Recanto
Rural, Balneário Pedregulho Melo, Retiro Alvorada e Recanto Coqueiro. Os
loteamentos em conjunto possuem 137 unidades residenciais, das quais 90
estão ocupadas e são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 30 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,9% do total consumido no Município, com

144
um consumo médio de 360 m³/mês. Este consumo médio equivale a
12,0 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 13,3% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com a ocupação máxima dos loteamentos, ou seja, 137


unidades, o consumo médio diário estimado representará 18,3 m³/dia,
20,3% da exigência diária de armazenamento. Desta forma o sistema de
armazenamento atende completamente a demanda atual e futura de
ocupação do Loteamento, segundo as estimativas efetuadas.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 4 de Abastecimento. O detalhamento dos volumes
consumidos e faturados estão descritos no Quadro 43.

Sistema de Abastecimento 4
Volume médio mensal (m³/mês)
Localidades Sistema
Consumido (m³) Faturado (m³)

Recanto Rural
Balneário Pedregulho Melo
4 360 554
Retiro Alvorada
Recanto Coqueiro
Quadro 43: Quantidade de água consumida e faturada para o Sistema 4.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6.1.9.4.3. Sistema de Abastecimento 5 – Recanto dos Magnatas II e


R e c a n to d o s M a g n a ta s III

O Sistema de Abastecimento 5, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população dos Loteamentos Recanto
dos Magnatas II e Recanto dos Magnatas III. Os loteamentos em conjunto
possuem 238 unidades residenciais, das quais, 116 estão ocupadas e são
atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre a capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 50 m³.

145
Segundo dados de micromedição de consumo mensal das
unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 1,36% do total consumido no Município,
com o consumo médio de 498 m³/mês. Este consumo médio equivale a
16,6 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 11,0% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com a ocupação máxima dos loteamentos, ou seja, 238


unidades, o consumo médio diário estimado representará 34,1 m³/dia,
22,7% da exigência diária de armazenamento. Desta forma, o sistema de
armazenamento atende completamente a demanda atual e futura de
ocupação do Loteamento, segundo as estimativas efetuadas.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 5 de Abastecimento. O detalhamento dos volumes
consumidos e faturados estão descritos no Quadro 44.

Sistema de Abastecimento 5
Volume médio mensal (m³/mês)
Localidades Sistema
Consumido (m³) Faturado (m³)

Recanto dos Magnatas II


5 498 1743
Recanto dos Magnatas III
Quadro 44: Quantidade de água consumida e faturada para o Sistema 5.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6 .1 .9 .4 .4 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 6 – R e c a n to d o s M a g n a ta s I

O Sistema de Abastecimento 6, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Recanto
dos Magnatas I. O Loteamento oferece 37 unidades residenciais, sendo que
todas são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre a capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 15 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
146
atualmente representa cerca de 0,57% do total consumido no Município,
com um consumo médio de 207 m³/mês. Este consumo equivale a
6,9 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 15,3% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 6 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 207 m³ com faturamento por parte da SAAE em 404 m³.

6 .1 .9 .4 .5 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 7 - R e c a n to P r im a v e r a

O Sistema de Abastecimento 7, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Recanto
Primavera. O Loteamento oferece 143 unidades residenciais, das quais todas
são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta as águas do sistema aquífero Serra Geral. O
poço não possui outorga de uso, informações a respeito da capacidade de
captação, localização georreferenciada, profundidade, tempo de
funcionamento do conjunto moto-bomba e tamanho da malha de
abastecimento. A capacidade de armazenamento do sistema é de 30 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 1,17% do total consumido no Município,
com o consumo médio de 429 m³/mês. Este consumo médio equivale a
14,3 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 15,8% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 7 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 429 m³ com faturamento por parte da SAAE em 925 m³.

6 .1 .9 .4 .6 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 8 – R e c a n to B e n e lli

O Sistema de Abastecimento 8, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Recanto
Benelli. O Loteamento oferece 55 unidades residenciais, das quais 34 estão
ocupadas e são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

147
Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço
tubular profundo, que capta as águas do sistema aquífero Serra Geral. O
poço não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 20 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,55% do total consumido no Município,
com um consumo médio de 204 m³/mês. Este consumo médio equivale a
6,8 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 11,3% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com a ocupação máxima do Loteamento, ou seja, 55 unidades, o


consumo médio diário estimado representará 11,0 m³/dia, 18,3% da
exigência diária de armazenamento. Desta forma, o sistema de
armazenamento atende completamente a demanda atual e futura de
ocupação do Loteamento, segundo as estimativas efetuadas.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 8 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 204 m³ com faturamento por parte da SAAE em 367 m³.

6 .1 .9 .4 .7 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 9 – R e c a n to D o is Ir m ã o s 2

O Sistema de Abastecimento 9, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Recanto
Dois Irmãos 2. O Loteamento oferece 44 unidades residenciais, das quais 29
estão ocupadas e são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta as águas do sistema aquífero Serra Geral. O
poço não possui outorga de uso, informações sobre a capacidade de
captação, localização georreferenciada, profundidade, tempo de
funcionamento do conjunto moto-bomba e tamanho da malha de
abastecimento. A capacidade de armazenamento do sistema é de 20 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,24% do total consumido no Município,
com um consumo médio de 90 m³/mês. Este consumo médio equivale a

148
2,9 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 4,8% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com a ocupação máxima do Loteamento, ou seja, 44 unidades, o


consumo médio diário estimado representará 4,4 m³/dia, 7,3% da exigência
diária de armazenamento. Desta forma, o sistema de armazenamento atende
completamente a demanda atual e futura de ocupação do Loteamento,
segundo as estimativas efetuadas.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 8 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 90 m³ com faturamento por parte da SAAE em 264 m³.

6 .1 .9 .4 .8 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 1 0 – R e c a n to P ia p a r a

O Sistema de Abastecimento 10, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Recanto
Piapara. O Loteamento oferece 43 unidades residenciais, das quais todas são
atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre a capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 20 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,6% do total consumido no Município, com
um consumo médio de 216 m³/mês. Este consumo equivale a 7,2 m³/dia e,
admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo diário (NBR
12.217), equivale a 12,0% da capacidade de armazenamento do sistema.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que forma o Sistema 10 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 216 m³ com faturamento por parte da SAAE em 432 m³.

6 .1 .9 .4 .9 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 1 1 – R e c a n to B o n itin h o

149
O Sistema de Abastecimento 11, atende com disponibilidade de
rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Recanto
Bonitinho. O Loteamento oferece 33 unidades residenciais, das quais 8 estão
ocupadas e são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 15 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,12% do total consumido no Município,
com um consumo médio de 45 m³/mês. Este consumo médio equivale a
1,5 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 3,3% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com a ocupação máxima do Loteamento, o consumo médio


diário estimado representará 6,2 m³/dia, 13,7% da exigência diária de
armazenamento. Desta forma, o sistema de armazenamento atende
completamente a demanda atual e futura de ocupação do Loteamento,
segundo as estimativas efetuadas.

Este sistema ainda não é atendido com a instalação de


hidrômetros. Desta forma, os dados de consumo médio total são estimados
com base em consumo unitário por ligação, não havendo o faturamento fixo
de 40 m³/mês.

6 .1 .9 .4 .1 0 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 1 2 – L o te a m e n to G a s p a r e lli III

O Sistema de Abastecimento 12, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Gasparelli
III. O Loteamento oferece 116 unidades residenciais, das quais todas são
atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta águas do sistema aquífero Serra Geral. O poço
não possui outorga de uso, informações sobre a capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 20 m³.

150
Segundo dados de micromedição de consumo mensal das
unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 2,2% do total consumido no Município, com
o consumo médio de 813 m³/mês. Este consumo médio equivale a
27,1 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 45,0% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com base nos dados disponibilizados pelo SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que formam o Sistema 12 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 813 m³ com faturamento por parte da SAAE em 1.292 m³.

6.1.9.4.11. Sistema de Abastecimento 13 – Loteamento Gasparelli V

O Sistema de Abastecimento 13, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Gasparelli
V. O Loteamento oferece 39 unidades residenciais, das quais todas são
atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo o SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta as águas do sistema aquífero Serra Geral. O
poço não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 20 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,85% do total consumido no Município,
com um consumo médio de 312 m³/mês. Este consumo equivale a
10,4 m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 17,0% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que formam o Sistema 13 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 312 m³ com faturamento por parte da SAAE em 464 m³.

