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4/8/2014 Projeto de lajes treliçadas armadas em duas direções - PORTAL METÁLICA - Met@lica

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Projeto de Lajes Treliçadas Armadas em duas direções

1. Objetivo
O objetivo deste artigo é o de fornecer esclarecimentos sobre o comportamento estrutural de um piso de um edifício formado por
lajes nervuradas com nervuras em duas direções e espaço entre nervuras preenchido por material inerte, usualmente blocos
cerâmicos, e mais recentemente blocos de EPS (Poliestireno expandido).

Este sistema estrutural tem tido sua aplicação ampliada com a adoção de nervuras com armadura treliçada e material de
enchimento em EPS. Particularmente temos desenvolvido uma série de projetos de edifícios com grandes vãos sem vigas e com a Cantoneira Dupla Ref . 1504C

adoção de nervuras treliçadas com sapata de concreto pré-fabricada em uma direção e nervuras com armaduras montadas in-loco
na outra direção. Este sistema estrutural, ilustrado na figura 01, apresenta as seguintes vantagens:
Preço
R$ 74,90 à vista

ou em até 2x de R$ 37,45

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a-) Possibilidade de execução de panos de lajes de grandes dimensões em planta, proporcionando ao edifício a característica de Eventos
planta flexível. As paredes divisórias podem Ter sua posição alterada sem a tradicional interferência das vigas. A figura 02 mostra
um exemplo da aplicação deste sistema estrutural a um edifício de 18 pavimentos com um apartamento por andar. Como se trata Infraestrutura
de um apartamento de grandes dimensões foram utilizados três painéis de laje em cada pavimento: um abrangendo toda a área
Materiais
íntima do apartamento, outro abrangendo a área social e um terceiro abrangendo a área de serviços. Desta forma, cada uma
destas áreas possui flexibilidade total de lay-out. Oferta de Empregos

b-) Minimização da quantidade de fôrmas e escoramentos. As nervuras treliçadas, com sapatas de concreto, colocadas em uma Processos
direção, apresentam uma rigidez tal que permite, durante a fase de montagem da obra, vencer vãos da ordem de 1 metro até 2
Siderurgia
metros, dependendo da altura da treliça, minimizando a quantidade de escoras. Os blocos de EPS já podem ser cortados de forma
tal a se apoiarem sobre as nervuras treliçadas em uma direção e a formarem uma aba que sirva de forma para a nervura em outra Sustentabilidade
direção, dispensando assim o uso das fôrmas de fundo.
Tecnologia e Inovação
c-) Maior rigidez do painel de laje. O fato de possuir nervuras em duas direções proporciona ao painel de laje uma rigidez maior que
os painéis com nervuras em uma única direção. Desta forma o volume total de concreto e armaduras da laje tende a ser menor e
suas deformações também.

d-) Maior qualidade da obra. Além das nervuras treliçadas que são pré-fabricadas com a armadura necessária especificada em
projeto, os blocos de EPS já podem vir cortados de fábrica com as dimensões especificadas em projeto, proporcionando assim um
nível de qualidade para a estrutura superior a aquele que se obteria com a montagem de todos os elementos in-loco, como no caso
das antigas lajes nervuradas com blocos cerâmicos.

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e-) Redução de custos da estrutura: Pelo fato de trabalhar com grande quantidade de materiais industrializados, este sistema
proporciona uma baixa de perda de materiais durante a montagem, se comparado a um sistema de lajes totalmente moldadas in-
loco. Além disto o sistema é o que apresenta menor volume de concreto e armaduras entre todos aqueles que permitem grandes
vãos com plantas flexíveis.

Não obstante as vantagens apresentadas, este sistema estrutural ainda apresenta alguma dificuldade de penetração no mercado.
Estas dificuldades se devem, em parte, ao desconhecimento de seu potencial por parte de engenheiros projetistas e também a uma
atitude equivocada por parte de alguns fabricantes de laje que tentam vender o sistema como se vendem as tradicionais lajes
armadas em uma direção. Neste último caso, com certa freqüência, o vendedor recorre a algumas tabelas onde cruza informações
de vãos e carregamento e, a partir daí, determina a espessura e armadura da laje e, consequentemente, o seu custo. No caso do
sistema proposto é necessário um projeto estrutural e um projeto de fabricação para se chegar ao orçamento da laje.

