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TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS DA POLÍTICA URBANA E DOS OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR
TÍTULO II
DAS DIRETRIZES E AÇÕES ESTRATÉGICAS DAS POLITICAS SETORIAIS
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 6o Deverão ser evitados os grandes conjuntos habitacionais, por sua falta de
identidade e baixa qualidade do espaço produzido.
Art. 11. A qualificação da moradia rural deve ser buscada, tanto na edificação
quanto na infra-estrutura.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Art. 18. A análise das licenças deve ser multidisciplinar e envolver todas as
instâncias e aspectos municipais na instalação das atividades.
Art. 19. Nos empreendimentos para os quais a legislação federal e estadual de meio
ambiente exigirem Estudos de Impacto Ambiental - EIA e Relatório de Impacto sobre
o Meio Ambiente - RIMA, tais instrumentos deverão ser examinados pelo órgão
municipal de meio ambiente, que elaborará parecer contributivo, submetido ao
Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente - CODEMA e
encaminhado ao órgão que examinará o EIA e o RIMA.
Parágrafo único. O CODEMA poderá, em caráter supletivo, exigir a elaboração de EIA
e RIMA para qualquer atividade que interfira no meio ambiente, ainda que não
exigidos pela legislação federal ou estadual.
Art. 22. Deverá ser incentivada a produção e a utilização das formas de energia
renovável.
Art. 23. O nível de pressão acústica permitido na área urbana deverá ser o adotado
na legislação federal.
Parágrafo único. As atividades que ultrapassarem os níveis permitidos deverão fazer
o confinamento de suas fontes de emissão sonora ou encerrar suas atividades no
prazo a ser determinado pela autoridade fiscalizadora.
Art. 24. O nível de material particulado emitido por veículos é o permitido pela
legislação vigente.
§ 1o A medição dos padrões poderá ser feita durante o percurso ou em garagens, no
caso de ônibus e transporte escolar.
§ 2o As sanções pelo desrespeito aos padrões de emissão serão estabelecidas pelo
CODEMA, numa escala que leve à retirada de circulação de veículos reincidentes.
Art. 25. Deverão ser implementados projetos de arborização para as áreas urbanas
do município, sendo considerados relevantes o apoio à fauna e a adoção de
espécies nativas.
Art. 26. Para maior conforto ambiental, sempre que possível, deverá ser evitado, no
espaço público, o uso de material com grande calor específico e a
impermeabilização total do solo, priorizando-se o uso da arborização e vegetação
urbanas como fatores de equilíbrio.
Art. 27. A arborização urbana do Município somente poderá ser suprimida mediante
autorização emitida pelo órgão competente do Município, ouvido o CODEMA, sendo
imprescindível o laudo técnico.
Art. 28. Deve ser valorizada da hidrografia e a vegetação lindeira aos corpos d’água,
como elementos paisagísticos destinados à convivência e ao lazer da população.
Art. 29. O Município deverá monitorar a qualidade dos corpos d’água existentes no
seu território.
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA DE INFRA-ESTRUTURA
Art. 33. As moradias situadas em áreas urbanas do Município devem ser dotadas da
seguinte infra-estrutura mínima:
I - sistema de abastecimento de água;
II - sistema de coleta e tratamento de esgotos;
III - sistema de coleta de resíduos sólidos;
IV - serviço de iluminação pública;
V - acesso aos serviços de comunicação;
VI - serviço de transporte coletivo;
VII - equipamentos de educação e saúde básicos.
Art. 34º - O Poder Público deverá fiscalizar e colaborar com os órgãos e empresas
responsáveis para que haja a distribuição de água potável de qualidade à população
mediante controle na captação e tratamento da água disponibilizada à população.
Art. 35º - O poder público municipal deve colaborar e fiscalizar junto aos órgãos
competentes e empresas responsáveis, bem como tomar providências para que as
redes de drenagem de águas pluviais deverão ser mantidas desobstruídas e não
proporcionarem fuga de esgotos domiciliares, devendo ser vistoriadas
periodicamente e redimensionadas para atender à demanda.
Art. 36. Os resíduos sólidos deverão ser coletados separados nas categorias postas
para a coleta seletiva.
Art. 37. As lixeiras, enquanto equipamento urbano, deverão ser instaladas nas áreas
de caminhamento de pedestres.
Art. 40. A iluminação pública deve contemplar todas as vias públicas habitadas.