6 .1 .9 .4 .1 2 . S is te m a d e A b a s te c im e n to 1 4 – B a ln e á r io P o r to S e g u r o

O Sistema de Abastecimento 14, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população do Loteamento Balneário
151
Porto Seguro. O Loteamento possui 109 unidades residenciais, das quais
todas são atendidas pelo sistema de abastecimento de água.

Segundo a SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta as águas do sistema aquífero Serra Geral. O
poço não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 50 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação pode-se estimar que o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 1,2% do total consumido no Município, com
o consumo médio de 435 m³/mês. Este consumo médio equivale a 14,5
m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo
diário (NBR 12.217), equivale a 9,6% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que formam o Sistema 14 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 435 m³ com faturamento por parte da SAAE em 826 m³.

6 .1 .9 .4 .1 3 . S is te m a d e A b a s t e c im e n to 1 5 – R e c a n to S ã o B e n to e
R e c a n to R a n c h o A le g r e I

O Sistema de Abastecimento 15, atende com disponibilidade de


rede de distribuição de água, 100% da população dos Loteamentos Recanto
São Bento e Recanto Rancho Alegre I. Os Loteamentos em conjunto possuem
36 unidades residenciais, das quais todas são atendidas pelo sistema de
abastecimento de água.

Segundo a SAAE, o manancial de abastecimento é um poço


tubular profundo, que capta as águas do sistema aquífero Serra Geral. O
poço não possui outorga de uso, informações sobre capacidade de captação,
localização georreferenciada, profundidade, tempo de funcionamento do
conjunto moto-bomba e tamanho da malha de abastecimento. A capacidade
de armazenamento do sistema é de 20 m³.

Segundo dados de micromedição de consumo mensal das


unidades de ligação, pode-se estimar que o consumo médio do sistema, que
atualmente representa cerca de 0,5% do total consumido no Município, com
o consumo médio de 201 m³/mês. Este consumo médio equivale a 6,7
m³/dia e, admitindo a capacidade de armazenagem de 1/3 do consumo

152
diário (NBR 12.217), equivale a 11,2% da capacidade de armazenamento do
sistema.

Com base nos dados disponibilizados pela SAAE, foram


estimadas médias mensais dos volumes consumidos e faturados por unidade
que formam o Sistema 15 de Abastecimento. O volume médio consumido é
estimado em 201,6 m³ com faturamento por parte da SAAE em 393 m³.

6 .1 .9 .5 . P o te n c ia lid a d e s e O p o r tu n id a d e s p a r a o s S is te m a s d e
A b a s te c im e n to d e Á g u a E x is te n te s

Após análise, verificou-se a ausência de indicadores de


qualidade, que representam importantes ferramentas de desenvolvimento e
planejamento. Além disso, as análises detalhadas apontaram que o sistema
de abastecimento do Distrito Esperança do Norte e Vila Rural necessitarão
de investimentos a médio e longo prazos, com o intuito de expandir a
capacidade de abastecimento. Desta forma, serão necessários:

• Estabelecimento de indicadores de referência para o


sistema de abastecimento de água do Município de Alvorada do Sul;
• Investimento de expansão do sistema de armazenamento
de água do Distrito Esperança do Norte e Vila rural.

6.1.10. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ABASTECIMENTO DE ÁGUA

De modo geral, o abastecimento possui qualidade regular.


Mediante as informações disponibilizadas pela SAAE, 100% da população
urbana é atendida pelo serviço, porém, cerca de 30% da população rural não
é contemplada, sendo representada por população dispersa, de difícil
sistematização.

Considerando o volume de água, este atende a demanda urbana


da sede do Município e os Loteamentos às margens da Represa Capivara.
Com base nos dados fornecidos pela SAAE, do volume médio mensal
consumido, da população atendida e da capacidade de reservação, pode-se
concluir que todos os sistemas e reservatórios conseguem atender o
consumo médio de 1/3 da demanda diária conforme NBR 12.217.

No entanto, comparando os valores estimados de capacidade de


armazenamento e demanda média diária de consumo de água, nota-se que o
sistema da Sede do Município (Sistema 1) e o Sistema do Distrito Esperança
do Norte e Vila Rural (Sistema 2) são aqueles com menor capacidade de
atendimento de abastecimento de água, em eventos de corte para
manutenções e/ou soluções de problemas gerais no sistema. O Sistema 1
153
tem a capacidade de suprir cerca de 12 horas de abastecimento e o Sistema
2 possui capacidade de suprimento de 15 horas em decorrência de cortes no
sistema.
Segundo as estimativas, os demais possuem capacidade de
suprimento de até um dia de corte de água.

Além disso, o sistema de abastecimento de água possui uma


escassez de informações técnicas, o que impossibilitaria a geração de
planejamentos sistematizados com outros serviços que abrangem o
saneamento básico do Município, além de um sistema de tratamento de
água básico e monitoramento das águas captadas que não abrange todos os
sistemas de abastecimento.

6 .1 .1 0 .1 . P r a z o s e M e ta s p a r a o A b a s te c im e n to d e Á g u a

No item 6.1.4.1, foram destacadas potencialidades e


oportunidades mediante propostas de planejamento e reestruturação do
sistema de abastecimento de água. A seguir, as metas serão organizadas em
medidas e propostas de curto, médio e longo prazo e posteriormente, serão
propostos os indicadores para acompanhamento da implantação destas
metas.

Como mecanismo de avaliação da implementação das metas,


deverão ser atendidas as etapas de elaboração e implementação de curto,
médio e longo prazo descritas no Quadro 45. Considera-se o ano de 2015, o
primeiro (ano 1) de implementação do PMSB.

Prazo Ano Meta Medida/Indicador

154
Elaboração de projeto
executivo

Elaboração de Programa de Busca de recursos


Educação Ambiental financeiros
Curto 1–5
Elaboração de material
didático

Quantificação das
residências rurais sem
abastecimento
Levantamento da área rural
não atendida Registro da localização

Registro das
Médio 5–7 alternativas utilizadas
Visitação a escolas
Implantação do Programa Distribuição de
de Educação Ambiental material educativo a
população
7 em Avaliação do Programa de Redução no consumo
Longo
diante Educação Ambiental de água
Quadro 45: Metas e indicadores para o abastecimento de água
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Para efeito de cumprimento da perfeita evolução das metas


estabelecidas, devem ser apurados e revisados os objetivos e metas ano a
ano.

6.1.10.1.1. Programas para Implementação das Metas

As metas propostas para o abastecimento de água foram


agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazos. Para
cada meta, será proposto um programa de implementação com o intuito de
nortear o planejamento e a organização para a elaboração das propostas
sugeridas no PMSB de Alvorada do Sul.

6 .1 .1 0 .1 .1 .1 . C urto Prazo

155
• Elaboração de Programa de Educação Ambiental

A proposta da elaboração de um programa de educação


ambiental para o uso racional da água no Município tem como objetivo o uso
racional e a preservação dos recursos hídricos. Inicialmente deve-se elaborar
o programa, onde sejam definidos diretrizes, objetivos e metas mediante a
promoção de material educativo disponibilizado à população, palestras,
torneios, dentre outros.

Em Alvorada do Sul, a exploração dos recursos hídricos é


intensa, principalmente voltada ao lazer na Represa Capivara. Mesmo que os
recursos hídricos disponibilizados pela Represa não sejam utilizados para o
consumo da população, o lazer é altamente explorado, de forma que a
qualidade das águas, principalmente os parâmetros voltados a saúde da
população, devem ser preservados e promovidos.

Para as águas de abastecimento, provenientes do aquífero Serra


Geral, estes recursos devem ser alvo de proteção ambiental, visto o elevado
uso de fossas negras no Município. Como será discutido com mais detalhes
adiante, os mananciais subterrâneos possuem potencial risco de
contaminação devido ao manejo incorreto dos esgotos domésticos. Desta
forma, deve-se buscar incentivos governamentais para soluções corretas à
destinação dos esgotos.

O Programa deverá priorizar a promoção das seguintes ações:

Uso consciente das águas da Represa Capivara;


Destinação correta dos resíduos sólidos gerados;
Importância e preservação das matas ciliares;
Destinação correta de esgotos e efluentes domésticos;
Águas subterrâneas e sua importância para o abastecimento;
Os riscos de contaminação das águas subterrâneas e dos solos;
Os ricos da transmissão de doenças por veiculação hídrica;

Através do programa deve-se buscar recursos financeiros para a


promoção da educação ambiental, mediante o uso de material e campanhas
educativas. O público alvo do programa deverá ser a população urbana
residente no Distrito Sede e a população que reside nos Loteamentos às
margens da Represa Capivara. As escolas podem ser importantes centros
difusores deste conhecimento.
6 .1 .1 0 .1 .1 .2 . Médio Prazo

156
• Levantamento Técnico na Área Rural do Município

Conforme informação anterior, segundo a SAAE, estima-se que


30% da população rural do Município de Alvorada do Sul não é atendida
pelo sistema público de abastecimento de água, sendo utilizadas soluções
individuais. Uma das diretrizes do PMSB é a universalidade dos serviços,
para que esta parcela da população receba, no mínimo, informações técnicas
adequadas para soluções viáveis de captação e uso das águas.