O objetivo deste artigo é deixar claro que, neste tipo de sistema estrutural, a especificação das lajes não se baseia simplesmente
nos dados de vãos e carregamentos, como se faz correntemente. Pelo contrário, a especificação das lajes é função de outros
parâmetros além dos citados, como: dimensões de vigas, modulações de nervuras, etc. A especificação da laje só pode ser feita
então por quem domina estas informações, isto é o projetista da estrutura do edifício, ou por outro engenheiro que trabalhe em
interação com o primeiro.

2. Caracterização dos sistemas estruturais e lajes nervuradas


Denomina-se de laje nervurada ao sistema estrutural formado por um conjunto de nervuras, em uma ou duas direções, com
espaçamentos regulares entre si. O sistema pode ser idealizado, para fins de análise, por uma grelha de barras regularmente
espaçadas. Na grelha tradicional as barras devem ser dimensionadas como vigas. Nas lajes nervuradas o espaçamento entre
nervuras é tal que permite trata-las, para efeito de dimensionamento, como lajes.

A laje nervurada pode ser entendida também como uma evolução da laje maciça, onde procura-se afastar o concreto da linha
neutra, aumentando-se a altura da laje, e criando-se vazios. Por apresentar um braço de alavanca maior entre as zonas
comprimidas e tracionadas do que as lajes maciças, as lajes nervuradas tendem a apresentar uma maior rigidez, menor consumo de
armaduras e menor consumo de concreto do que as lajes maciças.

Embora seja uma solução mais inteligente do que a laje maciça, a laje nervurada sempre apresentou uma resistência para seu
emprego devido ao alto consumo de fôrmas necessárias para se fazer o molde de todas as nervuras. Este inconveniente foi
superado com a adoção de materiais de enchimento, que podem ficar incorporado à laje, como os blocos cerâmicos, os blocos de
concreto e os blocos de EPS. Quando o material de enchimento apresenta também uma função estrutural a laje é denominada de
laje mista.

Durante muito tempo o material de enchimento mais utilizado foi o bloco cerâmico, principalmente com as nervuras pré-moldadas
que constituíram o tradicional sistema Volterrana. Hoje em dia o uso de EPS está se popularizando devido ao seu baixo peso e a
facilidade de recorte para se adaptar a qualquer geometria dos vazios. Além do uso do EPS, tem-se empregado também nervuras
com elementos pré-moldados com armadura treliçada que apresentam a vantagem de vencerem vãos maiores, fornecendo também
uma boa resistência ao cisalhamento para as nervuras.

3. Lajes nervuradas em uma direção x Lajes nervuradas em duas direções


As lajes nervuradas podem ser armadas em uma direção apenas ou em duas direções. No primeiro caso as nervuras são colocadas
em uma direção escolhida pelo projetista, que será a direção de distribuição do carregamento. Dependendo dos vãos, são
colocadas também nervuras na direção transversal a direção de distribuição com a finalidade apenas de travamento das nervuras
principais.

Já as lajes nervuradas armadas em duas direções são concebidas para distribuir as cargas em duas direções. Pelo fato de
distribuírem as cargas em duas direções apresentam menores esforços em cada direção e podem portanto ser projetadas com
alturas menores.

As lajes armadas em duas direções são também mais rígidas do que as lajes armadas em uma direção e por isto apresentam
menores deformações e menor consumo de armaduras.

Para que uma laje possua um funcionamento bidirecional é necessário que, além de possuir apoios em todos os bordos, que a
relação entre os lados seja próxima a um, o que eqüivale a uma laje quadrada. Para valores desta relação entre um e dois o
comportamento bidimensional começa a diminuir com uma direção prevalecendo sobre a outra, conforme se observa pela Figura 03.

Em lajes retangulares, apoiadas em todo o contorno, onde a relação entre o maior e o menor lado seja superior a dois, prevalece
na mesma o comportamento na direção do menor vão. Neste caso, salvo em situações especiais de projeto, não há, a princípio,
como considerar a laje apoiada em duas direções.

No entanto, existem situações especiais onde uma laje que, naturalmente teria um comportamento unidimensional, passe a
apresentar um comportamento bidimensional, mesmo que ligeiramente discreto. No projeto apresentado na figura 04, isto foi
conseguido graças a colocação de nervuras transversais apoiadas sobre faixas maciças, na espessura das lajes, engastadas nos
pilares. O comportamento ligeiramente bidimensional da laje fica evidente pelas curvas de isodeslocamentos.

Se o comportamento fosse unidimensional estas curvas seriam linhas paralelas. Nota-se no desenho apresentado que nos painéis
intermediários é característico o comportamento unidimensional, mas nos painéis de extremidade torna-se evidente o
comportamento bidimensional.

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