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Terça-feira, 15 de Maio de 2018 Receba nosso boletim semanal: Cadastre seu e-mail Enviar
Arquitetura Sustentável
Coberturas / Sistemas
Construtivos
Geotecnia Não é raro ocorrer transbordamento de calhas em forros e lajes de teto quando ocorrem chuvas intensas.
Conforme a intensidade e a duração da chuva, a água extravasada para dentro do ambiente pode representar
sérios prejuízos e aborrecimentos para os seus usuários. Mas nem sempre o problema está na capacidade das
Louças Sanitárias calhas em si, mas nos condutores que estão com pouca capacidade.
Na figura abaixo vemos alguns exemplos de calhas de platibanda com seção retangular e semi-circular. Elas
são dimensionadas para determinada quantidade de chuva por m², para isto determina-se qual é a área de
Saúde para Profissionais contribuição do telhado, sabendo-se assim quantos litros por minuto serão escoados em cada parte da calha.
Com o tempo e as variações climáticas, pode acontecer que dada calha passa a receber quantidade de água
maior do que aquela de início prevista.
Soluções Arquitetônicas e
Ideias Criativas
Automação Residencial
Carreiras de Sucesso
Neste caso,
Conforto Ambiental sempre que incide
uma chuva
Construindo intensa,
acompanhada de
Decoração e Arquitetura de
vento na direção
Interiores
da concavidade
Dicionário do Engenheiro e formada por essas
Arquiteto três superfícies
contíguas, as
Elétrica superfícies
verticais interceptarão águas de chuva que também serão direcionadas para a calha. Como ela foi
Empreendimentos
Imobiliários originalmente dimensionada para apenas dar conta da chuva que incide sobre o pano de telhado, certamente
transbordará sempre que ocorra uma chuva mais intensa, permitindo que um bom volume de água penetre por
Energia sobre o forro ou laje de teto.
Engenharia de Custos Para corrigir o problema logo se pensa em algo radical: troca da calhas existentes por outras com maior seção,
o que nem sempre é viável ou fácil de ser feito no local, por vezes requerendo modificações no madeiramento
Exercício Profissional
sob as telhas, com elevado custo e dificuldade de execução. Em situações como esta, antes de cogitar trocar a
Gerenciamento de Obras calha, um profissional especializado poderá propor medidas práticas para aumentar a capacidade de vazão do
sistema predial de coleta de águas pluviais, com base em cálculos de engenharia e soluções provenientes do
Hidráulica conhecimento técnico do funcionamento do sistema.
Iluminação
Entre essas medidas, estão:
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15/05/2018 Transbordamento: antes de aumentar as secções das calhas, amplie a capacidade dos condutores verticais | Fórum da Construção
Porém, na prática, esse valor é bem menor, pois fica condicionado a outros fatores limitantes tais como a
condição hidráulica da inserção da água no condutor vertical (interação calha-condutor) e distância da tomada
MS - IBDA
de água do condutor ao início ou mudança de direção da calha. A figura abaixo mostra como a lâmina d'água
demora a levar a capacidade da calha ao seu limite, só ocorrendo após certo período de tempo:
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IBDA | F…
9,7 mil curtidas
Esta possibilidade está ligada ao fato da altura máxima da lâmina d’água dentro da calha depender da maior ou
menor facilidade de inserção no condutor vertical, determinante de sua capacidade de escoamento, que pode
ser aumentada mediante as seguintes ações, entre outras:
• Adoção de funil e/ou de ralo hemisférico na embocadura do condutor vertical ao fundo da calha;
• Adoção de bandeja pluvial;
• Supressão ou distanciamento de eventual desvio de verticalidade no condutor vertical em relação ao fundo da
calha.
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15/05/2018 Transbordamento: antes de aumentar as secções das calhas, amplie a capacidade dos condutores verticais | Fórum da Construção
Dentro do condutor vertical, o fluxo de água arrasta consigo ar atmosférico por atrito, cuja entrada é
estrangulada na embocadura ao fundo da calha, particularmente quando existe aresta viva. Quanto maior for a
vazão de água pluvial, maior será a espessura do anel líquido descendo dentro do condutor vertical, e maior a
quantidade de ar arrastado para o seu núcleo.
O ar ocupa espaço dentro do condutor vertical que poderia estar sendo utilizado para o escoamento de água
pluvial. Portanto, sua presença acaba reduzindo a capacidade de escoamento do condutor vertical e, por
conseguinte, de esgotamento da calha.
A entrada de ar atmosférico dentro do condutor vertical por arraste ou aspiração depende da geometria da sua
tomada d’água. A existência de aresta ou canto vivo na embocadura do condutor vertical serve de vertedor
radial para a água proveniente da calha.
A figura acima
mostra o
strangulamento
da entrada de
ar com o
aumento da
vazão de água
pluvial e
formação de
vórtice
hidráulico. Havendo elevação da vazão de água na embocadura há também aumento na velocidade do
escoamento horizontal na calha e conseqüente estrangulamento parcial na entrada do ar atmosférico que é
arrastado por atrito pelo fluxo líquido dentro do condutor vertical.