Desta forma, o levantamento visa primeiramente quantificar a


população rural não atendida pelo sistema de abastecimento e
concomitantemente auxiliar na busca de soluções técnicas adequadas.
Sugere-se que sejam registrados: a localização geográfica das residências
não atendidas, o número de moradores por residência e o tipo de solução
para a captação de água.

Estas informações servirão de base para futuros estudos na


busca de soluções adequadas para o abastecimento de água destas
populações. Estas informações poderão ser auferidas mediante o uso de
funcionários das Secretarias de Saúde e Assistência Social.

• Implantação do Programa de Educação Ambiental

Posterior à elaboração do Programa, análise financeira, definição


das ações metas e prazos e elaboração de material didático, deve-se
promover a distribuição de material educativo nas residências e escolas e
iniciar as campanhas de conscientização.

6 .1 .1 0 .1 .1 .3 . Longo Prazo

• Avaliação do Programa de Educação Ambiental

Ao longo do tempo deve-se avaliar os resultados do programa de


educação ambiental. Porém, a educação é um fato intangível de difícil
avaliação quantitativa. Desta forma, os resultados devem ser observados nas
práticas ambientais da população, tais como: a qualidade sanitária dos
locais de lazer às margens da Represa Capivara e a adesão à mudança do
uso de fossas negras por outras soluções de esgotamento sanitário.

6 .1 .1 0 .2 . P r a z o s e M e ta s p a r a o S is te m a d e A b a s te c im e n to d e Á g u a

157
No item 6.1.9.5. realizou-se o diagnóstico dos sistemas de
abastecimento de forma abrangente, no qual se observou como principais
problemas: a defasagem no registro do consumo de água com a necessidade
de manutenção e a instalação de 1.100 hidrômetros. Observou-se também,
que faltam informações básicas a respeito do sistema de captação e
distribuição de água que são importantes ferramentas no planejamento da
execução do serviço de abastecimento e para aquisição de outorga de uso
das águas.

Desta forma, foram estabelecidas metas, medidas e indicadores


para a regularização e desenvolvimento das potencialidades e oportunidades
observadas. Estas informações podem ser observadas no Quadro 46.

Prazo Ano Meta Medida/Indicador


Registro mensal de
1 em Criar banco de dados de solicitações de
solicitação de
diante manutenção indicador: solicitações/mês
manutenção
Busca de recursos para aquisição e
implantação de hidrômetros
Implantação de
Aquisição dos equipamentos
hidrômetros
Curto Cronograma de implantação
Implantação efetiva dos novos equipamentos
1-5

Levantamento de informações
georreferenciadas de localização dos poços de
captação e reservatórios. Profundidade dos
poços, vazão de captação de projeto, vazão de
Levantamentos técnicos
captação atual, regime de trabalho dos
sobre o abastecimento
conjuntos moto-bomba, características
técnicas dos conjuntos moto-bomba e
tamanho da malha de abastecimento dos
sistemas de abastecimento
Médio 5 - 10

Aquisição de outorga Proceder do processo de retirada de outorga


dos poços dos poços
Quadro 46: Metas e medidas propostas referente às potencialidades e oportunidades do
sistema de abastecimento de água de Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Para efeito de cumprimento da evolução das metas


estabelecidas, devem ser apurados e revisados os objetivos e metas ano a
ano.

6.1.10.2.1. Programas para o Sistema de Abastecimento de Água

158
As metas propostas para o sistema de abastecimento de água
foram agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazo.
Para cada meta será proposto um programa de implementação com o intuito
de nortear o planejamento e organização para elaboração das propostas
sugeridas no PMSB.

6 .1 .1 0 .2 .1 .1 . C urto Prazo

• Registro Mensal de Solicitações

O registro de solicitações para manutenção de problemas no


abastecimento de água por parte dos usuários é realizado de acordo com a
demanda, não havendo banco de dados sistemático para estas informações.

Sugere-se a implantação no sistema da SAAE de registro deste


tipo de informações com a finalidade de se formar um indicador de
desempenho. Estas informações deverão estar organizadas, contendo no
mínimo, nome do usuário, endereço, código de identificação e natureza do
problema. O sistema deverá contar com o número de solicitações efetuadas,
número de solicitações atendidas e número de solicitações pendentes,
organizadas de acordo com a natureza do problema.

• Implantação de Hidrômetros

A quantificação do consumo de água por residência é uma


importante ferramenta de planejamento e operação do sistema, sendo sua
aferição realizada por meio dos hidrômetros instalados em cada residência.
Como discutido anteriormente, existe a demanda de instalação e/ou,
manutenção de cerca de 1.100 hidrômetros no sistema de abastecimento de
água do Município de Alvorada do Sul.

Desta forma, deverão ser buscados recursos para a aquisição e


manutenção da demanda de hidrômetros mediante um cronograma de
implantação.

É prioritário que os hidrômetros sejam implantados ou


reparados, estabelecendo-se esta ação como meta nos primeiros anos de
ação do PMSB (2015) e posteriormente, ano a ano, sejam implantados 22
hidrômetros por mês, cerca de 2%/mês da demanda total, sendo completada
a meta da aquisição/manutenção dos 1.100 equipamentos em 5 anos.

Optou-se por esta pequena faixa de implantação para que os


custos de sejam acessíveis, de modo a facilitar a conclusão desta meta.
159
6 .1 .1 0 .2 .1 .2 . Médio Prazo

• Levantamentos Técnicos sobre o Abastecimento

Uma das principais necessidades é a execução do levantamento


técnico a respeito do sistema de captação de água bruta e sistema de
distribuição de água. Estas informações são essenciais ferramentas na
operação, dimensionamento e planejamento do sistema de abastecimento de
água e para a retirada de outorga dos poços.

As principais informações necessárias para levantamento dos


sistemas de abastecimento são:

Localização georreferenciada dos poços de captação;


Localização georreferenciada dos reservatórios de água;
Profundidade do poço;
Diâmetro do poço;
Tipo de revestimento;
Nível da água do poço;
Vazão de captação máxima deprojeto;
Vazão de captação atual;
Informações técnicas detalhadas dos conjuntos moto-bomba
(potência da bomba, diâmetro da tubulação de captação, altura
manométrica, diâmetro da tubulação de saída);
Regime de trabalho do sistema de captação moto-bomba (tempo de
captação de água/dia);
Tamanho do sistema de distribuição;
Diâmetro das tubulações;
Pressão de entrada e saída.

Para o cronograma estabeleceu-se que os levantamentos deverão


ser realizados por sistema, nos quais a prioridade foi dada de acordo com a
população estimada de atendimento de cada sistema. No Quadro 47 está
indicado o cronograma de levantamento.

Tempo de
Ano do PMSB Ano Meta Prioridade Sistema de abastecimento
levantamento

160
(meses)
2015 1
24 1º Sistema 1 (Sede e outros)
2016 2
Sistema 2 (Distrito
6 2º Esperança do Norte e Vila
2017 3 Rural
6 3º Sistema 3
6 4º Sistema 7
2018 4
6 5º Sistema 6
6 6º Sistema 8
2019 5
6 7º Sistema 4
6 8º Sistema 13
2020 6
6 9º Sistema 15
3 10º Sistema 9
3 11º Sistema 10
2021 7
3 12º Sistema 11
3 13º Sistema 14
3 14º Sistema 12
2022 8
3 15º Sistema 5
Quadro 47: Cronograma de metas para os levantamentos técnicos dos sistemas de
abastecimento de água de Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

• Aquisição de Outorga dos Poços

A água é um recurso natural escasso e um bem de domínio


público e de valor econômico, essencial a vida. Desta forma, para que todos
tenham acesso e utilizem de forma sustentável, cabe ao poder público a sua
regulação. A outorga é um instrumento em que o poder público autoriza o
usuário a utilizar as águas de seu domínio por tempo determinado e com
condições pré-estabelecidas. Este instrumento tem o objetivo de assegurar o
controle quantitativo do uso das águas superficiais e subterrâneas e o efetivo
exercício do direito de acesso à água. No caso do Paraná, quem concede a
outorga de uso das águas é o Instituto das Águas do Paraná.