Art. 42. O lodo resultante dos processos de tratamento deve ser disposto em áreas
reservadas para tal.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE SEGURANÇA DO CIDADÃO E DAS COMUNIDADES
Art. 45. O princípio da Precaução deverá ser adotado como parâmetro de segurança
primeiro na avaliação de impactos de ações e políticas no Município.
Art. 48. A Segurança Biológica deve ser assegurada à população, aos trabalhadores
e aos transeuntes e visa precaver a contaminação e a poluição.
Art. 50. A Segurança no Trânsito deve ser obtida, junto aos órgãos competentes,
através do disciplinamento das áreas destinadas ao trânsito e acomodação
exclusiva de pedestres, sinalização e fiscalização rigorosa dos limites de velocidade
permitidos.
Art. 51. A sinalização adequada das vias públicas é fundamental para a segurança
no espaço urbano.
Art. 55. O transporte de cargas perigosas no tecido urbano deve ser evitado e se
isso for impossível, deverá ser licenciado pelo órgão competente, que verificará a
segurança do transporte e os procedimentos a serem adotados em caso de
acidente.
Art. 59. Deverá o município prover meios financeiros adequados para atividades de
prevenção e inibição da criminalidade.
Art. 60. O Poder Público deverá fazer gestões junto aos órgãos competentes no
sentido de ampliar o efetivo policial alocado no município.
CAPÍTULO V
DA POLÍTICA DO TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO
Art. 62. Deverão ser adotadas políticas e ações que visem a reduzir os custos do
transporte coletivo urbano.
Art. 63. O transporte de cargas deverá ser disciplinado em termos de rotas intra-
urbanas e horários de cargas e descargas.
Art. 64. Os veículos movidos com combustíveis renováveis deverão ser incentivados
nas frotas que circulam no Município.
Art. 65. O atual sistema viário deverá ter seu funcionamento requalificado no sentido
de privilegiar pedestres e transportes coletivos, restringindo-se, em algumas áreas, a
circulação de veículos leves particulares.
Art. 66. O sistema viário deve ser integrado como forma de se promover a
articulação urbana, facilitando as relações de trocas entre os diversos territórios
urbanos.
Art. 67. O Poder Público dispensará especial atenção ao transporte escolar, para ele
atenda satisfatoriamente aos usuários.
CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO
CULTURAL, HISTÓRICO E PAISAGÍSTICO
Art. 69. Os bens de natureza material e imaterial, desde que pertençam à história ou
ao cotidiano da população ou parte dela, é patrimônio dos cidadãos do Município.
Art. 71. Práticas culturais como festas, cerimônias e ofícios são parte importante do
patrimônio da cultura e seu inventário deve ser constantemente atualizado pelo
Poder Público, que deverá zelar pela sua preservação e transmissão.
Art. 72. Deverão ser fortalecidas centralidades através da valorização dos espaços
públicos de forma a ensejar reuniões, encontros, convivência entre cidadãos e todas
as formas de manifestação cultural da cidade e do lugar.
Art. 73. O patrimônio edificado, identificado e cadastrado na forma da lei, deverá ser
preservado individualmente ou em conjunto, por meio do tombamento em diversas
gradações e pelos instrumentos de política urbana adequados.
Art. 74. O Poder Público poderá conceder incentivos fiscais aos proprietários de
edificação de valor histórico, cultural e paisagístico, bem como para aqueles que
mantenham seus quintais preservados.
Art. 76. Deverá ser criado o Fundo Municipal de Cultura e Patrimônio do Município
de São Brás do Suaçuí, com a finalidade de incentivar e apoiar as atividades
culturais e preservação do patrimônio edificado e não edificado do município.
Art. 79. Deverá ser incentivada a celebração de convênios que visem ações em prol
da educação e da cultura local.