Quando a vazão de água na calha aumenta de forma expressiva, pode dar origem ao fenômeno da formação do
vórtice hidráulico, também chamado turbilhão, remoinho ou redemoinho. Sempre que isto ocorre, há uma
aspiração ainda maior de ar para dentro do condutor vertical, limitando a sua capacidade de escoamento
líquido. Isto acontece porque o estrangulamento da entrada de ar proporcionado pela aresta viva faz com que
este adquira pressão inferior à atmosférica dentro do condutor vertical.
Uma forma de evitar que o ar ocupe espaço significativo dentro do condutor vertical, permitindo que este escoe
uma maior vazão de água pluvial, está na adoção de uma redução gradual da seção da embocadura do
condutor vertical. Isto é proporcionado pela interposição de um funil de saída, reduzindo muito o efeito
desfavorável da aresta viva no fundo da calha, conforme a figura abaixo:
Como a tomada d’água do condutor vertical no fundo da calha é um local onde ocorre acentuada perda de
carga (perda da energia presente em cada unidade de massa da água), com transição do regime de
escoamento, a formação de uma certa altura de lâmina d’água no interior da calha, constituindo certa carga
hidráulica, é necessária para vencer essa perda de carga.
A presença do funil de saída concorre para a redução da altura de lâmina d’água requerida no interior da calha,
com conseqüente aumento na capacidade de escoamento do conjunto calha-condutor vertical, pois reduz a
perda de carga da água na entrada do condutor vertical.
Tem sido costumeira a adoção de funil com extensão e embocadura com o dobro do diâmetro do condutor
vertical, mas essas dimensões devem ser, ao menos, superiores a 4/3 desse diâmetro. A tomada d’água em
funil de saída também contribui para dificultar a formação de vórtice hidráulico na entrada do condutor vertical,
mas, para isso, sua posição relativa no fundo da calha é de fundamental importância. A distância da aresta do
funil, na linha de encontro com a calha, até sua borda lateral, ou de fundo, quando o condutor vertical estiver
alojado numa de suas extremidades, não deve ser maior do que certas proporções, para que não haja
formação de vórtice hidráulico.
Já em calhas de beiral ou de platibanda com tomada d’água do condutor vertical em aresta viva, desprovida de
funil, a distância da aresta até a borda da calha, ou sua extremidade, não deve ultrapassar o valor da dimensão
correspondente do condutor para se evitar o vórtice.
Dessa forma, para que não ocorra o vórtice hidráulico, a tomada d’água do condutor vertical no fundo da calha
deve situar-se o mais próximo possível de uma de suas bordas. Quando essa condição não for viável, então a
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tomada d’água deverá ser provida de ralo hemisférico, que garante
admissão radial de água ao topo do condutor vertical.
A figura acima
mostra a
instalação de
grelha
hemisférica na
tomada d’água
de condutor
vertical ao fundo
da calha. Os ralos hemisféricos costumam ser adotados em locais onde os ralos planos podem sofrer
obstruções, por exemplo, pelo acúmulo de folhas de vegetação ou detritos, dado o formato característico da
grelha, que permite a retenção desse material em sua porção inferior, e a passagem da água por cima, ao
formar certa altura de lâmina líquida. Dessa forma, uma aplicação muito útil para o ralo hemisférico é sua
adoção em calhas sujeitas à deposição de folhas de vegetação.
Entretanto, a maior vantagem e principal razão para sua aplicação em situações específicas de projeto, estão
no fato da grelha hemisférica, situada na embocadura de um condutor vertical ao fundo da calha, admitir água
em seu interior de modo predominantemente radial, decorrente da forma peculiar das aberturas ou ranhuras
de sua grelha.
A figura acima mostra uma bandeja pluvial dotada de grelha hemisférica e condutor vertical com tubo
prolongador. A bandeja, portanto, sempre se situa na extremidade superior de um condutor vertical e propicia
a elevação da lâmina líquida em seu interior para vencer a perda de carga que ocorre na embocadura do
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condutor vertical, substituindo com
vantagens o funil de saída.
Portanto, a principal conseqüência favorável na adoção da bandeja pluvial é a desvinculação entre a altura da
lâmina d’água presente no interior da calha e o diâmetro necessário para o condutor vertical. Dessa forma, a
introdução de uma bandeja pluvial no topo de um condutor vertical propicia a elevação da capacidade de vazão
da calha associada. Para um bom funcionamento, as bandejas pluviais devem apresentar:
• Largura igual ou superior à da calha mais larga que nela
descarregue
• Comprimento suficiente para receber todo o fluxo da calha, cuja
extremidade deságüe na bandeja como um vertedouro livre
• Bordo livre mínimo equivalente a 2/3 da carga hidráulica
(profundidade de lâmina) sobre a embocadura do condutor vertical.
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da bandeja pluvial
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Adesul Calhas
Muito interessante a matéria. Na nossa página também temos muitas informações sobre o assunto,
confira.
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