Todos os usuários, ou seja, aqueles que fazem captação para


qualquer finalidade de uso das águas de rios, lagos ou águas subterrâneas,
devem solicitar a outorga, sendo necessária a autorização para qualquer
interferência que se pretenda realizar na quantidade ou na qualidade das
águas.

Como apresentado, Alvorada do Sul possui 18 poços de captação


de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento da população, dos

161
quais nenhum possui outorga. Atualmente, está em tramite o processo de
documentação para os 4 poços que captam água para o sistema que
abastece a Sede do Município e outros Loteamentos.

A principal etapa do processo de outorga é o preenchimento da


planilha de Requerimento para Captação – RCA, fornecida pelo Instituto das
Águas do Paraná, onde contém informações sobre a finalidade do
requerimento, identificação do requerente, identificação do recurso hídrico,
finalidade do uso dos recursos e dados do responsável. É importante
destacar que o processo de outorga está diretamente ligado ao processo de
licenciamento ambiental junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

Ressalta-se também a correlação entre a meta estabelecida dos


levantamentos técnicos sobre o abastecimento com a retirada de outorga dos
poços, uma vez que as informações registradas no levantamento técnico,
subsidiarão o processo de outorga.

Desta forma, estabeleceu-se que esta meta seja concluída


concomitantemente ao atendimento da meta dos levantamentos técnicos. No
Quadro 48 pode-se observar o cronograma de conclusão estabelecido.

Ano Meta do PMSB Prioridade Sistema de abastecimento

2017 1º Sistema 1 (Sede e outros)

2º Sistema 2 (Distrito Esperança do


2018 Norte e Vila Rural)
3º Sistema 3
4º Sistema 7
2019
5º Sistema 6
6º Sistema 8
2020
7º Sistema 4
8º Sistema 13
2021
9º Sistema 15
10º Sistema 9
11º Sistema 10
2022
12º Sistema 11
13º Sistema 14
14º Sistema 12
2023
15º Sistema 5
Quadro 48: Cronograma de metas para outorga dos sistemas de abastecimento de água de
Alvorada do Sul.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.
6 .1 .1 0 .3 . P r a z o s e M e ta s p a r a T a r ifa s , M u lta s e T a x a s

162
O sistema de cobrança de tarifas, multas e taxas atende bem aos
critérios financeiros para manutenção e operação do sistema de
abastecimento de água do Município, porém observou-se a falta de
incentivos financeiros que promovam a acessibilidade do serviço às famílias
de baixa renda, sem comprometer o equilíbrio financeiro e social das
mesmas. Assim, uma das metas do PMSB é a criação de uma tarifa social
que possa proporcionar o custeio da manutenção do sistema de
abastecimento de água e concomitantemente promova o incentivo ao
desenvolvimento socioeconômico de famílias carentes.

No Quadro 49 pode-se observar as etapas de implantação da


Tarifa Social.

Prazo Ano Meta Medida/Indicador

Avaliação da Proposta da Avaliação de


1
Tarifa Social viabilidade econômica

Criação de Instrumento Adesão da Tarifa Social


Curto 2
Legal a tabela de valores

Publicação de critérios
Implantação da Tarifa
para adesão a Tarifa
Social
3 em Social
Médio diante Inscrição de famílias
Adesão das Famílias Aplicação da Tarifa
Longo
Social
Quadro 49: Etapas de implantação da tarifa social de abastecimento de água.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6 .1 .1 0 .3 .1 . P r o g r a m a s d a s T a r ifa , M u lta s e T a x a s

As metas propostas para a criação da Tarifa Social foram


agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazos. Para
cada meta será proposto um programa de implementação com o intuito de
nortear o planejamento e a organização para elaboração das propostas
sugeridas no PMSB.

6.1.10.3.1.1. Curto Prazo

163
• Avaliação da Proposta da Tarifa Social

A proposta da Tarifa Social deverá ser um instrumento de


incentivo ao desenvolvimento socioeconômico de famílias de baixa renda.
Porém, como se trata da implantação de uma faixa de tarifa financeira, esta
proposta deverá ser avaliada por parte da autarquia detentora da
administração e operação dos serviços de abastecimento de água, a SAAE,
para que não seja prejudicado o balanço financeiro da empresa e para que
não haja prejuízos a investimentos de melhoria e expansão do sistema.

Desta forma, fica sugerida a criação de uma nova Tarifa de


Cobrança no valor de R$ 5,00 pelo uso de até 10 m³/mês de água, sendo
cobrado do volume excedente a este, R$ 0,50/m³. Para que não ocorra
prejuízo financeiro a SAAE, problemas operacionais e de continuidade na
prestação de serviços, sugere-se um aumento de 10% as tarifas já existentes.

A análise para a mudança das tarifas e adição da Tarifa Social


foi baseada na arrecadação média dos últimos 6 meses, da população
pagante por faixa de consumo e em dados da quantidade média de famílias
de baixa renda na população da Região Sul do Brasil (IBGE, 2000).

Obrigatoriamente, as famílias que desejarem aderir a Tarifa


Social deverão possuir renda familiar de no máximo 1 salário mínimo ou
imóvel residencial com área construída de até 70 m². As tabelas com as
sugestões para os novos valores de tarifas de consumo de água podem ser
observadas no Quadro 50.

Taxa por Excedente


Faixa de Uso Tarifa (R$/m³)
Até 10 m³ R$ 16,75 ----
De 11 m³ à 15 m³ R$ 16,75 R$ 2,15
De 16 m³ à 25 m³ R$ 28,62 R$ 3,03
De 26 m³ à 50 m³ R$ 62,09 R$ 3,73
Acima de 50 m³ R$ 165,09 R$ 4, 19
Tarifa Taxa por Excedente
Faixa Social Social (R$/m³)
Até 10 m³ - 1 salário
mínimo ou 70 m² e área R$ 5,00 R$ 0,50
construída
Quadro 50: Valores para consumo de uso residencial.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

• Criação de Instrumento Legal

164
Mediante avaliação da proposta de criação da Tarifa Social e
alteração das tarifas já existentes pela SAAE, a proposta deverá passar por
elaboração de instrumento legal que sancione as novas tarifas de cobranças
para o consumo de água.

• Implantação da Taxa

Posterior a elaboração do Instrumento Legal, deverão ser


implantados sistemas de informação para a população, por meio de cartazes
informativos em locais de grande circulação de pessoas tal como hospitais,
postos de saúde e escolas e através do trabalho realizado pelos funcionários
do Município, como Agentes de Saúde e Assistentes Sociais.

• Adesão das Famílias

Mediante a implantação da Tarifa Social, a SAAE deverá


proceder o registro de famílias com interesse na adesão da nova tarifa.
Sugere-se que as novas tarifas passem a vigorar a partir do 3º ano (2018) de
implantação do PMSB, sendo que esta meta deverá ser revisada e avaliada a
médio e longo prazos.

6 .1 .1 0 .4 . P r a z o s e M e ta s p a r a o T r a ta m e n to d a Á g u a

Como apresentado anteriormente, o tratamento de água


efetuado no Município é básico, sendo aplicadas apenas a desinfecção e a
fluoretação em 2 (dois) dos 15 (quinze) sistemas de abastecimento. Além
disso, não há parâmetros técnicos que substanciem o tratamento realizado,
necessitando da classificação das águas subterrâneas captadas mediante a
proposição de tratamento adequado. Assim, se estabelece a meta de
classificação das águas subterrâneas segundo a Resolução CONAMA
396/2008, a definição de tratamento adequado das águas captadas e o
programa de expansão do tratamento. As metas estabelecidas podem ser
observadas no Quadro 51.

Prazo Ano Meta Medida/Indicador

165
Busca de recursos para
análises
Classificação das águas
subterrâneas Avaliação das águas
subterrâneas segundo a
Curto 1-5 Resolução CONAMA
396/2008

Secundo resultados da
Avaliação do tratamento caracterização e
aplicado classificação da Resolução
CONAMA 396/2008

Estabelecer tratamento Mediante a classe das


5
específico águas subterrâneas
Médio
Elaboração de programa de Elaboração do projeto
expansão do tratamento de executivo
água Busca de recursos
5 em
diante
Longo Implantação do programa de
Implantação de novas
expansão do tratamento de
unidades de tratamento
água
Quadro 51: Metas e medidas para a readequação e desenvolvimento das potencialidades e
oportunidades do tratamento aplicado às águas captadas.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6.1.10.4.1. Programas do Tratamento da Água

As metas propostas para a readequação e desenvolvimento do


sistema de tratamento e abastecimento de água foram agrupadas na forma
de planejamento de curto, médio e longo prazos. Para cada meta será
proposto um programa de implementação com o intuito de nortear o
planejamento e organização para elaboração das propostas sugeridas no
PMSB.