CAPÍTULO VII
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Art. 80. São diretrizes para as Políticas e Ações a serem estabelecidas para o Setor
Primário:
I - promover a correta utilização dos recursos naturais renováveis e a preservação
das áreas de proteção ambiental;
II - promover a geração e difusão de tecnologia referente à produção agropecuária;
III - incentivar a ampliação da rede de estocagem e armazenamento;
IV - incentivar a produção e comercialização de hortifrutigranjeiros no Município,
com vistas ao abastecimento interno, favorecendo programas comunitários e
grupos de agricultura familiar;
V - promover a articulação das várias entidades ligadas ao setor agropecuário;
VI - incentivar a diversificação da produção agropecuária, com suporte à sua
comercialização;
VII - realizar a promoção sócio-econômica e treinamento de mão-de-obra nas
comunidades rurais;
VIII - implementar programas de apoio ao produtor rural, com desenvolvimento de
infra-estrutura de uso coletivo;
IX - incentivar a produção orgânica, principalmente nos grupos de agricultura
familiar;
X - propor medidas para ocupar populações em períodos temporários de trabalho;
XI - assistência técnica ao produtor rural;
XII - ampliar parcerias dos produtores rurais com órgãos públicos e entidades e
empresas privadas, para o treinamento e capacitação do produtor rural, de forma a
fortalecer as vocações locais e garantir o bom manejo da terra;
XIII - fortalecer as associações existentes no município por meio de convênios com
o Poder Público e, em conjunto, elaborar o embrião da Cooperativa Rural Municipal;
XIV - desenvolver estudo técnico para a criação de incentivos aos produtores que
preservam e revitalizam o meio ambiente em suas propriedades, certificando tais
proprietários com o “Selo Verde Cidadão”.
Art. 81º - São diretrizes para as Políticas e Ações a serem estabelecidas para o
Setor Secundário:
I - incentivar a micro, pequena e média empresa, por meio de programas de apoio,
associados às entidades privadas;
II - realizar a promoção sócio-econômica e apoio aos programas de treinamento e
requalificação da mão-de-obra;
III - apoiar o aperfeiçoamento tecnológico da micro, pequena e média empresa;
IV - apoiar os programas de reciclagem e modernização da administração da micro,
pequena e média empresa;
V - implementar programas de fiscalização e apoio jurídico para evitar a contratação
irregular de trabalhadores e a evasão de receitas do setor;
VI - implementar meios de apoio à mãe trabalhadora, tais como a construção de
creches;
VII - incentivar o uso de combustíveis renováveis nas atividades industriais;
VIII - desenvolver política industrial e tecnológica para o município;
IX - criar zonas destinadas ao uso industrial e a parque tecnológico.
Art. 82. São diretrizes para as Políticas e Ações a serem estabelecidas para o Setor
Terciário:
I - incentivar a atração de atividades terciárias especializadas;
II - realizar a promoção sócio-econômica e treinamento de mão-de-obra por meio de
programas de apoio, associados às entidades privadas;
III - viabilizar a implantação de parque tecnológico no município;
IV - apoiar programas de consolidação de infra-estrutura hoteleira, de restaurantes,
lazer e cultura;
V - incentivar e adotar medidas para o desenvolvimento do setor de turismo, eco-
turismo e lazer no Município.
CAPÍTULO VIII
DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO
Art. 84. A alfabetização de adultos deverá ser incluída entre os serviços regulares de
educação e oferecida em horário compatível com as atividades profissionais dos
educandos.
Art. 86. Deverá ser oferecida na rede pública ou conveniada, educação em nível
técnico profissionalizante, voltada ao atendimento do mercado de trabalho da
região.
CAPÍTULO IX
DA POLÍTICA DA SAÚDE
Art. 93. O Município deve estar preparado para atendimento preventivo e curativo e,
também, para receber usuários que demandem esses serviços, desde o seu
transporte até acomodações, quando necessário.
Art. 96. Os cuidados com a alimentação fazem parte das ações da saúde e devem
ser oferecidas oportunidades de reeducação alimentar às famílias, através do
Sistema de Saúde do Município.
CAPÍTULO X
DA POLÍTICA DO ESPORTE E DO LAZER
Art. 97. A prática de esportes e atividades de lazer faz parte da vida saudável da
população e devem ser acessíveis a todos os cidadãos.
Art. 100. Deverão ser oferecidas práticas esportivas orientadas em quadras, parques
e outros locais apropriados.
Art. 101. A terceira idade, a infância e a adolescência devem ser prioritárias nesse
atendimento, garantindo-se a distribuição espacial deste serviço, de forma a atender
a todas as regiões do município.
CAPÍTULO XII
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
CAPÍTULO XII
DA PROTEÇÃO AOS GRUPOS VULNERÁVEIS DA POPULAÇÃO
Art. 106. As ações devem visar à integração dessas populações nos benefícios da
cidade e ampliar-lhes a segurança, evitando qualquer tipo de discriminação.
Art. 107. Deverão ser previstas condições especiais para utilização do transporte
coletivo por essas populações.