6.1.10.4.1.1. C urto Prazo

• Classificação das Águas Subterrâneas

Anteriormente, foram discutidas as potencialidades e


oportunidades referentes ao sistema de tratamento de água no Município de
Alvorada do Sul. Foi destacado que o atual sistema de tratamento de águas
não possui base técnica no que se refere aos parâmetros físico-químicos das
águas subterrâneas captadas, pelo fato destas não serem classificadas e

166
enquadradas de acordo com o que estabelece a Resolução CONAMA
396/2008.

Desta forma, propõe-se que seja executada a classificação das


águas subterrâneas captadas, de modo a definir a viabilidade de seu atual
uso e, se necessário, executar o tratamento adequado.

Inicialmente deve-se elaborar um projeto executivo a fim de


definir diretrizes, objetivos e metas referentes a necessidade da classificação
das águas subterrâneas e a busca de recursos financeiros para a execução
das análises necessárias para o enquadramento.

De acordo com a referida Resolução, Art. 29, “o enquadramento


das águas subterrâneas será realizado por aquífero, conjunto de aquíferos ou porções
destes, na profundidade onde estão ocorrendo as captações para usos
preponderantes, devendo ser considerada no mínimo: a caracterização hidrogeológica
e hidrogeoquímica, a caracterização da vulnerabilidade e dos riscos de poluição, o
cadastramentos dos poços existentes e em operação, o uso e a ocupação do solo e
seu histórico, a viabilidade técnica e econômica do enquadramento, a localização das
fontes potenciais de poluição e a qualidade natural e a condição de qualidade das
águas subterrâneas”.

Referente a caracterização hidrogeoquímica, deverá ser realizada


a análise completa dos elementos constantes no Anexo I da Resolução
CONAMA 396/2008.

De acordo com o Art. 12 da referida resolução, os parâmetros a


serem selecionados para subsidiar a proposta de enquadramento das águas
subterrâneas em classes deverão ser escolhidos em função dos usos
preponderantes, das características hidrogeológicas, hidrogeoquímicas, das
fontes de poluição e outros critérios técnicos definidos por órgão competente,
devendo ser considerados, no mínimo, os parâmetros de sólidos totais
dissolvidos, nitrato e coliformes termotolerantes.

No Quadro 52 pode-se observar um exemplo de estabelecimento


de padrões de classe para os parâmetros mínimos segundo a Resolução
CONAMA 396/2008:

167
Parâmetros mínimos
Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4
obrigatórios

Sólidos Totais Se VRQ < Se VRQ >


1.000.000 1.000.000
Dissolvidos (µg/L) 1.000.000 1.000.000

Coliformes Ausentes em 4000 em


Ausentes Ausentes
termotolerantes (UFC) 100 mL 100 mL

Nitrato (expresso em Se VRQ <


10.000 10.000 90.000
N) (µg/L) 10.000
Quadro 52: Valores máximo permitidos para os parâmetros mínimos por classe
Fonte: Resolução CONAMA 396, 2008.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

• Avaliação do Tratamento Aplicado

Mediante a classificação das águas subterrâneas deverá ser


estabelecido o tratamento adequado quando captadas. Atualmente, o
tratamento efetuado é a desinfecção e a fluoretação das águas, o qual
somente poderá continuar, sem alteração de suas características
operacionais e estruturais, desde que as águas subterrâneas captadas sejam
classificadas como Classe 1, Classe 2, Classe 3 ou Classe 4 e o parâmetro
que exija tratamento seja a contagem de coliformes termotolerantes.

O Art. 3º da Resolução CONAMA 396/2008, define as referidas


classes como:

Classe 1: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, sem


alteração de sua qualidade por atividade antrópicas e que não exigem tratamento
para quaisquer usos preponderantes, devido às suas características
hidrogeoquímicas naturais;

Classe 2: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, sem


alteração de sua qualidade por atividades antrópicas e que podem exigir tratamento
adequado, dependendo do uso preponderante, devido às suas características
hidrogeoquímicas naturais;

Classe 3: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, com


alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, para as quais não é necessário
o tratamento em função dessas alterações, mas que podem exigir tratamento
adequado, dependendo do uso preponderante, devido às suas características
hidrogeoquímicas naturais;

168
Classe 4: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, com
alteração de sua qualidade por atividades antrópicas e que somente possam ser
utilizadas sem tratamento, para o uso preponderante menos restritivo.

Mediante a classificação das águas subterrâneas, e registrando a


ocorrência de outros parâmetros alterados e que exijam tratamento, deverá
se proceder a adaptação e/ou alteração do atual tratamento das águas
subterrâneas captadas.

6 .1 .1 0 .4 .1 .2 . Médio e Longo Prazos

• Estabelecer o Tratamento Específico

Mediante a avaliação do sistema de tratamento atualmente


empregado em relação a classificação das águas, deverá ser definido o
tratamento adequado. Só será aceito a não expansão do sistema de
tratamento se as águas subterrâneas forem classificadas como Classe 1,
que segundo a Resolução CONAMA 396/2008, não exigem tratamento para
quaisquer usos preponderantes devido às suas características
hidrogeoquímicas naturais.

• Elaboração de Programa de Expansão do Tratamento de Água

Uma das principais metas definidas pelo PMSB é a necessidade


de expandir o sistema de tratamento das águas captadas uma vez que o
serviço é executado apenas para 02 (dois) dos 15 (quinze) sistemas de
abastecimento existentes.

No entanto, esta etapa está diretamente ligada ao processo de


classificação das águas subterrâneas, e uma vez definido sua classe e
tratamento adequado, poderão ser propostas as estruturas e procedimentos
para implantação do tratamento aos outros sistemas de abastecimento.
Deverão ser definidos ainda, cronogramas e recursos financeiros necessários
a implantação.

• Implantação do Programa de Expansão do Tratamento de Água

Posterior à elaboração do programa de expansão do


abastecimento, deverá ser implantado o tratamento para os sistemas não
atendidos, se necessário.

169
Define-se que do 1º até o 5º ano de implantação do PMSB (2015
a 2019), sejam destinados à classificação das águas subterrâneas e a partir
do 5º ano, seja definido o tratamento das águas captadas de acordo com a
classificação e posteriormente, se necessário, elaborado o programa de
expansão do tratamento.

6 .1 .1 0 .5 . P r a z o s e M e ta s p a r a o M o n ito r a m e n to d a Á g u a

O monitoramento efetuado para as águas subterrâneas possui


qualidade regular, sendo efetuado em 2 dos 15 sistemas de abastecimento,
cobrindo parcialmente os quesitos exigidos pela Portaria 2.914/2011.

As potencialidades e oportunidades que tangem o


monitoramento das águas de abastecimento referem-se à sua abrangência e
necessidade do monitoramento dos parâmetros faltantes. Pode-se observar
as metas e medidas propostas para o atendimento das potencialidades e
oportunidades do sistema de abastecimento no Quadro 53.

170
Prazo Ano Meta Medida/Indicador
Busca de recursos
Análise completa das águas Execução das análises
captadas segundo Portaria
químicas segundo Tabela
2.914/2011
VII da Portaria
2.914/2011
Elaboração de Programa de Elaboração do projeto
expansão do executivo
monitoramento de água Busca de recursos
Elaboração de programa de Elaboração de projeto
monitoramento físico- executivo
Curto 1-5 químico segundo Portaria Busca de recursos
2.914/2011 financeiros
Elaboração de programa de Elaboração de projeto
monitoramento de executivo
Cloraminas, Dióxido de
cloro, Gosto, Odor, Busca de recursos
Cianotoxinas e produtos financeiros
secundários da desinfecção
Elaboração de projeto
Elaboração de programa de executivo
monitoramento de Sólidos
Busca de recursos
Totais Dissolvidos e Nitrato
financeiros
Execução do
Implantação do programa monitoramento da cor
monitoramento diário semanalmente e da
segundo Portaria turbidez, pH, fluoreto e
2.914/2011 cloro residual livre 2
vezes por semana
Implantação do programa
monitoramento de Execução do
Cloraminas, Dióxido de monitoramento segundo
cloro, Gosto, Odor, o estabelecido na
Cianotoxinas e produtos Portaria 2.914/2011
Médio 5-7 secundários da desinfecção
Execução do
monitoramento de
Implantação do programa Sólidos Totais
monitoramento de Sólidos Dissolvidos e Nitrato
Totais Dissolvidos e Nitrato segundo o estabelecido
na Resolução CONAMA
396/2008

Execução de análises de
Implantação do Programa
monitoramentos nos
de expansão do
demais sistemas de
monitoramento de água
7 em abastecimento
Longo
diante
Quadro 53: Metas e medidas para a readequação e desenvolvimento das
potencialidades e oportunidades do monitoramento aplicado as águas de abastecimento.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

171
6.1.10.5.1. Programas do Monitoramento das Águas

As metas e propostas para a readequação e desenvolvimento do


sistema de monitoramento das águas foram agrupadas na forma de
planejamento de curto, médio e longo prazos. Para cada meta será proposto
um programa de implementação com o intuito de nortear o planejamento e
organização para elaboração das propostas sugeridas no PMSB.

6 .1 .1 0 .5 .1 .1 . C urto Prazo

• Análise das Águas Captadas

Conforme discutido anteriormente foi observada a necessidade


de uma análise completa das águas de abastecimento, uma vez que não
foram repassados, por parte da SAAE, registros de análises desta natureza.
As Tabelas VI, VII, VIII, IX e X da Portaria 2.914/2011 são as que descrevem
os parâmetros de análise e seus respectivos valores de referência.

No entanto, como proposto anteriormente, estabeleceu-se como


meta a classificação das águas subterrâneas por meio da análise completa
das águas captadas segundo o Anexo I da Resolução CONAMA 396/2008. O
anexo I da referida Resolução possui grande parte dos parâmetros
apresentados nas Tabelas VI, VII, VIII, IX e X da Portaria 2.914/2011, desta
forma, será necessário que sejam realizadas análises apenas os parâmetros
que não estão presentes no Anexo I da referida Resolução. Pode-se observar
os parâmetros faltantes no Quadro 54.

As análises destes parâmetros podem ser realizadas juntamente


à caracterização já proposta ou em outro momento, dependendo da
viabilidade financeira. Porém, esta etapa possui elevada relevância para o
estabelecimento da qualidade das águas captadas devendo ser efetuada a
curto prazo.

172
Valor máximo
Parâmetro Unidade
permitido

Orgânicos

Di(2-etilhhexil)ftalato µg/L 8,0


Pentaclorofenol µg/L 9,0
Tetracloreto de
µg/L 4,0
carbono
Tricloroeteno µg/L 20,0
Agrotóxicos
2,4 D + 2,4,5 T µg/L 30,0
Carbendazim +
µg/L 120,0
benomil
Diuron µg/L 90,0
Mancozebe µg/L 180,0
Metamidofós µg/L 10,0
Parationa Metílica µg/L 9,0
Profenofos µg/L 60,0
Tebuconasol µg/L 180,0
Terbufos µg/L 1,2
Desinfetantes e produtos secundários da
desinfecção
Ácido haloacético total mg/L 0,08
Bromato mg/L 0,01
Clorito mg/L 1,0
Cloro residual livre mg/L 5,0
Cloraminas total mg/L 4,0
2,4,6 Triclorofenol mg/L 0,2
Trihalometanos total mg/L 0,1
Quadro 54: Parâmetros de análise e respectivos valores de referência.
Fonte: Portaria 2.914, 2011.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

• Elaboração de Programa de Expansão do Monitoramento

Como já discutido anteriormente, assim como o tratamento das


águas captadas, o monitoramento das águas de abastecimento é realizado
apenas em 2 (dois) dos 15 (quinze) sistemas de abastecimento, necessitando
expandir a abrangência do monitoramento das águas de abastecimento.

Desta forma, deverá ser elaborado um programa de expansão do


monitoramento de água, definindo diretrizes, objetivos e metas, mediante a
viabilidade financeira. Diferentemente do tratamento das águas captadas,
para o monitoramento não serão necessários grandes investimentos de

173
implantação de estruturas. A expansão do monitoramento poderá ser
efetuada com a coleta de amostras nos demais sistemas e posteriormente
levadas para análise.

As devidas precauções deverão ser tomadas no que se refere a


coleta e manuseio de amostras para análises de água, necessitando de
recipientes e métodos adequados segundo NBR 15.847/2010.

• Elaboração de Programa de Monitoramento Físico-químico

Segundo a Portaria 2.914/2011 o monitoramento do parâmetro


de cor deve ser monitorado semanalmente na saída do tratamento, já
turbidez, pH, fluoreto, cloro residual livre devem ser realizados duas vezes
por semana na saída do tratamento, já que atualmente, o monitoramento é
realizado semanalmente, segundo a SAAE. Desta forma estabelece-se como
meta a implantação do monitoramento adequado destes parâmetros,
mediante a elaboração de programa técnico e financeiro para implantação do
procedimento.

• Elaboração de Programa de Monitoramento de Cloraminas,


Dióxido de Cloro, gosto e odor, Cianotoxinas e produtos secundários da
desinfecção.

O gosto e o odor são características básicas a qualidade de água


para o consumo humano, devendo ser monitoradas essencialmente.

As Cloraminas e o Dióxido de cloro são produtos da utilização do


cloro no tratamento de águas para o abastecimento. As Cloraminas podem
produzir subprodutos, estes que, não se conhece os efeitos na saúde
humana, já dióxido de cloro também pode formar subprodutos nocivos à
saúde humana.

O monitoramento desde compostos juntamente com os produtos


secundários da desinfecção por cloro, são de suma importância visto que
podem formar substâncias cancerígenas denominados organoclorados.
Atualmente estes compostos não são monitorados em nenhum dos sistemas
de abastecimento, sendo necessária a implantação deste monitoramento.

Já as cianotoxinas, produtos provenientes do metabolismo de


cianobactérias, são substancias tóxicas que em altas concentrações,
primeiramente afetam as comunidades aquáticas e, com as florações de
cianobactérias tóxicas, podem provocar a mortandade de peixes e outros
animais, incluindo o homem, que consomem a água ou organismos
contaminados.
174
Desta forma, estabelece-se como meta a elaboração de programa
de implantação do monitoramento de Cloraminas, Dióxido de Cloro, gosto e
odor, Cianotoxinas e produtos secundários da desinfecção para as águas de
abastecimento de Alvorada do Sul. O programa deverá propor a solução
técnica viável e a busca de recursos financeiros para a sua implantação.

• Elaboração de Programa de Monitoramento de Sólidos Totais


Dissolvidos e Nitrato

Como parte do programa de classificação das águas


subterrâneas, constitui-se como meta o monitoramento dos Sólidos Totais
Dissolvidos e de Nitrato, que compõem os parâmetros mínimos de
enquadramento de águas subterrâneas destinadas ao consumo humano.

O programa de implantação deste monitoramento deverá propor


o procedimento técnico viável, os recursos financeiros necessários e o
cronograma de implantação, bem como a busca de recursos para sua
implantação.

6 .1 .1 0 .5 .1 .2 . Médio Prazo

• Implantação dos Programas de Monitoramento Físico-químico de


Cloraminas, Dióxido de Cloro, gosto, odor, Cianotoxinas, produtos
secundários da desinfecção, Sólidos Totais Dissolvidos e Nitrato

Estabelece-se que a médio prazo sejam implantados os


procedimentos operacionais para o monitoramento semanal na saída do
tratamento do parâmetro físico-químicos de cor e para os parâmetros de
turbidez, pH, fluoreto e cloro residual livre na saída do tratamento, deverão
ser monitorados semanalmente duas vezes por semana, além do
monitoramento de Cloraminas, Dióxido de Cloro, gosto, odor, Cianotoxinas,
produtos secundários da desinfecção Sólidos Totais Dissolvidos e Nitrato.

As análises para os Sólidos Totais Dissolvidos e Nitrato devem


ser realizadas semestralmente, sendo coletadas 1 amostra na saída do
tratamento e 1 amostra no sistema de distribuição.

A prioridade inicial é que o monitoramento seja realizado


inicialmente nos dois sistemas já monitorados, o Sistema 1 (Sede do
Município) e o Sistema 2 (Distrito Esperança do Norte e Vila Rural).
Posteriormente, com a implantação do programa de expansão do
monitoramento das águas de abastecimento nos demais sistemas de

175
abastecimento de água, o monitoramento destes parâmetros deverá ser
expandido juntamente.