CAPÍTULO XIII
DO APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
Art. 108. A produção tecnológica deverá ser apoiada e incentivada pelo Poder
Público, inclusive no âmbito fiscal.
Art. 113. A produção local e regional deve ser objeto de aprimoramento tecnológico.
Art. 114. As mostras e feiras escolares na área de ciência e tecnologia devem ser
incentivadas como parte da educação para a tecnologia.
CAPITULO XIV
DA POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
Art. 115. A integração regional deverá ser ampliada por meio de sistemas
rodoviários e ferroviários, bem como por consórcios e associações entre os
municípios.
TÍTULO III
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO
CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO E USO DO SOLO
TITULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA
Art. 119. Este Título cuida dos Instrumentos de Política Urbana a serem
incorporados ao Plano Diretor Participativo e aos seus Instrumentos
Complementares.
Art. 120. Fica criada a área de diretrizes especiais da área central – ADE-AC, com
perímetro compreendido entre as ruas: a leste pela Rua Prefeito Ademar de Souza,
segue ao sul pela Rua Vereador Pedro Pacheco, toma a Rua Nossa Senhora de
Fátima, Travessa Cristiano Pinto e trecho da Rua Padre José Bonifácio, quando
passa aos fundos das ocupações relativas à Rua Doutor Leão Antônio da Silva até
encontrar com a Rua do Contorno, a oeste. Toma trecho da Rua Doutor José
Gonçalves da Cunha e contorna ao norte através da Rua Francisco de Assis, até o
encontro com a Rua Prefeito Ademar de Souza.
Art. 121. A área de diretrizes especiais da área central – ADE-AC é uma área
destacada do conjunto urbano que recebe um tratamento normativo diferenciado de
forma a garantir os seguintes objetivos:
I. Preservar a ambiência da área, revitalizar ruas, becos, edificações históricas e
gerar incentivos legais aos moradores e comerciantes que contribuem com a
preservação patrimonial e ambiental;
II. Incentivar a permanência das edificações existentes.
III. Elaborar levantamento e cadastramento dos becos existentes;
IV. Desestimular a verticalização na Área de Diretrizes Especiais da Área Central -
ADE-AC ou Zona de Uso Misto da Área Central - ZMC e em áreas que venham
interferir no cenário do centro histórico, de modo a preservar as linhas de visada.
§ 1o Não serão permitidas as demolições de muros de pedras e de taipas de
interesse de preservação, garantidas as condições de acesso aos lotes ou em casos
de necessidade comprovados, mediante autorização do órgão municipal
responsável.
Art. 122º - A área de diretrizes especiais da área central - ADE-AC, será regida pelos
seguintes parâmetros:
I. As edificações terão no máximo quatro pavimentos, contados a partir do nível
mais baixo da testada do terreno, respeitadas as normas atinentes as construções;
II. Garantia de taxa de permeabilidade de no mínimo 25%;
III. As placas, letreiros e informações serão disciplinados, não sendo permitidas
placas que descaracterizem a fachada ou interfiram no entorno de bem histórico.
IV. Não serão permitidos os avanços de volumes sobre o passeio, exceto os beirais
de telhados cerâmicos, salvo edificações iniciadas com projeto aprovado;
V. Garantia da presença de calha quando a inclinação do telhado estiver voltada para
o passeio e o adequado escoamento das águas pluviais de forma a garantir o
conforto dos pedestres.
Art. 126. O potencial construtivo poderá ser transferido para imóveis situados na ZM
e ZPR-2.
Art. 128. O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder Executivo
Municipal necessitar de áreas para:
I. Regularização Fundiária;
II. Execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III. Ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
IV. Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
V. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VI. Criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VII. Proteção de áreas e imóveis de interesse histórico, cultural e paisagístico;
VIII. Criação de espaços de formação educacional.
Parágrafo único. Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, entre
outras medidas:
I - a modificação de coeficientes e características de parcelamento, uso e ocupação
do solo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto
ambiental delas decorrente;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em
desacordo com a legislação vigente.
III - a transferência ou a recepção do direito de construir.
Art. 130. A proposta de Operação Urbana Consorciada deverá ser aprovada
previamente pelo Conselho da Cidade para posterior envio à Câmara Municipal de
Vereadores.