6 .1 .1 0 .5 .1 .3 . Longo Prazo

• Implantação do Programa de Expansão do Monitoramento de Água

O monitoramento das águas de abastecimento é uma importante


ferramenta no controle operacional do sistema e de vigilância dos riscos à
saúde da população. É muito importante que o monitoramento seja realizado
e que possa atender toda a população.

Em Alvorada do Sul o monitoramento não atende todos os


sistemas de abastecimento de água. Desta forma, é muito importante que
seja realizado o monitoramento das águas de abastecimento em todos os
sistemas. Posterior a elaboração do programa de expansão do
monitoramento, a próxima etapa é a implantação do monitoramento nos 13
(treze) sistemas de abastecimento, mediante a coleta de amostras para
análises.

No Quadro 55 pode-se observar a quantidade de amostras e a


periodicidade que deverão ser coletas em cada um dos sistemas e para cada
tipo de parâmetro, com base na Portaria 2.914/2011.

176
Nº de Amostras Nº de Amostras
Frequência Frequência de
na Saída do no Sistema de
de Análise na Análise no
Parâmetro Tratamento por Distribuição por
Saída do Sistema de
Sistema de Sistema de
Tratamento Distribuição
Abastecimento Abastecimento

Cor 1 5 Semanal Mensal


2 vezes por
1 *microbiológico *microbiológico
Turbidez semana
2 vezes por
1 -
pH semana -
2 vezes por
Fluoreto 1 - -
semana
2 vezes por
Cloro Residual livre(1) 1 Microbiológico(3) microbiológico(3)
semana
2 vezes por
Cloraminas(1) 1 microbiológico(3) microbiológico(3)
semana
2 vezes por
Dióxido de cloro(1) 1 microbiológico(3) *microbiológico(3)
semana
Gosto e odor 1 - Semestral -
Produtos secundários
- 1(2) - Anual
da desinfecção
Semanal
quando nº de
Cianotoxinas 1 - cianobactérias -
≥ 20.000
cél.mL
Sólidos Totais
1 1 Semestral Semestral
Dissolvidos
Nitrato 1 1 Semestral Semestral
Coliformes Totais ---- 10 ---- Mensal
Quadro 55: Número de amostras e frequência para o monitoramento
dos sistemas de abastecimento.
(1) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
(2) As amostras devem ser coletadas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de
detenção da água no sistema de distribuição.
(3) O número de amostras deve ser equivalente ao número de amostras microbiológicas.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

Estabelece-se que a expansão do monitoramento seja


implantada a longo prazo, devido à complexidade operacional e estrutural
exigida para efetuar estas análises e o atual quadro econômico de
investimentos da SAAE.

177
6 .1 .1 0 .6 . P r a z o s e M e ta s para a Análise dos S is te m a s de
A b a s te c im e n to

A análise efetuada nos Sistemas de abastecimento de Alvorada


do Sul apontou a necessidade da elaboração de banco de dados que possa
subsidiar a elaboração de indicadores de desempenho dos serviços
prestados. Além disso, foi possível estimar a necessidade da expansão da
capacidade de armazenamento do Sistema 2, referente ao Distrito Esperança
do Norte e Vila Rural.

Pode-se observar no Quadro 56, as metas e medidas referentes


ao desenvolvimento das potencialidades e oportunidades da análise nos
Sistemas de Abastecimento.

Prazo Ano Meta Medida/Indicador

Elaboração do
Elaboração de programa projeto executivo
de banco de dados para
construção de indicadores
Curto 1-5
Busca de recursos

Implantação do
Estabelecimento de
sistema de
indicadores
indicadores
Elaboração de programa Elaboração do
de Expansão da projeto executivo
capacidade de
Médio 5 - 10
armazenamento do
Sistema 2 de Busca de recursos
abastecimento

Expansão da capacidade Construção de


Longo 10 - 20 de armazenamento do reservatório de
Sistema 2 capacidade de 30 m³

Quadro 56: Metas e medidas para a readequação e desenvolvimento das potencialidades


e oportunidades da análise dos sistemas de abastecimento.
Fonte: Brasil Ambiental, 2014.

6.1.10.6.1. Programas da Análise dos Sistemas de Abastecimento

As metas e propostas para a readequação e desenvolvimento das


características levantadas na análise dos sistemas de abastecimento de água
foram agrupadas na forma de planejamento de curto, médio e longo prazos.
Para cada meta será proposto um programa de implementação com o intuito

178
de nortear o planejamento e organização para elaboração das propostas
sugeridas no PMSB.

6 .1 .1 0 .6 .1 .1 . C urto Prazo

• Elaboração de Banco de Dados para Construção de Indicadores

A elaboração de indicadores é uma importante ferramenta de


desenvolvimento dos sistemas de abastecimento de água, uma vez que não
existem ferramentas desta natureza com a finalidade de avaliar o
desempenho dos serviços prestados.

No entanto, os indicadores só poderão ser elaborados mediante a


implantação de um sistema de banco de dados sistematizado, no qual as
informações necessárias devem ser visualizadas e disponibilizadas de forma
fácil e acessível. Estabelece-se como meta a curto prazo, do 1º ao 3º ano
(2015 à 2017) do PMSB, a elaboração do programa de criação do banco de
dados e o 4º ano (2018), o de aquisição das informações para aferição dos
indicadores.

No Quadro 57 podem ser observados os indicadores destacados


do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento:

Indicadores
A1 - Despesa total com os serviços por m³ faturado de água
(R$/m³)
A2 - Tarifa média de água (R$/m³)
A3 - Indicador de desempenho financeiro (água e esgoto) (%)
A4 - Indicador de perdas faturamento de água (%)
A5 - Consumo médio per capita (L/hab. dia)
A6 - Índice de atendimento urbano por rede de água (%)
A7 - Índice de perdas na distribuição de água (%)
A8 - Índice bruto de perdas lineares (m³/dia/Km)
A9 - Índice de perdas por ligação de água (L/dia/lig.)
Quadro 57: Indicadores propostos.
Fonte: Ministério das Cidades, 2012.
Organização: Brasil Ambiental, 2014.

Para a elaboração dos indicadores, serão necessários os registros


sistematizados de informações do sistema. Os principais parâmetros de
sistematização para elaboração dos indicadores são:

179
Despesas totais com o Serviço (DTS);
Volume total faturado;
Receita operacional direta (Água + Água Exportada);
Volume de água (Produzido + Tratado Importado – de Serviço);
Volume de água consumido;
Volume de água tratada exportado;
População total atendida com o abastecimento de água;
População Urbana do Município atendido com o abastecimento;
Extensão da rede de água;
Quantidade de ligações ativas de água.

São alguns conceitos referentes aos parâmetros da


sistematização para a elaboração dos indicadores, referentes ao Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento (2012):

Despesas totais com o Serviço (DTS): Valor anual total do


conjunto das despesas realizadas para a prestação dos serviços,
compreendendo Despesas de Exploração (dex), Despesas com Juros e
Encargos das Dívidas (Incluindo as despesas decorrentes de variações
monetárias e cambiais), Despesas com depreciação, amortização do ativo
inferido e provisão para devedores duvidosos, despesas fiscais ou tributárias
não computadas na DEX, mas que compõem a DTS, além de outras
despesas com os serviços;

Receita Operacional Direta de Água: Valor faturado anual


decorrente da prestação do serviço de abastecimento de água, resultante
exclusivamente da aplicação de tarifas e/ou taxas, excluídos os valores
decorrentes da venda de água exportada no atacado (bruta ou tratada);

Receita Operacional Direta de Água Exportada: valor faturado


anual decorrente da venda de água, bruta ou tratada, exportada no atacado
para outros agentes distribuidores. Corresponde à receita resultante da
aplicação de tarifas e/ou taxas especiais ou valores estabelecidos em
contratos especiais;

Volume de Água de Serviço: Valor da soma dos volumes anuais


de água usados para atividades operacionais e especiais, acrescido do
volume de água recuperado. As águas de lavagem das ETAs ou UTSs não
devem ser consideradas. A receita com água recuperada deve estar
computada na informação;

Volume de Água Tratada Importado: Volume anual de água


potável, precisamente tratada (em ETAs ou em UTSs), recebido de outros
agentes fornecedores. Deve estar computado no volume de água
macromedido, quando efetivamente medido. Não deve ser computado nos

180
volumes de água produzido, tratado em ETAs ou tratado por simples
desinfecção. A despesa com a importação de água deve estar computada na
informação. Para prestadores de serviços de abrangência regional e
microrregional, nos formulários de dados municipais, o volume de água
tratada importado deve corresponder ao recebimento de água de outro
prestador de serviços ou de outro Município do próprio prestador;

Volume de Água Faturado: Volume anual de água debitado ao


total de economias (medida e não medidas) para fins de faturamento. Inclui
o volume de água exportado para outro prestador de serviços. As receitas
operacionais correspondentes devem estar computadas nas informações
(debitadas em economias na área de atendimento pelo prestador de serviços)
e para o volume anual fornecido a outro prestador de serviços. Para
prestadores de serviços de abrangência regional e microrregional nos
formulários de dados municipais (informações desagregadas), o volume de
água tratada exportado deve corresponder ao envio de água para outro
prestador de serviços ou para outro Município do próprio prestador;

Volume de Água Consumido: Volume anual de água consumido


por todos os usuários, compreendendo o volume micromedido, o volume de
consumo estimado para as ligações desprovidas de hidrômetro ou com
hidrômetro parado, acrescido do volume de água tratada exportado para
outro prestador de serviços. Não deve ser confundido com o volume de água
faturado, pois para o cálculo desse último, os prestadores de serviços
adotam parâmetros de consumo mínimo ou médio, que podem ser
superiores aos volumes efetivamente consumidos. O volume da informação
normalmente é maior ou igual ao volume da informação. Para prestadores de
serviços de abrangência regional e microrregional, nos formulários de dados
municipais (informações desagregadas), o volume de água tratada exportado
deve corresponder ao envio de água para outro prestador de serviço ou para
outro Município do próprio prestador;

Volume de Água Tratada Exportado: Volume anual de água


potável, previamente tratada (em ETAs ou em UTSs), transferido para outros
agentes distribuidores. Deve estar computado nos volumes de água
consumido e faturado. Nesse último caso, se efetivamente ocorreu o
faturamento. A receita com a exportação de água deve estar computada em
receita operacional direta de água exportada (bruta ou tratada). Para
prestadores de serviços de abrangência regional e microrregional, nos
formulários de dados municipais (informações desagregadas), o volume de
água tratada exportado deve corresponder ao envio de água para outro
prestador de serviços ou para outro Município do próprio prestador;

População Total Atendida com Abastecimento de Água: Valor


da soma das populações urbana e rural – sedes municipais e localidades –
atendidas com o abastecimento de água pelo prestador de serviços, no

181
último dia do ano de referência. Corresponde à população que é efetivamente
atendida com os serviços. No SNIS é adotado o valor estimado pelo próprio
prestador de serviços e corresponde à soma das informações de população
rural e urbana atendidas com abastecimento de água. Não deve ser
confundida com a população total residente do Município. A população deve
ser menor ou igual a população total residente.

População Urbana Atendida com Abastecimento de Água:


Valor da população urbana atendida com abastecimento de água pelo
prestador de serviços, no último dia do ano de referência. Corresponde à
população urbana que é efetivamente atendida com os serviços. Caso o
prestador de serviços não disponha de procedimentos próprios para definir,
de maneira precisa essa população, o mesmo poderá estimá-la utilizando o
produto da quantidade de economias residentes ativas de água na zona
urbana, multiplicada pela taxa média de habitantes por domicílio do
respectivo Município, obtida no último Censo de População do IBGE.
Quando isso ocorrer, o prestador de serviços deverá abater da quantidade de
economias residenciais ativas de água, existentes na zona urbana, o
quantitativo correspondente aos domicílios atendidos e que não contam com
população residente. Como, por exemplo, em domicílios utilizados para
veraneio, em domicílios utilizados somente em finais de semana, imóveis
desocupados, dentre outros. Assim, o quantitativo de economias residenciais
ativas a ser considerado na estimativa populacional normalmente será
inferior ao valor informado na quantidade de economias residenciais ativas
de água, considerando a área urbana. A população urbana atendida com
abastecimento de água não deve ser confundida com a população urbana
residente dos Municípios com abastecimento de água. A população deve ser
menor ou igual à população total do Município;

Extensão da Rede de Água: Comprimento total da malha de


distribuição de água, incluído adutoras, sub adutoras e redes distribuidoras,
excluindo ramais prediais, operado pelo prestador de serviços, no último dia
do ano de referência;

Quantidade de Ligações Ativas de Água: Quantidade de


ligações ativas de água à rede pública, providas ou não de hidrômetro, que
estavam em pleno funcionamento no último dia do ano de referência.

• Estabelecimento de Indicadores

Os parâmetros de avaliação para a construção dos indicadores


deverão ser registrados no prazo mínimo de 1 (um) ano, para que possuam
validade técnica. Para o estabelecimento dos indicadores deverão ser
consideradas as seguintes equações:

182
IN003 - Despesa total com os serviços por m³ faturado de água (R$/m³)

IN004 - Tarifa média de água (R$/m³)

IN012 - Índice de desempenho financeiro (%)

IN013 - Índice de perdas de faturamento de água (%)

IN022 - Índice de consumo médio per capita (L/hab. dia)

IN023 - Índice de atendimento urbano por rede de água (%)

IN049 - Índice de perdas na distribuição (%)

IN050 - Índice bruto de perdas lineares (m³/dia/Km)

IN051 - Índice de perdas por ligação de água (L/dia/lig.)

183
6 .1 .1 0 .6 .1 .2 . Médio Prazo

• Elaboração de programa de expansão da capacidade de


armazenamento de água do Sistema 2 de Abastecimento.

A atual capacidade de armazenamento, somado a previsão de


expansão, só poderá atender a demanda de consumo diário até o ano de
2038, quando o consumo diário superará 1/3 da capacidade de 65 m³.

Desta forma, estabelece-se como meta a elaboração de plano de


expansão para a capacidade de armazenamento do Sistema 2 mediante a
busca de recursos financeiros para implantação. Estima-se a necessidade da
construção de novo reservatório de 30 m³, que atenderá a população até o
horizonte de planejamento do PMSB, 2045.

6 .1 .1 0 .6 .1 .3 . Longo Prazo

• Expansão da Capacidade de Armazenamento de Água do Sistema 2

Estima-se que a capacidade do Sistema 2 de abastecimento de


água supre a necessidade de 1/3 do consumo diário até 2038. De forma que
estabeleça-se a médio prazo a implantação de novo reservatório de
capacidade 30 m³ de água.

184
6 .2 . E S G O T A M E N T O S A N IT Á R IO

O serviço de esgotamento sanitário urbano tem o papel de gerir a


coleta, transporte, armazenamento, tratamento e destinação dos esgotos
domiciliares de uma região. A existência de sistemas de esgotamento
sanitário tem grande reflexo na melhoria das condições sanitárias, na
conservação de recursos naturais, na eliminação de focos de poluição e
contaminação e na proteção da saúde da população, com a prevenção de
doenças de veiculação hídrica.

A má qualidade dos recursos hídricos de áreas urbanas muitas


vezes está relacionada ao mal gerenciamento do esgotamento sanitário, o
qual pode deteriorar a qualidade da água no seu âmbito de recurso hídrico
para abastecimento da população como também no seu âmbito natural de
sustentar ecossistemas.

A existência de sistema de esgotamento sanitário eficiente tem


grande reflexo na melhoria das condições sanitárias, na conservação dos
recursos naturais, na eliminação de focos de poluição e de contaminação, na
redução das doenças de veiculação hídrica e consequentemente na redução
dos recursos aplicados no tratamento de doenças, uma vez que grande parte
delas está relacionada com a falta de saneamento.

Neste contexto, o Plano Municipal de Saneamento Básico vem


com o intuito de diagnosticar a atual condição do manejo dos esgotos
urbanos do Município de Alvorada do Sul, por meio da caracterização da
atual destinação e tratamento executados no Município, bem como avaliar os
processos, levantar as potencialidades, os aspectos ambientais e
oportunidades, levando em consideração a necessidade do manejo adequado
dos esgotos.

6.2.1. LEGISLAÇÕES, RESOLUÇÕES E NORMAS TÉCNICAS

O manejo dos esgotos urbanos envolve uma série de


instrumentos legais, dois quais podem-se destacar os mais relevantes:

6 .2 .1 .1 . L e is , D e c r e to s e R e s o lu ç õ e s

• Lei nº 9.433/97. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos;

• Lei nº 9.605/98. Dispõe sobre sanções penais e administrativas


derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente (Seção III, da
poluição e outros crimes ambientais, Art. 54, Incisos III, IV e V);

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