Art. 131. Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica que
conterá, no mínimo:
I - princípios e objetivos da Operação;
II - definição do estoque de potencial construtivo da área contida no perímetro
específico de cada Operação Urbana Consorciada a ser adquirida onerosamente por
proprietários e empreendedores interessados na Operação segundo as regras da
outorga onerosa do direito de construir;
III - plano, programa, parâmetros e projetos urbanos básicos de uso e ocupação
específicos para as áreas de cada Operação Urbana Consorciada;
IV - termo de compromisso explicitando as responsabilidades dos agentes do Poder
Público, da iniciativa privada e da comunidade local;
V - fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas financeiras
decorrentes da outorga onerosa do direito de construir recolhidas dos
empreendimentos a serem implantados nas áreas contidas nos perímetros de cada
Operação Urbana Consorciada.
Seção VI - Do Abandono
Art. 132. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com intenção de não mais o
conservar em seu patrimônio, e que não se encontrar na posse de outrem, poderá
ser arrecadado como bem vago.
Art. 134. Decorridos três anos da arrecadação do imóvel como bem vago o imóvel
passará automaticamente para o domínio do Poder Público Municipal.
Art. 137. O Poder Executivo deverá buscar viabilizar junto aos cartórios de registro
de imóveis a gratuidade do primeiro registro dos títulos de concessão de direito real
de uso, cessão de posse, concessão de direito real de uso, concessão de uso
especial para fins de moradia, compra e venda, entre outros, quando se tratar de
registro decorrentes de regularização fundiária de interesse social à cargo da
administração pública, de áreas ocupadas por população de baixa renda, conforme
estabelece o parágrafo 15 do artigo 213 da Lei Federal 6.015/73.
TITULO V
DOS INSTRUMENTOS NORMATIVOS
TÍTULO VI
DA REFORMA ADMINISTRATIVA
Art. 145. Sempre que possível a reestruturação deverá se dar de modo a incluir
espaço próprio e incorporar corpo técnico para cada secretaria, para propiciar
atuação na elaboração de projetos, captação de recursos e desenvolvimento de
programas nas áreas afins, dentre outras atribuições.
TÍTULO VII
DA GESTÃO PARTICIPATIVA
Art. 146. Fica criado o Conselho da Cidade de São Brás do Suaçuí, de caráter
deliberativo e ligado ao gabinete do prefeito.
Art. 148. O Conselho da Cidade é composto por 9 (nove) membros efetivos, além de
seus respectivos suplentes, com mandato de 02 (dois) anos, sendo que perderá o
mandato aquele conselheiro que não comparecer a duas sessões seguidas ou
quatro sessões alternadas, da seguinte forma:
I - dois representantes do Poder Executivo Municipal;
II - cinco representantes eleitos pela sociedade civil em assembléia convocada
especificamente para essa finalidade;
III - dois representante do Poder Legislativo Municipal.
Art. 149. O presidente do Conselho da Cidade será eleito entre seus membros na
primeira reunião após a posse.
Parágrafo único. Logo após a posse dos conselheiros deverá ser realizada oficina de
preparação para o exercício do mandato, tendo como base o Plano Diretor, as leis
complementares e os diagnósticos que deram suporte aos estudos que o
subsidiaram.
Art. 153. Deverá ser instituída a Ouvidoria Municipal, que atuará junto às questões
urbanas, ambientais, transportes, saúde, educação e proteção ao consumidor.
TÍTULO VIII
DAS FUNÇÕES MUNICIPAIS QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 157. Com base nos parâmetros postos nessa Lei, o Conselho da Cidade deve
ser regulamentado por regimento interno, no prazo de 60 (sessenta) dias e, em
seguida, convocar audiência para preenchimento dos cargos de representação da
sociedade civil.
Art. 159. A partir dos parâmetros do Plano Diretor deverá ser regulamentada a Área
de Diretrizes Especiais da área central no prazo de 120 (cento e vinte) dias.
Art. 160. Deverão ser implantados no prazo de 120 (cento e vinte) dias:
I - a Ouvidoria Municipal;
II - o Sistema Municipal de Informações.
Art. 162. O Poder Executivo terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados a
partir da publicação desta Lei, para enviar à Câmara Municipal o projeto da lei
dispondo sobre o Meio Ambiente.
Art. 163. São anexos dessa lei os mapas referentes ao Macrozoneamento Municipal
e Zoneamento da Sede Urbana Municipal - Anexos I e II.
Prefeitura Municipal de São Brás do Suaçuí, aos trinta e um dias do mês de março
do ano de dois mil e nove.
PORTAL DA TRANSPARÊNCIA
VEREADORES